Monitoramento evita ataques de tubarão - Finep
Monitoramento evita ataques de tubarão - Finep
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<strong>Monitoramento</strong><br />
<strong>evita</strong> ataque <strong>de</strong><br />
<strong>tubarão</strong><br />
m e i o a m b i e n t e<br />
Os meses entre junho e setembro po<strong>de</strong>riam ser chamados <strong>de</strong><br />
estação dos tubarões em Recife (PE). Cerca <strong>de</strong> 60% dos 52 <strong>ataques</strong><br />
registrados no litoral do estado nos últimos anos aconteceram<br />
neste período. A diferença é que hoje o Brasil tem o mais mo<strong>de</strong>rno<br />
programa <strong>de</strong> monitoramente e controle <strong>de</strong> <strong>ataques</strong> <strong>de</strong> tubarões do<br />
mundo. E tudo isso começou com o apoio da FINEP.<br />
Foto: sxc.hu<br />
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Paula Ferreira<br />
Nós não fazemos parte <strong>de</strong> sua dieta. O problema<br />
é que eles só notam isso <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dar uma<br />
provadinha, já que não enxergam nada bem. Só<br />
<strong>de</strong> pensar, já dá para começar a ouvir a música do filme<br />
Tubarão (“Jaws”, 1975, EUA), <strong>de</strong> Steven Spielberg, que<br />
ajudou a espalhar a fama <strong>de</strong> mau <strong>de</strong>sse ser que habita o<br />
planeta há milhões <strong>de</strong> anos. Mas na hora <strong>de</strong> comer uma<br />
boa moqueca <strong>de</strong> cação, nem lembramos <strong>de</strong> que se trata<br />
do mesmo animal.<br />
Entre junho e setembro, em Pernambuco, é época<br />
<strong>de</strong> vento forte e mais chuva. Com isso o mar fica turvo e<br />
com muito mais ondas. Consi<strong>de</strong>rando a época <strong>de</strong> férias,<br />
isso significa um número maior <strong>de</strong> banhistas e também <strong>de</strong><br />
surfistas, que passam mais tempo na água. Literalmente,<br />
um prato cheio para os tubarões, que nos últimos anos<br />
se aproximaram perigosamente das praias em busca dos<br />
alimentos que per<strong>de</strong>ram com as mudanças causadas pela<br />
ação dos humanos em seu ambiente original.<br />
A partir <strong>de</strong> 1992, Recife passou a registrar um número<br />
alarmante <strong>de</strong> <strong>ataques</strong>. Em busca <strong>de</strong> respostas, dois projetos<br />
<strong>de</strong> pesquisa, financiados pela FACEPE – Fundação <strong>de</strong> Amparo<br />
à Ciência e Tecnologia do Estado <strong>de</strong> Pernambuco e pelo<br />
governo estadual, levantaram os dados iniciais do que viria a<br />
se tornar o Protuba, Projeto <strong>de</strong> Pesquisa e <strong>Monitoramento</strong><br />
<strong>de</strong> Tubarões na Costa do Estado <strong>de</strong> Pernambuco. Iniciado<br />
em 2004, graças ao apoio <strong>de</strong> R$ 350 mil da FINEP, o Protuba<br />
ganhou fôlego com a criação do Comitê Estadual <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong><br />
<strong>de</strong> Inci<strong>de</strong>ntes com Tubarões – CEMIT.<br />
“Hoje temos o programa <strong>de</strong> monitoramento e controle<br />
<strong>de</strong> tubarões mais mo<strong>de</strong>rno do mundo”, afirma Fábio<br />
Hazin, diretor do Departamento <strong>de</strong> Pesca e Aquicultura<br />
da UFRPE, presi<strong>de</strong>nte do CEMIT e da Associação Brasileira<br />
<strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Pesca e coor<strong>de</strong>nador do Protuba. O<br />
biólogo marinho André Afonso parece concordar. Ele é<br />
português e veio para o Brasil fazer seu doutorado em<br />
Recife. Para André, o Protuba é um projeto <strong>de</strong> ponta,<br />
com pouca gente trabalhando <strong>de</strong> forma similar em outros<br />
países. “A metodologia aqui é mais eficiente e mais<br />
ecológica e acho que servirá <strong>de</strong> referência para o resto<br />
do mundo”, diz ele, <strong>de</strong>stacando a seletivida<strong>de</strong> do sistema<br />
usado. “Outros lugares usam métodos que acabam<br />
matando os tubarões e outras espécies, aqui geralmente<br />
os animais po<strong>de</strong>m ser capturados vivos e são libertos em<br />
outras áreas”, diz André.<br />
Em maio <strong>de</strong> 2004, o Governo <strong>de</strong> Pernambuco criou<br />
o CEMIT, que passou a atuar a partir <strong>de</strong> quatro linhas<br />
