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Cada um com a sua língua

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CINEMA<br />

Comunicar é preciso<br />

A <strong>língua</strong> que se expressa pela arte<br />

imagem: TVZero/divulgação<br />

Um Filme Falado, de Manoel de Oliveira (idem, Portugal,<br />

2003, Paris Filmes)<br />

Rosa Maria (Leonor Silveira), professora de <strong>um</strong>a universidade<br />

portuguesa, e <strong>sua</strong> pequena filha, Maria Joana<br />

(Filipa de Almeida), partem em <strong>um</strong> cruzeiro de Lisboa<br />

r<strong>um</strong>o a Bombaim (Índia). No trajeto, visitam lugares<br />

que marcaram a civilização ocidental, <strong>com</strong>o Pompeia<br />

(Itália), Ceuta (Espanha), Atenas (Grécia), Cairo (Egito),<br />

Istambul (Turquia). Preste atenção na cena em que<br />

<strong>um</strong> americano, <strong>um</strong>a francesa, <strong>um</strong>a grega e <strong>um</strong>a italiana<br />

conversam, cada qual falando seu idioma, e todos<br />

se entendem.<br />

CINEMA<br />

balaio<br />

Língua – Vidas em Português, de Victor Lopes (idem,<br />

Brasil e Portugal, 2002, TV Zero/Sambascope)<br />

Doc<strong>um</strong>entário, dirigido por <strong>um</strong> moçambicano de nacionalidade<br />

portuguesa que vive no Brasil, traça <strong>um</strong><br />

retrato poético sobre a <strong>língua</strong> portuguesa e a lusofonia<br />

mundo afora. Rodado em países <strong>com</strong>o Moçambique,<br />

Brasil, Índia, Portugal e Japão, a obra deixa evidente<br />

o paradoxo <strong>língua</strong>/cultura: enquanto a primeira<br />

une, a segunda separa.<br />

[este doc<strong>um</strong>entário faz parte da Midiateca do Itaú<br />

Cultural e pode ser consultado gratuitamente]<br />

imagem: Paris Filmes/divulgação<br />

30 Continu<strong>um</strong> Itaú Cultural Participe <strong>com</strong> <strong>sua</strong>s ideias 31<br />

INTERNET<br />

Enciclopédia Itaú Cultural de Literatura Brasileira<br />

(www.itaucultural.org.br/literatura)<br />

Criada em 2007, a enciclopédia é <strong>um</strong>a das mais <strong>com</strong>pletas<br />

referências sobre literatura brasileira disponibilizada<br />

gratuitamente. Além dos verbetes sobre obras,<br />

movimentos literários e biografias de romancistas, poetas,<br />

contistas e críticos, a publicação oferece histórias<br />

de bastidores, ensaios e textos reflexivos, trechos de<br />

obras e <strong>um</strong>a seção de vídeos. Nessa seção, é possível<br />

encontrar pérolas, <strong>com</strong>o a recitação de poemas<br />

de Adélia Prado e Ferreira Gullar, feita pelos próprios<br />

autores; e os depoimentos de Lygia Fagundes Telles e<br />

Milton Hato<strong>um</strong>, entre outros.<br />

imagem: Ricardo Labastier/divulgação<br />

LITERATURA<br />

La Divina Increnca, de Juó Bananére (Editora 34, 43<br />

páginas, 2001)<br />

Em paródia à <strong>língua</strong> falada pelos italianos que imigraram<br />

para São Paulo no <strong>com</strong>eço do século passado,<br />

este livro reúne poemas publicados, em <strong>sua</strong> maioria,<br />

no periódico O Pirralho. Bananére, pseudônimo do<br />

poeta paulista Alexandre Marcondes Machado, satiriza<br />

não só o falar, mas também os hábitos da n<strong>um</strong>erosa<br />

colônia, <strong>com</strong>o nos poemas O Studenti du Bó<br />

Ritiro e Círgolo Vizioso, este último dedicado a <strong>um</strong> tal<br />

de Maxado di Assizi.<br />

[este livro faz parte da Midiateca do Itaú Cultural e<br />

pode ser consultado gratuitamente]<br />

MÚSICA<br />

Violas de Bronze, de Roberto Corrêa e Siba (independente,<br />

2009)<br />

Disco marca o encontro do violeiro mineiro Roberto<br />

Corrêa <strong>com</strong> o rabequeiro pernambucano Siba. Músicas<br />

<strong>com</strong>o Cara de Bronze (nome também de <strong>um</strong> conto<br />

de Guimarães Rosa), Big Brother Mental, Boi Tristeza e<br />

L<strong>um</strong>e demonstram a harmonia entre a viola (caipira,<br />

de cocho, elétrica...) e a rabeca, e – por que não? – entre<br />

o sertão de Corrêa e a zona da mata de Siba. Destaque<br />

para a faixa Nos Gerais, que narra <strong>um</strong> confronto<br />

<strong>com</strong> o diabo no sertão mineiro, a qual ficou curiosamente<br />

bela no sotaque de Siba.

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