11.04.2013 Views

Associação para proteção ambiental de São Carlos - Ipef

Associação para proteção ambiental de São Carlos - Ipef

Associação para proteção ambiental de São Carlos - Ipef

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

"ASSOCIACAO fABA.- PROTECaO-MJBIENTAL DE. 5!0. CARLOS:<br />

SUBSIDIOS fAiA COMPREENSAO nAa RELACOES ENTRE<br />

MOVIMENTO ICOLQGICO & EDUCACAO,<br />

Disserta~ão apresentada ao<br />

Programa <strong>de</strong> P6s-Gradua~ão em<br />

Educa~ão do Centro <strong>de</strong> Educa~ão<br />

e Ciências Humanas da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong><br />

como parte dos requisitos <strong>para</strong><br />

a obten~ão do titulo <strong>de</strong> Mestre<br />

em Educa~ão (Area <strong>de</strong> Concentração:<br />

Metodologia <strong>de</strong> Ensino)<br />

,<br />

SAO CARLOS<br />

1988


S 714a <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>:<br />

subsídios <strong>para</strong> compreensão das relações entre movimen-<br />

to ecológico e educação. são <strong>Carlos</strong>, 1988.<br />

399 p.ilus.<br />

Diss. (Mestre) - UFSCar<br />

Bibliografia<br />

1. APASC 2. Ecologia - são <strong>Carlos</strong>-SP 3. Educa<br />

ção Ambiental - são <strong>Carlos</strong>-SP 4. Meio ambiente-<br />

Proteção - são <strong>Carlos</strong>-SP 5. Movimento social.<br />

I. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>.


ORIINTADORA:<br />

PROFa. ~ IDA TEREZINHA DE OLIVEIRA TASSARA


Aos meus pais, Themis, Luana e Lucas<br />

e à minha orientadora,<br />

que sofreram meu modo atabalhoado <strong>de</strong> ser, mas <strong>de</strong>ram-me muito<br />

amor, atenção e apoio material.<br />

Ao CNPq, UNESP-Assis e USP-Piracicaba por garantirem<br />

minha sobrevivência material nos últimos cinco anos.<br />

A Maria Amália, Betânia e Simone pelas aulas, revisões <strong>de</strong><br />

alguns textos.carinho e incentivos.<br />

A Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. pelo aprendizado<br />

junto ao movimento estudantil e junto a alguns professores e<br />

amigos <strong>de</strong> iniciação cientifica, politica e institucional que<br />

<strong>de</strong>spertaram-me o prazer <strong>de</strong> pensar. questionar e trabalhar<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma Universida<strong>de</strong>.<br />

Aos amigos e alunos <strong>de</strong> Assis, <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e Piracicaba com<br />

os quais muito aprendi através da ação/reflexão conjunta.<br />

Especialmente ao Paulo e todos amigos da APASC,grupo <strong>de</strong><br />

educação <strong>ambiental</strong>, Grupo Ecológico <strong>de</strong> Assis e APEDEMA.<br />

Júlio<br />

A banca <strong>de</strong> qualificação <strong>de</strong>sta dissertação: Nivaldo e


A Adriana. João Batista.Evandro, Odila, <strong>Carlos</strong>, Dulce, Cla-<br />

rice. Gorete, Mônica, Júlio, Salete. Mara, Dolores, Verinha,<br />

Cláudio. Paulinho. Dizete, Jussara. que traduziram meus hier6gri-<br />

fos em escritos datilografados e computadorizados, transcreveram<br />

fitas, corrigiram erros <strong>de</strong> datilografia e <strong>de</strong>ram sugestões.<br />

A VIDA,<br />

APASC,<br />

AMOR e PAZ<br />

a todos.


o presente trabalho - ..<strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção Ambiental<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>: subsidios <strong>para</strong> compreensão das relações entre<br />

movimento ecológico e educação ..é uma análise da história <strong>de</strong> uma<br />

entida<strong>de</strong> ecologista sediada em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> porte médio<br />

(aproximadamente 114.000 habitantes em 1980) do interior paulis-<br />

ta, a 230 km da capital em direção ao Noroeste do Estado.<br />

Em sua totalida<strong>de</strong>, este trabalho objetiva:<br />

1. Descrever caracteristicas <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> ecologista.<br />

2. Analisar seu papel social.<br />

3. Estimular o <strong>de</strong>bate sobre a institucionalização da militância.<br />

4. Contribuir <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> investigacão<br />

calcados em metodologias que estimulem simultaneamente o<br />

conhecimento e o aprimoramento da ação social.<br />

5. Desenvolver consi<strong>de</strong>rações sobre o papel educacional <strong>de</strong>ssas<br />

entida<strong>de</strong>s.<br />

6. Contribuir <strong>para</strong> a clarificação <strong>de</strong> objetivos do<br />

ecológico visando fornecer subsidios <strong>para</strong> programas <strong>de</strong><br />

<strong>ambiental</strong>.<br />

Realiza-se através da integração <strong>de</strong> diversos métodos<br />

(entrevistas, levantamento e análise <strong>de</strong> documentos, questionários,<br />

observação participante e pesquisa-ação) que se alicercam na<br />

análise antropológica como forma <strong>de</strong> conhecimento.<br />

movimento<br />

educação


Acompanha-se o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta entida<strong>de</strong> durante <strong>de</strong>z<br />

anos ( 77/86) integrando vivências <strong>de</strong> associado e <strong>de</strong> pesquisador.<br />

Como pesquisador re-percorre-se (nos 6ltimos três anos) caminhos<br />

trilhados ao longo dos <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> militância. Recupera-se neste<br />

percurso, objetivos, ativida<strong>de</strong>s e principais lutas, estrutura e<br />

funcionamento da entida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> documentos e <strong>de</strong>poimentos dos<br />

associados ativos.<br />

As análises <strong>de</strong>senvolvidas permitem <strong>de</strong>screver o perfil <strong>de</strong>sta<br />

entida<strong>de</strong> ecologista como sendo uma escola <strong>de</strong> participaQão<br />

contribuindo <strong>para</strong>: o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong><br />

procedimentos <strong>de</strong>mocráticos (através <strong>de</strong> práticas auto-gestionárias<br />

e da tolerância diante da diversida<strong>de</strong>); o rompimento com o<br />

"niilismo" e a estimulaQão <strong>de</strong> análises sobre a estrutura da<br />

socieda<strong>de</strong> e das propostas <strong>para</strong> transformá-Ia; e o<br />

auto-conhecimento através <strong>de</strong> uma postura critica em busca <strong>de</strong><br />

valores substantivos individuais e/ou grupais. Permitem ainda<br />

consi<strong>de</strong>rar-se como relevante o papel <strong>de</strong>senvolvido pela entida<strong>de</strong><br />

ao estimular relaQões entre a Universida<strong>de</strong> e comunida<strong>de</strong>,<br />

conhecimento acadêmico e necessida<strong>de</strong>s sociais, aprendizado e aQão<br />

e a sua contribuiQão <strong>para</strong> a formaQão do militante ecologista (en-<br />

quanto profissional e cidadão).Consi<strong>de</strong>ra-se por fim, que essas<br />

caracteristicas da entida<strong>de</strong> estudada, po<strong>de</strong>m ser úteis no<br />

<strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> diretrizes <strong>para</strong> programas <strong>de</strong> educaQão <strong>ambiental</strong>.


This work, "Associat1on for Environmental Protect1on of são <strong>Carlos</strong>:<br />

bases for the un<strong>de</strong>rstanding of the relations between ecologic<br />

actlvit1es and educat10n", 1s a historical analysis of an ecologic<br />

entity based in são <strong>Carlos</strong> (SP), population of 114.000 inhabitants,<br />

230 km NW from são Paulo clty.<br />

1. to <strong>de</strong>scribe characteristics of an ecology entity;<br />

2. to analyze its social role;<br />

3. to arouse the <strong>de</strong>bate on the rnilitancy institutionalization;<br />

4. to contribute to the <strong>de</strong>veloprnent of investigation processes based<br />

on rnethodologies which sirnultaneously stirnulate the knowledge and<br />

the accornplishrnent of the social action;<br />

5. to <strong>de</strong>velop consl<strong>de</strong>rations on the educational role of these entities<br />

6. to contribute to the clariflcation of the objectives of the ecologi<br />

rnovernentsalrning to supply bases for the environrnental education<br />

programmes.<br />

This work was realized through the integration of several rnethods<br />

(interviews, surveys and document analysis, questionaries, particip~<br />

ing observations and research action) which were based on the anthropological<br />

analysis as a forrn of knowledge.<br />

The <strong>de</strong>veloprnent of this entity was followed for ten years (1977/86)<br />

integrating experiences of associate and of researcher. The last<br />

three years, the researcher reruns the paths of ten years of miliumcy<br />

In this route, there were recovered the goals, activities and rnain<br />

tasks, structure and functioning of the entity through documents and<br />

staternents of active associates.<br />

The analysis allowed to <strong>de</strong>scribe the profile of this ecologic entity<br />

as a school of participation contributing to: the <strong>de</strong>veloprnent of a<br />

culture of <strong>de</strong>rnocratic procedures (through the self-administration<br />

practices and the tolerance towards diversity); the rupture with the<br />

"nihilisrn" and the acousal of the analysis of the social structure<br />

and of the proposal for its transforrnation, the self-knowledge<br />

through the critical posture in search of individual and/or group<br />

substantive values. It was also allowed to consi<strong>de</strong>r as relevant the<br />

role <strong>de</strong>veloped by the en~ity to stirnulate the relations between the<br />

university and the community, aca<strong>de</strong>rnic knowledge and the social needs<br />

learning and action and its contribution to the upbeinging of ecologi<br />

rnilitants (while professional and citizen). At the last, it is consid<br />

red that these characteristics of the studied entity rnaybe useful in<br />

the planning of environmental education programmes.


1.1.<br />

1. 2. - Metodologias. métodos e sujeitos .<br />

1.2.1. - Os sujei tos .<br />

1.2.2. - As entrevistas e a enquete .<br />

1.2.3. - A análise das entrevistas e enquete ..<br />

1.2.4. - Análise dos documentos .<br />

Capitulo 11 - A APASC: seus objetivos. caracteristicas e<br />

ativida<strong>de</strong>s 67<br />

11.1. - Os objetivos 68<br />

I1.2. - A fUIldac;:ão 70<br />

11.3. - A organizac;:ão interna 74<br />

11.3.1. - As se<strong>de</strong>s. secretárias, arquivos e<br />

locais <strong>de</strong> reunião .. 76<br />

I I .5 . - Os assoc iados 82<br />

11.5.1. - Os associados ativos 84<br />

11.8.1. - "Fensar globalmente.agir localmente". 101<br />

11.8.2. - Boa Vista 11 e o" Bem Amado" 104<br />

11.8.3. - Grupo <strong>de</strong> Educac;:ãoAmbiental 109<br />

11.8.4. - Mamãe Natureza...................... 116


II .8 .5. - APREL 124<br />

11.8.6. - "Vida Natural: Progresso AM" 126<br />

II. 8.7. - FAVELA 133<br />

111.1. - Eu. a ecologia e a APASC<br />

111.1.1. - Em busca do ECO ou como me aproximei<br />

155<br />

111.1.2. -<br />

da questão ecológica<br />

O que foi e significou <strong>para</strong> mim a<br />

158<br />

111.1.3. -<br />

participa~ão na APASC<br />

Minha a~ão ecologista fora da APASC.<br />

170<br />

175<br />

- Como vejo a APASC .<br />

111.2.1. - O seu significado social e individual<br />

.<br />

111.2.2. - Sua história e algumas caracter1sticas<br />

.<br />

111.2.2.1. - O inicio .<br />

111.2.2.2. - Uma associa~ão <strong>de</strong> estudan<br />

tes .<br />

111.2.2.3. - A diversida<strong>de</strong> .<br />

111.2.3. - Seu papel organizacional ou Uma<br />

expressão localizada dos novos movimentos<br />

sociais .<br />

111.2.4. - Seu papel educacional .<br />

- Enquete - Quais valores po<strong>de</strong>riam nortear a<br />

a~ão ecologista? .<br />

142<br />

182<br />

182<br />

186<br />

186<br />

190<br />

197<br />

204<br />

217<br />

234<br />

252


"Vou plantar ulIIaárvore:<br />

será<br />

o<br />

meu<br />

gesto<br />

<strong>de</strong><br />

esperan~a.<br />

Copa gran<strong>de</strong>, sombra amiga;<br />

galhos fortes, crian~as no balan~o;<br />

e muitos frutos carnudos, passarinhos em revoada.<br />

Mas o mais importante<br />

<strong>de</strong> tudo: ela terá<br />

<strong>de</strong> crescer<br />

<strong>de</strong><br />

gar,<br />

mui<br />

to<br />

<strong>de</strong><br />

gar.<br />

Tão<br />

<strong>de</strong><br />

gar<br />

que<br />

à sua sombra<br />

eu nunca me assentarei.


como poemas, quando minhas mãos revolverem a terra.<br />

Desejarei que haja pão <strong>para</strong> todos.<br />

Me rirei dos homens <strong>de</strong> guerra correndo, <strong>de</strong>spidos, suas fardas,<br />

botas e espadas uma imensa fogueira ... Imaginarei que os leões<br />

apren<strong>de</strong>rão com os cor<strong>de</strong>iros o gosto bom do capim. E os gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>para</strong>rão o seu trabalho <strong>para</strong> fazer lugar <strong>para</strong> o brinquedo das<br />

criancas Escolhi este gesto porque as árvores são coisas<br />

mansas e tranquilas. Diferentes dos <strong>de</strong>ntes dos homens <strong>de</strong> guerra e<br />

dos números dos homens <strong>de</strong> lucro. As árvores celebram a vida e se<br />

oferecem como promessas, numa liturgia <strong>de</strong> paz. Com elas se inicia<br />

o futuro. Mas a guerra e o lucro engordam com as carnes dos<br />

sacrificados: gritos ferozes numa liturgia <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> mundo.<br />

Plantarei minha árvore.<br />

Cantarei minha esperanca.<br />

Pensarei que o primeiro a plantar uma árvore à cuja<br />

sombra nunca se assentaria foi o primeiro a<br />

pronunciar o nome do Messias.<br />

Algum dia o po<strong>de</strong>r será dado à ternura.<br />

Venha,<br />

Plante<br />

uma<br />

árvore<br />

comigo


eu come~o a Bentir a embriaguez a<br />

que essa vida agitada e tumultuosa<br />

me con<strong>de</strong>na. Com tal quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

objetos <strong>de</strong>sfilando diante <strong>de</strong> meus<br />

olhos, eu vou ficando aturdido. De<br />

todas as coisas que me atraem.<br />

nenhuma toca o meu coração. embora<br />

todas juntas perturbem meus<br />

sentimentos, <strong>de</strong> modo a fazer que eu<br />

esqueça o que sou e qual meu lugar."<br />

Mas, se ~sta palavra (Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>) e este conjunto<br />

<strong>de</strong> imagens e sons (Koyaanisqatsi) não forem familiares <strong>para</strong> o


fatores que nos influenciaram, então faremos uma colagem, (4)<br />

sobreposição <strong>de</strong> imagens, palavras, frases, poemas, manchetes,<br />

titulos <strong>de</strong> livros e filmes, recortes <strong>de</strong> jornais e revistas, que<br />

expressam a nossa leitura <strong>de</strong> mundo que nos levou a essa procura<br />

na militância (na APASC) e na aca<strong>de</strong>mia (nesta pesquisa ...):<br />

----- da cons<br />

- 11<br />

UIIIL.::>PJ.I-llU U~ y •••••••••~- aes • .<br />

• Ecologia e política. A At<br />

drão da Vida. Partido ecolog


) -- •calll .O~O"<br />

";- <strong>de</strong>p.ol. - -. d. . Cf"\tJ~'. .--01 t>.rrICOI .0 •••.•.•...


chuva; Rio<br />

[)o rio que /lido arrasta se diz que e violento.<br />

Mas n/llguem diz ,'iolel/las<br />

As margens que o comprimem.<br />

Brrlolt Brecht<br />

(1898·1956)<br />

Eram três.<br />

(I'eill" dia com seus maelwdos.)<br />

Eram duas.<br />

(A 50Srasterias <strong>de</strong> prata.)<br />

J::ra uma.<br />

Era nenhuma.<br />

(Ficou <strong>de</strong>snuda a dgua.)<br />

0(.1<br />

f! co", "Vr (<br />

. ~."J ,<br />

.',<br />

...~;,<br />

~<br />

~ PELA


Em maio <strong>de</strong> 1987, ao comemorarmos <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong><br />

existência, <strong>de</strong> imediato nos perguntamos: "o que se conseguiu em<br />

consequência da atuação da APASC?"<br />

Uma primeira resposta seria <strong>de</strong> que não se <strong>de</strong>ve<br />

avaliar uma organiza~ão exclusivamente em função dos resultados e<br />

conquistas. mas sim pelos processos que seus participantes<br />

vivenciaram <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la (organiza~ão) que po<strong>de</strong>m ser extremamente<br />

ricos. gratificantes e educativos.<br />

De qualquer forma a riqueza <strong>de</strong>sse processo é um<br />

retorno <strong>para</strong> os participantes passlvel <strong>de</strong> ser avaliado como um<br />

resultado da existência da organização.<br />

Permanece a questão existencial primeira que po<strong>de</strong><br />

ser <strong>de</strong>sdobrada nas perguntas abaixo:<br />

o que se conseguiu em termos educacionais, ou<br />

seja. <strong>de</strong> amplia~ão do número <strong>de</strong> pessoas que sabem o que é<br />

ecologia. prote~ão <strong>ambiental</strong>. e temas correlatos e/ou atuam no<br />

sentido <strong>de</strong> proteger a natureza e melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos<br />

habitantes <strong>de</strong>sse planeta? O que se conseguiu em termos <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> das reflexões, posturas cotidianas e a~ões dos<br />

ecologistas?<br />

O que se conseguiu em termos <strong>de</strong> resultados, ou<br />

seja, quantos hectares <strong>de</strong> florestas nativas foram reconstituldas<br />

ou pelo menos <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser cortadas? Quantas espécies animais<br />

em extinção foram preservadas e agora já estão aumentando o seu<br />

número <strong>de</strong> indivlduos? ou pelo menos, será que diminuiu o número<br />

<strong>de</strong> novas espécies que ano a ano alinham-se no rol das<br />

consi<strong>de</strong>radas em extin~ão? Quantas indústrias <strong>para</strong>ram <strong>de</strong> poluir e<br />

prejudicar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população? ou pelo menos.<br />

diminuiu o número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> intoxicações e graves problemas <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> ocasionados por insalubrida<strong>de</strong> no trabalho ou polui~ão do ar<br />

e das águas nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> indústrias?


Quantos agricultores <strong>para</strong>ram ou diminuiram a<br />

utiliza~ão <strong>de</strong> agrot6xicos substituindo-os por tecnologias menos<br />

agressivas ao meio ambiente ou,pelo menos. quantos agricultores<br />

come~aram a se interessar por controle integrado <strong>de</strong> insetos,<br />

plantio direto, aduba~ão orgânica, etc. e estão implementando<br />

essas novas técnicas milenares pelo menos experimentalmente?<br />

Quantas favelas <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> existir? Qual a<br />

diminuição dos lndices <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil por falta <strong>de</strong><br />

alimenta~ão? Qual a diminuição no lndice <strong>de</strong> criminalida<strong>de</strong><br />

provocada por individuos que assim agem por absoluta carência <strong>de</strong><br />

inserção social. (não falamos aqui dos casos pato16gicos que<br />

mereceriam outro tipo <strong>de</strong> análise) conquistada através do emprego,<br />

moradia, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir bens, estudar, etc.?<br />

Quantas pessoas <strong>de</strong>scobriram as drogas quimicas que<br />

consomem a cada alimentação e optaram por uma alimentação mais<br />

saudável? Quantas pessoas re<strong>de</strong>scobriram a religiosida<strong>de</strong> no seu<br />

sentido mais profundo e passaram a se preocupar mais com valores<br />

morais (tipo solidarieda<strong>de</strong>, amor ao pr6ximo. amiza<strong>de</strong>.<br />

honestida<strong>de</strong>, sincerida<strong>de</strong>, não falar mentira, etc.) e menos com a<br />

posse <strong>de</strong> bens materiais e com isso <strong>de</strong>scobriram a dan~a, yoga e<br />

outras formas <strong>de</strong> transar o corpo e a mente conjuntamente e<br />

voltados <strong>para</strong> um aprimoramento espiritual?<br />

Quantas pessoas se engajaram em manifesta~ões<br />

pacifistas ou em organizações <strong>de</strong> moradores, mulheres, negros.<br />

indios. homossexuais. idosos, sindicais ou <strong>de</strong> categorias<br />

reivindicando solu~ões <strong>para</strong> problemas <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong> e<br />

expressando seu <strong>de</strong>scontentamento e aspiração por uma socieda<strong>de</strong><br />

melhor?<br />

Quantas gran<strong>de</strong>s hidrelétricas e usinas nucleares<br />

ou outras obras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto <strong>ambiental</strong> tiveram seus projetos<br />

substituidos por outras obras <strong>de</strong> menor porte. menor impacto<br />

<strong>ambiental</strong>, com tecnologias mais suaves que geram mais empregos e<br />

são mais acessiveis ao controle <strong>de</strong> pequenas comunida<strong>de</strong>s?<br />

Qual a ampliação <strong>de</strong> tempo e espaço <strong>para</strong> noticias.<br />

veiculadas pelos meios <strong>de</strong> comunicação. relacionadas com os temas<br />

pincelados acima (e diversos outros correlatos)? Houve ampliação<br />

no número <strong>de</strong> politicos, partidos. igrejas e outras organizações<br />

que assumem o discurso ecológico?<br />

Enfim, o que se conseguiu nesses <strong>de</strong>z anos em<br />

termos educacionais e <strong>de</strong> conquistas materiais?<br />

Com certeza alguns dirão que não po<strong>de</strong>mos querer<br />

aferir o resultado dos <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> APASC através <strong>de</strong> respostas a<br />

perguntas tão gerais como o número <strong>de</strong> espécies animais que<br />

<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser extintas pois isso não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> s6 da APASC (nem<br />

mesmo só dos conservacionistas <strong>de</strong> todo mundo) aos quais<br />

respon<strong>de</strong>riamos que o "só" é a garantia do "inclusive", ou seja,<br />

não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> só da APASC mas inclusive <strong>de</strong>la. Outros dirão que não


po<strong>de</strong>mos querer relacionar a diminuição (ou aumento) da<br />

60cial com o sucesso ou não do movimento ecológico e por<br />

diriam que alguns dos temas relacionados acima fogem do<br />

das lutas dos ecologistas.<br />

mi6éria<br />

último<br />

âmbito<br />

Verda<strong>de</strong>s e mentiras <strong>para</strong> uns e <strong>para</strong> outros. De<br />

qualquer forma não po<strong>de</strong>mos negar que tanto essa diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

problemas como a indagação 60bre os efeitos da ação ecologista<br />

6ão questões que se tornam presentes no cotidiano <strong>de</strong> quem atua em<br />

entida<strong>de</strong> <strong>ambiental</strong>ista e,mesmo que saibamos dos limites da nossa<br />

ação local, sempre nos preocupamos com as repercussões <strong>de</strong>ssas<br />

ações tanto no sentido <strong>de</strong> nos perguntarmos o que ficou <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

cada um que participou ou teve contato com a ação (e qual o<br />

efeito da divulgação <strong>de</strong>ssa ação <strong>para</strong> que outras pessoas e<br />

organizações "engrossem o coro" <strong>de</strong>ssas lutas e reivindicações)<br />

como no 6entido <strong>de</strong> 6aber 6e n066a ação fortaleceu uma luta maior<br />

que e6tava ocorrendo. Po<strong>de</strong>mo6 procurar re6po6ta6 a nivel <strong>de</strong><br />

60cieda<strong>de</strong> mai6 abrangente ou no âmbito da ação mais imediata da<br />

entida<strong>de</strong>, por exemplo. con6tatar 6e a exi6tência da APASC serviu<br />

associado6 e pe66oa6 que <strong>de</strong> alguma forma 6e aproximaram da<br />

entida<strong>de</strong> (5). procurando conhecer 6ua hi6tória, suas principais<br />

lutas e conqui6ta6 e a variação no número <strong>de</strong> associados,<br />

corre6Pondências, receitas e <strong>de</strong>spesas e outros dados ..."


Administra~ão Médici<br />

teve saldo positivo<br />

Sr. Redator.<br />

A criação da SEMA, a maior ativida<strong>de</strong> do IBDF, a recente<br />

criação do Parque Nacional da Amazônia e Floresta Nacional <strong>de</strong><br />

Tapajós, o <strong>de</strong>creto <strong>de</strong>terminando que a Convenção <strong>para</strong><br />

Regulamentação da Pesca da Baleia seja cumprida em todo<br />

território nacional, bem como uma gran<strong>de</strong> participação brasileira<br />

em congressos no Exterior e a promoção <strong>de</strong> congressos no Bra6il<br />

(recentelnente a UNESCO promoveu um sobre "Efeitos Ecológicos do<br />

Aumento das Ativida<strong>de</strong>s Humanas sobre o Ecossistema <strong>de</strong> Floresta6<br />

Tropicais e sub-tropicais com a participação <strong>de</strong> diversos pa1se6)<br />

que vêm proporcionando maior conhecimento ao povo dos problema6<br />

ecológicos, é um saldo positivo que o governo Médici levou <strong>de</strong> 6ua<br />

administração.<br />

EstA certo que vArias medidas ficaram por serem tomadas, mas<br />

estou certo <strong>de</strong> que na medida do poss1vel muito foi feito e por<br />

isso escrevo essa missiva a esse conceituado orgão <strong>de</strong> divulgaoão,<br />

a fim <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer aos nossos dirigentes pela gran<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvida nesse campo <strong>de</strong> trabalho.<br />

Espero que esta administração dobre essa ativida<strong>de</strong>, e que 06<br />

jornais continuem a nos informar.<br />

cordialmente.<br />

Marcos Sorrentino - Embu-SP.


gressando na Universida<strong>de</strong> - 1976 - começamos a participar ativa-<br />

mente do movimento estudantil que se reacendia e ai passamos a<br />

<strong>de</strong>senvolver <strong>para</strong>lelamente a nossa militância ecologista e estu-<br />

dantil, <strong>de</strong>scobrindo relações entre as reivindicações <strong>de</strong>sses dois<br />

movimentos e encontrando neles respostas mais fortes e significa-<br />

tivas do que as das salas <strong>de</strong> aula.<br />

A partir <strong>de</strong> então participamos ativamente <strong>de</strong> di-<br />

versas organizações mas num dado momento constatamos que podiamos<br />

estar caindo num "ATIVISMO IMOBILISTA" (10) e,a1ertados por uma<br />

disciplina <strong>de</strong> P6s-Gradua~ão (ll),optamos por fazer uma reflexão<br />

sobre nossa militância no sentido <strong>de</strong>sta crescer em qualida<strong>de</strong> e<br />

contribuir <strong>para</strong> o crescimento do movimento <strong>de</strong> que participá-<br />

vamos.<br />

Neste sentido,esta dissertação assume um caráter<br />

<strong>de</strong> reflexão sobre a interação entre ação e reflexão, entre agir<br />

espontâneo e instituciona1izado, entre ação do individuo e da<br />

entida<strong>de</strong>. entre institucionalização da ação individual e institu-<br />

cionalização do movimento social. O individuo instituciona1izan-<br />

do-se na entida<strong>de</strong> e a entida<strong>de</strong> nas regras da socieda<strong>de</strong>. Ambos<br />

institucionalizando-se na tentativa <strong>de</strong> ampliar sua ação social.<br />

Ao mesmo tempo que são cooptados, tentam otimizar suas ações no<br />

sentido <strong>de</strong> transformação social. Chamamos <strong>de</strong> educacional esta<br />

institucionalização pois permite a apropriação social da reflexão<br />

individual do militante, a apropriação pelo movimento das refle-<br />

xões sobre sua ação, no sentido <strong>de</strong> otimizá-10.


e<br />

torna-se mais clara a n~ces8ida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

lação. Respon<strong>de</strong>mos parte <strong>de</strong>las (as dúvidas)entrevistando os asso-<br />

ciados ativos-Capitulo 111(as entrevistas transcritas na integra


Preferimos chamá-Ias <strong>de</strong> "Consi<strong>de</strong>rações Finais", Na<br />

realida<strong>de</strong> são as consi<strong>de</strong>rações iniciais <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> refle-<br />

xão que preten<strong>de</strong>mos tenha continuida<strong>de</strong>,objetivando aperfeiçoar<br />

nossa militância ecológica e estudos acadêmicos e contribuir com<br />

o movimento ecológico e com a universida<strong>de</strong> na procura <strong>de</strong> uma<br />

socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática, on<strong>de</strong> o prazer <strong>de</strong> viver e a apreciação do<br />

belo não sejam censurados e entrecortados ou mesmo abafados pelas<br />

cenas <strong>de</strong> miséria humana, social e <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição <strong>ambiental</strong> com as<br />

quais convivemos atualmente.<br />

Esperamos que este trabalho contribua <strong>para</strong> o co-<br />

nhecimento <strong>de</strong> objetivos da educa~ão <strong>ambiental</strong> e do movimento<br />

ecológico, favorecendo o <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> programas e projetos<br />

<strong>de</strong> educa~ão <strong>ambiental</strong> e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos estudos que o<br />

complementem, esclare~am ou refutem.


NOTAS<br />

APRESENTACAO


(O) ALVES, R. - A Gesta~ãQ dQ futuro. Campinas. Papirus. 1986,<br />

p. 20 a 22.<br />

(1) Apud BERMAN, M. - ~ ~ ~ sólido <strong>de</strong>smancha nQ ~.<br />

<strong>São</strong> Paulo. Companhia das Letras. 1986. p. 17 e 18.<br />

(2) Id.ibid. ,<br />

BERMAN. diz: "Ser mo<strong>de</strong>rno é viver uma vida <strong>de</strong> <strong>para</strong>doxo e<br />

contradição. E sentir-se fortalecido pelas imensas organizações<br />

burocráticas que <strong>de</strong>têm o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> controlar e<br />

frequentemente <strong>de</strong>struir comunida<strong>de</strong>s. valores. vidas; e<br />

ainda sentir-se compelido a enfrentar essas forças. a<br />

lutar <strong>para</strong> mudar o seu mundo transformando-o em n06SO<br />

mundo. E ser ao mesmo tempo revolucionário e conservador:<br />

aberto a novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> experiência e aventura,<br />

aterrorizado pelo abismo niilista ao qual tantas das aventuras<br />

mo<strong>de</strong>rnas conduzem, na expectativa <strong>de</strong> criar e conservar<br />

algo real, ainda quando tudo em volta se <strong>de</strong>sfaz<br />

( ... )".<br />

(3) KOIAANISQATSI - a vida em <strong>de</strong>sequilibrio - filme em longa<br />

metragem dirigido por Godfrey Reggio (EUA-1982) com trilha<br />

sonora <strong>de</strong> Philip Glass,vencedor da 8a. mostra internacional<br />

<strong>de</strong> cinema em <strong>São</strong> Paulo. Abaixo, critica feita por<br />

Antonio Gonçalves Filho <strong>para</strong> o jornal "Folha <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo"<br />

e reproduzida pelos organizadores da secção ZOOM <strong>de</strong> Araraquara<br />

em 16.10.86:<br />

Koyaanisqatsi é uma palavra que os indios Hopi do Grand<br />

Canyon (EUA) acreditam ter um po<strong>de</strong>r intrinseco. Significa "vida<br />

louca", "fora <strong>de</strong> equilibrio" e,tambem,a ópera planetária do<br />

cineasta estreante Godfrey Reggio, que alguns misticos indianos<br />

classificaram <strong>de</strong> "um filme que leva à meditaoão com os olhos<br />

abertos". E, garantem, houve quem entrasse no estado Alfa<br />

enquanto estava assistindo ao antidocumentário mudo, cujos únicos<br />

sons ecoam da trilha sonora produzida por Philip Glass. Maior<br />

barato, como diria um hipster californiano atemporal, que saiu do<br />

cinema com a sensação <strong>de</strong> ter consumido alguns pontos <strong>de</strong> LSD.<br />

Mas é bom ir pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> uma bad trip, caso você imagine<br />

que Reggio gastou sete anos <strong>de</strong> sua vida <strong>para</strong> produzir uma<br />

banalida<strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>stinada a embalar os sonhos <strong>de</strong> alguma Lucy,<br />

com ou sem diamantes. "Koyaanisqatsi" e' barra pesada, uma viagem<br />

ao inferno <strong>de</strong> uma terra <strong>de</strong>solada que não merece sequer um poema<br />

<strong>de</strong> Eliot. O diretor queria mostrar o cotidiano selvagem da<br />

civilização pós-industrial, sob a ótica <strong>de</strong> um alienigena<br />

confortavelmente instalado em casa. Isso é o que Reggio diz.


- Ritmo insano.<br />

Na verda<strong>de</strong>, a montagem do filme, é propositadamente<br />

alucinante <strong>para</strong> que mesmo um extraterrestre não disponha sequer<br />

<strong>de</strong> um segundo <strong>de</strong> reflexão. A medida que o ritmo se torna insano e<br />

a música <strong>de</strong> Philip Glass começa a invadir os tlmpanos' dos'<br />

espectadores, seus corpos experimentam uma sensação estranha,<br />

algo como estar na mais alta montanha russa do mundo sabendo que<br />

a viagem jamais terminará. Tudo em som dolby estéreo e<br />

fotografado com in<strong>de</strong>fectiveis câmeras Mitchell (pelo mestre Ron<br />

Fricke).<br />

Repetindo, "Koyaanisqatsi" não é entretanto, uma nova<br />

<strong>de</strong>scoberta dos estúdios Disney <strong>para</strong> revelar as "maravilhas"da<br />

tecnologia. Ao contrário, Reggio, um ex-educador cristão, que<br />

passou quinze anos militando numa or<strong>de</strong>m cat6lica, fez um filme<br />

<strong>para</strong> mostrar que a tecnologia nunca é neutra, "que nossos<br />

problemas <strong>de</strong>correm do seu mau uso". S6 que tudo é tão bem<br />

fotografado que até o lixo p6s-industrial e as usinas nucleares<br />

do filme parecem coisa divina ou um "megamonstro" , na concepção<br />

<strong>de</strong> Reggio.<br />

Megamonstro porque Reggio não fala diretamente à razão, mas<br />

antes aos instintos. Ao realizar um filme sem narração, feito <strong>de</strong><br />

imagens e música, o cineasta recorre a hipérboles - as núvens<br />

parecem sempre ameaçadoras, os edificios das metrópoles são<br />

gran<strong>de</strong>s túmulos, as pistas das auto estradas são corredores sem<br />

fim - <strong>para</strong> anunciar um Novo Mundo, transfigurado, que volta como<br />

no inicio do filme, às rochas vulcânicas, a seu estado mais<br />

primitivo. Coinci<strong>de</strong>ntemente o panorama é o mesmo dos filmes <strong>de</strong><br />

John Ford, as rochas do Monument Valley,nostalgia justificável.<br />

Para quem vive "fora <strong>de</strong> equilibrio" não existem mesmo muitas<br />

sa,idas.(AGF)<br />

(4) Utilizamos <strong>para</strong> essas colagens recortes da Folha <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

Paulo e Estado <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1966; boletim<br />

Arte e Pensamento Eco16gico; Revista Pau-Brasil no. 3; e uma<br />

carta enviada por uma aluna do 40. ano <strong>de</strong> Psicologia <strong>de</strong><br />

Assis, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> retiramos as "Tiras" da Mafalda e o Poema<br />

Póstudo; folheto <strong>de</strong> introdução a uma aula - vivência (que<br />

<strong>de</strong>senvolvemos no ano <strong>de</strong> 1967) sobre Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> <strong>para</strong> a qual<br />

contamos com a colaboração <strong>de</strong> diversos estudantes da UNESP-<br />

Assis.<br />

(5) E uma falsa questão polemizarmos se foi a entida<strong>de</strong> que<br />

propiciou esse' contato e essas discussões ou se foram os<br />

militantes e associados que as colocaram <strong>para</strong> a entida<strong>de</strong> a<br />

partir do <strong>de</strong><strong>para</strong>rem-se com elas no meio <strong>de</strong> comunicações ou<br />

no seu cotidiano (um problema do bairro ou no serviço,<br />

etc.). Ao nosso ver, a entida<strong>de</strong> serve como caixa <strong>de</strong><br />

ressonância <strong>de</strong>ssas questões, estimulando sua discussão e<br />

possibilitando tornarem-se consistentes (o problema<br />

individual,ou percebido individualmente,passa a ser socializado<br />

e ganha a dimensão social que lhe era negada por não<br />

ser exposto e constatado como também um problema <strong>de</strong> muitas<br />

outras pessoas); com isso cria-se o fato a ser coberto


pelos meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa que irA estimular mais<br />

pessoas a pensarem no assunto.a procurarem organizações <strong>para</strong><br />

exteriorizarem seus pontos <strong>de</strong> vista e seus problemas.formando<br />

assim um movimento <strong>de</strong> opinião pública e <strong>de</strong> ação em torno<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados tipos <strong>de</strong> questões.<br />

(6) Diversos outros fatores em nossa história <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>vem ter<br />

contribuido e antece<strong>de</strong>m a atitu<strong>de</strong> mencionada como inicio <strong>de</strong><br />

nosso envolvimento com a questão ecológica mas • ao nivel<br />

objetivo. <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s formais. po<strong>de</strong>mos apontar esses acontecimentos<br />

como os primeiros.<br />

(7) FBCN - Fundação Brasileira <strong>para</strong> Conservação da Natureza é<br />

uma das entida<strong>de</strong>s mais antigas na história do conservacionismo<br />

no Brasil. Fundada em 28.08.58 é reconhecida <strong>de</strong><br />

utilida<strong>de</strong> pública fe<strong>de</strong>ral e até o ano passado era a única<br />

Fundação no Brasil <strong>de</strong>stinada à Conservação da Natureza. Em<br />

1973 José Piquet Carneiro era seu presi<strong>de</strong>nte. Seu en<strong>de</strong>reço<br />

atual é R. Miranda Valver<strong>de</strong>. 103 - Botafogo 22.281 Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro.<br />

(8) ABELLA. Miguel - Fundador do movimento "Arte e Pensamento<br />

Ecológico" 1973 - <strong>de</strong>staca-se na história do ecologismo no<br />

Brasil como um dos mais incansáveis. persistentes e admirados<br />

batalhadores. "Foi pioneiro do ecologismo brasileiro<br />

a nivel <strong>de</strong> organização "segundo a revista Pau Brasil<br />

<strong>de</strong> julho/agosto/84 - AnoI - no. 1. pg. 27. publicada pelo<br />

DAEE.-Departamento <strong>de</strong> Aguas e Energia Elétrica do governo<br />

do Estado <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo .<br />

(9) TRANSAMAZôNICA. Perimetral Norte e Projeto Jari. gran<strong>de</strong>s<br />

queimadas na Amazônia. Usinas Nucleares. Para maiores informações<br />

sobre os impactos ambientais no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

implementado no pais nas décadas <strong>de</strong> 60 e 70 vi<strong>de</strong> A<br />

QUESTAO AMBIENTAL HQ BRASIL (1960-1980) <strong>de</strong> <strong>Carlos</strong> Augusto <strong>de</strong><br />

Figueiredo Monteiro em publicação do Instituto <strong>de</strong> Geografia<br />

da USP. <strong>São</strong> Paulo • 1981 • Série Teses e Monografias no. 42.<br />

(10) O termo "ATIVISMO IMOBILISTA" - titulo da tese <strong>de</strong> mestrado<br />

<strong>de</strong> Benedito Miguel Angelo P. Gil- professor da área <strong>de</strong><br />

Antropologia. Departamento <strong>de</strong> História.UNESP/Assis.expressa<br />

nossa intenção <strong>de</strong> retratar o FAZISMO que muitas vezes domina<br />

a militância em organizações. um fazer constante não acompanhado<br />

por reflexões e crescimento individual.<br />

(11) A disciplina "Pesquisa e Intervenção em Educação" ministrada<br />

no 10. semestre <strong>de</strong> 1984, no Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em<br />

Educação na UFSCar.sob responsabilida<strong>de</strong> da professora<br />

Beth Antunes <strong>de</strong> Oliveira.


"A verda<strong>de</strong>ira bonda<strong>de</strong> do homem só po<strong>de</strong><br />

se manifestar com toda pureza, com toda<br />

a liberda<strong>de</strong>, em relação àqueles que não<br />

representam nenhuma força. O verda<strong>de</strong>iro<br />

teste moral da humanida<strong>de</strong> (o mais<br />

radical, num nlvel tão profundo que<br />

escapa a nosso olhar) são as relações<br />

com aqueles que estão à nossa mercê: os<br />

'animais,"<br />

(",)"Nietzsche está saindo <strong>de</strong> um<br />

hotel em Turim,Vê diante <strong>de</strong> si um cavalo,<br />

e um cocheiro espancando-o com um chicote.Nietzsche<br />

se aproxima do cavalo abra~a-lhe o pesco~o e sob o<br />

olhar do cocheiro,explo<strong>de</strong> em solu~os.<br />

Isso aconteceu em 1889, e Nietzsche já<br />

estava também distanciado dos homens. Em<br />

outras palavras: foi precisamente nesse<br />

momento que se <strong>de</strong>clarou sua doença mental. Mas,<br />

<strong>para</strong> mim, é justamente isso que confere<br />

ao gesto seu sentido profundo. Nietzsche veio pedir<br />

ao cavalo perdão por Descartes. Sua loucura<br />

(portanto seu divórcio da humanida<strong>de</strong>) começa no<br />

instante em que'chora sobre o cavalo,"


poluição (<strong>de</strong> todos os tipos) já é por todos conhecida.<br />

I<br />

tecnologia <strong>de</strong> guerra, responsável por gran<strong>de</strong>s investimentos n~<br />

campo cientlfico e tecnológico, traz além do perigo <strong>de</strong> uma guerr~<br />

que dizimará nossa própria espécie (e gran<strong>de</strong> parte das formas <strong>de</strong><br />

.<br />

vida do planeta) a absurda absorção <strong>de</strong> enormes quantias <strong>de</strong>


·<br />

(vi<strong>de</strong> o .DDT encontrado nos EUA, no leite materno, em indices<br />

interesses <strong>de</strong> dominaQão e opressão que caminham juntos com a6<br />

r


moral e <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e que acarretem num NOVO relacionamento do<br />

homem consigo próprio. com os outros homens e com a natureza. A<br />

ecologia tem se apresentado como uma perspectiva <strong>de</strong> queBtionamen-<br />

to do modo <strong>de</strong> vida do homem mo<strong>de</strong>rno e apresentado possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> respostas que se a<strong>de</strong>quam às suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi-<br />

mento e sobrevivência.<br />

Segundo Sanches (3) a ecologia é hoje. não s6 uma<br />

ciência biol6gica que nos esclarece a respeito da natureza. seus<br />

ciclos e estreita relação entre todos os seus componentes. mas é<br />

também um convite à discussão das questões citadas acima<br />

procurando encontrar respostas que visem garantir a sobrevivência<br />

da espécie humana e das outras espécies e a efetiva melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> cada homem <strong>de</strong> todas as socieda<strong>de</strong>s.<br />

Desta forma suas intenções são explicitamente<br />

educacionais:conhecer a si pr6prios <strong>para</strong> se modificar e se modi-<br />

ficar <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r sobreviver. Neste contexto. o objetivo estabele-<br />

cido pela 22a.Conferência Geral da Unesco (25/10 a 26/11 <strong>de</strong> 1983)<br />

<strong>para</strong> o Programa Internacional <strong>de</strong> Educação Ambiental (4) coloca-se<br />

com precisão: "Propiciar a tomada <strong>de</strong> consciência generalizada a<br />

respeito das causas e consequências que têm <strong>para</strong> o homem. <strong>para</strong> a<br />

socieda<strong>de</strong> e <strong>para</strong> a comunida<strong>de</strong> internacional os problemas do meio<br />

ambiente e estimular na vida diária. profissional e na ação <strong>para</strong><br />

o <strong>de</strong>senvolvimento. uma ética. atitu<strong>de</strong>s e condutas individuais e<br />

coletivas que contribuam à <strong>proteção</strong> e ao melhoramento do meio<br />

ambiente" .<br />

Nos últimos anos diversos são os trabalhos que se<br />

<strong>de</strong>senvolvem sob esta insígni~ (Educação Ambiental) promovidos por


objetivos propostos às finalida<strong>de</strong>s que os norteiam. visto que sob<br />

,<br />

a insignia ecologia abrigam-se diversas concepções politicas.<br />

religiosas e cientificas numa verda<strong>de</strong>ira miscelânea i<strong>de</strong>ológica


cultura · é na própria maneira dos homens se relacionarem entre si


,<br />

Ao estudarmos uma entida<strong>de</strong> ecologista e as expec-<br />

tativas.angústias e análises dos s~us associados ativos.esperamos<br />

contribuir <strong>para</strong> a clarificação das concepções <strong>de</strong> ecologia e<br />

movimento ecológico. com isso estimulando o <strong>de</strong>bate sobre o fazer<br />

~


<strong>de</strong> participação e busca <strong>de</strong> solução dos problemas da comunida<strong>de</strong><br />

entre os ecologistas passivel <strong>de</strong> ser entendido, criticado e<br />

utilizado como norteador <strong>para</strong> os programas <strong>de</strong> educação <strong>ambiental</strong>.<br />

Um comportamento frente às questões existenciais e do<br />

conhecimento, passivel <strong>de</strong> ser expresso num mo<strong>de</strong>lo e comunicado.<br />

Tarefa pretensiosa- e passivel <strong>de</strong> muitas<br />

incorreções. Captar comportamentos (atitu<strong>de</strong>s e intenções) não<br />

expressos verbalmente ou expressos <strong>de</strong> forma fragmentada e<br />

procurar codificá-los em linguagem' 16gico/matemática/formal/ra-<br />

cional só é possivel por aproximações sucessivas, por tentativa<br />

e erro. Ao comunicarmos abrimo-nos às criticas e também ã<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos aproximarmos da verbalização concretizadora<br />

("e o verbo fez-se carne") das intenções subjacentes às atitu<strong>de</strong>s<br />

dos ecologistas. Verbalização concretizadora porque permite a<br />

ampliação do número <strong>de</strong> simpatizantes e militantes no movimento<br />

(ampliação não pela fé ou modismo, mas agora pela opção racional)<br />

e ampliação das intervenções educacionais que agora ganham em<br />

qualida<strong>de</strong> pois po<strong>de</strong>m ser planejadas e enunciadas claramente em<br />

termos <strong>de</strong> objetivos,em conteúdos e metodologias,<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> serem<br />

uma série <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s bem intencionadas, mas dispersas e<br />

pontuais.<br />

Mas qual é esse comportamento dos ecologistas que<br />

intenciona-se passivel <strong>de</strong> ser expresso num mo<strong>de</strong>lo e comunicado?<br />

Essa dissertação inteira é uma tentativa <strong>de</strong> captá-<br />

10 e dizê-lo. S6 percebemos isso ao terminá-Ia e ainda temos<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>para</strong> exprimi-lo. E um comportamento <strong>de</strong> persuasão <strong>para</strong>


um método <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> conhecimento (11), um método <strong>de</strong><br />

pesquisa, um método <strong>de</strong> ensino, um método <strong>de</strong> vida que procura a<br />

união entre aparentes antagõnicos (se<strong>para</strong>dos e aos poucos<br />

colocados como opostos ao longo <strong>de</strong> nossa história): alma e razão.<br />

paixão e mente, teoria e prática, po11tica e conhecimento.<br />

poético e racional, integral e especialista, indiv1duo e<br />

coletivo, erudito e popular, multidão e solidão. racional e<br />

intuitivo, ensino e aprendizagem, pesquisa e extensão, ecologia e<br />

economia, progresso e natureza,<br />

o próprio processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>sta dissertação é<br />

um jOgo <strong>de</strong> aparentes antagônicos: procurar recuperar sob o rótulo<br />

da razão algo que é pura paixão - a ação educacional em entida<strong>de</strong>s<br />

ecologistas.<br />

Então o comportamento é o método, revela-se no<br />

método, po<strong>de</strong> ser apreendido através do método!<br />

E apaixonado, portanto persuasivo. Paixão pelo que<br />

se faz: Paixão pela vida. pelo apren<strong>de</strong>r, pelo conhecimento pela<br />

transformação social. Compromisso social através do fazer<br />

voluntário, espontâneo ou intencional.<br />

Po<strong>de</strong>mos somar ainda uma outra caracteristica<br />

importante <strong>de</strong>sse método - a prãxis. Simplificando. e sem medos <strong>de</strong><br />

triagens i<strong>de</strong>ológicas. po<strong>de</strong>mos entendê-Ia a partir da explicação<br />

<strong>de</strong> Mao Tsé Tung (12) como sendo interação pensar/agir<br />

teoria/prática. pensar a partir dos problemas da realida<strong>de</strong>.<br />

converter esses pensamentos em ação, pensar a ação e suas


transformações, repensar o próprio pensar inicial e reorientar'a<br />

prãtica. Po<strong>de</strong> ser expressa também por uma mâxima do movimento<br />

ecológico: "Pensar globalmente, agir localmente" e vice-versa.<br />

Parece-nos que o método e a persuasão estão na<br />

práxis e na paixão. Compromisso social e individual ou<br />

engajamento como nos fala Von Zuben (13) " O engajamento é uma<br />

a<strong>de</strong>são, uma ação pela qual o homem se vincula. (...) O<br />

engajamento vincula-se à historicida<strong>de</strong>: realiza a historicida<strong>de</strong><br />

humana. Engajar-se é concretamente responsabilizar-se por uma<br />

obra a ser realizada (...). O sujeito engaja-se no instante que<br />

<strong>de</strong>scobre o sentido <strong>de</strong> sua existência (dimensão<br />

critico/questionadora) e quer manter-se em vida (que <strong>para</strong> o homem<br />

significa agir, trabalhar). O engajamento prolonga a emergência<br />

do sujeito. O engajamento não é o ser do sujeito, mas a<br />

permanência conferida à sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> através da a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> sua<br />

existência a uma causa. O eu quero vem confirmar o eu sou. Este<br />

se completa por aquele. O engajamento é uma participação no mundo<br />

(~..)".Mas não é só praxis, paixão e engajamento. E abordagem<br />

globalizante (holistica como diz CAPRA); é utopia/i<strong>de</strong>alis-<br />

mo/romantismo no acreditar-se que é possivel construir um mundo<br />

sem fronteiras ("fala John Lennon"), sem exploração do homem pelo<br />

homem, nem da criança pelo adulto, nem dos animais pelo ser<br />

humano, é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emocionar-se com a beleza, é o<br />

acreditar-se na possibilda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> organizada sem<br />

Estado nem Patrão, é... E dificil dizermos estas coisas todas<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tantas mentiras e mortes terem se escondido atrás <strong>de</strong>las<br />

mesmo. quando proferidas por pessoas que neles acreditaram


sinceramente. Além disso, falarmos em "engajamento", "causas",<br />

"utopias" e finalida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong> parecer extemporâneo ou ingenuida<strong>de</strong><br />

pois a época em que vivemos caracteriza-se pelo niilismo ,ceti-<br />

cismo e individualismo sarcãstico.Como diz Wisnick (14): " o fim<br />

das utopias é artigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na loja p6s-mo<strong>de</strong>rna (...) A onda<br />

utópico-migrat6ria dos anos 60 (15) dá lugar à onda anti-ut6pica<br />

dos 80 (...). Mas a maior novida<strong>de</strong>, que não está à venda é o fim<br />

da finalida<strong>de</strong>, que supõe uma revisão/reversão da idéia <strong>de</strong> projeto<br />

e <strong>de</strong> lugar ut6pico: a aceitação da vida em 51 mesma é triste ou<br />

alegre?"<br />

Acompanhando o raciocinio <strong>de</strong> Wisnick talvez<br />

possamos encontrar uma outra caracteristica do comportamento<br />

ecologista. Uma caracteristica que resgata ou vem no bojo das<br />

utopias-migratórias dos anos 60 mas que incorpora o estado <strong>de</strong><br />

espirito narcisico e individualista <strong>de</strong> Lash (16) e cético <strong>de</strong><br />

Baudrillard (se assim po<strong>de</strong>mos dizer) (17), ou seja, a força <strong>de</strong><br />

impulsão é a força <strong>de</strong> uma utopia, mas uma utopia sem caminhos<br />

<strong>de</strong>line~dos, sem regras a priori, sem <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se quer<br />

chegar e que po<strong>de</strong> transformar a <strong>de</strong>scrença interiorizada em fim da<br />

angústia e da ansieda<strong>de</strong> revertendo o "fim das finalida<strong>de</strong>s" numa<br />

nova e mais ampla finalida<strong>de</strong>, que vem <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> todas as<br />

finalida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong> ser expresso na fala <strong>de</strong> Wisnick: "O fim da<br />

finalida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> enlouquecer os homens que sempre foram escravos<br />

<strong>de</strong>la, mas po<strong>de</strong> libertar <strong>de</strong> um~ transcedência perpetuamente<br />

<strong>de</strong>slocada. Talvez se pu<strong>de</strong>sse encarar tudo que é bom e real, sem<br />

ser negativo e resistente às transformações. Também acho que s6<br />

um milagre ( o milagre não seria uma intervenção divina, mas que


o homem se disponha a mudar). As forças <strong>de</strong> uma iniciativa não<br />

reativa só se <strong>de</strong>senham numa nova religião, a religião que vem<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> todas as religiões".ou na máxima <strong>de</strong> um jornal da im-<br />

prensa alternativa brasileira da década passada "Luta e prazer em<br />

oposição à dlcera e orgasmo" ou ainda na máxima dos escoteiro~ "0<br />

melhor poss1vel".<br />

Lutar é viver. E aprendizado. E conhecimento. E<br />

prazer. Existem metas. causas e finalida<strong>de</strong>s mas elas são parte <strong>de</strong><br />

uma finalida<strong>de</strong> mais ampla que não ,se conhece. não se expressa,<br />

mas se sente como energia impulsionadora do viver .<br />

.Paixão, práxis. compromisso social. põs-utopia,<br />

pós-niilismo, sobrevivência, VIDA. VIVER •... enfim. nossa tarefa<br />

está esboçada.


NOTAS<br />

INTRODUCAC


(O) Kun<strong>de</strong>ra, M. - ~ inDustent~ leveza dQ~. Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Nova Fronteira, 1985, p. 291.<br />

Dados extraidos do boletim informativo<br />

~ no. 24 (e outros), ano IX; julho <strong>de</strong><br />

Movimento Arte e Pensamento Ecológico.<br />

01051. <strong>São</strong> Paulo, Capital.<br />

"Pensamento Ecológi-<br />

1987. publicado pelo<br />

Cx. Postal 6984 CEP<br />

(3) Sanches, L. E. e outros - Ecologia. Rio <strong>de</strong> JaneirQ, Ed.<br />

Co<strong>de</strong>cri. 1983,p.11 a 34.<br />

(4) UNESCO - ~ educacion <strong>ambiental</strong> ~ laa gran<strong>de</strong>s orientaciones<br />

~ la Conferencia ~ Tbilissi, Paris. 1980.<br />

(5) - Lago, A.; Pádua, J. A. - Q ~ ~ ecologia, <strong>São</strong> Paulo, Ed.<br />

Brasiliense, 1984.<br />

- Pádua, J. A. e outros - Ecologia ~ Politica llQ ~<br />

ail, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Espaco e Tempo (IUPERJ), 1987.<br />

- Duarte, R. e outros - Ecologia ~ Cultura, Belo Horizonte,<br />

Imprensa Oficial, 1983.<br />

- Minck, C. - ~ fazer movimento ecológico ~ <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

ª natureza ~ ~ liberda<strong>de</strong>s, Petrópolis, Vozes, 1985.<br />

- Viola, E. J. - Movimento ecológico no Brasil (1974-<br />

1986): do <strong>ambiental</strong>ismo à ecopolitica. ln: Revista Brasj-<br />

- leira ~ Ciências Sociais, no. 3, vol. I. <strong>São</strong> Paulo,<br />

Cortez Editora, 1987.<br />

(7) - Tratemberg, M. - Ecologia versus Capitalismo. ln: Economia<br />

& Desenvolvimento, no. 2. <strong>São</strong> Paulo. Cortez Editora,<br />

1982.<br />

- Bernardo, J. - Q inimigo oculto, Porto, Ed. Afrontamento,<br />

1979.<br />

(8) - Dupuy, J.P. Introducão à critica da ecologia politica. Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro,Civilizacão BFasileira, 1980.<br />

- Huber,J. - ~ ~ mudar todas aa coi5a5:a6 alternativas<br />

dQ movimento alternativo. Rio <strong>de</strong> Janeiro,Paz e Terra,1985.


(11) Não são necessariamente verda<strong>de</strong>iros os enunciados iniciais<br />

<strong>de</strong> que existe uma intenção <strong>de</strong> persuasão entre os ecologistas<br />

<strong>para</strong> o método <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> conhecimento. pesquisa. ensino<br />

e <strong>de</strong> vida que eles utilizam. Primeiramente não po<strong>de</strong>mos afirmar<br />

que existe um método e que ele seja único. Em existindo<br />

po<strong>de</strong>mos duvidar que haja intenção <strong>de</strong> persuasão e havendo<br />

persuasão po<strong>de</strong>mos ter certeza que ela não é intencional.<br />

<strong>de</strong>liberada como um programa <strong>para</strong> ganhar novos a<strong>de</strong>ptos. mas·<br />

po<strong>de</strong>mos tentar explicar nossa crença na sua existência e o<br />

entendimento <strong>de</strong> sua não intencionalida<strong>de</strong>.<br />

o fato das afirmações que faremos ao longo das pr6ximas<br />

páginas não estarem muitas vezes presentes como discussão<br />

entre os ecologistas e.muitas vezes.não terem se materializado<br />

em diretrizes. objetivos e projetos <strong>de</strong> atuação das<br />

entida<strong>de</strong>s ecologistas,não significa que elas não existam ou<br />

não seja pertinente enunciá-Ias num diagn6stico <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong><br />

e do movimento. Po<strong>de</strong> significar que elas estejam acobertadas.<br />

em .gestação. em ebulição e que precisam ser evocadas<br />

<strong>para</strong> manifestarem-se e concretizarem-se.<br />

o que é e o que gostaria <strong>de</strong> ser o movimento eco16gico e a<br />

prática cotidiana do participante <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> ecologista.<br />

só o é e s6 po<strong>de</strong> vir a ser se for enunciado. Enunciar-se.<br />

explicitar-se não é condição única <strong>de</strong> existência mas é,<br />

<strong>de</strong>ntro dos parâmetros estabelecidos pela nossa socieda<strong>de</strong>.uma<br />

forma privilegiada <strong>de</strong> se contribuir <strong>para</strong> o avanço do conhecimento<br />

e da ação social.<br />

(i2) Tung.M. T. - Sobre ª Prática. apostila fotocopiada sem<br />

referências do editor.<br />

(13) Zuben. N. A. Von - A emergência do sujeito e a educação. 1n:<br />

Iniciação teÓrica ~ prática àa ciências da educação.<br />

Petrópolis. Vozes. 1979. p. 193-218.<br />

(14) Wisnick, J. M. - Visões apoca11pticas e novas utopias. 1n: à<br />

virada .dQ séculQ, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e Terra e outras,<br />

1987. p. 9 a 18.<br />

(15) Id. ibid., p. 16 e 17: ..As utopias migratórias, expressões<br />

<strong>de</strong> um movimento sem rumo <strong>de</strong>finido, e cuja integração final<br />

geralmente não se postula, se formam ao longo <strong>de</strong> intensas<br />

discussões que cruzam a psicanálise, o marxismo e as religiões<br />

com as experiências do sexo e do amor. da droga, da<br />

ecologia e da arte. <strong>São</strong> utopias não-messiãnicas, <strong>de</strong>sconecta-


das do salvacionismo redutor, utopias em suspensão tendo a<br />

sua eclocão e o seu Apice na d6cada <strong>de</strong> 60 (seu pcriodo Aureo<br />

e marcadamente heróico) elas se diluiram posteriormente. mas<br />

<strong>de</strong>ixando um pouco <strong>de</strong> suas marcas por toda parte. Seu caráter<br />

não dirigido, e o mo<strong>de</strong>lo não concentrador que as impulsiona,<br />

costuma com<strong>para</strong>r-se à emergência <strong>de</strong> uma sensibilida<strong>de</strong> feminina<br />

contra a dominação machista, patriarcal e falocrática.<br />

cujo fim anunciam. Contra o principio da especialização e do<br />

conhecimento atomizado em Areas estanques, anunciam uma<br />

ciência holistica, cosmobiológica, ecológica (não no sentido<br />

simplesmente <strong>de</strong> um saneamento <strong>ambiental</strong>, mas <strong>de</strong> uma ecologia<br />

da mente, entendida como capacida<strong>de</strong> reguladora que transpassa<br />

dos microorganismos ao corpo humano e dai ao planeta e ao<br />

universo). Animadas pelo impulso <strong>de</strong> apocalipses fugazes e<br />

pelo sentimento <strong>de</strong> que a reversão <strong>de</strong> todas as estruturas<br />

po<strong>de</strong> estar a um passo (quando menos se espera), as utopias<br />

migratórias, em sua faceta mais afirmativa, enten<strong>de</strong>m a crise<br />

contemporânea como crise <strong>de</strong> mutação, fora do controle das<br />

instâncias politicas, mas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> influxos positivos e<br />

participantes" .<br />

(16) Id. ibid. , p. 17. Lasch, Cristopher "aponta a <strong>de</strong>fesa narcisica,<br />

o eu minimo (e o minimalismo), como estrutura <strong>de</strong><br />

sobrevivência à catástrofe semântica <strong>de</strong> um mundo que se<br />

converteu numa metralhadora <strong>de</strong> traumas".<br />

(17) Id. ibid., p. 17. "Jean Baudrillard fez a meu ver o mais<br />

impressionante diagnóstico do mal estar contemporâneo, ao<br />

notar que o mundo das massas opera uma neutralização geral<br />

dos sentidos, projetados num buraco negro on<strong>de</strong> todas as<br />

distinções se per<strong>de</strong>m. Sob a sombra terrivel das maiorias<br />

silenciosas, o social se esvai num abismo <strong>de</strong> sentido que as<br />

estatisticas apenas sondam como sinais erráticos e inconclusivos.<br />

A massa não quer nada, e o seu inacreditável silêncio,<br />

refratário e ausente, sua recusa em respon<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda<br />

<strong>de</strong> uma produção <strong>de</strong> sentido, sua anomia inominável antecipam<br />

não uma explosão. mas uma implosão terminal (....)"