<strong>de</strong> ação: pesquisa e monitoramento (UFRPE), educação<br />
ambiental (Instituto Oceanário <strong>de</strong> Pernambuco), vigilância<br />
e fiscalização (Corpo <strong>de</strong> Bombeiros), e recuperação<br />
ambiental (CPRH – Agência Estadual <strong>de</strong> Meio Ambiente<br />
e Recursos Hídricos).<br />
Des<strong>de</strong> então, com apoio da FINEP em seu primeiro<br />
ano, um barco da universida<strong>de</strong> passou a fazer o monitoramento<br />
da costa, com captura e marcação <strong>de</strong> tubarões<br />
para estudar seus hábitos. Além disso, são lançadas linhas<br />
para interceptação <strong>de</strong> animais que se encontrem em rota<br />
<strong>de</strong> aproximação da praia.<br />
Pacote <strong>de</strong> soluções inovadoras<br />
O engenheiro <strong>de</strong> pesca Rafael Muniz, conhecido como<br />
Brutus, é o armador do barco Sinuelo, do Departamento<br />
<strong>de</strong> Pesca e Aquicultura da UFRPE, e responsável pela logística<br />
da operação. Às quartas e quintas-feiras é feita a
organização da empreitada. Às sextas <strong>de</strong> tar<strong>de</strong> o barco sai<br />
com sete pessoas (quatro pescadores e três estudantes),<br />
para voltar só na terça-feira. Toda tar<strong>de</strong> é lançado um<br />
espinhel, que é recolhido pela manhã.<br />
O espinhel é uma linha forte e comprida, nesse caso<br />
com oito quilômetros, com várias linhas curtas presas a ela<br />
a intervalos regulares, cada uma com um anzol na ponta.<br />
Ele é colocado a cerca <strong>de</strong> 13 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> e<br />
tem 200 anzóis, ficando 100 na Praia do Paiva e 100 na<br />
praia <strong>de</strong> Boa Viagem. As iscas costumam ser moréias ou<br />
peixes-prego. “Para esses cinco dias no mar gastamos 400<br />
kg <strong>de</strong> isca e 1.800 kg <strong>de</strong> gelo”, conta Rafael. Os tubarões<br />
que eventualmente morrem na operação são levados para<br />
estudo na universida<strong>de</strong>. “Mas a carne e as barbatanas são<br />
doadas para o NACC – Núcleo <strong>de</strong> Apoio à Criança com<br />
Câncer”, acrescenta Rafael.<br />
Além do espinhel, são espalhadas 26 linhas <strong>de</strong> espera<br />
Foto: Protuba<br />
a cerca <strong>de</strong> seis metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, próximas da costa,<br />
como garantia extra. Até julho <strong>de</strong> 2008, durante os 40<br />
meses em que a embarcação se manteve em operação,<br />
foram capturados 37 tubarões <strong>de</strong> espécies agressivas,<br />
sendo 21 tigres, nove cabeças-chata, quatro galhas-preta e<br />
três martelos. “Todos os tubarões agressivos são avaliados,<br />
marcados com uma i<strong>de</strong>ntificação e liberados longe da<br />
praia, a cerca <strong>de</strong> 20 km <strong>de</strong> distância. Aqueles em melhores<br />
condições recebem a marca especial”, explica o coor<strong>de</strong>nador<br />
científico do Protuba, o carioca Pedro Castilho.<br />
A marca especial a que ele se refere é uma espécie<br />
<strong>de</strong> rastreador via satélite. Custando cerca <strong>de</strong> R$ 10 mil<br />
cada uma, elas são presas ao animal com programação<br />
para se soltarem automaticamente <strong>de</strong> seu corpo após<br />
um período <strong>de</strong> tempo pré-programado. Nesse momento,<br />
todos os dados sobre a locomoção do <strong>tubarão</strong> são<br />
enviados para a universida<strong>de</strong>. Assim é possível conhecer<br />
melhor seus hábitos. “Nós não queremos exterminar os<br />
tubarões, queremos entendê-los, pois só vamos resolver<br />
o problema conhecendo bem seu responsável”, diz Pedro.<br />
Dois tubarões-tigre marcados mostraram sua fama<br />
<strong>de</strong> viajantes: um foi <strong>de</strong> Recife a Natal em 30 dias e outro,<br />
em uma semana, estava em João Pessoa.<br />
Além <strong>de</strong>ssas duas, há também uma marca eletrônica<br />
para o trabalho <strong>de</strong> telemetria acústica. Foi espalhada uma<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> 20 receptores submersos ao longo da praia, que<br />
registram a aproximação dos animais por meio dos sinais<br />
emitidos por essa marca.<br />
Os tubarões recebem uma marca especial, uma espécie <strong>de</strong><br />
rastreador via satélite, ao custo <strong>de</strong> R$ 10 mil cada<br />
i n o v a ç ã o em pauta<br />
