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História do Brasil 4 - Einsteen 10

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167. FGV-SP<br />

No fun<strong>do</strong>, chegamos à conclusão de que fizemos a<br />

revolução contra nós mesmos. Essa lamentosa frase<br />

de Ademar de Barros sintetizava o ânimo de alguns<br />

conspira<strong>do</strong>res civis com os rumos <strong>do</strong> governo militar.<br />

Após duras críticas ao regime, Ademar chegou a exigir<br />

a renúncia <strong>do</strong> presidente Castelo Branco em um manifesto<br />

à nação. Em junho de 1966 teve seus direitos<br />

políticos cassa<strong>do</strong>s por dez anos.<br />

Flávio Campos, Oficina de <strong>História</strong>: história <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

Carlos Lacerda, outro importante civil articula<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />

golpe de 1964, reagiu contra o regime por meio:<br />

a) da criação, no Rio de Janeiro, <strong>do</strong> Comitê pela<br />

Anistia, em 1968, com o apoio de militares e civis<br />

cassa<strong>do</strong>s pelo regime de exceção.<br />

b) da defesa de eleições diretas para a presidência<br />

da República e governos estaduais e apoiou, em<br />

1968, contraditoriamente, o AI-5.<br />

c) de um manda<strong>do</strong> de segurança apresenta<strong>do</strong>, em<br />

1969, ao Supremo Tribunal Federal, reivindican<strong>do</strong><br />

o afastamento de Costa e Silva.<br />

d) de uma representação ao Congresso Nacional,<br />

exigin<strong>do</strong> a imediata reconsideração acerca <strong>do</strong> AI-2,<br />

que criou a ARENA e o MDB.<br />

e) da organização da Frente Ampla, em 1967, que<br />

contou com a participação <strong>do</strong>s ex-presidentes<br />

Juscelino Kubitschek e João Goulart.<br />

168. UFG-GO<br />

Leia este texto:<br />

- “Pegaram alguns?”, perguntou Geisel.<br />

- “Pegamos. Pegamos. Foram pegos quatro argentinos<br />

e três chilenos”, respondeu Pedrozo.<br />

- “E não liquidaram, não?”<br />

- “Ah, já, há muito tempo. É o problema, não é? Tem<br />

elemento que não adianta deixar vivo, aprontan<strong>do</strong>.<br />

Infelizmente, é o tipo de guerra suja em que, se não<br />

se lutar com as mesmas armas deles, se perde. Eles<br />

não têm o mínimo escrúpulo.”<br />

- “É, o que tem que fazer é que tem que nessa hora agir<br />

com muita inteligência, para não ficar vestígio nessa<br />

coisa”, falou Geisel.<br />

88<br />

GASPARI, Elio. A ditadura derrotada.<br />

São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 387.<br />

O diálogo, manti<strong>do</strong> em 1974, atesta a aplicação e a<br />

especificidade das práticas repressivas utilizadas pelo<br />

governo brasileiro, ao sugerir a:<br />

a) proibição da entrada, no <strong>Brasil</strong>, de estrangeiros que<br />

pudessem comprometer a estabilidade <strong>do</strong> regime<br />

governamental.<br />

b) contenção <strong>do</strong>s parti<strong>do</strong>s e das facções que preparavam<br />

a organização de guerrilhas urbanas e ações<br />

terroristas contra o governo militar.<br />

c) defesa <strong>do</strong>s interesses nacionais, ameaça<strong>do</strong>s por<br />

uma guerra civil travada silenciosamente, graças<br />

à censura aos meios de comunicação.<br />

d) a<strong>do</strong>ção de uma estratégia de extermínio pela<br />

ditadura militar, consentida pelo chefe <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

brasileiro.<br />

e) intolerância das forças armadas em relação ao<br />

avanço das forças políticas comprometidas com<br />

o restabelecimento <strong>do</strong> regime democrático.<br />

169. UFRJ<br />

Geisel - [...] O <strong>Brasil</strong> hoje em dia é considera<strong>do</strong> um<br />

oásis [...].<br />

Coutinho - [...] Ah, o negócio melhorou muito. Agora,<br />

melhorou, aqui entre nós, foi quan<strong>do</strong> nós começamos a<br />

matar. Começamos a matar.<br />

Geisel - Porque antigamente você prendia o sujeito e o<br />

sujeito ia lá para fora. [...] Ó Coutinho, esse troço de matar<br />

é uma barbaridade, mas eu acho que tem que ser.<br />

GASPARI, Elio. A ditadura derrotada.<br />

São Paulo, Companhia das Letras, 2003, p. 324.<br />

O diálogo acima, ocorri<strong>do</strong> no dia 16 de fevereiro de 1974,<br />

entre os generais Ernesto Geisel e Dale Coutinho, se deu<br />

um mês antes da posse <strong>do</strong> primeiro como presidente da<br />

República e <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> como ministro <strong>do</strong> Exército.<br />

a) Cite uma medida <strong>do</strong> governo Geisel (1974-1979)<br />

que o aproximava das aspirações de parte da sociedade<br />

brasileira pela volta ao regime democrático.<br />

b) Indique duas ações <strong>do</strong> mesmo governo que<br />

reforçaram o padrão autoritário <strong>do</strong> regime militar<br />

inaugura<strong>do</strong> em 1964.<br />

170. Vunesp<br />

Nos anos de 1970 surgiu, no <strong>Brasil</strong>, uma forma de<br />

imprensa chamada “alternativa”, cujos melhores<br />

exemplos foram O Pasquim, Opinião e Versus, os<br />

quais, com ironia, humor e metáforas, abordavam<br />

temas políticos daquele momento. Ao mesmo tempo,<br />

vários jornais da grande imprensa deixaram de circular,<br />

como Correio da Manhã e Diário de Notícias, enquanto<br />

outros, como O Esta<strong>do</strong> de S. Paulo e Jornal da Tarde<br />

publicavam em algumas colunas textos de Camões e<br />

receitas culinárias.<br />

a) A que regime político correspondem os fatos cita<strong>do</strong>s<br />

no texto?<br />

b) Pelo texto, identifique o comportamento da imprensa<br />

no seu relacionamento com o governo.<br />

171. Fuvest-SP<br />

…Meu <strong>Brasil</strong>…<br />

que sonha com a volta <strong>do</strong> irmão Henfil<br />

com tanta gente que partiu num rabo de foguete<br />

chora a nossa pátria mãe gentil<br />

choram Marias e Clarices no solo <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>…<br />

Esse trecho de O bêba<strong>do</strong> e o equilibrista, de João<br />

Bosco e Aldir Blanc, expressa qual momento político<br />

brasileiro? Analise o panorama cultural <strong>do</strong> perío<strong>do</strong><br />

retrata<strong>do</strong>.<br />

172. UEPG-PR<br />

Sobre o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> Regime Militar no <strong>Brasil</strong> (1964-<br />

1985), assinale o que for correto.<br />

01. Os militares raramente atuaram em bloco na esfera<br />

política. Dividiram-se em diversas correntes, embora<br />

houvesse pontos de aproximação entre elas. Castelistas,<br />

nacionalistas, a linha-dura, o poder de cada<br />

um desses grupos variou ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>.<br />

02. O regime consistiu num simples instrumento da<br />

classe <strong>do</strong>minante, que foi beneficiária de todas<br />

as políticas governamentais, participan<strong>do</strong> efetivamente<br />

da condução da esfera econômica.

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