"A caracterlstica fundamental da<br />

teoria quântica é que o observador é<br />

imprescindlvel não 66 <strong>para</strong> que a6<br />

proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um fenômeno atômico<br />

6ejam observadas. mas também <strong>para</strong><br />

ocasionar essas proprieda<strong>de</strong>s. Minha<br />

<strong>de</strong>cisão consciente a cerca <strong>de</strong> como<br />

observar. digamos. um elétron <strong>de</strong>terminarâ<br />

em certa medida a6 proprieda<strong>de</strong>s<br />

do elétron (",) O elétron não<br />

possui proprieda<strong>de</strong>s objetivas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

da minha mente. Na fisica<br />

atômica. não po<strong>de</strong> mais ser mantida<br />

a n1tida divisão cartesiana entre<br />

matéria e mente. entre o observado e<br />

o ob6ervador, Nunca po<strong>de</strong>mos falar da<br />

natureza 6em. ao mesmo tempo falarmos<br />

60bre nós mesmos",


história (77/87) da A66ociação <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong> Sao<br />

Carlo6 - APASC, procurando entendê-la mais particularmente sob o<br />

aproximadamente 300 associados(em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1986),elege 6uas<br />

,


Paralelamente à participação na APASC,procurâvamos<br />

documentar sua história através das observações e anotações 60bre<br />

r<br />

assembléias,


influência forte nesse momento, adveio<br />

..<br />

(8), Cardoso (9) e Cal<strong>de</strong>ira (10), lendo M. Bermann (11), F. Capra<br />

(12) ou relendo Simone Weil, Brandão (14) e Michel Lobrot (15),


<strong>de</strong>sejar ...).Passamos a questionar o caráter exclusivo do referen<br />

elal <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>terminado pelos 'resultados <strong>de</strong> avanço ou retro-


direito o que vamos encontrar e,ao tentarmos ir retratando o que<br />

vamos encontrando,preciBamos lançar mão <strong>de</strong> diferentes ferramentas<br />

- o que po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> métodos <strong>para</strong> o acesso,a apreensão e a<br />

análise dos fatos em estudo. Esses métodos inscrevem-se, muitas<br />

vezes, em práticas convencionadas pela pesquisa cientlfica em<br />

diferentes domlnios do conhecimento,refletindo tradições propaga-<br />

das por correntes variadas.<br />

Acreditamos que as concepções metodologicas englo-<br />

badas na pesquisa-ação (16) e na pesquisa-participante (17) por<br />

um lado e a na pesquisa qualitativa ou naturallstica (pesquisa do<br />

tipo etnográfico e o estudo <strong>de</strong> caso) (18) por outro lado, funda-<br />

mentam as soluções <strong>de</strong> método aplicadas no <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

presente trabalho.<br />

Assim,os procedimentos variaram <strong>de</strong> acordo com<br />

momento que viviamos. Inspiram-se na fonte da pesquis8-<br />

participante e da pesquisa-ação quando a militãncia prepon<strong>de</strong>rav<br />

e <strong>de</strong>la procurávamos ir captando os signos <strong>para</strong> compreensão d<br />

realidâ<strong>de</strong> e do significado <strong>de</strong> nossa ação, aos poucos esta-<br />

belecendo os contornos <strong>de</strong> nossa pesquisa. Quando iniciamos<br />

procura mais sistemática <strong>de</strong> documentos e informações sobre<br />

história da entida<strong>de</strong> e o significado <strong>de</strong>la <strong>para</strong> seus associado<br />

ativos,po<strong>de</strong>mos dizer que buscamos inspiração nas técnicas d<br />

análise histórica, nos métodos <strong>de</strong> etnosrafia e nos estudos d<br />

caso. Na análise e interpretacão <strong>de</strong> resultados e entrevistas, n<br />

pesquisa vista como uma totalida<strong>de</strong> ,bem como na redacão d<br />

dissertação bebemos na fonte da antropologia (19).<br />

Indub±tavelmente,tais opcões metodol6gicas fora


assumidas ao n06 <strong>de</strong><strong>para</strong>rmos com questões levantadas Bobre a<br />

relação conhecimento-ação que se apresentavam a cada momento e<br />

sobre as quais será útil tecermos algumas consi<strong>de</strong>rações.<br />

"A relação entre conhecimento e ação estã no 'cen-<br />

tro da problemática metodológica da pesquisa social voltada<br />

<strong>para</strong> a ação coletiva (",) A relação entre pesquisa Bocial e ação<br />

consiste em obter informações e conhecimentos selecionados em<br />

função <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada ação <strong>de</strong> caráter social" Thiollent (20).<br />

Partindo-se da formulaçõo acima e da preocupação<br />

<strong>de</strong> Frank (21)expressa em - "como a pesquisa po<strong>de</strong>ria tornar-se<br />

útil à ação <strong>de</strong> simples cidadãos, organizações militantes ,popu-<br />

lações <strong>de</strong>sfavorecidas e exploradas?"; das preocupações expressas<br />

por Tassara e Thiollent, em diferentes momentos <strong>de</strong> suas obras, a<br />

respeito da relação entre participação, ação e conhecimento: "as<br />

vezes chega-se a muita participação e pouco conhecimento" ou<br />

"todos esses objetivos práticos, não <strong>de</strong>vem nos fazer esquecer que<br />

(...) qualquer estratégia <strong>de</strong> pesquisa pOBsui também objetivos <strong>de</strong><br />

conhecimento" (22) ou é evi<strong>de</strong>nte que as linhas <strong>de</strong> tratamento<br />

<strong>de</strong>scritivo preconizadas como '" soluções aos problemas <strong>de</strong> orga-<br />

nização das informações obtidas através da implantação <strong>de</strong><br />

projetos <strong>de</strong> intervenção educacional, (,,.) não se enquadram nos<br />

cãnones metodológicos ortodoxos, afastando-se significativamente<br />

dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> processos aceitos como <strong>para</strong>digmas convencionais <strong>de</strong><br />

evolução do conhecimento, cientlfico" (23); e ainda,da nossa<br />

preocupação <strong>de</strong> não cairmos no "fazismo" <strong>de</strong>smesurado (no qual<br />

muitas vezes incidimos) Bem acompanhá-Io <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong>


eflexão constante formulamos a seguinte questão <strong>para</strong> nortear as<br />

.opções metodo16gicas expostas ao longo <strong>de</strong>stas páginas:Como produ-<br />

zir conhecimentos a partir da ação social. através <strong>de</strong> uma pesqui-<br />

sa voltada ao aprimoramento <strong>de</strong>ssa ação e que tenha o status <strong>de</strong><br />

ciência?<br />

Procuramos trilhas <strong>para</strong> respostas nos escritos dos<br />

próprios autores citados acima (Thiollent e Tassara) e em Capra.<br />

<strong>de</strong>ntre outros autores.<br />

"Hoje em dia não existe um padrão <strong>de</strong> cientificida-<br />

<strong>de</strong>. universal, aceito nas ciências sociais. O positivismo e o<br />

empirismo que prevalecem na literatura do mundo anglo-saxão. são<br />

contestados inclusive nos seus centros <strong>de</strong> origem. Po<strong>de</strong>mos optar<br />

por instrumentos <strong>de</strong> pesquisa não aceitos pela maioria dos<br />

pesquisadores <strong>de</strong> rigida formação ã moda antiga, sem por isso,<br />

abandonar a preocupação cientifica (...) na pesquisa em situação<br />

real as variáveis não são isoláveis. Todas elas interferem no que<br />

está sendo observado (...)" Thiollent (24).<br />

"(...) o qualitativo e o diálogo não são anticien-<br />

tificos. Reduzir a ciência a um procedimento <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong><br />

dados quantificativos correspon<strong>de</strong> a um ponto <strong>de</strong> vista criticado e<br />

ultrapassado. até mesmo em alguns setores das ciências da nature-<br />

za" Thiollent (25).<br />

ollent<br />

sidios<br />

E justamente esta última observação <strong>de</strong> Thi-<br />

que nos estimula a buscar em Capra (26) Bub-<br />

que <strong>de</strong>monstram os avanços da Fisica Mo<strong>de</strong>rna. apontando


<strong>para</strong> "enfoql..lesholisticos e ecol6gicos <strong>para</strong> transcen<strong>de</strong>r os<br />

mo<strong>de</strong>los clássicos das abordagens mecanicistas e reducionistas".<br />

Os avan~os da fisica mo<strong>de</strong>rna permitem e es-<br />

timulam a busca <strong>de</strong> novos <strong>para</strong>digmas e metodologias que<br />

dêem conta das novas necessida<strong>de</strong>s no sentido <strong>de</strong> melhor<br />

compreendê-Ias e seus efeitos fazem-se sentir em todas as <strong>de</strong>mais<br />

ciências.<br />

A posiçào do fazer cientifico hegemônico. hoje, s6<br />

po<strong>de</strong> ser uma: estimular as novas 'metodologias no sentido não s6<br />

<strong>de</strong> melhor compreen<strong>de</strong>r a realida<strong>de</strong> mas também <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às<br />

exigências que lhes coloca a socieda<strong>de</strong>.<br />

Procuraremos concluir essas breves reflexões sobre<br />

metodologia como processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> conhecimento citando<br />

Gohn (27): "Para explicitarmos uma realida<strong>de</strong>, precisamos, pois,<br />

nos entregar a esta, apanhando-a por <strong>de</strong>ntro, em seus processos e<br />

rela~ões internas. que não são dadas <strong>de</strong> imediato" e complementan-<br />

do-a com uma frase <strong>de</strong> Marx, que virou titulo do belo livro <strong>de</strong><br />

Berman (11), "Tudo o que é s6lido <strong>de</strong>smancha no ar". pois faz-se<br />

necessário compreen<strong>de</strong>r que essa explicitação/interpretação da<br />

realida<strong>de</strong> será verda<strong>de</strong>ira quando <strong>de</strong> sua explicitação, mas o<br />

próprio fato <strong>de</strong> ter sido explicitada já estimula a criação <strong>de</strong><br />

novas leituras mais adaptadas à explicação do fenômeno. em<br />

momentos imediatamente posteriores.<br />

Portanto. num mundonotadamente marcado pelo dina-<br />

mismo, crise e substituição <strong>de</strong> todos os valores. nossos crité-<br />

_ rios, <strong>para</strong> produ~ão <strong>de</strong> conhecimento,precisam ser mais flexiveis,


"Acreditando como Max Weber, que o homem ê um<br />

animal amarrado a re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> significado que ele mesmo tece, assumo<br />

a cultura como sendo essas teias, e a sua análise como sendo<br />

portanto, não uma ciência experimental em busca <strong>de</strong> leis, mas uma<br />

ciência interpretativa em busca do significado" Geertz (29).


acreditamos que mantivemos a objetivida<strong>de</strong>, necessária ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> qualquer pesquisa, ao pré-estabelecer<br />

parâmetros <strong>para</strong> a escolha da amostra. Ou seja, a intencionalida<strong>de</strong><br />

se <strong>de</strong>u na escolha dos parâmetros que permitiriam chegar aos nome~<br />

que po<strong>de</strong>riam dar contribuições relevantes <strong>para</strong> o assuntó em<br />

pauta.<br />

1. Número <strong>de</strong> reuniões que o individuo participou.<br />

segundo registro <strong>de</strong> assinaturas no'livro-ata.<br />

atas dá entida<strong>de</strong>.<br />

2. Número <strong>de</strong> anos que o individuo é citado nas<br />

3. Participação da diretoria da APASC. segundo<br />

documentos <strong>de</strong> cartório ou registro em ata.<br />

4. Participaç~o <strong>de</strong> algum grupo <strong>de</strong> trabalho da<br />

entida<strong>de</strong>, segundo'registro em ata ou em publicações.<br />

5. Indicação como associado ativo pelos ex-dire-<br />

tores ou diretores atuais. Essa consulta aos diretores foi feita<br />

por escrito através <strong>de</strong> carta (32). entregue pessoalmente ou pelo'<br />

correio.<br />

6. Participação <strong>de</strong> algum grupo <strong>de</strong> trabalho ou<br />

ativida<strong>de</strong>s relevantes. segundo nossa memória.<br />

Tomando por base esses seis parâmetros (sendo que<br />

o último serviria <strong>para</strong> caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> optarmos entre dois<br />

associados muito próximos segundo os parãmetros anteriores).<br />

chegamos aos nomes com maior número <strong>de</strong> atributos positivos quanto<br />

à participação. Escolhemos os .nove primeiros (eliminando o autor


cinco associados ativos escolhidos em função <strong>de</strong> terem sido<br />

insistentemente citados pelos entrevistados iniciais e/ou terem<br />

participa~!o marcante em algum grupo <strong>de</strong> trabalho ou diretoria,<br />

Uma primeira entrevista extra foi realizada antes do bloco dos<br />

·Sirvo-me da pessoa como <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />

vidro <strong>de</strong> aumento, por meio do<br />

qual se torna vislvel uma calamida<strong>de</strong><br />

.eral, mas oculta e dificilmente<br />

apreenslvel",


melhor<br />

,<br />

Como você vê a atuaQão em uma organizaQão e a atuaQão indivi-<br />

dual? No que uma condiciona, facilita ou dificulta a outra?


Constantemente<br />

6uscitadas numa entrevista<br />

entrevistados seguintes.<br />

incorporamos questões e reflexões<br />

como temas <strong>para</strong> <strong>de</strong>bater com os<br />

A enquete era apresentada após a entrevista,<br />

acompanhada dos textos (36) que explicitavam o entendimento dos<br />

autores sobre as categorias mencion~das nas tabelas. PedlamoB ao<br />

associado <strong>para</strong> respondê-la com calma e <strong>de</strong>pois passávamos <strong>para</strong><br />

buscá-la.<br />

o que estamos chamando <strong>de</strong> enquete é na realida<strong>de</strong><br />

um questionário elaborado com a intenção <strong>de</strong> cumprir um papel <strong>de</strong><br />

enquete conforme nos relata Thiollent (37) a respeito da "enquete<br />

operária" <strong>de</strong> Marx. Objetivávamos não só a coleta <strong>de</strong> dados mas<br />

também estimular os associados ativos a refletirem ~obre o movi-<br />

mento ecológico e seu papel Junto à socieda<strong>de</strong>.<br />

Para tanto nos baseamos em 3 textos: Um extraldo<br />

do livro <strong>de</strong> Huber (38) falando sobre as correntes que compoem o<br />

movimento alternativo na Alemanha (fizemos um resumo do capitulo<br />

do livro que trata <strong>de</strong>ste assunto e distribuimos aos nossos sujei-<br />

tos). Um segundo, reproduzido na integra <strong>para</strong> nossos sujeitos, <strong>de</strong><br />

autoria do Movimento Ecológico Livre <strong>de</strong> Florian6polis (39), fa-<br />

lando sobre os valores ecologistas. E, por fim, um pequeno resumo<br />

das quatro correntes (ecologia na~ural, ecologia social, conser-<br />

vacionismo, ecologismo) que,segundo Pádua e Lago (40),compoem o<br />

que se costuma chamar <strong>de</strong> ecologia.<br />

Em relação a esta última, pedimos que nossos sujei-<br />

tos hierarquizassem essas q~atro correntes <strong>de</strong> acordo com o peso


movimento ecol6gico; anti-usinas nucleares; pelas tecnologias<br />

alternativas; 'estilos <strong>de</strong> vida alternativos; critica ao consumis-<br />

"Objetivamos conhecer a leitura que os associados<br />

ativos fazem do movimento ecol6gico e do papel da APASC, os<br />

motivos que o aproximaram da entida<strong>de</strong> e o 'que ela significou em<br />

suas vidas, as expectativas supridas e as almejadas. Saber como<br />

foi se dando o seu envolvimento com a entida<strong>de</strong> e como ele amadureceu<br />

com esse envolvimento, ou o que ele acha que apren<strong>de</strong>u<br />

nessa militância.<br />

Objetivamos propiciar aos leitores mais <strong>de</strong> uma<br />

leitura sobre a APASC.<br />

Objetivamos propiciar aos associados ativos (através<br />

da enquete) uma reflexão sobre as idéias <strong>de</strong> algumas pessoas


sobre o movimento ecológico como movimento social alternativo e o<br />

significado mais amplo <strong>de</strong> nossas ações cotidianas numa entida<strong>de</strong><br />

<strong>ambiental</strong>ista."<br />

"contra<br />

te dos<br />

fatos' •<br />

há. são<br />

o positiv~smo que <strong>para</strong> dianfatos<br />

e diz: . são apenas<br />

eu digo: fatos é o que não<br />

apenas interpretações".<br />

procurando corrigir falhas <strong>de</strong> int~rpretação e completar partes<br />

que não'haviam sido entendidas;<br />

3. Definição dos principais temas em torno dos


pr6pria, que os tornava extremamente interessantes <strong>de</strong> serem<br />

ouvidos, lidos e analisados em sua totalida<strong>de</strong>.<br />

As·vezes comportam ambiguida<strong>de</strong>s. ou elementos. que<br />

po<strong>de</strong>m parecer contradit6rios se não entendidos <strong>de</strong>ntro do contexto<br />

em que aparecem. Foram vários os momentos em que enten<strong>de</strong>mos a<br />

resposta dos entrevistados como um~ resposta direcionada ou con-<br />

dicionada por uma polêmica que vivemos no dia-a dia da entida<strong>de</strong>.<br />

Assim sendo. antes <strong>de</strong> com<strong>para</strong>rmos partes <strong>de</strong> uma entrevista com<br />

partes <strong>de</strong> outra. tomamos o cuidado <strong>de</strong> dominar o contexto inteiro<br />

<strong>de</strong> cada uma.<br />

"Cada entrevista é uma experiência: o que é dito<br />

não existia antes pronto e acabado <strong>para</strong> ser dito. mas foi<br />

produzido no momento. na relação (...) O.que ela expressa são<br />

experiências pessoais, mas da vida <strong>de</strong> um certo grupo social <strong>de</strong><br />

uma <strong>de</strong>terminada socieda<strong>de</strong>. em um tempo especifico. em certo<br />

lugar. Neste sentido a referência .ao que é coletivo está<br />

necessariamente presente. O que ficou registrado numa entrevista<br />

po<strong>de</strong>ria ser dito (e é) em outras relações e outras pessoas<br />

po<strong>de</strong>riam fazê-lo (e o fazem). haja visto. por exemplo. a<br />

recorrência <strong>de</strong> ·temas e <strong>de</strong> modos <strong>de</strong> expressão entre várias<br />

entrevistas". Cal<strong>de</strong>ira (43).<br />

Acreditamos que as entrevistas apresentaram-se ·aos<br />

individuos como uma possibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> pensar no seu pr6prio<br />

cotidiano e na sua ação ecologista,foi um convite à reflexão so-<br />

bre as ralzes.em cada um, da ação organizacional e ecologista<br />

e uma busca dos valores que fundamentam tal aç~o.


dados <strong>para</strong> se pensar e falar sobre; (...) o sujeito tem o<br />

trabalho <strong>de</strong> procurar na memÓria algo que explique um assunto<br />

interpreta~!o. produto <strong>de</strong> um momento especial. apresenta-se como<br />

um discurso organizado e é uma vis!o mais global do que a que se<br />

po<strong>de</strong> ter no cotidiano". Cal<strong>de</strong>ira (44).·<br />

-<br />

análises preliminares) no sentido <strong>de</strong> estimular estudos que os


A enquete e a entrevista <strong>de</strong>vem cumprir o papel <strong>de</strong><br />

estimular o sujeito a refletir sobre sua a~ão ecologista. A<br />

diferen~a está na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma reflexão não direcionada,<br />

na entrevista e, direcionada na enqu~te, pela inten~ão do<br />

pesquisador que parte <strong>de</strong> interpreta~ões globalizantes sobre o<br />

cotidiano ecologista.<br />

Essa or<strong>de</strong>na~ão idiossincrática do cotidiano e da<br />

história (<strong>de</strong> cada um e do grupo social) não é um universo fec~ado<br />

em si mesmo. Para interpretá-lo, . <strong>de</strong>svendando o significado do<br />

discurso e da vivência ao qual se cola, precisamos <strong>de</strong> outros<br />

tipos <strong>de</strong> dados.<br />

<strong>São</strong> dados <strong>de</strong> observa~ão participante sobre o coti-<br />

dIano, são documentos produzidos pelas pessoas ou documentos<br />

produzidos sobre a associa~ão e suas ativida<strong>de</strong>s por outras<br />

pessoas e meios <strong>de</strong> comunica~ão, enfim, "como o fazer e o dizer<br />

não coinci<strong>de</strong>m necessariamente, uma visão mais ampla <strong>de</strong> um modo <strong>de</strong><br />

vida só po<strong>de</strong> construir-se com base na consi<strong>de</strong>ra~ão do que se diz,<br />

do que se faz e do que se fala sobre o que se faz, como elementos<br />

que se complementam uns aos outros" Cal<strong>de</strong>ira (45).<br />

Os documentos utilizados são atas das reuniões,<br />

correspondência enviada e recebida;publica~ões da APASC; publica-<br />

~ões nos jornais da cida<strong>de</strong> e da capital sobre e da APASC; pautas<br />

das reuniões; anota~ões pessoais do que ocorria nas reuniões e<br />

. extra-reuniões;documentos do grupo <strong>de</strong> educa~ão <strong>ambiental</strong>.


ocorrido em papeis à parte <strong>para</strong> <strong>de</strong>~oisp~ssá-10s a limpo no livro<br />

ata, o que nem sempre qcorria - por falta <strong>de</strong> tempo e por um certo<br />

<strong>de</strong>sprezo à burocracia. Da mesma forma, muitas pessoas nlo tiveram<br />

termos lembrança e outras evidências da participação <strong>de</strong>ssas .pes-<br />

. .<br />

ambientais e lutas <strong>de</strong>batidas e/ou encaminhadas (locais e gerais)<br />

e ativida<strong>de</strong>s educacionais. Desse inventário também extraimos os<br />

nOmes <strong>de</strong> participantes mais citados par~ auxiliar na escolha dos<br />

nossos sujeitos a serem entrevistados.


Prefeitura<br />

se<strong>para</strong>do.<br />

A correspondência recebida da<br />

Municipal (no mesmo perlodo) foi<br />

Câmara e<br />

inventariada<br />

Correspondência enviada: Todos os oficios. cartas<br />

e circulares enviados a outras associações. instituições e<br />

associados foram or<strong>de</strong>nados segundo data <strong>de</strong> envio no periodo <strong>de</strong><br />

maio <strong>de</strong> 1977 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1986 ~ Anexamos um· mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>ssa<br />

or<strong>de</strong>nação on<strong>de</strong> explicitávamos data <strong>de</strong> remessa, entida<strong>de</strong> e assunto<br />

tratado.<br />

Publicacões da APASC: <strong>São</strong> aproximadamente 90<br />

publicações no·periodo <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 77 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 87. Anexo<br />

temos alguns exemplares e o sumário <strong>de</strong> todas (ou quase todas)<br />

elas. <strong>São</strong> cartazes, boletins, revistas. panfletos e mosquitos<br />

além <strong>de</strong> algumas circulares mimeografadas <strong>para</strong> a imprensa ou <strong>para</strong><br />

palestras.<br />

Apesar <strong>de</strong>las não serem peri6dicas, nelas temos<br />

retratados todos os acontecimentos da <strong>Associação</strong>, faltando apenas<br />

<strong>de</strong>talhamentos que s6 pu<strong>de</strong>mos encontrar nas atas e <strong>de</strong>poimentos dos<br />

associados.<br />

pyblicacões ~ Jornais: Proce<strong>de</strong>mos a um sumário<br />

<strong>de</strong> todas as publicações na imprensa <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e da Capital<br />

que encontravam-se nas pastas da <strong>Associação</strong>.· <strong>São</strong> publica9ões<br />

sobre a APASC e sobre lutas nas quais a APASC participava (repor-<br />

tagens e artigos) e artigos enviados pela APASC <strong>para</strong> a imprensa.<br />

Anexo encontramos parte <strong>de</strong>sse sumário e algumas fotoc6pias <strong>de</strong><br />

jornais.


algumas <strong>de</strong>scobertas como a introdução do item "bate-papo" no<br />

inicio <strong>de</strong> todas as reuniões e a não correspondência entre o<br />

internas, publica~ões, cartas <strong>de</strong> participantes <strong>para</strong> o autor da<br />

disserta~ão, fitas gravadas com palestras promovidas pelo grupo,<br />

anota~ões pessoais sobre o grupo.<br />

do grupo <strong>de</strong> educa~ão <strong>ambiental</strong> e nas interpreta~ões que fizemos<br />

sobre o papel educacional das organiza~ões não governmentais~<br />

Anotacões peSsoais: Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> citar a<br />

importância que teve <strong>para</strong> nossos estudos as anotações que<br />

que lamos fazendo ao ,longo da militância e o seu significado,em<br />

nlvel individual e <strong>de</strong> nossa prática social.<br />

A análise <strong>de</strong> todos os documentos foi-nos útil na


Todos os documentos citados encontram-se, na<br />

integra, na se<strong>de</strong> da APASC e uma c6pia dos inventários encontra-se<br />

também com o autor <strong>de</strong>ssa dissertação.<br />

Por fim, "a minha interpreta~ão, apesar <strong>de</strong> ser <strong>de</strong><br />

segunda ou terceira mão, ou seja, interpretação <strong>de</strong> interpretações<br />

<strong>de</strong> maneira análoga à dos entrevistados (que é <strong>de</strong> primeira mão)<br />

consi<strong>de</strong>ra elementos do conhecimento, da mem6ria, da vivência,<br />

<strong>para</strong> ir construindo uma visão or<strong>de</strong>nada que neste caso, preten<strong>de</strong><br />

ser racionalmente l6gica (...) Parte dos dados <strong>para</strong> construir a<br />

minha interpreta~ão a seu respeito (...).. Cal<strong>de</strong> ira (46) . A<br />

inten~ão é a partir dos discursos das entrevistas, das anota~ões<br />

do vivenciado no dia á dia da associa~ão e dos documentos,<br />

construir uma interpreta~ão que amplie o entendimento sobre a<br />

associa~ão em pauta, sobre o movimento ecol6gico e o seu papel<br />

junto à socieda<strong>de</strong> e aos indivlduos que <strong>de</strong>le fazem parte <strong>de</strong> forma<br />

ativa. Mas, a interpreta~ão relatada, não se preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>finitiva<br />

e <strong>de</strong> modo algum única. Nem ao me~os po<strong>de</strong>mos dizer que faremos a<br />

mesma interpreta~ão dos mesmos dados se apresentados <strong>de</strong> maneira<br />

diferente e em outro momento. Po<strong>de</strong>mos afirmar que é a<br />

interpreta~ão que fazemos hoje na procura <strong>de</strong> contribu1rmos <strong>para</strong> o<br />

fazer polltico e pedag6gico do movimento ecol6gico e na busca <strong>de</strong><br />

horizontes significativos <strong>para</strong> o nosso fazer acadêmico, norteados<br />

pelo compromisso com a busca da terra <strong>para</strong> nossos filhos·:<br />

"Sou expulso <strong>de</strong> terras maternas e paternas e agora<br />

amo somente a terra dos meus filhos, ainda não <strong>de</strong>scoberta, no mar


distante.<br />

<strong>para</strong> ela direciono as minhas velas, numa busca sem fim".<br />

Nietz8che (47)


NOTAS<br />

CAPITULO I


(1) CAPRA, F. Q ponto ~ mutação. <strong>São</strong> Paulo, Ed. Cultrix, 1987,<br />

p. 81.<br />

(2) Em 1983, ingressamos no Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Educação<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - UFSCar, on<strong>de</strong><br />

apresentamos como projeto <strong>de</strong> pesquisa a proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvermos<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação <strong>ambiental</strong> junto à APASC.<br />

(3) Este trabalho foi iniciado por Paulo José Penalva Mancini<br />

com a colaboração <strong>de</strong> diversas seqretárias/estagiárias que<br />

passaram pela APASC, a partir <strong>de</strong> 1980. Nosso trabalho foi <strong>de</strong><br />

compilação dos anos anteriores e do ano <strong>de</strong> 1986.<br />

(4) CASTELLS, M. Cida<strong>de</strong>. <strong>de</strong>mocracia A socialismo. Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Ed. Paz e Terra, 1980.<br />

(5) MARCUSE, H.; BOSQUET, M. e outros. Ecologia ~ Revolucion.<br />

Buenos Aires, id. Nueva Visión, 1975. "En ultima instancia,<br />

18 lucha por exten<strong>de</strong>r el mundo <strong>de</strong> Ia belleza, <strong>de</strong> Ia<br />

violencia, <strong>de</strong> Ia calma, es una lucha politica".<br />

(6) KOSIK, K. - Dialética ~ concreto. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Ed. Paz<br />

e Terra, 1976.<br />

VAZQUEZ, A.' - Filosofia dA Práxis. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e<br />

Terra, 1977.<br />

TUNG, K. T. - Sobre ~prática. Apostila fotocopiada sem<br />

referências do editor.<br />

LANZARDO, D. - Marx e a enquete operária. In: Critica metodo16gica.<br />

inyestigacão social A enguete operária, organizado<br />

por Thiollent, M. <strong>São</strong> Paulo, Editora Polis, 1987. p.<br />

233-256.<br />

(7) EVERS, T. - A face oculta dos novos movimentos sociais. In:<br />

Noyos Estudos CEBRAP, vol.2, no. 4, 1984, p. 11 a 23.<br />

(8) VIOLA, E.J. - O movimento ecológico no Brasil (1974-86): do<br />

<strong>ambiental</strong>ismo à ecopolltica. ln: Reyista Brasileira ~<br />

Ciências Sociais. <strong>São</strong> Paulo, Cortez Editora, vol. 1, no.<br />

3, 1987, p.5 a 26.<br />

(9) CARDOSO, R. - Movimentos Sociais na América Latina. ln:<br />

Reyista Brasileira ~ Ciências Sociais, <strong>São</strong> Paulo, Cortez<br />

Editora, vol. 1, no. 3, 1987, p. 27 a 37.


(10) CALDEIRA, T. P. do R. - A polltica ~ outros. <strong>São</strong> Paulo,<br />

Brasiliense,1984,p.59.<br />

(11) BERMAN, M. - ~ ~ á sólido <strong>de</strong>smancha frQ aLo <strong>São</strong> Paulo,<br />

Companhia das Letras, 1987.<br />

(12) CAPRA, r. - Q ponto ~ Mutação. <strong>São</strong> Paulo, Ed. Cultrix,<br />

1987.<br />

(13) WEIL, S. - A condição operáriã ~ outros estudos sobre oprea-<br />

AlQ. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1979.<br />

(14) BRANDAO, C. R. - Pesquisa participante. <strong>São</strong> Paulo. Ed. Brasiliense,<br />

1982.<br />

(15) LOBROT, M. - Animação niQ diretiya da grupos. Lisboa. Moraes<br />

Id., 1977.<br />

·Este livro alertou-nos <strong>para</strong> a importância <strong>de</strong> contar-se<br />

a hist6ria do autor e do contexto em que foi escrito<br />

o trabalho, propiciando ao leitor uma compreensão mais<br />

abrangente da obra. .<br />

(16) THIOLLENT, M. - Metodologia da pesquisa-ação. <strong>São</strong> Paulo,<br />

Cortez Autores Associados, 1986, p. 16.<br />

a~ao é<br />

qua~:<br />

Thiollent diz: "consi<strong>de</strong>ramos· que a pesquisa<br />

uma estratégia metodo16gica da pesquisa social na<br />

a) há uma ampla e expllcita interação entre pesquisadores<br />

e pessoas implicadas na situação investigada;<br />

b) <strong>de</strong>sta interação resulta a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s<br />

dos problemas a serem pesquisados e das soluções a serem<br />

encaminhadas sob forma <strong>de</strong> ação concreta;<br />

c) o objeto <strong>de</strong> investigação não é constituldo<br />

pelas pessoas e sim pela situação social e pelos problemas<br />

<strong>de</strong> diferentes naturezas encontrados nesta situação;<br />

d) o objetivo da pesquisa - ação consiste em resolver<br />

ou, pelo menos, em esclarecer os·problemas da situação<br />

observada;<br />

e) há durante o processo, um acompanhamento das<br />

<strong>de</strong>cisões, das ações e <strong>de</strong> toda a ativida<strong>de</strong> intencional dos<br />

atores da situação; .


f) a pesquisa não se limita a uma forma <strong>de</strong> ação<br />

(risco <strong>de</strong> ativismo): preten<strong>de</strong>-se aumentar o conhecimento dos<br />

pesquisadores e o conhecimento ou o "nivel <strong>de</strong> consciência"<br />

das pessoas e grupos consi<strong>de</strong>rados ou em uma <strong>de</strong>finição mais<br />

sintética: "a pesquisa-ação é um tipo <strong>de</strong> pesquisa social com<br />

base empirica que é concebida e realizada em estreita associação<br />

bom uma ação ou com a resolução <strong>de</strong> um problema coletivo<br />

e no qual os pesquisadores e os participantes representativos<br />

da situa~ão ou do problema estão envolvidos <strong>de</strong> modo<br />

cooperativo ou participativo" .<br />

.<br />

(17) GOHN, M. - A pesquisa nas ciências sociaIs: consi<strong>de</strong>rações<br />

metodo16gicas. ln: Ca<strong>de</strong>rnos CEDES no. 12, <strong>São</strong> Paulo,<br />

.Cortez id., 1985,·p. 11.<br />

nA ciência. na pesquisa, IPilitante ou participante,<br />

não se constitui numa ativida<strong>de</strong> marginal aos acontecimentos<br />

do social. Ela emerge como resultado da reflexão<br />

sobre a práxis cotidiana (,..). A pesquisa se realiza como<br />

fruto <strong>de</strong> uma'necessida<strong>de</strong> hist6rica na qual há uma i<strong>de</strong>ntificação<br />

do pesquisador e dos pesquisados em termos <strong>de</strong> uma<br />

vonta<strong>de</strong> coletiva (...). Trata-se <strong>de</strong> uma nova forma <strong>de</strong> trabalhar<br />

a relação sujeito-objeto a qual não ê uma simples<br />

interação. que se estabelece. E uma troca efetiva na qual o<br />

pesquisador ... capta o universo <strong>de</strong> representações dos novos<br />

sujeitos (antes ... objetos) procura <strong>de</strong>svendar as relações,<br />

contradições e conflitos envolvidos e se engaja efetivamente<br />

na luta pela busca <strong>de</strong> caminhos <strong>para</strong> a transformação da<br />

socieda<strong>de</strong> (~..) o pesquisador participa <strong>de</strong> construção e<br />

<strong>de</strong>svendamento da realida<strong>de</strong> que está sendo vivenciada, . através<br />

<strong>de</strong> práticas educativas (...)u.<br />

(18) LUDKE,··M. e ANDRE, M.- Pesquisa ~ Educacão: abordagens Q.Wl=.<br />

litatiyas. <strong>São</strong> Paulo, EPU, 1986.<br />

'tA pesquisa qualitativa envolve a obtenção <strong>de</strong><br />

dados <strong>de</strong>scritivos, obtidos no contato direto do pesquisador<br />

com a situa~ão estudada, enfatiza mais o processo do que o<br />

produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes.<br />

Entre as várias formas que po<strong>de</strong> assumir uma pesquisa<br />

qualitativa <strong>de</strong>stacam-se a pesquisa do tipo etnográfico e o<br />

estudo <strong>de</strong> caso (...)u. (p. 13)..<br />

Fireston e Dawson (1981) também citados por Ludke<br />

e André na obra já citada (p. 14) resumem critérios <strong>para</strong><br />

utilização <strong>de</strong> abordagem etnográfica nas pesquisas que apontam<br />

<strong>para</strong> a re<strong>de</strong>scoberta, do p'roblemaa partir <strong>de</strong> uma interaçlo<br />

flex1vel coma situação estudada; "o etn6grafo evita a<br />

<strong>de</strong>fini~ão rigida e aprior1stica <strong>de</strong> hip6teses" e procura, a<br />

partir da situação estudada, aprimorar e re<strong>de</strong>finir o problema<br />

investigado. Além disso as abordagens etnográficas 'procuram<br />

combinar vários métodos <strong>de</strong> coleta, todos eles envolvendo<br />

diretamente o pesquisador pelos periodos <strong>de</strong> tempo mais lon-


gos p06siveis, sendo a "observação direta das ativida<strong>de</strong>6 do<br />

grupo estudado e as entrevistas com os informantes <strong>para</strong><br />

captar suas explicacões e interpretações do que ocorre ne6se<br />

grupo" as principais.<br />

Os autores (p. 15) são enfáticos ao afirmar que<br />

"não existe um método que possa ser recomendado como o<br />

melhor ou mais efetivo (...) a escolha do método se faz em<br />

função do tipo <strong>de</strong> problema estudado" e eles po<strong>de</strong>m ser revistos<br />

à medida em que os dados apontem outras perguntas e<br />

necessida<strong>de</strong>s.<br />

As investigações. segundo esses autores. <strong>de</strong>senvolvem-se<br />

em "três etapas: exploração. <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong>scoberta".<br />

Na primeira. a partir da <strong>de</strong>finição do local e dos problemas<br />

a serem estudados., elabora-se a seleção dos aspectos que<br />

serão mais sistematicamente investigados. Na segunda seleciona-se<br />

os dados necessários <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r às questões<br />

formuladas e procur:"'secoletá-los. A terceira etapa "consiste<br />

na explicação da realida<strong>de</strong>. isto ê. na' tentativa <strong>de</strong><br />

encontrar os'principios subjacentes ao fenômeno estudado e<br />

<strong>de</strong> situar as várias <strong>de</strong>scobertas num contexto mais amplo" (p.<br />

15 e 16) ..<br />

Quanto ao "estudo <strong>de</strong> caso" ê o estudo <strong>de</strong> um caso<br />

procurando se manter atento a todos os elementos que po<strong>de</strong>m<br />

surgir como importantes durante o processo <strong>de</strong> investigação.<br />

Segundo Ludke e André (p. 17) o estudo <strong>de</strong> caso enfatiza a<br />

interpretação em contexto procurando retratar a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

forma completa e profunda. utilizando <strong>de</strong> diversas fontes <strong>de</strong><br />

informações.<br />

Nos estudos <strong>de</strong> caso o pesquisador procura relatar<br />

as suas experiências durante o estudo. seus pontos <strong>de</strong> vista.<br />

e representar os diferentes e as vezes conflitantes. pontos<br />

<strong>de</strong> vista presentes numa situação social.<br />

(19) GEERTZ, C. - A inter~retacAo daA culturas. Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Zahar Editores, 1978.p. 1 a 41.<br />

Segundo GEERTZ a análise antropológica como forma,<br />

<strong>de</strong> conhecimento é entendida como a prática etnográfica <strong>de</strong><br />

elaborar-se uma <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>nsa e <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>nsa ê "uma<br />

hierarquia estratificada <strong>de</strong> estruturas significantes em<br />

termos das quais (...) "os fenômenos" são produzidos, percebidos<br />

e interpretados, e sem as quais eles <strong>de</strong> fato não<br />

existiriam". (p.17). O etnõgrafo tem que procurar O' seu<br />

caminho através <strong>de</strong> "estruturas superpostas <strong>de</strong> inferências<br />

e implicações" (p. 17). "O que chamamos <strong>de</strong> ~ossos dados são<br />

realmente nossa própria construção das construções <strong>de</strong> outras<br />

pessoas" (...). A análise é. portanto. escolher entre as<br />

estruturas <strong>de</strong> significação (...) e <strong>de</strong>terminar sua base social<br />

e sua importância" (p. 19).


"Situar-nos, um negócio enervante que s6 é b~m<br />

sucedido parcialmente, eis no que consiste a pesquisa etnográfica<br />

como experiência pessoal. Tentar formular a base na<br />

qual se imagina, sempre excessivamente, estar-se situado,<br />

eis no que consiste o texto antropo16gico como empreendimento<br />

cientlfico" (p. 23). "( ...) o objetivo da antropologia é<br />

o alargamento do universo do discurso humano" (p. 24).<br />

"O etn6grafo 'inscreve' o discurso social: ele o<br />

anota. Ao fazê-lo ele o transforma <strong>de</strong> acontecimento passado,<br />

que existe apenas em seu pr6prio momento <strong>de</strong> ocorrência. em<br />

um relato. que existe em sua inscrição e que po<strong>de</strong> ser consultado<br />

novamente" (p. 29).<br />

"Olhar as di~ensões simbólicas da a9ão social<br />

(..•) 6 mergulhar no meio <strong>de</strong>las" (p. 40) .<br />

.<br />

(21) QlL...~. p. 46 - "Frank. 1981. 160-6 in Thiollent".<br />

(23) TASSARA. E.T.<strong>de</strong> O. - Análise ~ um programa ~ interyencão<br />

sobre ~ sistema educacional: ~ promessa à possibilida<strong>de</strong>.<br />

In: Tese <strong>de</strong> Doutorado. Instituto <strong>de</strong> Psicologia, USP, <strong>São</strong><br />

Paulo. 1982. .<br />

(28) ARENDT, H Homens ~ tempos sombrios. <strong>São</strong> Paulo. Com~<br />

panhia das Letras. 1987. p. 78.<br />

(29) Apud CALDEIRA, T.P. do R A Po11tica ~ outros. <strong>São</strong><br />

Paulo. Brasiliense. 1984, p. 143.<br />

(30) FERREIRA. R. M. F. - Meninos d&. Rw&,. ·<strong>São</strong> Paulo, Prol Ed.<br />

Gráfica, P. 25.


(33) ° Conselho Consultivo da APASC era formado por <strong>de</strong>cisão da<br />

diretoria e contava com a participação <strong>de</strong> cientistas e<br />

pessoas que se <strong>de</strong>stacavam em suas áreas <strong>de</strong> atuação.<br />

(34) A <strong>de</strong>scrição dos .sujeitos entrevistados encontra-se ao final<br />

<strong>de</strong>stas notas.<br />

(35) NIETZSCHE, F. citado pot J6lio R. Groppa Aquino<br />

estudante <strong>de</strong> pós-graduação em Psicologia Educacional, OSP,<br />

SP, em conversa ~nformal.<br />

(~6) A enquete e textos a ela anexados encontram-se reproduzidos<br />

na integra ao'final do Capitulo 111.<br />

(37) THIOLLENT; M.J.M. - Critica MetodoI6~ica. investigacão ~<br />

~ ~ enguete operária. <strong>São</strong> Paulo, Ed. P6lis, 1980.<br />

(38) HOBER, J - .~ ~ mudar todas ~ coisas: ~ alternativas<br />

~ movimento alternativo. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e<br />

Terra, 1985.<br />

(39) Movimento Ecológico Livre - Florian6polis - QA valores ~<br />

logistas, Florian6polis. Cx. Postal 5011.<br />

(40) LAGO, A ,PADOA, J. A<br />

Paulo, Ed. Brasiliense, 1986.<br />

(42) Todos eles da ONESP-Assis: três do curso <strong>de</strong> Psicologia e um<br />

do curso <strong>de</strong> .Hist6ria.<br />

(44) Id.ibid., p. 144.<br />

(45) Id.ibid., p. 145.


(47) Apud ALVES, R. - A gestãQ dQ futuro. Campinas, S.P., Papirus,<br />

1986.<br />

P - Sócio Fundador (na época fazia o 10. ano <strong>de</strong> Biologia na<br />

UFSCar);' participou <strong>de</strong> todas as diretorias; naturalista,<br />

dono <strong>de</strong> entreposto e restaurante <strong>de</strong> produtos naturais; professor<br />

<strong>de</strong> Biologia; dois fiihos; <strong>São</strong> Carlense; 32 anos(a<br />

ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos associados e'dada em junho <strong>de</strong> 1988).<br />

H - Sócio fundador (na época fazia 10. ano <strong>de</strong> Enfermagem na<br />

UFSCar); participou ativamente até 1980, quando formou-se e<br />

foi especializar-se em Sad<strong>de</strong> Pdblica e trabalhar em outras<br />

cida<strong>de</strong>s. Atualmente em <strong>São</strong> Paulo é diretor do Centro ,<strong>de</strong><br />

Saúd~ do Estado; são-carlense, 31 anos.<br />

c - Sócia 'fundadora (na época fazia 20. ano <strong>de</strong> Biologia na<br />

UFSCar); participou ativamente até aproximadamente 1980.<br />

Atualmente faz pós-graduação em Engenharia Florestal na<br />

ESALQ/USP; 32 anos. . .<br />

E - Associou-se em 1979 (quando era estudante <strong>de</strong> Quimica na<br />

UFSCAR); tendo participado <strong>de</strong> uma diretoria como tesoureiro.'<br />

Atualmente está terminando seu mestrado em Quimica. Professor<br />

<strong>de</strong> Ciências e Quimica em 10., 20. e 30. grau; <strong>São</strong> Carlense,<br />

30anos.<br />

T - Conselheiro consultivo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1981, ProfessorDr. (por<br />

notório saber) <strong>de</strong> Química e chefe do Setor Administrativo da<br />

UFSCar; reconhecido por seus conhecimentos sobre a região,<br />

ex-orquidófilo, aviador, naturalista no sentido científico<br />

do termo. '<br />

N - Associou-se e participou ativamente nos anos <strong>de</strong> 1984 a<br />

19a6. Enfermeira pós-graduada em Educação Especial na<br />

UFSCar; coor<strong>de</strong>nadora e apresentadora do programa radiofônico<br />

(AM) "Vida Natural"; oriunda <strong>de</strong> Jad, veio estudar em <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong> em 1976.<br />

R - P~rticipou da assembléia <strong>de</strong> fundação, mas só associou-se<br />

em 1984, quando participou da compra do Restaurante Mamãe<br />

Natureza e logo em seguida da diretoria da APASC, sendo<br />

diretor até hoje. Professor Doutor <strong>de</strong> Quimica da UFSCar;<br />

veio <strong>para</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> oriundo do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul; casado,


I - Associou-se e tem sido eleita presi<strong>de</strong>nte da APASC <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1984. Na época era secretária-administrativa da direção <strong>de</strong><br />

uma gran<strong>de</strong> fábrica <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Hoje cuida <strong>de</strong> sua chácara,<br />

e faz trabalhos manuais; está ,organizando uma associação<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do menor abandonado; alemã, casada. 2<br />

filhos.<br />

K - Associou-se em 1984, t~ndo participado <strong>de</strong> todas as<br />

diretorias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então. Na época era estudante <strong>de</strong> Engenharia<br />

<strong>de</strong> Produção e funcionário (na área) <strong>de</strong> uma industria <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong>. Hoje é professor do Departamento <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong><br />

Produç~o da UFSCar; 29 anos. casado. 2 filhos, veio <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

Paulo em 1977 <strong>para</strong> estudar na UFSCar; foi diretor do DCElivre<br />

UFSCar.<br />

B - Associou-se em 1984, tendo sido diretor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 86. Engenheiro<br />

Civil pela Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais. veio <strong>para</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong> fazer pós-graduação em Engenharia Sanitária. Atualmente<br />

faz'seu doutorado nessa área. Casado. 2 filhos. Em<br />

Belo Horizonte participou da coor<strong>de</strong>nação do Centro Acadêmico.<br />

'<br />

H - Associou-se em 1980 quando era estudante <strong>de</strong> Biologia na<br />

UFSCAR. Foi· da diretoria neste ano. Des<strong>de</strong> então colabora<br />

como po<strong>de</strong>. Professora <strong>de</strong> Ciências e Biologia. faz mestrado<br />

em Ecologia na UFSCar. 29 anos, casada. 2 filhas. Veio <strong>para</strong><br />

510 <strong>Carlos</strong> proveniente <strong>de</strong> Mogi-Mirim.<br />

5 - Participou ativamente do grupo da favela, quando associou-se<br />

â APASC. Engenheiro elétrico pela EESC/USP, na época<br />

fazia pós graduação na USP/SP. e trabalhos como profissional<br />

liberal em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Atualmente é professor do Departamento<br />

<strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Materiais da UFSCar. 37 anos,<br />

casado. 2 filhas. veio <strong>para</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> proveniente <strong>de</strong> Marilia.<br />

o - Participou ativamente do grupo da favela. tendo sido<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte da APASC. Na'época era estudante do último<br />

ano <strong>de</strong> Engenharia Civil na EESC/USP.Atualmente trabalha como<br />

profissional liberal na sua área. <strong>de</strong> formação; 34 anos,<br />

casado. veio <strong>de</strong> Araraquara <strong>para</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> <strong>para</strong> estudar.<br />

D - Participou das diretorias da APASC nas gestões <strong>de</strong> 1985 e<br />

1986. quando era estudante <strong>de</strong> Biologia; solteira, atualmente<br />

trabalha como agricultora em terras da familia em Ollmpia.


Baseando-se em sua memória e olhando a<br />

rela9ão <strong>de</strong> associados da APASC (em anexo) procure<br />

relacionar o nome das pessoas (associadas ou não) que<br />

tiveram atua9ão mais significativa junto à associa9ão<br />

durante o tempo que você <strong>de</strong>la participou (cite· alguns<br />

itens da atua9ão <strong>de</strong> cada pessoa re~acionada).<br />

Estou tentando redigir minha disserta9ão<br />

<strong>de</strong> mestrado sobre a história da APASC, mas muitas vezes<br />

os documentos não retratam a realida<strong>de</strong> pois sempre fomos<br />

muito pregui90soS <strong>para</strong> redigir atas e <strong>de</strong>ixar tudo anotadinho.<br />

Dai estar necessitando recorrer à memória daqueles<br />

que fizeram parte da diretoria da APASC.<br />

Envio-lhe também um envelope selado <strong>para</strong><br />

facilitar-lhe a tarefa <strong>de</strong> <strong>de</strong>volu9ão das informa9ões solicitadas.<br />

Quando você encontrar alguma lacuna na<br />

lista anexa e souber como preenchê-Ia e quando quiser<br />

fazer algum comentário sobre a participa9ão do associado,<br />

faca-o.


APASC: SEUS OBJETIVOS. HISTORIA.<br />

CARACTERISTICAS E ATIVIDADES


Po<strong>de</strong>riamos <strong>de</strong>finir a APASC - Associa~ão <strong>para</strong> Pro-<br />

te~ão Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>- como uma organiza~ão <strong>de</strong> pesoas<br />

•<br />

1. Incentivar a <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong> em geral e<br />

lutar pela preservação <strong>de</strong> ecossistemas naturais,<br />

em particular <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>;<br />

2. Realizar e promover a realização <strong>de</strong> pesquisas<br />

referentes à conserva~ão da natureza;


3. Difundir conceitoeconservacionistas através<br />

<strong>de</strong> cursos, publicações, palestras, concursos e<br />

filmes;<br />

4. Incentivar a criação <strong>de</strong> reservas naturais na<br />

região, colaborando, se poss1vel, na sua implantação,<br />

e a <strong>proteção</strong> <strong>de</strong> animais, em particular<br />

os em extinção;<br />

5. Defen<strong>de</strong>r e promover o bem estar f1sico do<br />

homem enquanto sujeito a ações <strong>de</strong>gradantes <strong>de</strong><br />

qualquer natureza.<br />

gestionária; estimular a c9munida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>bater seus problemas e<br />

encontrar formas <strong>de</strong> atuar sobre eles visando a melhoria da quali-


Semana <strong>de</strong> Estudos Eco16gicos <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong> - Até o dia 21 <strong>de</strong> maio. realizar-se-á.<br />

no audit6rio do SENAC<br />

<strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> -na rua Episcopal.<br />

688/700. uma série <strong>de</strong> palestras.<br />

exposições e painéi& e filmes versando<br />

sobre Ecologia. O programa é o<br />

seguinte: dia 17 - Prof. Samuel<br />

Murgel Branco - Aspectos ecológicos<br />

da Poluição da Agua; dia 18 - Dr.<br />

Wal<strong>de</strong>mar Ferreira <strong>de</strong> Almeida - Poluiçào<br />

Ambiental e contaminação <strong>de</strong><br />

alimentos. Dia 19 - Prof. J. Reis -<br />

Ecologia Geral ( a confirmar): dia<br />

20 - Prof. Mario Tolentino - Problemas<br />

ecológicos <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>= dia 21<br />

- Prof. Alberto Carvalho Peret "- a<br />

ser realizada às 15 h.<br />

Os painéis expostos são os apresentados<br />

em Vancouver, Canadá. por<br />

ocasião da conferência do Habitat<br />

promovida pela ONU. Esta "Semana <strong>de</strong><br />

E8t~dos Ecol6gicos" estã sendo promovida<br />

pelo Centro <strong>de</strong> Estudos e<br />

Pesquisa dos alunos <strong>de</strong> Biologia e<br />

Enfermagem da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, SENAC. e patrocinada<br />

pelo Conselho Municipal <strong>de</strong> Cultura e<br />

Comissão Municipal <strong>de</strong> Turismo e DCE<br />

livre UFSCar.


problemas ecológicos em sua conotação social. Jã em 76, seus<br />

participantes divulgavam nota (Anexo ) <strong>para</strong> a imprensa da cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>monstrando suas preocupa~ões sociais em torno do tema ecologia.<br />

1m 1977, <strong>de</strong>vido a influências como a rearticulação<br />

do movimento estudantil e suas tendências (que retomavam as<br />

greves por problemas locais e os movimentos reivindicat6rio~ mais<br />

gerais) e as <strong>de</strong>núncias cada vez mais frequentes <strong>de</strong> agressões ao<br />

meio ambiente, às liberda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mocráticas e aos direitos funda-<br />

mentais dos cidadãos por parte do regime militar (3), existia um<br />

maior anseio e expectativa dos estudantes <strong>de</strong> ouvirem pessoas que<br />

fizessem essas <strong>de</strong>núncias abertamente e apontassem <strong>para</strong> mecanismos<br />

<strong>de</strong> mobilização e reivindicação.<br />

Desta forma o·curso foi organizado, sob o nosso<br />

ponto <strong>de</strong> vista" em clima <strong>de</strong> temerosa contestação, não s6 às<br />

diretrizes dos cientistas do Departamento <strong>de</strong> Ciências Biol6gicas<br />

da UF5Car (4) mas também -ao governo brasileiro e toda sua politi-<br />

caeconômica <strong>de</strong> <strong>de</strong>vastação (Transamazônica, Perimetral Norte,<br />

poluiç!o em S!o Paulo, Usinas atômicas ...). Apesar dos temas das<br />

conferências e dos nomes escolhidos <strong>para</strong> ministrá-Ias n!o darem<br />

perfeita <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>sse clima <strong>de</strong> contestaç!o, pu<strong>de</strong>mos acompa-<br />

nhá-lo nas reuniões <strong>de</strong> organização do Ciclo e nos <strong>de</strong>bates que<br />

ocorriam ap6s cada conferência (5).<br />

Outra necessida<strong>de</strong> presente era a <strong>de</strong> se estimular a<br />

formação <strong>de</strong> organizações que auxiliassem na tarefa <strong>de</strong> contestação<br />

do estabelecido, visto que viviamos momentos <strong>de</strong> extrema <strong>de</strong>bilida-<br />

. <strong>de</strong> organizacional da socieda<strong>de</strong> civil in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Estado e da


clan<strong>de</strong>stinos <strong>de</strong> esquerda em rearticulaQão (6) e por outro lado,<br />

dos biólogos e algumas outras pessoas. na sua maioria estudantes.<br />

que viam em alguns exemplos <strong>de</strong> organiza~ão <strong>de</strong> ecologistas/conser-<br />

~<br />

AGAPAN; Fundação Brasileira <strong>para</strong> Conservação da Natureza - FBCN.<br />

Então, ao final qa semana. todos os presentes<br />

foram convidados <strong>para</strong> uma reunião <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong>. A reunião realizou-se no dia 28/05 nas <strong>de</strong>pen-<br />

dências do 5ENAC <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Estavam presentes 13 pessoas que<br />

<strong>de</strong>liberaram pela formação <strong>de</strong> uma diretoria provisória e uma<br />

comissão <strong>para</strong> elaborar o ante-projeto dos estatutos. Esse ante-<br />

projeto foi elaborado com base nas orientaQões das entida<strong>de</strong>s que<br />

enviaram as primeiras correspondências (7) (algumas com cópias<br />

dos seus estatutos) e na pequena experiência dos participantes.<br />

Conseguiu-se elaborar o ante-projeto dos es~atutos <strong>para</strong> a sua<br />

(Anexo) e inicia-se a filiaQão dos associados.<br />

Em marQo do mesmo ano (dia 15), a Câmara M~nicipal


çào. Das propostas apresentadas ã comissão julgadora, constitu1da<br />

por profissionais da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque em suas áreas, escolheu-<br />

se o simbolo (anexo ) <strong>de</strong> um estudante secundarista que estava<br />

começando a participar da APASC.<br />

A associação tem como instância superior <strong>de</strong> <strong>de</strong>li-<br />

beração as assembléias, on<strong>de</strong> todo o associado tem direito'a um<br />

voto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da catego~ia em que se associou. Quanto<br />

6s instâncias imediàtamente inferiores à assembléia, pelos esta-<br />

tutos seriam a diretoria e <strong>de</strong>pois o.presi<strong>de</strong>nte, porém,na prática,<br />

o que tem funcionado como instância <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão abaixo das assem-<br />

bléias slo as reuniões gerais (e)e os grupos <strong>de</strong> trabalho,existin-<br />

do um aran<strong>de</strong> espaço <strong>para</strong> as iniciativas individuàis em nome da<br />

entida<strong>de</strong>, sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação pela reunião geral. Os<br />

cargos <strong>de</strong> diretoria assumem em todas as gestões um caráter pr6-<br />

forma {em termos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r formal, pois em termos <strong>de</strong> trabalho<br />

sempre sobrecarregaram seus titulares, 'ao menos aqu~les que os<br />

assumiram propriamente)POis as <strong>de</strong>cisões sempre foram tomadas em<br />

reuniões abertas semanais, com direito a voz e voto <strong>para</strong> todos os<br />

presentes. Quase sempre as <strong>de</strong>liberações foram consensuais, a não<br />

ser em duas oportunida<strong>de</strong>s. A primeira por oçasião da Campanha "A<br />

Amazônia é Nossa!" quando diversas pessoas ligadas a tendências<br />

do movimento estudantil estiveram presentes a uma reunilo e<br />

pediram que se votasse a respeito <strong>de</strong> uma publicação sobre o<br />

assunto, em contraposição a uma outra que a diretoria da APASC<br />

<strong>de</strong>fendia. Todos os presentes, ,inclusive os nlo-associados, vota-


am e saiu vencedora a proposta da maioria dos diretores da<br />

APASC, sendo que o movimento prosseguiu coeso. A segunda oportu-<br />

nida<strong>de</strong> em que houve votação.é mais recente. por ocasião '<strong>de</strong><br />

uma polêmica sobre a participação da APASC junto a uma comissão<br />

"pró-Parque Ecológico", quando, uma parte dos participantes opta-<br />

va por romper-se com a Prefeitura e <strong>de</strong>nunciar a morosida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ração com que esta encaminhava as providências prognos-<br />

ticadas pela comissão e,outra parte da diretoria.achava prematuro<br />

o ro~pimento e <strong>de</strong>núncia pública, achando mais pru<strong>de</strong>nte aguardar<br />

as providências prometidas pelo Prefeito. Vencedora esta segunda<br />

proposta '(<strong>de</strong> conciliação),configurou-se a nosso ver um afasta-<br />

mento dos <strong>de</strong>fensores da primeira, da diretoria e do próprio grup~<br />

<strong>de</strong> trabalho sobre o Parque Ecológico.<br />

Quanto aos grupos <strong>de</strong> trabalho, eles têm vida pra-<br />

ticamente autônoma, estabelecendo-se um principio <strong>de</strong> que <strong>de</strong>vem<br />

informar às reuniões gerais ordinárias sobre os andamentos dos<br />

seus trabalhos e,caso tomem alguma atitu<strong>de</strong> que se choque com os<br />

estatutos da entida<strong>de</strong>.então cabe a uma assembléia geral <strong>de</strong>liberar<br />

sobre ,~ que fazer, sen~o da competência do grupo. em última<br />

análise. <strong>de</strong>cidi~se permanece ligado à APASC ou se <strong>de</strong>la se <strong>de</strong>sli-<br />

ga. Só recentemente. por ocasião da compra do Restaurante Mamãe<br />

Natureza (que envolveu um grupo <strong>de</strong> 40 pessoas que contribuiram<br />

financeiramente e se constituiram.num grupo <strong>de</strong> trabalho da enti-<br />

da<strong>de</strong> que precisava <strong>de</strong>'certas garantias <strong>de</strong> que iria receber <strong>de</strong><br />

volta essa contribuição financeira), foi incluso nos estatutos um<br />

item "grupos autônomos" que legaliza essa prática (Anexo).<br />

O Conselho Consultivo é formado por <strong>de</strong>liberaçao


da diretoria (das reuniões gerais). E composto por profissionais<br />

simpáticos à APASC e ã causa ecol6gica e que se <strong>de</strong>staquem pelos<br />

as presta~ões <strong>de</strong> conta da APASC <strong>para</strong> efeitos <strong>de</strong> liberação dos<br />

duodécimos da Prefeitura (9).<br />

-<br />

que chegava. Então. em 1982. contratou-se o servi90 <strong>de</strong> uma secre-<br />

tária/estagiãria que além <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nar a se<strong>de</strong>. colocava em dia a<br />

correspondência e mantinha a se<strong>de</strong> aberta meio perlodo. facilitan-


engajada aos i<strong>de</strong>ais da APASC e nem podia ser diferente, pois o<br />

salário que se propunha era irrisório e o compromisso que se<br />

esperava <strong>de</strong>ssa pessoa era enorme. A quarta gestão funcionou~parte<br />

do seu mandato,na mesma se<strong>de</strong> e outra parte (<strong>de</strong>vido à necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>volver o quarto <strong>para</strong> o proprietário) num pequeno quarto<br />

alugado nos fundos do quintal da.casa <strong>de</strong> um simpatizante. As<br />

reuniões então passaram a ser na CDCC (12). Em 83, alugou-se um<br />

quarto nos fundos do quintal da casa <strong>de</strong> um diretor da APASC, on<strong>de</strong><br />

passou a funcionar a se<strong>de</strong> da associa~ão e parte das reuniões,<br />

visto que, quando se promovia algum evento cultural ou esperava-<br />

se um público maior realizava-se a reunião na CDCC ou no salão<br />

Nobre da Prefeitura Municipal. Essa situa~lo permaneceu inaltera-<br />

da até abril <strong>de</strong> 1986, quando finalmente a Prefeitura ce<strong>de</strong>u <strong>para</strong><br />

uso da APASC uma "casinha" (o monumento em homenagem a Anita<br />

Garibaldi) localizada no centro da pra~a Paulino <strong>Carlos</strong> (13). Ali<br />

passou-se a realizar as reuniões e abriu-se os arquivos e acêrvo<br />

à consulta da popula~ão.<br />

A partir <strong>de</strong> 1982,a APASC sempre teve uma (um) se-<br />

cretária{o) estagiária(o) (14),trabalhando meio perlodo na se<strong>de</strong>,<br />

mantendo-a ab~rta e agilizando servi~os <strong>de</strong> correspondências,<br />

arquivos e outras tarefas administrativas. Todos, durante o pouco<br />

tempo que ficaram como secretárias (os), contribulram <strong>para</strong>, no<br />

mlnimo, ajudar o secretário/diretor a manter a correspondência em<br />

dia e montar os arquivos <strong>de</strong> recortes <strong>de</strong> jornais e publica~ões<br />

(revistas, livros,· pastas <strong>de</strong> recortes <strong>de</strong> revistas e jornais)<br />

doados por associados.


Quanto aos arquivos da APASC, encontramos em <strong>de</strong>-<br />

zembro <strong>de</strong> 1986, na se<strong>de</strong> da associa~ão, pastas com recortes <strong>de</strong><br />

jornais agrupados sob diversos titulos (15). Além <strong>de</strong>stas, existem<br />

pastas com correspondência <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s, órgãos governa-<br />

mentais, grupos <strong>de</strong> trabalho da APASC, arquivo <strong>de</strong> publicações da<br />

APASC e <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s, material burocrático fotografias,<br />

etc. (16).<br />

Na primeira diretoria eleita na reunião <strong>de</strong><br />

fundação da entida<strong>de</strong> todos, à exceção da presi<strong>de</strong>nte e do 20.<br />

tesoureiro (que substituiu o originalmente escolhido por este<br />

haver se afastado das reuniões), eram estudantes da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong><strong>Carlos</strong> - UFSCar ( o vice-presi<strong>de</strong>nte e o 10. tesou-<br />

reiro <strong>de</strong> Biologia e o 10. secretário, <strong>de</strong> Enfermagem-todos no<br />

primeiro ano; a 2a. secretária era Auxiliar <strong>de</strong> escritório, tempo-<br />

rariamente em uma firma <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. pois era estudante <strong>de</strong><br />

Fónoaudiólogia da PUC <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo e se pre<strong>para</strong>va <strong>para</strong> o vestibu-<br />

lar em Pedagogia na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>; o tesou-<br />

reiro que se afastou da entida<strong>de</strong> era estudante <strong>de</strong> F1sica). A<br />

presi<strong>de</strong>nte. que não era das participantes mais ativas ocupou a<br />

presidência em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser a única pessoa não estudante - era<br />

professora <strong>de</strong> Ciências - e <strong>de</strong> estar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os pre<strong>para</strong>tivos <strong>para</strong> a<br />

"Semana <strong>de</strong> Ecologia" dando força através dO.SENAC e do Colégio<br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, levando suas alunas <strong>para</strong> as palestras. O 20. tesou-<br />

reiro substituto era professor <strong>de</strong> F1sica da UFSCAR e teve parti-<br />

cipação importante na apro~ação dos estatutos e nas reuniões


· Além dos componentes da diretoria. tinhamos a<br />

participa~ão assidua <strong>de</strong> algumas outras pessoas e.esporádica. da-<br />

quelas que se interessavam por algum ponto especifico da pauta<br />

das reuniões ou simplesmente eram simpáticas a idéia mas não se<br />

,<br />

envolviam com uma militância mais constante.<br />

dantes universitários (cinco da 'UFSCAR - dois <strong>de</strong> Biologia. um <strong>de</strong><br />

Enfermagem. um <strong>de</strong>.Pedagogia e um <strong>de</strong> Computa~ão; um da USP <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

110 associados. 30 votaram (29 na chapa única e 1 em branco).<br />

Seus diretores tomam posse no dia 27/08/80. Quase todos eram


vice-presidência foi <strong>de</strong>stinada a um elemento <strong>de</strong> ligação entre o<br />

grupo da Favela e a diretoria. Quanto ao grupo da Boa Vista 11,<br />

dois diretores, que já eram da diretoria anterior, permaneceram<br />

como elementos <strong>de</strong> ligação. Na realida<strong>de</strong> essa tentativa <strong>de</strong> repre-<br />

sentação s6 funcionou quando o membro da diretoria comeQou a<br />

participar do grupo <strong>de</strong> trabalho (nunca no sentido contrário).<br />

Como veremos mais adiante, todas ás tentativas'<strong>de</strong> trazer,membros<br />

dos grupos <strong>de</strong> trabalho <strong>para</strong> a diretoria foram atos artificiais.<br />

,<br />

No momento em que os grupos <strong>de</strong> trabalho precisavam da entida<strong>de</strong>,<br />

seus componentes iam às reuniões gerais ou procuravam os dire-<br />

tores informaimente.<br />

No. dia 30/10/81, diante da impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ~e<br />

~leger uma nova diretoria,por falta <strong>de</strong> pessoas interessadas,<br />

<strong>de</strong>liberamos dissolver a antiga e criar uma comissão, provis6ria<br />

<strong>para</strong> coor<strong>de</strong>nar os trabalhos da APASC e convocar nova eleição.<br />

Permaneceram três dos antigos diretores (o presi<strong>de</strong>nte, o 10.<br />

Somente no final <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1982 conseguimos<br />

eleger uma nova diretoria que toma posse no dia 01.04.92 (na<br />

eleição votaram 25 associados - todos na Chapa Un1ca). A composi-<br />

çlo é a seguinte:três estudantes <strong>de</strong> Biologia UFSCar;um p6s-<br />

graduando em Arquitetura USP/SC,um professor <strong>de</strong> Computação da


Durante essa gestão afastaram-se dos trabalhos<br />

da entida<strong>de</strong>,primeiramente,por motivos particulares, os dois<br />

secretários e, ao final do mandato e durante sua prorrogaoão,<br />

afastaram-se o 20. e o 10. tesoureiros respectivamente (ambos por<br />

mudanQa <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>). A vice-presi<strong>de</strong>nte, em 1983, tambêm se afastou<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar aulas na cida<strong>de</strong>_<strong>de</strong> Londrina e <strong>de</strong>pois por ter<br />

ficado grávida. Em 09/09/83, em assembléia com cinco<br />

participantes~ <strong>de</strong>cretou-se em assembléia geral permanente até que<br />

aparecessem pessoas dispostas a assumir uma nova gestão. O que s6<br />

veio ocorrer em 10/12/84, em funQ!o <strong>de</strong> uma nova estratégia <strong>de</strong><br />

trabalho 'implementada a partir do final <strong>de</strong> 1983 e <strong>de</strong> alguns<br />

outros acontecimentos, indépen~entes.da aQ!o dos participantes <strong>de</strong><br />

então, relacionados à aproximao!o espontânea <strong>de</strong> algumas pessoas<br />

que trouxeram energia nova <strong>para</strong> a entida<strong>de</strong>_' A'estratégia foi a<br />

formaQão <strong>de</strong> novos. grupos <strong>de</strong> trabalho visando atrair os associados<br />

ou novos militantes. Dessa forma ocorreu a formaQão <strong>de</strong> um grupo<br />

<strong>de</strong> EducaQ!o Ambiental junto aos est~dantes, da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e a compra do Restaurante Mam!e Natureza<br />

por um coletivo <strong>de</strong> 40 pessoas, além <strong>de</strong> se ter iniciado um<br />

programa numa rádio AM <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>,bem como uma luta pela<br />

preservaQão <strong>de</strong> um cinema da cida<strong>de</strong>. E <strong>de</strong>sses grupos e <strong>de</strong> alguns<br />

novos associadQs que comeQam a frequentar as reuniões, que surge<br />

uma nova chapa <strong>para</strong> a diretoria da entida<strong>de</strong>. As eleiQões são<br />

realizadas em 10/12/84 e, em 14/01/85 toma posse a nova<br />

diretoria. Sua composiQào profissional é:dois professores <strong>de</strong><br />

Quimica da UFSCar;uma secretária exeéutiva <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> fábrica<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>,um estuda~te <strong>de</strong> ensenharia <strong>de</strong> ProduQão da UFSCar e'


do basicamente os componentes <strong>de</strong>ssa gestão e dando continuida<strong>de</strong><br />

nos trabalhos que vinham sendo realizados. ,Denovida<strong>de</strong>. temos a<br />

saida da professora <strong>de</strong> Quimica e <strong>de</strong> dois alunos da Biologia e um<br />

da Terapia Ocupacional - todos da UFSCar e do estudante da<br />

USP/SC. Por outro lado. comeQam a particip~r: um estudante <strong>de</strong><br />

p6s-graduação em.Engenharia Sanitária da USP/SC, um funcionário<br />

aia da UFSCAR.Extinguiu-se as diretorias <strong>de</strong> eventos culturais,<br />

Conselho Consultivo, Mamãe Natureza e criou-se uma diret~ria <strong>para</strong><br />

no inicio, por uma gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong> pessoas joyens' (entre 18 e<br />

. 30 anos) e ligadas ao ensino (estudantes e professores na sua


maioria da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>). S6 <strong>para</strong> exempli-<br />

ficar, po<strong>de</strong>mos observar a composição etária no ano <strong>de</strong> 1978. Das<br />

74 pessoas que se filiaram nesse ano,53 tinham entre 18 e 29<br />

anos, treze entre 30 e 40 anos,quatro menos <strong>de</strong> 18 anos e somente<br />

dois com mais <strong>de</strong> quarenta anos (os outros dois associados eram<br />

entida<strong>de</strong>s: DCE-livre' UFSCar e União Municipal <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> Car1os). Quanto às origens (18) dos associados em 78 eles<br />

eram na maioria estudantes. - quarenta e quatro, sendo que trinta<br />

.e três eram da UFSCAR, treze era~ professores e os <strong>de</strong>mais eram<br />

provenientes <strong>de</strong> outras origens, na maioria funcionários da Uni-<br />

versida<strong>de</strong> ou amigos dos diretores.<br />

Issa caracteristica vai se modificando gradativa-<br />

mente e em 1985, dos 37 novos associados, 2~ já.não provinham das<br />

Universida<strong>de</strong>s - 12 eram funcionários <strong>de</strong> Lápis John Faber (on<strong>de</strong><br />

trabalhava a presi<strong>de</strong>nte da APASC),três <strong>de</strong> outras gran<strong>de</strong>s empre-<br />

sas, um era <strong>de</strong>ntista, três eram parentes da presi<strong>de</strong>nte e sete não<br />

conseguimos. <strong>de</strong>tectar a origem. Dos onze restantes, cinco e~am<br />

professores universitários (UFSCar), dois estudantes <strong>de</strong> p6s-<br />

graduação (USP e UFSCar), um' <strong>de</strong>ntista da UFSCar e três estudantes<br />

(dois da UFSCar e um da USP) (19).<br />

o mecanismo <strong>de</strong> filiação prepon<strong>de</strong>rante sempre foi o<br />

<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> ou proximida<strong>de</strong> com os elementos ativos da entida<strong>de</strong>. No<br />

inicio os elementos ativos eram na maioria estuda~tes da UFSCar.<br />

Ap6s 1982 temos, além dos estudantes, a atuação <strong>de</strong> funcionários<br />

<strong>de</strong> escrit6rio <strong>de</strong> fábricas <strong>de</strong> <strong>São</strong> Car10s, professores da UFSCar e<br />

comerciantes, o que propiciou uma diversificação no quadro <strong>de</strong>


mos em 85 e 86 um quadro dos novos associados formado. prepon<strong>de</strong>-<br />

rantemente. por pessoas <strong>de</strong> fora das Universida<strong>de</strong>s. Além <strong>de</strong>sse<br />

mecanismo <strong>de</strong> filiação,po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>tectar o fato <strong>de</strong> algumas (poucas)<br />

pessoas se interessarem pela entida<strong>de</strong> através do contato com o<br />

(em especial a revista "O VERDE") •. com algumas p~lestras ( como.<br />

por exemplo. os Rotarianos) ou com algum grupo <strong>de</strong> trabalho da<br />

permaneceram como simpatizantes. Raras são as manifestações to-<br />

.talmente espontâneas <strong>de</strong> pessoas que procuram a APASC<strong>para</strong> se<br />

filiar e atuar 'ativamente.<br />

306. sendo que 74 filiaram-se em 197e. 23 em 1979. 43 em 1980. 19<br />

e. 1981. 27 em 1982. 21 em 1983. 35 em 1984~ 37 em 1985. 27 em<br />

1986.<br />

A participaQlo das pessoas na APASC. ao longo<br />

<strong>de</strong>sses <strong>de</strong>z anos, variou do simples filiar-se (preencher a ficha<br />

<strong>de</strong> associado) sem. muitas vezes, sequer pagar a anuida<strong>de</strong>, ou da<br />

ida a uma reunião semanal e nunca mais aparecer. até aqueles que<br />

pagavam a mensalida<strong>de</strong>, participavam das reuniões. participavam<br />

. .