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30<br />
Uma outra inovação, introduzida a partir <strong>de</strong> 2006,<br />
foi a utilização <strong>de</strong> anzóis circulares, em substituição aos<br />
anzóis em forma <strong>de</strong> J. Os anzóis convencionais costumam<br />
rasgar o esôfago e o estômago do peixe quando<br />
engolidos, o que invariavelmente resulta em uma maior<br />
taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>. O novo anzol aumentou a taxa <strong>de</strong><br />
sobrevivência em 100%.<br />
E ainda tem mais novida<strong>de</strong> no projeto. Outra estratégia<br />
original usada no Protuba é o afundamento <strong>de</strong> barcos<br />
como forma <strong>de</strong> recuperação do ecossistema. Naufrágios<br />
são rapidamente povoados e em cerca <strong>de</strong> um ano se<br />
transformam em recifes artificiais, com algas e organismos<br />
que passam a habitá-los. Hazin conta que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006,<br />
o Protuba já afundou quatro rebocadores fora <strong>de</strong> uso<br />
preparados para isso. O óleo e a fiação são retirados, são<br />
feitas aberturas extras e os barcos são então afundados<br />
a cerca <strong>de</strong> 12 km da praia. “Em Pernambuco é proibida a<br />
pesca em naufrágios justamente para preservar esses santuários,<br />
que se tornam também ótimas zonas <strong>de</strong> mergulho<br />
recreativo”, diz Hazin.<br />
Responsabilida<strong>de</strong> humana<br />
O aumento do número <strong>de</strong> surfistas e banhistas na<br />
região; a pesca <strong>de</strong> camarão por arrasto, com <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong><br />
peixes nas praias; e a topografia marítima, com um canal<br />
profundo perto da praia on<strong>de</strong> ficam várias espécies <strong>de</strong><br />
raias, um dos pratos favoritos dos tubarões, influenciaram<br />
o problema. Porém, segundo Hazin, a criação do porto <strong>de</strong><br />
Suape, que começou suas operações em abril <strong>de</strong> 1984, foi<br />
o principal fator responsável pelo aumento do número <strong>de</strong><br />
<strong>ataques</strong> em Recife.<br />
Na região, o <strong>tubarão</strong> cabeça-chata adulto, com cerca<br />
<strong>de</strong> 2,20 metros, e o <strong>tubarão</strong>-tigre jovem, com cerca <strong>de</strong><br />
1,5 metro, são os mais problemáticos. O cabeça-chata é<br />
territorialista e costumava usar o estuário do Suape como<br />
local para parto e berçário. Com o impacto no ecossistema<br />
provocado pela construção e pelas ativida<strong>de</strong>s do porto,<br />
eles se mudaram para o estuário mais próximo, que é o<br />
do Jaboatão, perto das praias <strong>de</strong> Recife. Por outro lado,<br />
o <strong>tubarão</strong>-tigre é migrador e costuma seguir gran<strong>de</strong>s<br />
embarcações por oportunismo, atraído pelos restos <strong>de</strong><br />
alimento e <strong>de</strong>jetos lançados por estes ao mar ou mesmo<br />
pelo som emitido pelo motor e pela hélice. O porto se<br />
tornou um atrativo.<br />
Mas há outros fatores. Para surpresa <strong>de</strong> muitos, um matadouro<br />
e um lixão também contribuíram para o problema<br />
no mar. O matadouro lançava diariamente cerca <strong>de</strong> 345<br />
mil litros <strong>de</strong> efluentes sem tratamento (água misturada a<br />
O cabeça-chata,<br />
com 2,20 m <strong>de</strong><br />
comprimento,<br />
é uma das<br />
espécies<br />
mais comuns<br />
no litoral<br />
nor<strong>de</strong>stino<br />
Os 10 mandamentos<br />
Vai para Recife? Previna-se contra <strong>ataques</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>tubarão</strong> <strong>evita</strong>ndo as seguintes atitu<strong>de</strong>s:<br />
1 – mergulho em região <strong>de</strong> mar aberto - melhor<br />
nadar em áreas protegidas por arrecifes;<br />
2 – entrar no mar sozinho;<br />
3 – nadar em águas profundas;<br />
4 – nadar na chuva ou com água turva;<br />
5 – banhar-se perto da foz <strong>de</strong> rio;<br />
6 – mergulhos ao amanhecer ou ao cair da<br />
tar<strong>de</strong>, quando os tubarões estão mais ativos;<br />
7 – nadar com ferimentos que sangrem;<br />
8 – mergulhos com jóias ou objetos que brilhem;<br />
9 – banho <strong>de</strong> mar na maré alta, quando os<br />
tubarões se aproximam da praia;<br />
10 – bebidas alcoólicas antes <strong>de</strong> entrar no mar.
