História do Brasil 4 - Einsteen 10
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70. PUC-RS<br />
É hoje de consenso que a estrutura agrária brasileira,<br />
arcaica, não satisfaz às necessidades de nossa expansão<br />
econômica. To<strong>do</strong>s nós que nos batemos pela<br />
emancipação econômica brasileira estamos certos de<br />
que só podemos alcançar nosso objetivo através da<br />
industrialização intensiva.<br />
CASTRO, Josué de, deputa<strong>do</strong> federal, PTB/PE, década de 1950.<br />
O texto de Josué de Castro exemplifica um posicionamento<br />
no intenso debate acerca <strong>do</strong>s caminhos para o desenvolvimento<br />
econômico brasileiro, na década de 1950.<br />
a) Identifique <strong>do</strong>is elementos da estrutura agrária<br />
brasileira, na década de 1950, que permitem<br />
classificá-la como arcaica.<br />
b) Explique uma característica <strong>do</strong> desenvolvimento<br />
econômico industrial brasileiro, nesse perío<strong>do</strong>.<br />
71. Fatec-SP<br />
Afirmou o economista Luís Carlos Bresser Pereira<br />
sobre o perío<strong>do</strong> em que Juscelino assumiu a Presidência<br />
<strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>:<br />
... as empresas estrangeiras exporta<strong>do</strong>ras de produtos<br />
manufatura<strong>do</strong>s (...) em face <strong>do</strong> surgimento de empresas<br />
nacionais e às barreiras cambiais e tarifárias à<br />
entrada de seus produtos no <strong>Brasil</strong>, viram-se diante<br />
da alternativa de ou realizar grandes investimentos<br />
industriais no <strong>Brasil</strong> ou perder o merca<strong>do</strong> brasileiro. É<br />
evidente que optaram pela primeira solução.<br />
Nesse perío<strong>do</strong>:<br />
a) a entrada maciça de investimento foi dificultada<br />
pela Instrução 113 da Sumoc (Superintendência<br />
da Moeda e <strong>do</strong> Crédito).<br />
b) a vertiginosa expansão industrial ocorrida entre<br />
1956 e 1961 significava que a chamada Revolução<br />
Industrial <strong>Brasil</strong>eira, iniciada nos anos 30 por Getúlio,<br />
consolidava-se e encerrava a primeira fase.<br />
c) pela instrução 113, as empresas estrangeiras eram<br />
prejudicadas em relação às empresas nacionais.<br />
d) visan<strong>do</strong> ao desenvolvimento, o governo cercou-se<br />
de uma equipe de técnicos, notadamente economistas,<br />
liga<strong>do</strong>s à Comissão <strong>do</strong> Petróleo <strong>Brasil</strong>eiro<br />
para a América Latina (Cepal).<br />
e) diminuíram as diferenças entre as populações <strong>do</strong>s<br />
grandes centros industrializa<strong>do</strong>s (como São Paulo<br />
e Rio de Janeiro), e as esfomeadas populações <strong>do</strong><br />
Norte-Nordeste, concentradas em latifúndios, pois<br />
estes também receberam investimentos externos.<br />
72. Vunesp<br />
A preponderância da sociedade rural marcou a formação<br />
e a evolução das vilas e cidades brasileiras<br />
durante séculos. Salva<strong>do</strong>r e Rio de Janeiro, centros<br />
político-administrativos importantes, desenvolveram-se<br />
estreitamente vincula<strong>do</strong>s e dependentes <strong>do</strong> secular<br />
<strong>do</strong>mínio rural. Na dissolução desta tendência tradicional,<br />
com a subseqüente transição para a sociedade<br />
urbanizada, atuaram inúmeros fatores: a economia<br />
minera<strong>do</strong>ra, a transferência da Corte portuguesa para<br />
o <strong>Brasil</strong>, a cultura cafeeira, o movimento migratório<br />
e o crescimento demográfico, o êxo<strong>do</strong> <strong>do</strong> campo, a<br />
ideologia desenvolvimentista e tantos outros.<br />
Identifique nesse texto e, em seguida, discorra sobre:<br />