888ociados e <strong>de</strong>sempenhavam tarefas rotineiras· como re8pon<strong>de</strong>r<br />

correspondências, pre<strong>para</strong>r publicações ~tc.<br />

Os casos extremos <strong>de</strong> participação são ~ais fáceis<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar, mas a partir <strong>de</strong>quantos (ou quais) vinculos com a<br />

entida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar um indivlduo como ativo <strong>de</strong>ntro da<br />

Determinar quais as caracterlsticas que nos permi-<br />

nortearão tal classificaçlo mas, princlpalmente,a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mensurar-s~ certa8 ativida<strong>de</strong>s (<strong>para</strong> consi<strong>de</strong>rar-se um indivlduo<br />

participante ~e um grupo <strong>de</strong> trabalho basta o fato <strong>de</strong>le ter ido a<br />

algumas reuniões?) e a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> coletar-se dados fi<strong>de</strong>dignos<br />

<strong>de</strong>vidamenteregistrados ao longo da hist6ria. da associação.1<br />

o burocrático sobrepor-se ao politico" e a prática, no dia a dia<br />

da militância,<strong>de</strong> acertar-se os livros caixa e ata <strong>de</strong> forma a<br />

manter simplesm.ente .a papelada em "or<strong>de</strong>m" e não com o intuito <strong>de</strong><br />

relatar-se os ·acontecimentos da forma m.ais fi<strong>de</strong>digna possivel. As<br />

atas da APASC, por exemplo. nio eram todas registradas no livro<br />

ata. A contabilida<strong>de</strong> era feita empirica e artesanalmente <strong>para</strong>


anuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os associados, no livro feito pelo contador.<br />

Dificulda<strong>de</strong>s à parte, po<strong>de</strong>mos iniciar nossa pro-<br />

cura dos associados ativos estabelecendo como primeiro critério<br />

"~ n6mero <strong>de</strong> vezes que a pessoa participou das reuniões sema-<br />

nais", segundo o registro <strong>de</strong> assinaturas no Livro Ata (até<br />

05/05/86 temos 118 atas registrando 760 assinaturas). Das 160<br />

pessoas que partici<strong>para</strong>m <strong>de</strong>ssas reuniões cujas atas foram regis-<br />

tradas.54 vieram no minimo a três reuniões. Esses dados sozinhos<br />

po<strong>de</strong>m não ser muito confiáveis pois po<strong>de</strong>mos mencionar pelo menos<br />

sete pessoas que vieram a mais <strong>de</strong> três reuniões e seus nomes não<br />

foram registrados mais do que uma ou duas vezes. Como exemplo<br />

mais elucidativo,temos o nome do 10. le 20. tesoureiros da gestão<br />

82/83 registrados apenas "2 e 6" vezes sendo que ambos trabalha-<br />

ram ativamente ,durante sua gestão (esse caso se.explica pelo fato<br />

<strong>de</strong> na época, pouquissimas atas terem sido registradas - somente<br />

u~a em um ano <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>ssa diretoria).<br />

Outro critério <strong>para</strong> <strong>de</strong>tectar participação ativa<br />

po<strong>de</strong> ser o fato <strong>de</strong> o associado ter feito parte <strong>de</strong> alguma direto-<br />

ria da APASC. Aqui há o problema <strong>de</strong> termos diretores que pouco ou<br />

nada fizeram. Dos 39 diretores que passaram pela entida<strong>de</strong>, onze<br />

não têm sequer sua presença registrada em no minimo três reuniões<br />

e. falhas <strong>de</strong> registro à parte, po<strong>de</strong>mos atestar com nosso <strong>de</strong>poi-<br />

mento pessoal e com uma consulta aos arquivos e publicações da<br />

entida<strong>de</strong>. que boa parte <strong>de</strong>ssas 11 pessoas. realmente esteve ausen-<br />

te <strong>de</strong> toda e qualquer ativida<strong>de</strong> da entidadé. Outros, pouco mais<br />

fizeram além <strong>de</strong> participar <strong>de</strong> algumas reuniões.<br />

Por outro lado.temos pessoas que não foram dire-


tores da entida<strong>de</strong>, nem assinaram mais do que três atas,mas <strong>de</strong>ram<br />

contribuições relevantes <strong>para</strong> o funcionamento da entida<strong>de</strong> ou<br />

<strong>para</strong> o amadurecimento dos seus participantes. Isto sem contar as<br />

p~ssoas que partici<strong>para</strong>m ativamente <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> trabalho e nem<br />

associados eram (aproximadamente 50 pessoas entre as que foram a<br />

menos <strong>de</strong> três reuniões e 12 das que partici<strong>para</strong>m <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> três<br />

reuniões não eram associados).<br />

Visando colocar or<strong>de</strong>m nessas informações, resolve-<br />

mos discriminar o nome das pessoas que partici<strong>para</strong>m <strong>de</strong> no m1nimo<br />

três reuniões (incluindo os sete nomes que acreditamos terem<br />

participado <strong>de</strong> um número maior do que o que havia sido registra-<br />

do) ou <strong>de</strong> alguma diretoria ou grupo <strong>de</strong> trabalho ou que, segundo<br />

nossa memória, haviam tido participação ativa <strong>de</strong> algum aconteci-<br />

mento importante ou que foram citadas no livro ata por mais <strong>de</strong> um<br />

ano.<br />

Paralelamente, escrevemos aos diretores que haviam<br />

participado <strong>de</strong> um m1nimo que fosse das gestões. pedindo-lhes sua<br />

relação <strong>de</strong> pessoas ativas na APASC. Enviamos a relação <strong>de</strong> asso-<br />

ciados e o pedido <strong>de</strong> vasculharem suas memórias. Com isso chegamos<br />

aos nomes que compuseram o conjunto dos entrevistados ,cujos<br />

<strong>de</strong>poimentos acreditamos apresentar-se-ao ao leitor como novas<br />

leituras sobre a APASC.<br />

As fontes <strong>de</strong> recursos da APASC são<br />

<strong>de</strong>scritas. tendo variado o peso relativo <strong>de</strong> cada uma<br />

as abaixo<br />

ao longo"<strong>de</strong>


-<br />

últimos anos tem se <strong>de</strong>ixado por conta do associado o estabeleci-<br />

mento do valor que quer/po<strong>de</strong> pagar {esta contribuição espontânea


- 1986 - 250,00 cruzados /mensais, com suplementa~ão no 20.<br />

semestre <strong>de</strong> 2.100,00 cruzados - 5.100.00 cruzados/ano<br />

geral, o salár~o da secretiria/estagiária (em 1984 - 10. semestre<br />

a estagiária recebia 60.000.00 cruzeiros por mês) ou do aluguel<br />

da se<strong>de</strong>. A partir do segundo semestre <strong>de</strong> 1986.a entida<strong>de</strong> não<br />

precisou mais pagar aluguel pela sua se<strong>de</strong>.<br />

fônicos quase sempre foram cobertos por patrocinadores especifi-<br />

coso Os m6veis da Associa~ao (mesas, ca<strong>de</strong>iras. armários e alguns<br />

painéis) foram doações dos associados ativos ou <strong>de</strong> parentes' seus.<br />

As <strong>de</strong>spesas com correio, papel'e'envelope timbrados pastas,<br />

carimbos, carteirinhas,- material <strong>de</strong> escritório em geral e algumas


vezes, <strong>de</strong>spesas com transportes e alimentação <strong>de</strong> representantes<br />

que participam <strong>de</strong> encontros <strong>ambiental</strong>istas eram cobertos com as<br />

receitas eventuais, jâ citadas, ou com o que sobrava das "recei-<br />

tas fixas" - Mamãe Natureza, duodécimo e anuida<strong>de</strong>s.<br />

Algumas outras <strong>de</strong>spesas eventuais ocorriam na<br />

organiza~ão <strong>de</strong> eventos e encaminhamentos <strong>de</strong> lutas: faixas <strong>para</strong> as<br />

manifesta~ões, panfletos imposslveis <strong>de</strong> serem patrocinados, <strong>de</strong>s-<br />

pesas com conferencistas, filmes e .revela~ões fotogrâficas, fitas<br />

<strong>de</strong> gravador~ material <strong>para</strong> pintura e brinca<strong>de</strong>iras das crianQas em<br />

PraQas Públicas (a maior parte <strong>de</strong>ste material era doada por lojas<br />

e fâbricas da cida<strong>de</strong>).<br />

Po<strong>de</strong>mos citar ainda algumas <strong>de</strong>spesas mais even-<br />

tuais, como iivros <strong>para</strong> a biblioteca, assinatura <strong>de</strong> revis~as,<br />

aluguel da caixa postal, ca<strong>de</strong>ado e placa <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaQão <strong>para</strong> a<br />

se<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outras.<br />

--'-.--0' diversificaQão das fontes <strong>de</strong> recursos foi apon-<br />

tada pelo atual tesoureiro como extremamente necessâria, haja<br />

visto que atualmente enfrentam-se problemas com a liberação dos<br />

duodécimos da PrefeItura e a receita advinda das anuida<strong>de</strong>s é<br />

muito pequena e o que tem "salvado" são os lucros do Mamãe Natu-<br />

reza.<br />

11.7.A Hist6ria, m Ao ADQ.<br />

Partindo dos documentos jâ <strong>de</strong>scritos no primeiro<br />

capitulo, fazemos a seguir um resumo das. ativida<strong>de</strong>s da AssociaQão<br />

ano a ano.


teve envolvida com sua legaliza~ão (20) e estrutura~ão (estatu-<br />

tos, publica~ào do extrato <strong>de</strong>stes no Diário Oficial, registro em<br />

cartório, formas <strong>para</strong> levantar recursos financeiros, dinâmica das<br />

reuniões, arquivos etc), com a discussão e atua~ão sobre proble-<br />

polui~ão causada por uma Metalúrgica e por uma Av1cola <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

dimensões, <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s, das· pra~as e ruas da cida<strong>de</strong> e<br />

palestras e reuniões <strong>de</strong>batendo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planejamento do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento urbano) questões amb1entais mais gerais e envio<br />

<strong>de</strong> moçÕes <strong>de</strong> apoio aos moradores <strong>de</strong> outras regiões em suas lutas<br />

•<br />

amadurecéndoe só se realizaram nos anos seguintes.<br />

informativo convocando a assembléia <strong>para</strong> aprovação QOs Estatutos<br />

reflete bem ·0 esp1rito que dominava a entida<strong>de</strong> no seu primeiro<br />

referidos problemas <strong>de</strong>correntes do <strong>de</strong>senvolvimento urbano <strong>de</strong>sor-<br />

<strong>de</strong>nado problemas esses sobre os quais se <strong>de</strong>sejava atuar. Para<br />

conhecer os problemas ambientais <strong>de</strong> 5io <strong>Carlos</strong> e <strong>para</strong> a posterior<br />

elabora~ão <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> solução,foi importante a colaboração<br />

-<br />

. <strong>de</strong> um antigo professor e pesquisador da região (21) explicando a


ina<strong>de</strong>quação do local <strong>de</strong>stinado ao Distrito Industrial do munici~<br />

pio, em função dos ventos e do relevo da cida<strong>de</strong> (22). Foi impor-<br />

tante também a colaboração <strong>de</strong> uma vereadora oposicionista (23),<br />

<strong>de</strong>nunciando e pedindo ajuda <strong>para</strong> o contato com moradores que<br />

enfrentavam problemas <strong>de</strong> po1uiQão e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.e a<br />

colaboração da imprensa e da popu1aQão em geral, que reclamavam e<br />

amplificavam os problemas ambientais e dos associados-moradores<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> Car10s, mostrando . lugares. da região que <strong>de</strong>viam ser<br />

preservados (24).<br />

A outra faceta do movimento po<strong>de</strong> ser retratada<br />

pelo primeiro cartaz-simbo10 (Anexo) da Assoc'iaQão on<strong>de</strong> se falava<br />

sobre a interaQão homem-animais-vegetais e o direito <strong>de</strong> todos à<br />

vida.<br />

Essa vertente ~e proteQão aos animais e vegetais<br />

foi uma forte motivaQão <strong>para</strong> a aproximaQão <strong>de</strong> alguns associados e<br />

estará presente, durante toda a história da APASC, ora com maior,<br />

ora com menor peso diante <strong>de</strong> outrasatuaQões.<br />

Nesse ano, a AssociaQão envolveu-se com a Comissão<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do Patrimônio da Comunida<strong>de</strong> (25) - CPDC - (ajudou a<br />

fundá-la em <strong>São</strong> Paulo), na luta contra a construQão do novo<br />

aeroporto nas matas <strong>de</strong> Caucaia do alto, enviando associados éom<br />

faixas <strong>para</strong> as reuniões e manifestações e conseguindo a<strong>de</strong>são <strong>de</strong><br />

outras entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> a esse movimento.<br />

Apelou-se, pela gran<strong>de</strong> imprensa local e panfletos,<br />

. "ao bom senso dos foliões" <strong>para</strong> não usarem penas <strong>de</strong> animais


silvestres em suas fantasias (anexo). A nivel regional. protes-<br />

tou-se contra a Habsurda poda anual H das irvores urbanas. impri-<br />

mindo-se milhares <strong>de</strong> textos com esse titulo (26). Organizou-se<br />

uma HSemana <strong>de</strong> Arte e Pensamento Ecológico" nas <strong>de</strong>pendências da<br />

Câmara Municipal. envolvendo diversas ativida<strong>de</strong>s. panfletos.<br />

cartazes. confec~ão <strong>de</strong> painéis fotográficos sobre <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong><br />

antiga, 'que ganhou boa repercussão junto aos. associados. autori-<br />

da<strong>de</strong>s, imprensa local e parcelas da populaQão (anexo). A nivel<br />

burocrático registra-se a legaliza~ão" da entida<strong>de</strong> e sua<br />

<strong>de</strong>claraQão <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> poública municipal. o inicio da filia~ão<br />

<strong>de</strong> associados, a aprovaQão do simbolo (através <strong>de</strong> concurso), o<br />

aluguel <strong>de</strong> uma se<strong>de</strong> provisória. <strong>de</strong>ntre outras coisas. Imprimiram-<br />

se diversas publica~ões. <strong>de</strong>ntre elas um extenso texto <strong>de</strong> José<br />

Lutzemberg sobre ·'Energia. ambiente e socieda<strong>de</strong>" (anexo) •<br />

estimulando <strong>de</strong>bate sobre os aspectos politicos da questão<br />

ecológica; durante todo ano projetaram-se filmes <strong>de</strong> ecologia e<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e promoveram-se palestras sobre problemas<br />

regionais <strong>para</strong> associados da APASC e <strong>para</strong> estudantes <strong>de</strong> 10. e 20.<br />

grau <strong>de</strong> escolas da região .<br />

. Como parte das comemora~ões do Dia" Mundial do Meio<br />

Ambiente, foram plantadas três magnólias numa PraQa central da<br />

cida<strong>de</strong> (sem autoriza~ão da Prefeitura) em protesto ao estado <strong>de</strong><br />

abandono da Pra~a e às <strong>de</strong>rrubadas,em passado recente, <strong>de</strong> árvores<br />

(também magnólias) e do antigo cine-teatro (anexo),


poluição da mencionada avlcola através <strong>de</strong> entrevistas com os<br />

moradores, artigos em jornais, visita às <strong>de</strong>pendências da empresa;<br />

continuavam as solicita~ões ao Prefeito <strong>para</strong> transforma~ão do<br />

"buracão" (uma pedreira abandonada) em áreas <strong>de</strong> lazer e se<strong>de</strong> da<br />

APASC; abria-se ampla frente <strong>de</strong> luta contra a constru~ão do<br />

SHOPPING CENTER na <strong>de</strong>vastada Pra~a Central.<br />

Iniciavam-se as a~~es <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> trabalho<br />

junto a uma favela <strong>de</strong> periferia urbana (27) e outro junto aos<br />

moradores <strong>de</strong> um bairrõ <strong>de</strong>-periferia urbana (28), por uma Praça<br />

Pública, e ativida<strong>de</strong>s com a Pastoral Universitária, por ocasião<br />

da Campanha <strong>de</strong> Fraternida<strong>de</strong> "PRESERVE O QUE E DE TODOS" (29).<br />

Além disso, <strong>de</strong>senvolveu-se junto à CDPC - Comissão<br />

<strong>de</strong> Defesa do Patrimônio e da Comunida<strong>de</strong> - e entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong>, amplo movimento <strong>de</strong> Defesa da Amazônia. Nesse ano, impri-<br />

miram-se alguns textos e comemorou-se novamente em Pra~a Pública<br />

o DIA MUNDI~L DO MEIO AMBIENTE; em outubro, publicou-se uma<br />

revista com balan~o das ativida<strong>de</strong>s referentes a 77/78/79 e carta<br />

programa da diretoria eleita <strong>para</strong> 79/80. Transcrevemos anexo esse<br />

balan~o e a carta programa pois acreditamos que eles expressem<br />

uma visão da entida<strong>de</strong> sobre si própria.<br />

Apesar <strong>de</strong> pouqulssimas atas registradas nesse<br />

perlodo, po<strong>de</strong>mos apontar que as principais ativida<strong>de</strong>s giraram em<br />

torno do Grupo da Favela, luta contra a poda e corte das árvores<br />

urbanas, luta junto aos moradores pela pra~a do bairro, contra a


instalaçào <strong>de</strong> usinas nucleares em <strong>São</strong> Paulo. Promoveu-se concurso<br />

fotogrãfico sobre Memória Urbana e ativida<strong>de</strong>s da semana do meio<br />

ambiente, além <strong>de</strong> palestras, publicações, um filme (SUPER 8)<br />

sobre a bacia do Rio Piracicaba e exposição <strong>de</strong> painéis fotogrãfi-<br />

cos, sobre as bombas <strong>de</strong> Hiroshima e Nagasaki (30).<br />

registro em ata das reuniões da APASC. O que pu<strong>de</strong>mos levantar,<br />

através das publicações e correspondências,é a continuida<strong>de</strong> da<br />

Pra~a Pública' por ocasi50 do Dia t!undial do Meio Ambiente, a<br />

publica~ão <strong>de</strong> textos e a promo~ão da pe~a <strong>de</strong> teatro "O GLOBO DA<br />

o"<br />

BROA que meses <strong>de</strong>pois se transformará na APREL - Associa~ão <strong>para</strong><br />

a Proteção da Represa do Lobo (BROA) (32). Neste ano ocorre a<br />

forma~ão do Conselho Consu~tivo da APASC (33).<br />

cartas dos estudantes das Escolas <strong>de</strong> 10. e 20. grau <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong><br />

ao presi<strong>de</strong>nte da Argentina e primeiro-ministro da Inglaterra;


zação do velho sonho <strong>de</strong> se ter um programa na rádio (a partir <strong>de</strong><br />

10/83). Além disso, iniciaram-se as movimentações <strong>para</strong> compra do


visitantes (35). Consolidam-se todos os grupos que iniciaram suas<br />

ativida<strong>de</strong>s no final do ano anterior. Alteram-se os estatutos<br />

reivindica~ões por maiores cuidados com a arborização urbana,<br />

propondo-se convênio com a Prefeitura . . <strong>para</strong> fiscaliza~ão dos pedi-<br />

dos <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> árvor~s e critica-se o criminoso corte <strong>de</strong> árvores<br />

feito pelo proprietário <strong>de</strong> um supermercado nas calçadas das<br />

lmedia~ões <strong>de</strong> sua. residência; inic~a-se campanha <strong>para</strong> escolha das<br />

árvores mais bonitas da cida<strong>de</strong>, com premiação a quem lhes <strong>de</strong>di-<br />

da Policia Florestal <strong>para</strong> região e efe~uam-se diversas tentativas<br />

<strong>de</strong> concretizar o COMDEMA - Conselho Municipal <strong>de</strong> Defesa do Meio<br />

Ambiente <strong>de</strong> 510 <strong>Carlos</strong>. Proce<strong>de</strong>-se à reinstru~ão da ação popular<br />

c~ntra o.celli~~.rio. A APASC engaja-se nas campanhas "Diretas já"<br />

e dá apoio e divulga~ão <strong>para</strong> campanhas como pacifismo, <strong>de</strong>fesa da<br />

Billings, contra o uso indiscriminado <strong>de</strong> pesticida, em <strong>de</strong>fesa das<br />

baleias e m1co~leão dourado e contra fluora~ão compulsória<br />

d'água. Envia-se relatório circunstanciado <strong>para</strong> um Deputado que<br />

estava encaminhando pedido <strong>para</strong> <strong>de</strong>clarar a APASC <strong>de</strong> Utilida<strong>de</strong>


"Vida Natural"; continuida<strong>de</strong> do movimento Pró-Parque Ecol6gico;<br />

ativida<strong>de</strong>s na pra~a por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente;<br />

fiscaliza~ão conjunta com a Prefeitura dos pedidos <strong>de</strong> cortes<br />

.<br />

ta; polui~ão da avicola; CONDEMA; pista <strong>de</strong> cooper da UFSCar;<br />

alimenta9ão. pr6-alcool. CONSEMA - Conselho Estadual <strong>de</strong> Meio<br />

Ambiente. APEDEMA - Assembléia Permanente <strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s em Defesa<br />

Promovem-se <strong>de</strong>bates sobre·as elei~ões <strong>para</strong> a Cons-<br />

tituinte e governo do Estado. Diversos outros assuntos são abor-<br />

possivel <strong>de</strong>tectar o envolvimento da APASC com a luta contra a<br />

minera~ão <strong>de</strong> areia nas proximida<strong>de</strong>s do Ribeirão Feijão (manancial


parque eco16gico", contra o aeroporto no Broa e contra a poda<br />

insensata <strong>de</strong> Arvores urbanas. Lança-se a idéia <strong>de</strong> uma Cooperativa<br />

<strong>de</strong> Produtos Naturais da APASC. Registra-se ainda a divergência<br />

,<br />

atuação. <strong>de</strong> preservação <strong>de</strong> matas, contra proprietArios e jornal<br />

local'que estavam "pedindo sua cabeça" . (39). . A Prefeitura ce<strong>de</strong> um<br />

artigo prá jornal. fazer uma palestra. a6<br />

nossas pr6prias reuniões. isso tudo é


nesse sentido, gran<strong>de</strong> importância durante toda existência da<br />

associa~ão. Des<strong>de</strong> a organiza~ão <strong>de</strong> eventos em pra~as públicas,<br />

comunica~ão até ativida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> comunica~ão com associados,<br />

arrecada~ão <strong>de</strong> fundos e organiza~ão ~earquivos,estabelecimento<br />

<strong>de</strong> se<strong>de</strong> pr6pria <strong>para</strong> a entida<strong>de</strong>,consomem boa parte das energias<br />

do dia a dia dos associados e espa~o nos documentos da associa~ão.<br />

quálida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> uma favela <strong>de</strong> 510 <strong>Carlos</strong>; <strong>de</strong>fesa da Area <strong>de</strong><br />

P~ote9ão Ambiental (APA) <strong>de</strong> Corumbatal opondo-se à constru~io <strong>de</strong><br />

um aeroporto às margens da Represa do Lobo e contra a instala~io<br />

administra~io <strong>de</strong> um restaurante naturalista; forma9io <strong>de</strong> uma<br />

aS80cia~ão <strong>de</strong> Preserva9io da ~epresa do' Lobo (Broa) ~ APREL;


grupo voltado à implementação e <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação<br />

<strong>ambiental</strong>; grupo em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> um antigo cinema da cida<strong>de</strong> (que<br />

acabou sendo <strong>de</strong>rrubado <strong>para</strong> servir <strong>de</strong> estacionamento a um Ban-<br />

co) •<br />

Paralelamente a essas ativida<strong>de</strong>s locais (relacio-<br />

nadas a problemas ambientais e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da'popula~ão<br />

da região) temos o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversas ativida<strong>de</strong>s rela-<br />

cionadas a problemas mais amplos como por exemplo as lutas contra<br />

a instalação <strong>de</strong> Usinas'Nucleares no.Brasil ou pelas elei~õeB<br />

"Diretas já".<br />

Descreveremos a seguir algumas <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s<br />

mencionadas nos parágrafos anteriores.<br />

1m termos <strong>de</strong> ações voltadas <strong>para</strong> preocupações mais<br />

globais ou seja, que ultrapassem as dimensões da região <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong>, po<strong>de</strong>mos citar,no inicio da APASC,o movimento em <strong>de</strong>fesa da<br />

Mata Atlântica da região <strong>de</strong> Caucaia do Alto contra o projeto '<strong>de</strong><br />

instalação do aeroporto internacional <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo (que mais<br />

tar<strong>de</strong> viria ase instalar em CUMBICA). Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suma impor-<br />

tância <strong>para</strong> o movimento eco16gico paulista, pois conseguiu aglu-<br />

tinar entida<strong>de</strong>s ecologistas <strong>de</strong> ~odo o Estado, além <strong>de</strong> outras<br />

entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> civil (A8socia~ào <strong>de</strong> Engenheiros Agrôno-<br />

mos, Instituto <strong>de</strong> Arquitetos do Brasil, Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong><br />

Botânica e outros) preocupadas com a <strong>proteção</strong> do meio ambiente,<br />

melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e ampliação do espaço <strong>de</strong> articula-


que não s6 foi vitorioso por impedir a construção do aeroporto<br />

mas também por firmar-se enquanto movimento d. resistência civil<br />

organização estadual (Comiss50 da Defesa do Patrimônio da Comuni-<br />

da<strong>de</strong> - CDPC) como coor<strong>de</strong>nação das lutas da socieda<strong>de</strong> civil em<br />

torno da questão eco16gica.A CDPC sobreviveu ao movimento <strong>de</strong><br />

Caucaia e posteriormente <strong>de</strong>u origem·à APEDEMA - Assembléia Perma~<br />

.<br />

lioje e mal ou bem é a única instância <strong>de</strong> organização e coor<strong>de</strong>-<br />

naçlo das~ntida<strong>de</strong>s<strong>ambiental</strong>istas em nlvel estadual.<br />

~m <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> discutimos n~ssa a<strong>de</strong>s50 ao movimento<br />

e a participação as manifestações e reuniões que ocorreram em<br />

510 Paulo. Levamos faixa, publicamos e distribulmos cartas aber-<br />

<strong>de</strong>fesa da Amazônia, em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> Sete Quedas, contra a corrida<br />

armamentists, pela aprovação <strong>de</strong> leglslaç50 estadual do controle


Ressalte-se, <strong>para</strong> exemplificar, o caso da guerra das Malvinas,<br />

quando fizemos um"concurso, entre os estudantes <strong>de</strong> 10. grau <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> <strong>para</strong> se apresentarem no "Quarup" que lá se realizou.<br />

Além <strong>de</strong>ssas aoões, diversas foram as publicaoões procurando esti-<br />

TODOS"~ Organizamos junto com a Pastoral Universitária, uma série<br />

<strong>de</strong> palestras junto às comunida<strong>de</strong>s eclesiais <strong>de</strong> base da igreja <strong>de</strong>


Apesar <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar o Partido Ver<strong>de</strong> inoportuno <strong>para</strong> o momen-<br />

to,acreditava-se na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>-apoio a candidatos com propos-<br />

com a luta <strong>de</strong>senvolvida por moradores <strong>de</strong> um bairro da periferia<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> (Boa Vista 11) contra a ampliação <strong>de</strong> um cemitério<br />

A reivindica9ão dos moradores motivava-se princi-<br />

palmente pelas dificulda<strong>de</strong>s que o fechamento <strong>de</strong> um terreno baldio<br />

. .<br />

ocasionaria <strong>para</strong> o trânsito das pessoas d~ uma parte do.bairro em<br />

direção ao ponto final <strong>de</strong> uma linha <strong>de</strong> .ônibus urbano e ã .escola<br />

pública local.· Também estavam indignados com o não cumprimento<br />

das promessas <strong>de</strong>.palanque - <strong>de</strong> nlo ampliação do cemitério local -<br />

pelo Prefeito e seu Vice quando candidatos aos cargos em 1976.<br />

<strong>de</strong>stinado a Praça Pública, segu~do as plantas do loteamento<br />

original.


OPOSi9ão (ex MDB, <strong>de</strong>pois PT) que passou a assessorá-los era<br />

associada da APASC e pediu o envolvimento da entida<strong>de</strong>. Formamos<br />

terreno", "que ativida<strong>de</strong>s achavam prioritárias numa pra9a", "que<br />

tipo <strong>de</strong> equipamentos coletivos", etc. Após algumas reuniões nos<br />

moradores <strong>de</strong> que a Prac;:avirasse ponto <strong>de</strong> encontro <strong>de</strong> "maconhei-<br />

ro" e <strong>de</strong> "in<strong>de</strong>cências amorosas". Quando colocávamos que um<br />

então sugeriam que ela (a Pra9a) fosse bem iluminada e davam<br />

algumas outras sugestões. Ficou claro que Pra9a Pública como<br />

.. .<br />

.do<br />

lúdico, curti9ão do coletivo, valorizac;:ãoda comunida<strong>de</strong>, era<br />

uma i<strong>de</strong>aliza9ão nossa. Já <strong>de</strong> algum tempo as pessoas, à noite,<br />

viam televisão e quando muito visitavam um parente ou amigo. Mas<br />

quando estimulados a sonhar e i<strong>de</strong>alizar, eles (os moradores)<br />

foram soltando suas idéias, que se materializaram num ante-<br />

projeto <strong>de</strong> Pra9a elaborado pelo nosso arquiteto-colaborador a<br />

partir <strong>de</strong> informac;:õesque lhe repassamos. Esse ante-projeto foi<br />

discutido em reunião geral quando alteraram-se algumas coisas(uma


<strong>de</strong>las foi a inclusão <strong>de</strong> uma cabine telefônica com chave <strong>para</strong> um<br />

telefone público - a chave ficaria com algum morador que se<br />

responsabilizaria pela sua conservação) e <strong>de</strong>cidiu-se encaminhá-lo<br />

acompanhado <strong>de</strong> um abaixo-assinado reinvidicando sua execução,<br />

<strong>para</strong> o Prefeito. vereadores e imprensa.<br />

Convocou-se uma reunião no bairro e convidou-se as<br />

autorida<strong>de</strong>s públicas e representantes <strong>de</strong> associações <strong>para</strong> discu-<br />

tirem o projeto dos moradores. Compareceram o representante do<br />

IAB. a vereadora que acompanhava a luta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio e repre-<br />

sentantes <strong>de</strong> outras duas lutas <strong>de</strong> moradores por melhorias <strong>de</strong><br />

condições dos seus bairros. O médico-diretor do Distrito Sanitá-<br />

rio mandou uma carta, justificando sua ausência e colocando-se à<br />

disposição do movimento.<br />

Após estes fatos, a polêmica ganhou dimensões<br />

maiores. O Prefeito articulou um abaixo-assinado <strong>de</strong> moradores <strong>de</strong><br />

outros bairros pedindo a ampliação do cemitério ("<strong>para</strong> que a<br />

cida<strong>de</strong> tivesse lugar on<strong>de</strong> enterrar seus mor~os"), articulou seus<br />

vereadores <strong>para</strong> aprovarem sua proposta e foi <strong>para</strong> a imprensa<br />

local apresentar seus argumentos.<br />

Os moradores compareceram em gran<strong>de</strong> número na<br />

sessão da Câmara Municipal'que iria apreciar o projeto <strong>de</strong> amplia-<br />

ção do cemitério e presenciaram a agressão verbal e fisica entre<br />

vereadores oponentes na questão. Com isso a luta ganhou espaço<br />

na maior emissora <strong>de</strong> televisão do pais, consequentemente maior<br />

espaço em toda imprensa e emissoras <strong>de</strong> rádio locais~


Em Slo Car10s, o prefeito<br />

Antonio Massei insiste<br />

na ampliaQào do cemitério<br />

local, num terreno<br />

on<strong>de</strong>, nas últimas elei-<br />

Qões, havia prometido fa~<br />

zer uma praQa arborizada.<br />

S6que os moradores<br />

preferem a praQa e por<br />

isso, no último domingo,<br />

foram lá e plantaram quatro<br />

árvo~es, que, na segunda-feira<br />

foram arrancadas<br />

pelos funcionários<br />

da Prefeitura. Indignados,<br />

os moradores preten<strong>de</strong>m<br />

fazer uma reunião no local,<br />

no pr6ximo domingo.<br />

Eles querem uma<br />

praQa: o Prefeito quer um<br />

cemitério.<br />

Parece que isso já foi<br />

tema <strong>de</strong> novela.<br />

(Painel - Folha <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

Paulo, 23/01/80).<br />

mãos. Plantaram num domingo <strong>de</strong> manhã, com faixa anun~iando o<br />

evento, brinca<strong>de</strong>iras ~ discursos, 4 árvores {dois Pau-brasil e


dois ipês amarelos) <strong>de</strong> 2 metros <strong>de</strong> altura e combinaram rediscutir<br />

os próximos passos {sobre se <strong>de</strong>viam angariar fundos <strong>para</strong> constru-<br />

ção da Praça com as próprias mãos ou se <strong>de</strong>viam continuar reivin-<br />

dicando a responsabilida<strong>de</strong> da Prefeitura. Mas o Prefeito não<br />

esperou os próximos passos. Na 2a. feira seus homens. inclusive a<br />

guarda municipal. estavam lá arrancando as árvores e fazendo<br />

ameaças. Alguns dias <strong>de</strong>pois a Prefeitura iniciou a construçào do<br />

Muro que "na calada da noite" foi <strong>de</strong>rruba.do pela popula~ào local.<br />

Nesta altura dos aconteci~entos iniciou-se ~m<br />

processo' .<strong>de</strong> intimida~ão dos moradores através da manuten


cisaram justificar as irregularida<strong>de</strong>s.Esta a~ào.ainda hoje corre<br />

na justi~a. Em <strong>de</strong>zembro/86 fomos ao F6rum <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e nos<br />

o que sabemos é que sete anos se passaram (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

inicio da a~ão popular) e nenhum dQs lados conquistou sua vitória<br />

<strong>de</strong>finitiva. O muro está lá mas os mortos não pu<strong>de</strong>ram ser enterra-<br />

dos. Os moradores ganharam na justi~a ma~ tiveram que conviver<br />

com o muro e com a insensibilida<strong>de</strong>.dos governantes, inclusive dos·<br />

atuais que, segundo informa~ões oficiosas,não constr6em aPra~a<br />

.<strong>para</strong> não dar os louros da vitória <strong>para</strong> a vereadora do PT e <strong>para</strong> o·<br />

pedreiro que 'li<strong>de</strong>rou o movimento e que em 82 foi candidato a<br />

"A Associa~ão <strong>para</strong> Prote~ão Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> -<br />

APASC está interessada em formar um grupo <strong>de</strong> Educa~ão Ambiental<br />

<strong>para</strong> atuar junto ~ comunida<strong>de</strong> no sentido do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

uma consciência ecol6gica e estimulo a participa~ão do cidadão<br />

nos <strong>de</strong>stinos da coletivida<strong>de</strong>.<br />

.Para tanto está marcando a primeira reunião das pessoas<br />

interessadas, <strong>para</strong> 4a. feira 30/11/83, às 18:30 horas na<br />

Sala Var<strong>de</strong>ci G~ma.<br />

O objetivo <strong>de</strong>sta primeira reunião é verificar interesses<br />

e programar algumas possiveis ativida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> as férias" .<br />

. tes e a popula~ão <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.Des<strong>de</strong>· .<br />

a funda~ão da APASC discu-


mos que elas só teriam real efeito se tivessem um papel educaclt<br />

nal. Além da preocupação <strong>de</strong> explorar a vertente educacional. ,<br />

todas as ativida<strong>de</strong>s, promov1amos ~alestras, publicação <strong>de</strong> J.<br />

nais, boletim, panfletos e cartazes e divulgávamos, sempre,<br />

posslvel, notas e artigos <strong>para</strong> as rádios e jornais da cida<strong>de</strong> .•<br />

sempre foram ativida<strong>de</strong>s soltas, qué assumiam o caráter <strong>de</strong> even)<br />

não propiciando um trabalho continuo junto aos grupos que pet<br />

tisse uma avaliaçào dos resultados das ações.<br />

Po<strong>de</strong>mos colocar como antece<strong>de</strong>nte da formação.<br />

grupo <strong>de</strong> Educação Ambiental - GEA,além da prê-disposiçàot<br />

APASC, a intençãÇ> <strong>de</strong>sse põs-graduando em <strong>de</strong>senvolver sua diss,<br />

tação <strong>de</strong> mestrado a partir <strong>de</strong> alguma ativida<strong>de</strong> que compatibit<br />

quisa educacional com militância ecologista) e o <strong>de</strong>scontentamet<br />

dos estudantes mais ativos com o ensino que lhes era dado, c~


cipantes do GRUPO uma circular resumindo as ativida<strong>de</strong>s já <strong>de</strong>sen-<br />

volvidas e convidando <strong>para</strong> as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> férias (Anexo). Ap6s<br />

diversas reuniões) mil idéias e 'alguns <strong>de</strong>bates sobre leituras<br />

realizadas estabelecemos as priorida<strong>de</strong>s sintetizadas na carta<br />

abaixo ~ dirigida aos participantes do Grupo:<br />

De 23 a 31 <strong>de</strong> janeiro nos encontramos quase todos<br />

os dias. Acreditamos que as idéias amadureceram um pouco mais e<br />

os rumos do trabalho adquiriram as seguintes caracteristicas:<br />

Durante o primeiro semestre <strong>de</strong>senvolveremos uma<br />

série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s voltadas <strong>para</strong> os professores e alunos da re<strong>de</strong><br />

escolar <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, tipo palestras, filmes, teatro, minicursos,<br />

"Semana do Meio Ambiente", "Um dia no Parque Ecológico',<br />

curso e concurso <strong>de</strong> fotografia: "Fotografe seu Meio Ambiente",<br />

plantio· <strong>de</strong> árvores e horta ... durante as quais sondaremos os<br />

interesses e necessida<strong>de</strong>s dos professores,· divulgaremos o Grupo<br />

<strong>de</strong> Educação Ambiental e a possibilida<strong>de</strong>· <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> extensão<br />

universitária <strong>para</strong> o segundo semestre.<br />

Paralelamente estaremos estruturando um curso e<br />

dando entrada na papelada <strong>para</strong> oficializa-lo. Até o in1cio das<br />

aulas estaremos com o levantamento das escolas e professores<br />

feito <strong>para</strong> po<strong>de</strong>rmos .<strong>de</strong>cidir "com quem vamos tr~balhar" (10. ou<br />

20. grau, diurno ou noturno) urbano ou rural, só professores ou<br />

alunos, todos ou uma amostra ...). Ao in1cio das aulas também<br />

<strong>de</strong>veremos <strong>de</strong>finir o cronograma <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s do 10. semestre.<br />

Portanto, se você tiver sugestões e já pu<strong>de</strong>r ir encaminhando-as<br />

(tipo contatar um eventual palestrante ...) é uma boa.


mos com mais <strong>de</strong>talhes. Até lã e bom final <strong>de</strong> férias. E. não se<br />

esqueçam: "Não consuma além do necessãrio",<br />

.<br />

trabalho inicial. Organizamos algumas palestras sobre Ecologia<br />

Humana e EducaQ!o; fizemos um curso·da Policia Florestal em <strong>São</strong><br />

<strong>de</strong>finiQões e elaboraQào pr6pria suprindo às buscas individuais.<br />

conforme nosf~la B~rthes em seu escrito "A Aula".Por 9utro lado.<br />

procurávamos aten<strong>de</strong>r à nossa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prãtica. <strong>de</strong> interação<br />

com a comunida<strong>de</strong>. com a vida real. dali <strong>de</strong>rivando.nosso aprendi-<br />

zado e ali efetivando nosso compromisso social <strong>de</strong> reverter a quem


A partir do inicio <strong>de</strong> março começamo~ a discutir a<br />

organização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s voltadas <strong>para</strong> os alunos <strong>de</strong> 10. e 20.<br />

grau, no Parque Ecológico <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Após diversas reuniões e<br />

conversas on<strong>de</strong> amadureceram os objetivos,metodologia e um conjun-<br />

to <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s , que pretendiamos <strong>de</strong>senvolver no Parque<br />

Ecológico, chegamos ao nome geral do projeto: "Ecologica-mente.<br />

brincando no ver<strong>de</strong>" e programamos a 'data e tarefas <strong>para</strong> viabili-<br />

zá-lo.<br />

Acompanhando as anotações das reuniões que antece-<br />

<strong>de</strong>ram ao 10. Ecologica-mente po<strong>de</strong>mos verificar que boa parte do<br />

tempo era tomada pelas discussões a respeito <strong>de</strong> quais ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>veriam ocorrer (40),' como seriam e quais os procedimentos <strong>para</strong><br />

,viabilizá-las. Das discussões organizacionais,emergiam dúvidas,<br />

<strong>de</strong>bates e esclarecimentos sobre questões <strong>de</strong> conteúdo especifico<br />

(41) e questões gerais que po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> filosóficas, do<br />

tipo: como abordar a questão dos animais presos em jaulas no<br />

Parque Ecol6gico?, somos a favor ou contra esse fato?, <strong>de</strong>vemos<br />

<strong>de</strong>senvolver competiçõe6 entre os grupos <strong>de</strong> alunos? como motivar<br />

sem cair na premiação?<br />

Em anexo transcrevemos o roteiro das tarefas que<br />

precisaram ser implementadas (discutidas e divididas em reunião)<br />

<strong>para</strong> viabilizar o 10. Ecologica-mente.<br />

A divulgação ficou por conta <strong>de</strong> um folheto mimeo-<br />

grafado com carta dirigida aos pais pedindo autorização <strong>para</strong><br />

participação do filho e cartazes nas escolas (anexo). Além disso


houve divulgação pelas rádios e jornais e por alguns professores<br />

da re<strong>de</strong> <strong>para</strong> seus alunos. As inscrições realizam-se no CDCC-<br />

CENTRO DE DIFUS~O CIENTIFICA E CULTURAL DA USP - <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.<br />

Nos dois"Ecologica-mente"o número <strong>de</strong> inscritos era<br />

<strong>de</strong> 50 alunos mas nas ativida<strong>de</strong>s compareceram pouco mais <strong>de</strong> 40. A<br />

programação <strong>de</strong>senvolvida e alguns ·textos distribuidos estão re-<br />

produzidos em anexo.<br />

Aos participantes, ao final das ativida<strong>de</strong>s, era<br />

distribuido um certificado e solicitada uma avaliação por escri-<br />

to. Aos monitores acrescentávamos duas perguntas neste pedido <strong>de</strong><br />

avalia~ão. As 'respostas que chegaram até nossas mãos são: quatro<br />

dos alunos do 10."Ecologica-mente", quatro do segundo e oito dos<br />

monitores. Acreditamos que retratam parte dos acontecimentos dos<br />

dois "ecologica-m~nte" e das discussões posteriores a eles (42).<br />

Outras opiniões foram expressas nas reuniões<br />

subsequentes e po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>tectadas pela leitura das atas/resumo<br />

<strong>de</strong>stas (Anexo). Essas atas/resumo são anotações das. reuniões<br />

feitas pelo autor <strong>de</strong>sta dissertação que eram distribuidas (foto-<br />

copiadas ou mimeografadas) aos participantes do grupo (43).<br />

Do processo <strong>de</strong> avaliação dos dois ecologica-mente<br />

e das propostas que surgiram (foram discutidas e/ou implementa-<br />

das) no periodo <strong>de</strong> maio/Junho/julho/agosto nasce <strong>para</strong> as pes-<br />

soas que permanecem no Grupo uma maior necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar a<br />

própria prática. Dai as ativida<strong>de</strong>s do 20. semestre <strong>de</strong> 84 e do 10.<br />

semestre <strong>de</strong> 85 voltarem-se <strong>para</strong> a participação, apresentação do


trabalho e dúvidas do grupo em comunicações cientIficas da CBE<br />

Conferência Brasileira <strong>de</strong> Educação (Niter6i), Encontro Estadual<br />

<strong>de</strong> EA (Sorocaba), Seminário <strong>de</strong> Ecologia da UFSCar (anexo), e<br />

tentativas <strong>de</strong> elaborar projetos <strong>de</strong> pesquisa e uma ativida<strong>de</strong> mais<br />

prática no sentido <strong>de</strong> solucionar os graves problemas do Parque<br />

Ecol6gico <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Finalizamos o 10. semestre <strong>de</strong> 85 com um<br />

Curso <strong>de</strong> Extensão Universitária sobre Educação Ambiental (anexo).<br />

A partir do ,10. semestr~ <strong>de</strong> 85,com'0 afastamento do autor <strong>de</strong>sta<br />

disserta~ão do grupo',<strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> ter o acompanhamento si~temáti~o<br />

<strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, mas temos notIcias que seus membros remanes-<br />

centes d~ntro da Oniversida<strong>de</strong> procuraram professores <strong>para</strong> orien-<br />

tarem projeto~ e cursos em educa~ào <strong>ambiental</strong> e áreas afins, e<br />

alguns, ao se formarem, foram trábalharprofissionalmente n~<br />

área.<br />

I .importante salientar que tudo o que ocorreu<br />

serviu como contribui~ão ao amadurecimento <strong>de</strong> estudantes univer-<br />

sitários em suas reflexões profissionais, existenciais e <strong>de</strong> atua-<br />

~Io conciliando teoria e prática, aprendizado e ação. Essas<br />

reflexões ocorrem em ativida<strong>de</strong>s auto gestionárias que procuram<br />

introduzir a relação com a comunida<strong>de</strong> mais abrangente como um<br />

componente fundamental na formação do Universitário e que siste-<br />

maticamente tem permanecido ausente das disciplinas nas faculda-<br />

<strong>de</strong>s e da vida universitária oficial em geral.<br />

Alguns 'indIcios <strong>de</strong>ssa reflexão po<strong>de</strong>m ser retidos<br />

da leitura <strong>de</strong> alguns escritos, correspondências e resumo das<br />

comunica~ões cientIficas dos participantes do GRUPO, nos anexos,<br />

e no fato <strong>de</strong> muitos dos participantes dos grupos estarem


No 20. semestre <strong>de</strong> 1984 come~amos a discutir nas<br />

reuniões da APASC e em conversas informais, a inten~ão do pro-<br />

.Objetivava-se a manuten~ão do espa~o e praticar os<br />

i<strong>de</strong>ais da APASC<strong>de</strong> auto-gestão e cooperativismo na manuten~ão e<br />

da idéia, alguns cálculos e aglutina~ão das pessoas mais interes-<br />

sadas,"redigimos o manifesto abaixo <strong>para</strong> ter uma NOCAO <strong>de</strong> quantas<br />

A APASC - Associa~ão <strong>para</strong> Prote~ão Ambiental <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, está interessada em unir pessoas que possam se interessar<br />

por comprá-lo e, acima <strong>de</strong> 'tudo, pessoas interessadas em<br />

aproveitar esta oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> uma experiência comunitária<br />

nova que sirva <strong>de</strong> perspectiva <strong>para</strong> outras ativida<strong>de</strong>s conjuntas<br />

que todos n6s i<strong>de</strong>alizamos mas que se inviabilizam por, <strong>de</strong>ntre<br />

outros motivos, impossibilida<strong>de</strong>s financeiras individuais.<br />

.<br />

Acreditamos que o "Mamãe Natureza U<br />

constitui-se em


op~ão <strong>de</strong> a1imenta~ão <strong>para</strong> os naturalistas e simpatizantes <strong>de</strong><br />

alternativas alimentares mais integrais e sadias. Além disso é um<br />

ponto <strong>de</strong> encontro e troca <strong>de</strong> idéias e, enfim, a<strong>de</strong>qua-se aos<br />

.objetivos da APASC relacionados à me1horia da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Frisamos que o maior objetivo <strong>de</strong>sta iniciativa é<br />

unir pessoas que não visem lucros individuais, mas que <strong>de</strong>sejem<br />

gerir o local on<strong>de</strong> fazem suas refei~ões ou que <strong>de</strong>sejem uma experiência<br />

organizacional nova, que possa viabi1izar outras ativida<strong>de</strong>s<br />

que o grupo consi<strong>de</strong>re relevantes.<br />

Se você <strong>de</strong>seja ser participante <strong>de</strong>stas idéias<br />

expomos, a seguir a forma <strong>de</strong> viabi11zá-las:<br />

1. O valor da compra é <strong>de</strong> Cr$ 4.000.000,00, que será dividido em<br />

cotas-parte <strong>de</strong> Cr$ 100.000,00 cada, sendo necessário pelo menos<br />

quarenta cotas <strong>para</strong> efetuar a compra.<br />

'2. Se você adquirir uma cota,. autómaticamente se constituirá em<br />

membro <strong>de</strong>sse grupo <strong>de</strong> trabalho da APASC que terá total soberania<br />

sobre as <strong>de</strong>cisões referentes aos <strong>de</strong>stinos do restaurante. Você<br />

terá direito a participar e votar nas <strong>de</strong>cisões em conjunto com os<br />

<strong>de</strong>mais participantes do grupo. Cabe ao grupo manter a diretoria<br />

da APASC informada sobre suas ativida<strong>de</strong>s e em caso <strong>de</strong> .conflito<br />

entre as ativida<strong>de</strong>s do grupo e os objetivos da APASC uma assembléia<br />

geral <strong>de</strong> todos os associados da APASC <strong>de</strong>cidirá o que <strong>de</strong>ve<br />

ser feito.<br />

Ressalte-se que o grupo terá autonomia <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />

<strong>de</strong> ser um grupo da APASC e passar a ter outra constituiQão jur1dica<br />

(cooperativa,' SA, Ltda, etc.), sendo que esta <strong>de</strong>cisão com-<br />

.pete exclusivamente aos membros (do grupo).<br />

3. Após o capital inicial investido ser ressarcido, espera-se que<br />

as pessoas mantenham-se, enquanto grupo, utilizando-se das eventuais<br />

sobras financeiras <strong>para</strong>viabilizar outras idéias<br />

comunitárias que julguem relevantes.<br />

4. Cada pessoa po<strong>de</strong>rá comprar uma ou mais cotas-parte <strong>de</strong> Cr$<br />

100.000,00. O pagamento po<strong>de</strong>rá ser à vista (Cr$ 100.000,00) até<br />

10/01/84 ou em quatro cheques mensais <strong>de</strong> Cr$ 30.000,00 cada, à<br />

partir <strong>de</strong> 28/01/84 atO 28/04/84, quando estaremos assumindo o<br />

controle do Mamãe Natureza.<br />

5. O seu dinheiro será ressarcido da seguinte forma:<br />

a) quatro vales-refei~ão* por mês durante <strong>de</strong>z meses, a partir <strong>de</strong><br />

1984 até março <strong>de</strong> 1985., correspon<strong>de</strong>ndo a 40% da cota. Os vales<br />

não são nominais, po<strong>de</strong>ndo ser repassados. O próprio aumento do<br />

preço da refeição garantirá o reajuste do valor inicial do dinheiro.<br />

b) os 60% da cota, equivalente~ a 8,56 ORTN, serão <strong>de</strong>volvidos em<br />

3 partes: a primeira e~ 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1984, a segunda em 28<br />

.<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1985 e a terceira em 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1985, corrigi-


dos pela corre~ão monetãria mais 0.5% <strong>de</strong> juros ao mês. tal qual<br />

uma ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong> poupan~a.<br />

Este esquema garante uma boa margem<br />

(reserva <strong>de</strong> dinheiro) <strong>para</strong> possiveis gastos extras.<br />

parte <strong>de</strong>sta margem po<strong>de</strong>rá ser utilizada <strong>para</strong> um<br />

mais rápido das cotas.<br />

<strong>de</strong> seguran~a<br />

Eventualmente<br />

ressarcimento<br />

A proposta - esperamos que esteja clara'- é:<br />

- concretizar idéias que estão na cabeça das pessoas e que são<br />

inviáveis <strong>para</strong> iniciativas individuais;<br />

- aplicar o dinheiro <strong>de</strong> cada um. com a certeza <strong>de</strong> que será <strong>de</strong>vidamente<br />

ressarcido. <strong>para</strong> incentivar idéias e iniciativas<br />

comunitárias;<br />

- fortalecer a APASC nos utilizando <strong>de</strong>la <strong>para</strong> le~ar adiante um<br />

i<strong>de</strong>al contido no movimento ecológico: aumentar a autonomia dos<br />

cidadãos diante do Estado e das Gran<strong>de</strong>s Empresas.'<br />

Nome:<br />

En<strong>de</strong>re~o:<br />

Assinatura:<br />

Forma <strong>de</strong> Pagamento:<br />

* Uma refei~ão é composta <strong>de</strong> uma salada. uma torta ou equivalente<br />

{prato principal)'e um suco.


eclama~ão sobre a pouca participação dos associados. Os outros<br />

i<strong>de</strong>ais foram sistematicamente colocados em segundo plano. Pelas<br />

duas circulares aos cooperados, transcritas abaixo, po<strong>de</strong>mos sen-<br />

tir'em torno do que giravam as reuniões:<br />

Em 7/11/84 foi reaIizada uma reunião no Mamãe<br />

Natureza a qual compareceram apenas 9 cotistas. Não se sentindo à<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>para</strong> tomar <strong>de</strong>cisões importantes, os cotistas presentes<br />

discutiram os problemas, propuseram algumas alternativas e marcou-se<br />

uma nova reunião <strong>para</strong> o dia 5/12/84.<br />

Os principais problemas ,apresentados foram:<br />

1) Até o momento, as receitas do restaurante foram suficientes<br />

apenas <strong>para</strong> cobrir as <strong>de</strong>spesas, o pagamento da Fátima e os valesrefeição.<br />

Mesmo acabando <strong>de</strong> pagar a Fátima, com o aumento das<br />

<strong>de</strong>spesas do final do ano. não sobrará dinheiro <strong>para</strong> o<br />

ressarcimento dos cotistas (a primeira parcela vence em <strong>de</strong>zembro),<br />

será necessário, portanto, adiar o pagamento <strong>de</strong>sta parcela.<br />

2) Se as condi~ões do Mamãe Natureza se mantiverem. não se sabe<br />

quando será possivel o pagamento das primeiras parcelas a06<br />

cotistas.<br />

Tendo em vista esses problemas, foram pensadas<br />

algumas sugestões:<br />

1) ComeQar a servir almoços aos domingos. Para verificar a viabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ssa alternativa, preparou-se um "almo~o-festa" com cardápio<br />

fixo e pre~o fixo <strong>para</strong> o dia 5/11, domingo.<br />

2) Passar a servir jantar.<br />

3) Passar a ven<strong>de</strong>r marmitas ou kentinhas no jantar.<br />

4) Fazer propaganda.<br />

A fim <strong>de</strong> facilitar a escolha <strong>de</strong> alternativas, são<br />

divulgados aqui Os resultados <strong>de</strong> um estudo realizado pelo Alceu<br />

(cotista). No periodo <strong>de</strong> 18/7,a 17/8, <strong>de</strong>spesas: 1.750.850.70<br />

(incluindo pagamento <strong>para</strong> Fátima <strong>de</strong> 132.546,70).<br />

Receitas: 1.750.388,00.<br />

Custos: (do mesmo periodo)<br />

Custos diretos (alimentos .<br />

Custos indiretos variáveis .<br />

(gás, água, propaganda, adm. e manut.)<br />

875.716,00<br />

132.716,00<br />

Custos fixos '................ 680.500,00<br />

(salários, aluguel, <strong>de</strong>preciaQào, esc.cont.)<br />

~ total<br />

51,8<br />

7',9<br />

Está claro,' portanto, a inviabilida<strong>de</strong> do pagamento<br />

da parcela <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro aos cotistas (2.091.000,00).<br />

Outros dados importantes:<br />

Margem <strong>de</strong> retorno sobre.custo direto (PreQo _·custo direto):<br />

·Torta <strong>de</strong> Frango 106,3 ~


Lazanha <strong>de</strong> Beringela .<br />

Salada <strong>de</strong> Legumes com Ricota .<br />

Suco <strong>de</strong> Laranja .<br />

Sandulche <strong>de</strong> Pasta <strong>de</strong> Frango .<br />

179,2 %<br />

110,1 %<br />

220,0 %<br />

77,1 %<br />

Pratos que oferecem mais lucro.<br />

Os sucos em geral oferecem margens altas, (informação<br />

não comprovada). Os sanduiches, oferecidos à tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vem<br />

ser incentivados ou suspensos - a média <strong>de</strong> venda é <strong>de</strong> 6 por dia,<br />

o que não justifica o funcionamento até as 19 horas.<br />

Para discutir esses problemas foi marcada outra<br />

reunião <strong>de</strong> cotistas.<br />

Dia 5/12/84 - quarta-feira às 20 horas no Mamãe<br />

A Mamãe quer conversar com você.'<br />

Como tem havido pouca participação nas reuniões na<br />

casa da Mamãe, é.necessário explicar que estivemos atrasados com<br />

o.pagamento da primeira parcela, por <strong>de</strong>cisão das reuniões realizadas<br />

neste periodo, em vista <strong>de</strong> mudanças na casa e <strong>de</strong>corrente<br />

impossibilida<strong>de</strong> financeira.<br />

Para' que a Mamãe possa ressarcir~nos, resolvemos<br />

criar uma opção, viabilizando a <strong>de</strong>volução do empréstimo <strong>de</strong> forma<br />

benéfica <strong>para</strong> a Mamãe,sem prejuizo <strong>para</strong> os cooperativados.<br />

O primeiro terço da <strong>de</strong>volução po<strong>de</strong>rã ser retirado<br />

tanto em dinheiro quanto em vales-refeiçào (em número <strong>de</strong> 20<br />

vales).<br />

A opção dos vales, além <strong>de</strong> favorecer o cooperativado<br />

(uma vez que o dinheiro continua valorizando, à medida que<br />

sobe o preço da comida) é um investimento na própria Mamãe, que<br />

virá em beneficio <strong>de</strong> todos (ainda temos duas parcelas <strong>para</strong> receber).<br />

Em contrapartida,. a opção do recebimento em dinheiro<br />

continua válida, mas não beneficia a Mamãe diminuindo seu<br />

capital <strong>de</strong> giro. De qualquer forma, a opçào <strong>de</strong>verá ser feita individualmente<br />

e informada à Mamãe, à partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> junho ( data<br />

<strong>para</strong> cálculo da ORTN e inicio do ressarcimento), entre meio d~a e<br />

uma hora da tar<strong>de</strong>.<br />

A Mamãe continua 'precisando da participação <strong>de</strong><br />

. todos nas reuniões que acontecem toda segunda quarta-feira do


mês, às 20 horas.<br />

Cooperative!<br />

Um abra~o.<br />

5 <strong>de</strong> junho - Dia Mundial do Meio Ambiente.<br />

Preserve a Mamãe e a Natureza.<br />

Apesar das dificulda<strong>de</strong>s administrativas (troca <strong>de</strong><br />

gerente, falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>dica~ão dos cooperados no sentido da OTIMI-<br />

ZACAO financeira e discussão <strong>de</strong> novas propostas. falta <strong>de</strong> 8sses-<br />

soria e acompanhamento aos funcio~ários. etc.) o Mamãe sobrevi-<br />

veu, reembolsou os cooperados (parte em vale-refei~ões, parte em<br />

lu~ão, que por ·via das dúvidas é mantida em poupan~a, <strong>para</strong> quando<br />

se dispuserem a isso) e passou a dar lucro mensal. Por <strong>de</strong>libera~ão<br />

B justamente por ter se tornado uma das principais<br />

fontes '<strong>de</strong> recursos financeiros <strong>para</strong> manuten~ão da entida<strong>de</strong> (paga-<br />

Não conseguimos re-lnvestir na amplla~ão <strong>de</strong> espa~os alternativos<br />

(agricultura orgânica~ espa~os culturais. etc.). A qualida<strong>de</strong> da<br />

comida em algumas épocas reduziu-se e" as rela~ões trabalhistas


fontes alternativas <strong>para</strong> sobrevivência das entida<strong>de</strong>s não-governa-<br />

mentais que viabilizem sua autonomia politlca.<br />

Abaixo transcrevemos um artigo sobre o Mamãe,<br />

publicado em "O Ver<strong>de</strong>" <strong>de</strong> jan/abril <strong>de</strong> 88,que <strong>de</strong>screve as etapas<br />

O Mamãe Natureza mudou. Agora<br />

ás refeições estão sendo servidas<br />

--'-. -junto ao prédio do DCE (antigo Maneco)<br />

na rua Dona Alexandrina. A entrada<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. fica ao lado da<br />

entrada do DCE. O lugar ainda precisa<br />

ser reformado. e já estamos agindo<br />

<strong>para</strong> que isto ocorra o mais rápido<br />

posslvel. Preten<strong>de</strong>mos pintar a<br />

entrada e a área ocupada pelo restaurante.<br />

Dar uma trabalhada no<br />

jardim. que é muito bonito e cobrir<br />

uma parte. hoje aberta ao tempo. Se<br />

por um lado resta muito que ser<br />

feito. por outro estamos convencidos<br />

da conveniência<br />

lugar, <strong>de</strong>pois<br />

muito legal.<br />

<strong>de</strong> fazê-lo<br />

<strong>de</strong> cuidado<br />

pois o<br />

ficará<br />

A mudança do Mamãe Natureza não<br />

foi só <strong>de</strong> local. Fizemos um convênio<br />

com o DCE da Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> sorte que<br />

nos tornamos sócios neste empreendi-


mento. Assim, o DCE entrou com o<br />

espa~o (que estava ocioso) e nós com<br />

a estrutura do Mamãe. Os estudantes<br />

da UFSCar, com carteirinha, terão<br />

<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 10% e em breve, passaremos<br />

a servir almo~o aos domingos,<br />

oferecendo mais uma opção <strong>de</strong> refeição.<br />

Outra mudança ocorrida foi na<br />

estrutura da cozinha. A Fátima<br />

(super Fátima), antiga dona, está<br />

dando a maior força,· orientando o<br />

pessoal no preparo dos pratos, na<br />

maneira <strong>de</strong> servir, fazer suco,<br />

etc ... ~ambêm temos uma gerente nova<br />

(Dê), uma cozinheira (D. A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong>) e<br />

uma ajudante nova. Tudo isso <strong>para</strong><br />

ganhar novo impulso,' reoxigenar o<br />

Mamãe, que tanto contribui <strong>para</strong> a<br />

sobrevivência da APASC.<br />

Alêm <strong>de</strong> oferecer uma opção <strong>de</strong><br />

refeição bastante saudável.<br />

A Van<strong>de</strong>rly, antiga gerente,<br />

está montando o seu próprio restaurante,<br />

em frente ao antigo Mamãe.<br />

Desejamos-lhe sucesso.<br />

Convidamos todos os sócios ·da<br />

APASC (que tambêm têm <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong><br />

10% apresentando a nova carteirinha)<br />

pará conhecerem a nova casa do Mamãe<br />

e nos darem sua opinião. Esperamos<br />

que todos estes esforços sejam revertidos<br />

em alimenta~ão saudável, a<br />

preço acess1vel, em ambiente agradável<br />

e com espirito coletivo. Alternativo.<br />

Bom apetite.<br />

A propósito:<br />

Os cotistas do Mamãe quesão os<br />

maiores responsáveis por termos,<br />

ainda hoje, o negócio <strong>de</strong> pé, mostrando<br />

que a iniciativa cooperada<br />

po<strong>de</strong> dar resultado, que ainda não<br />

foram reembolsados, <strong>de</strong>vem procurar a<br />

APASC. Na reunião ou no entreposto<br />

do Paulo Mancini.