Foto: Wikicommons<br />
sangue e vísceras) no rio Jaboatão, que <strong>de</strong>ságua no trecho<br />
<strong>de</strong> praia on<strong>de</strong> se verificaram 50 dos 52 <strong>ataques</strong> registrados.<br />
Uma situação semelhante já havia sido i<strong>de</strong>ntificada na costa<br />
da Somália. Em uma pequena praia chamada Lido Beach,<br />
houve 30 <strong>ataques</strong>, sendo 28 fatais, entre 1978 e 1987. Os<br />
estudos mostraram que a causa do surto repentino <strong>de</strong> <strong>ataques</strong><br />
foi o início das operações <strong>de</strong> um matadouro na área,<br />
pela abundância <strong>de</strong> sangue na água.<br />
Já o lixão da Muribeca era responsável por uma carga<br />
alta <strong>de</strong> chorume no rio. Um estudo <strong>de</strong> 1974 mostrou que,<br />
em quase um quarto <strong>de</strong> todos os <strong>ataques</strong> <strong>de</strong> <strong>tubarão</strong><br />
verificados até aquele ano em todo o mundo, foi i<strong>de</strong>ntificada<br />
a presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> lixo em áreas próximas.<br />
“O <strong>tubarão</strong> é guiado e atraído por matéria orgânica”,<br />
explica Hazin.<br />
Hoje o matadouro está fechado, tendo se transformado<br />
em um centro cultural. O aterro da Muribeca foi<br />
drenado para diminuir o volume <strong>de</strong> chorume.<br />
Foto: Paulo Ferreira<br />
Números<br />
“Nosso programa<br />
<strong>de</strong> monitoramento<br />
<strong>de</strong> tubarões é o<br />
mais mo<strong>de</strong>rno do<br />
mundo”<br />
Fábio Hazin,<br />
coor<strong>de</strong>nador do Protuba<br />
De junho <strong>de</strong> 1992 até hoje, foram registrados 52 <strong>ataques</strong><br />
<strong>de</strong> tubarões em Recife, com 19 mortes. Do total, 29<br />
vítimas eram surfistas (quatro fatais) e 23 eram banhistas<br />
(15 fatais). O projeto Protuba teve início em 2004, com<br />
apoio da FINEP para estruturar suas ativida<strong>de</strong>s, e <strong>de</strong>pois<br />
foi assumido pelo Governo do Estado <strong>de</strong> Pernambuco.<br />
“O Protuba esteve ativo em 50 dos últimos 66 meses.<br />
Nos períodos <strong>de</strong> operação, houve apenas um ataque <strong>de</strong><br />
<strong>tubarão</strong> em Recife, enquanto nos 16 meses <strong>de</strong> interrupção<br />
houve 10 <strong>ataques</strong>, mostrando a eficiência das medidas que<br />
implementamos”, explica Fábio Hazin.<br />
O International Shark Attack File - ISAF (Arquivo Internacional<br />
<strong>de</strong> Ataque <strong>de</strong> Tubarões), na Universida<strong>de</strong> da<br />
Flórida (EUA), atua <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1958 e é referência mundial no<br />
assunto. Segundo seus registros, em 2008 houve no mundo<br />
59 <strong>ataques</strong> não provocados <strong>de</strong> <strong>tubarão</strong>, isto é, situações em<br />
que o ataque ocorreu quando uma pessoa estava no habitat<br />
do animal sem nenhum tipo <strong>de</strong> provocação humana ao<br />
<strong>tubarão</strong>. Do total, houve quatro fatalida<strong>de</strong>s, o que correspon<strong>de</strong><br />
à média anual. A América do Norte respon<strong>de</strong>u por<br />
71% dos <strong>ataques</strong> não provocados em 2008, com 42 casos.<br />
Os outros aconteceram na Austrália (12), México (3), Brasil<br />
(2) e nas Ilhas Seychelles (1). Em 2007 houve 71 inci<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong>ste tipo no mundo, sendo que o máximo já registrado<br />
foi 79, no ano 2000.<br />
Mas talvez os tubarões <strong>de</strong>vam se preocupar mais do<br />
que nós. Segundo o Instituto <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong> Tubarões,<br />
da Austrália, a pesca comercial causa a morte <strong>de</strong> até 100<br />
milhões <strong>de</strong>sses animais por ano, incluindo espécies em<br />
risco <strong>de</strong> extinção. n<br />
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