a) o fator que motivou a escolha <strong>do</strong> Rio de Janeiro<br />
para a capital <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>;<br />
b) o fator que concorreu para a fundação de Brasília.<br />
70<br />
73. Fuvest-SP<br />
I. A orientação fundamental <strong>do</strong> governo resume-se<br />
no propósito de fortalecer a economia nacional.<br />
Esta diretriz condiciona a posição <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> no<br />
panorama internacional, que se tem pauta<strong>do</strong> em<br />
intuitos pacíficos e amistosos em relação aos<br />
outros países. Sem sacrifícios desses intuitos,<br />
temos procura<strong>do</strong> libertar o país de influências<br />
incompatíveis com os seus interesses, único<br />
mo<strong>do</strong> de progredir realmente, porque, enquanto<br />
dependentes, estaremos sempre sujeitos a retrocessos.<br />
Getúlio Vargas. Mensagem ao Congresso Nacional, 1954.<br />
II. Ainda no que toca à política geral, outra medida a<br />
que o governo atribui grande importância, refere-se<br />
à atração <strong>do</strong>s empresários estrangeiros que, com<br />
sua técnica e seu capital, poderão prestar valiosa<br />
ajuda na construção <strong>do</strong> nosso parque industrial.<br />
(...) Fato de grande importância ocorri<strong>do</strong> em 1956<br />
foi o renascimento <strong>do</strong> interesse <strong>do</strong>s capitalistas<br />
estrangeiros pelo desenvolvimento industrial <strong>do</strong><br />
país. Esse renascimento deve-se principalmente<br />
ao clima de confiança que o novo governo conseguiu<br />
estabelecer no exterior.<br />
Juscelino Kubitschek, Mensagem ao Congresso Nacional, 1957.<br />
Essas duas mensagens ao Congresso nacional revelam<br />
que os presidentes Getúlio Vargas e Juscelino<br />
Kubitschek não tinham o mesmo ponto de vista sobre<br />
a questão da participação <strong>do</strong> capital estrangeiro no<br />
processo de desenvolvimento econômico <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />
Como as diferentes visões sobre esse tema são apresentadas<br />
nessas mensagens?<br />
74. Vunesp<br />
Comente as reais intenções <strong>do</strong> Plano de Metas de<br />
Juscelino Kubitschek e o resulta<strong>do</strong> de sua implantação<br />
para o povo brasileiro.<br />
75. Fuvest-SP<br />
Na memória <strong>do</strong>s brasileiros, os cinco anos <strong>do</strong> governo<br />
Juscelino são lembra<strong>do</strong>s como um perío<strong>do</strong> de<br />
otimismo, associa<strong>do</strong> a grandes realizações cujo maior<br />
exemplo é a construção de Brasília.<br />
Bóris Fausto, <strong>História</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, 1994, p. 429<br />
a) A que outras realizações se refere o texto?<br />
b) Foram elas planejadas? Comente.<br />
76. PUCCamp-SP<br />
Leia o texto.<br />
Assumiu freqüentemente a figura <strong>do</strong> ridículo sem se<br />
desgastar, compensan<strong>do</strong>-a com sua poderosa eloqüência:<br />
sua maneira de se expressar, ou em público<br />
ou em particular, era original. Estilista, preferia os<br />
vocábulos eruditos, utilizan<strong>do</strong> frases de esdrúxula<br />
sintaxe, pronuncian<strong>do</strong> sílaba a sílaba das palavras<br />
cuida<strong>do</strong>samente escolhidas, como que saborean<strong>do</strong>-as,<br />
e obedecen<strong>do</strong> com excessivo rigor à pontuação. Muitos<br />
o achavam demagogo. Outros procuravam ridicularizálo.<br />
Mas ele, indiferente, continuava baten<strong>do</strong>-se contra<br />
os moinhos de vento (...).<br />
Wilson Gomes. ln: Antonio Carlos Meira. <strong>Brasil</strong>: recuperan<strong>do</strong> a nossa<br />
história. São Paulo: FTD, 1998. p. 231.