Quando um <strong>de</strong>ntista <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> procurou a APASC<br />

<strong>para</strong> solicitar auxilio na implementação <strong>de</strong> suas propostas <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong> em <strong>de</strong>fesa da Represa do Lobo,conhecida na região por<br />

BRaA, ali encontrou a boa vonta<strong>de</strong> do então secretário da APASC e<br />

uma pequena estrutura burocrática - a organizaçao APASC,papéis<br />

timbrados,uma secretária, pouquissimos recursos financeiros mas<br />

que serviam <strong>para</strong> cobrir necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fotocópias <strong>de</strong> documentos<br />

e correspondências.Este pequeno apoio <strong>de</strong>sempenhou o papel <strong>de</strong><br />

incentivá-lo a ir adiante em sua luta, sem nenhuma restrição <strong>para</strong><br />

que usasse a APASC da forma que melhor lhe aprouvesse. Vários<br />

foram os contatos com prefeitos e politicos das cida<strong>de</strong>s da re-<br />

gião,do BRaA, CaNSEMA, Policia Florestal, moradores e proprietá-<br />

rios da região, até que se veio a sentir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> am-<br />

pliação do movimento trazendo novas pessoas <strong>para</strong> o trabalho numa<br />

estrutura formal <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>.<br />

No dia 30/09 <strong>de</strong> 1981, nas <strong>de</strong>pendências do SENAC.<br />

forma-se o Núcleo <strong>de</strong> Proteção ao BRaA com "a finalida<strong>de</strong> primeira<br />

<strong>de</strong> <strong>proteção</strong> ã Represa do Lobo. Será um Núcleo da APASC com total<br />

autonomia <strong>de</strong> atuação, que estará estudando as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

se constituir enquanto entida<strong>de</strong> autônoma". Compareceram em torno<br />

<strong>de</strong> 50 pessoas, formou-se uma coor<strong>de</strong>nação provisória do núcleo.<br />

tendo o mencionado <strong>de</strong>ntista como presi<strong>de</strong>nte. No transcorrer <strong>de</strong>sta<br />

reunião,manifestava-se <strong>de</strong> forma perceptlvel a existência <strong>de</strong> uma<br />

diferença nas caracteristicas,expectativas,perspectivas <strong>para</strong> o<br />

futuro e estratégias preconizadas <strong>de</strong> atuação, entre os associados<br />

. da APASC e seus diretores <strong>de</strong> então e os interessados que se


·<br />

mente APREL) <strong>para</strong> nova associação.Em seus seis anos <strong>de</strong> existên-<br />

cia,a APREL tem prestado inúmeros e relevantes serviços à comuni-<br />

da<strong>de</strong> e sempre ~em apoi~do a APASC em suas lutas e vice versa tem<br />

contado com o apoio da APASC <strong>para</strong> suas campanhas.<br />

grupo. Ela po<strong>de</strong> ser atribuida também à percepção <strong>de</strong> que havendo<br />

dois espaços institucionais havia maior possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agluti-


da<strong>de</strong>do presi<strong>de</strong>nte da APASC e, em conversas informais,<strong>de</strong>monstran-<br />

odo-sereceptivo a nossa antiga aBpira~ão, sentimos 8S condições<br />

amadurecidas <strong>para</strong> viabilizarmos o Programa. Debatemos o assunto<br />

em reunião e procuramos pessoas que pu<strong>de</strong>ssem auxiliar nessa<br />

tarefa.Marcamos a primeira reunião já <strong>para</strong> iniciarmos a gravaçao<br />

dosprogramas, pois estávamos cansados <strong>de</strong> planejar e acreditáva-<br />

mosque na medida em que trabalhássemos a idéia em si procurando<br />

concretizá-Ia, as dúvidas burocráticas e organizacionais iriam se<br />

dirimindo. Dito e feito. Escolhemos a programação, o nome do<br />

programa, a vinheta, o tempo <strong>de</strong> duração, quem falava o quê.<br />

dividimos tarefas sobre o conteúdo dos primeiros programas e<br />

fomos conversar com o diretor da Rádio sobre as primeiras idéias<br />

do grupo. Não foi tão fácil assim. Fomos percebendo que o espaço<br />

não seria cedido gratuitamente mas alugado, portanto precisávamos<br />

<strong>de</strong> patrocinadores. Depois <strong>de</strong>scobrimos que o tempo que disporiamos<br />

seria <strong>de</strong> apenas <strong>de</strong> cinco minutos. três vezes por semana. Logo em<br />

seguida percebemos que era um tempo suficiente face às<br />

caracterlsticas <strong>de</strong> voluntarismo e <strong>de</strong> pouca (ou nenhuma) experiên-<br />

cia com rádio dos participantes e,ao perfil dos ouvintes daquela<br />

emissora no horário em questão.<br />

Após as primeiras conversas. ensaios, encaminha-<br />

mentos, arrumamos os patrocinadores e fomos fazer um teste na<br />

rádio. Os programas foram levados ao ar todas as 2as.. 4as. e<br />

6as. feiras às 13 horas, por cinco minutos ou um pouco mais.<br />

Começava com uma introduçao musical("marcha turca"<strong>de</strong> Mozart).os<br />

ouvintes eram cumprimentados e passava-se ao anúncio dos patroci-<br />

nadores. Depois, em cada programa, tratávamos um assunto. através


o <strong>de</strong>r<br />

diversas publica~õeB e jornaie que chegavam até a se<strong>de</strong> da APASC.<br />

receber dos patrocinadores. levar as pessoas <strong>para</strong> gravarem os<br />

programas etc. Enfim, após alguns meses. as pessoas do grupo<br />

original, uma após a outra. foram se afastando e <strong>de</strong>ixando <strong>para</strong><br />

ela quase todas as responsabilida<strong>de</strong>s. só colaborando na grava~ão<br />

<strong>de</strong> um ou outro programa. Procuramos formar um novo grupo <strong>para</strong><br />

auxiliá-la na redação e na produção dos programas.Convidamos<br />

alunos do curso <strong>de</strong> Biologia da UF5Car e os amigos interessados a<br />

colaborar.Dois estudantes passaram a fazer parte da equipe do<br />

programa mas logo se afastaram e 'foram substituidos por outros<br />

dois estudantes <strong>de</strong> Biologia.<br />

'Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 84, durante o 10. Encontro Estadual<br />

<strong>de</strong> EducaQão Ambiental (Sorocaba) e,em julho <strong>de</strong> 86. durante a<br />

Reunião Anual da SBPC (Curitiba),apresentou-se um relato dos<br />

objetivos e ativi~a<strong>de</strong>s do programa. Anexo apresentamos um resumo<br />

<strong>de</strong>ssa comunica~ão o Em termos <strong>de</strong> "feed-back", tinhamos os telefo-<br />

nemas dos ouvintes atrás dos brin<strong>de</strong>s sorteados. alguns (raros)<br />

telefo~emas espontâneos <strong>para</strong> a Rádio Progresso pedindo a repe-<br />

ti~ão <strong>de</strong> alguma receita ou en<strong>de</strong>reço e algumas (mais raras ainda)<br />

cartas <strong>de</strong> ouvintes. Fora esse retorno,tinhamos os amigos (poucos)<br />

que ouviam e elogiavam e alguns conhecidos ou <strong>de</strong>sconhecidos que<br />

perguntavam se éramos nós que estávamos "falando no rádio" - como<br />

foi o caso <strong>de</strong> um caixa <strong>de</strong> Banco que ao ouvir a voz <strong>de</strong> um dos<br />

membros do grupo, perguntou se não era ele que falava <strong>de</strong> vez em<br />

quando na rádio em um programa o ••<br />

Em 1985, sentindo-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não se per-<br />

mais tempo correndo atrás <strong>de</strong> patrocinadores. <strong>de</strong> se ter uma


equipe <strong>de</strong> programaQão fixa e <strong>de</strong> se valorizar aca<strong>de</strong>micamente e<br />

se estimular o trabalho dos estudantes e profissionais<br />

envolvidos, solicitou-se um convênio com a UFSCar <strong>para</strong> que ela<br />

assumisse os gastos com o Programa e <strong>de</strong>sse bolsas <strong>de</strong> monitoria<br />

aos estudantes envolvidos. A proposta <strong>de</strong> convênio começou a<br />

tramitar em julho <strong>de</strong> 85, foi efetivamente assinado em principio<br />

<strong>de</strong> 86, sendo que os estagiários e.a rádio s6 começaram a receber<br />

em outubro <strong>de</strong> 86.<br />

Em abril <strong>de</strong> 87, os programas foram interrompidos<br />

por falta <strong>de</strong> pagamento e até março <strong>de</strong> 88 nenhuma solução havia<br />

sido dada <strong>para</strong> reviver·o "Vida Natural".<br />

<strong>de</strong>sta experiência.<br />

Algumas consi<strong>de</strong>ra~ões po<strong>de</strong>m ser esboçadas a partir<br />

- O significado positivo do convênio entre a APASC<br />

e.a Universida<strong>de</strong> referendando avan~os ocorridos na prática (inte-<br />

ra~ão Universida<strong>de</strong>/APASC, comunida<strong>de</strong>/estUdante) e como mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>para</strong> outras propostas semelhantes - pela APASC e outras entida<strong>de</strong>s<br />

da socieda<strong>de</strong> civil e pelas Universida<strong>de</strong>s e outras in6titui~ões<br />

realmente preocupadas com o fortalecimento da socieda<strong>de</strong> civil e<br />

movimento ecológico<br />

Neste fato significativo <strong>de</strong> um avanço do movimen-<br />

to e das instituições, está um dos motivos mais fortes <strong>para</strong> o<br />

<strong>de</strong>clinio do grupo da Rádio pois,ao. estabelecer-se o vinculo com a<br />

Universida<strong>de</strong>,as pessoas que tocavam a parte financeira do progra-<br />

ma (diretoria da APASC) <strong>de</strong>spreocu<strong>para</strong>m-se em buscar as migalhas<br />

dos patrocinadores e as pessoas que faziam o programa alienaram-


se da totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores que interferiam na concretização do<br />

mesmo.<br />

- A pouca interação entre a diretoria da APASC (e<br />

as reuniões gerais) e os membros do grupo <strong>de</strong> trabalho.<br />

- A centralização das responsabilida<strong>de</strong>s do progra-<br />

ma em uma única peS60a, gerando muita <strong>de</strong>pendência do grupo.<br />

burocráticos da Universida<strong>de</strong>.<br />

- A falta <strong>de</strong> experiência do grupo com os trâmites<br />

- As dificulda<strong>de</strong>s inerentes à contraposição <strong>de</strong> um<br />

trabalho voluntário, educativo e voltado <strong>para</strong> o bem comum, veicu-<br />

lado através <strong>de</strong> uma emissora que visa lucros, cobra por minuto <strong>de</strong><br />

programação e ainda censura "falas" que possam significar perigo<br />

ao favor que o governo lhes conce<strong>de</strong>.<br />

Com a difusão <strong>de</strong> rádios alternativas (piratas),<br />

acreditamos que se ampliarão os canais <strong>de</strong> comunicação dos grupos<br />

ecológicos em Assis, os participantes do "Grupo Ecológico"<br />

foram os maiores entusiastas da idéia <strong>de</strong> se fazer uma "vaquinha"<br />

que possibilitou a compra <strong>de</strong> uma rádio e <strong>de</strong>verá lavá-Ia ao ar<br />

ainda neste ano <strong>de</strong> 88. Se os constituintes forem sensiveis à<br />

reivindicação da legalização <strong>de</strong> uma faixa no dial das Rádios,<br />

<strong>de</strong>stinada às emissoras livres (ligadas a entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong><br />

civil, sem fins lucrativos)será facilitada a radiodifusão <strong>de</strong><br />

mensagens dirigidas a jovens, alternativos e participantes <strong>de</strong><br />

movimentos sociais que encontram obstáculos <strong>para</strong> comunicar suas<br />

idéias,advindas da burocracia oficial apaniguada com o po<strong>de</strong>r<br />

'economico e das várias formas <strong>de</strong> manifestação da censura.Na


campanha das "Diretas já!" a APASC não po<strong>de</strong> veicular um texto com<br />

a posi~ão assumida por ela e pelo grupo da Rádio (anexo).<br />

Se os constituintes mantiverem o atual esquema<br />

centralizado e autoritário <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> canais radiofônicos.<br />

acreditamos que, por um lado serão ampliadas as rádios piratas e<br />

por outro lado, em fun~ão da <strong>de</strong>manda da socieda<strong>de</strong> por informacões<br />

sobre a questão ecológica, as próprias rádios <strong>de</strong>verão ir abrindo<br />

espacos <strong>para</strong> esse tipo <strong>de</strong> programacão, porém sob controle dos<br />

seus dirigentes <strong>de</strong> forma a não comprometer o privilégio <strong>de</strong><br />

concessão da estação <strong>de</strong> rádio.<br />

Aqui po<strong>de</strong>mos abrir uma outra polêmica sobre até<br />

que ponto o"Vida Natural"contribuiu <strong>para</strong> mudanças <strong>de</strong> atitl.1<strong>de</strong>sda<br />

popula~ão em rel~ção à questão ecológica e à reflexão sobre as<br />

causas dos problemas ambientais e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida apontando<br />

<strong>para</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transforma~ões soclais.Ou.se ao contrário.<br />

fez com que a~ pessoas se sentissem reconfortadas e mais orgulho-<br />

sas <strong>de</strong> sua cida<strong>de</strong> por terem um programa <strong>de</strong> ecologia e um motivo a<br />

mais <strong>para</strong> sintonizar na"Progresso AM". Acreditamos que a resposta<br />

sobre esta questão aponta <strong>para</strong> a existência <strong>de</strong> um <strong>de</strong>licado equi-<br />

11brio <strong>de</strong> forcas,um jogo pol1tico no qual cada parte faz conces-<br />

sões, procurando aproveitar ao máximo seus espaços. A rádio, além<br />

<strong>de</strong> receber o aluguel, cumpre a lei que a obriga a um m1nimo <strong>de</strong><br />

minutos <strong>de</strong> mensagem educativa, e beneficia-se,fortalecendo sua<br />

boa imagem junto a um setor da popula~ão sensivel a este tipo <strong>de</strong><br />

mensagem. A APASC divulga-se e procura difundir-se junto à popu-<br />

la~ão tornando-a receptiva a outras mensagens. lutas e campanhas<br />

. que a entida<strong>de</strong> venha vincular, além <strong>de</strong> conseguir avanços educa-


cionais reformistas em questões relacionadas à alimentação, difu-<br />

são <strong>de</strong> tecnologias alternativas, sensibilida<strong>de</strong> à questão ecol6gi-<br />

No' final do ano <strong>de</strong> 1978, a APASC iniciou seu<br />

envolvimento com a favela do Cruzeiro do Sul, discutindo em<br />

algumas reuniões <strong>de</strong> diretoria sobre o porquê e como uma associação<br />

<strong>para</strong> <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong> <strong>de</strong>veria atuar nos inúmeros problemas<br />

<strong>de</strong> uma favela.<br />

Haviamos sido <strong>de</strong>spertados <strong>para</strong> o problema pela<br />

imprensa local que publicava <strong>de</strong>núncias <strong>de</strong> alguns vereadores sobre<br />

o fato <strong>de</strong> o vice-prefeito ter orientado (com finalida<strong>de</strong>s eleitoreiras)<br />

algumas famllias que não tinham on<strong>de</strong> morar a se instalarem<br />

em uma área <strong>de</strong>stinada a praça pública.<br />

Uma comissão <strong>de</strong> associados foi ao local averiguar<br />

a <strong>de</strong>núncia e se <strong>de</strong>parou com algo ainda mais grave do que a<br />

atitu<strong>de</strong> reprovável do vice-prefeito <strong>de</strong> orientar familias a ocuparem<br />

uma área <strong>de</strong>stinada a praça pública (área <strong>de</strong> uso comum que<br />

pertence a todos os cidadãos e sobre a qual somente os vereadores<br />

têm direito <strong>de</strong> mudar a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso) que era a precária<br />

condição <strong>de</strong> vida no local, o que na mesma época, era <strong>de</strong>nunciado<br />

pelas visitadoras sanitárias do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

Concluimos então que uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Proteção<br />

Ambiental que tem como um dos seus objetivos "contribuir <strong>para</strong> que<br />

o homem tenha melhores condições <strong>de</strong> vida, buscando um<br />

relacionamento harmônico com o meio ambiente", não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar


<strong>de</strong> apresentar BolúcõeB <strong>para</strong> tão grave problema.<br />

<strong>de</strong>veriamoB ter bem claro as implicações po11ticas que<br />

questionamento aprofundado das causas do problema bem<br />

nosso envolvimento com outras entida<strong>de</strong>s, instituições<br />

pr6pria comunida<strong>de</strong> favelada.<br />

Contudo,<br />

tinha o<br />

como <strong>de</strong><br />

e com a<br />

Na ocasião, pon<strong>de</strong>ramos sobre todos esses pontos<br />

nas reuniões gerais das sextas-feiras no SENAC, e conclu1mos pela<br />

atuação <strong>de</strong>ntro da perspectiva <strong>de</strong> nossa proposta <strong>de</strong> sócio, sintetizada<br />

na frase <strong>de</strong> "Péricles" que diz sobre a participação do<br />

cidadão na resolução dos problemas da comunida<strong>de</strong>.<br />

E é como temos atuado até agora e preten<strong>de</strong>mos<br />

continuar atuando: incentivando a participação organizada dos<br />

favelados na resolução dos seus problemas e tanto n6s como as<br />

<strong>de</strong>mais entida<strong>de</strong>s envolvidas procurando dar o apoio que eles<br />

pedirem.<br />

Ap6s os primeiros contatos e reuniões, iniciou-se<br />

a participação mais efetiva.<br />

No inicio <strong>de</strong> 1979, o DAS - Departamento <strong>de</strong> Assistência<br />

Social da Prefeitura Municipal, convocou uma reunião <strong>de</strong><br />

todas as entida<strong>de</strong>s interessadas em apresentar soluções ao problema.<br />

Estas entida<strong>de</strong>s, através <strong>de</strong> um <strong>de</strong>creto-lei municipal,<br />

tornaram-se uma Comissão da cida<strong>de</strong> voltada <strong>para</strong> a apresentação<br />

<strong>de</strong> soluções.aos problemas da Favela em questão.<br />

As primeiras reuniões <strong>de</strong>ssa Comissão concluiram<br />

pela importância <strong>de</strong> uma pesquisa que propiciasse um melhor conhecimento<br />

da realida<strong>de</strong> do local e dos moradores.<br />

A partir <strong>de</strong>ste momento,a APASC <strong>de</strong>monstrou que<br />

realmente pretendia trabalhar. Elaboramos um questionário que,<br />

aprovado pela Comissão <strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s, foi aplicado na semana<br />

seguinte, quando cerca <strong>de</strong> 60 pessoas auxiliaram no trabalho.<br />

Apesar da boa vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas pessoas,sentimos que o fato foi<br />

negativo pois caracterizou-se como uma verda<strong>de</strong>ira invasão da<br />

favela, não permitindo que os favelados se sentissem à vonta<strong>de</strong><br />

frente às perguntas feitas e também,muitos dos inexperientes<br />

entrevistadores não souberam preencher direito o questionário.<br />

Naquela ocasião, haviam 46 barracos com 50 familias,um<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> crianças. (uma boa parte), sem saú<strong>de</strong>, sem<br />

escola, mulheres querendo trabalhar e não tendo on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar os<br />

filhos menores, pessoas <strong>de</strong>sempregadas ou empregadas com subsalários.<br />

Quase nenhum banheiro e ausência <strong>de</strong> qualquer infraestrutura,<br />

gran<strong>de</strong> distância da linha <strong>de</strong> ônibus, nenhuma organização<br />

comunitária e/ou <strong>de</strong> participação coletiva,a não ser a<br />

religiosa.


foram formadas 5 subcomissões <strong>de</strong> atuação e a APASC responsabilizou-se<br />

principalmente pela <strong>de</strong> habitação. Contatamos alguns engenheiros<br />

e estudantes <strong>de</strong> Engenharia que já haviam <strong>de</strong>monstrado<br />

disposição <strong>para</strong> atuações <strong>de</strong>ste tipo e formamos um grupo <strong>de</strong> trabalho.<br />

Então começamos a nos reunir com os moradores,<br />

discutir os problemas pelos quais passavam e buscar soluções que<br />

aten<strong>de</strong>ssem suas necessida<strong>de</strong>s prioritárias <strong>de</strong> forma que iniciassem<br />

um acúmulo <strong>de</strong> experiências que lhes permitissem partir <strong>para</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s que exigiam uma sólida organização.<br />

Após algumas reuniões <strong>de</strong> moradores, on<strong>de</strong> a participação<br />

foi aumentando gradativamente, formou-se uma comissão <strong>de</strong><br />

representantes <strong>de</strong> moradores que iria falar com o Prefeito Municipal,<br />

pedindo um esclarecimento sobre suas reais intenções <strong>para</strong><br />

resolver o problema da favela e sobre quais eram as alternativas<br />

<strong>para</strong> tanto.<br />

geral ,iria<br />

solucionar<br />

morarem em<br />

haviam sido<br />

Essa comissão, segundo o discutido na reunião<br />

também manifestar a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os moradores <strong>de</strong><br />

a situação <strong>de</strong> insegurança que viviam em vista <strong>de</strong><br />

uma terra que não era <strong>de</strong> sua proprieda<strong>de</strong> e da qual<br />

intimados, pela própria prefeitura,a se retirar.<br />

Na reunião com o prefeito, os moradores falaram da<br />

ajuda da APASC, da UFSCar e <strong>de</strong> um loteador que se dispunha a doar<br />

as instalações <strong>de</strong> água e esgoto <strong>para</strong> os favelados,caso a Prefeitura<br />

se comprometesse a doar o terreno.e ouviram do Prefeito o<br />

compromisso do Municipio doar-Ihes o terreno caso eles se compro<br />

metessem a construir suas moradias.<br />

Após estes esclarecimentos,discutimos a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> todos estarem empregados e prestamos informações aos que<br />

precisavam, sobre como tirar alguns documentos e sobre direitos<br />

trabalhistas. Em outras reuniões foram <strong>de</strong>batidas questões sobre o<br />

tamanho do terreno, quais moradores seriam beneficiados. o embrião<br />

minimo da casa que seria construido e como urbanizar o<br />

restante daquela área pública on<strong>de</strong> estava a favela. Devido às<br />

dificulda<strong>de</strong>s existentes <strong>para</strong> realizarmos nossas reuniões a céu<br />

aberto ou no barraco <strong>de</strong> um morador. que nem sempre tinha lugar<br />

<strong>para</strong> todos os presentes, <strong>de</strong>cidiu-se construir um barraco que<br />

serviria às reuniões e posteriormente <strong>para</strong> um curso <strong>de</strong> alfabe~ização<br />

e <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção. Esse barracão foi<br />

construido em mutirão- o.material foi dado por vários moradores e<br />

pela UFSCar. Outra <strong>de</strong>cisão importante tirada no final do ano <strong>de</strong><br />

79 e viabilizada a partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 80, foi a abertura <strong>de</strong> uma<br />

poupança conjunta na Caixa Econômica Estadual (os titulares eram<br />

três favelados que li<strong>de</strong>ravam o movimento). on<strong>de</strong> cada morador<br />

passou a <strong>de</strong>positar 500,00 cruzeiros por mês como forma <strong>de</strong> juntar<br />

fundos <strong>para</strong> a construção. Paralelamente ao trabalho com os moradores.<br />

estávamos realizando reuniões com a Universida<strong>de</strong> e Prefeitura<br />

com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> celebrar um convênio on<strong>de</strong> ficasse bem<br />

. claro como <strong>de</strong>veria se <strong>de</strong>senvolver o trabalho e quais as obri-


gações das partes. Esse convênio, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muitas idas e vindas<br />

na burocracia da Prefeitura e Câmara Municipal- e <strong>de</strong>pois dos<br />

moradores formarem comissões <strong>de</strong> pressão que foram à imprensa, à<br />

Prefeitura e à Câmara <strong>para</strong> exigir uma maior rapi<strong>de</strong>z no andamento<br />

dos papéis porque eles estavam vivendo em situações precaris8imas,<br />

finalmente foi aprovado e assinado pelas partes. Durante<br />

este ano, duas comissões novas,constituidas através da APASC,<br />

começaram a atuar na FAVELA: uma na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e outra na<br />

educação. A Comissão <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> atua no campo <strong>de</strong> orientacão sobre<br />

como o morador <strong>de</strong>ve agir diante <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, preten<strong>de</strong><br />

também interagir com grupo <strong>de</strong> educacão <strong>para</strong> incluir pontos <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> no curso <strong>de</strong> alfabetizacão. No grupo <strong>de</strong> educacão, as aulas<br />

estão sendo pre<strong>para</strong>das, a partir'<strong>de</strong> uma pedagogia, discutida<br />

entre o grupo, que <strong>de</strong>verá ter como preocupacão principal a alfabetizacão<br />

a partir da discussão <strong>de</strong> temas e problemas que estão no<br />

meio ambiente daquela comunida<strong>de</strong>. Os jovens do seminário<br />

.Diocesano estão trabalhando neste grupo e já levaram <strong>para</strong> o<br />

barracão lousas e carteiras. Além <strong>de</strong>les está uma associada da<br />

APASC que tem mestrado em Educacãó na UFSCar. Atualmente a discussão<br />

mais acirrada é com relacão ao financiamento <strong>para</strong> o material<br />

<strong>de</strong> construcão. A prefeitura aponta o programa "Nosso Teto"<br />

da Caixa Econômica Estadual como solucão, porém os moradores são<br />

contrários a contrair uma divida por 25 anos.·E a alternativa que<br />

eles apontam -é a Prefeitura fazer o que se comprometeu- dar o<br />

terreno <strong>de</strong>marcado, o loteador a infra-estrutura e a Universida<strong>de</strong><br />

os projetos que eles se comprometem no prazo <strong>de</strong> um ano a construirem<br />

suas casas. Para isso eles contam com a·palavra do proprietário<br />

<strong>de</strong> uma fábrica <strong>de</strong> tijolos <strong>de</strong> solo-cimento que disse<br />

ce<strong>de</strong>r suas instalacões <strong>para</strong> os faveladosfabricarem os tijolos.<br />

Contam com o compromisso da maioria <strong>de</strong> trabalhar em mutirão e com<br />

a idéia do Padre do Seminário <strong>de</strong> conseguir, a partir da formacão<br />

<strong>de</strong> uma associacão <strong>de</strong> moradores, doacões <strong>de</strong> industriais,comerciantes<br />

e <strong>de</strong>mais interessados em colaborar com os favelados, sendo<br />

que cada uma das doacões seria abatida do Imposto <strong>de</strong> Renda.<br />

Durante todo este tempo algumas familias foram embora, e algumas<br />

novas chegaram e existem algumas familias que não estão interessadas<br />

'em nada.Estas últimas são problemas que precisarão ser<br />

discutidos com especificida<strong>de</strong>.<br />

Preten<strong>de</strong>mos a seguir fazer algumas consi<strong>de</strong>racões a<br />

respeito do favelamento em particular e da Habitacão popular <strong>de</strong><br />

um modo geral. O presente trabalho não se <strong>de</strong>stina a uma investigacão<br />

cientifica ou mais <strong>de</strong>talhada dos aspectos da moradia popular.<br />

Queremos, principalmente, relatar aspectos da realida<strong>de</strong> das<br />

condicões <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong> parte da populacão.<br />

"Habitat é o que abarca a totalida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong><br />

humana na cida<strong>de</strong>, povoado ou al<strong>de</strong>ia, com todos os elementos<br />

sociais, materiais <strong>de</strong> organizacão, espirituais e culturais que a<br />

mantém. Entre eles figuram as necessida<strong>de</strong>s fisicas das habita-<br />

. cões, do trabalho, da comunicacão, a água e a higiene; os ser-


vi~os <strong>para</strong> a educação e saú<strong>de</strong>, a <strong>proteção</strong> e o bem estar social;<br />

sistemas <strong>de</strong> governo, direito e administração econômica e serviços<br />

culturais, <strong>para</strong> a arte, o lazer e o entretenimento!<br />

Os baixos salários, a alta do custo <strong>de</strong> vida, os<br />

elevados aluguéis e a especulação imobiliária criminosa, que<br />

empurra uma certa parcela da população <strong>para</strong> longe das infraestruturas<br />

e serviços urbanos, são os principais aspectos econômicos<br />

que <strong>de</strong>terminam a transformação da condição social <strong>de</strong>ssa<br />

população <strong>para</strong> a <strong>de</strong> simples favelados. Essa marginalização já se<br />

observa aqui em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, fam1lias expulsas <strong>de</strong> suas casas <strong>de</strong><br />

alvenaria alugadas <strong>de</strong>vido a dific~lda<strong>de</strong>s financeiras, se juntam<br />

com aquelas que sairam ou foram expulsas do campo ou que migravam,<br />

pensando em uma vida mais digna, dando origem a favelas e<br />

bairros insalubres.<br />

A favela do Jardim Cruzeiro do Sul e os bairros<br />

próximos são exemplos <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>. O favelamento é uma das<br />

contradições nascida no processo <strong>de</strong> industrialização que se <strong>de</strong>u<br />

<strong>de</strong> maneira <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada e portanto centralizadora <strong>de</strong> recursos e<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empregos, juntamente com a expulsão do homem do<br />

campo pelos latifundiários e multinacionais. Esse contingente<br />

chega aos gran<strong>de</strong>s centros urbanos sem nenhuma ou com baix1ssima<br />

qualificação profissional, sendo portanto marginalizado no mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho. Nas favelas moram principalmente trabalhadores<br />

não especializados: empregadas domésticas, serventes <strong>de</strong> pedreiro,<br />

marreteiros, etc. Trabalhadores que recebem o~ menores salários<br />

do Pais, geralmente esses salários não são mais que o minimo.<br />

Entretanto tem crescido o número ·<strong>de</strong> operários,<br />

funcionários públicos (como na favela San Remo, on<strong>de</strong> moram servidores<br />

da cida<strong>de</strong> Universitária <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo),empregados do comércio,<br />

etc.<br />

Esses trabalhadores e suas familias ,tendo pela<br />

frente as questões colocadas anteriormente, foram empurrados <strong>para</strong><br />

a favela que é um pedaço <strong>de</strong> terra que ou o po<strong>de</strong>r público não<br />

utiliza ou está em mãos <strong>de</strong> algum especulador esperando a sua<br />

valorização. Oficialmente uma favela é caracterizada pela questão<br />

<strong>de</strong> posse da terra. Tanto que essa é a principal e primeira reivindicação<br />

do favelado. As ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo muitas vezes violentas,<br />

executadas pelo po<strong>de</strong>r público e proprietários particulares,<br />

confirmam essa caracterização. Além <strong>de</strong>ssa, outras caracter1sticas<br />

são gerais: falta <strong>de</strong> água encanada, luz e esgoto, recolhimento <strong>de</strong><br />

lixo acrescido <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>mais problemas dos bairros <strong>de</strong> periferia.<br />

Muitos bairros <strong>de</strong> proprietários dos lotes ou loteamentos<br />

clan<strong>de</strong>stinos apresentam qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida ·tão baixa quanto as<br />

favelas. Outro grave problema <strong>para</strong> o favelado é o da discriminação<br />

social. As imobiliárias não os querem próximos às suas<br />

posses, temendo a sua <strong>de</strong>svalorização, os moradores vizinhos se<br />

organizam <strong>para</strong> expulsá-los ou impedi-los <strong>de</strong> ocupar, a visão ai é<br />

<strong>de</strong> que a favela só tem bandidos e prostitutas. Como consequência,<br />

o favelado po<strong>de</strong> a qualquer momento ser transferido <strong>de</strong> um lugar<br />

<strong>para</strong> outro, ou simplesmente expulso do lugar on<strong>de</strong> está. Muitas<br />

vezes o Estado,ou a Prefeitura,não faz a ligação da luz, água e


esgoto porque isto dificultaria a remoção da favela. <strong>São</strong> pouca6<br />

as cida<strong>de</strong>s que não possuem população favelada. Favelas não são<br />

mais "privilégios" dos gran<strong>de</strong>s centros urbanos do pais, o quadro<br />

geral <strong>de</strong>nuncia a politica econômica centralizadora <strong>de</strong> riquezas e<br />

a maneira como os órgãos oficiais têm tratado o problema da<br />

habitação popular. <strong>São</strong> Paulo (capital) possui perto <strong>de</strong> um milhão<br />

<strong>de</strong> favelados, <strong>São</strong> mais <strong>de</strong> um milhão na cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeir0.<br />

Em Belo Horizonte,vivem 600 mil favelados (um terço da população<br />

total), contingente suficiente <strong>para</strong> formar a segunda maior cida<strong>de</strong><br />

do Estado <strong>de</strong> Minas Gerais. No Norte e Nor<strong>de</strong>ste do pais proliferam<br />

as favelas, cortiços, alagados e etc. O po<strong>de</strong>r público tem atuado<br />

<strong>de</strong> duas maneiras <strong>para</strong> atacar o problema <strong>de</strong> moradia e posse. No<br />

<strong>de</strong>sfavelamento, a ação é no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocar o favelado <strong>para</strong><br />

longe das regiões centrais o que do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> trabalho, educação e transporte, quase sempre o prejudica<br />

em vez <strong>de</strong> beneficiá-lo.<br />

Por outro lado, o Banco Nacional da Habitação<br />

(BNH) que recebe dinheiro através do Fundo <strong>de</strong> Garantia por tempo<br />

<strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> todos os trabalhadores do pais, oferece vários<br />

planos <strong>de</strong> aquisicão da casa própria. Porém, as condições impostas<br />

como a documentação, renda familiar exigida, valor das prestações<br />

e prazos <strong>de</strong> pagamento, tornam praticamente impossivel ao favelado<br />

ser beneficiário <strong>de</strong> algum <strong>de</strong>sses planos. Se o consegue, atraido<br />

pelas pequenas parcelas iniciais, <strong>de</strong>scobrirá, mais tar<strong>de</strong>, estar<br />

<strong>de</strong> posse <strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro elefante branco: Uma edificacão <strong>de</strong><br />

pequeno espaco habitacional <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> e, após alguns<br />

anos, tendo que pagar prestações acima das cpndições da familia.<br />

Po<strong>de</strong>-se seguir através <strong>de</strong> jornais as lutas que os mutuários do<br />

BNH vêm sustentando contra este órgão ou empreiteiras. Invariavelmente<br />

os problemas vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> rachadura <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s, queda dos<br />

revestimentos, mal funcionamento das instalações, até o não<br />

cumprimento <strong>de</strong> obras programadas como: centro comunitário, área<br />

<strong>de</strong> lazer, jardinagem e etc. Assim que entra na casa, o usuário<br />

tem que dispor <strong>de</strong> tempo e dinheiro <strong>para</strong> sua manutenção e ampliacão.<br />

Estará pagando duas vezes <strong>para</strong> verem atendidas suas necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> moradia. Os conjuntos habitacionais do BNH são, em sua<br />

maioria, localizados distantes dos locais <strong>de</strong> trabalho, escolas,<br />

transportes, e sempre carentes <strong>de</strong> equipamentos urbanos.<br />

o BNH mantém também um estreito controle sobre os<br />

moradores <strong>de</strong>sses conjuntos, através dos contratos <strong>de</strong> venda e <strong>de</strong><br />

seus assistentes sociais. Dificulta e impe<strong>de</strong> qualquer organização<br />

livre dos mutuários na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> seus direitos. Enten<strong>de</strong>mos que o<br />

problema da Habitação popular estã ligado a uma complexa malha <strong>de</strong><br />

necessida<strong>de</strong>s, expectativas e interesses <strong>de</strong> indole social, politica<br />

e econômica que se esten<strong>de</strong> por todo pais. A Habitação é um<br />

direito inalienável assim como o trabalho, a saú<strong>de</strong>, a educação e<br />

o lazer. O conceito <strong>de</strong> habitação ,socialmente justo é aquele que<br />

liga o lugar <strong>de</strong> moradia com a infraestrutura <strong>de</strong> serviços correspon<strong>de</strong>ntes<br />

(re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água e esgoto, eletricida<strong>de</strong>, etc.) e com o<br />

equipamento urbano (escolas, postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, comércio, centros<br />

<strong>de</strong> lazer, etc.): A Habitação,portanto,faz parte do HABITAT natural<br />

do homem, <strong>de</strong> sua vida cotidiana e, como tal,está lnserida em<br />

seus costumes e valores culturais e que <strong>de</strong>vem ser partes funda-


·<br />

outro brigou com o vizinho e mudou-se <strong>para</strong> outra cida<strong>de</strong> <strong>para</strong>


do comum a segredar. Recentemente tivemos informa~ões que os<br />

moradores da favela estão construindo suas casas com orientação<br />

<strong>de</strong> profissionais da Escola <strong>de</strong> Engenharia (USP-<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>)e da<br />

Prefeitura Municipal e acreditamos que o processo anterior serviu<br />

ao menos <strong>para</strong> manter o problema em evidência, garantir a não<br />

expulsão dos favelados da área inyadida e criou uma experiência<br />

m1nima <strong>de</strong> organização entre partes dos que permaneceram na fave-<br />

la.


NOTAS<br />

CAPITULO 11


A "casinha" à qual nos referimos é o monumento em homenagom ((<br />

Anita Garibaldi, localizado na Praça Paulino <strong>Carlos</strong>, cedido<br />

pela Prefeitura Municipal, em 1986, <strong>para</strong> se<strong>de</strong> da APASC.<br />

"O VERDE"-publica~ao bimestral da APASC, contendo artigos e<br />

informes das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pela associação.<br />

Basta, por exemplo, ver o aumento significativo no número <strong>de</strong><br />

noticias veiculadas pelo jornal "O ESTADO DE 51\0 PAULO" a<br />

respeito do assunto ecologia (nos arquivos do jornal encontramos<br />

na pasta "Ecologia" somente sete noticias até 1970,<br />

sendo quatro do jornal "A Provincia <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo", do século<br />

passado. uma do Estadão e duas do Jornal da Tar<strong>de</strong>. Em 1971.<br />

12 noticias, em 72- 38. em 73 - 18. em 74 - 80,.em 75 - 33 e<br />

em 1976 encontramos 39 noticias sobre Ecologia) e a postura<br />

<strong>de</strong>ssa empresa jornallstica <strong>de</strong>nunciando a censura que vinha<br />

sofrendo por parte do regime militar publicando receitas <strong>de</strong><br />

bolo ou poemas no lugar <strong>de</strong> matérias censuradas.<br />

Um dos seus docentes mais renomados formulava frases do tipo:<br />

"se o governo investiu em mim pagando minhas pesquisas e<br />

viagens <strong>para</strong> o exterior eu me sinto na obriga~ão <strong>de</strong> <strong>de</strong>volverlhe<br />

através da minha produção cientlfica - pouco me importa<br />

quem seja o governo".<br />

Escolheram-se pessoas do meio acadêmico que não escondiam os<br />

fatos e não davam uma interpretação i<strong>de</strong>ologicamente favorável<br />

ao sistema- nessa época dificilmente se encontravam pessoas<br />

que falassem publicamente a respeito das causas politicas e<br />

econômicas dos problemas ambientais.<br />

Destaque-se o papel dos"trotskistas"da Convergência Socialista<br />

que "viam com bons olhos e estimulavam os movimentos<br />

alternativos como novas frentes <strong>de</strong> contesta~ão à ditadura<br />

mllitar e ao sistema" - <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> um participante da<br />

Convergência feito em 1985.<br />

ACAPRENA - <strong>Associação</strong> Catarinense <strong>de</strong> Preservação da Natureza;<br />

AGAPAN; ABPVS - Associa~ão Brasileira <strong>de</strong> Preserva~ão da Vida<br />

Selvagem, APPN - <strong>Associação</strong> Paulista <strong>de</strong> Proteção à Natureza.<br />

<strong>de</strong>ntre outras.<br />

Quanto às reuniões. que tiveram um média <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> 6<br />

pessoas aproximadamente (são 760 pessoas registradas nas 118<br />

atas). po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar a alta afluência <strong>de</strong> pessoas no inicio<br />

da APASC (média <strong>de</strong> 18 pessoas em 77) <strong>de</strong>caindo <strong>para</strong> oito em 78<br />

e mantendo uma média menor ainda nos anos <strong>de</strong> 80 a 83, quando<br />

temos diversas reuniões registrando a presença <strong>de</strong> 2, 3 ou 4


pessoas no máximo. Em 1984, houve um salto qualitativo e<br />

quantitativo na participação das reuniões, com a formação doe<br />

grupos <strong>de</strong> educação <strong>ambiental</strong> - EA; programa na rádio, Prócinema<br />

e "MAMAE NATUREZA". Ai a média por reunião elevouse<br />

<strong>para</strong> seis pessoas.Em 1985, após formada a nova diretoria,<br />

a participa~ão média mantem-se em torno <strong>de</strong> cinco pessoas e<br />

mantem-se nessa base até o final <strong>de</strong> 1986. Algumas reuniões<br />

<strong>para</strong> <strong>de</strong>bater assuntos especificos contam com um ~úmero maior<br />

<strong>de</strong> participantes,em geral envolvidas com o problema em pauta.<br />

9. A Prefeitura libera <strong>para</strong> a APASC em parcelas mensais uma<br />

subven~ão anual prevista no orçamento do Municipio. Isto<br />

ocorre <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 1980 em função da APASC ser entida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

utilida<strong>de</strong> pública municipal.<br />

10. Servi~o Nacional do Comércio. SENAC - sito à rua Episcopal<br />

no. 700 - Os diretores e algúns professores do SENAC sempre<br />

foram simpáticos à APASC e apoiaram suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> diversas<br />

maneiras - servi~os <strong>de</strong> off-set, autoriza~ão <strong>para</strong> utiliza~ão<br />

do audit6rio <strong>para</strong> filmes e conferências, sala <strong>para</strong><br />

reuniões, promo~ões em conjunto <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> conferências.<br />

11. Era um quarto com quatro armários, três recebidos por doação<br />

<strong>de</strong> associados e um por empréstimo da UFSCar; uma mesa recebida<br />

por empréstimo do DCR-Livre UFSCar; uma-máquina <strong>de</strong> escrever<br />

doada por um parente <strong>de</strong> um tesoureiro da APASC e algumas<br />

ca<strong>de</strong>iras e caixotes.<br />

12. CDCC - Centro <strong>de</strong> Difusão Cientlfica e Cultural da USP<br />

<strong>Carlos</strong> localizado à rua Nove <strong>de</strong> Julho - esquina com<br />

maio.<br />

- <strong>São</strong><br />

13 <strong>de</strong><br />

13. Praça Paulino <strong>Carlos</strong> é uma praça no centro da cida<strong>de</strong>, em<br />

frente ã Catedral e à Prefeitura Municipal, lindamente arborizada<br />

e motivo <strong>de</strong> pedido <strong>de</strong> tombamento ao CONDEPHAAT.<br />

14. Em 1982 contratamos a primeira secretária/estagiária que<br />

ficou aproximadamente um ano. Depois tivemos um estudante <strong>de</strong><br />

Educa~ão Fisica e uma estudante <strong>de</strong> Cursinho, ambos por alguns<br />

meses. Em 02/84 assume uma enfermeira e pós-graduanda em<br />

Educa~ão Especial que coor<strong>de</strong>nava o programa radiofônico da<br />

APASC "VIDA NATURAL" à qual se suce<strong>de</strong> uma estudante <strong>de</strong> Pedagogia<br />

e participante do Grupo <strong>de</strong> Educação Ambiental; <strong>de</strong> 08/84<br />

a 11/84 assume uma bióloga e p6s-graduanda em Educação que já<br />

havia participado em outras épocas, <strong>de</strong> reuniões e <strong>de</strong> alguns<br />

trabalhos da APASC como por exemplo da feitura do jornalzinho<br />

"Chove num molha"; <strong>de</strong> 12/84 a 02/85 assume o estudante <strong>de</strong><br />

Fisica da EESC, a<strong>de</strong>pto da alimentação natural. Ap6s eles<br />

suce<strong>de</strong>ram-se mais quatro secretárias(os) sempre por periodo6


inferiores a um ano, sendo que atualmente temos como secretiria<br />

uma ex-participante do movimento ecológico <strong>de</strong> Minas Gerais.<br />

Po<strong>de</strong>mos afirmar tranquilamente que a maior parte<br />

<strong>de</strong>ssas(es) doze secretárias(os)/estagiárias(os) tinham na<br />

ativida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>sempenhavam mais do que um emprego.um compromisso<br />

com a causa ecológica e com a entida<strong>de</strong>.<br />

Além <strong>de</strong>ssas pessoas,tivemos duas estagiárias da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Biblioteconomia que durante um mês (16/11 a<br />

16/12/84 or<strong>de</strong>naram os livros e pastas da associa~ão.<br />

Arvores; energia nuclear e hidrelétricas; Fauna;<br />

Ecologismo Geral; Ecologia Norte (região acima <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo);<br />

Ecologia Sul (região abaixo <strong>de</strong> '<strong>São</strong> Paulo); Indios; Agricultura;<br />

Alimentos e Conservas; Maré Vermelha; Comportamento<br />

Sexual da Mulher; Metrô e novas Pra~as; China; Literatura;<br />

Luis <strong>Carlos</strong> Lisboa; Politica Nacional e Internacional (artigos<br />

sobre pacifismo, Serra Pelada, fome~ guerra nas estrelas.<br />

Tito, Lech Valessa. contra-cultura. militares argentinos.<br />

Paulo Francis. etc.); Ciência; Saü<strong>de</strong> e Alimenta~ão; Pacifismo;<br />

G~erra; Superpopulação; Urbanismo; Usinas Nucleares;<br />

Poluição Pró-Alcool;Fontes altrernativas <strong>de</strong> energia; Degradação<br />

do meio ambiente; Amazônia; Caucaia~ Flora; Noticias<br />

gerais; Religião; Poluição; Diversos; Agricultura. chuvas e<br />

inundações em 81; Agricultura. hortas, reforma agrária; alternativas,<br />

<strong>de</strong>rrubadas; Reservas Florestais; habitação; biologia.<br />

.<br />

Legislação; Boletins da Cetesb; CONDEMA; Consex;<br />

Associa~ão <strong>de</strong> Moradores <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>; Educação Ambiental;<br />

panfletos da AGAPAN e ADFG; Boletim dos Sarvas; Centro Deméter<br />

(circular mensal); FBCN (boletim informativo) UNEP<br />

United Nations Environment Programme - New; INFORPALC; Ecoforum;<br />

Vale do Paranapanema e Braskraft; Boletins da Arca,<br />

A<strong>de</strong>a, A<strong>de</strong>flofa/A<strong>de</strong>ma; Harmonia Ambiental; Estatutos da SEMA-<br />

RA; Textos traduzidos dos painéis da ONU sobre a Conferência<br />

"HABITAT" - Vancouvert; Policia Florestal; Jornal do Meio<br />

Ambiente; Jornal do Movimento Ecológico; Grupo Pró-cinema <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>; <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Amparo aos animais; Grupo Seiva:<br />

Revista Pau-brasil; Oikos; Pró-Gea; Apreffa; Sopren; Feema;<br />

Socieda<strong>de</strong> Amigos <strong>de</strong> Embü; UDB; Senda; Lua NOva; Nave Pirata;<br />

Coonatura: UN mais - jornal da ADFG; Movimento Pacifista<br />

Brasileiro; Universida<strong>de</strong> Espiritual Brahma Kumaris; Floresta:<br />

Aurora Espiritual; Documentos da APASC (estatuto, impostos,<br />

.livro diário, lei <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> püblica, atas <strong>de</strong> posse das<br />

novas diretorias, etc.); publica~ões da APASC; recortes <strong>de</strong><br />

jornais sobre a APASC ou publicados pela APASC; publicações


governamentais; Constituintes; cinco pastas com a correspondência<br />

recebida <strong>de</strong> 77 a 84 (or<strong>de</strong>nada por data <strong>de</strong> recebimento)<br />

e dois pacotes com a correspondência <strong>de</strong> 85 e 86; correspondência<br />

emitida <strong>de</strong> 77 a 85; Publicações antigas da APASC<br />

originais e cópias; Fitas do Programa Vida Natural (por um<br />

periodo); Fitas do Programa <strong>de</strong> rádio feito pelo Prof. J.<br />

Pizzarro da UFSM ~ Rio Gran<strong>de</strong> do Sul; Sli<strong>de</strong>s diversos; Fotos<br />

da Praça Paulino <strong>Carlos</strong> e outras; ativida<strong>de</strong>s na praça promo-.<br />

vidas pela APASC; pastas do programa vida natural <strong>de</strong> novembro<br />

<strong>de</strong> 83 a novembro <strong>de</strong> 84 (o restante <strong>de</strong>ve estar com o pessoal<br />

do programa); jornais: Sinal Ver<strong>de</strong> (IBDF - vários números).<br />

Vida Integral ( três números). Estado <strong>de</strong> Alerta (4 números).<br />

Porantim (2 números); Revistas.: Poesia e Cia. (Casa do Poeta<br />

<strong>de</strong> LOndrina). União Brasileira <strong>de</strong> Trovadores, Ciência e<br />

Cultura {SBPC, SABESP/DAAE •. Revista Geográfica Universal;<br />

Vida e Saú<strong>de</strong>. 'Ciência Hoje (SBPC), <strong>São</strong> Paulo Interior, Correio<br />

da UNESCO. Terra Indigena (Boletim do grupo indigenista<br />

Kurumim - UNESP Araraquara/números 34, 36 a 41); Revista<br />

COMUNIDADE; Voluntários <strong>de</strong>fensores da Natureza e revista do<br />

Movimento Arte e pensamento Ecológico; Manual do Consumidor/<br />

Guia do Consumidor PROCON. revistas da secretaria da agricultura<br />

com os produtos aconselhados ao consumo em cada mês,<br />

diversas revistas (Transe. MEC, Weleda, Juréia. etc.); Correspondência<br />

recebida da.Câmara e Prefeitura Municipal.<br />

Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 86 encontrávamos sobre a mesa em<br />

utilização as seguintes pastas: Correspondências com Associados;<br />

Noticias publicadas pela imprensa <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> referentes<br />

a Ecologia em 86; Correspondência geral; Correspondência<br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>; Correspondência Entida<strong>de</strong>s Ambientalistas; Pastas<br />

sobre a qustão indigena; pasta sobre o parque ecológico <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>; pasta sobre agrot6xicos e alimentos; pasta sobre<br />

ecologia; Livro ata; material <strong>para</strong> os jornais"O VERDE";<br />

en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> associados e <strong>de</strong> pessoas e entida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>vem<br />

receber correspondências da APASC.<br />

17. Por "Forças Vivas" enten<strong>de</strong>mos os grupos econômicos e pollticos<br />

<strong>de</strong>tentores do po<strong>de</strong>r no municipio.<br />

18. Enten<strong>de</strong>mos "origem" como a profissão e/ou local on<strong>de</strong> a pessoa<br />

tomou contato com a proposta <strong>de</strong> s6cio da APASC.<br />

19. Em 79,das 23 pessoas que se associaram, 18 tinham entre 18 e<br />

29 anos. três <strong>de</strong> 30 a 40 anos e dois mais <strong>de</strong> 40 anos. Desses,<br />

12 eram estudantes.e 7 eram professores (4 da UFSCar). Em<br />

1980 há uma pequena variação na composição etária dos associados<br />

em função da filiação <strong>de</strong> 24'rotarianos (na maior parte<br />

pessoas com mais <strong>de</strong> quarenta anos) como resultado <strong>de</strong> uma<br />

palestra feita na APASC numa reunião/jantar do Rotary Club a<br />

convite <strong>de</strong> um funcionário da fábrica <strong>de</strong> Lápis John<br />

Faber, que já contribuia há algum tempo com donativos da


Fábrica <strong>para</strong> a APASC e que se empenhou na filiação <strong>de</strong> seuc<br />

companheiros do Rotary . Os 16 outros novos associados tinham<br />

menos <strong>de</strong> 30 anos na época (14 menos que 25), 1 era a Fraternida<strong>de</strong><br />

dos Sarvas (comunida<strong>de</strong> rural <strong>de</strong> Minas Gerais) e 2<br />

tinham 31 e 34 anos. Os 24 rotarianos eram médicos, empresários,<br />

advogados... Além <strong>de</strong>les, tem,os 13 estudantes, 1 professor,<br />

2 associados ligados a comunida<strong>de</strong>s rurais <strong>de</strong> outros<br />

Estados e um funcionário <strong>de</strong> uma indústria,irmão <strong>de</strong> um diretor<br />

da APASC. Em 1982 come~a a modificar a composição do quadro<br />

<strong>de</strong> associados quanto à origem e quanto à faixa etãria. Dos 27<br />

novos associados, somente 8 eram estudantes, 14 eram professores<br />

da UFSCar e USP (nessa época temos como tesoureiro da<br />

entida<strong>de</strong> um professor <strong>de</strong> Computação da UFSCar) uma era professora<br />

<strong>de</strong> Balet e um era <strong>de</strong>ntista(um diretor começa a servir<br />

alimentação natural e divulgar <strong>para</strong> seus fregueses a existência<br />

da APASC). A faixa etária consequentemente elevou-se, mas<br />

não ê posslvel dar os números em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> boa parte dos<br />

associados, nessa época. não.terem discriminado sua data <strong>de</strong><br />

nascimento. Em 1983 mantem-se essa tendência, com a filiação<br />

<strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong> profissionais não estudantes. apesar da<br />

maioria ainda ser ligada à Universida<strong>de</strong> (3 'estudantes pósgraduação-<br />

2 <strong>de</strong> Biologia e 1 <strong>de</strong> Educação, 4 professores<br />

universitários- 3 da USP e 1 da UFSCar; 7 estudantes <strong>de</strong><br />

graduação 'da UFSCar- 2 <strong>de</strong> Biologia e 1 <strong>de</strong> Qulmica e 1 <strong>de</strong><br />

Estatistica) tivemos a filiação também <strong>de</strong> um empresário,<br />

(que se alimentava e comprava mantimentos no entreposto natu-<br />

.ral) uma firma (Nestlé) cujo gerente. local se preocupava<br />

com alimenta~ão natural, um estudante que se <strong>de</strong>dicava<br />

a outras ativida<strong>de</strong>s remuneradas como ativida<strong>de</strong> principal,<br />

além <strong>de</strong> cinco associados que não conseguimos i<strong>de</strong>ntificar ·a<br />

origem. Em 1984 dos 35 novos associados, 17 eram professores<br />

da UFSCar (8 <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção, 1 <strong>de</strong> Pedagogia. 2 <strong>de</strong><br />

Engenharia <strong>de</strong> Materiais, 1 <strong>de</strong> Biologia, 2 da Saú<strong>de</strong>, 2 <strong>de</strong><br />

Quimica. 1<strong>de</strong> Teatro e um professor da EESC. 7 eram estudan~<br />

tes <strong>de</strong> graduação exclusivamente. (4 da UFSCar, 2 da EESC e 1<br />

<strong>de</strong>. Araraquara). 2 eram estudantes <strong>de</strong> Pós-graduação. 3 eram<br />

funcionários do Banco do Brasil (dois <strong>de</strong>sempenhavam <strong>para</strong>lelamente<br />

seus estudos nas duas Universida<strong>de</strong>s e uma era ex-aluna<br />

da UFSCar) 2 trabalhavam com comércio e eram estudantes fora<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> (uma fazia Pós em Araraquara e outro faculda<strong>de</strong><br />

em Limeira).uma era funcionária da UFSCar, 1 era estudante<br />

<strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção na UFSCar e trabalhava numa indústria<br />

da cida<strong>de</strong> e não sabemos a procedência <strong>de</strong> um. Fica claro<br />

que ainda temos a quase totalida<strong>de</strong> dos associados provenientes<br />

das Universida<strong>de</strong>s, mantendo-se a tendência, que inicia-se em<br />

1982 <strong>de</strong> ampliar-se o número <strong>de</strong> pessoas com algum vinculo<br />

empregaticio e com ida<strong>de</strong> entre 25 a 35 anos.<br />

A quase totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses novos associados (<strong>de</strong> 84)<br />

aproximou-se da entida<strong>de</strong> através da compra do restaurante<br />

Mamãe Natureza,que foi uma proposta da APASC <strong>de</strong> formação <strong>de</strong><br />

um grupo <strong>para</strong> compra e gestão <strong>de</strong> um restaurante da cida<strong>de</strong> por<br />

pessoas que investiriam uma quantia (que receberiam <strong>de</strong> volta<br />

no prazo <strong>de</strong> 2 anos) e seriam responsáveis pelos <strong>de</strong>stinos do<br />

Restaurante. Essas pessoas (40) alguns já eram associados da


20. "Essa preocupação legalista, que na época não era bem vista<br />

por alguns associados ativos, era reforçada por afirmações,<br />

como a <strong>de</strong> um influente engenheiro da cida<strong>de</strong>"ASSIM,QUE A APASC<br />

ESTIVER REGULAMENTADA ESCREVEREI PARA A CETESB PEDINDO INFOR-<br />

MAÇOES SOBRE O FRANGO ITO".<br />

Manter os documentos da associação em or<strong>de</strong>m e<br />

legalizar a entida<strong>de</strong> junto aos órgãos públicos, sempre foi<br />

admitido por todos como necessário, apesar <strong>de</strong> alguns participantes<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem tal postura 'com maior ênfase e outros na<br />

prática," fazerem corpo mole", com essas ativida<strong>de</strong>s - o que é<br />

lamentado hoje por nós que sentimos a falta das atas não<br />

registradas ao longo dos anos e foi sentido e lamentado quando,<br />

por exemplo: uma firma <strong>para</strong> fazer doação <strong>para</strong> a APASC,<br />

pedia o seu CGC e este encontrava-se <strong>de</strong>satualizado e ai era<br />

preciso correr atrás da sua atualização. Quando o engenheiro<br />

fez tal afirmação, em 1977, todos se preocu<strong>para</strong>m com a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> agilizar a documentação, sem questionar o absurdo<br />

<strong>de</strong> um ·órgão público só prestar satisfações <strong>para</strong> uma entida<strong>de</strong><br />

burocrática, ignorando o fato concreto <strong>de</strong> haverem cidadãos<br />

reunidos solicitando informações relativas à <strong>proteção</strong> da sua<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Mais recentemente, em 03/87 o Grupo Ecológico<br />

<strong>de</strong> Assis, (após muitos <strong>de</strong>bates dos participantes sobre a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não burocratizar-se nem hierarquizar-se, admitiu<br />

a legalização da entida<strong>de</strong> como ativida<strong>de</strong> secundária do<br />

dia a dia da ação ecologista). teve sua existência legal<br />

questionada por um tenente da policia florestal. O diálogo<br />

com um associado (por ocasião <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>núncia que o grupo<br />

havià feito junto à Curadoria do Meio Ambiente. sobre um<br />

<strong>de</strong>smatamento irregular com autorização do DEPRN). foi mais ou<br />

menos o seguinte:<br />

Tenente: "mas quem é esse grupo? ele está registrado. é legal?<br />

quem é o presi<strong>de</strong>nte?"<br />

ASSOCIADO: "pouco importa se esse grupo é legalizado ou não e<br />

se tem presi<strong>de</strong>nte ou não; o que importa é que são cidadãos <strong>de</strong><br />

Assis que estão lutando pela garantia <strong>de</strong> futuro <strong>para</strong> nossos<br />

<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes. contribuindo. <strong>de</strong>ssa forma. com os órgãos públicos<br />

criados <strong>para</strong> esse fim e que portanto <strong>de</strong>vem ser aplaudidos<br />

e auxiliados por tais órgãos públicos."<br />

Tenente: "Não. eu só estou querendo saber quem são as pessoas<br />

às quais vou me dirigir quando <strong>de</strong> acontecim~ntos <strong>de</strong>sse tipo".<br />

ASSOCIADO: "Então' <strong>de</strong>pois faço uma fotocópia da relação dos<br />

telefones e en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> todos os associados'do grupo e lhe<br />

passo. O senhor po<strong>de</strong> entrar em contato com qualquer um que<br />

todos serão avisados".<br />

Com isso queremos <strong>de</strong>monstrar que o espirito anarquista<br />

não po<strong>de</strong> ser sufocado. Não po<strong>de</strong>mos prejudicar ou


dificultar nossas a~ões. ou canalizar as energias (tempo e<br />

dinheiro) das ações práticas <strong>para</strong> acões burocráticas voltadas<br />

<strong>para</strong> o "próprio umbigo" (legalização cartório. Diário Oficial.<br />

livro caixa. CGC. livro ata. etc. etc.). Devemos exigir<br />

que os órgãos públicos reconheçam-nos pela relevância <strong>de</strong><br />

nossa ação e não pelo aspecto formal <strong>de</strong>la. Porém. não po<strong>de</strong>mos<br />

nos esquecer <strong>de</strong> ir encaminhando esse aspecto burocrAtico.<br />

<strong>para</strong> po<strong>de</strong>mos nos utilizar da legalida<strong>de</strong> da entida<strong>de</strong>. quando<br />

necessário (uma ação juridica ou um pedido <strong>de</strong> dinheiro <strong>para</strong><br />

firmas ou instituições). Para tanto basta pegarmos alguns<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> estatutos <strong>de</strong> outras associações. pre<strong>para</strong>r um anteprojeto<br />

da nossa. discuti-lo com os interessados em assembléia<br />

convocada <strong>para</strong> esse fim (acreditamos que a pr'pria<br />

discussão dos estatutos contrioui <strong>para</strong> o amadurecimento politico<br />

dos que <strong>de</strong>las participam). registrar tudo em ata e<br />

registrar no cartório. Ai é preciso publicár no diário oficial<br />

(tivemos informações recentes que essa publicação po<strong>de</strong><br />

ser feita num jornal da cida<strong>de</strong>) os extratos (um pequeno<br />

resumo) dos estatutos e eleger coor<strong>de</strong>nadores da entida<strong>de</strong><br />

aptos a assinarem cheques e <strong>de</strong>sempenharem outras tarefas<br />

conforme os estatutos (no caso do grupo ecológico <strong>de</strong> Assis<br />

temos somente' um secretário e um tesoureiro com encargos<br />

burocráticos. sendo as reuniões gerais. a instância <strong>de</strong>liberativa<br />

que substitui a diretoria). Após isto basta registrar em<br />

ata' (no livro) todas as reuniões. que <strong>de</strong>vem ser assinadas<br />

pelos presentes e fazer um livro diário com entradas e saidas<br />

da grana da entida<strong>de</strong>. Sempre que for comprado algo, pedir<br />

recibo no nome da entida<strong>de</strong> e sempre que recebermos algo,<br />

emitirmos recibo com carimbo (outra tarefa é fazer um carimbo).<br />

Após um ano <strong>de</strong> funcionamento legal, <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>clarar<br />

imposto <strong>de</strong> renda <strong>de</strong> pessoa juridica e com isto conseguir o<br />

CGC (que <strong>de</strong>ve constar no carimbo). Esse CGC, facilita recebimento<br />

<strong>de</strong> doações materiais e financeiras visto que as firmas<br />

po<strong>de</strong>m abatê-las do seu imposto. Des<strong>de</strong> que essas discussões<br />

ocupem somente uma pequena parte das reuniões e tempo dos<br />

militantes, acreditamos que elas além <strong>de</strong> facilitarem a vida<br />

da entida<strong>de</strong>, contribuem <strong>para</strong> o associado enten<strong>de</strong>r um pouco<br />

melhor a estrutura do Estado e as formas <strong>de</strong> organização dos<br />

homens <strong>de</strong>ntro dos parâmetros complexos dos Estados mo<strong>de</strong>rnos.<br />

21. Um professor <strong>de</strong> Quimica da UFSCar, profundo conhecedor das<br />

caracteristicas do ambiente fisico <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Membro do<br />

Conselho Consultivo da APASC, orquidófilo, historiador natural,<br />

etc.<br />

22. Na época contou-se também com a colaboração <strong>de</strong> dois engenheiros<br />

que fundaram a <strong>Associação</strong> dos Engenheiros. Arquitetos e<br />

Agrônomos <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Eles trouxeram uma arquiteta <strong>para</strong><br />

uma conferência na APASC. sobre o planejamento urbano original<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.


associou-se à APASC e sempre colaborou e pediu colaboracão da<br />

entida<strong>de</strong> no encaminhamento <strong>de</strong> lutas que envolviam a questão<br />

<strong>ambiental</strong> e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da populacão.<br />

24. Caso do "Buracio" antiga pedreira ori<strong>de</strong>alguns associados são<br />

carlenses brincavam quando eram "moleques".<br />

25. Comissão <strong>de</strong> Defesa do Patrimônio da Comunida<strong>de</strong> - CDPC: união<br />

<strong>de</strong> diversas entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> civil do Estado <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

Paulo que passam a se reunir (a partir dos últimos meses <strong>de</strong><br />

1977), inicialmente visando a <strong>de</strong>fesa das matas <strong>de</strong> Caucaia do<br />

Alto, ameacadas pela construção do novo aeroporto metropolitano<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo. e <strong>de</strong>pois procuram constituir-se numa<br />

espécie <strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ração das entida<strong>de</strong>s<strong>ambiental</strong>istas do Estado.<br />

Dissolveu-se algum tempo <strong>de</strong>pois por brigas intestinas, mas<br />

<strong>de</strong>u origem à APEDEMA - Assembléia Permanente <strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s em<br />

Defesa do Meio Ambiente que existe até hoje, reunindo-se<br />

todas as 2as. feiras (20 horas) no 100. andar do prédio da<br />

<strong>Associação</strong> Paulista <strong>de</strong> Medicina - R. Briga<strong>de</strong>iro Luis Antonio<br />

no.278 (Caixa Postal no. 55.237 - CEP 04799).<br />

26. Texto do Engenheiro Agrônomo e ecologista José Lutzemberg,<br />

impressos com a colaboração do CRUTAC-UFSCar (órgão coor<strong>de</strong>nado<br />

por uma professora associada da APASC, que sempre apoiou<br />

as iniciativas da entida<strong>de</strong>) e distribuido amplamente pela<br />

cida<strong>de</strong>, convidando a população a manifestar-se sobre o assunto.<br />

27. A favela do Gonzaga era um dos nomes que se dava <strong>para</strong> a única<br />

(na época) favela <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - localizáva-se no Jardim<br />

Cruzeiro do Sul em área da Prefeitura invadida por aproximadamente<br />

60 familias. Mais <strong>de</strong>talhes sobre o funcionamento e as<br />

ativida<strong>de</strong>s do grupo da Favela po<strong>de</strong>m ser encontrados neste<br />

mesmo capitulo.<br />

28. Os moradores do Bairro Boa Vista 11. não queriam a ampliacão<br />

<strong>de</strong> um cemitério numa área <strong>de</strong>stinada a Praça Pública no bairro.<br />

Então iniciaram uma longa luta que ainda não terminou e<br />

encontra-se <strong>de</strong>talhada neste mesmo capitulo.<br />

29. Folhetos distribuldos e utilizados nestas ativida<strong>de</strong>s. O conjunto<br />

<strong>de</strong> sli<strong>de</strong>s utilizados nas palestras encontram-se na se<strong>de</strong><br />

da APASC em caixa/arquivo rotulada "Fotografias".<br />

30. Os painéis sobre as bombas <strong>de</strong> Hiroshima e Nagasaki <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />

das prefeituras <strong>de</strong>stas cida<strong>de</strong>s foram cedidos <strong>para</strong><br />

exposição por um vereador da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo<br />

por intermédio <strong>de</strong> Luis <strong>Carlos</strong> <strong>de</strong> Barros - um dos coor<strong>de</strong>nadores<br />

do Movimento Art~ e Pensamento Ecológico <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo


(Caixa Postal 6984 - CEP 01051 - Capital -.SP ou Pra~a da<br />

República 419, 30. andar.)<br />

31. A APASC promoveu essa peca com a colaboracão do SESC - <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong> e da própria Cacilda. Estiveram presentes moradores da<br />

Favela e do Bairro Boa Vista 11, on<strong>de</strong> a APASC <strong>de</strong>senvolvia<br />

ativida<strong>de</strong>s. Na época a atriz que <strong>de</strong>senvolvia um programa<br />

sobre ecologia na Rádio Mulher, reuniu-se com associados da<br />

APASC interessados em ativar um programa radiofônico em <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong> e contou sobre sua experiência.<br />

Registre-se também' que o grupo<br />

Cacilda é fundadora. é uma das entida<strong>de</strong>s<br />

movimento ecológico paulista .. Grupo Seiva<br />

55.190, CEP 04799. <strong>São</strong>'Paulo.<br />

Seiva, do qual<br />

mais ativas do<br />

- Caixa Postal<br />

32. A Represa do Lobo, conhecida ná região como BROA, é importante<br />

local <strong>para</strong> lazer da populacão <strong>de</strong> todas as cida<strong>de</strong>s da<br />

região. Sua importãncia refere-se também aos inúmeros estudos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos por ecólogos e bi610gos da UFSCar e USP <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong>, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

33. O Conselho Consultivo tem suas atribuições <strong>de</strong>scritas nos<br />

estatutos (anexo). Na prática tem funcionado como Conselho<br />

Fiscal e Consultivo (assessoria cientifica) através <strong>de</strong> consultas<br />

individuais da diretoria aos seus membros mais disponiveis<br />

ou apr9priados a <strong>de</strong>terminados assuntos.<br />

34. Destaque-se a atuação <strong>de</strong> uma estudante <strong>de</strong> Biologia que fez as<br />

fotos da Praça sob orientação <strong>de</strong> um fot6grafo profissional<br />

membro do Conselho Consultivo e <strong>de</strong> um professor <strong>de</strong> História<br />

no 20. grau da re<strong>de</strong> pública que escreveu, a pedido da APASC,<br />

uma extensa monografia contando a história da Praca. As fotos<br />

e o livro do professor po<strong>de</strong>m ser encontrados na se<strong>de</strong> da<br />

APASC. No anexo reproduzimos algumas fotos. Além <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s<br />

iniciou-se o mapeamento das árvores da Praça por<br />

alguns estudantes <strong>de</strong> Biologia sob orientação <strong>de</strong> um professor<br />

<strong>de</strong> Botânica da UFSCar.<br />

35. O Parque Ecológico <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> é contemporãneo da APASC.<br />

Constituiu-se enquando Fundação a partir <strong>de</strong> um Convênio com<br />

a UFSCar e Prefeitura Municipal que viabilizou seu funcionamento.<br />

Devido brigas politicas e dificulda<strong>de</strong>s econômicas<br />

fechou suas portas ao público ·em 1985 <strong>de</strong>vendo reabri-Ias em<br />

1988.<br />

36. Várias ativida<strong>de</strong>s citadas nos anos <strong>de</strong> 85 e 86 po<strong>de</strong>m ser<br />

encontradas com mais <strong>de</strong>talhes na publicação "O VERDE" na se<strong>de</strong><br />

da APASC.


37. A Area <strong>de</strong> Proteção <strong>ambiental</strong> - APA <strong>de</strong> Corumbatai/Botucatu/Tejupá,<br />

foi criada no governo Montoro com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

disciplinar o uso do solo em áreas importantes do ponto <strong>de</strong><br />

vista <strong>ambiental</strong>. Nessa normatização existem os elementos<br />

impeditivos à construção <strong>de</strong> um aeroporto na mencionada área.<br />

38. Essa divergência acaba por forçar a DEPRN -Departamento <strong>de</strong><br />

Proteção aos Recursos Naturais, Delegacia <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - a<br />

<strong>de</strong>nunciar o convênio que tinha com a prefeitura municipal<br />

<strong>para</strong> que esta proce<strong>de</strong>sse a fiscalização da arborização urbana.<br />

Desta forma a APASC passa a auxiliar a DEPRN nesta fiscalização.<br />

39. Este engenheiro apesar da completa falta <strong>de</strong> recursos e apoio<br />

do governo do Estado tem se constituido num importante <strong>de</strong>fensor<br />

das áreas ver<strong>de</strong>s da região. através do seu papel <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>legado da Secretaria da Agricultura (agora secretaria do<br />

Meio Ambiente) <strong>para</strong> o DEPRN. Nesta tarefa tem enfrentado<br />

forte oposição dos proprietários rurais que querem <strong>de</strong>smatar o<br />

pouco <strong>de</strong> árvores que restam em suas proprieda<strong>de</strong>s e <strong>para</strong> tanto<br />

precisam. <strong>de</strong> autorização da DEPRN.<br />

40. Essas ativida<strong>de</strong>s iam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a preocupação com a formação dos<br />

monitores até como conseguir e pre<strong>para</strong>r o almoço <strong>de</strong> domingo.<br />

passando pelo transporte das crianças, divulgação dos "Ecologica-mente"<br />

e pre<strong>para</strong>ção dos impressos a serem distr1.buidos<br />

às crianças e monitores.<br />

41. Em zoologia, botânica, ecologia. técnicas agrlcolas. qulmica.<br />

culinária. saú<strong>de</strong>, institucionais<br />

42. O 'número <strong>de</strong> pessoas que respon<strong>de</strong>ram é pouco' significativo<br />

pois tivemos contato com aproximadamente 80 crianças e s6 8<br />

respostas ficaram nos arquivos do grupo (po<strong>de</strong> ser que <strong>de</strong>vido<br />

à nossa bagunça algumas tenham se perdido) mas isso justifica-se<br />

em parte pelo esquema dificultoso <strong>de</strong> <strong>de</strong>volução que<br />

exigia das crianças irem até a CDCC. ap6s a ativida<strong>de</strong>. entregar<br />

o questionário respondido. Quanto aos questionários dos<br />

monitores.quatro foram respondidos espontaneamente. Dos outros<br />

quatro colhemos o <strong>de</strong>poimento verbal.<br />

43. Passaram pelo grupo cerca <strong>de</strong> 43 pessoas (estudantes da<br />

UFSCar) sendo que a média envolvida em cada periodo era <strong>de</strong><br />

aproximadamente 30 pessoas. das quais 20 fixas (durante aproximadamente<br />

um ano e meio) e <strong>de</strong>z flutuantes.<br />

44. Ressalte-se<br />

estão sendo<br />

que. no ritmo do possivel. todos os contatos<br />

feitos pela diretoria da APASC no sentido <strong>de</strong>


econquistar o espa~o na rádio e a manutencão do programa bem<br />

como a renovacão do Convênio. e a pe660a que coor<strong>de</strong>nou o<br />

programa todos esses anos está dispo6ta a refazer o grupo e<br />

recomeçar o programa.<br />

45.0 primeiro texto foi escrito pelo autor <strong>de</strong>sta dissertacao<br />

e o segundo por um outro participante do grupo da favela-<br />

Shimbo.Y.


CAPITULO 111<br />

A APASC E O ASSOCIADO ATIVO


Apresentaremos a seguir fragmentos dos <strong>de</strong>poimentos<br />

<strong>de</strong> nove associados ativos. selecionados segundo 06 critérios<br />

explicitado6 no capitulo I. acompanhando-os <strong>de</strong> nossas análises.<br />

Esses <strong>de</strong>poimentos po<strong>de</strong>m ser obtidos.em sua integra.em documentos<br />

arquivados na se<strong>de</strong> da APASC ou com o autor <strong>de</strong>sta dissertacão.<br />

Neste capitulo. trabalharemos tais <strong>de</strong>poimentos.<br />

transcrevendo fragmentos com algumàs adapta~ões na forma da cons-<br />

trução das frases ou mesmo com supressões ou acréscimos <strong>de</strong><br />

palavras que <strong>de</strong>senvolvemos procurando não alterar-lhes o senti-<br />

do, <strong>para</strong> ajudar a apreensão do seu sentido e facilitar a leitura<br />

do mesmo. Isto em virtu<strong>de</strong> dos <strong>de</strong>poimentos terem sido feitos atra-<br />

vés <strong>de</strong> conversas totalmente .informais. que foram gravadas e<br />

transcritas na integra com seus vicios <strong>de</strong> linguagem. espaços <strong>de</strong><br />

pensamento. palavras não ditas expressas por ge~tos. etc.<br />

Co~o já exposto.além dos <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong>sses nove<br />

associados ativos. colhemos importantes <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> outras<br />

seis pessoas significativas na história da APASC (às vezes suas<br />

participações foram até mais intensas em <strong>de</strong>terminados periodos.<br />

mas <strong>de</strong>vido aos parâmetros estabelecidos <strong>para</strong> seleção dos membros<br />

ativos não foram apontados entre os que' <strong>de</strong>veriamos procurar<br />

inicialmente <strong>para</strong> entrevistar) e englobamos dados <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong><br />

correspondências <strong>de</strong> ex-diretores e <strong>de</strong> cartas <strong>de</strong> associados en<strong>de</strong>-<br />

reçadas ao autor da dissertação. os quais colaboraram no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta dissertação. A leitura <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>poimentos e<br />

correspondências muito contribuiu <strong>para</strong> a nossa interpretação<br />

sobre o que é a APASC.


Procuramos estruturar este capitulo <strong>de</strong> forma que<br />

primeiro o leitor tomásse contato com os <strong>de</strong>poimentos individuais<br />

sobre os motivos que aproximaram os entrevistados da questão<br />

ecológica e da APASC e sobre o significado que a militância<br />

ecológica tem ou teve em suas vidas e a seguir ouvimos e<br />

analisamos a opinião dos entrevistados sobre a APASC - seu papel,<br />

suàs origens e contradições, suas lutas e seu papel educacional,<br />

procurando <strong>de</strong>tectar o ponto <strong>de</strong> vista do associado ativo sobre a<br />

APASC e seu papel social.Por fim,expomos os resultados <strong>de</strong> enquete<br />

e algumas interpretações sobre os dados no tocante à concepção<br />

dos associados ativos a respeito das principais correntes e<br />

valores (segundo alguns autores) que constituem e perpassam o<br />

movimento alternativo e ecológico.


Eu não encontro eco.<br />

Sou um grito dissonante<br />

Neste universo em ressonância.<br />

Falo da harmonia<br />

Da estranhesa que sinto<br />

diante da idéia<br />

De ser dominador da Natureza<br />

Do <strong>de</strong>sejo que tenho em ser<br />

Apenas uma espécie singular.<br />

Do respeito que cultivo ao<br />

observar um pássaro, um<br />

inseto, .<br />

mas não encontro eco.<br />

Falo a um vazio <strong>de</strong> vozes.<br />

Serei Louco?<br />

Estarei Louco? Con<strong>de</strong>nado a<br />

vagar entre olhares<br />

espantados e silêncios.<br />

Terei que apren<strong>de</strong>r a conviver<br />

com a gozação. nascida<br />

do mesmo esplrito<br />

Dos que riem dos bêbados das<br />

ruas.<br />

Meu Deus dai-me forças.<br />

Deus Tupã, Oxalá. Iemanjá<br />

Nanã, Iansã, Xangõ,<br />

Ogum. Omulu, Erê. Curumim<br />

Dai-me força<br />

Oh água, luz<br />

Folha ver<strong>de</strong> do meu peito<br />

Sangue vermelho no meu sol<br />

Diamante da minha lágrima.<br />

Gran<strong>de</strong> pai lndio<br />

Que <strong>de</strong> sua tribo Seatle<br />

Deixou o maior documento<br />

da história<br />

Transforme-me num guerreiro<br />

audaz, corajoso e violento<br />

A busca dos escalpos dos<br />

meus inimigos


Dos usurpadores da minha<br />

liberda<strong>de</strong><br />

E da minha integrida<strong>de</strong>.<br />

Vamos montar uma tribo<br />

urbana<br />

Composta <strong>de</strong> malucos e<br />

visionários<br />

E vamos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r nossas<br />

fronteiras<br />

Nossas águas. nossas criancas<br />

Nossas mulheres.<br />

Vamos manter pura a terra<br />

Que um dia acolherá <strong>de</strong><br />

volta e nos dará<br />

A.paz que as mães amorosas dão<br />

a<br />

Seus filhos.<br />

Pegue sua crianca. meu amigo.<br />

Tome-lhe a mão com afeto<br />

Olhe <strong>para</strong> uma ave voando livre<br />

A procura <strong>de</strong> sua presa<br />

E <strong>de</strong>ixe-se olhar. Aprenda<br />

a olhar<br />

Aprenda a ver a harmonia<br />

A agonia<br />

Deixe que toque seu cora~ão<br />

A certeza infinita da nossa<br />

insignificância<br />

Da absoluta equida<strong>de</strong> que<br />

existe<br />

Diante da Mãe Natureza.<br />

Entre você e um sapo<br />

(E nem você nem ele se<br />

tornarão pr1nclpes)<br />

-On<strong>de</strong> está meu sonho?<br />

No que vejo e que não é visto?<br />

-No que sinto e não é<br />

compartilhado?<br />

No isolamento a que estou<br />

con<strong>de</strong>nado?<br />

On<strong>de</strong> está o meu sonho?<br />

E meu pesa<strong>de</strong>lo?


No que vejo e não creio<br />

que vejo?<br />

No que sinto e digo que<br />

sinto.E ninguém sente?<br />

No que vejo e chamam realida<strong>de</strong>?<br />

Será meu sonho meu pesa<strong>de</strong>lo?<br />

Talvez um dia eu converse com<br />

As plantas. os anImais. os rios<br />

o vento<br />

E os homens me dêem por doido<br />

E queiram me internar numa<br />

Ca<strong>de</strong>ia. Sanatório <strong>para</strong> que eu<br />

não mais lhes ,<br />

Atormente o juizo.<br />

E eu fuja. ajudado pela rainha<br />

dos raios. que <strong>de</strong>struirá os<br />

muros.<br />

Pelos reis das pedras. que<br />

atingirá meus perseguidores<br />

E chegando na floresta. seja<br />

Recebido. aos gritos <strong>de</strong><br />

alegria. pelo<br />

Curupira. que me conduzirá<br />

rapidamente aos<br />

Becantos secretos. on<strong>de</strong> só<br />

tem acesso os<br />

Puros <strong>de</strong> alma.<br />

E lá eu encontre a mulher da<br />

minha vida<br />

E seja feliz.<br />

Lã. longe dos homens. do mundo<br />

urbano<br />

Dos loucos chamados sãos.<br />

Então não precisarei mais<br />

encontrar eco algum<br />

·Serei eco<br />

Lógico.<br />

Caju 10.04.88 (O)<br />

Madrugada <strong>de</strong> vento frio<br />

Cantando ...cantando!


"essa idéia <strong>de</strong> mundo, <strong>de</strong> harmonia,<br />

ela sempre existiu, s6 que<br />

não conseguia relacionar as<br />

coisas na minha vida".<br />

Os motivos que levám cada um a se aproximar da<br />

APASC e da questão ecológica são bastante .<br />

heterogêneos .


(3). Lá <strong>de</strong>scobri maravilhada que além <strong>de</strong> estudos estéreis das<br />

disciplinas escolares, pessoas eram chamadas <strong>para</strong> uma ação em que<br />

a valorização voltava <strong>para</strong> o campo. Fiquei cheia <strong>de</strong> orgulho.<br />

Aquilo eu gostava e mato era meu ninho. As imagens dos "sli<strong>de</strong>s"<br />

do Ruschi eram comuns <strong>para</strong> mim. A <strong>de</strong>gradacão dos ambientes, <strong>de</strong><br />

matas e rios era um registro latente em mim que não tinha até<br />

então espaço <strong>de</strong> expressão, mesmo.porque os homens do sitio são<br />

ensinados a aceitar. e por bem se aquietar. procurar outras<br />

soluções. Consentia-se contrariado. Recuava-se como os bichos.<br />

Foi espantoso <strong>de</strong>scobrir que um burguês como o<br />

Masayuki (4) tão culto, tão fresco, tão elegante, maravilhava-se<br />

com as matas <strong>de</strong> Ruschi. empolgava-se com os colibris e admirava o<br />

cientista. Mas o que o cientista mostrava. pensei <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mim,<br />

é o que domino bem. Descobri que a vida me mostrava um importante<br />

segredo" .<br />

Em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> apoia as iniciativas <strong>de</strong> um colega <strong>de</strong><br />

turma. que muito se envolveu com a formação da APASC: "Acho que<br />

ele foi figura principal do porquê estive na APASC (...), não<br />

seria capaz <strong>de</strong>. naquela época. ter dado continuida<strong>de</strong> por conta<br />

própria" .<br />

M acredita ter sido influenciado pelos meios <strong>de</strong><br />

comunicação: "os canais <strong>de</strong> comunicação, principalmente os jor-<br />

nais. que começavam a trazer a questão da poluição. da contami-<br />

nação. do ar. do meio ambiente, <strong>de</strong> alguma coisa mais séria e<br />

suas consequências é o que acabou. <strong>de</strong> alguma forma. <strong>de</strong>spertando<br />

não só a mim, mas também a outras pessoas (...)".


As amiza<strong>de</strong>s e afinida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> idéias também são<br />

citadas por ele como importante motivo <strong>para</strong> a aproximação das<br />

pessoas que fundaram a APASC "(...) acho que começou por vinculos<br />

<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> (...) a APASC foi consequência (0.0) mas o grau <strong>de</strong><br />

união que se dava no grupo era pela afinida<strong>de</strong> e pela busca <strong>de</strong> uma<br />

coisa que era comum (00.) O grupo acabou se reunindo na questão<br />

ecológica, <strong>de</strong>spertada por um trabalho que o pessoal <strong>de</strong> Biologia<br />

vinha fazendo (...), "a semana <strong>de</strong> Biologia", on<strong>de</strong> se começava a<br />

questionar a questão do meio ambiente. E as pessoas que partici-<br />

pavam era justamente as pessoas que se interessavam em algum<br />

momento, por essas questões".<br />

Se, <strong>para</strong> os três s6cios fundadores, a Semana <strong>de</strong><br />

Estudos Ecológicos da Biologia foi o fator aglutinador em torno<br />

da fundação da APASC, <strong>para</strong> T ,N ,e E o ~ue os aproxima da<br />

entida<strong>de</strong> foram convites <strong>para</strong> participarem das ativida<strong>de</strong>s ou<br />

grupos <strong>de</strong> trabalhos da APASC.<br />

T aproxima-se da questão ecológica muito antes<br />

<strong>de</strong> se aproximar da APASC, "através da minha vivêncla aqui em <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong>, como escoteiro que fui, como colecionador <strong>de</strong> orqui<strong>de</strong>as<br />

que eu fui, como colecionador <strong>de</strong> rochas, então eu gostava muito<br />

<strong>de</strong> excursões, <strong>de</strong> passeios às matas, beirada <strong>de</strong> rio, montanhas,<br />

etc., coletar meus exemplares, organizar minhas coleções e nisso<br />

eu fui tendo contato com os problemas ambientais. Mais tar<strong>de</strong> eu<br />

me interessei muito pelo problema do clima em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> (o •• ) e<br />

mais tar<strong>de</strong>, quando foi feita a APASC, por seu convite eu fiz<br />

parte do conselho fiscal (...) (5).


Des<strong>de</strong> o inicio T é convidado pelos associados,<br />

<strong>para</strong> proferir palestras sobre clima, aspectos ambientais e a<br />

história <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e dar seu parecer por ocasião <strong>de</strong> alguma<br />

luta ou polêmica com as quais a entida<strong>de</strong> se envolve (6). Logo<br />

torna-se o primeiro conselheiro consultivo e assessor acadêmico<br />

da entida<strong>de</strong>.<br />

W aproxima-se da A~ASÓ através <strong>de</strong> um convite <strong>para</strong><br />

participar <strong>de</strong> um grupo que intencionava fazer um programa radio-<br />

fônico sobre ecologia. A medida em que vai se envolvendo com o<br />

programa e com a entida<strong>de</strong> (torna-se secretária, estagiária remu-<br />

nerada - .aliás muito pouco remunerada!) passa a se envolver com<br />

outras .lutas .especificas e com problemas gerais do movimento<br />

eco16gico "( ...) primeiro foi o programa <strong>de</strong> rádio. ai (...) me<br />

chamaram <strong>para</strong> uma reunião prá participar e u~a vez tanto no<br />

programa da rádio. o que eu ia veicular? ai comecei a partici-<br />

I também aproximou-se através <strong>de</strong> um convite<br />

espontâneo e fortuito <strong>de</strong> um veterano (que encontrara na livraria<br />

do Campus quando folheava um livro sobre indios brasileiros). que<br />

lhe dirigiu uma pergunta sobre o seu interesse pela questão<br />

indigena.<br />

De repente. estava combinado com mais um outro<br />

calouro da quimica e algumas outras pessoas. que se aproximaram<br />

atraidas por alguns cartazes que foram colocados na Universida<strong>de</strong><br />

divulgando as reuniões, .<strong>de</strong> montar um grupo <strong>de</strong> estudos e atuaQão<br />

em relação aos problemas dos indios - "grupo Moxamare" e "então


quando a gente come~ou com com o grupo Moxamare, a discutir a<br />

questão do indio; acho que a partir dai é que surgiu alguma coi6a<br />

em termos <strong>de</strong> ecologia, tal (...)".<br />

I, K e R tomaram a iniciativa <strong>de</strong> procurar a APASC<br />

em diferentes momentos <strong>de</strong> suas vidas (todos em 1984). Um buscando<br />

resposta6 existenciai6, outro pr~curando apoio <strong>para</strong> a luta em<br />

<strong>de</strong>fesa das árvores urbanas, e o outro respon<strong>de</strong>ndo a uma simpatia<br />

latente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a funda~ãoda APASC, em 1977, quando participou da<br />

assembléia <strong>de</strong> aprova~ão dos estatutos da entida<strong>de</strong>.<br />

Na realida<strong>de</strong>,acreditamos que todos buscavam res-<br />

postas existenciais, no sentido mais amplo e complexo do termo -<br />

dar sentido à existência ou procurar sentido na existência (7),<br />

seja como <strong>de</strong>cisão individual/racional, ~eja cpmo angQstia cons-<br />

tante ou como manifesta~ões espontâneas (intuitivas) <strong>para</strong> se<br />

tentar enten<strong>de</strong>r fenômenos diversos a partir das rela~ões com<br />

outros iguais. Os dados <strong>de</strong>sta disserta~ão não nos permitem ir<br />

mais· fundo nessa que6tão, mas gostarlamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixá-Ia indicada<br />

<strong>para</strong> que o leitor também pense nisso e quem sabe possamos mais<br />

adiante explorá-Ia ...<br />

expllcita,<br />

vida.<br />

Os três dão indlcios <strong>de</strong> uma simpatia, latente ou<br />

pela questão ecol6gica ao longo <strong>de</strong> suas hist6rias <strong>de</strong><br />

I , em 77, participou da assembléia <strong>para</strong> aprova~ão<br />

dos estatutos da APASC. Des<strong>de</strong> 80 semeia Araucárias (junto com 5,<br />

sua esposa, que também viria a ser diretora da APASC em 1985),


e dai surgiu aquela idéia <strong>de</strong> comprar o "Mamãe" (...) Quem com-<br />

prasse já era s6cio automaticamente da APASC. Dai a APASC não<br />

,<br />

coisa (...) Naturalmente você s6 vai porque tem uma certa simpa-<br />

tia. senão você não iria. porqu~ todo mundo foi convocado e a<br />

maioria não foi (...)"


aluguel pro dono <strong>de</strong> uma padaria que se dizia dono do terreno,<br />

sendo que o terreno era da Prefeitura. Conseguimos que ele não<br />

cobrasse mais nada (...)".<br />

Mas, por problemas pessoais 1 come~a a trabalhar<br />

"eu comecei a cuidar <strong>de</strong> mim, das minhas crian~as, dos meus ca-<br />

chorros. do meu quintal e s6; mais do que isso não <strong>de</strong>u <strong>para</strong><br />

fazer durante muito tempo. Quer dizer, sempre fui <strong>de</strong> participar<br />

da UrPA (8), sem carregar muito nas costas, quer dizer, ir lá <strong>de</strong><br />

vez em quando e achar 6timo o que os outros estão fazendo e<br />

contribuir com aquelas mensalida<strong>de</strong>s e coisa assim. E as associa-<br />

9ões ecológicas, essas que surgiram aqui no Brasil,eu na verda<strong>de</strong><br />

não cheguei a conhecer. A única pessoa que conhecia. que era do<br />

movimento ecol6gico e é até hoje,é a Cacilda Lanuza (...) Assisti<br />

uma pe9a com ela "Ver<strong>de</strong> que te quero Ver<strong>de</strong>" e achei assim impres-<br />

sionante e <strong>de</strong>pois fiquei sabendo que ela estava no movimento<br />

ecológico" .<br />

A1, em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. <strong>para</strong> on<strong>de</strong> se transfere quando<br />

vai trabalhar em uma gran<strong>de</strong> empresa. começa a exercer seus direi-<br />

tos <strong>de</strong> cidadania em quatões simples como manifestar-se por carta<br />

ao reitor da UFSCAR pedindo que não colocassem fogo no mato das<br />

margens da pista <strong>de</strong> Cooper (on<strong>de</strong> ela corria todas as manhãs) ou<br />

cartas ao Prefeito pedindo providências contra o corte indiscri-<br />

minado <strong>de</strong> ârvores das proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua moradia. E através<br />

<strong>de</strong>ssas questões que fica sabendo da APASC e a procura em busca <strong>de</strong><br />

apoio: "C ... ) é foi. mais ou menos isso (que a aproximou da<br />

APASC). Antes eu tentava sempre fazer alguma coisa no meu redor.<br />

meu vizinho, meu quintal e coisa assim. Mas o que fez uma


mudança na minha cabeça foi o livro do Inácio <strong>de</strong> Loyola Brandão<br />

~Não verás pais nenhum" (...) passa mais ou menos no ano 2010,<br />

2000 (.,,) é terrivel, não tem mais rios, nào tem mais nada:<br />

então ele lembra o dia que o colega <strong>de</strong>le foi levado embora da<br />

escola, da Universida<strong>de</strong>, por ter falado alguma coisa que não<br />

<strong>de</strong>via, que não interessava ao regime e ai ele acha, vendo i6so<br />

assim <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tantos anos, que naquele momento todo mundo<br />

<strong>de</strong>veria ter se colocado na frente ,<strong>de</strong>sse homem, sabe? Que ai<br />

talvez teria mudado tudo, Então isso me impressionou profundamen-<br />

te, O Luiz leu também e achamos qúe <strong>de</strong>viamos fazer alguma coisa,<br />

porque antes a gente dizia não adianta correr atrás, a gente se<br />

.irrita e no fim não vai adiantar nada mesmo. E ai achamos que<br />

tinhamos que fazer alguma coisa e procuramos a APASC { ...)".<br />

I, procurando. as raizes do seu envolvimento com a<br />

questão ecológica, fala que "essa idêia <strong>de</strong> harmonia sempre exis-<br />

tiu, ela não nasceu com a APASC, só que não conseguia relacionar<br />

essas coisas na minha vida", Essa idéia <strong>de</strong> harmonia advêm da<br />

vida, quando criança, no meio do mato que ele <strong>de</strong>sfrutava quando<br />

visitava seu avô "o mato representando o equilibrio, a vida, a<br />

ausência <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>, as coisas que eu não gostava no mundo que<br />

eu vivia (",)", e do seu gosto pelas artes marciais que o forta-<br />

lecia <strong>para</strong> ter uma relação com as pessoas que fosse "suave como<br />

um carinho" mas que não o levasse a per<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>terminação dos<br />

seus principios "eu sempre fui uma pessoa <strong>de</strong> principios, isso<br />

aprendi com meu pai (",)"


questio ecológica,ele falou sobre sua sempre presente necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> polemlzar,levantando dúvidas e não aceitando aquilo que não<br />

entendia. Assim come~ou a participar <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> opo6i~ão no<br />

'DCE-livre UFSCar e <strong>de</strong>pois foi da diretoria <strong>de</strong>ssa entida<strong>de</strong>. E<br />

assim polemizando se aproximou <strong>de</strong>finitivamente da questão ecoló-<br />

gica, a nivel <strong>de</strong> reflexão mais sistemática e posteriormente da<br />

APASC.<br />

De um diálogo com um professor da Universida<strong>de</strong>,<br />

militante politico do MR-8 (9), ele <strong>de</strong>scobre sua afinida<strong>de</strong> com as<br />

idéias anarquistas:<br />

"Eu estava na frente da biblioteca da Fe<strong>de</strong>ral<br />

conversando com ele e comecei a dizer as coisas que estava pen-<br />

sando, como estava vendo as pessoas, ... Ai ele disse: você tem<br />

discutido com aquele grupo <strong>de</strong> anarquistas? Porque você está<br />

pensando igual a ~les! E isso me fez pensar: p~rra, mas é <strong>de</strong>sse<br />

jeito que eu penso. E foi <strong>de</strong>ssa maneira que comecei a me i<strong>de</strong>nti-<br />

ficar com o anarquismo que não conheQo muito bem, ou com essa<br />

atitu<strong>de</strong> meio <strong>de</strong> irreverência diante do mando, da submissão ao<br />

humano; é uma. coisa que eu nunca gostei.mesmo, na minha vida<br />

inteira eu nunca gostei disso, . embora tenha um certo impeto <strong>de</strong><br />

mandar, mas é uma coisa que eu venho trabalhando, tal, mas - eu<br />

nunca gostei disso, enten<strong>de</strong>u? então, eu acho que me aproximei da<br />

causa ecol6gica <strong>de</strong>ssa maneira (...)".<br />

E <strong>de</strong> se ressaltar a relação quase automática que<br />

1 fez entre sua i<strong>de</strong>ntificação com as idéias anarquistas e sua<br />

aproximação com a causa ecológica. Dois motivos po<strong>de</strong>m alicerçar


e6sa rela~ão. Um é <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> alguns estudantes da Univer-<br />

6ida<strong>de</strong> simpatizantes das idéias libertArias serem. na época.<br />

militantes ecologistas e vice-versa. Outro é. da própria proxi-<br />

mida<strong>de</strong> teórica dos escritos ecologistas e dos seus i<strong>de</strong>ais. propa-<br />

lados <strong>de</strong> forma fragmentada pelos militantes. com os escritos<br />

libertârios. Essa proximida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>tectada na literatura em<br />

livros como"O negócio é ser pequéno" (lO) no tocante às idéias<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização. cooperativismo e formas <strong>de</strong> gestão fe<strong>de</strong>rati-<br />

vas ou no livro "Ecologia em Quadrinhos" (lI) que coloca com<br />

todas as letras teóricos libertârios como Rudolf Bahro. lvan<br />

Ilitch e André Gorz como autores importantes na consolidação das<br />

.idéias ecologistas. Po<strong>de</strong>mos citar ainda Capra {l2} falando sobre<br />

os ver<strong>de</strong>s na Alemanha e os anarquistas como uma das correntes que<br />

colaboraram na formação daquele partido.<br />

Em relação à sua aproximação com a APASC diz:" Era<br />

uma época da minha vida on<strong>de</strong> eu estava ficando louco. Não conse-<br />

guia equacionar as minhas contradições. não conseguia ver sa1da<br />

prá estar vivo. enten<strong>de</strong>u? viver me parecia -hoje também parece.<br />

mas é diferente - um imenso absurdo. enten<strong>de</strong>u? entrei num<br />

processo <strong>de</strong> não ver sentido em estar vivo. um processo altamente<br />

<strong>de</strong>pressivo. altamente <strong>de</strong>strutivo e não conseguia ver sa1da.E mais<br />

ou menos na época em que F e alguns outros amigos estavam nesse<br />

processo. - então eu realmente estava me <strong>de</strong>teriorando pra cara-<br />

lho. e fui prá APASC por causa disso. fui <strong>para</strong> APASC porque<br />

precisava ... porque eu não conseguia eco. não conseguia conver-<br />

sar com as pessoas. Os Assuntos das pessoas eram completamente<br />

<strong>de</strong>sinteressantes prá mim~ e os meus assuntos prás pessoas também


passar prá <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> existir ou p'ri mudar a maneira <strong>de</strong> existir<br />

<strong>de</strong>ssas coisas) então por isso fui pri APASC. Quer dizer, fui prá<br />

prá dizer, sem querer ouvir nada da reunião mas prá po<strong>de</strong>r estar<br />

junto com algumas pessoas que <strong>de</strong> alguma forma me confortavam".<br />

A falta <strong>de</strong> experiência, da maioria dos entrevista-<br />

dos, na participação <strong>de</strong> organizações. Só K havia participado da<br />

E posslvel afirmar que os entrevistados buscavam<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um trabalho em grupo, uma potencializa~~o da ação


do comportamento ecol6gico individual (13) ou mesmo sobre os<br />

mecanismos sociais· e psicol6gicos'que atuam na aglutinacão dos<br />

individuos. Algumas vezes vacilamos. e comecamos a discorrer sobre<br />

da sua hist6ria <strong>de</strong> vida (gostava <strong>de</strong> mato, plantas, ler um livro,<br />

Pfeocupações espirituais ...) fatores circunstanciais (entrar<br />

- __ o _ •• ~


111.1.2. "O que foi e significou <strong>para</strong> mim,<br />

a participa~ão na APASC"<br />

cou o envolvimento com <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s diferentes: partici-<br />

/<br />

não fazer aquela expectativa e não ficar <strong>de</strong>siludido quando não<br />

são cumpridas. Acho que a APASC foi tão importante prá mim, que


esse tipo <strong>de</strong> aprendizado. que não foi tão fácil. não me fez<br />

abandoná-la. (...)" I<br />

"Esse tipo <strong>de</strong> atua~ão foi importante. Serviu <strong>para</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver uma consciência maior ... o respeito às pessoas. à<br />

natureza ... Acho que na verda<strong>de</strong> o maior retorno. não é global.<br />

<strong>de</strong> você fazer uma coisa e ver coisas acontecerem. mas fica mais<br />

em termos pessoais. no tipo <strong>de</strong> rela~ões que tivemos com as pes-<br />

soas. discussões<br />

gran<strong>de</strong>". E<br />

A segunda. relacionada a adquirir consciência dos<br />

problemas ambientais e suas relações com a socieda<strong>de</strong> e o Estado.<br />

Descobrir alguns problemas e questões que se ignorava· e aprofun-<br />

dar-se no <strong>de</strong>bate e reflexão sobre outros. Desvendar a estrutura<br />

do Estado e os mecanismos acionáveis pelo cidadão ...<br />

N.:.a nivel <strong>de</strong> consciência e reflexão sobre a<br />

questão do meio ambiente foi fundamental (...) Reunia pessoas<br />

diferentes com finalida<strong>de</strong> comum. Isso faz com que a gente cres~a.<br />

amadureça e acaba sendo orientador das nossas relações pra fren-<br />

te". M<br />

"O mais relevante tem sido o contato com algumas<br />

questões que eu não entendia ... que não sabia que existiam. e que<br />

passei a enten<strong>de</strong>r. e a toma-Ias como referência no meu processo<br />

<strong>de</strong> reflexão pessoal.da minha vida e da vida das pessoas que me<br />

cercam e que não me cercam." 1


prá me mostrar essas alternativas, o movimento ecológico, e me<br />

sensibilizar realmente <strong>para</strong> a vida, a <strong>de</strong>struição da vida, a<br />

sensibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> a vida, uma coisa meio <strong>de</strong> convivência com<br />

animais com seres humanos inclusive, quer dizer, mudança <strong>de</strong><br />

postura inclusive com o próprio ser, da própria espécie ( ...)",<br />

M.<br />

A terceira categoria po<strong>de</strong> ser expressa como um<br />

maior estimulo ao fazer, agir, pensar, ter esperanças, ter uma<br />

atitu<strong>de</strong> mais positiva em relação à existência, ou seja, a <strong>de</strong>spei-<br />

to do ceticismo "vou tentar". Po<strong>de</strong> ser retratada em frases como a<br />

<strong>de</strong> P<br />

"Aprendizado foi o exercicio com o social; serviu<br />

<strong>de</strong> meio <strong>para</strong> me expressar socialmente ( ). Todo trabalho que a<br />

gente teve, tal, eu aprendi bastante ou na fala <strong>de</strong> R ressal-<br />

tando a importância do contato com a realida<strong>de</strong> local, procurando<br />

fazer alguma coisa pela comunida<strong>de</strong>: "Na minha vida a importância<br />

da APASC, o porque eu não <strong>de</strong>ixei a APASC até hoje é que a AFASe<br />

me dá um contato com a realida<strong>de</strong> local e com a comunida<strong>de</strong>, e por<br />

outro lado eu vejo como uma maneira <strong>de</strong> fazer alguma coisa pela<br />

comunida<strong>de</strong>. Não faz mal que a comunida<strong>de</strong> não perceba, eu sei que<br />

estou fazendo alguma coisa pela comunida<strong>de</strong>, enquanto que se eu<br />

ficar só no meu mundinho <strong>de</strong> Departamento <strong>de</strong> Quimica da Universi-<br />

da<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral, eu tô fazendo alguma coisa, formando gente. mas não<br />

estou fazendo alguma coisa pela çomunida<strong>de</strong> local. A APASC me<br />

permite entrar em contato com outras pessoas com outra realida<strong>de</strong>,<br />

com outro mundo, me dá essa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ela me abre o<br />

mundo mais, eu me sinto, razoavelmente bem. é. me sinto bem.


com o mundo. mais que a Universida<strong>de</strong>. Digo i6so com serieda<strong>de</strong><br />

porque a Universida<strong>de</strong> me disciplináva e me reprimia"pelas compe-<br />

APASC foi·uma escolha preciosa <strong>para</strong> o tempo em disposi~!.o. Foi<br />

uma coincidência e uma op~Ao do instinto. Como uma religião; um<br />

~!o do pensamento negativista. Uma reeduca~ão <strong>de</strong> si mesma (conti-<br />

nua ainda hoje) sobre a postura diante do mundo. Um confronto à<br />

cavam-se idéias. falando, escutando. olhando-se e iS60 era agradável.


Foi <strong>para</strong> mim um exercicio da reflexão. das dúvidas<br />

e das <strong>de</strong>cisões. Foi uma experimentação. Foi um passo no conheci-<br />

mento e compreensão <strong>de</strong> si e do mundo.<br />

todos como um grupo.<br />

Gostava das pessoas. não digo todos um por um; mas<br />

APASC representa a minha juventu<strong>de</strong> participativa.<br />

ainda que timida e sem energia .<br />

.APASC foi um questionamento. um passo à compreen-<br />

sio do mundo enquanto pensamento. A procura da interação enquanto<br />

ação.<br />

o 'que ficou da APASC. <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>pois. que se<br />

reflete hoje nas minhas atitu<strong>de</strong>s.<br />

Leituras das páginas do ambiente nos jornais.<br />

Atenção pelos temas ambientais.<br />

instala e percorre.<br />

Observação das condiQ~es ambientais <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se<br />

Os pontos <strong>de</strong> vista nas opiniões ...<br />

Na escolha dos candidatos às eleições.


Reuniões e encontros . <strong>de</strong> discussão, trabalhos e<br />

to <strong>de</strong>sta disserta~ão acreditamos que os elementos levantados até<br />

agora ~ossam contribuir <strong>para</strong> pensarmos mais adiante no papel<br />

educacional da APASC <strong>para</strong> seus associados (os ativos em especial)<br />

e <strong>para</strong> a popula~ão em geral.<br />

Nossa inten~ão é saber se a participação na APASC<br />

estimulou ou refor~ou atitu<strong>de</strong>s individuais <strong>de</strong> participação em


Quanto à participação em outras organizações. dos<br />

seis participam ou partici<strong>para</strong>m <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s,<br />

associações <strong>de</strong> classe ou partido polltico (DCE-Livre. <strong>Associação</strong><br />

<strong>de</strong> P6s-Graduandos da UFSCar. grupos <strong>de</strong> alfabetização e educação;<br />

Partido dos Trabalhadores; Distrito <strong>de</strong> <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Enfermeiros;<br />

goria ou algumas reuniões <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s) e somente um.<br />

apesar <strong>de</strong> ter frisado que o seu aprendizado com a APASC foi<br />

que houve ou há em relação à APASC .<br />

•<br />

conforme os <strong>de</strong>fine Evers. Viola. Cruz (14) - porém é diflcil<br />

constatar a extrapolação <strong>de</strong>ssa prática <strong>para</strong> a prática do militan-


Temos fortes indicios <strong>de</strong> sua ocorrência no viven-<br />

ciado junto à história <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong>sses entrevistados - no apoio<br />

que <strong>de</strong>ram, por e~emplo, a uma coor<strong>de</strong>na~ão do DCE-Livre UFSCar com<br />

fortes principios auto-gestionários ou mesmo no apoio e simpatia<br />

aos candidatos politicos que apresentavam propostas que reforça-<br />

vam principio~ da <strong>de</strong>mocracia direta conforme a <strong>de</strong>fine Viola/Main-<br />

waring (15). Po<strong>de</strong>mos constatá-lo-ainda nas respostas à enquete<br />

apresentadas ao final <strong>de</strong>ste capitulo, porém o que po<strong>de</strong>mos notar é<br />

que são práticas individuais e em alguns casos intuitivas, ou<br />

seja, não passam por um processo <strong>de</strong> racionalização mais profundo<br />

sustentado por leituras e <strong>de</strong>bates que direcionem as opções <strong>de</strong><br />

grupo. Sobre este assunto voltaremos a conversar mais adiante nos<br />

itens sobre o papel organizacional e educacional da APASC.<br />

Quanto ao assumir a questão ecológica fora dos<br />

horários em que ~e está <strong>de</strong>senvolvendo alguma ativida<strong>de</strong> especifi-<br />

camente <strong>para</strong> a APASC, cada um dos entrevistados passa assumi-la<br />

<strong>de</strong> diferentes maneiras.<br />

P , através <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s com um entreposto<br />

<strong>de</strong> produtos naturais e como professor <strong>de</strong> Biologia, faz <strong>de</strong> suas<br />

ativida<strong>de</strong>s profissionais e <strong>de</strong> sua postura <strong>de</strong> vida - através da<br />

alimentação natural, yoga, tai-chi-chuan, grupos espiritualistas,<br />

H , enfatiza a permanência da militância, só que<br />

agora ela assume outras'caracteristicas. 'No dia-a-dia, sempre que<br />

possivel faz uma alimentação natural e procura "incorporar mais<br />

uma filosofia oriental" que lhe dá uma concepção <strong>de</strong> vida total-


mente diferente - tentando i<strong>de</strong>ntificar os momentos que está sendo<br />

consumido pelo consumismo e procurando ter "a paciência que a<br />

natureza tem". Além disso tem dado aulas e palestras "mesmo que<br />

sejam gratuitas, num nivel <strong>de</strong> estar realmente um elemento <strong>de</strong>sper-<br />

tador <strong>de</strong> consciências e não um criador <strong>de</strong> consciências (...)".<br />

Em sua profissão, a militância ecol6gica é assim<br />

caracterizada: "sinto que em nenhum momento <strong>de</strong>ixei <strong>de</strong> ter a<br />

preocupação com a questão do meio ambiente. mas s6 que com outra<br />

perspectiva. Agora não mais a nivel da instituição, da organiza-<br />

ção especifica <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> do meio'ambiente. mas no meu trabalho.<br />

na minha ação e no meu saber: que que eu faço em relação a isso?<br />

Enquanto gerente <strong>de</strong> uma organização <strong>de</strong> um -serviço. o qual admi-<br />

nistro <strong>de</strong>ntro daquela concepção da gente fazer a ação <strong>de</strong> preser-<br />

vação. <strong>de</strong> conservação do meio ambiente. da questão da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida no seu quintal e ir prá fora, <strong>de</strong>ntro da área <strong>de</strong> minha<br />

abrangência enquanto gerente <strong>de</strong> uma instituição. eu tento fazer<br />

com que -a organização seJa o mais salubre posslvel e que possa<br />

oferecer uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>para</strong> o trabalhador lá<br />

<strong>de</strong>ntro.<br />

Fora isso (...) essa instituição. enquanto presta-<br />

dora <strong>de</strong> serviço à saú<strong>de</strong>. tem que estar visualizando o individuo.<br />

não s6 o individuo único. mas o individuo inserido <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />

meio. E a ação sobre esse individuo não <strong>de</strong>ve ser dada em uma ação<br />

individualizada. através <strong>de</strong> medicamentos. <strong>de</strong> consulta médica.<br />

não. Ela tem que ter uma ação conjunta no meio e no indlvlduo.<br />

E ai vem aquela questão da consciência também<br />

politica no entendimento que.a questão do meio ambiente passa


,<br />

frustrado por estar tendo pouca participa~ão em organizações.<br />

Atribui isso ao fato <strong>de</strong> ter sido consumido pela pós-graduação:<br />

,<br />

essas coisas - o movimento das baleias, ecol6gico. alimentação"<br />

mas assume que o seu cotidiano é "cheio <strong>de</strong> contradições" pois ao<br />

mesmo tempo que' consi<strong>de</strong>ra a "industrialização do animal uma<br />

questão ecológica e preten<strong>de</strong> voltar a fazer o programa <strong>de</strong> rádio<br />

da APASC - "Vida Natural" com o qual materializa muito do seu<br />

Além disso. mudou-se <strong>para</strong> uma chácara on<strong>de</strong>. junto com Luis (outro<br />

associado ativo da APASC e seu marido), <strong>de</strong>senvolvém diversas das


etc ...) e interagem com os vizinhos procurando evitar <strong>de</strong>smatamen-·<br />

tos, polui~ão da represa e riachos nas proximida<strong>de</strong>s e caça aos<br />

animais silvestres.<br />

K procura incorporar a questão ecológica na<br />

sua vida, no seu cotidiano, através das relações familiares e com<br />

amigos, através <strong>de</strong> alimentação ~ tai-chi-chuan e através da<br />

participação pol1tica <strong>de</strong>ntro da Universida<strong>de</strong>.<br />

R acredita que sua participação fora da APASC<br />

é mais a da verbalização sobre a questão ecológica, escrevendo<br />

artigos <strong>para</strong> jornais, conversando com colegas do Departamento e<br />

da <strong>Associação</strong> .Brasileira <strong>de</strong> Qu1mica. Nas aulas, quando é pos-<br />

s1vel, discute a questão ecológica. Fora isso tem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980,<br />

semeado e plantado araucárias, junto com sua.esposa 5 (que<br />

também foi diretora da APASC), em diversos lugares da Universi-<br />

da<strong>de</strong> e <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. No seu cotidiano consi<strong>de</strong>ra-se um liberal,<br />

admitindo que outros fumem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua casa (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não seja<br />

na hora <strong>de</strong>le dormir, pois tira-lhe o sono) e mantendo seus hábi-<br />

tos alimentares que inclui carne e outros hábitos não admitidos<br />

por alguns ecologistas.<br />

Finalizando. po<strong>de</strong>mos ressaltar que os associados<br />

ativos incorporam no seu cotidiano, aquilo que consi<strong>de</strong>ram mais<br />

importante da sua militância ecologista. Alguns valorizam a6<br />

mudanças no próprio modo <strong>de</strong> vida - alimentação. relações. etc.,<br />

outros "não esquentam a cabeça com isso" mas preocupam-se com<br />

efetivação <strong>de</strong> sua contribuição <strong>para</strong> com a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong>. A impressão que temos é que <strong>de</strong>ssa inte-


ação <strong>de</strong> per6pectiva6 diferente6 6empre há um a66umir (em dife-<br />

rente6 proporçõe6)ou compreen<strong>de</strong>r. a6 perBpectiva6 d06 outro6.


·<br />

rar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong>,alertam a comunida<strong>de</strong>, lutam


- "um lugar on<strong>de</strong> a gente po<strong>de</strong> ir fazer suas quei-<br />

xas". I<br />

- "fortalecer a ação fiscalizadora dos<br />

viduos". I<br />

- "pessoas que vêem o que estã acontecendo. aler-<br />

tam a comunida<strong>de</strong> e não <strong>de</strong>ixam aquilo ocorrer ao<br />

léo". W<br />

- "fundamental <strong>para</strong> que a população adquira cons-<br />

ciência mais global, menos superficial, e seja<br />

informada <strong>de</strong> outras posi


- "uma forma <strong>de</strong> se satisfazer aquelas ânsias <strong>de</strong><br />

transformação da socieda<strong>de</strong> que acho que é uma<br />

caracterlstica do jovem e <strong>de</strong> uma maneira coletiva.<br />

cooperativa". P<br />

,<br />

usufruirem (APREL/BROA) (16).<br />

agressões (aeropqrto (17) sairia se não fosse a<br />

APASC) e <strong>para</strong> outras pessoas encontrarem apoio<br />

impotente diante do po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong> tudo que l~e agri<strong>de</strong> nessa socie-<br />

da<strong>de</strong>. <strong>de</strong> aprendizado e crescimento pessoal e <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>s e afeto


postas acima, po<strong>de</strong>mos fazer uma análise que aponta três papéis<br />

<strong>para</strong> a APASC: educacão. fiscalizacão a potencializacão da ~<br />

,<br />

individual, todos voltados <strong>para</strong> a prote~ão do meio ambiente.<br />

melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e transforma~ão, sendo que esta<br />

indivlduo enquanto interiorida<strong>de</strong>, enquanto ser insatisfeito na<br />

b~sca <strong>de</strong> explica~ões existenciais.<br />

Essa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transforma~ão que emerge nos<br />

<strong>de</strong>poimento dos entrevistados e no dia a dia da aS6ocia~ão. não é<br />

uma caracteristica exclusiva da APASC. Todos os movimentos so-


111.2.2. Sua história e algumas caracterlsticas<br />

111.2.2.1. O inicio<br />

"APASC (é) era um movimento <strong>ambiental</strong>ista, uma<br />

ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> luta, a rebeldia <strong>de</strong> um capitalismo selvagem, uma<br />

rebeldia que preten<strong>de</strong> ser saudável, frente aos questionamentos às<br />

condiQões <strong>de</strong> vida que encontramos pronta.<br />

Uma postura politica.<br />

Uma ética <strong>de</strong> justiQa, um policiamento <strong>ambiental</strong>.<br />

APASC representava um grupo que no minimo tinha um<br />

traQo comum, que é preocupaQão e entusiasmo e um senso <strong>de</strong> comu-<br />

nida<strong>de</strong>. Tinham fé, aQão e consciência <strong>de</strong> sua época. (assim acre-<br />

ditávamos). Consciência da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preservaQlo <strong>de</strong> ambien-<br />

tes originais (sentimentos ligados ao amor e à sauda<strong>de</strong>). Cons-<br />

ciência <strong>de</strong> um bem comum e da vonta<strong>de</strong>, necessida<strong>de</strong> da melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. E irmão mais próximo do humanismo e filho<br />

rebel<strong>de</strong> da situaQão.<br />

APASC é (era) um resgate<br />

explico <strong>de</strong> outro modo: o sentimento é a base, é <strong>de</strong> uma sauda<strong>de</strong> e<br />

tristeza, como a que sentiria "um pássaro que volta à árvore, que<br />

não existe mais". A reaQão humana é <strong>de</strong> que acreditamos no po<strong>de</strong>r.<br />

O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> reconstruir a "árvore <strong>para</strong> o repouso do pássaro que<br />

voltará outra vez. E antes que seja tar<strong>de</strong>, antes que o pássaro<br />

<strong>de</strong>cida não voltar mais APASC é esse resgate. O pássaro é a jóia<br />

do nosso coraQão".


E enquanto fé, ação e participação APASC é (era)<br />

~ma religião. (a religião é um instinto onto16g1co da educação).<br />

vonta<strong>de</strong> .e no pensamento não.<strong>de</strong>dicariam parte <strong>de</strong> seu tempo num<br />

movimento <strong>ambiental</strong>ista. O <strong>ambiental</strong>ismo, penso eu, faz parte da<br />

pr6pria lei <strong>de</strong> equil1brio natural cujo germe <strong>de</strong> reação se instala<br />

, ~._.<br />

mo) as mensagens apelativas que se conduzem através dos cartazes,<br />

panfletos e propagandas <strong>ambiental</strong>istas. Os apelativos em uso<br />

reproduzem um sentimentalismo humano caracteristicos que resi<strong>de</strong>


APASC - era um grupo<br />

- uma corrente<br />

- um veiculo<br />

.E em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. agia em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. <strong>para</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. mas era<br />

mais que <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.<br />

APASC era (é). uma preocupação ecológica. era um<br />

pensamento ecológ~co e pretendia uma ação ecológica. Cada parti-<br />

cipante tinha lá as suas razões que o levava a participar <strong>de</strong> um


" Acho que come~ou por vinculos <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>s.<br />

De repente, tinha um grupo <strong>de</strong> pessoas que pensavam que tinham <strong>de</strong><br />

alguma forma, i<strong>de</strong>alizado um mundo talvez diferente, que tinham um<br />

certo grau <strong>de</strong> entendimento politico da questão e que achavam que<br />

era importante, num <strong>de</strong>terminado momento, estar se organizando via<br />

grupo, como uma massa critica. prá estar discutindo, estar tendo<br />

um'posicionamento mais coletivo (coletivo <strong>de</strong> poucas pessoas), mas<br />

que pu<strong>de</strong>sse estar refletindo, <strong>de</strong>batendo, questionando as agres-<br />

sões que se estavam fazendo naquele momento ao meio ambiente. A<br />

APASC foi consequência. a criação da APASC, quer dizer, po<strong>de</strong>ria<br />

ser APASC ou qualquer outro nome mas o grau <strong>de</strong> união que se dava<br />

no grupo, era pela afinida<strong>de</strong> e pela busca <strong>de</strong> uma .coisa que era<br />

comum (",) O grupo acabou se reunindo na questão ecológica,<br />

<strong>de</strong>spertada por um trabalho que o pessoal da Biologia vinha fazen-<br />

do (",)"<br />

o nascimento da APASC, enraizado na Universida<strong>de</strong> 'e<br />

mais particularmente junto aos estudantes,está relacionado a<br />

alguns dos problemas enfrentados pela entida<strong>de</strong> durante sua exis-<br />

tência:'<br />

Nos próximos itens vamos tentar conhecer esse e<br />

alguns outros problemas da entida<strong>de</strong>.


tradição <strong>de</strong> militância estudantil, que sempre contrariou os inte-<br />

resses estabelecidos. Portanto é <strong>de</strong> longa data a ação difamat6ria<br />

_.cida<strong>de</strong>,<br />

além <strong>de</strong> ocorrerem os atritos cotidianos entre estudantes


No <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> I , torna-se presente a imagem<br />

que faziam da APASC setores significativos da populaQão <strong>São</strong> Car-<br />

lense: "quando conheci a APASC e comecei a falar <strong>de</strong>las prâs<br />

pessoas no meu trabalho percebi que <strong>para</strong> elas ou a APASC não<br />

existia ou elas diziam que eram "uns estudantes" num sentido<br />

pejorativo. (...) Então a primeira coisa que tentei fazer foi<br />

colocar-Ihes que <strong>de</strong>viam se associar porque não era estudante, era<br />

importante. era a vida <strong>de</strong> cada um" mas isso ai é muito dificil,<br />

tanto é que das pessoas que eu tinha mais ligação na Lápis (18),<br />

que <strong>de</strong>veriam ser umas 200 em minha'volta, uma 40 acho que entra-<br />

ram <strong>de</strong> sócias; (...) as pessoas po<strong>de</strong>m até ser s6cias mas elas<br />

procuram não falar porque tem aquela vergonha e medo, medo também<br />

<strong>de</strong> achar que é algum negócio politico. A primeira coisa que eles<br />

falaram quando eu levei o problema da APASC lá na firma foi:<br />

"isso ai é coisa <strong>de</strong> jogadas politicas", quer dizer, era melhor<br />

(<strong>de</strong>ixaram bem claro) se manter fora disto do que <strong>de</strong>ntro (19).<br />

Então isso ai. no começo me surpreen<strong>de</strong>u muito, mas <strong>de</strong>pois aprendi<br />

q~e é a própria estrutura aqui da cida<strong>de</strong> (...) s6 porque aqui tem<br />

aquele grupo <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rosos que não quer abrir espaço <strong>para</strong> os <strong>de</strong><br />

baixo, _ quer dizer os <strong>de</strong>,baixo tem que ficar embaixo intelectual-<br />

mente prâ não se levantar, então isso ai <strong>de</strong>ssas indústrias e da<br />

origem também <strong>de</strong> povo <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> (...) que são assim pessoas<br />

simples que vieram do campo e foram <strong>para</strong>r em fábrica é aquele<br />

proletariado que não tem orgulho. Orgulho <strong>de</strong>les é trabalhar<br />

na fábrica (...) você vê, aqui em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> tem tantas indús-<br />

trias e não tem movimento <strong>de</strong> sindicato, não tem movimento <strong>de</strong><br />

nada, não é?".<br />

Essa tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligar-se da imagem estudantil


e ser assumida pela cida<strong>de</strong> conseguiu relativos sucessos, como<br />

po<strong>de</strong>-se conferir nos <strong>de</strong>poimentos abaixo: - "hoje ela passa a ser<br />

reclamada por pessoas da cida<strong>de</strong>, apesar do núcleo ainda ser<br />

pequeno, mas hoje uma pessoa vinculada à cida<strong>de</strong> é sua represen-<br />

tante". M.<br />

"Quando a I passou a ser presi<strong>de</strong>nte a APASC<br />

passou aos poucos a não ser vista simplesmente como uma associa-<br />

ção <strong>de</strong> estudantes". R<br />

"Hoje ela tem um sígnificado <strong>para</strong> a cida<strong>de</strong><br />

forte do que ela teve antes, ela está se fortalecendo". K<br />

'Essa mudança <strong>de</strong> imagem <strong>para</strong> a cida<strong>de</strong> que se con-<br />

substancia na entida<strong>de</strong> ter um perfil menos estudantil está asso-<br />

ciada ã mudança da composição dos seus quadros <strong>de</strong> associados e<br />

diretores e tipo ~e ativida<strong>de</strong>s e discursos dos associados ativos.<br />

Nos últimos anos,começam a se filiar na entida<strong>de</strong><br />

m~is pessoas que <strong>de</strong>sempenham ativida<strong>de</strong>s profissionais na cida<strong>de</strong><br />

-professores universitários, funcionários <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> firma<br />

on<strong>de</strong> trabalham dois dos diretores da APASC, consumidores do<br />

entreposto <strong>de</strong> produtos naturais <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> um dos dire-<br />

tores, e, a maioria <strong>de</strong> seus diretores já não é <strong>de</strong> estudantes.<br />

R nos fala sobre a importância dos diretores da<br />

entida<strong>de</strong> serem profissionais e não estudantes: "(...) enquanto é<br />

s6 estudante, tem menos respaldo <strong>para</strong> falar, você fala, fala, a1<br />

ó cara pergunta quem é você e você fala, não eu sou professor num<br />

Departamento, numa Universida<strong>de</strong>, então o cara sabe que não está


falando com um e6tudante ou com um qualquer, vam06 dizer aS6im,<br />

não é um i<strong>de</strong>alista s6, quer dizer, é um i<strong>de</strong>alista que tem algun6<br />

6ub6idios também. Não significa que uma peS60a que 6eja i<strong>de</strong>ali6ta<br />

e não seja um profis6ional, um profe6sor, não sei o que, não<br />

p06sa ter subsidios (...) mas i6so dá força também, dá mai6<br />

respaldo, respeito. As pessoas respeitam mais (...) infelismente<br />

é assim."<br />

A entida<strong>de</strong> ainda mantém a caracterlstica <strong>de</strong> ser<br />

constitulda, em sua maior parte, por pessoas ligadas à UF5Car<br />

(professores, p6s-graduandos, ex-estudantes e estudantes) porém,<br />

além <strong>de</strong> seus diretóres serem profissionais,o seu discurso hegemô-<br />

nlco passa a ~er mais mo<strong>de</strong>rado, menos estudantil e suas ativi-<br />

da<strong>de</strong>s passam a se contrapor menos ao po<strong>de</strong>r executivo local.<br />

Exemplificador" <strong>de</strong>ssa tendência foi a <strong>de</strong>liberação<br />

da diretoria <strong>de</strong>· manter o diálogo com o Prefeito em torno da<br />

questão "Parque Ecológico" enquanto que a intenção <strong>de</strong> duas estu-<br />

dantes <strong>de</strong> Biologia, uma das quais diretora da APASC <strong>para</strong> a6suntos<br />

do Parque Eco16gico (em 1986),era <strong>de</strong>nunciar publicamente a "enro-<br />

lação" do Prefeito .<br />

Essas mudanças são criticadas por ex-diretores que<br />

vêem a entida<strong>de</strong> diminuindo sua ênfase polltica: "é importante<br />

ressaltar que na época da discussão da assembléia prá aprovar o<br />

estatuto da associação, uma coisa que era patente no pr6prio<br />

grupo. é que a associação <strong>de</strong>veria ser um movimento polltico<br />

apartidário. Eu acho que ela continua um movimento apartidário,<br />

mas não polltico (...) eu acho que pelas próprias caracterlsticas


<strong>de</strong> como evoluiu o grupo e a própria inserção do movimento e a<br />

expansão do trabalho do movimento <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong>". M<br />

Inegavelmente, a partir <strong>de</strong> 1983/1984,após uma fase<br />

<strong>de</strong> pouquissima participação e atuação, a entida<strong>de</strong> passa a assumir<br />

diversas ativida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>mos chamar, na falta <strong>de</strong> um nome<br />

melhor, <strong>de</strong> "construtivas" (em opo&i~ão às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia<br />

e fiscalização) <strong>para</strong> as quais can~lizam-se as energias <strong>de</strong> seus<br />

associados ativos. <strong>São</strong> eles os grupos <strong>de</strong> trabalho que assumem um<br />

programa da radiodifusão, o controle do restaurante Mamãe Nature-<br />

za, o grupo educação <strong>ambiental</strong>, o boletim periódico "O Ver<strong>de</strong>". a<br />

conquista <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong> uma se<strong>de</strong> aberta ao público. <strong>de</strong>ntre outras<br />

ativida<strong>de</strong>s.<br />

Isto faz com que a APASC seja efetivamente reco-<br />

nhecida pela cida<strong>de</strong>: "agora a gente tem uma se<strong>de</strong>, reuniões perió-<br />

dicas. boletim (.,,) acho que muito mais gente agora conhece a<br />

APASC. por causa da se<strong>de</strong> e porque saimos no jornal quase uma vez<br />

pór semana"~ I<br />

A localiza~ão da se<strong>de</strong> e a secretâria mantendo-a<br />

aberta.fazem com que a APASC seja mais conhecida, "você tem que<br />

ter uma janela <strong>para</strong> o mundo em que o pesoal tome conhecimento da<br />

sua existência. Estando ali (numa Praça Central) é interessante.<br />

Acontece isso", R<br />

Mas não abandonam-se as lutas contra fontes polui-<br />

doras e em <strong>de</strong>fesa da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da popula~ão, como nos<br />

afirma R "lutas como o Aeroporto. Fian<strong>de</strong>iras, Alpargatas e


Mineradora (20) são fatos que mostram <strong>para</strong> as autorida<strong>de</strong>s e <strong>para</strong><br />

a cida<strong>de</strong> a importância <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> associação".<br />

o encaminhamento <strong>de</strong>ssas lutas contra firmas 'polui-<br />

doras e contra a <strong>de</strong>gradacão da APA - Area <strong>de</strong> Proteção Ambiental<br />

<strong>de</strong> Corumbatai, evitando-se a ampliação <strong>de</strong> um aeroporto da USP no<br />

Broa e a instalação <strong>de</strong> uma mineradora às margens do Ribeirão<br />

Feijão on<strong>de</strong> é captada a água que abastece a cida<strong>de</strong> são vistas por<br />

K como um momento significativo na <strong>de</strong>finição do perfil da<br />

<strong>Associação</strong>: "a APASC tá chegando num momento assim, meio<br />

complicado, porque se <strong>de</strong> um lado ela tá <strong>de</strong>ixando as funções mais<br />

administrativas, entrando nas funcões mais politicas <strong>de</strong> buscar a<br />

organização das pessoas em torno das suas questões ou <strong>de</strong> outras<br />

questões tal, essa coisa começa a exigir das pessoas um outro<br />

tipo <strong>de</strong> comprometimento on<strong>de</strong> ir na quarta-feira à noite (nas<br />

reuniões) já não é suficiente (.,,) Você passa a assumir um outro<br />

papel em relacão à entida<strong>de</strong>, porque se ela não começou a ser uma<br />

parte <strong>de</strong> sua vida, você não segura isso mais, então começa a<br />

haver uma pressão prá ir diminuindo a distância entre o discurso<br />

e a prática (,..) ou a gente vai segurar e vai mudar organicamen-<br />

te as nossas próprias vidas ou a entida<strong>de</strong> vai ter um retrocesso e<br />

reassumir um papel burocrático (...)", K<br />

o fato <strong>de</strong> contar-se hoje com o apoio da Prefeitu-<br />

ra, Câmara e Judiciário no encaminhamento das suas lutas faz com<br />

que a entida<strong>de</strong> tenha uma atuacão mais vinculada às instituições,<br />

mais <strong>de</strong> colaboração e menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia. Os "inimigos" ficam mais<br />

distantes (já muitas vezes não é o Prefeito) e tem-se mais meca-<br />

nismos institucionais <strong>para</strong> <strong>de</strong>nunciá-Ios (Curadoria do Meio Am-


,<br />

ações da APASC. Negar-se como associação estudantil não signifi-<br />

cou negar o objetivo <strong>de</strong> organização e educação pol1tica dos<br />

moradores na luta pela melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e <strong>proteção</strong><br />

lhidos. Só que a existência <strong>de</strong> outros mecanismos <strong>de</strong> luta. a<br />

"menor periculósida<strong>de</strong>" das lutas ecológicas {h6je elas jã não são


Muitos flsicos, criados, como<br />

eu, numa tradição. que a6socia misticismo<br />

a coisas vagas, misteriosas<br />

e altamente não cientlficas. ficaram<br />

chocados ao ver suas idéias com<strong>para</strong>das<br />

com as dos mlsticos.<br />

movimento ecológico é que o pessoal que milita é em geral natura-<br />

l!sta. ~acrobi6tico. etc. Não é o meu caso; nesse aspecto<br />

eu não misturo as coisas. Uma coisa é <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o meio ambiente.


como caracteristica central da entida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> sua procura ou<br />

aprendizado <strong>de</strong>ntro da APASC.<br />

P afirma que a APASC, "é um trabalho sério em<br />

termos espirituais", e que sua vida profissional, como proprietá-<br />

rio <strong>de</strong> um entreposto natural, se confun<strong>de</strong> ou é só uma faceta <strong>de</strong><br />

sua mllitância ecológica na APASC e aponta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la,<br />

APASC, aprofundar sua vivência em·grupo, <strong>para</strong> as pessoas traba-<br />

lharem suas coisas internas" (22).<br />

Na história da APASC, ascontradicões emergem <strong>de</strong><br />

todos os lados e são assumidas naturalmente embora,talvez,sequer<br />

se as perceba. Assumem-se escritos anarquistas como os <strong>de</strong> José<br />

Oiticica com a mesma facilida<strong>de</strong> que se opta pela legalizacão da<br />

entida<strong>de</strong>. Difun<strong>de</strong>-se a discriminalizacão da maconha com a mesma<br />

facilida<strong>de</strong> que se faz um discurso contra o cigarro, em especial,<br />

contra o fumar em recintos fechados. Contradi~ões aparentes não<br />

s6 entre diferentes pessoas do grupo, mas em uma mesma pessoa.<br />

H fala sobre sua vivência na APASC reforcando<br />

e/ou <strong>de</strong>spertando suas raizes orientais em termos <strong>de</strong> alimentacão e<br />

postur~ <strong>de</strong> vida, mas ao mesmo tempo mostra-se contrário às carac-<br />

teristicas m1sticas e/ou visionárias da entida<strong>de</strong>, reforçando a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la assumir seu lado politico.<br />

P contrário ao fato da APASC assumir um dis-<br />

curso essencialmente politico entrapdo em contradicão com a pos-<br />

tura ecológica, coloca-se, ao mesmo tempo, em <strong>de</strong>fesa das acões<br />

diretas e inusitadas junto à populacão da cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar-se no interior da APASC a questão da


aparência mas existe unida<strong>de</strong> na essência. ou apren<strong>de</strong>u-se a convi-<br />

ver com as contradições em função da existência <strong>de</strong> objetivos


hoje existe uma amea


frequentemente ridicularizadas regras formais da <strong>de</strong>mocracia indu-<br />

ziram pela primeira vez na história as técnicas <strong>de</strong> convivência,<br />

<strong>de</strong>stinadas a resolver os conflitos sociais sem o recurso à vio-<br />

lência. Apenas on<strong>de</strong> essas regras são respeitadas o adversário não<br />

é mais um inimigo (que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>struido), mas um opositor que<br />

amanhã po<strong>de</strong>rá ocupar o nosso lugar. Terceiro: o i<strong>de</strong>al da renova-<br />

ção gradual da socieda<strong>de</strong> através do livre <strong>de</strong>bate das idéias e da<br />

mudança das mentalida<strong>de</strong>s e do modo <strong>de</strong> viver: apenas a <strong>de</strong>mocracia<br />

permite a formação e a expansão das revoluções silenciosas, como<br />

foi por exemplo nestas últimas décadas a transformação das re-<br />

lações entre os sexos - que talvez seja a maior revolução dos<br />

.nossos tempos. Por fim, o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> irmanda<strong>de</strong> (a fraternité da<br />

revolução francesa). Gran<strong>de</strong> parte da história humana é uma histó-<br />

ria <strong>de</strong> lutas fratricidas. Na sua Filosofia da história (...)<br />

Begel <strong>de</strong>finiu a história como um "imenso matadouro". Po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>smenti-lo? Em .nenhum pais do mundo o método <strong>de</strong>mocrático po<strong>de</strong><br />

perdurar sem tornar-se um costume. Mas po<strong>de</strong> tornar-se um costume<br />

8em o reconhecimento da irmanda<strong>de</strong> que une todos os homens num<br />

<strong>de</strong>stino comum? Um reconhecimento ainda mais necessário hoje.<br />

quando nos tornamos a cada dia mai8 conscientes <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>stino<br />

comum e <strong>de</strong>vemos procurar agir com coerência. através do pequeno<br />

lume <strong>de</strong> razão que ilumina nosso caminho".<br />

Acreditamos que Capra (24), trilhando raciocinio<br />

diverso ao <strong>de</strong> Bobbio, o complete ao enfatizar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

transformações 80ciais. na perspectiva preconizada pelo I Ching,<br />

contrapondo-a à perspectiva marxista: "Embora. no passado. o<br />

conflito e a luta tenham ocasionado importantes progressos so-


concep~ão marxista, acredito que o conflito <strong>de</strong>ve ser minimizado<br />

em épocas <strong>de</strong> transição social".<br />

respeito à diversida<strong>de</strong>. O avanço não está em eliminar o que resta<br />

,<br />

direta nem no seu contrário. os legalistas e a<strong>de</strong>ptos da ação<br />

organizacional e fortalecimento institucl0nal. Está sim na combi-<br />

nação das partes.~o se permitir que ora se manifeste uma tendên-<br />

cià como mais forte. ora outra. Está no aprendizado que se tem<br />

disso e na ação social que se potencializa com isso. Está no<br />

enriquecimento individual a partir do <strong>de</strong>bate com diferentes<br />

posições; ··porque. <strong>de</strong> repente. reunia naquele momento um grupo <strong>de</strong><br />

pessoas que tinham o mesmo interesse e que passavam a discutir as


·<br />

no sentido <strong>de</strong> mostrar que é posslvel a convivência frutlfera dos<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s e ocorra um <strong>de</strong>bate sobre elas no sentido <strong>de</strong> com-<br />

preensão das posições do outro e relativização da minha verda<strong>de</strong><br />

manifestação da(s) outra(s) verda<strong>de</strong>(s). A superação <strong>de</strong>sse perlodo<br />

<strong>de</strong> crise que se vive enquanto civilização, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> em muito da<br />

com a natureza. Esta emergência do novo po<strong>de</strong> ser conflituosa,<br />

como fala Marx ou sem violência, como nos fala o I Ching através<br />

<strong>de</strong> Capra, <strong>de</strong> acordo com nossa disposição (abertura, flexibili-<br />

da<strong>de</strong>) ou não, :<strong>para</strong> essa convivência com a diversida<strong>de</strong> e com a


"A socieda<strong>de</strong><br />

maneira tal,<br />

mento que se<br />

entida<strong>de</strong> nada<br />

tã montada<br />

que chega um<br />

você não tem<br />

acontece" B<br />

que as energias que são gastas <strong>para</strong> manter essa estrutura organi-<br />

zacional podiam ser canalizadas pára a a~ão propriamente dita)<br />

valorizando-a positivamente e ressaltando as dificulda<strong>de</strong>s <strong>para</strong> se<br />

mas érealizaQão <strong>para</strong> o indivlduo, ele sabe que· no grupo consegue<br />

muito mais porque. tem com quem dialogar o que ti acontecendo". P<br />

<strong>de</strong><br />

mouma


você po<strong>de</strong> aprimorar as suas idéias. aprimorar inclusive como<br />

fazer 'que a entida<strong>de</strong> tenha força pol1tica .....H<br />

- "Ela busca canalizar as energias <strong>para</strong> produzir<br />

resultados socialmente. legitima sua atuação social ..." K<br />

- "Eu acho que é importante porque voc~ chega a<br />

ser alguém. você não chega como nada ..." I (fálando sobre o<br />

fortalecimento como individuo em sua ação fiscalizadora e <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>núnc ia). '<br />

organizac;!,o<br />

<strong>de</strong>la:<br />

Para os entrevistados é na pr6pria<br />

que vai se <strong>de</strong>scobrindo a importância e<br />

atuação na<br />

necessida<strong>de</strong><br />

..•.. uma das coisas que aprendi é que a associa-<br />

ção dos homens é necessária •. o trabalho 'tem que ser trabalho em<br />

grupo, não adianta o trabalho isolado <strong>de</strong> uma pessoa T (esta<br />

afirmação vem em resposta à pergunta sobre o seu aprendizado com<br />

a APASC).<br />

- .....eu nunca acreditei muito em<br />

associações públicas muito menos ...é importante ter<br />

aprendi isso cQm a APASC" ... I,<br />

organizac;ões;<br />

associações.<br />

"a atuação numa organização vai propiciando <strong>de</strong>sco-<br />

brir essas coisas (...) eu acho que ela é busca <strong>de</strong> expressão das<br />

pessoas, ela é isso mesmo, toda essa burocracia. ela é necessá-


ia... o que a gente tA querendo é participar e prá participar a<br />

~ente precisa entrar nisso, se a gente não faz isso a gente não<br />

tA participando...participar significa participar das regras, se<br />

você participa totalmente fora das regras do jogO, não tA parti-<br />

cipando... nosso grupo escolheu esse caminho <strong>para</strong> participar ..."<br />

P. Nesta mesma linha <strong>de</strong> raciocionio nos diz M : "da forma que<br />

estava organizada a socieda<strong>de</strong> em 1977, a única forma <strong>para</strong> ter uma<br />

ação, mesmo que fosse restrita, era <strong>de</strong>ntro do plano formal. A<br />

nivel <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa era fundame~tal que a gente tivesse um corpo.<br />

Veja, é contraditório. Hoje eu acho que não, mas naquela época<br />

era fundamental que sim".<br />

Essas duas últimas citações levantam duas ques-<br />

tões. Uma é sobre a necessida<strong>de</strong> da organização formal (<strong>de</strong>ntro das<br />

regras do jogo) em pleno periodo <strong>de</strong> ditadura militar no Brasil.<br />

aproveitando-se as brechas da legislação <strong>para</strong> reunir-se. organi-<br />

zar-se. criticar'o governo e expandir <strong>para</strong> outras pessoas essas<br />

criticas, diminuindo assim as possibilida<strong>de</strong>s da repressão agir e<br />

aumentando as dos individuos se expressarem.<br />

Castells fala sobre isso em "Cida<strong>de</strong>, Democracia e<br />

Socialismo" ao analisar as associações <strong>de</strong> moradores <strong>de</strong> Madrid que<br />

se organizaram durante o franquismo, "utilizando-se ao máximo as<br />

possibilida<strong>de</strong>s legais ou a tolerância forçada da ditadura" (25),<br />

lutando por problemas especificos e contribuindo <strong>para</strong> a educação<br />

da população na <strong>de</strong>rrubada da ditadura -"( ...) os movimentos<br />

urbanos, na Espanha, foram e serão um instrumento sumamente<br />

eficaz na <strong>de</strong>fesa das condi~ões <strong>de</strong> vida dos cidadãos e na conquis-<br />

ta e <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>de</strong>mocracia" (26).


A segunda é um questionamento da necessida<strong>de</strong>.<br />

hoje, <strong>de</strong> organiza~ões formais. com sua burocracia e formalida<strong>de</strong>s<br />

(CGC. prestação <strong>de</strong> contas, papel timbrado. arrecadar dinheiro<br />

<strong>para</strong> pagar a secretária, etc ...). Não seria mais interessante a<br />

participa~ão em movimentacões espontâneas, canalizando as ener-<br />

gias das pessoas <strong>para</strong> a acão direta em lutas e ativida<strong>de</strong>s especi-<br />

ficas?<br />

Agora a resposta é mais dificil. principalmente ao<br />

tomarmos por referencial o ceticismo existente hoje no Brasil<br />

com relação a qualquer possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atuacão institucional .<br />

.Assistimos à impotência do cidadão no sentido <strong>de</strong> fazer frente às<br />

agressões que o Estado e o po<strong>de</strong>r econômico lhe fazem no dia a dia<br />

e que. <strong>para</strong> não ir longe. extravasa das telas <strong>de</strong> televisão.<br />

Acreditamos que entre os jovens. tem sido mais frequente a ação<br />

direta e explosiva do que a ação <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> organizacões e insti-<br />

tuições. Mas sem organizacão.torna-se dificil a concretização das<br />

ações voltadas <strong>para</strong>'o coletivo (no sentido <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às agres-<br />

sões mencionadas) e~ao organizar-se <strong>para</strong> a ação. tornam-se presen-<br />

tes reflexões e necessida<strong>de</strong>s tipicamente organizacionais: "como<br />

se <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>". "quem fala primeiro". "quem vota". "quem coor<strong>de</strong>na".<br />

"como se divi<strong>de</strong>m as tarefas", "como se socializam as<br />

informações" .....e por fim abrem-se as possibilida<strong>de</strong>s e neces-<br />

sida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação legal e coloca-se o dilema: atuar~se pelo<br />

"menos ruim" assumindo-se as "regras do jogo", e conquistando ou<br />

consolidando pequenos espa~os (sejam eles na imprensa. no Parla-<br />

mento e nas <strong>de</strong>mais institui~ões ...) ou atuar-se pelo "melhor<br />

i<strong>de</strong>alizado" não abrindo ~ão dos principios e ficando às margens


Bobbio diz que os interlocutores que gostaria <strong>de</strong><br />

tornar menos <strong>de</strong>sconfiados em rela~ão às regras do jogo <strong>de</strong>mocráti-<br />

co são "os que esta nossa <strong>de</strong>mocracia, sempre frágil, sempre<br />

vulnerável, corruptlvel e frequentemente corrupta, gostariam <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>struir <strong>para</strong> torná-la perfeita, os que, <strong>para</strong> retomar a famosa<br />

imagem hobbesiana, comportam-se como as filhas <strong>de</strong> Pélia, que<br />

cortaram em pedaQOS o velho pai <strong>para</strong> fazê-lo renascer"(27).Diz<br />

que não se po<strong>de</strong> encarar o i<strong>de</strong>al da <strong>de</strong>mocracia preconizados por<br />

seus teóricos como medida <strong>para</strong> a nossa realida<strong>de</strong>. Deve-se, segun-<br />

do Bobbio,. partir da realida<strong>de</strong>, o que implica em constatar que<br />

existem prome~sas não cumpridas, pela Democracia, em relaç~o a<br />

algumas das quais temos condiQões <strong>de</strong> avan~ar no seu cumprimento<br />

enquanto em relaQão à outras com as quais preci~amos conviver mu-<br />

ito tempo ainda,caso não se queira retrocessos ou mesmo ameaças à<br />

própria existência da Democracia. Destas promessas não cumpridas<br />

ele indica seis: a supressão dos corpos intermediários entre o<br />

individuo e a gestão da socieda<strong>de</strong>," "representação politica e o<br />

mandato imperativo", "persistência das oligarquias", "espaço<br />

limitado ou a não <strong>de</strong>mocratização <strong>de</strong> diversos espaços da socie-<br />

da<strong>de</strong>"; "o po<strong>de</strong>r invislvel, "o cidadão não educado" (28).<br />

Delas po<strong>de</strong>mos apreciar duas que foram evocadas<br />

pelos entrevistados, no sentido <strong>de</strong> procurarmos enten<strong>de</strong>r o porquê<br />

das oPQões feitas pela APASC por atuar <strong>de</strong>ntro das regras do jogo.<br />

Primeiramente vejamos a questão da "supressão dos<br />

corpos intermediários entre o individuo e a gestão da socieda<strong>de</strong>".


Bobbio diz: (...)sujeitos politicamente relevantes tornaram-se<br />

sempre mais os grupos, gran<strong>de</strong>s organizações, associacões da mais<br />

diversa natureza, sindicato das mais diversas profissões, parti-<br />

dos das mais diversas i<strong>de</strong>ologias. e sempre menos os individuos.<br />

Os grupos e não os indivlduos são os protagonistas da vida<br />

politica numa socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática, na qual não existe mais um<br />

soberano. o povo ou a nação.' com~osto por individuos que adqui-<br />

riam o direito <strong>de</strong> participar direta ou indiretamente do governo,<br />

na qual não existe mais o povo como unida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al (ou mlstica),<br />

mas apenas o povo dividido <strong>de</strong> fato em grupos contrapostos e<br />

concorrentes. com a sua relativa autonomia diante do governo<br />

central (autonomia que os individuos singulares per<strong>de</strong>ram ou s6<br />

tiveram num mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> governo <strong>de</strong>mocrático sempre <strong>de</strong>smentido<br />

pelos fatos)". (29)<br />

A gran<strong>de</strong> questão que se levanta contra a existên-<br />

cia dos corpos intermediários entre os indivlduos e a socieda<strong>de</strong> é<br />

relativa ao aumento da burocracia.Bobbio diz: "Todos os Estados<br />

que se tornaram mais <strong>de</strong>mocráticos. tornaram-se ao mesmo tempo<br />

mais burocráticos pois o processo <strong>de</strong> burocratização foi em boa<br />

parte -uma consequência <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização" (30) .Isto<br />

transposto <strong>para</strong> uma pequena associação <strong>de</strong> pessoas também po<strong>de</strong> ser<br />

dito no sentido <strong>de</strong> que ampliar-se as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> partici-<br />

pação <strong>de</strong> todos os seus membros significa prestar informações a<br />

todos. imprimir periódicos e <strong>para</strong> imprimi-los é preciso ter<br />

infra-estrutura, que por sua vez significa ter recursos<br />

financeiros. que por sua vez significa ter uma estrutura <strong>para</strong><br />

captá-los e assim por diante; significa também uma diminuição na


,<br />

mais chance <strong>de</strong> ser efetivo em termos <strong>de</strong> mudan~as na socieda<strong>de</strong><br />

real e não s6 qual é mais produtivq. E ainda, quais as neces6i-<br />

da<strong>de</strong>s daquela socieda<strong>de</strong> e daquele grupo naquele momento e dai<br />

problemas e 6olu~ões vividos pelos que optaram por organizarem-se<br />

<strong>de</strong>ntro das regras do jogo,que é o caso da APASC.


"Se você per<strong>de</strong> qual é o objetivo da gente lá<br />

<strong>de</strong>ntro, então ela <strong>de</strong>svirtua ..." (sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ao<br />

atuar-se numa organização abandonar-se os objetivos que o leva-<br />

ram <strong>para</strong> lá e ficar-se preso só às tarefas administrativas do<br />

dia-a-dia) (...)"agora eu tõ falando <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização<br />

aon<strong>de</strong> você tem um grupo <strong>de</strong> pessoas que não são muito apegadas a<br />

uma certa hierarquia ...em cima da.experiência que a gente teve,<br />

que não tinha nada disso ...agora numa organização hierarquizada<br />

não sei se tem muito a ver".<br />

Caminhar-se da "<strong>de</strong>mocratização do Estado à <strong>de</strong>mo-<br />

cratização da socieda<strong>de</strong>" consiste segundo Bobbio em "saber se<br />

houve um <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>de</strong>mocracia num dado pais procurando-<br />

se perceber se aumentou, não o número dos que têm direito <strong>de</strong><br />

participar nas <strong>de</strong>cisões (isto segundo ele, é um direito que já<br />

foi levado ao limite nos paises <strong>de</strong>senvolvidos) que lhes dizem<br />

respeito, mas os espaços nos quais po<strong>de</strong>m exercer este direito"<br />

(31). A realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> paises <strong>de</strong> terceiro mundo on<strong>de</strong> não se elege<br />

ainda o presi<strong>de</strong>nte da república e só recentemente conquistou~se<br />

o voto <strong>para</strong> os analfabetos é inegavelmente diferente dos paises<br />

<strong>de</strong>senvolvidos,mas o raciocinio sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expandir-se<br />

os espaços da <strong>de</strong>mocracia é igualmente válido. pois uma po<strong>de</strong> ser<br />

garantia da outra (a expansão dos espaços e do número <strong>de</strong> pessoas<br />

que têm direito a participar).Viola e Mainwaring apontam 06 novos<br />

movimentos sociais como importantes instâncias <strong>de</strong> formação da<br />

"cultura politica" no B~asil e Argentina e como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contribuição no aprofundamento da <strong>de</strong>mocracia politica e partir da<br />

<strong>de</strong>mocratização <strong>de</strong>sses Estados, atualmente em curso. (32).


,<br />

mais chance <strong>de</strong> ser efetivo em termos <strong>de</strong> mudancas na socieda<strong>de</strong><br />

real e não s6 qual é mais produtivq. E ainda, quais as necessi-<br />

da<strong>de</strong>s daquela socieda<strong>de</strong> e daquele grupo naquele momento e dai<br />

e ainda faz pela acão institucionalizada. Vejamos então uma outra<br />

(segundo Bobbio) das promessas não cumpridas pela Democracia. E a


"Se você per<strong>de</strong> qual é o objetivo da gente lá<br />

<strong>de</strong>ntro, então ela <strong>de</strong>svirtua ..." (sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ao<br />

atuar-se numa organiza~ão abandonar-se os objetivos que o leva-<br />

ram <strong>para</strong> lá e ficar-se preso s6 às tarefas administrativas do<br />

dia-a-dia) {...)"agora eu tô falando <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização<br />

aon<strong>de</strong> você tem um grupo <strong>de</strong> pessoas que não são muito apegadas a<br />

uma certa hierarquia ..,em cima da.experiência que a gente teve,<br />

que não tinha nada disso ...agora numa organização hierarquizada<br />

não sei se tem muito a ver",<br />

Caminhar-se da "<strong>de</strong>mocratiza~ão do Estado à <strong>de</strong>mo-<br />

c~atiza~ão da socieda<strong>de</strong>" consiste segundo Bobbio em "saber se<br />

houve um <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>de</strong>mocracia num dado pais procurando-<br />

se perceber se aumentou. não o número dos que têm direito <strong>de</strong><br />

participar nas <strong>de</strong>cisões (isto segundo ele, é um direito que já<br />

foi levado ao limite nos paises <strong>de</strong>senvolvidos) que lhes dizem<br />

respeito, mas os espa~os nos quais po<strong>de</strong>m exercer este direito"<br />

(31). A realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> paises <strong>de</strong> terceiro mundo on<strong>de</strong> não se elege<br />

ainda o presi<strong>de</strong>nte da república e s6 recentemente conquistou~se<br />

o voto <strong>para</strong> os analfabetos é inegavelmente diferente dos pa1ses<br />

<strong>de</strong>senvolvidos.mas o raciocinio sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expandir-se<br />

os espaços da <strong>de</strong>mocracia é igualmente válido, pois uma po<strong>de</strong> ser<br />

garantia da outra (a expansão dos espaços e do número <strong>de</strong> pessoas<br />

que têm direito a participar).Viola e Mainwaring apontam os novos<br />

movimentos sociais como importantes instâncias <strong>de</strong> formação da<br />

"cultura politica" no Brasil e Argentina e como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contribui~ão no aprofundamento da <strong>de</strong>mocracia politica e partir da<br />

<strong>de</strong>mocratiza~ão <strong>de</strong>sses Estados, atualmente em curso. (32).


Para Bobbio essa <strong>de</strong>mocratiza~ão da socieda<strong>de</strong> civil<br />

"consiste na extensão do po<strong>de</strong>r ascen<strong>de</strong>nte, que até agora havia<br />

ocupado quase exclusivamente o campo da gran<strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> politica<br />

(e das pequenas, min~sculas, em geral politicamente irrelevantes<br />

associa~ões voluntãrias) <strong>para</strong> o campo da socieda<strong>de</strong> civil nas suas<br />

várias articula~ões, da escola à fãbrica (...) isto é <strong>de</strong> espaços<br />

até agora dominados por organizações <strong>de</strong> tipo hierãrquico ou<br />

burocrático". (33).<br />

Concordamos com a tese geral da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ampliação dos espaços <strong>de</strong>mocráticos mas acreditamos .como Castells,<br />

que importante papel no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização do Estado<br />

<strong>de</strong>sempenham as associações voluntárias que se constituem nos<br />

chamados movimentos sociais:" Nesse sentido. as associações<br />

madrilenhas <strong>de</strong> vizinhos constituem um verda<strong>de</strong>iro movimento social<br />

na medida em qu~ foram um dos elementos <strong>de</strong>cisivos da mudança<br />

politica e do surgimento <strong>de</strong> novos valores sociais e <strong>de</strong> novas<br />

formas urbanas ..." (34).<br />

E portanto não são politicamente (no seu sentido<br />

mais amplo) irrelevantes. pois são escolas <strong>de</strong> formação dos indi-<br />

viduos <strong>para</strong> a participação auto-gestionãria: "Po<strong>de</strong>-se dizer que o.<br />

movimento citadino <strong>de</strong> Madrid foi uma escola <strong>de</strong> cidadania <strong>de</strong>mocrá-<br />

tica. pois proporcionou aos vizinhos a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partici-<br />

par livremente na resolução <strong>de</strong> seus problemas mais imediatos"<br />

(35) e portanto capazes <strong>de</strong> servirem como experiências que contri-<br />

buem não s6 na <strong>de</strong>mocratização das diversas instituições da socie-<br />

da<strong>de</strong> civil e do Estado mas <strong>de</strong> apontar <strong>para</strong> os contornos <strong>de</strong>ssa<br />

. <strong>de</strong>mocracia que venha a se instalar nas instituições. Talvez ai,


·<br />

das entida<strong>de</strong>s dos assim chamados novos movimentos sociais urbanos


mações e divisão dos trabalhos <strong>para</strong> 06 gruP06 ...agora ... a orga-<br />

nização não po<strong>de</strong> tolher a ação direta individualizada... essa<br />

ação não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>por contra a.organização ... aI ê 60mplicado ..·.<br />

não ê legal <strong>para</strong> a APASC mas ê legal <strong>para</strong> mim ... a gente tem que


tem. A medida em que a atuação do grupo co~flitue com os objeti-<br />

vos da entida<strong>de</strong> (interpretados pelas reuniõe~ gerais e assem-<br />

te autônomo sem ter uma <strong>de</strong>limitação bl-direcional entre o grupo e<br />

a diretoria ... a responsabilida<strong>de</strong> é do grupo e da diretoria, mas<br />

j<br />

da APREL que se constituiu numa nova associa~ão e talvez da I<br />

COOAPASC. (que se preten<strong>de</strong>. sej:l:ma Cooperativa <strong>de</strong> Naturalistas)


os <strong>de</strong>mais grupos ou foram incorporados como ativida<strong>de</strong>s da direto-<br />

ria ou morreram. Todos porém. acreditamos. cumpriram seu papel<br />

positivo. propiciando aprendizados aos participantes e encami-<br />

nhando 6olu~ões <strong>para</strong> os problemas em funcão dos quais surgiram.<br />

Discutir o papel educacional <strong>de</strong>ssa organizacão é o que se propõe<br />

o próximo tópico.


"Criar consciência comunitáril;l<br />

não é simplesmente estudar fatos<br />

e cifras, mas arrancar as<br />

vendas dos olhos do povo e<br />

<strong>de</strong>scobrir um método participante<br />

<strong>de</strong> encarar o meio ambiente<br />

(...) Primeiro precisamos lidar<br />

com os fatores do <strong>de</strong>sligamentoapatia,<br />

indiferença, hábito e<br />

sensacão <strong>de</strong> impotência. Depois<br />

<strong>de</strong> mobilizar a comunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>remos<br />

tratar das condições que<br />

criam crescimento <strong>de</strong>scontrolado,<br />

poluicão e feiura"<br />

~agora eu não sei se ela realmente<br />

atinge esses objetivos,<br />

(proteger o ambiente e melhorar<br />

a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida), se ela<br />

não fica muito em coisas que na<br />

verda<strong>de</strong> parece que você está .<br />

brigando, mas não sei se acontece<br />

alguma coisa no fundo. Uma<br />

coisa que a gente sempre via<br />

era aquela briga <strong>de</strong> poda <strong>de</strong><br />

árvore. Hoje você passa na<br />

cida<strong>de</strong> tá tudo pelado, né!<br />

E<br />

árvores é o objetivo especifi~o a conseguir-se, a partir <strong>de</strong> uma<br />

luta especifica que às vezes foi vitoriosa, pois algumas árvores,


Não po<strong>de</strong>mos também ignorar as inümeras reuniões<br />

on<strong>de</strong> se questionava o sentido das lutas <strong>de</strong>senvolvidas em função<br />

do avanço generalizado da <strong>de</strong>gradação <strong>ambiental</strong>. Detinha-se a<br />

<strong>de</strong>struição <strong>de</strong> uma mata pelo impedimento da construção do novo<br />

aeroporto <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo em Caucaia do Alto. mas ouvia-se no dia<br />

seguinte o anúncio da construcão das Usinas Nucleares na Jurêia.<br />

ou noticias do Projeto Jari e das enormes queimadas na Amazônia.<br />

Respondia-se. na êpoca, que o importante era o<br />

fortalecimento <strong>de</strong>ssa luta <strong>de</strong>ntro dé cada um dos associados e que<br />

não <strong>de</strong>viamos nos consi<strong>de</strong>rar tão onipotente ao ponto <strong>de</strong> fazermos<br />

cálculos e previsões e chegarmos à conclusão <strong>de</strong> que a <strong>de</strong>gradacão<br />

venceria a <strong>proteção</strong>. Pois com certeza essas coisas não eram<br />

lineares e chegaria um momento on<strong>de</strong> a situação se inverteria. ou<br />

pelo acúmulo <strong>de</strong> forcas nas pessoas e <strong>de</strong> pessoas que se iam jun-<br />

tando ao longo <strong>de</strong>sse processo (mesmo que eles ainda fossem mino-<br />

ria numérica e suas vitórias menores que as <strong>de</strong>rrotas) ou pela<br />

própria reacão da natureza agredida, inviabilizando projetos<br />

<strong>de</strong>struidores e forçando o entendimento, pelas autorida<strong>de</strong>s e po-<br />

pulação. das questões ecológicas que eram levantadas.<br />

Respon<strong>de</strong>mos hoje com afirmações <strong>de</strong> outros entre-<br />

vistados. valorizando o processo e o fazer algo em oposicão ao<br />

não fazer nada:<br />

"...então eu ach6 que a APASC. mesmo que não<br />

consiga. até um certo momento. cumprir alguns objetivos <strong>de</strong> luta,<br />

como por exemplo conseguir que o aeroporto e a mineração não se


instalem no Broa, a agita~ão, a poeira que ela levanta já é, <strong>para</strong><br />

mim, mais do que bom a nlvel <strong>de</strong> movimento ecológico. (...) No<br />

sistema que a gente vive, o ecologista realmente incomoda muita<br />

gente, então a população que não tem esse tipo <strong>de</strong> acesso ao<br />

movimento ecológico <strong>de</strong>ve ao menos ser informada das outras<br />

posi~ões acerca <strong>de</strong> um fato, acho que nisso ela tem fundamental<br />

importância ..." W<br />

.....por menor que seja, por menos que se fa~a,<br />

sempre se consegue fazer alguma coisa" P<br />

Existe um questionar constante, pelos associados<br />

ativos. s.obre as repercussões da ação ecologista. Quando se<br />

procura dimensioná-Ia pela consecução dos objetivos especlficos<br />

<strong>de</strong>lineados <strong>para</strong> cada luta e ativida<strong>de</strong>. surgem dúvidas sobre os<br />

resultados. pois, atingem-se alguns objetivos mas não se sabe por<br />

quanto tempo e nem qual é o significado <strong>de</strong>les em relação a tantos<br />

outros que não são atingidos, ou <strong>de</strong> cuja existência que nem ao<br />

menos se soube. Por outro lado. em outras lutas não se consegue<br />

o que se pretendia. mas se acredita que contribuam <strong>para</strong> minorar<br />

os danos ao ambiente e à população.<br />

Quando se procura dimensioná-Ia através dos obje-<br />

tivos educacionais atingidos junto às pessoas que se envolvem com<br />

a entida<strong>de</strong>. outras questões surgem.<br />

Uma expectativa muito presente entre teóricos dos<br />

movimentos sociais é a <strong>de</strong>sses movimentos cumprirem um papel <strong>de</strong><br />

contribuir com o avan~o qualitativo das reflexões individuais <strong>de</strong><br />

forma que os participantes <strong>de</strong> uma a~ão <strong>de</strong>sven<strong>de</strong>m as causas mais


Porém a questão é muito mais complexa do que possa<br />

aparentar. Neste caso especifico. pó<strong>de</strong>mos. pela convivência com E<br />

pela leitura <strong>de</strong> sua entrevista como um todo. e por fatos como<br />

,<br />

e APG dos estudantes da UFSCAR.afirmar que el~ tem uma percepção<br />

mais ampla dos problemas locais e que muito <strong>de</strong>ssa percepção


,<br />

Quanto ao papel educacional, <strong>para</strong> os <strong>de</strong>mais as-<br />

sociados e <strong>para</strong> a população em g~ral, pouco po<strong>de</strong>mos afirmar a<br />

partir dos <strong>de</strong>poimentos colhidos, porém algumas inferências po<strong>de</strong>m<br />

"...junto a um militante é, vamos dizer, o mais<br />

completo. E nesse sentido <strong>de</strong> realização mesmo; a entida<strong>de</strong>, no<br />

-<br />

termos <strong>de</strong> aprendizado social, e também em termos <strong>de</strong> informação,<br />

vendo uma série <strong>de</strong> coisas que não via antes, eu acho que é<br />

gratificante, sabe, eu acho que o cara realmente apre,n<strong>de</strong>"E..


a distância entre o que se diz e o que se faz e o escrito <strong>de</strong> C<br />

falando sobre a APASC em sua vida hoje, <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>pois. Isso<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> supera~ão <strong>de</strong>ssas estruturas e <strong>de</strong> educa~ão dos<br />

indiv1duos <strong>para</strong> conquistar-se a resolu~ão dos problemas sobre 06


"Tudo ê absurdo mas nada ê<br />

chocante, porque todos se acostumam<br />

a tudo".<br />

g~ca, "ele ê informado, <strong>de</strong> leve, via "O Ver<strong>de</strong>" {R} e ao çontri-<br />

buirem financeiramente, ou apenas se associando, tomam uma atitu-<br />

po<strong>de</strong> participar ativamente, tem no ato <strong>de</strong> associar-se "uma'forma<br />

<strong>de</strong> manter a consciência..... (P).<br />

grau <strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong>les com a entida<strong>de</strong> tem variado bastante.<br />

Acreditamos interessante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos que permi-


Para a população em geral. apesar <strong>de</strong> não "ter-se<br />

como ponç1erar o papel educacional da APASC" (P e E) e <strong>de</strong> W<br />

consi<strong>de</strong>rar que "não tã legal. eu acho que em termos <strong>de</strong> educação a<br />

APASC não tã cuidando disso (...)" (39). po<strong>de</strong>mos inferir. através<br />

<strong>de</strong> outros <strong>de</strong>poimentos. <strong>de</strong> H e <strong>de</strong> outros entrevistados, que a<br />

entida<strong>de</strong> cumpre (efetivamente. ou potencialmente) importante papel<br />

educacional através do tratamento pela ótica do movimentoeco16-<br />

gico, <strong>de</strong> questões vivenciadas pela população e/ou abordadas pelos<br />

meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa, ou ,seja, "a questão <strong>ambiental</strong> em<br />

8&0 Carlo6não foi colocada pela APASC ...foi a TV. o que a APASC<br />

~az é pegar esse barco e tentar colocar essas questões sob a<br />

ótica do movimento ecológico" P Nos próximos <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> W<br />

,p e K, temos reafirmada essa proposição:<br />

- ..... é a própria <strong>de</strong>gradação do meio ambiente que<br />

fa~ esse trabalho' educacional (...) agora é importante a presença<br />

da mensagem ecológica. porque se não a pessoa não vê; tã tudo<br />

<strong>de</strong>gradado e a pessoa não tã vendo ..." (P).<br />

.. A APASC tem importância fundamental <strong>para</strong><br />

que a população adquira uma consciência mais global do que está<br />

acontecendo, não veja a coisa simplesmente na superflcie, na<br />

superficialida<strong>de</strong>, mostrar outras coisas que po<strong>de</strong>m estar levando<br />

àquelas atitu<strong>de</strong>s .....(H)<br />

"Acho que a APASC funciona como uma espécie <strong>de</strong><br />

organização à parte <strong>de</strong> tudo isso (a escola. a famllia. um bar. um<br />

sambão. a televisão. o teatro ...), que interage com tudo isso.


vivem perifericamente à organização ou estão distanciadas da<br />

organização) e nesse processo <strong>de</strong> reflexão ir corrigindo e reori-<br />

.<br />

Essa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> questionar as obvieda<strong>de</strong>s do


Questionar o óbvio. remover formas estereotipadas<br />

<strong>de</strong> viver situa~ões po<strong>de</strong>m não ser atitu<strong>de</strong>s suficientes <strong>para</strong> esti-<br />

mular a participa~ão dos individuos no sentido da superação dos<br />

problemas que 06 afligem; "<strong>para</strong> gran<strong>de</strong> parte do povo na socieda<strong>de</strong><br />

contemporânea. não há uma relação direta entre a responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ter uma opinião e a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agir"(Riesman e<br />

Glezer)(43), por isso é necessário mostrar-se que é possivel agir<br />

e que essa ação é significativa ao nivel dos individuos e da<br />

socieda<strong>de</strong>.


Est01t 11 lors temps <strong>de</strong> moy Taire?<br />

Fran~ois Villon (44)<br />

vida - a que me'convidas?<br />

aos becos sem salda.,<br />

'às noites mal dormidas,<br />

à esperan~a perdida,<br />

ao dono dos inseticidas,<br />

à brasilia podrida,<br />

à fé a n. 8. aparec1da,<br />

às idéias traldas<br />

às poesias reunidas<br />

às migalhas do rei midas,<br />

às verda<strong>de</strong>s nlo vividas,<br />

aos dias em seguida?<br />

vida- a que me con<strong>de</strong>nas?<br />

à retribui~lo das penas,<br />

ao riso das hienas,'<br />

aos banqueiros da onzena,<br />

ao assassino <strong>de</strong> viena,<br />

à boa alma da sirena,<br />

ao torpor das cant1lenas.<br />

à calv1cie <strong>de</strong> melena,<br />

ao <strong>de</strong>stino das antenas,<br />

a morrer apenas?


,<br />

târios. que criaram uma "cultura politica" distante dos i<strong>de</strong>ais<br />

<strong>de</strong>mocráticos estimuladores da part~cipação. fica dificil esperar-<br />

se uma reação diferente da apontada por Sommer. dos individuos em<br />

relação às possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua ação contribuir <strong>para</strong> superação<br />

dos problemas ambientais.<br />

<strong>para</strong> a participação na resolução dos seus próprios problemas<br />

aliado a um gran<strong>de</strong> ceticismo sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguma<br />

autorida<strong>de</strong> fazer algo que não seja em proveito pessoal e prejulzo<br />

do coletivo. leva os indivlduos a uma postura niilista cada vez


cipação {e consequentemente da não · educação, visto que comparti-<br />

lhamos da concep~ão <strong>de</strong> educa~ão como práxis) ,torna-se necessário<br />

explicitarmos duas outras categorias <strong>de</strong> fatores que acreditamos<br />

valores mais 6ignifica~ivo6 <strong>para</strong> a existência humana, os quais<br />

têm sido sistematicamente alijados dos processos educacionais


A politica? Ela teria necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> profetas. E<br />

só dispõe <strong>de</strong> pollticos e <strong>de</strong> partidos.


,<br />

da educa~ão seria transmitir idéias <strong>de</strong> valor, indicar o que fazer<br />

ciarmos o mundo que nos cerca. Quando pensamos,. não nos limitamos<br />

a pensar: pensamos com as nossas idéias (...) Se elas são princi-<br />

suportar o resultante sentimento <strong>de</strong> vacuida<strong>de</strong>, e o vácuo <strong>de</strong><br />

nossas mentes po<strong>de</strong> com extrema facilida<strong>de</strong> ser preenchido por<br />

alguma-no~ão gran<strong>de</strong>, fantástica-po11tica ou não - que <strong>de</strong> repente<br />

parece iluminar- tudo e dar significado e finalida<strong>de</strong> à nossa


idéias que tornem o mundo, e a própria vida <strong>de</strong>las, inteliglveis<br />

<strong>para</strong> si mesmas. Quando uma coisa é inteliglvel, tem-se um senti-<br />

mento <strong>de</strong> participação,quando é ininteliglvel o sentimento é <strong>de</strong><br />

distanciamento (...) O que é pois a educação? E a transmissão <strong>de</strong><br />

idéias que habilita o homem a escolher entre uma coisa e outra<br />

(...) Nossa tarefa e a <strong>de</strong> toda educação é enten<strong>de</strong>r o mundo atual,<br />

o mundo no qual vivemos e no qual fazemos nossas opções.<br />

o sentido da educação torna-se <strong>de</strong> estimular o<br />

individuo a esclarecer suas próprias convicções fundamentais <strong>de</strong><br />

forma a conseguir interpretar o mundo e não ter dúvidas quanto ao<br />

sentido e à finalida<strong>de</strong> da própria vida. Talvez nem seja capaz <strong>de</strong><br />

explicar por palavras eátas coisas, mas sua conduta na vida<br />

revelará uma certa segurança na execução, que provém <strong>de</strong> sua<br />

clareza interior". (49)<br />

A ~articipação passa ser finalida<strong>de</strong> e viabilida<strong>de</strong><br />

da educação, mas acima <strong>de</strong> tudo uma estratégia <strong>para</strong> superar o<br />

sentimento <strong>de</strong> distanciamento ao qual nos relega uma enormida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fatores da socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna.<br />

Para que se supere esse "distanciamento",é neces-<br />

sário ir ao centro do individuo e trabalhar seus valores funda-<br />

mentais e ai é necessário que a participação esteja calcada na<br />

percepção da importância disso e promova sistematicamente a dis-<br />

cussão e questionamento <strong>de</strong>sses valores.<br />

Acreditamos, pelos <strong>de</strong>poimentos colhidos e pelo<br />

vivenciado na APASC, que ela cumpra esse papel (<strong>de</strong> estimulo à<br />

participação. ruptura com o niilismo • questionamento e busca dos


valores fundamentais <strong>para</strong> cada individuo) junto aos seus militan-<br />

tes. porém. <strong>de</strong> forma não sistemática e não racional - no sentido<br />

<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>libera~ão coletiva (que viabilizaria o estabelecimento<br />

<strong>de</strong> programas educacionais com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estimular a part1-<br />

cipa~ão e auto-conhecimento).<br />

Acreditamos também que. junto aos <strong>de</strong>mais associa-<br />

dos e á população em geral. ela. Apasc. cumpra o papel pedagógico<br />

<strong>de</strong> ser um exemplo ao qual se po<strong>de</strong> recorrer <strong>para</strong> <strong>de</strong>monstrar que é<br />

posslvel .fazer algo e <strong>de</strong> maneira participativa (a <strong>de</strong>mocracia<br />

direta. por exemplo. é viável pelo menos em algumas instâncias da<br />

socieda<strong>de</strong>). cultivando uma cultura politica voltada <strong>para</strong> sedimen-<br />

tação <strong>de</strong> valores <strong>de</strong>mocráticos. além <strong>de</strong> ser uma alternativa <strong>de</strong><br />

leitura da realida<strong>de</strong> questionando o OBVIO (50). apontando outras<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interpretação dos acontecimentos e outras pers-<br />

pectivas <strong>para</strong> o caminhar.<br />

Encaramos o papel educacional das entida<strong>de</strong>s am-<br />

bientalistas como uma potencialização da ação individual. uma<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer-se algo. um não ao "Declinio do Império<br />

Americano" (51),um não ao "Doravante é o vazio que nos rege" (52)<br />

mas um sim à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse vazio significar a ausência <strong>de</strong><br />

idolos. drogas e santos que venham ajudar a enfrentarmos nossos<br />

problemas.e. um acreditar em si próprio e no fazer coletivo.


· 111.3. ENQUETE<br />

Quais valores po<strong>de</strong>m nortear a a~ão ecologista?


Ao final <strong>de</strong>ste capitulo transcreveremos "ipsis<br />

litteris" os textos entregues aos entrevistados(53 e 54),<br />

1. Po<strong>de</strong>mos partir do pressuposto <strong>de</strong> que boa parte das preocupações<br />

educacionais manifestas e caracterizadas pelas <strong>de</strong>nominações<br />

educação <strong>ambiental</strong>, educação ecológica, alternativa, integral,<br />

<strong>para</strong> a nova era, são suscitadas (ou re-suscitadas) pela questão<br />

ecológica. ou seja, a partir da ecologia surgem (ou re-surgem) as<br />

preocupações com a·educação <strong>ambiental</strong> (ou ecológica. ou alternativa<br />

•...). Segundo Lago, A. e Pádua. J.A. temos quatro correntes<br />

distintas <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong>ntro do que costuma-se chamar <strong>de</strong> ecologia.<br />

Abaixo transcrevemos o que esses autores dizem sobre cada uma<br />

<strong>de</strong>las. Coloque "1", "2", "3" ou "4" em or<strong>de</strong>m crescente <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong><br />

(1, é mais importante. etc.) que atribui a essas correntes<br />

no <strong>de</strong>lineamento dos objetivos educacionais que você compartilha<br />

(caso você atribua a mesma importância a mais <strong>de</strong> uma alternativa<br />

repita o mesmo número).<br />

1.a. ( ).ecologia natural: "é a área do pensamento ecológico que<br />

se <strong>de</strong>dica a estudar o funcionamento dos sistemas naturais<br />

(florestas. oceanos, etc.) procurando enten<strong>de</strong>r as leis que regem<br />

a dinâmica da vida da natureza".<br />

1.b. ( ) ecologia social: "é a teflexão ecológica abarcando os<br />

múltiplos aspectos da relação entre·os homens e o meio ambiente,<br />

especialmente a forma pela qual a ação humana costuma incidir<br />

<strong>de</strong>strutivamente sobre a natureza".<br />

1.c. () conservacionismo: engloba o conjunto <strong>de</strong> idéias e estratégias<br />

<strong>de</strong> ação voltadas <strong>para</strong> a luta em favor da conservação da


l.d. ( ) ecologismo: "vem se constituindo como um projeto politico<br />

<strong>de</strong> transformação social, calcado em principios ecológicos e no<br />

i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> não opressiva e comunitária. A idéia<br />

central do ecologismo é <strong>de</strong> que a resolução atual da crise ecológica<br />

não po<strong>de</strong>rá ser concretizada apenas com medidas sociais <strong>de</strong><br />

conservação <strong>ambiental</strong>, mas sim através <strong>de</strong> uma ampla mudança na<br />

economia, na cultura e na pr6pria maneira dos homens 6e relacionarem<br />

entre s1 e com a natureza".<br />

quatro alternativas enca<strong>de</strong>iam-se ~ sistemas naturais e relações<br />

sociais dão'subsidios à conservação e preservação e à transfor-<br />

lugar. po<strong>de</strong>mos hierarquizar as 4 correntes: 10. Ecologismo, 20.<br />

Ecologia Social, 30. Conservacionismo. 40.· Ecologia Natural,<br />

porém as diferenças são pouco significativas entre a segunda.<br />

terceira e quarta colocadas, tornando mais forte as anotações da<br />

:CORRENTES Jl 1 2<br />

1. A. 2 4 1 2<br />

1. B. 3 5 1<br />

1. c. 1 6 4<br />

1. D. 10 1<br />

,


Cada uma das afirmações abaixo são valores ecologistas (pensar<br />

globalmente) - na visão dos companheiros do Movimento Ecológico<br />

Livre <strong>de</strong> Florianópolis - MEL - que <strong>de</strong>vem nortear a ação cotidiana<br />

dos ecologistas. Classifique-as segundo a sua compreensão dos<br />

valores que norte iam ou <strong>de</strong>vem nortear o movimento ecológico<br />

(anexo está o texto do MEL. fundamentando cada uma <strong>de</strong>ssas proposições)<br />

:<br />

l-relação equilibrada entre homem,mulher e a natureza;2-relações<br />

igualitária no interior da socieda<strong>de</strong> humana;3-<strong>de</strong>mocracia radical;<br />

4-eco<strong>de</strong>senvolvimento;5-não-violência ativa;6-feminismo;1<strong>de</strong>scentralização<br />

e auto-gestão;8-cotidiano alternativo criativo;<br />

9-flexibilida<strong>de</strong> e abertura no p~nsar e agir;lO-autonomia do<br />

movimento ecológico.<br />

tiva segundo distribuição no quadro apresentado na questão 2.<br />

PROPO SIÇÕES F C J) l'!;) NO "" F+L Iõtti.L. %<br />

1 9 4 O 1 O 13 14 +93%<br />

2 7 2 O + 1 9 14 .:!:.64%<br />

3 4 4 3 1 2 8 14 .:!:.57%<br />

4 3' 4 O 5 1 7 13 +54%<br />

5 5 5 O 4 O 10 14 .:!:.71%<br />

6 1 5 2 5 1 6 14 +43%<br />

7 4 7 O 3 O 11 14 +78%<br />

8 5 5 3 1 O 10 14 +71% -<br />

9 8 5 O 1 O 13 14 .:!:.93%<br />

10 4 7 1 1 1 11 14 +78%<br />

total 50 48 9 26 6 98 139 I<br />

FUNDA-<br />

MENTAL<br />

F<br />

CON -<br />

CORDO<br />

C.<br />

DIS -<br />

CORDO<br />

1><br />

EM<br />

PARTE<br />

C!)<br />

NÃO TENHO O<br />

PINIÃO FORMADA<br />

#10


o primeiro dado que salta aos olhos ê a concordân~<br />

cia (F + C) <strong>de</strong> praticamente 70% das respostas (98 num total <strong>de</strong><br />

139) dos nossos sujeitos com as proposições que segundo o MEL<br />

<strong>de</strong>vam nortear ou norteiam o movimento ecológico.<br />

A maior incidência das concordâncias é sobre as<br />

questões 1 - Relacão equilibrada entre ~ ~ humano ~ a natureza<br />

e 9 - Flexibilida<strong>de</strong> ~ abertura dQ pensar ~ agir<br />

Essas duas primeiras proposi~ões não tiveram ne-<br />

nhuma discordância e em relação à primeira. a pessoa que "concor-<br />

da em parte" justificou a op~ão pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se "discutir<br />

mais profundamente os termos - relação equilibrada e harmoniosa".<br />

Com rela~ão à "Descentralização e Auto-gestão"<br />

(item 7) - também não houve discordância. Entre os que "concordam<br />

em parte" um argumento apresentado foi "não ser favorável à<br />

aplicação radical da auto-gestão" e com relação à "Não Violência<br />

Ativa" (5)·quatro pessoas "concordaram em parte", Dessas. uma diz<br />

"'8 natureza é.as vezes violenta". Outro diz: "Acredito que. em<br />

certas circunstâncias. a violência em sua expressão mais<br />

completa, é o melhor caminho <strong>para</strong> a supera~ão <strong>de</strong> uma situação,<br />

Melhor, no sentido <strong>de</strong> "mais a<strong>de</strong>quado", Um exemplo disto é a<br />

situação da Africa do Sul e <strong>de</strong> outros pa1ses em que as pessoa6<br />

estão privadas <strong>de</strong> um m1nimo <strong>de</strong> dignida<strong>de</strong>",<br />

A "Autonomia do Movimento Ecológico" (10) recebeu<br />

a concordância <strong>de</strong> 11 associados (4 "fundamental" e 7 "concordo")<br />

sendo que houve uma discordância. uma concordância em parte e um<br />

associado que não tem opinião formada sobre o assunto. A pessoa


eo" possa ser <strong>de</strong>scrito alongo pra~o. Mas como não apoiar politi-<br />

cos que estejam bem fundamentados e a caminho <strong>de</strong> um po<strong>de</strong>r politi-<br />

<strong>de</strong> participar-se do parlamento. partidos politicos e in6tituiçõe6<br />

governamentais no sentido <strong>de</strong> ecologização da cultura politica<br />

-.<br />

assunto. Os argumentos apresentados <strong>para</strong> a discordãncia 6ão: "não


diz: "é um 'engôdo". O que não tem opinião formada sobre o assunto<br />

diz: "não sou a favor <strong>de</strong> machismo e não apoio o feminismo. Defen-<br />

do a igualda<strong>de</strong> sem iemos" "Tenho minhas dúvidas quanto à cultura<br />

andrógina" "muito subjetivo os termos masculino ou feminino<br />

interno"; "não sei se todas as lutas dos movimentos feministas<br />

são próprias portanto não assumo em linhas gerais lutas em um<br />

grupo do qual não milito" (...) "Acho que a igualda<strong>de</strong> entre os<br />

sexos já está contemplada no item 2 (...) além disto, assumir<br />

como próprias .todas as lutas dos movimentos feministas implica em<br />

assumir lutas que não tocam nece~sariamente na questão ecológica,<br />

po<strong>de</strong>ndo, inclusive, estar contra valores ecologistas (...)".<br />

- "Eco-<strong>de</strong>senvolvimento" (4) - Cinco pessoas con-<br />

cordam em parte e uma não tem opinião formada sobre o assunto.<br />

Alguns dos argumentos são relativos à inviabilida<strong>de</strong> das propo-<br />

sições em vista da situação já atingida e outros questionam os<br />

argumentos em torno do que é gran<strong>de</strong> e pequeno ou se a essência do<br />

problema está na dimensão.<br />

- "Relações igualitátias no interior da socieda<strong>de</strong><br />

humana" (2) - ninguém discorda da proposição. Quatro pessoas<br />

concordam em parte e uma não tem opinião sobre o assunto. Entre<br />

os argumentos temos "Igualda<strong>de</strong> é meia parte da justiça. Precisa-<br />

se tratar <strong>de</strong>sigualmente coisas <strong>de</strong>siguais".<br />

- "Cotidiano Alternativo Criativo" (8) - Enquanto<br />

a gran<strong>de</strong> maioria - <strong>de</strong>z'pessoas- concordam ou acham fundamental<br />

essa proposição, existem três pessoas que discordam (a maior<br />

discordãncia, ao lado da discordância em relação à <strong>de</strong>mocracia


Abaixo transcrevemos caracteristicas e objetivos das diversas<br />

correntes que formam o movimento alternativo na alemanha (segundo<br />

'Joseph Huber, são essas as principais correntes politicoi<strong>de</strong>ológicas<br />

do movimento alternativo nos últimos <strong>de</strong>z anos). Cada<br />

uma <strong>de</strong>las emerge <strong>de</strong> uma oposição <strong>de</strong>terminada a certas<br />

manifestações da crise atual. Cada uma <strong>de</strong>senvolve uma critica<br />

<strong>de</strong>terminada ao sistema vigente, que se articula a idéias<br />

alternativas e a projetos correspon<strong>de</strong>ntes.<br />

Nossa intenção é saber quais <strong>de</strong>ssas correntes são apontadas pelo<br />

associado da APASÇ como fundamentais <strong>para</strong> a atuação da entida<strong>de</strong>,<br />

ou seja, ~ Q associado yfr a importância que ~ objetivos ~<br />

bá,n<strong>de</strong>iras ~ ~ lJ.mià <strong>de</strong>ssas correntes ~ ter nos objetivos ~<br />

acões da APASC.<br />

Classifique-as (as correntes) <strong>de</strong> acordo com as seguintes categorias:<br />

(C) Concordo com os objetivos e lutas <strong>de</strong>ssa<br />

fundamental que a APASC se preocupe em<br />

implementá-los através <strong>de</strong> ~ acões.<br />

corrente e<br />

difundi-Ias<br />

acho<br />

e.Lilll<br />

(+ ou -) Concordo ~ parte com os objetivos e lutas <strong>de</strong>ssa<br />

corrente e acho fundamental que a APASC se preocupe em ~<br />

difundi-Ias ~ implementá-los através <strong>de</strong> ~ acÕes (anote no<br />

verso das próximas folhas as partes <strong>de</strong> discordância ou<br />

concordância) .<br />

(C,fiF) Concordo com os objetivos é lutas (em parte ou no<br />

<strong>de</strong>ssa corrente maa nãQ consi<strong>de</strong>ro-os fundamentais Rara a<br />

da APASC.<br />

todo)<br />

atuacão


~<br />

•••••••<br />

-----<br />

:ÃO DO CON - DIS - CON - CONCORDO NÃO PEN- QUES- QULS-<br />

ASSOCIADO CORDa CORDa CORDO HAS NÃO SEI SUFI TÃO 4 TÃO h<br />

EM CONSIDE-<br />

-<br />

CIENTE -<br />

iNTES<br />

~<br />

PARTE RO FUN - HENTE NO<br />

DAMENTAL ASSUNTO<br />

I<br />

I<br />

Iniciativas Civis<br />

-<br />

Movimento Ecológico<br />

Anti-Usinas Nucleares<br />

Pelas Tecnologias Alternativas<br />

Estilos <strong>de</strong> Vida Alter -<br />

nativos<br />

~Critica ao Consumismo<br />

i Movimento <strong>de</strong> Jovens<br />

~Movimento <strong>de</strong> Idosos<br />

li Fuga da Cida<strong>de</strong><br />

~Regionalismo<br />

a Movimento <strong>de</strong> Mulheres<br />

to Movimento Homosexual<br />

,<br />

a Movimento Psicologista<br />

lb Emancipacionista<br />

.<br />

~<br />

e Pró-sensibilida<strong>de</strong><br />

a Novo Espiritualismo<br />

fb Seitas Religiosas .<br />

J<br />

l a Movimentos Pacifistas<br />

b Iniciativas Pró-Tercei-<br />

, ro Mundo<br />

,<br />

Movimento pela Proteção<br />

ou Apl icação dos Direitos<br />

,Civis<br />

I a Esquerda Não- Ortodoxa<br />

f.<br />

b Esquerda Espontaneista<br />

. 241<br />

.


", __ .••_.~_ ...W·,_.__ ...•____~~ _· __W


1) - Movimento Ecológico (lIa) -<br />

12 C; 1 (+ou-)<br />

2) - Iniciativas Civis (I).<br />

10 C ; 2 (+ou-); 1 C.fiF /<br />

3) - Pelas Tecnologias alternativas (11 c) -<br />

10 C ; 2 (+ou-); 1 C.nF<br />

4)- Anti-Usinas Nucleares (11 b) -<br />

10 C ; 1 D ; 1 (+ou-); 1 C.fiF<br />

5) - Movimento Pacifista (IX a) -<br />

9 C ; 2 (+ou-); 2C.nF<br />

6) - Iniciativas pró-Terceiro Mundo (IX B) -<br />

9 C ; 1 (+ou-); 3C.nF<br />

7) - Movimento pela Proteção ou ampliação dos Direitos Civis (X)<br />

7 C ; 3 (+ou-); 3C,fiF<br />

8) - Estilos <strong>de</strong> Vida Alternativos (111 a) -<br />

7 C ; 1 D ; 3 (+ou-); 2C.nF<br />

9) - Critica ao Consumismo (111 b) -<br />

7 C ; 1 D 3 (+ou-); 2C.nF


- Movimento Homofjsexual (VI b) - 1 C; 2 D; 2 (+-); 8 C,nF<br />

- Movimento <strong>de</strong> Jovens (IV a) - 1 C; 2 (+-) ; 8 C,nF; 2fiP<br />

- Movimento <strong>de</strong> Idosos (IV b) - 1 C; 3 (+-); 8 C,nF; lfiP<br />

- Movimento Emancipacionista (VII b) - 3 (+-); 7 C,nF; 2fiP<br />

Quanto às correntes Esquerda n.ãQ. Ortodoxa e.<br />

,<br />

XI a - 2 C; 2 D; 1 (+-); 4 C,BF; 4 BP<br />

XI b - 2 C; 3 D; 2 (+-); 2 C,nF; 4 BP


Questão 4 -"Hierarquize na tabela anterior aquelas 'cotrentes'<br />

<strong>para</strong> as quais você atribui maior importância <strong>de</strong>ntro do movimento<br />

alternativo, Coloque 1 <strong>para</strong> aquela que você acha que ~ ~<br />

maior importância, 2 <strong>para</strong> a seguinte e assim por diante",


IIIb - Critica ao Consumismo - 4. 1, 1. - 1<br />

IIIa - Estilos <strong>de</strong> vida alternativo - 3. 2. 5. -<br />

X - Movimento pela <strong>proteção</strong> ou ampliação dos<br />

direitos civis - 3. 1. - 3<br />

IIc - Pelas tecnologias alternativas - 2. 2. 1, 4. 1<br />

IIb - Anti-usinas nucleares - 2, 2, - 2<br />

IXa - Movimento pacifista - 2, 1, - 2, 1<br />

IXb Iniciativas Pró-30. Mundo - 2, 2, - 1. -<br />

Questão 5 - Na coluna reservada <strong>para</strong> a questão 5 anote com um "X"<br />

as cinco principais correntes cujos objetivos <strong>de</strong>vem nortear a<br />

a~ão da APASC.<br />

lIa - Movimento Ecológico - 11 indicações<br />

I - Iniciativas Civis - 10 indicações<br />

IIIa - ·Estilos <strong>de</strong> vida alternativos 8 indicações<br />

IIc - Pelas Tecnologias alternativas 6 indicações<br />

IIIb - Critica ao consumismo 5 indicações<br />

Em seguida foram citadas:<br />

IIb - Anti-Usinas Nucleares 4<br />

IXa - Movimentos Pacifistas 4<br />

IXb - Iniciativas Pró-30. Mundo 4<br />

X - Direitos Civis-Proteção e Ampliação 3<br />

VlIc - Pró-sensibilida<strong>de</strong> 3<br />

246


"Existe alguma iniciativa não arrolada acima que você acha<br />

importante <strong>para</strong> o movimento alternativo? Qual? Em que grau <strong>de</strong><br />

hierarquia formulada na questão 4 você inseriria esta nova<br />

iniciativa citada? e em rela~ão às principais correntes <strong>para</strong> a<br />

APASC (arroladas questão "5") como você inseriria esta(s)<br />

iniciativa{s) que você citou agora?"<br />

que "as <strong>de</strong>nomina~ões dadas às correntes não são todas boas"<br />

Outros fizeram breves comentários sobre as diferentes correntes


aplica radicalmente ao titulo (sic). Na conceituação, o que<br />

se observa há uma hierarquia <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões dada pela forma como se<br />

organiza a cida<strong>de</strong> (cida<strong>de</strong>, distritos, bairros, vilas)".<br />

"Eco-<strong>de</strong>senvolvimento: o que muda entre uma empresa<br />

privada pequena e gran<strong>de</strong> com relação a exploração econômica e da<br />

força <strong>de</strong> trabalho é o grau <strong>de</strong> intenBida<strong>de</strong>, ambas exploram. Não é<br />

o tamanho da organização que explor~ mais ou menos, é a filosofia<br />

que norteiam as organizações".<br />

"Usinas Nucleares: o movimento ecológico ê uma<br />

coisa, a era atômica como é chamada, o conhecimento da atomici-<br />

da<strong>de</strong> e sua domesticação é bem outra. Se quisermos combater o U60<br />

<strong>de</strong>strutivo (...) o movimento é anti-nuclear.E lamentável que <strong>para</strong><br />

combater o lado maligno do ser humano, tenha que se vitimizar o<br />

conhecimento cien~lfico natural (.~.)".<br />

"Movimento <strong>de</strong> mulheres e homossexual": A rela~ão<br />

da mulher e o mundo está <strong>de</strong>siquilibrada a muito tempo e o<br />

movimento expõe ruidosamente o que é e o que não ê, porém sinto<br />

mais a -"farsa" do que a real abordagem do problema. O movimento<br />

peca pela inveja dos homens, peca também por ambicionar o<br />

<strong>de</strong>staque e a especialida<strong>de</strong>, levando a competir. O movimento real<br />

<strong>para</strong> todo homem marginalizado, não se chama mulher ou.<br />

homossexual, porque não é culpa do sexo, seria o próprio<br />

movimento em busca do homem, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do sexo ou ida<strong>de</strong>" .<br />

"(...) não concordo inteiramente com a manutenção<br />

<strong>de</strong> "proprieda<strong>de</strong> estatal", mesmo pequena, pois implica na manu-


tenção do Estado, cuja abolição <strong>de</strong>ve ser uma das metas dos ecolo-<br />

gifitafi".<br />

"Politica <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>fen6iva ao nivel dos palfie6<br />

implica na manutenção d06 pai6e6 como tai6? Acho que a6 referên-<br />

cia6 ao termo "pai6e6" não <strong>de</strong>vem exi6tir na6 prop06ta6 ecologifi-<br />

ta6 (pelo men06 nas <strong>de</strong> longo prazo)".<br />

"E preci60 enten<strong>de</strong>r a nece6sida<strong>de</strong> (também) <strong>de</strong><br />

fundamentação e prática da não-violência, porque existe um cami-<br />

nho bem longo <strong>para</strong> ser percorrido. ,Apesar <strong>de</strong> nunca ter pensado em<br />

me transformar em uma terrorista imagino o que seriam os vietna-<br />

mitas hoje" se não fossem guerrilheiros".<br />

"Esquerda ... - Necessitaria <strong>de</strong> mais leituras <strong>para</strong><br />

po<strong>de</strong>r realmente di6cutir sobre esses assuntos e opinar" .<br />

"Mpvimento psicologista, emancipacionista e pró-<br />

sensibilida<strong>de</strong> - Não existe uma concordância ou discordância<br />

especifica. Acho importante a APASC procurar servir como veiculo<br />

<strong>de</strong>stes espaç06" .<br />

"Esquerda espontaneista - Creio que a APASC <strong>de</strong>ve<br />

incorporar a prática da ação direta, porém não se restringir a<br />

ela. Não tenho gran<strong>de</strong>s reflexões sobre o Estado, mas acho que a<br />

luta ecológica, hoje, passa por ele, no sentido <strong>de</strong> se conter<br />

projetos poluidores, garantir· áreas naturais, planejar a<br />

urbanização, <strong>de</strong>spoluir'rios, etc .<br />

"Não possuo uma proposta i<strong>de</strong>alizada <strong>para</strong> atuação<br />

na APASC. A maioria das sinteses do movimento alternativo me


foram apresentadas (sistematizadas) com o documento enviado por<br />

você (...)" .<br />

Esta última citação abre espaço <strong>para</strong> algumas re-<br />

flexões suscitadas pela enquete.<br />

A impressão que temos, ao percorrer as respostas<br />

dos participantes. é <strong>de</strong> que a maior parte dos associados ativos<br />

se aproximaram da APASC e nela permanecem sem um <strong>de</strong>bate apro-<br />

fundado <strong>de</strong> principios ecologistas ou dos valores que <strong>de</strong>vem nor-<br />

tear a atuação da entida<strong>de</strong>. Eles existem mas são intuitivos e<br />

quando verbalizados não comportam <strong>de</strong>finições r1gidas .<br />

.A maioria (mais <strong>de</strong> 70%) concorda com as correntes<br />

e proposições do movimento ecológico e alternativo apresentadas.<br />

Porém ao <strong>de</strong>talha-Ias surgem discordâncias com. parte <strong>de</strong>las, <strong>de</strong><br />

acordo com o sentido que certos conceitos e certas palavras (por<br />

exemplo: radical. feminismo, homossexual, eco-<strong>de</strong>senvolvimento,<br />

auto-gestão, espiritualismo, emanapacionista. etc.) assumem <strong>para</strong><br />

cada individuo.<br />

Consi<strong>de</strong>ramos importante o <strong>de</strong>bate aprofundado <strong>de</strong>s-<br />

sas questões, no sentido <strong>de</strong> clarificação <strong>de</strong> conceitos. explici-<br />

tação das divergências e opção por objetivos e lutas relevantes<br />

<strong>para</strong> o grupo.<br />

te inventariadas são:<br />

Algumas outras questões que po<strong>de</strong>m ser precariamen


totalida<strong>de</strong> dos entrevistados:<br />

- Proposições mais genéricas aglutinam a quase<br />

"Relacão equilibrada entre Q. ~ humano e. a natureza" (93%) e<br />

"Flexibilida<strong>de</strong> ~ Abertura QQ Pen6ar ~ AKi.r." (93%).<br />

- Os entrevistados priorizam a atuação das corren-<br />

tes já tradicionalmente relacionadas ao movimento ecológico vol-<br />

tadas <strong>para</strong> organização d06 cidadãos em <strong>de</strong>fesa da sobrevivência<br />

(anti-usinas nucleares 'e pacifismo) melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

(iniciativas civis, pró 30. mundo) por alternativas ao estabele-<br />

cido (tecnológicas e <strong>de</strong> vida ) e <strong>de</strong>fesa do cidadão (critica ao<br />

'consumi6mo e pela <strong>proteção</strong> ou ampliação dos direitos civis).<br />

- Repudiam as seitas religiosas. Acreditamos que<br />

mais pelo seu caráter <strong>de</strong> seita que se contrapõe' à flexibilida<strong>de</strong> e<br />

abertura no pens~r e agir do que pelo seu conteúdo mistico visto<br />

que em relação ao novo espiritualismo seis pessoas concordam<br />

(quatro não consi<strong>de</strong>ram fundamentais), uma concorda em parte e<br />

duas não pensaram o suficiente sobre o assunto, <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 12<br />

respostas.<br />

- -Quanto às correntes <strong>de</strong> esquerda,existem poucas<br />

que a6 acham fundamental ou, discordam <strong>de</strong>las na integra. A maioria<br />

não as consi<strong>de</strong>ra fundamentais ou discorda em parte ou não pensou<br />

o suficiente sobre o assunto.


CAPITULO 3<br />

NOTAS


(O) Poema d(~Caju. publicado na revista "O Ver<strong>de</strong>" no. 16. úno 4,<br />

jan/abr 88. APASC. <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.<br />

(1) P. por exemplo resolve fazer Biologia na UFSCar porque o<br />

curso era voltado <strong>para</strong> a área <strong>de</strong> Ecologia.<br />

M. ressaltou em sua entrevista a rela~~o antra um curso na<br />

área <strong>de</strong> saü<strong>de</strong> e a questão da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

(2) João Ramos Sá <strong>de</strong> Oliveira - ecologista <strong>de</strong> Embü. organizador<br />

dos Simpósios Ecológicos que lá ocorreram em março <strong>de</strong> 75.<br />

abril <strong>de</strong> 76 e maio <strong>de</strong> 81.<br />

(3) Augusto Ruschi - incansável batalhador pela natureza, bastante<br />

conhecido pelo seu trabalho no Espirito Santo. especialmente<br />

o voltado <strong>para</strong> estudo e <strong>proteção</strong> dos colibris.<br />

(5) Na realida<strong>de</strong> era conselho consultivo. T encontra-se nele<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua 'formação. em 1981.<br />

(6) Como por exemplo a conveniência ou não do local on<strong>de</strong> foi<br />

instalado o Distrito Industrial <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.<br />

(7) No filme "O Selvagem da Motocicleta", <strong>de</strong> Coppola, essa<br />

questão. ao nosso ver, fica mais clara= o li<strong>de</strong>r <strong>de</strong> uma<br />

"sans" só via o colorido do mundo enldois peixes <strong>de</strong> uma<br />

loja <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> animais. Diante da miséria humana e social.<br />

<strong>de</strong>volver aos dois peixes a liberda<strong>de</strong> do rio talvez resgatass~.o<br />

sentido que procurava <strong>para</strong> a vida. Pelo menos viu como<br />

uma causa pela qual podia se entregar.<br />

(9) MR-8: "Movimento Revolucionário 8 <strong>de</strong> outubro", organização<br />

clan<strong>de</strong>stina <strong>de</strong> esquerda oriunda <strong>de</strong> um "racha" do Partido<br />

Comunista Brasileiro.<br />

(10) Scehumacher. E. F.- Q negócio,~ ~ pequeno. Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Ed. Zahar. 1981.


(12) CAPRA, F. - Q ponto ~ IDl,l,ta


precisou manter-se fora da firma pois seu discl~rBo e EU1<br />

prática na busca <strong>de</strong> coerência distanciavam-se doe seus colegas<br />

e chefes. tornando sua situação profissional insustentbvel<br />

(interpretação do autor a partir <strong>de</strong> conversas espareae<br />

com I).<br />

(20) - Fian<strong>de</strong>iras e Alpargatas são duas indústrias <strong>de</strong> <strong>São</strong> earlos<br />

que provocam problemas <strong>de</strong> poluição atmosférica junto a<br />

seus vizinhos.<br />

- Refere-se à luta contra a construção do Aeroporto da USP-<br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> nas margens da Represa do Broa, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />

Area <strong>de</strong> Proteção Ambiental ..<br />

- Refere-se à luta contra a instalação <strong>de</strong> uma mineradora <strong>de</strong><br />

areia no manancial <strong>de</strong> captação d'água da cida<strong>de</strong>.<br />

(21) CAPRA. r. - Q ponto ~ mutacão. <strong>São</strong> Paulo, Ed. Cultrix.<br />

1987. p. 73.<br />

(22) lt aponta P como um exemplo <strong>de</strong> pessoa que "já<br />

ligação orgânica entre a vida <strong>de</strong>le e as questões<br />

tem essa<br />

politicas<br />

(23) BOBBIO, N. - Q futuro da <strong>de</strong>mocracia. Rio·<strong>de</strong> Janeiro, Paz e<br />

Terra, 1986. p. 40 e 41.<br />

(25) CASTELLS, M. - ~ <strong>de</strong>mocracia ~ socialismo. Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, Paz e Terra, 1980. p. 67.<br />

(27) BOBBIO. N. - Q futuro da Democracia. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e<br />

Terra. 1986, p.14.<br />

(28) Id. , 1lWi. , p.22 a 33.<br />

(29) Id. , i..b.1!1. , p. 23.<br />

(30) Id., i..b.1!1. , p. 34/35.<br />

(31) Id. , lld!1. , p. 28.


'(32) VIOLA. E.J. e MAINWARING. S. - Novos movimentos sociais -<br />

cultura. politica e <strong>de</strong>mocracia: Brasil e Argentina. ln:<br />

~ revoll)~M IlQ.CQtidianQ. <strong>São</strong> Paulo, Brasiliense. 1987.<br />

p.113 a 136.<br />

,"Enten<strong>de</strong>mos por cultura polltica os valores pol1ticos que<br />

provem a base tanto do discurso e das i<strong>de</strong>ologias pol1ticas<br />

como da prática po11tica. Os valores pol1ticos são orientações<br />

básicas, que <strong>de</strong>terminam as formas <strong>de</strong> compreensão da<br />

realida<strong>de</strong>; estão incorporados ao discurso pol1tico e ao<br />

estilo da prática pol1tica (, ,,) po<strong>de</strong>mos distinguir cinco<br />

tipos <strong>de</strong> culturas pol1ticas. principais: autoritárias <strong>de</strong><br />

direita. autoritárias <strong>de</strong> esquerda. semi<strong>de</strong>mocráticas. <strong>de</strong>mocráticas<br />

liberais e <strong>de</strong>mocráticas radicais (,.,) uma das<br />

causas e consequências da ausência <strong>de</strong> regimes pol1ticos<br />

<strong>de</strong>mocráticos é a formação <strong>de</strong> uma cultura pol1tica autoritária.<br />

Em ambas as socieda<strong>de</strong>s (Brasil e Argentina) importantes<br />

setores da população expressaram indiferença ao pluralismo<br />

institucional e buscaram beneficios (materiais ou politicos)<br />

<strong>de</strong> curto prazo, mesmo com oónus <strong>de</strong> subverter a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>mocrática.<br />

Como resultado da predominância <strong>de</strong> regimes autoritários,<br />

os cidadãos dos dois pa1ses tornaram-se em gran<strong>de</strong><br />

medida <strong>de</strong>sabituados dos valores <strong>de</strong>mocráticos, A<strong>de</strong>mais, a<br />

cultura politica autoritária <strong>de</strong> ambas as socieda<strong>de</strong>s foi<br />

reforçada por formas <strong>de</strong> autoritarismo social. O autoritarismo<br />

não tem ~ido caracter1stico apenas da vida politica, mas<br />

marcou muitos aspectos das relações sociais ( ... l" Viola e<br />

Mainwaring p. 107, 117, 125 (28).<br />

(36) SOMMER, R. - A cQnscientizacão ~ <strong>de</strong>signo <strong>São</strong> Paulo, Ed.<br />

Brasiliense, 1979, p. 66.<br />

(37) CAASO - Centro Acadêmico Armando Sales <strong>de</strong> Oliveira da USP -<br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.<br />

(38) BERMAN, M, - Tudo que ~ ~ ~ <strong>de</strong>smancha ~~. <strong>São</strong> Paulo,<br />

Companhia das letras, 1987.<br />

(39) (... ) "não <strong>de</strong>scuida da educação da população porque você<br />

corre o risco <strong>de</strong> tá fazendo a mesma coisa daqueles que você<br />

mesmo tá con<strong>de</strong>nando, <strong>de</strong> cima <strong>para</strong> baixo, né, então você vai


e faz e nio importa o que os outros pensam; não é assim, pro<br />

movimento ecológico não é assim me8mo, você vai e faz e se<br />

importa e muito com o que os outros pensam, porque os outros<br />

é que vão tocar, então eu acho que tâ <strong>de</strong>scuidado. a parte<br />

educativa tá <strong>de</strong>scuidada. inclusive no râdio" W<br />

(44) VILLON. F. - Folhetim. ln: Folha ~ aãQ Paulo. 01/01/88. no.<br />

569, 8-12: "seria então," momento <strong>de</strong> me calar?~'<br />

(47) LASCH. C.- Q m1nlmo ~. <strong>São</strong> Paulo. Ed. Brasiliense. 1986. p.<br />

10.<br />

(48) GARAUDY. "R.- Apelo aos vivos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Ed. Nova<br />

Fronteira. 1981. p. 11.<br />

(49) SCHUMACHER. E.F. - Q negócio ~ ~ pequenQ. Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Zahar, 1981, p. 69 a 71.<br />

(50) Obvio no sentido que lhe dá Darcy Ribeiro em seu texto<br />

"sobre o óbvio".<br />

(51) "O <strong>de</strong>cl1nio do império americano" - filme 35 mm projetado em<br />

1987 nos gran<strong>de</strong>s cinemas <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo.<br />

(52) "doravante é o vazio que nos rege. mas um vazio sem tragédia<br />

nem apocalipse". Giles Lipovetsky, citado por Caio Túlio<br />

Costa na Folha <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo <strong>de</strong> 8/12/87. p. A-29.


principaiB correnteB do movimento alternativo alemão, <strong>de</strong>scritos<br />

por Huber (1985) .<br />

...Seu Campo <strong>de</strong> atuação resi<strong>de</strong> na conservação <strong>de</strong><br />

regiões naturais e estruturas urbanas <strong>de</strong> moradia existentes.<br />

Elas intervêem contra a <strong>de</strong>sarborização, eliminação <strong>de</strong> áreas<br />

ver<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>molição <strong>de</strong> construções antigas, contra novos aeroportoB,<br />

usinas e auto-estradas ... A critica das iniciativas<br />

civis dirige-se, em primeiro lugar, à burocracia. Denunciam<br />

o fracasso dos partidos, bem como dos gran<strong>de</strong>s a<strong>para</strong>tos <strong>de</strong><br />

planejamento estatais e industriais. Postulam a informação e<br />

a participação dos cidadãos nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e no<br />

planejamento, <strong>de</strong> modo que tenham a palavra os diretamente<br />

interessados. Advogam ainda a autonomia local, ao nlvel mais<br />

abrangente posslvel, e manifestam sua confiança na razão e<br />

no julgamento coletivo.<br />

11. Movimento EcolÓgico. anti-usinas nucleares ~ pelas ~<br />

nologias alternativas<br />

o crescimento da produção industrial e do<br />

consumo sustentado, forçosamente, pela concorrência, pela'<br />

busca <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e lucro, funda uma economia <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdicio e<br />

pilhagem. Uma economia que esgota matérias primas, <strong>de</strong>sperdiça<br />

energia. <strong>de</strong>strói o meio ambiente e nos faz doentes ...<br />

o sistema industrial tem por caracteristicas<br />

marcantes a tecnocracia, a ditadura das soluções técnicas, a<br />

autonomização da economia face às necessida<strong>de</strong>s humanas, o<br />

crescimento ilimitado, a centralização, o gigantismo e as<br />

tecnologias pesadas, o <strong>de</strong>sperdlcio, o <strong>de</strong>sgaste, a <strong>de</strong>predação<br />

e <strong>de</strong>struição do meio ambiente. Por isso Q projeto do movimento<br />

ecológico tem por objetivo a limitação do sistema e a<br />

autolimitação, a dissolução planejada da compulsão ao crescimento,<br />

a reinserção da produção industrial no meio natural,<br />

a <strong>de</strong>sconcentracão econômica, a <strong>de</strong>scentralização da<br />

produção por meio <strong>de</strong> tecnologias a<strong>de</strong>quadas, médias e pequenas<br />

(small is beautiful), a <strong>de</strong>scentralização dos meios financeiros,<br />

o <strong>de</strong>smantelamento da concentração <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r politico<br />

e econômico, a autonomização <strong>de</strong> pequenas unida<strong>de</strong>s (local<br />

self-reliance), assim como a poupança e o reaproveita~<br />

mento dos insumos.<br />

o movimento contra usinas atômicas procura romper<br />

a l6gica do sistema industrial em um <strong>de</strong> seus pontos nevrálgicos<br />

que é o da producão <strong>de</strong> energia. Aponta como alternativa<br />

as tecnologias brandas, <strong>de</strong>scentralizadas e variadas.


.... Estilos alternativos <strong>de</strong> vida, como transform8Gão<br />

do cotidiano pessoal, são a complementação necessária<br />

<strong>de</strong> uma transformação ecológica do sistema Critica ã<br />

perda <strong>de</strong> sentido e ã alienação do mundo do trabalho industrial.<br />

ao esgotamento profissional e ao consumismo ... Rejeição<br />

<strong>de</strong> um mundo. que gira em torno das coisas e sua<br />

posse, e a procura <strong>de</strong> um mundo, que se volte mais <strong>para</strong> os<br />

homens, como dizia Erich Fromn. Preten<strong>de</strong>-se igualmente,<br />

através <strong>de</strong> auto-abastecimento e do trabalho por conta pr6pria,<br />

diminuir a <strong>de</strong>pendência ~ace ã Megamãquina; <strong>de</strong>seja-se<br />

superar através <strong>de</strong> formas comunitãrias - antigas e novas - a<br />

se<strong>para</strong>cão e o isolamento social. bem como a distinção esquizofrénica<br />

entre trabalho e lazer; e coloca-se a exigência <strong>de</strong><br />

um trabalho satisfatório, que não mais precise ser compensado<br />

com consumo. <strong>de</strong> modo que este possa ser reduzido ao que<br />

é. realmente necessário. segundo a divisa - com menos. viver<br />

melhor.<br />

Centros <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong> autogestionários nos<br />

quais os próprios jovens dão forma ao lazer, .organizam sua<br />

própria educação e on<strong>de</strong> eles próprios formulam e satisfazem<br />

seus interesses como alunos e aprendizes ...<br />

Esses grupos (<strong>de</strong> estudantes e <strong>de</strong> idosos) sofrem<br />

uma perda <strong>de</strong> funcão social, na medida em que são, no<br />

fundo, supérfluos <strong>para</strong> o funcionamento da megamáquina e<br />

portanto, encarados mais como uma carga <strong>para</strong> a economia<br />

familiar e o orçamento social do Estado. Para os engenheiros<br />

do Estado Social, eles constituem uma área problemática e um<br />

foco <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong>sviantes. Entre 08 jovens os problemas<br />

são a existência <strong>de</strong> gangs, a criminalida<strong>de</strong>, o alcoolismo<br />

e o uso <strong>de</strong> drogas. Entre os velhos, a suscetibilida<strong>de</strong><br />

<strong>para</strong> doenças fisicas e psiquicas. O problema do suicidio<br />

está presente em ambos os grupos.<br />

Fortalecer a autoconsciência dos idosos membros<br />

do Grupo e constituir-se num forte grupo <strong>de</strong> pressão<br />

junto aos organismos públicos ... Lutar contra a sua marginalizacão.<br />

sua <strong>de</strong>pendência e a tendência da socieda<strong>de</strong> a consi<strong>de</strong>rá-los<br />

incapazes e discern1mento e julgamento.<br />

Versão radical <strong>de</strong> um modo alternativo <strong>de</strong> vida,<br />

porém com a caracteristica extraordinária adicional, <strong>de</strong> que<br />

simultaneamente se reage à dominação exploradora cida<strong>de</strong>-


o movimento regionalista ... também está relacionado<br />

com a dominação cida<strong>de</strong>-campo e a <strong>de</strong>pendência centroperiferia.<br />

Trata da preservação das raizes culturais e sociais<br />

<strong>de</strong> cada região ... Rejeita-se o centralismo estatal e a<br />

<strong>de</strong>pendência econômica das gran<strong>de</strong>s empresas nacionais e<br />

multinacionais, que dos lugares mais distantes, com suas<br />

politicas <strong>de</strong> investimento, influenciam o <strong>de</strong>stinos das regiões.<br />

Critica-se, também, o colonialismo interno que <strong>de</strong>grada<br />

à região à condição <strong>de</strong> satélite das gran<strong>de</strong>s metrópoles<br />

urbanas ... Revigora-se a tradição dos dialetos ... contra a<br />

massificação social e a sincronização cultural afirmam-se as<br />

peculiarida<strong>de</strong>s sociais e a varieda<strong>de</strong> cultural ... auto <strong>de</strong>terminação<br />

e auto-suficiência local e regional.<br />

Oposi~ão à dominaoão patriarcal na familia,<br />

tanto quanto no mundo do trabalho ... é um profundo questionamento<br />

do sistema social como um todo ... Direitos, liberda<strong>de</strong>s<br />

e r~sponsabilida<strong>de</strong>siguais <strong>de</strong> ambos os sexos, tanto no<br />

âmbito do trabalho doméstico não remunerado, quanto no âmbito<br />

das ativida<strong>de</strong>s profissionais remuneradas ... estimulos<br />

<strong>para</strong> uma compreensão e vivência nova do nosso corpo e sensibilida<strong>de</strong><br />

... permitindo-nos a totalida<strong>de</strong> corporal sensual. a<br />

libertaoão e transluci<strong>de</strong>z do corpo e ~a mente .<br />

... é um movimento bastante heterogêneo quanto às<br />

suas posi~ões e manifesta~ões politicas ... ele se materializou<br />

numa ampla gama <strong>de</strong> projetos auto-organizados por<br />

mulheres: grupos <strong>de</strong> alimenta~ão e saú<strong>de</strong>, grupos <strong>para</strong> autoexame.<br />

ajuda mútua no campo médico e terapêutico, albergues<br />

<strong>de</strong> mulheres, etc ...<br />

As lésbicas, os homossexuais e pedofilicos, aproveitando-se<br />

<strong>de</strong>ssa corrente. (movimento das mulheres) ousaram<br />

expor-se publicamente... semelhante ao movimento <strong>de</strong><br />

mulheres. também o movimento dos homossexuais <strong>de</strong>u origem a<br />

uma gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> projetos próprios e, além disso, participa<br />

ativamente <strong>de</strong> outros projetos alternativos.<br />

VII. Movimento psiCologista. emancipacionista ~ prÓ-sensibilida<strong>de</strong><br />

buscar o <strong>de</strong>senvolvimento da individualida<strong>de</strong> e<br />

da personalida<strong>de</strong>... O movimento psicologista representa a


evolta contra o intelectualismo racionalista, meramente<br />

analitico e reducionista. Ele busca uma experiência <strong>de</strong> mundo<br />

mais totalizante, que possa integrar corpo, alma e espirito,<br />

e on<strong>de</strong>, por exemplo, conhecimentos intuitivo e emocional<br />

também tenham um lugar garantido.<br />

a emancipação pessoal é parte da práxis pol1tica.<br />

Esta emancipação pessoal foi frequentemente concebida<br />

como libertação sexual. Recuperou-se a idéia da "Sexpol" dos<br />

anos 20, assim como W. Reich.<br />

Ao lado <strong>de</strong>ste movimento emancipacionista, com<br />

manifesta postulacão politica, ocorre... uma verda<strong>de</strong>ira<br />

explosão <strong>de</strong> ofertas no âmbito da psicologia: modalida<strong>de</strong>s<br />

tradicionais <strong>de</strong> terapias psicológicas e sociais, grupos <strong>de</strong><br />

treinamento sensitivo, interação tematicamente nucleada,<br />

grupos <strong>de</strong> sobrevivência. grupos <strong>de</strong> encontro e <strong>de</strong> autovivência,<br />

fortalecimento da percep~ão sensorial. grupos <strong>de</strong> maratona,<br />

psicodrama e sociodramá, análise transacional. grito<br />

primal, laboratórios <strong>de</strong> orientação da vida e superação <strong>de</strong><br />

conflitos, psicossintese, meditação transcen<strong>de</strong>ntal e outras;<br />

terapia pelo movimento, expressão corporal, grupos gestálticos,<br />

bioenergia, grupos <strong>de</strong> auto-representa~ão. danea. pantomima<br />

e outras formas <strong>de</strong> expressão, terapia respiratória,<br />

ioga, massagem, acupuntura, acupressura, karatê. aikidô,<br />

zen, tai-chi, e tudo o mais que se oferece hoje no mercado.<br />

Esta variada corrente alimenta-se <strong>de</strong> duas fontes. De um<br />

lado, oferece-se auxilio nas crises psiquicas e existenciais.<br />

Estas são condicionadas socialmente (pela dissolução<br />

das rela~ões comunitárias <strong>de</strong> vida, pela <strong>de</strong>strutivida<strong>de</strong> do<br />

ambiente industrial) não obstante acabam sendo vividas e<br />

carregadas individualmente. De outro lado opõe-se aqui. ao<br />

esfacelamento do corpo e da vida a positivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

sensibilida<strong>de</strong> e corporalida<strong>de</strong> intactas ...<br />

Ambos tiveram sua origem nos grupos que usavam<br />

drogas nos anos 60 e parcialmente, ainda vivem <strong>de</strong>stes<br />

grupos. Ampliar ª consciência - esta foi a palavra e ainda é<br />

- no cenário das drogas, na visão <strong>de</strong> mundo espiritual ou<br />

emancipadora da personalida<strong>de</strong>.<br />

uma forma mais individualista e secular <strong>de</strong><br />

t1mida religiosida<strong>de</strong>, que já começa a ser chamada genericamente<br />

<strong>de</strong> novo espiritualismo ... que esteve e está com um<br />

forte traço <strong>de</strong> religiosida<strong>de</strong> natural muito ligado ao movimento<br />

<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s rurais ... os iniciados <strong>de</strong>stas comunida<strong>de</strong>s<br />

parecem estar em contato com fadas. duen<strong>de</strong>s, silfi<strong>de</strong>s,<br />

anjos. Deva. Pano


o novo espiritualismo penetrou igualmente no<br />

mundo urbano~ através <strong>de</strong> CaBtaneda, vi<strong>de</strong>ntes e profetas.<br />

antroposofia <strong>de</strong> Rudolf Steiner, horóscopos, leituras <strong>de</strong><br />

cartaE.:e mãos ...<br />

o novo espiritualismo é uma critica da visão<br />

materialista do mundo, que se impôs com a capitalizacão e<br />

industrializacão dos últimos 200 a 500 anos. As ciências<br />

naturais e as engenharias parecem ter <strong>de</strong>cifrado e <strong>de</strong>sencantado<br />

o mundo. No entanto, a aparente sobrieda<strong>de</strong> revela-se<br />

agora, como uma inigualável embriaguez <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong><br />

objetiva que provoca a ressaca dos maus esp1ritos e <strong>de</strong>mônios.<br />

Tanto o positivismo das "ditas ciências burguesas, como<br />

o chamado materialismo histórico-dialético do marxismo tardio,<br />

enviesaram-se como pensamentos instrumentais e fisicanalistas.<br />

Quanto mais seccionamos a matéria por meio do<br />

microscópio, mais a fisica penetra o mundo das menores<br />

particulas, mais inevitável se torna a conclusão <strong>de</strong> que tudo<br />

só tem sentido se assumirmos que por "trás <strong>de</strong>ste" começa<br />

"outro, mundo". A quem agradaria, a longo prazo, ser um<br />

simples aglomerado <strong>de</strong> átomos, moléculas e estruturas celulares?<br />

E isto a vida? Sou eu meu corpo ou meu corpo é a<br />

matéria da qual "eu" sou feito e na qual "eu estou"?<br />

Já as religiosas diferem muito em seus posicionamentos<br />

politicos. O espectro abarca até mesmo grupelhos<br />

totalitários como a seita Moon ... que no conjunto se situam<br />

fora do contexto <strong>de</strong> idéias alternativas. As novas seitas<br />

constituem casos <strong>de</strong> importação religiosa do Extremo Oriente.<br />

A diferença.<strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>mais correntes tratadas até aqui,<br />

que se inter-relacionam <strong>de</strong> variadas formas, as seitas são<br />

notavelmente isoladas. em parte porque elas mesmas se excluem,<br />

em parte porque elas procuram distinguir-se daqueles<br />

grupos "ct>nscientizadospoliticall'lente.<br />

não se alimentam apenas <strong>de</strong> impulsos politicos<br />

mas também <strong>de</strong> impulsos éticos.<br />

A contribuição mais importante <strong>de</strong>stes movimentos<br />

<strong>para</strong> o movimento alternativo resi<strong>de</strong> no principio <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong><br />

frente à violência. Os principios da ação pacifica e da<br />

<strong>de</strong>sobediência ou resistência civil difundiram-se por todas<br />

as <strong>de</strong>mais correntes alternativas.<br />

Enquanto os grupos pacifistas interessam-se<br />

pela politica <strong>de</strong> distensão nas relacões Leste-Oeste, os<br />

grupos Terceiro-mundistas envolvem-se com as relacões Norte-<br />

Sul. Além <strong>de</strong> se oporem às intervencões politico militares,<br />

também criticam o imperialismo econômico e cultural. Comum a<br />

todos é a critica <strong>de</strong> que o armamentismo, a guerra atômicas e


a multiplica~ão do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>strutivo militar significam a<br />

auto-<strong>de</strong>struição do mundo e por isto precisam ser eliminados.<br />

Para tanto seria necessãrio criar-se condicões economicas,<br />

sociais e politicas que não mais favorecessem a guerra e o<br />

armamentismo.<br />

Aquelas iniciativas que se opõem à limitação dos<br />

direitos e liberda<strong>de</strong>s civis ou que lutam pela sua completa<br />

realização ...<br />

o solapamento da <strong>de</strong>mocracia por parte do Estado<br />

policial é a causa <strong>de</strong>sses movimentos... Sob o pretexto <strong>de</strong><br />

razões <strong>de</strong> segurança, introduzem-se em muit9s campos amplos<br />

sistemas <strong>de</strong> controle e fiscalização, somos medicados preventivamente,<br />

mesmo se não estamos doentes. Por precaução nossos<br />

telefones são interceptados, constroe-se preventivamente<br />

asilos <strong>para</strong> jovens e velhos, escolas, hospitais, centros<br />

psiquiátricos e cárceres. A assistência po<strong>de</strong> ir tão longe a<br />

ponto <strong>de</strong> nos po<strong>de</strong>r pren<strong>de</strong>r preventivamente, porque todos<br />

po<strong>de</strong>mos ser terroristas em potencial. O sistema só está<br />

"seguro" quando tem cada um sob controle .<br />

... é o levante da socieda<strong>de</strong> civil contra a arrogância<br />

burocrática estatal e a onipresença indireta dos<br />

interesses das empresas ... é a luta pela igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> todo6<br />

os cidadãos perante a lei, a <strong>de</strong>fesa da esfera privada, a<br />

<strong>de</strong>fesa da intocabilida<strong>de</strong> da pessoa, da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão,<br />

da opinião, <strong>de</strong> imprensa, <strong>de</strong> reunião e <strong>de</strong> movimento.<br />

Caracteristico das esquerdas não dogmáticas ê um<br />

grau minimo <strong>de</strong> organização e a marcante "in<strong>de</strong>pendência" dos<br />

individuos que a compõem .<br />

... sua critica é acima <strong>de</strong> tudo ao capitalismo. As<br />

alternativas são os objetivos <strong>de</strong> uma tradição aberta e não<br />

<strong>de</strong>turpada do socialismo: planejamento econômico dos objetos<br />

<strong>de</strong> consumo, eliminação da maximização do lucro (isto ê, do<br />

crescimento econômico) condicionada pela concorrência; direitos<br />

sociais e econômicos,. inseridos em um programa conjunto,<br />

que talvez possa ser <strong>de</strong>lineado como socialismo libertário<br />

...<br />

... os espontanelstas influenciados não apenas por<br />

Marx mas também por Bakunin, Kropotkin, Landaeur, Muhsam e<br />

Buber lutam não apenas contra o gran<strong>de</strong> capital, mas também<br />

contra o Estado, <strong>de</strong> um modo geral. Eles resgatam <strong>de</strong>finitivamente<br />

as enterradas ou <strong>de</strong>turpadas tradições anarquistas ...


<strong>de</strong>6envolvem ectilo politico que acentua o prazer, <strong>de</strong>clara as<br />

própria6 necessida<strong>de</strong>6 como o centro do mundo ...


1. Rela~ão equilibrada entre<br />

homem-mulher e a natureza<br />

2. Rela~ões igualitárias no<br />

interior da Socieda<strong>de</strong> humana<br />

As socieda<strong>de</strong>s contemporâneas baseiamse<br />

numa relação predatória <strong>de</strong> conquista<br />

e manipulação com a natureza.<br />

Os ecologistas preten<strong>de</strong>m uma rela~ão<br />

equilibrada. harmoniosa e integrada<br />

com a natureza. reconhecendo <strong>de</strong> que<br />

nesta vida como espécie <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> ao<br />

respeito profundo pela natureza ..Sentimo-nos<br />

parte da natureza e não<br />

acima <strong>de</strong>la como é o sentimento inspirado<br />

pelas socieda<strong>de</strong>s industriais<br />

centralizadas (capitalista ou socialista)<br />

.<br />

N6s ecologistas, somos contrários à<br />

exploração do homem pelo homem. O<br />

capitalismo está regido pela lógica<br />

do lucro colocando· a gran<strong>de</strong> maioria<br />

da popula~ão ao servico do processo<br />

<strong>de</strong> valoriza~ão do capital. Estamos a<br />

favor .<strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> regida pelo<br />

principio da satisfacão das necessida<strong>de</strong>s<br />

materiais (básicas) e espirituais:<br />

a economia a servico dos seres<br />

humanos e não os seres humanos a<br />

servi~o da economia. Somos a favor <strong>de</strong><br />

uma distribuicão igualitária da riqueza<br />

material, respeitando a diversida<strong>de</strong><br />

e singularida<strong>de</strong> das pessoas e<br />

grupos.<br />

Somos a favor <strong>de</strong> uma distribuicão<br />

igualitária e diversificada do po<strong>de</strong>r<br />

politico através dos mecanismos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mocracia participativa. Questionando<br />

as ~nstituicões do autoritarismo<br />

vamos além da institucionalida<strong>de</strong> da<br />

<strong>de</strong>mocracia liberal, pautado pelo<br />

principio da representação. Achamos<br />

que é necessário complementar e aprofundar<br />

os mecanismos da <strong>de</strong>mocracia


apresentativa (principio <strong>de</strong> repreBentação<br />

<strong>de</strong> ci~adão pelo seu reprecentante<br />

no seu executivo, parlamento,<br />

etc.). utilizando mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia<br />

direta (assembléias barriais,<br />

distritais e por lugar <strong>de</strong> trabalho;<br />

referendum por iniciativa popular;<br />

movimentos sociais autônomos dos partidos<br />

politicos).<br />

Questionamos o <strong>de</strong>senvolvimento materialista.<br />

crescimento ilimitado da<br />

produ~ão material baseado na <strong>de</strong>predação<br />

sistemática da natureza e na<br />

criação' permanente <strong>de</strong> novas necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> consumo material (consumismo);<br />

Este <strong>de</strong>senvolvimento materialista<br />

tem seu eixo na gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> centraliza-se <strong>de</strong> modo perigoso<br />

os sistemas produtivos. aglomeram-se<br />

lnumanamente a população e concentrase<br />

po<strong>de</strong>r politico administrativo.' Os<br />

ecologistas latino-americanos são<br />

favoráveis a um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

que respeite a natureza atrav~s<br />

da utilização <strong>de</strong> tecnologias<br />

doces <strong>de</strong> baixo impacto <strong>ambiental</strong>,<br />

evitando-se os gran<strong>de</strong>s empreendimentos,<br />

<strong>de</strong>scentralizando-se o processo<br />

civilizatório. A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos<br />

ecologistas é a micro-região, constituida<br />

por uma ou mais cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

pequeno ou médio porte que conseguem<br />

auto-suficiência alimentar utilizando<br />

as áreas rurais adjacentes e fontes<br />

locais <strong>de</strong> energia não poluidoras. O<br />

eco<strong>de</strong>senvolvimento implica agricultura<br />

ecológica. indústrias <strong>de</strong>scentralizadas<br />

e <strong>de</strong> baixo impacto <strong>ambiental</strong><br />

e serviços cooperativados baseados na<br />

ajuda mútua e evitando a burocratiza-<br />

~ão.<br />

No mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> eco<strong>de</strong>senvolvimento existem<br />

3 tipos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> dos meios<br />

<strong>de</strong> produção: a pequena proprieda<strong>de</strong><br />

privada. a proprieda<strong>de</strong> cooperativa e<br />

a proprieda<strong>de</strong> estatal. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

eco<strong>de</strong>senvolvimento rejeita a gran<strong>de</strong><br />

proprieda<strong>de</strong> privada. cooperativa ou<br />

estatal. na medida em que elas são<br />

fontes <strong>de</strong> exploração econômica e


concentra~ão <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r polltlco-administrativo.<br />

Somos favoráveis a criacão <strong>de</strong> uma<br />

economia ver<strong>de</strong> informal, como mecanismos<br />

<strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> transicão<br />

que aponte a instauracão <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong><br />

do eco<strong>de</strong>senvolvimento. Essa<br />

economia ver<strong>de</strong> baseia-se nos seguintes<br />

principios: producão <strong>para</strong> o autoconsumo.<br />

producão <strong>para</strong> a troca, producão<br />

<strong>para</strong> o mercado local, cooperativismo<br />

que implique uma participacão<br />

direta dos clientes (nova relação<br />

comprador-ven<strong>de</strong>dor).<br />

Somos radicalmente contrários a utilização<br />

da violência <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a escala<br />

mais micro-social (relação homemmulher.<br />

pai-filho) até a escala planetária<br />

(guerra entre palses). Somos<br />

favoráveis a utilizacão da metodologia<br />

Gandhiana da não-violência ativa:<br />

d.esobediência civil·, greve pacifica,<br />

boycot, <strong>de</strong>sarmamento psicológico do<br />

repressor. Somos favoráveis a politicas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>fensivas ao nível dos<br />

paises: substituicão da <strong>de</strong>fesa militar<br />

violenta pela <strong>de</strong>fesa civil nãoviolenta.<br />

O militarismo é o principal<br />

problema do mundo contemporâneo: acumulação<br />

<strong>de</strong> armas atômicas capazes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>struir 100 vezes a vida no planeta,<br />

alocacão <strong>de</strong> fabulosos recursos em<br />

indústrias bélicas, criação <strong>de</strong> uma<br />

psicologia social <strong>para</strong>nóica que incentiva<br />

os gastos militares, subordinação<br />

da pesquisa cientifica e tecnol6gica<br />

<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s militares.<br />

Caso houvesse uma redução drástica<br />

dos gastos militares do mundo, po<strong>de</strong>riam<br />

ser resolvidos, em 1 ano. os<br />

gravissimos problemas <strong>de</strong> fome, saú<strong>de</strong>,<br />

analfabetismo e moradia dos 2/3 da<br />

humanida<strong>de</strong> que vive na pobreza absoluta..<br />

Somos radicalmente contra o machismo,<br />

contra todas as formas <strong>de</strong> dominacão


7. Descentralização e autogestão<br />

8. Cotidiano<br />

criativo<br />

das mulheres pelos homens. A socieda<strong>de</strong><br />

patriarcal ê produtora e reprodutora<br />

da personalida<strong>de</strong> autoritária.<br />

A passagem da personalida<strong>de</strong> autoritária<br />

<strong>para</strong> a personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática,<br />

fundamental <strong>para</strong> construção <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>mocracia participativa, requer um<br />

combate sistemático ao patriarcalismo.<br />

Assumimos como próprias todas as<br />

lutas dos movimentos feministas. Somos<br />

favoráveis ao <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

feminismo interior que está presente<br />

reprimido nos homens e do masculinointerior<br />

que está presente reprimido<br />

nas mulheres. na direcão da construção<br />

<strong>de</strong> uma cultura andrógena, ainda<br />

que mantendo a diferenciacão sexual.<br />

Contudo. somos favoráveis a livre<br />

expressão das minorias homossexuai~<br />

feminina e masculina.<br />

Somos favoráveis a <strong>de</strong>scentralizacão<br />

dos lugares <strong>de</strong> moradia e <strong>de</strong> producão.<br />

c~iando novo espaco'püblico <strong>de</strong> comunicação<br />

normativa que substitua o<br />

atual espaco público verticalizado e<br />

heteronomizante da cultura <strong>de</strong> massas.<br />

A praça pública do bairro, do distrito<br />

da cida<strong>de</strong> são espacos nos quais as<br />

pessoas po<strong>de</strong>riam discurir e <strong>de</strong>cidir<br />

em comum seus <strong>de</strong>stinos. fugindo da<br />

troca <strong>de</strong> favores, do clientelismo das<br />

li<strong>de</strong>ranças carismáticas autoritárias<br />

(ainda que reconhecemos o valor favorável<br />

do carisma <strong>de</strong>mocrático). Somos<br />

a favor da autogestão em todos os<br />

lugares <strong>de</strong> trabalho (fábricas, escolas.<br />

hospitais, etc.): A participacão<br />

<strong>de</strong> todos <strong>de</strong>vem fazer-se respeitando<br />

(não mitificando) o principio da<br />

competência técnica. 05 ecologistas<br />

são contrários a um tipo <strong>de</strong> antiautitarismo<br />

espontâneo que <strong>de</strong>spreza a<br />

competência técnica.<br />

Somos contrários ao modo <strong>de</strong> vida<br />

burguês (trabalho não manual exclusi-


9.' Flexibilidà<strong>de</strong> e abertura<br />

no pensar e agir<br />

vo, conforto material excessivo, privatismo<br />

e alta previsibilida<strong>de</strong>) e ao<br />

modo <strong>de</strong> vida quimico circense (consumo<br />

elevado e indiscriminado <strong>de</strong><br />

ilcool, tranquilizantes, tabaco, açücar,<br />

drogas, alimentos tratados quimicamente,<br />

televisão, expectatorismo<br />

exportivo). Somos favoráveis a um<br />

cotidiano criativo que implique: combinar<br />

o trabalho manual com o nãomanual,<br />

viver em contato com a natureza,<br />

re<strong>de</strong>s corr~nais, estilo <strong>de</strong> vida<br />

que <strong>de</strong>ixe ireas <strong>de</strong> incerteza, consumO<br />

mo<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> álcool, televisão,<br />

etc.... realizacão sistemãtica <strong>de</strong><br />

exercicios flsicos, caminhar, andar<br />

<strong>de</strong> bicicleta (reduzir o uso <strong>de</strong> transporte<br />

mecânico), elevar a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> go~o do corpo através <strong>de</strong> uma sexualida<strong>de</strong><br />

espiritualizada, comida sã,<br />

equilibrada, proveniente <strong>de</strong> agricultura<br />

ecológica. .<br />

A força do movimento ecologista estã<br />

na sua confiança (não ingênua e evitando<br />

i<strong>de</strong>alizacões) na população, seu<br />

pluralismo e sua imaginacão. O movimento<br />

ecologista acredita nas pequenas<br />

unida<strong>de</strong>s e adota isto como estrutura<br />

organizacional e conceitual: se<br />

estrutura como uma fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> movimentos<br />

locais. Deste modo a estrutura<br />

é portadora <strong>de</strong> uma mensagem. Os ecologistas<br />

não acreditam em soluções<br />

rigidas e <strong>de</strong>finitivas <strong>para</strong> os diversos<br />

problemas. Temos <strong>de</strong> atacar ao<br />

mesmo tempo as causas profundas e as<br />

manifestações superficiais dos problemas,<br />

com imaginacão. E posslvel<br />

produzir a mudanca através do impacto<br />

acumulativo <strong>de</strong> pequenas mudancas em<br />

vários fatores ao mesmo tempo, e isto<br />

po<strong>de</strong> ser logrado <strong>de</strong> melhor maneira<br />

por movimentos coor<strong>de</strong>nados <strong>de</strong> forma<br />

laxa, cada um trabalhando num canto<br />

diferente <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>.·<br />

Consi<strong>de</strong>ramo-nos prioritariamente,<br />

habitantes do planeta terra, por isso<br />

pensamos globalmente, porém o pensar<br />

global somente adquire um sentido


10. A Autonomia do Movimento<br />

Ecológico<br />

concreto na medida em que se age<br />

localmente. Pensar globalmente, agir<br />

localmente, é um principio fundamental<br />

do ecologismo.<br />

Os ecologistas organizam-se em coletivos<br />

pequenos e médios, <strong>de</strong> 5 a 50<br />

pessoas, que por sua vez constituem<br />

re<strong>de</strong>s (fun~ão <strong>de</strong> comunica~ão rápida e<br />

troca direta <strong>de</strong> experiências e encontros<br />

periódicos) ou fe<strong>de</strong>ra~ões <strong>de</strong><br />

coletivos (organiza~ão com se<strong>de</strong> rotativa<br />

e revezamento frequente dos<br />

dirigentes). O coletivo ecologista<br />

reune-se normalmente através <strong>de</strong> uma<br />

periodicida<strong>de</strong> que permite criar um<br />

espa~o <strong>de</strong> comunica~ão normativa, uma<br />

troca rica <strong>de</strong> diversas singularida<strong>de</strong>s<br />

subjetivas envolvidas. Geralmente a<br />

periodicida<strong>de</strong> da reunião do coletivo<br />

é semanal po<strong>de</strong>ndo chegar a ser bisemanal<br />

no caso dos grupos mais laxos.<br />

O·movimento ecológico se <strong>de</strong>fine como<br />

autônomo diante do Estado (municipio,<br />

Estado e União) e qualquer um <strong>de</strong> seus<br />

aparelhos e agências; assim como<br />

também é autônomo dos partidos politicos,<br />

as empresas e as associa~ões<br />

<strong>de</strong> categorias profissionais e sindicatos.<br />

O movimento ecológico é transpartidário<br />

no sentido <strong>de</strong> que nele<br />

po<strong>de</strong>m participar membros dos diversos<br />

partidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que honestamente (não<br />

com fins <strong>de</strong> entrismo) compromissados<br />

com a causa ecológica. O movimento<br />

ecológico é predominantemente extraparlamentar,<br />

porém consi<strong>de</strong>ra o parlamento<br />

como um espaço institucional<br />

apto <strong>para</strong> sua expressão. Essa entrada<br />

no parlamento (Câmaras <strong>de</strong> Vereadores<br />

e em primeira instância, Assembléia<br />

Legislativa em segunda instância e<br />

Congresso Fe<strong>de</strong>ral em terceira instância)<br />

po<strong>de</strong> ser feita através da candidatura<br />

<strong>de</strong> membros do movimento ecológico<br />

nos partidos tradicionais mais<br />

sensiveis a causa ecológica ou através<br />

da criação <strong>de</strong> partidos ecologistas.<br />

A criação <strong>de</strong> partidos ecologis-


<strong>Associação</strong> Mel - Movimento Eco16gico Livre<br />

Uma alternativa e~ológica em Flor<br />

Pela vida, através da invenção <strong>de</strong>mocrâtica<br />

Cx. Postal 5011 - Flor - se<br />

Fone: 22.8715<br />

23.3486<br />

tas somente e frutlfera quando é<br />

produto <strong>de</strong> um movimento <strong>de</strong>nso, qualitativa<br />

e quantitativamente. Embora<br />

autônomo do Estado e dos partidos<br />

polltico6 o movimento ecológico tenta<br />

influenciar o mâximo posslvel a estes,<br />

na direção <strong>de</strong> uma ecologização<br />

da cultura politica. O movimento<br />

eco16gico apóia a presenca <strong>de</strong> membros<br />

<strong>de</strong> seus coletivos nas instituições<br />

estatais vinculadas a protecão do<br />

meio ambiente, sempre que essa presença<br />

-não comprometa a autonomia do<br />

Movimento.<br />

,<br />

A autonomia, como marco fundamental<br />

da atuação do movimento ecológico.<br />

<strong>de</strong>fine um conjunto <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e<br />

práticás que implicam equillbrio,<br />

firmeza e flexibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> evitar<br />

cair seja no isolacionisIDo ou seu<br />

perigo oposto, o aurelamento dos<br />

po<strong>de</strong>res estatais e 60cietais dominantes.<br />

.


I<br />

Educar <strong>para</strong> o ambiente.


o mais a<strong>de</strong>quado às nossas concepções <strong>de</strong> pesquisa.<br />

conhecimento e educaQão era o estudo <strong>de</strong> caso.<br />

Contamos a história <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> com a qual<br />

tinhamos maior intimida<strong>de</strong>: a APASC.<br />

Falar <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> é falar dos indiv1duos que<br />

fazem parte <strong>de</strong>la. Uma entida<strong>de</strong> é a composição <strong>de</strong> seus vários<br />

elementos especialmente seus assodiados ativos. O perfil <strong>de</strong> uma<br />

entida<strong>de</strong> é dado pelo perfil dos seus associados ativos. Falar da<br />

educação <strong>de</strong>senvolvida por uma entida<strong>de</strong> é falar da educação <strong>de</strong>sen-<br />

volvida por seus participantes.<br />

'"A educaçã'o que fazem e intencionam fazer é o<br />

resultado <strong>de</strong> sua educaQão. ou seja. do que os indiv1duos partici-<br />

pantes objetivam e acreditam. Eles objetivam e acreditam aquilo<br />

que vão apren<strong>de</strong>ndo a objetivar e acreditar.<br />

O que (quais coisas) eles objetivam e acreditam?<br />

On<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>m a objetivar e acreditar nesses valores? Em parte na<br />

própria entida<strong>de</strong>. no cotidiano da·militância. O que apren<strong>de</strong>m na<br />

entida<strong>de</strong>?


pesquisa, no sentido <strong>de</strong> contribuir <strong>para</strong> clarificacão do conc,~ito<br />

<strong>de</strong> educação <strong>ambiental</strong>:<br />

Quais são os valores ecologistas e como a partici-<br />

pação na entida<strong>de</strong> contribui na aquisição e aprimoramento (e<br />

mudanças) <strong>de</strong>sses valores? Valores dos individuos, da entida<strong>de</strong> e<br />

~bjetivos da ação social <strong>de</strong> ambos. 'A medida em que se tornam<br />

claros e se generalizam passam a ser objetivos do movimento e a<br />

subsidiar programas e projetos <strong>de</strong> i~tervencão educacional.<br />

Essa procura transformou-se em argumento <strong>de</strong> teor<br />

especulativo. que pu<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar como uma hipótese: "a clari-<br />

ficação das utopias e objetivos do movimento ecológico po<strong>de</strong><br />

contribuir <strong>para</strong> as suas propostas <strong>de</strong> educação <strong>ambiental</strong>".<br />

Tentamos clarificá-los. Não havia um discurso<br />

homogêneo. Não se compartilhava da mesma fê religiosa/poli ti-<br />

ca/cientifica. Não havia uma verbalização única a respeito das<br />

priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação nem dos objetivos e finalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa ação.<br />

Mas as pessoas se reuniam todas as semanas e. ao<br />

longo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos. procuraram manter a associação.Dedicaram a ela<br />

seu tempo. dinheiro e energia.<br />

Qual era a força aglutinadora? Quais eram os pon-<br />

tos em comum que permitiam passar por sobre as divergências e<br />

manter a disposição <strong>de</strong> participação?<br />

A utopia era (é) algo nebuloso on<strong>de</strong> se queria<br />

(quer) chegar. Os esboços <strong>de</strong>la são compartilhados pela maioria,<br />

mas quando começamos a <strong>de</strong>talhá-Ia. essa maioria se fragmenta e já


não compartilha do mesmo discurso. Divergências <strong>de</strong> palavras.<br />

Divergências nos objetivos. Não é como em uma religião ou em um<br />

partido on<strong>de</strong> os discursos são os mesmos - as palavras. os conteú-<br />

dos. os objetivos. a utopia ...<br />

Talvez a utopia. <strong>para</strong> esses ecologistas. não seja<br />

uma ilha <strong>para</strong>disiaca <strong>para</strong> on<strong>de</strong> todos olham maravilhados caminhan-<br />

do (ou pensando caminhar) em sua dire~ão. A ilha continua a<br />

existir, nebulosa ainda. nos sonhos,dos ecologistas, mas ao invés<br />

<strong>de</strong> caminharem hipnotizados - por ela e <strong>para</strong> ela ou <strong>de</strong> se prostra-<br />

rem inercialmente diante do vazio ("o sonho acabou"), eles prefe-<br />

rem enten<strong>de</strong>r que "os caminhos se fazem ao andar" e que ali, no<br />

presente, nas reuniões e na dinâmica do dia a dia da associa~ão e<br />

do cotid~ano <strong>de</strong> cada um,uma parte <strong>de</strong>ssa utopia se realiza.<br />

A utopia está_ali. presente no'processo <strong>de</strong> luta<br />

pela prote~ão da natureza e pela melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vid•.<br />

Na"convivência <strong>de</strong> <strong>de</strong>siguais e no respeito à diversida<strong>de</strong> (pacifis-<br />

mo?) na prática da <strong>de</strong>mocracia direta. na potenciali~a~ão da a~ão<br />

individual, na intensifica~ão da consciência <strong>de</strong> si próprio e do<br />

seu papel social, na aproxima~ão entre discurso e prática. -entre<br />

pensar e agir, entre conhecimento e práxis. Enfim, está presente<br />

em uma prática que diz não ao niilismo e às utopias messiânicas e<br />

um sim à vida, ao romantismo e ao sonho <strong>de</strong> um mundo melhor sendo<br />

construido e já estando presente nessa luta cotidiana.<br />

Esses são valores "presentes na prática da APASC<br />

que po<strong>de</strong>riam, talvez,fundamentar objetivos <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> educa-<br />

~ão <strong>ambiental</strong>.


fundamenta esta dissertação. procurando justificar a proposição<br />

da PRAXIS como importante objetivo <strong>para</strong> a educação <strong>ambiental</strong>.<br />

A educa~ão <strong>ambiental</strong> <strong>de</strong>senvolvida através da prá-<br />

xis em organiza~ões ecologistas objetiva:<br />

1. Propiciar a cada individuo vivências e refle-<br />

xões que o fortaleça no conhecimento <strong>de</strong> si<br />

pr6prio e do contexto on<strong>de</strong> vive. nos seus<br />

2. Pre<strong>para</strong>r· seus participantes <strong>para</strong> a prática<br />

organizacional <strong>de</strong>mocrática a partir da diver-


3. Contribuir na <strong>de</strong>limita~ão da utopia (ecológi-<br />

ca?) <strong>para</strong> cada lndlviduo/grupo e ná sua verba-<br />

liza~ão/problematizaoão <strong>para</strong> o movimento eco-<br />

l6gico. Contribuir na escolha <strong>de</strong> caminhos <strong>para</strong><br />

sua materializaoão e na revisão constante dos<br />

seus contornos (dos caminhos e objetivos) em<br />

cada individuo/grupo e no movimento como um<br />

todo.<br />

4. Ser instância pedag6gica, <strong>de</strong>monstrando à so-<br />

cieda<strong>de</strong> a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer algo e sen-<br />

sibilizando pessoas <strong>para</strong> a questão ecol6gica,<br />

através da difusão <strong>de</strong> informaoões sobre pro-<br />

blemas ambientais e <strong>de</strong> análises sobre esses<br />

. problemas numa perspectiva ecológica;<br />

5. Ser um ponto <strong>de</strong> apoio e referência <strong>para</strong> as<br />

pessoas, em suas lutas pela melhoria da quali-<br />

da<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e pela prote~ão da natureza {<strong>para</strong><br />

não se sentirem sozinhas e sentirem a solida-<br />

rieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> iguais na luta por essa causa}.<br />

6. Formar pessoas <strong>para</strong> atuaoão cotidiana em ou-<br />

tras .organizações e ins~ituioões <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma perspectiva, <strong>de</strong> educaoão pautada por obje-<br />

tivos, conteúdos e metodôlogias oriundos do<br />

vivenciado junto ao movimento ecológico.


crática - isso só <strong>para</strong> citar os ültimos 24 anos) ,em uma realida<strong>de</strong><br />

cultural <strong>de</strong> mundo oci<strong>de</strong>ntal on<strong>de</strong> ~s pessoas há séculos vêm sendo<br />

.<strong>de</strong> expressar sua utopia (que apesar <strong>de</strong> não ser bem <strong>de</strong>limitada é<br />

um <strong>de</strong>sejo comum muito forte), a sua simples existência já é um<br />

.<br />

concepções <strong>de</strong> progresso, <strong>de</strong>mocracia, participação, felicida<strong>de</strong>,<br />

transformação social <strong>para</strong> o socialismo, é justamente a classe<br />

don<strong>de</strong> saem os trabalhadores dos meios <strong>de</strong> comunicações, professo-


eflitam sobre as causas dos problemas que enfrentam,<br />

entendam melhor a estrutura do sistema e assumam o<br />

animação cultural da comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> venham a atuar.<br />

<strong>para</strong> que<br />

papel <strong>de</strong><br />

Acreditamos que, gerando o fato 60cial, canalizan-<br />

do e ecoando as reivindica~ões e expressando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mudan~as e sua utopia, as entida<strong>de</strong>s ambienta1istas tornam-se<br />

movimentos sociais capazes <strong>de</strong> contribuir <strong>para</strong> o engajamento <strong>de</strong><br />

mais pessoas na luta por uma transfórma~ão social.<br />

Não po<strong>de</strong>m08 negar que, opondo-se a essa perspecti-<br />

va <strong>de</strong> transforma~ão social, engaJamento, socialismo e auto-gestão<br />

que po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>tectar como um lado do movimento ecológico e das<br />

organiza~ões minoritárias e <strong>de</strong> cidadãos em geral, conforme aná-<br />

lise <strong>de</strong> uma corrente <strong>de</strong> autores (Viola, Marcuse, Evers, <strong>de</strong>ntre<br />

outros), existe um outro lado, <strong>de</strong>tectado por autores como<br />

Tr~temberg e Bernardo,que é o <strong>de</strong> um movimento ecológico reacioná-<br />

rio e conservador - "o inimigo oculto" das transformações sociais<br />

que somente justifica a manutenção do "status quo", em nome <strong>de</strong><br />

uma nlo-ampliação da agressão ao meio ambiente. De qualquer<br />

forma, acreditamos que o "sistema", ao se ver obrigado a assumir<br />

as criticas, e- ao tentar absorvê-Ias da forma que lhe ê mais<br />

conveniente, por um lado procura perverter os objetivos iniciais.<br />

mas por outro lado possibilita a difusão das ban<strong>de</strong>iras ecológicas<br />

e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> falarmos contra certas obvieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sse<br />

sistema sem sermos apedrejados. Resta-nos acreditar que com isso<br />

o fermento vai propiciando uma ampliação das convicções das<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transformação <strong>para</strong> mais pessoas e que, num dado<br />

. momento, transformações realmente substanciais sejam imposslveis


<strong>de</strong> serem inibidas,pois ai,estarão disseminadas e não haverá forca<br />

bruta nem baleia <strong>de</strong>mocrática capaz <strong>de</strong> barrar ou enganar as<br />

pessoas.<br />

4- A a~ão direta privilegia a participaoão, envolve<br />

mais pessoas e envolve mais as pessoas (os participantes), encon-<br />

tra maior" divulgaoão junto aos meios <strong>de</strong> comunicaoão e tem um<br />

potencial educativo muito maior. Porém necessita <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> envol-<br />

vimento dos ~eus protagonistas pois os fatos se suce<strong>de</strong>m com<br />

velocida<strong>de</strong> espantosa e exigem,na máioria das vezes, uma infra-<br />

estrutura que sustente essas aoões. Nesse pon~o encontramos a<br />

necessida<strong>de</strong> da organizaoão <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> respaldando as ativi-<br />

da<strong>de</strong>s dos individuos envolvidos na aoão. E essa organizaoão vai<br />

se tornando tão mais necessária quanto maior for o envolvimento<br />

cóm outrasinstituioões durante as lutas. Não há s6 a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>la ser uma organizaoão funcional - dinheiro. secretária. se<strong>de</strong>,<br />

telefone, papel timbrado, micro-computador, telex ... pois, em<br />

certos casos, é necessário que ela seja <strong>de</strong>vidamente registrada,<br />

com diretoria e toda burocracia <strong>de</strong> qualquer organizaoão formal.<br />

A medida em que se adquire essa infra-estrutura<br />

<strong>para</strong> auxiliar na aoão direta, comeoa-se a ter mais condioões <strong>para</strong><br />

a utilizaoão dos expedientes convencionais, tipo enviar oficios<br />

pedindo esclarecimento aos órgãos envolvidos, protocolar pedidos<br />

e esperar respostas, acionar o legislativo e aguardar a próxima e


certamente a próxima e <strong>de</strong>pois a pr6xima Bessão da Câmara. ou<br />

acionar o Judiciário e aguardar a tramitação na Justica,sobre a<br />

qual, nem é preciso fazer comentários,e assim as pessoas que 6e<br />

mobilizam pela emergência <strong>de</strong> um problema acabam se <strong>de</strong>smobilizando<br />

na espera <strong>de</strong>sses encaminhamentos burocráticos .<br />

. Além disso. à medida em que se adquire essa infra-<br />

estrutura. existem mais vlnculos-e patrimônio a preservar e os<br />

diretores da entida<strong>de</strong> têm mais dificulda<strong>de</strong> <strong>para</strong> se expressar<br />

livremente e <strong>de</strong> forma contun<strong>de</strong>nte_ <strong>São</strong> vinculos com os associados<br />

(que já são em maior número). vlnéulos com as empresas que fazem<br />

doa~ões e com os 6~gãos públicos que <strong>de</strong> alguma maneira auxiliam a<br />

entida<strong>de</strong>.<br />

Ao mesmo tempo em que se ganha credibilida<strong>de</strong> junto<br />

a uma camada da popula~ão - o que é fundamental na concessão d06<br />

meios <strong>de</strong> amplifica~ão das mensagens do movimento - diminui-se o<br />

<strong>de</strong>spojamento e sua disponibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> a a~ão direta ..<br />

Isso. ao nosso ver. ten<strong>de</strong> a acontecer com as<br />

organiza~ões e pessoas que <strong>de</strong>la participam. mas acreditamos que â<br />

medida em que as pessoas ativas nessas organiza~ões tenham clare-<br />

za sobre essa possibilida<strong>de</strong> é posslvel trabalhar-se com ambas<br />

(a~ão direta e a~ão institucional) tirando proveito dos aspectos<br />

positivos <strong>de</strong> cada uma.<br />

A APASC. apesar <strong>de</strong> ter caminhado rapidamente <strong>para</strong><br />

a legaliza~ão (ao contrário <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s am-<br />

'bient~listas <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo). tem procurado contrabalan~ar nas suas<br />

principais lutas. as várias fr~ntes possiveis <strong>de</strong> serem exploradas


,(judiciário, imprensa, legislativo, universida<strong>de</strong>. ação direta.<br />

etc.) <strong>de</strong> forma a procurar atingir a resolução do problema em<br />

pauta e a educação das pessoas envolvidas e da comunida<strong>de</strong> em<br />

geral.<br />

5- •.Ontem um moço r~talhava duas árvores que acabara<br />

<strong>de</strong> cortar <strong>de</strong> ·uma calçada no centro da cida<strong>de</strong>. Ele suava. Eu<br />

suava. Estava muito calor. Dirigia-me aos estudos <strong>para</strong> conclusão<br />

<strong>de</strong> minha dissertação <strong>de</strong> mestrado sobre educação' <strong>ambiental</strong>, movi-<br />

mento ecológico, entida<strong>de</strong> <strong>ambiental</strong>ista~ participação, conscien-<br />

tizacão ..• Pensava no Grupo Ecológico <strong>de</strong> Assis ... <strong>de</strong>parei-me com<br />

o problema nu e cru. Hã pouco, eu escrevia sobre as lutas da<br />

!PASe em <strong>de</strong>fesa da arborização urbana. O que fazer? falar com o<br />

moco? Tinha sido provavelmente contratado pelo dono da casa <strong>para</strong><br />

cumprir a tarefa ... Falar com o dono da casa? me mandaria plantar<br />

batatas, digo, .cuidar da minha vida ... <strong>de</strong>nunciar junto à DEPRN? o<br />

engenheiro diria que é responsabilida<strong>de</strong> da Prefeitura ... Denun-<br />

ciar na Prefeitura? além <strong>de</strong> ser uma "persona non grata" ao Pre-<br />

feito e seus servidores por ter junto ao Grupo Ecológico <strong>de</strong>nun-<br />

ciado como incorreto o local escolhido <strong>para</strong> a instalação do<br />

Distrito Industrial, ainda provavelmente enfrentaria os argumen-<br />

tos do agrônomo responsável, dizendo que era dificil fazer algo.


que eles não possuem estrutura <strong>para</strong> fiecalização... mas eu po<strong>de</strong>-<br />

'ria ir à imprensa, exigir a ação da policia florestal, pedir que<br />

a DEPRN <strong>de</strong>nunciasse o convênio, que o cidadão fosse multado e<br />

replantasse árvores no local e fazer <strong>de</strong> tudo isso uma ação peda-<br />

gógica junto à população <strong>de</strong> Assis ...<br />

Pensei ... antes preciso escrever minha disser-<br />

tação, se per<strong>de</strong>r mais alguns dias com essa questão, da mesma<br />

forma como nesses cinco anos venho,<strong>de</strong>dicando-me à mi1itância em<br />

<strong>de</strong>trimento da reflexão sobre ela, não conseguirei acabar a dis-<br />

sertação. Continuei a pedalar, passei reto, balançando a cabeça e<br />

vim escrever.<br />

Da mesma forma à noite, ao jantar, conversei com<br />

um caçador (marido <strong>de</strong> uma colega <strong>de</strong> trabalho) e ele me falou dos<br />

locais <strong>de</strong> caça clan<strong>de</strong>stina em toda a região, das brigas <strong>de</strong> galo,<br />

dos policiais florestais que caçam com ele e <strong>de</strong> diversos casos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>smatamento e poluição na região. Ele po<strong>de</strong>ria levar-me, no fim<br />

<strong>de</strong> semana, a conhecer tudo isso e discutir uma ação educacional,<br />

propostas <strong>de</strong> legislação que disciplinem o assunto, evitando a<br />

<strong>de</strong>gradação <strong>ambiental</strong> e a ação clan<strong>de</strong>stina que com certeza conti-<br />

nuará impune ...<br />

Preciso concluir a dissertação. Mas, nesse momento<br />

<strong>de</strong> conclusão não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reafirmar essas inquietações<br />

sobre a instituciona1ização da militância (neste crescendo que


vai da a~ão direta espontânea. individual ou em grupo. até.a<br />

formação <strong>de</strong> uma associação. legalização. ação junto aos po<strong>de</strong>res<br />

públicos ... Em nosso caso. ocupamos espaços da Universida<strong>de</strong> e o<br />

dinheiro do Estado <strong>para</strong> uma reflexão institucional sobre a mili-<br />

tância). pois ela rouba-nos tempo da ação e da reflexão sobre a<br />

ação - no sentido da prâxis.<br />

Resta a esperança-<strong>de</strong> que ao colocar no papel a<br />

história da entida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> seus militantes eao tentar validâ-Ia<br />

junto à aca<strong>de</strong>mia. estamos contribuindo <strong>para</strong> a abertura <strong>de</strong> espaços<br />

que não seriam atingidos pela açãó militante exclusiva. contri-<br />

buindo <strong>para</strong> a difusão <strong>de</strong>ssas reflexões e talvez <strong>para</strong> mudancas nas<br />

instituicões. tornando-as mais receptivas <strong>para</strong> o cotidiano dos<br />

pequenos grupos com suas relacões <strong>de</strong>mocrâticas e seus exercicios<br />

<strong>de</strong> futuro.


,<br />

<strong>de</strong> assessorá-los em seu <strong>de</strong>senvolvimento e. quando o ca60,<br />

explorar seus conteudos disciplinares . e interdisciplinares .<br />

permitir a consolida9ão <strong>de</strong> uma cultura , <strong>de</strong>mocrática voltada ao<br />

aprimoramento da6 nossas rela9ões 8oc~ais. pollticas e econômica6<br />

•<br />

po<strong>de</strong>mos -ver nesta pespectiva <strong>de</strong> educa9ão <strong>ambiental</strong> um mecani6mo


ARENDT. H. - Homens em tempos 6ombrios. <strong>São</strong> Paulo. Companhia dae<br />

Letras. 1987.<br />

BERMAN. M.- Tudo gue ~ sólido <strong>de</strong>smancha ~~. <strong>São</strong> Paulo.Companhia<br />

das Letras, 1987.<br />

BERNARDO.J.- Q inimigo oculto.Porto,Ed.Afrontamento.1979.<br />

BOBBIO, N. - Q futurQ da <strong>de</strong>mQcrãcia: ~ <strong>de</strong>fesa ~ regras ~<br />

jQgQ. Rio <strong>de</strong> Janeiro. Paz e Terra, 1986.<br />

BRANDAO. C.R. (org) - Pesquisa Participante. SNao Paulo.Ed.<br />

Brasiliense,2a. ed .• 1982.<br />

BRANDAO. C.R. (org) - Repensando A pesquisa participante. SNao<br />

Paulo, Brasiliense. 1984.<br />

CALDEIRA. T.P. do R. -!lmA incursão ~ l.a.do. "não-respeitável"<br />

dA pesquisa ~ campo. Apostila apresentada no IV Encontro<br />

Anual da <strong>Associação</strong> Nacional <strong>de</strong> Pós-Graduação e Pesquisa em<br />

Ciências Sociais.· Grupo· <strong>de</strong> trabalho "Cultura popular e<br />

i<strong>de</strong>ologia politica".Rio <strong>de</strong> Janeiro. 29 a 31 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong><br />

1980.<br />

CALDEIRA. T.P.do R. -A polltica doa outros. <strong>São</strong> Paul0.Brasiliense.<br />

1984<br />

CARDOSO. R. C. L. - Movimentos Sociais na América Latina. In:<br />

Revista Brasileira~ Ciências Sociais. no. 3. vol. 1. fev. 1987.<br />

Cortez Editora.<br />

CASTELLS. M. - Cida<strong>de</strong>. <strong>de</strong>mQcracia ~ socialismQ. Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Ed. Paz e Terra. 1980.<br />

CASTORIADIS. C. & COHN-BENDIT, D. - nA ecolQgia â autonomia. SNao<br />

Paul0,Brasiliense. 1981.<br />

CRUZ,R.<strong>de</strong> Ia -Os novos movimentos sociais:encontros e<br />

<strong>de</strong>sencontros.In NQvos Estudos CEBRAP.SNao Paul0.Brasiliense.1981.


DUARTE, R. e outros - Ecologia e Cultura. Belo Horizonte ,Imprensa<br />

Oficial doEstado <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte, 1983.<br />

DUPUY, J.P. - lntroduQão à Qritica dAeQologiapol1tica. Ed.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro,Civilização Brasileira, 1980.<br />

EVERS, T. - A face oculta dos novos movimentos sociais, ln:<br />

Novos Estudos CEBRAP, vol. 2, no. 4, <strong>São</strong> Paulo, 1984.<br />

FERREIRA, R. M. F. - Meninos ~~. <strong>São</strong> Paulo, Prol Editora<br />

Gráfica, s.d.<br />

GARAODY, R. - Apelo ~ yiyos Ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro,Nova Fronteira,1981.<br />

.<br />

GEERTZ,C.- A interpretacão daA culturas.Rio· <strong>de</strong> Janeiro,Zahar<br />

Editores, 1978<br />

GOHN, M. "Da G.M. A pesquisa nas ciências sociais: consi<strong>de</strong>rações<br />

metodol6gicas. ln: Ca<strong>de</strong>rnos CEDES, no. 12, <strong>São</strong> Paulo,Cortez<br />

.Editora, 1985.<br />

BOBER, J. ~ ~ mudar todas ~ coisas: ~ alternativas ~<br />

movimento alternativo. Rio·<strong>de</strong> Janeiro,Paz e Terra, 1985.<br />

10S1K, K. - Dialética dQ Concreto. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e<br />

Terra,1976.<br />

lONDERA,M.- A insustentável leveza dQ ~.Rio <strong>de</strong> Janeiro,Nova<br />

Fronteira, 1985.<br />

LAGO, A.G & PADOA, J. A. - Q ~ ~ Ecologia. <strong>São</strong> Paulo, Editora<br />

Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, no. 116, 1984.<br />

LOBROT, M. - A animacão ~ diretiva da grupos. Lisboa, Moraes<br />

Editores, 1977.<br />

LOTZEMBERGER, J. - Manifesto EcolÓgico Brasileiro.Porto Alegre,Ed.<br />

Lançamento, 1976.<br />

LUDKE, M.; ANDRE, M. E. D. A. - Pesquisa em Educacão: Abordagens<br />

Qualitativas. <strong>São</strong> Paulo, Editora Pedagógica e Universitária


MARCUSE, H. y otros - EçQj_QK1A ~ Revolucion. Buenos Ayres. Ediciones<br />

Nueva Vision, 1975.<br />

MELO, M. A. C. <strong>de</strong> - ~ estratégia ~ Plaue1am~ Adaptativo<br />

Não-Sin6ptico. lu: Ciência a Cultura, agosto/1986.<br />

MINC, C. - QQmQ fazer movimento ecol6gico ~ <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a natureza ~<br />

aa liberda<strong>de</strong>s. Petrópolis, Editora Vozes, 1985.<br />

MONTEIRO, C.A.F. - A questão <strong>ambiental</strong> n2 Brasil - 196Q/80. Ed.<br />

USP - <strong>São</strong> Paulo,Instituto <strong>de</strong> Geografia,1981.<br />

MOVIMENTO ECOLOGICO LIVRE DE FLORIANOPOLIS-Qa valores<br />

ecologistas.Florianópolis,S.C. ,cx.postal 5011, apostila<br />

fotocopiada.<br />

PADUA,J.A.e. outros Ecologia ~ pol1tlca nQ Bra6il.Rio <strong>de</strong><br />

janeiro,Espa~o e Tempo(IUPERJ) ,1987.<br />

PORCHER, L.; FERRANT, P.; BLOT, B. - Pedagogia do Meio Ambiente.<br />

Lisboa, Socicultur - Divulgação Cultural, 1977.<br />

HUBER,J. - ~ .~ mudar todas ~ coisas:as alternativas dó<br />

~oyimento alternativo. Rio <strong>de</strong> Janeiro,Paz e Terra 1985.<br />

SANCHES, L. H.; CALIL, E. S.; COSTA, L. R.- Ecologia. Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro. Editora Co<strong>de</strong>cri, 1983.<br />

SCHUMACHER, E.F. - Q neg6cio ~ ~ pequeno. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Ed.<br />

Zahar, 1981.<br />

SEO, E. H. - Unida<strong>de</strong> da~. <strong>São</strong> Paulo, Edição Espa<strong>de</strong>. 2a. ed.,<br />

a.d.<br />

SOMMER, R. - A conscientizacão ~ <strong>de</strong>6ign.<br />

Brasiliense, 1984.<br />

TANNER, R.T. - Educacão<br />

Summus/EDUSP, 1978.


TASSARA, E, da T. <strong>de</strong> O. - Análi6e ~ um programa ~ int.~~<br />

1lQQr~ Q. ~J...6.teU!"ª educaciQnal ~ prQrrlr::f;~ â. p-056ibilid~. <strong>São</strong><br />

Paulo, tr::sedr::doutoramento, Instituto <strong>de</strong> Psicologia - USP - 2<br />

volumes, 1982.<br />

THIOLLENT, M. - Critica metodo16gic~ investigacão social ~<br />

~nquete operária. <strong>São</strong> Paulo, Ed. pólis. 1980.<br />

THIOLLENT, M. - Metodologia ~ pesquisa-acão. <strong>São</strong> Paulo. Cortez-<br />

Autores Associados. 1986.<br />

TRAGTENBERG. M. - Ecologia versus capitalismo. In: Economia ~<br />

Desenvolvimento. no. 2. <strong>São</strong> Paulo. Cortez Editora. 1982.<br />

UNESCO. La educacion <strong>ambiental</strong> ~ ~ gran<strong>de</strong>s orientaciones ~ la<br />

Conferencia ~ Tbilissi. Paris. '1980.<br />

UNESCO. Contacto. Boletim ~ Educacion <strong>ambiental</strong>.<br />

Santiago. Chile." 9(2). 1984.<br />

VASQUEZ. A. S. - Filosofia da Praxis. Rio <strong>de</strong> Janeiro.Paz e Terra.<br />

1977.<br />

VIOLA. E. J. - O movimento ecológico no Brasil (1974-1986): do<br />

<strong>ambiental</strong>ismo à'ecopolltica. In: Revista Brasileira ~ Ciên-<br />

"~ Sociais.<strong>São</strong> Paulo. Cortez Editora. no. 3. vol 1. fev.<br />

1987.<br />

VIOLAJE.J. e MAINWARING.S -Novos movimentos sociais.In:Uma<br />

revolucão ~ cotidiano.<strong>São</strong> Paulo.Brasiliense.1987.<br />

VIVER E PRECISO. Ca<strong>de</strong>rnos ~ Ecologia ~ Socieda<strong>de</strong>. Porto.<br />

Portugal. Editora Afrontamento. volumes 2J 3. 4. 5.<br />

WEILJ S. - A condicão operária ~ Qutros estudos sobre a opressão.<br />

Rio <strong>de</strong> JaneiroJ Paz e Terra. 1979.<br />

WISNICK.J.M.- Visões apocalipticas e novas utopias.In:A virada dQ<br />

século.Rio <strong>de</strong> Janeiro.Paz e Terra e outras editoras.1987.<br />

ZUBEN.N.A.von - A emergência do sujeito e a educacão.In:lniciacão<br />

teórica ~ prática ~ ciências da educacao. Petrópolis.<br />

Vozes. 1979.


-Mo<strong>de</strong>lo do inventário analitico das atas<br />

-Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pautas <strong>de</strong> reuni~o<br />

-Mo<strong>de</strong>lo do cadastro das correspondências recebidas<br />

-Mo<strong>de</strong>lo do cadastro <strong>de</strong> correspond~ncias emitidas<br />

-Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cadastro das publica~~es sobre a APASC<br />

e da APASC na imprensa <strong>de</strong> S~o <strong>Carlos</strong> e S~o Paulo<br />

-Rela~~o das publica~~es da APASC(77 a 87)<br />

-Nota publicada na imprensa sobre o "Ciclo <strong>de</strong> Estudos<br />

Eco16gicos" <strong>de</strong> 1976<br />

-Noticias publicadas pela imprensa sobre a funda~~o<br />

da Associa.~o e a~l'Assembléia<br />

-Fotoc6pia reduzida do primeiro cartaz divulgando a<br />

Assembléia Geral da APASC<br />

-Fotoc6pia <strong>de</strong> parte do primeiro boletim<br />

-Estatutos da Associa.~o '<br />

-Publica~~es na imprensa:janeiro a mar.o <strong>de</strong> 1978<br />

-Edital do projeto <strong>de</strong> lei n'16(aprovado como<br />

lei 7843/78)que <strong>de</strong>clara a APASC <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong><br />

pública municipal<br />

-Proposta <strong>de</strong> s6cio da APASC publicado na imprensa<br />

-Minuta <strong>de</strong> altera.~o estatutãria(aprovada)e <strong>de</strong> circular<br />

aos associados convidando à participa~~o<br />

-Primeiro simbolo da associa.~o, utilizado como<br />

cartaz e panfleto falando sobre a Associa.~o<br />

-Simbolo da Associa~~o .<br />

-Panfleto da Campanha contra a constru.~o do aeroporto<br />

<strong>de</strong> S~o Paulo 'em Caucaia do Alto<br />

'-Alimente-se bem(panfleto)<br />

-Semana <strong>de</strong> Arte e Pensamento Ecol6gico:panfletos e<br />

noticias publicadas nos jornais<br />

-Dia Mundial do Meio Ambiente(1978):noticia <strong>de</strong> jornal<br />

-Texto <strong>de</strong> J.A.Lutzemb~erg sobre podas <strong>de</strong> árvores<br />

(impresso pela APASC e publicado em jornais do interior)<br />

-Fotografias sobre poda e plantio <strong>de</strong> árvores em 1978,<br />

"C~mpanha da Fraternida<strong>de</strong>" e Dia Mundial do Meio Ambiente<br />

<strong>de</strong> 1979- todas na pra.a Cel.Salles<br />

-Carta programa <strong>para</strong> diretoria79/80 e balan.o da<br />

gest~o anterior<br />

-Favela<br />

-Parque Ecol6gico<br />

-Boa Vista 11 (noticias nos jornais)<br />

-Usinas nucleares(panfleto e abaixo-assinado)<br />

-"O que voce po<strong>de</strong> fazer pela paz"<br />

1<br />

2<br />

3a5<br />

6<br />

7<br />

8a13<br />

17<br />

18a20<br />

21a24<br />

25a29<br />

29<br />

30<br />

32a33<br />

33<br />

~4a35<br />

36<br />

36a39<br />

40<br />

45a57<br />

58<br />

59<br />

60a62<br />

63a65<br />

66


-Guerra das Malvinas<br />

-"Sete Quedas"<br />

-Elei~~es <strong>de</strong> 1982-Carta aos Partidos Pollticos<br />

-"Nota <strong>de</strong> Falecimento Cultural":<strong>de</strong>rrubada do cinema<br />

-Nova proposta <strong>de</strong> s6cio(1986)<br />

-"Prefeitura ce<strong>de</strong> imóvel na pral;a <strong>para</strong> AF'ASC"<br />

-Panfleto distribuido no Dia Nacional do Meio<br />

Ambiente <strong>de</strong> 1986<br />

-"Diretas Já"<br />

-"Vida Natural":programa radiofOnico (carta<br />

propondo convênio à UFSCar;texto do convênio;<br />

comunical;~o apresentada à SBPC) ,<br />

-"Mam~e Natureza"<br />

-"APREL"<br />

-"Aeroporto no Broa"<br />

-"Grupo <strong>de</strong> Educal;~o Ambiental"<br />

67<br />

68<br />

69<br />

70<br />

71<br />

72<br />

73<br />

74<br />

75a91<br />

92a93<br />

94a95<br />

96a98<br />

99all1


, ~<br />

",17\<br />

" ~<br />

'. I 11<br />

'tJ<br />

g<br />

q<br />

a c:<br />

-ro~ção da diretoria provl.orla<br />

-elaboraçio e aprovação do. e.tatuto.<br />

- , 1<br />

-convocaçao <strong>de</strong> a.semblela gera<br />

-circular par. antldada.<br />

-noae e s{mbolo da entidada<br />

-coma trazer outras setores da popul~<br />

çao<br />

-anuida<strong>de</strong><br />

-coMlasões <strong>de</strong> atuaç8a<br />

•:: -tIloçõe.<strong>de</strong> apoio recebido.<br />

•~ -artigo8 na. Jornais da cida<strong>de</strong><br />

~<br />

I -publlcação no 0.0.<br />

-arquiva.<br />

-eleições<br />

-duas rifa. <strong>para</strong> -fundoa-<br />

-balança da. cOMlasõe.<br />

-móveia <strong>para</strong> guardar coisa. da APASC<br />

-8 própria dinâmica da. reunlõe.<br />

: -dlvlsão <strong>de</strong> terefa.<br />

10 ...•<br />

,<br />

c:<br />

:J -cartazes convocabdo p/assemblela e<br />

ai<br />

••• boleUm<br />

ATIVIOAOES le.tra. 'l~a or an1<br />

za ao da Cl~lo.,pal.Btras,'ll~~,<br />

campanha. educacional. ubllca õ•• )<br />

-proJeç80 <strong>de</strong> sllda. e palestraa -<br />

ClBrlc. Panl tz<br />

-Fil... Con.ulado Al••;o<br />

-convite <strong>para</strong> pale.tra. Tundl.,Tol<br />

h110 Artur,lucho, Beth,Clarlc ••<br />

-Oeb.te. sobre legl.laç80 d. uso do<br />

Solo<br />

-vlsita ao Salto do P8ntano<br />

-ldéla <strong>de</strong> •• 'azar v.zo. cu. .{~ol<br />

d. APASC<br />

-pale.tra. Junto • R.da .scolar <strong>de</strong><br />

lU • 2U Graue<br />

•••• ur.le no 5enac Praf.itura, UF'SCAR<br />

EESC • Je.ulno d. Arruda<br />

-Levante.ento <strong>de</strong> prDbI.... ..blen- -<br />

tala <strong>de</strong> seo carlDa<br />

-FranQD !to S/A<br />

-Polulção CÓrrego MDnjDtlnho<br />

-Necessida<strong>de</strong> d. PlaneJa••nto Urbaao<br />

-Necessldada da levantaMento -<br />

.reas d. norestaa na regl;o<br />

-8uracão<br />

-Metalúrglca Cruzelro<br />

-pa-bo •• e. abrlgo na praça Cal.<br />

SaUes<br />

-Kartódra.o senta Paula<br />

-Jardl. Praça Peullno CarlDa x<br />

.staçlonlJlltento<br />

, ,<br />

-areas ver<strong>de</strong>s a arvores<br />

('<br />

daa ,us.<br />

-qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> égua da V.Carae-<br />

-certa .upe~rCado Jardl.'sugerlndo<br />

jardl••<br />

carta - apol0 -<br />

contra portos <strong>de</strong><br />

,<br />

arela no E~u.


PAUTA P/,RA REUNIÃO DO DIA 25/11/8'2<br />

1. Bate-papo.<br />

- Discussão <strong>de</strong> assuntos interessantes.<br />

z.. "O Ver<strong>de</strong>" no6. .'<br />

# • #<br />

3. Respon<strong>de</strong>r questionario que faz parte do Projeto <strong>de</strong> Estudos Ecologicos<br />

- Biólogo Laurenz Pin<strong>de</strong>r - ou <strong>de</strong>volvo em branco ?<br />

# #<br />

7. Z. sibipirunas na R. Major Jose Inaeio


da etueIs.<br />

22/10/77 - Assoc. BrasIleIra <strong>de</strong> Estudo do Meio - A8EM - .c~pia<br />

<strong>de</strong> três cartas enviadas 80 Estadão, Promotor P~bll<br />

co 8 Prefeito <strong>de</strong> Americana cumprimentando pela inl<br />

ciativa <strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r aS ativida<strong>de</strong>s da empresa multl<br />

nacional que polui o Ri~ Jaguari e pela abertura <strong>de</strong><br />

, , ,<br />

inquerito pelo crime contra a sau<strong>de</strong> publIca.<br />

12/12/77 - AGAPAN ao [rvino - boas festas, feliz 78, vão erniar<br />

Jan./78 - AEASP (Assoc. dos En9. Agr. do Est. <strong>de</strong> S.P.) Conv!<br />

te posse diretoria Lazzarini.<br />

14/02/78 - AGAPAN ecusando recebimento e colocando-se à disp~<br />

slçeo,<br />

0'/04/78 - Delegacia <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong> - autorizando pr~<br />

11/04/78<br />

Jeto educação pare e sa~<strong>de</strong> ~nas escolas - aO CRUT~C.<br />

Crutec pare APASC.<br />

05/04/78 - OCr-Livre - "Em viste da importância <strong>de</strong>sta Assoc. ,<br />

por consenso geral <strong>de</strong>sta Diretoria, solicitamos no~<br />

se edmissão como associados". (Delmar M. Teod~ziD).<br />

1l/05/7B - Carta da Marli Taveres dos Santos sobre Poluição-<br />

eluna <strong>de</strong> 10 grau Esterina Placo.<br />

12/05/78 - AEASC - Assoc. Eng. Arq. eng-Ag. <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong><br />

Junho/7B - CESEC - Centro <strong>de</strong> Estudos Ecol~gicos <strong>de</strong> Santos - fu,!l<br />

<strong>de</strong>da em 05/06/74. Boletim e carta divulgando seus<br />

princípios.<br />

0'/07/78 - Conjunto Educ. Pedro II/ACAPRENA - Anunciando o 10


':'"\<br />

'-'A-n-II\-S-C-_-A-SSOCIACÃO PARA PrtOTEÇÃO<br />

rH AP,1BIENTAL DE SÃO CARLOS<br />

RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA<br />

LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />

CAIXA POSTt.L 1196<br />

13.1160 - SAO CARLOS - IP<br />

CORRESp(;rD~T'C!A REC~B: DA<br />

ASSUl~TC' E REHET~ TE<br />

29/09/84-11se Pellet - R. J0sé Bonif~c~o, 1288 - rone: 71-0368 •.••carta'dir1gida<br />

80 Sr. Joãc o. Dagno~e <strong>de</strong> Melo, prefeito mnnIcipal,<br />

sobre <strong>de</strong>rrubada indiscrIminada <strong>de</strong> árvores no perímetro urbaro<br />

da cida<strong>de</strong>.<br />

27/09/84-SecretarIa <strong>de</strong> AgrIcultura e Aba~tecimento - Serviço <strong>de</strong> O~ientação<br />

ao Corsumidor - Av. MIguel Estérano, 3.900 - cep 04301<br />

Âgua Funda - SP•.••texto sobre a ct'uve-flor: "Aproveitei A I<br />

couve-flor está barata."<br />

28/09/84-1vam Maurício - R. Manoe1 Barba, 309 - 011nda - PE-cep 53000<br />

* ervl0 do lIvro "arte popular e dominação - O caso <strong>de</strong> Perna.m<br />

buco - 1961/77", <strong>de</strong> !van Haur{cio, Harcos CIrano e Rlcardo'<br />

, ,<br />

<strong>de</strong> Almeida; e do l1vreto "(')encontro <strong>de</strong> Ze Carniça com um<br />

,<br />

t.<br />

,<br />

medico popular", <strong>de</strong> Sinesio Pereira.<br />

27/08/84-APEDill1A- Av. Brig. LuIz Antônio, 278 - Cep 01318 - cx.p.2l03<br />

fone: 37-4581 ~ a/c APM-Assoc. ~aulista <strong>de</strong> Medicina •.••Carta<br />

<strong>de</strong> Piracicaba - aprcvada no ~v Enc0ntro Estadual <strong>de</strong> 3ntIda<strong>de</strong>s<br />

AmbIentallstas, realIzado nos dias 24,25 e 26/08/84, em Piracicaba.<br />

29/09/84-IIITER PRESS SERVICE- Soco Coop. Per AZ.A.r.I.- VIa PanIsper-<br />

• na, 207 00184 ROMA. Seleção <strong>de</strong> artigos transmitidos pela Agência<br />

<strong>de</strong> noticias Inter Press Service( IPS) Terc4iro Mundo- Meio Ambiente .<br />

Latino americana<br />

01/10/84- MARIA TEREZA JORGE PÂDUA- Av. Paulista, 2064 Se<strong>de</strong> 11 '80<br />

andar- Cep: n13l0- são Paulo-SP. Redação final do documento <strong>de</strong> política<br />

conservacionlsta a aer encaminhado aos presi<strong>de</strong>nciáveis do pais.<br />

07/10/84 CÂr~ARA MUNICIPAL DE ~ÃO CARLOS- Vereador Antoni& Car10s<br />

• V11e1a Braga pe<strong>de</strong> apreciação sobre Projeto-lei <strong>de</strong> SUa autoria ape~<br />

sentado ~ C~mara, qUe versa sobre, a Instituição no municIpio <strong>de</strong> são<br />

<strong>Carlos</strong> da Concessão do Título honor&fico <strong>de</strong> " GRINDE DEFENSOR DA E-<br />

COLOGIA:'"<br />

·;tls


Correspondência Recebida<br />

02/04/86 - Judith Cortesão - coor<strong>de</strong>nadora Comitê sobre Recu~<br />

80S Naturais e Meio Ambiente. Solicitando subsidios<br />

<strong>para</strong> Constituinte - URGENTE.<br />

Maio/86 - Informativo UrSCar nD 10.<br />

Junho/B6 - International Council Df Envirommental Law.Wolfgang<br />

Environmental Policy and Law.<br />

03/06/86 - UrSCar - OeptD Ciências Biol~gices - Prospectos do<br />

,<br />

V Seminario Regional <strong>de</strong> Ecologia da UfSCer.<br />

30/06/86 - COOEJACOS - Comissão <strong>de</strong> Defesa Ecológica <strong>de</strong> Soroca-<br />

ba Ja~ue8 Cousteau indicando representantes <strong>para</strong><br />

constituintes "profundamente i<strong>de</strong>ntificados com a<br />

nossa ban<strong>de</strong>ira": Antonio Ermírio, Geraldo Santo Ma~<br />

fO e lkvo Kadiana (todos do PTB).<br />

julho/86 - "Grupo Seiva <strong>de</strong> Ecologia" - enviando Boletim nQ 7,<br />

8 e 9.<br />

julhD/B6 - "Movimento <strong>de</strong> Defesa <strong>de</strong> Ubatuba" - enviando Boletim<br />

nD 1 8 2.<br />

30/07/86 - "Em nome do amor à natureza" - Grupo <strong>de</strong> Porto Al!,<br />

gre coor<strong>de</strong>nado pelo Eng. Cícero rranco anunciando<br />

·programetes <strong>de</strong> curta duração" na rM IPANEMA dura~<br />

te todos os dias e pedindo material da APASC.<br />

julho/86 - Zwerg pedindo apoio sua candidatura <strong>para</strong> constitui~<br />

te estadu~l e <strong>para</strong> <strong>Carlos</strong> rernan<strong>de</strong>s (fe<strong>de</strong>ral).<br />

04/08/86 - rreternida<strong>de</strong> Espírita Rematis - falando <strong>de</strong> 8ue pa~<br />

ticipação na VII feira da Solidarieda<strong>de</strong> divulgando


-Circular 001/77-<strong>para</strong><br />

estatutos e regimentos.<br />

Calc."o Galv~o.<br />

outras entida<strong>de</strong>sCassocia.~es)<br />

Enviar <strong>para</strong> Caixa Postal 520<br />

pedindo<br />

- Solange<br />

-07/06/77 -Nota par. imprensa: com carta do indio. Na última<br />

reuni~o 04/06177, resolvemos divulgar <strong>para</strong> a imprensa local<br />

textos, artigos e informa.~es <strong>para</strong> que se forme em nossa<br />

popula.~o uma consciência ecológica.<br />

-22/06/77 Convoca.~o <strong>para</strong> reuni~o dia 25 às 14 horas no SENAC<br />

<strong>para</strong> <strong>de</strong>bater o anteprojeto <strong>de</strong> estatuto, encaminhando também <strong>para</strong><br />

divulga.~o, introdu~~o estatuto da AGAPAN.<br />

-06/07/77 Carta <strong>de</strong> Apoio . Associa.~o dos Defensores da Ecologia<br />

do Vale do ParanapanemaCresistência à.instala~~o <strong>de</strong> industrias<br />

poluidoras na regi~oJ, enviada aos representantes Legais do povo<br />

<strong>de</strong>ste municipio - termina com as seguintes palavras <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m:<br />

.Contra a explora.~o insensata <strong>de</strong> nossos recursos naturais •<br />

•Contra uma tecnologia cega, unilateral e suja;<br />

.Por uma tecnologia limpa que n~o polua;<br />

.Por um progresso e <strong>de</strong>senvolvimento social harmOnico com a natureza.<br />

-Circular03/77 <strong>de</strong> 12/09/77 - Convocando pessoas <strong>para</strong> assembléia<br />

<strong>de</strong> aprova.~o do estatuto.<br />

-Oficio 01/77 <strong>de</strong> 25/09/77 - agra<strong>de</strong>cendo oficio da Associa~~o dos<br />

Naturalistas do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e convidando <strong>para</strong> Assembléia<br />

acima (já tinha caixa postal própria - 596).<br />

-Oficio 02/77 - i<strong>de</strong>m ao anterior <strong>para</strong> ADEMA - S~o Paulo.<br />

-Oficio 03/77 - i<strong>de</strong>m ao anterior <strong>para</strong> Associa~~o Catarinense <strong>de</strong><br />

Preserva.~o da Natureza.<br />

-Oficio 04/77 - i<strong>de</strong>m ao anterior <strong>para</strong> ACAPI - Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Associa.~o C.A. Piscicultura e Latiologia.<br />

-Oficio 05/77 - i<strong>de</strong>m ao anterior <strong>para</strong> AGAPAN.<br />

-Circular 04/77 <strong>de</strong> 7110/77 - A quem possa interessar "Todas às<br />

6'feiras às 20 horas no 5ENAC reuni~es com o objetivo <strong>de</strong><br />

encaminhar o reconhecimento dos estatutos aprovados na Assembléia<br />

do dia 3(1/09/77.<br />

-APASC INFORMA: Convocando todos <strong>para</strong> assembléia geral qLle será<br />

. re.al.izada dia 25/11/77 .s 20 horas, <strong>para</strong> <strong>de</strong>bater o adiamento das<br />

elei~~es <strong>para</strong> l~diretoria; informando sobre murais <strong>para</strong><br />

divulga.~o <strong>de</strong> problemas ecológicosC será colocado no 5ENAC,<br />

Prefeitura, UFSCar, EESC, 5ENAI, Jesuino).


PUB1-.J.Ç_f1Ç!,E~ EM !:'tºR~.BJJ? p~ ?1I-º ÇJ~RLO§<br />

llli ~SC SQ[1f','E e. APA§.Ç<br />

20/10/76 - A Tribuna <strong>de</strong> S~o <strong>Carlos</strong> - Meio ambiente local em<br />

discuss~o pela UFSCar: estudantes da UFSCar, ACISC e SENAC. A<br />

TRIBUNA difundindo memorial assinado por 45 participantes do<br />

Ciclo Ecológico a respeito da <strong>de</strong>grada~~o do meio ambiente.<br />

17/05/77 - O Estado <strong>de</strong> S~o Paulo - Semana <strong>de</strong> Estudos Ecológicos<br />

<strong>de</strong> s~o <strong>Carlos</strong> até o dia 21/05 a realizar-se no sENAC, ciclos <strong>de</strong><br />

palestras promovido pelo Centro <strong>de</strong> Estudos e Pesquisas dos alunos<br />

<strong>de</strong> Biologia e Enfermagem da UFsCar, sENAC, patrocinado pelo<br />

Conselho Municipal <strong>de</strong> Cultura Comiss~o·Municipal <strong>de</strong> Turismo e<br />

DCE-Livre-UFsCar.<br />

08/06/77 - O Di~rio -Sobre ;& forma~~o da Associa~~o e<br />

convidando <strong>para</strong> a próxima reuni~o.<br />

09/06/77 - APAsC divulgando boletim da APEDEMA n'9.<br />

01/07/77 - A Folha -"Desenvolvimento sem <strong>de</strong>strL\il;~o".Artigo da<br />

APAsC com chamada sobre o titulo, com chamada na primeira p~gina,<br />

falando da quest~o <strong>de</strong> s~o Carrlos e louvando a atitu<strong>de</strong> da CETESB<br />

que proibiu a instalaç~o <strong>de</strong> industria METALVAN em s~o <strong>Carlos</strong>. A<br />

APAsC é por enquanto um grupo <strong>de</strong> pessoas que preten<strong>de</strong> levar um<br />

trabalho <strong>de</strong> estudos, concientiza~~o e resisténcia ecológica. A<br />

próxima reuni~o serà dia 01/07/77, às 20 horas no sENAC.<br />

08/07/77 -A Tribuna - s~o <strong>Carlos</strong> na <strong>de</strong>fesa do meio ambiente<br />

solidarizando-se com a popula~~o do Vale do Paranpanema.<br />

20/10/77 - A Tribuna - " APAsC:Campanha <strong>de</strong> Prote~~o à flora e à<br />

fauna". Após a Assembléia Geral realizada em 30/09, na qual<br />

foi aprovado o estatuto da Assoc1a~~0, foram <strong>de</strong>batidos alguns<br />

problemas amplos e gerais que afetam nosso ambiente: a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preservâr áreas ver<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> realizar campanha <strong>de</strong><br />

prote~~o à flora e fauna da regi~o e <strong>de</strong> recupera~~o do Rio<br />

Mondolinho(esta~~o <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> esgotos>, combater a polui~~o<br />

da ITO, as consequencias do fechamento da Metalúrgica Cruzeiro,<br />

<strong>de</strong>nunciar o estado lamentável <strong>de</strong> algumas àrvores <strong>de</strong> nossas ruas e<br />

a falta <strong>de</strong> um pombal na Pra.a Cel. salles. 9ártig~o termina<br />

convidando os leitores <strong>para</strong> as próximas reuni~es.<br />

20/10/77 - Folha <strong>de</strong> s~o <strong>Carlos</strong> - i<strong>de</strong>m.<br />

24/11/77- A Tribuna - Convocando Assembléia <strong>para</strong> dia<br />

25/11,motivo:adiamento das elei~~es <strong>para</strong> diretoria.<br />

31/12/77 - A Tribuna Artigo sobre o mau cheiro da ITO e pedido<br />

<strong>de</strong> provi<strong>de</strong>ncias.<br />

05/01/78 - A Tribuna - APAsC reinicia ativida<strong>de</strong>s e convida <strong>para</strong><br />

reuni~es e palestra do Prof. Mário Tolentino.<br />

06/01/78 - A Tribuna - Divulgaç~o da palestra do Prof. Mário<br />

Tolentino e elogios á APASC.


l----<br />

Ír~DICE:<br />

1. PUBLICAÇÕES DA APASC<br />

1.1.CARTAZ " DE:SErJVOLVU1ENTO Snl POLUIÇÃO" - convoca!!<br />

do <strong>para</strong> a Assembléia Geral no dia 30 <strong>de</strong> setembro,<br />

_. <strong>para</strong> aprovaç;~ do estatuto e encaminhamento das<br />

ativida<strong>de</strong>s.<br />

1.2.BDLETIM INfORMATIVO, convocando <strong>para</strong> 11 Assembléia<br />

geral da APASC, dia 30 <strong>de</strong> setembro e contendo o "PRj!<br />

JE:TO DE ESTATUTO DA APASC ••<br />

1.3.ESTATUTO aprovado na Asoembléia Cer~l do 30 <strong>de</strong> se<br />

tembro <strong>de</strong> 1977 - Soo <strong>Carlos</strong> - Seo Paulo.<br />

1.4.0s <strong>de</strong>z m~nda~entos da E:cologia (~om data)<br />

1.5.Cartaz _. APASC " Ambos nasceram livres <strong>para</strong> viver<br />

Abra sua consci~ncia p~ra nDo cuntinuar natando li.<br />

1.6.Panfleto: "Ambos nascoram livres <strong>para</strong> viver. Abra<br />

sua consciência <strong>para</strong> nio continuar matando "<br />

1.7~Panfletol ~ Defenda o Ver<strong>de</strong> do Caucaia" Elaboradopela<br />

Comic~;o <strong>de</strong> Defesa do Patrimonio da Comunida<strong>de</strong> e<br />

assinado por <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>.<br />

1.B.lUTZErJl3ERC, J.Ar" A absurda poda anual" (panrl,!<br />

to).<br />

1.9.Texto ••Um apelo aos homens <strong>de</strong> bom senso." ,<br />

1.10.Texto do " Movimento Arle e Pensamento Ecologico"e<br />

"APASC" distribuído na 141 Expo~içio Arte e pensamento<br />

, -<br />

ecologico - Sao Curlos - 18 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1978.<br />

1.11.Proposta <strong>de</strong> Sócio da APA5C.<br />

1.12.Panfleto da 141 E:xposição "Arte e Pensamento ecol~<br />

glco " ( <strong>de</strong> 18 a 27 <strong>de</strong> abril 78 - S;o <strong>Carlos</strong>), conten-<br />

do a relaç;o dos quadros expostos e programaçio cultu-<br />

fal.<br />

1.13.Panfleto contendo rotejro sobre a exposiçio <strong>de</strong> f~<br />

;tos cedidas por José Gatti Junior, Que documentam a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>.<br />

1.14.Panfleto mimeografado sobre" Concurso <strong>para</strong> escolha<br />

do sImbolo da AP~SC, contendo normes <strong>para</strong> particlpação-<br />

- ,<br />

e realizaçao dos 6~mbolos.<br />

)J,<br />

)3


1.15. Panfleto m~meografado<br />

biente ••<br />

1.16. Boletim informativo APASC - setembro / 78 - ... Sao<br />

<strong>Carlos</strong>: O Desenvolvimento urbano o o honem·-~Cida<strong>de</strong>s<br />

<strong>para</strong> o Homem"<br />

1.17. tAII?tJt.'rt1t->e b,,,,,,,t1_ '''iüttl ~PII'CIIIFS(H'<br />

1.18. LUTZEHOE:RGER, José Ar"Energia, Ambiente, Soci,!!<br />

da<strong>de</strong>-' texto - um convite ao <strong>de</strong>bat~ - setembro/781<br />

1.19. Panfloto mimeografado - li Concurso <strong>de</strong> rotogr~<br />

r1a 11 Tema: "são <strong>Carlos</strong> - o homem e o meio ambiente".<br />

Promoção: - COMTUR e APASC.<br />

1.20. Texto da resposta do chefe 5ea1TLe, distriburdo<br />

pela O~U ( progra~a <strong>para</strong> o meio ambiente ) - impres-<br />

80 pala urSCar - distribuido pela APASC.<br />

1.21. Panfloto li estão levando o Vor<strong>de</strong> da nossa Ban<br />

doira 11 , convocando <strong>para</strong> um <strong>de</strong>bate público sobre a<br />

Amaz5nia, quart~-feira 07.-02/7~.<br />

1.22. Panfleto li A Praça Coronel Salles é do Povo n<br />

(convocando todos 8 •• irem a ela, sexto:reira - dia<br />

16 ás 20 horas, di~cutir o que queremos daquele 1~<br />

cal "J.<br />

1.2). Panfleto ••Esclarecimento à Pcpuloção " ( com~<br />

nicandooe proibição da •• Reunião Pública" pare dis<br />

cutir a remo<strong>de</strong>lação da Praça Cel. Salles)-16.02.79.<br />

J,Jf • Panfletos mimeografados: •• Reuniões nas comun!<br />

da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> base da Igreja: roteiro <strong>para</strong> 8S reuniões 8<br />

texto b/sico <strong>para</strong> as palestras.<br />

c Pastoral Universitária<br />

. APASC.<br />

1.24. P~nf~oto miüGo;raf~do: li 5:0 C~rlos, Alguns<br />

problemas ecológicos ".(e...,-.ic./a fú.1u•icl-.JJ. _cJ~.."<br />

1.25. Panfleto: .. lIaçao ).<br />

" Semana do Meio Ambiente li ( progr~<br />

1.26. Panfleto: ••Semana do Meio Ambiente •• , ) a<br />

10 <strong>de</strong> Junho )<br />

1.27. Texto <strong>Carlos</strong> Drummond <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> • O Rio, os<br />

Pescador es, a Morte. ( Jornal do Brasil, 8/7/78 ).


1.28. Texto Ore Theodor Haakh. A Terra ent~ morrendo:<br />

viva o progresso. (traduzido da revista n Oeattor Jar<br />

Natur und Univelt~chutz "(Munchen) 53 (4), <strong>de</strong> outubro<br />

<strong>de</strong> 1973, por Roberto 1âmare, do Instituto <strong>de</strong> Conserv~<br />

çeo <strong>de</strong> Natureza da Guanabara.<br />

•. 1#<br />

1.29. Revista APASC - outubro 791 Carta Programa ~((~<br />

fotll. .13/10 r pare Diretoria da APASC 79/aOj<br />

, Problema,Ambie"t!~; balanço 8ti.id~da 77178 e outros.<br />

1.30. Cartaz: • Participe li movimento <strong>de</strong> P;oteção Á!!l<br />

biental <strong>de</strong> nossa cida<strong>de</strong> " ( convocando <strong>para</strong> a Asse~<br />

bléia Geral <strong>de</strong> 13/05/80, 20 horas.)<br />

1.31. rolheto <strong>de</strong> divulaação do Grupo. Programa<br />

~1as " ( promoção: 5ESC, AP;;SC, Íris)•.<br />

1.36. Jornal da APASC " Chove num molha" ( mais ou -<br />

menos, maio/SI).<br />

1.37. Texto: " S6bre o papel das ~rvorcs e florestas-<br />

no ambiente urbano".<br />

1.38. Texto:Paschoal, Adilson O.:Conservação e cuid~<br />

dos ( ecolóçiCOS ) com sua horta ou jardim~<br />

1.39. Panfleto: " S~plica <strong>de</strong> uma ~rvore " ( 'eita por<br />

alguns associados da APASC 8 dirigida ao sr. Oanlel -<br />

dos Santos, rDspons~v8l peles" podas" <strong>de</strong> ~rvoree<br />

reitas na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong> ).<br />

·.1.40. Pélnrleto: " O rim das Baleias n ( Clube do Cur,!!<br />

pira Pernambuco / APASC<br />

1.41. Cartaz: " O Globo<br />

).<br />

da Horte - um<br />

,<br />

espetaculo <strong>de</strong><br />

Cacilda Lanuztt ( dia 22 <strong>de</strong> março' - 20 horas - teatro-<br />

Municipal - promoção. APASC/SESC.<br />

1.42. Panfleto <strong>de</strong> divulgação da peça n O globo da mo~<br />

te" <strong>de</strong> Cacilda Lanuza ( por ela mesma).<br />

1.43. Pan'leto " Dia 5 <strong>de</strong> junho : Dia Mundial do meio<br />

ambiente "_R O movimento Ecológico •<br />

1.44. Panfleto! \<strong>de</strong>us Sete Ouedas· ( convidando ao QU~<br />

rup - aC4mpa" .mento ecológicO' ~ julho/82 -<br />

'-o<br />

~ !:.J.J,. ~c,14!~J'Ió,-,c1U"4. ",.101"4 fDlil if#Hi1t fAI'G. i~ t~~thrttfir!<br />

IIJ3.';cb ••ft So~/t, í1tS1~/eç",;; '" t/f>illt;,S '"tJrlll.,.o ~",.s~141A(.


1.45. Panfletol· Pela vida, pela paz - Uiroshima, nu~<br />

ca mais" ( dia 06 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1982 - data do 37D an!<br />

versário da bomba Hiroshima ).<br />

1~46. • Carta Programa Ecológico <strong>para</strong> apresentaçio 80S<br />

Partidos Políticos • ( são <strong>Carlos</strong>, setembro <strong>de</strong> 1.982 ).<br />

1.47. Cartaz· Por amor, não fume " ( APASC / CORPO •<br />

1.48. 80letim ififormativo APASC - <strong>de</strong>zembro 82.<br />

1.49. Texto:" Ecologia na Vida Diária • ( extra!do' do<br />

texto publicado pela Or<strong>de</strong>m 7eosófica <strong>de</strong> Serviço no jor<br />

."ai" Corpo , "'ente"na , ). -<br />

1.50. panfletol· Atitu<strong>de</strong>s Próticas <strong>para</strong> a"Vida Diária·<br />

(APASC).<br />

1.51. Boletim informativo nR I ano 1983.- APASC.<br />

1.52. • Dia Mundial do Heio-AmbIente " - APASC 5/06/SJ<br />

1.5'. Cartaz:" O controlo naturol da n~tQlid3<strong>de</strong> "<br />

( ' ,<br />

Convite a palestra do medico Lino C. Pires, dia 11 <strong>de</strong><br />

fevereiro, no SENAC).<br />

1.54. Panfleto" Os Rios Pe<strong>de</strong>m Socorro " (contendo -<br />

receita <strong>de</strong> sabio lIquido <strong>para</strong> pia ou máquina - .APASC ,<br />

Crupo Seiva <strong>de</strong> Ecologia ).<br />

1.55. Santinho - ·Nota <strong>de</strong> ralecimento Cultural " - .pa~<br />

fl.to sobre a <strong>de</strong>rrubada dos Cine Avenida e Cine Jóia.<br />

-~.- . .<br />

1.56. richa <strong>para</strong> cadastrar profesuores junto 80 Crupo<br />

<strong>de</strong> Educação Ambiental <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>.<br />

1.57. Boletim informativo da APhSC - maio <strong>de</strong> 1984 •.<br />

1.58. rolheto" Dia Mundial do Neio Ambiente " 5/6/84-<br />

(contendo o programa da semana do meio ambiente).<br />

1.59. rolheto" Ven<strong>de</strong>-se a Natureza~ Tratar com este<br />

. homem • ( Semana do meio ~mbiente/1984. Promoção UrSCar<br />

cocc e Prefeitura Municipal <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong> ).<br />

1.60. rolheto" Contaminação Alimentar n (<strong>São</strong> Paulo ,<br />

05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1984 ).<br />

1.61. Panfleto mimeografado " Plano <strong>de</strong> Emerg;ncia •<br />

(visando efetuar melhorias, ••o Parque Ecológico).<br />

~I


1.74. Revista blmestra1 " O VERDE • , ano 3, nOs<br />

12 e 15, - 1987.<br />

1.75. Abaixo-assinado, dirigido ao prosi<strong>de</strong>nte da<br />

Rep~blica Ceneral Jo;o Baptista f1gueirado - 'US!<br />

nas Nucleares n;o I"<br />

1.76. A<strong>de</strong>sivo" Us inas Atôm'icas ? . NÃO:<br />

,.I.:J.<br />

2. Inventários Anal!ticos das Atas, classificadà~<br />

ano a ano ( 77 a 86) - divididas por assuntos: b~<br />

, ,<br />

rocraticos; educacionais e problemas arnbientais e<br />

lutas <strong>de</strong>batidas e/ou encaminhadas.<br />

2.1. Pauta das reuniões no per{odo <strong>de</strong> 25/02/85 a SJr<br />

3. Sumário das correspondências rocebidas 77<br />

86, .or<strong>de</strong>nada por d~ ta <strong>de</strong> Chegada.<br />

4. Sumário das publicaçõo3 na impren3a pela APASC<br />

8 sobre a APASC ( 77 a 86 )<br />

5. ,fotocópias <strong>de</strong><br />

na1s mencionadas<br />

alguns artigos e notícias<br />

no corpo da dis~ertoção.<br />

<strong>de</strong> jor . -<br />

6. Sumário da correspondência emitida 77 a 86.<br />

7. Símbolos que partici<strong>para</strong>m do concurso <strong>de</strong> 8í~b~<br />

10s da APASC.<br />

. '<br />

8. Algumas h~storias ou a8 Principais ativida<strong>de</strong>s.<br />

8.1. Pensar globalmente, agir localmente.<br />

8.2. As árvores não falam I ? ( sobre a proteçã~<br />

da arborização urbana ).<br />

8.). Praças P~blicas.


1.62. Revista" O VERDE A , birnestral, volume 1, n~<br />

meros 1, 2, 3, 4, 5, 6 <strong>de</strong> janeiro ~ <strong>de</strong>zoMbro 1.985.<br />

1.63. Panfleto: Dia Mundial do meio Ambiente -~PASC<br />

convida <strong>para</strong>-concurso <strong>de</strong> pintura na praça Coronel<br />

Salles - 6/6/1.985.<br />

1.64. "Mosquito ", convidando <strong>para</strong> concurso <strong>de</strong><br />

•..<br />

ra na praça, como parte da programaçao do Dia<br />

dial do Meio Ambiente -"06 <strong>de</strong> junho 1985 "<br />

1.65. Panfleto" PAZ NA PRAÇA • ( progr~ma promovido<br />

pela APASC e centro <strong>de</strong> RaJa Voga ).<br />

1.66. Panfleto mimeografado " O-que voc~ po<strong>de</strong> fazer<br />

pela paz" ( contendo dados da OUU sobra gostos com<br />

armamentos e ameaça <strong>de</strong> um nova guarra mundial ).<br />

pint.\;!<br />

~lu!l<br />

1.67. Panfl~to" Sonho <strong>de</strong> Jovem" e • Aquarela"<br />

(adaptação <strong>de</strong> m~~ica <strong>para</strong> prD~ervaç;o da natureza) •<br />

1.68.<br />

APREL.<br />

Panfleto" ~uerem acabar com o Broa " APASC /<br />

1.69. "Paz com a naturaza " ( pronuncianento do Oro<br />

Mostafa K. Tolba, diretor executivo do prograa~ das<br />

nações unidas <strong>para</strong> o meio ambiente - UNEP, sobre o<br />

Dia Mundial do Meio Ambiente )<br />

1.70. Panfleto n Semana Mundial do<br />

, , ~<br />

50 a Pazlavra •..• mor - ";arcio "lmeida<br />

meio<br />

86.<br />

ambiente • -<br />

1.71. Revista" O Ver<strong>de</strong>" bimestral, volume 11 nDe<br />

7, 8, 9, 10 e 11 - 1986.<br />

1.72. Carta distribuída aos participantes do ato <strong>de</strong><br />

.. - , ..<br />

fundaçao da associaçao <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da area <strong>de</strong> proteçao<br />

<strong>ambiental</strong> <strong>de</strong> Corumbata! - ADAPA - COR. ~PASC~<br />

1.73. Panfleto" Parque Ecológico" ( justificando-<br />

fechamento do parque ) elaborado pelo movimento Pró.<br />

Parque Ecológico. APASC, Grupo <strong>de</strong> Observadores <strong>de</strong><br />

Aves, UIPA, AMUSC, GRUPO OE ESCOTEIROS e <strong>de</strong>mais pe~<br />

80as e autorida~es preocupadas COm o futuro do Pa~<br />

,<br />

que Ecologico.


~<br />

• • ~ ..A.<br />

Meio 8m~iente loeal em ~iscussão pela UfSCüR:<br />

A UnJvcrsldn<strong>de</strong> Fc<strong>de</strong>r:11, por seus.c:;t.udanJcs, a AJlada a Is.?:>a lnst.nlnção <strong>de</strong> Indústrias Jopn;<br />

~CISC e o BC'nnc, esteo dJrundindo mcmorthJ nssl- do 5eUS <strong>de</strong>jetos em nossos outrora Umpldos e pJ.seo.<br />

nado por 45 p:lrt1c1p:ln~s. rcbt.:ln~o as conc1u::õcs SOSriO!!, acarreta o c~1apso <strong>de</strong> toda uma cn<strong>de</strong>Iu. ali- .<br />

8 que che~nram cem respeito ~ dC'gr:!c!::çãodo Meio mentnr <strong>de</strong>sUr..3da, por fim, :10 sustento <strong>de</strong> lnúme- :<br />

Ambiente, durante o Ciclo Ecológico fCnllzndo em ras famlllas. I<br />

nos!:a c!d:l<strong>de</strong>. A TIUnUNA receoou um <strong>de</strong>sses me- Ainda po<strong>de</strong>mClScitar n c3ça e a substituição <strong>de</strong>:<br />

mortais, que rc!,rodurimos na intccrn. <strong>para</strong> conhe- mams n:tturnis por florestas homC'Ft'ncas <strong>de</strong> essen- :<br />

cImento <strong>de</strong> r.o:scs leitores. nntllr:llmcnte t:io iute- c!ns e;:ótlc::s. como !::tores doe ellminnção <strong>de</strong> noss..'l:<br />

Il::s!::ldo::qu:mto nós prC'prlos, no C'studo <strong>de</strong>sse Im- fnun:1. prm'o(,:lndo s~rlos clesequilfbrios eco16gIcos. :<br />

portante proble:r.a. O dceumento nfinnn o sC'~uin : Em ,,1:;t:1da crescente nmcnç':l <strong>de</strong>stes m.'l1es ~ J<br />

te: l'A p


<strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Proteção ao<br />

1\t1eioAmbiente <strong>de</strong> S. <strong>Carlos</strong><br />

Realizou-se hi du.s se·<br />

manas em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, co·<br />

mo foI amplamente anun·<br />

clado, • II SCmana <strong>de</strong> Es·<br />

tudos EcológIcos promo·<br />

vIda pelo SENAC, CEp·<br />

BIOEN (OCntro <strong>de</strong> Estudos<br />

e ~stlulat. - Slolo.'" -<br />

Enfermagem) p" •••.ocln.d ••<br />

pelo Conselho Munlclp.1 <strong>de</strong><br />

Cultura e DCE livre da.<br />

UFSCar,<br />

As palestras Droferldas<br />

foram bastante proveitosas<br />

. e <strong>de</strong>spertaram no público<br />

presente • necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

810 <strong>Carlos</strong> e regUlo contar<br />

com uma Aasoel.çlo p.ra.<br />

Proteção du nosso meio am<br />

bl"nte.<br />

Embora nossa cida<strong>de</strong> a·<br />

parente ser llvre <strong>de</strong> problemas<br />

ecológicos palestras<br />

cOmo as prnnl'ncladaa<br />

na referida Semana, nos<br />

.dvertl!l1l sobre pt"rlgo que<br />

po<strong>de</strong>rão ocorrer rum tu-<br />

turo próximo, se t'~s<strong>de</strong> J'<br />

jDossa comunida<strong>de</strong>. como<br />

um todo, não crIar . uma<br />

consciêncIa <strong>de</strong> preservação<br />

dos nossos reeurso~ naturat!.<br />

Como prImeiro trabalho,<br />

a <strong>Associação</strong> em lua nu·<br />

nllo inIcial reallzada no<br />

dia 28 último, .lém <strong>de</strong> f,ra·<br />

çar os seus objetivos <strong>de</strong> a-<br />

, tuação, <strong>de</strong>cidiu marcar nova<br />

reunIão <strong>para</strong> o dla <strong>de</strong><br />

hoje (sâbado), üS 14 horas,<br />

nns <strong>de</strong>pendêncIas do SE-<br />

NAC, • <strong>para</strong> a qua~. estão<br />

convIdadas todas •• pes-<br />

10as que também Sl' preocupam<br />

com •• proteçlo e<br />

conservação do n?sso meIo<br />

amblmt&.


iifr p'I:n .=<br />

-'r- H(":io'Hill'IL:<br />

'=1. 1 .t., .,),I ,li, I.•<br />

li 'CD<br />

=<br />

ffi"ifH! mrrHi JIHIH j! !l11'!tlitt jH~J<br />

ftll 'I·' "111Ii~:·I"tllff Ilt!ltjllll,I'li~·:~ e::t<br />

~~f!l·i;llttl}i,:il:lli:~f= fi ,{lil<br />

I!i Jilllil!ii 'GI;i:i.1JII~J,!;,j;':I;;~; --= ....<br />

~<br />

1:II;f~;t'IJilr!lf!I!!lill~liiio!!lll;II!lii 551<br />

lâl"II~lfll II'ililii;11iilt!i~JIFll;lJ!i!;tlii~;is CIt·<br />

J I· II I<br />

f '"i iI I 1]1 tiII !~.•S Ii =<br />

'l" I t<br />

't I,,,,'t' t. JiJ I '·11iI ti t f '.' ,I f Ir , , J f ; : •••••<br />

1<br />

111i1111tritlil' a<br />

.- II I' ~t'tf<br />

." '. . 4 t II i J 11 !''lI~<br />

••• . i ". p<br />

!.lf~ r;.··.· '.:'.::',·::;:tH.:,:>I!';.: 'il..•.I li ~CI): .<br />

t<br />

I.c /I.;l . , , ," -. .' 'li. li .~<br />

-~ ••." .,'!. :; ,..... • I IIt t<br />

l<br />

li •<br />

Qil . . ~,,". :.. ' .~l~:; •.' '1~!lt I fi flt na " "-i ,: ..:.' ,. ".,_l ...•. :,~:. 'I~, ,I ,~<br />

t:~i~' ~h,ifijii\;~·~:niih·'wina<br />

~ _ . , ...• ~." " .•.. .1 ' .. t ~. t ,t,' 1 il'<br />

oo.,~, . ·, ..<br />

ilEi I" r.~.~y~~.J: .:. 2..·I~lflilf'=1ilii -<br />

J.iI~ ,,' ..;.:~ :S.Igim IIi 11.. I;:;=<br />

·"·3 .,' 3 J 1"11 'fl(li ••••<br />

li!! ~i;~:~{\. ' ..' -~'11 ~ ~<br />

li} '. ,r•.••,,'.:. "'i. •••. .. ' , ,.:.,. • • 0J ' \1.. ".' ..•.<br />

j'.:~.""""_' ,...\, k;;' ....•.• "<br />

'"L'." .•":~"'" t~ t "hf.'Y;l ""'" .t:,<br />

, '~~"-.I • .;'/1 ..... ,.••••••.• ,·-.Ior '.i.' "....<br />

. i '1,' ··~:·i l" ,I,·<br />

- '" " ~.... i \ »<br />

~t "-j'. ,.t:.~ .•.••<br />

. ~e-'5' ..:1.(';., ,··',.•..<br />

,.':ç-:,;/' o~--'-'--'-- .


~[SEHYUl VIMEHJO<br />

S<br />

E<br />

~4<br />

r o L U ~ C Il O··<br />

Vcnha participar da A. P. A. S. C.<br />

(<strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>)<br />

A primeira Assemblcia Geral será dia 30 <strong>de</strong> Setembro<br />

às 20 hs. no S EN AC <strong>para</strong> apro"ação do estatuto e<br />

en:amillhamcnto das athida<strong>de</strong>s.<br />

Bi.s ( O I ..t-:;:t.~k:;~ : ... '1L~i·i:::;;;i.-;:·cr::-:'1";,}F", U::'$> ~'\NWI<br />

Combate e prcn'lIçilo contra Rutos, Insetos e Cupim<br />

RU3 :'>lartrbal Druduro. 1980 - TtldODt 5368 S X O C A R L o S<br />

./.<br />

,<br />

-,\<br />

·4


•<br />

.: JI. 1ST! ftA ROlU. DB l'fOS PREOCtrPllD1OS 11 Di1lOO>D l'fOSSQ )(ElO lDIEZf'll.<br />

•<br />

•• J.1IlUL DE CON'U3 I ~ELB QUI DEPENDI 1 NOSSA VIDA. ELI J O 11 QUI USPlRUlOS,<br />

1 1GUA.QUE BSlmIOS, O ALIlIlnfrO QUI CO~S, TUDO O .U3 QUI VIMOS I FUV1lIOS;<br />

JU:0 NOS P iEOCUPAJMlS COM IL!, J NIo DlIOlOS llU'O RrI.NCU 1 NOS IESJIOS, 1'10331<br />

VIDA., NOSSOS ,nROS.<br />

1 A.PASC POI PORJW>l POR PESSOAS QUI 'rElI ESSA. PREOCUPA.çIO I SEmlBU 1<br />

•: IfECESSIDI.DE DI mu. A.SSOCUçlo QUI EUCAXINHASSBtRABALHOS DI OOl'fCIENTIUç10 I<br />

•<br />

: PRotEÇÃO .\ lLOBl, PAUII.A.I iBCURSOS RA'l'URAIS.<br />

•<br />

: DU 30 DB SETEMBROI NO lUDITORIO<br />

• : DO SlmA.C. SIRI. UlLIZl.Dl 1 PRIUIU<br />

• : lSSEXEt,!U GBBALDl lPASO, lU. QUAL S!<br />

•: B.( 1PROVlDO NOSSO BSTATUTOI 1 CRIA-<br />

• çl0 DE COrl1ISSeES DI 'tBABlLHO.<br />

•<br />

• 1 PRCTsçÃO DO 010 lDIEN'lE DI-<br />

PENDE DE SUA P1RTICIPAÇÃO •<br />

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••<br />

. ;Rua EPISCOPAL,700<br />

30 <strong>de</strong> Setembro<br />

20: 00 h.oras


•<br />

Ha ano. que ~or.dor'l vizinhol • Industr1. Matalurgtee Cruzeiro loca11z!<br />

da ne VUa Bela Vhh, à Na Quint1no eoca1wa, 323, VI!fII 58 Queb..,oo do u-<br />

C'.eO <strong>de</strong> baNlho • trep1<strong>de</strong>ção proveniente <strong>de</strong>. aUv1Cle<strong>de</strong>l 1ná.J.trlah da ~<br />

PTGSI Que t8'l provOCadOete rachaôJr •• na. pare<strong>de</strong>s das eaau vizinhas, FIe•••<br />

ç..,oo e integrida<strong>de</strong> ·,r<strong>de</strong>a C8 leue aoredOrea.<br />

I<br />

<strong>para</strong> conseguir auáar • 1nôJltrh <strong>de</strong> an<strong>de</strong> está loeal1zaoa, ClU 'azar Queesta'<br />

aene a. 1rregularida<strong>de</strong>. <strong>de</strong> leu t'une1an•• ento, no entento, nune. conaeg.Jir.-<br />

Seu 1fltuito por falta <strong>de</strong> leia <strong>de</strong> Írab1to astaôJal QU' 1ncr1lDinea .,.presa.<br />

Eleaua .1Uma eçao, 01 lIor.rores da. prox1Jlida<strong>de</strong>a da Uetalurgica CNZe1-<br />

ro enviar •••.•• abaixo a•• inaoo aOtBr'ltro <strong>de</strong> SaÚ<strong>de</strong>ped1ndOprov1d1lne1a&,o<br />

I<br />

QUalenv10u-0 • CEli:SB, Quaatuaaente li o órg~o cOIpehnt. <strong>para</strong> prob18la. •<br />

referentes • poluição e <strong>de</strong>fe•• dOleiO Wlb1Er'te.<br />

(11 <strong>de</strong>unbra <strong>de</strong> 19'76 a CETESBaandOuLft técn1co <strong>para</strong> aval1ar O rllldaflento<br />

aa queixas. foi essa a conclusão Quea CETESBchegou. "Face ao. walore. ~<br />

tido., eua cOIperac;.o cm a leg1aleç~o <strong>de</strong> a.o Paulo, CCIIa NotWalSO/R1996 •<br />

.<br />

pela, careeter!at1ca. locatl, euger1Jlosseje <strong>de</strong> imediato, solic1tadO à "P~<br />

•• que adota aed1dae co·rret1vas <strong>de</strong> caráter urgEr'lte-no a.,UcIÕ <strong>de</strong> a1n1Jli,zar '<br />

01 níveis atuaia <strong>de</strong> N!OOI não cOIpedveia ccn a legialeção e nO"'a apO'lte-<br />

da, b81 COllOelt-1nar .a 'rtr'lt •• <strong>de</strong> v1brações ed.tS"lt •••• aual linh. ce'<br />

proôJÇão, j8 que, na Ido"", das re610ências da vuinhença prÓx1aafoi con•.•<br />

tatada • presença ele forte v1breç.o eCCIIDanh.dada ex1stEr'lc1. Q&"eralizada '<br />

• trinca. e rachaOJras na. pere<strong>de</strong>s • auras. Caso pera1sta o probl_a que S!<br />

ja solicitado à E/ltpreaainstalar-se eralocal apropriadO eO exercício di ~ ••<br />

• t1v1da<strong>de</strong>s indu.trla1a.·<br />

I<br />

dO•• 1e. NOenhnto ainda hOje OaaoradOres aQU.r~ QUea 1J'\áJatr1a .ane<br />

lUa. 1rregular10lloes. Por •.,.0 existir leghlaç';.o a nível esteclJa1QUlI áê<br />

I<br />

dares à CETESB<strong>de</strong> intervir n. _oresa, esaa<br />

aa autorida.<strong>de</strong>. lun1cipa1s.<br />

APASC<br />

·t··.· ...~.-<br />

#. ".:'~ ••••••~-. ~ ._ •• ::-:~ .-,<br />

. ~"Ji. -t,..,...•... .Eo :...... ._ •<br />

~~~~*,~7-=~.;<br />

aolic1tou provioêneias por parte<br />

L :b-.~<br />

..~2-::···,:· .....-....~> _


No ftnal da ~a Padre rehelra, na. ~edlllçõea do colégio EstactJal <strong>de</strong> l'<br />

grau Sebastião <strong>de</strong> Oliveira ROCha,da -aetania· • dos adifíc10s SOlar Alberto<br />

s.,tos [Ulont , Solar Barão Rio diasFlore., enccntra-ee \"lI terreno oue abrue<br />

t.,..,te abre-S8 1ft gran<strong>de</strong> cavi<strong>de</strong><strong>de</strong>, dmOllinaoepor alguns <strong>de</strong> -Bur8C;o" ou<br />

~ratera·, cuja beleza natural <strong>de</strong>s árvores (eno~as pa1ne1ras e figueiras) •<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s pare<strong>de</strong>s rochosas (<strong>de</strong> onoe /11"•• pequenos f10s <strong>de</strong> ~gua , ,e i.nCl'U1<br />

t •• tnÚlleras avencas), enc.,ta a todOs QU.,to a eonhecen.<br />

Trat •.•• <strong>de</strong> \,JIlaantiga peáre1ra, oue ha euitos anos cessou suas ativi<strong>de</strong>-<br />

<strong>de</strong>., <strong>de</strong>1xIIl'ldono local eno~e vala Quea natur~za 8 o tenpo encarregar •• -se'<br />

<strong>de</strong> embelezar. Os Que por a11, vez ou outra, passei •• , olservlll'ldOas constru-<br />

ções <strong>de</strong> novos eC11r!c10snas proxlllida<strong>de</strong>s, t",,-se perguntado sobre o <strong>de</strong>st1no<br />

<strong>de</strong> tão belo .itio em a 1nevitlÍvel urbaniz.;ão 'o. região: tr-'sfof1lar-se-i.<br />

111<strong>de</strong>pos1to ele 11xo e entulho? Seria eterradO p6ra abrigar .aia conatNções?<br />

O Que .erá feito com.ste si~gular terreno?<br />

A .ugestão apontada pela ~I&ociação <strong>para</strong> <strong>proteção</strong> ~bie"tal <strong>de</strong> são Car-<br />

10•• a <strong>de</strong> que, cm algll\s cuidadOs. alg\Jllas Denf'itorla., a Prefeitura Wu-<br />

.<br />

nleipal conserve o local, tr.,.fo"".ndO-O nUlllpeQuS'o bOsque,' Que <strong>de</strong> .uito<br />

beneficiaria 08 /IoradOres daauelas cerc.,ias, consUtuincb-se <strong>para</strong> Os ae="o.<br />

~a óUlla área ver<strong>de</strong> <strong>para</strong> luar , recre.;ãoo<br />

O aeSllOpo<strong>de</strong>ria ainda prestar-se, ae preservadO, <strong>para</strong> observ.;ões e 'au-<br />

las práUcas <strong>de</strong> ecologia (•• téria Obrigatória contida n05 curr!cuioa <strong>de</strong> l' ~<br />

21 grauJ ao. alunos dOColégio EstadUal <strong>de</strong> 11 grau Sebastião <strong>de</strong> Oliveira R2<br />

ct'la, • ainda. <strong>de</strong>vido à proxlllida<strong>de</strong>. po<strong>de</strong>ria ser utilizadO par. recre.;ãa cs••<br />

• .,1n•• da ·B.t~1a· • par. passeio dOsvelhinhos dII Asilo.<br />

Não •• bfllloa •• Já há algo projetadO pela prefeitura <strong>para</strong> a área; goste-<br />

rf"OI Que a atual A~1nistração Uunicipal aproveitasse a oportunida<strong>de</strong> Que<br />

.e apresenta <strong>para</strong> a cr1.;ão <strong>de</strong> "a1s I.fta área ver<strong>de</strong> <strong>de</strong> "bi to urb.,o - lu1 to'<br />

~portanh •• vista dOaceleradO cresc1.lllentoda cida<strong>de</strong> - e tme <strong>de</strong>s<strong>de</strong> jlÍ ••<br />

d10as que pre.ervln o local, evlt..,dO Que eventua1JDente&1_.wenha a ser <strong>de</strong>-<br />

predado ccn <strong>de</strong>M'\lbadaadi árvores, ceça <strong>de</strong> passar1nhos e <strong>de</strong>Póaito <strong>de</strong> lixo ou<br />

.,tulhO••<br />

AJÜOE - NOS A PROTEGER


,I<br />

..<br />

..<br />

i'<br />

1<br />

,.,Me _ ASSOCL\ÇAO PAM PIOTEÇAo NlIIElrTAL • 1M (!AaLOa<br />

ESTATI1rO ,.,1lO.ADO lIA A$SEltIIJ:IAftJW. •<br />

•0 Dt SETEHIRO Dt I'"<br />

$AO CAIlLOS - ESTADO DE sAo PAULO<br />

CAPtTULO I<br />

DO NotU:. seDe E OBJeTIVO<br />

Artiso l' - " Ao.ocl.ção par. Proteção Aabi.nt.l do são Cor1oe<br />

(APASC), .0cSoda<strong>de</strong> civil <strong>de</strong> cultur ••••• tSna 1»<br />

cr.tivo., ••• c.ráter polftico p.rtidário. do pot<br />

.onalldado 'urfdica. co •• edo o toro no .unicfpio-<br />

4e são Carlol, fundada. vinte • oito d••• io d. -<br />

hua .11 nov.centoa e ••tenta e ••te, c~n.id.r.ndo·<br />

quo • .ção do Ho... .obre • naturo.. d.v. aer hat-<br />

'oõnlca co. tod •••• loroaa <strong>de</strong> vida •• i.tent •• , UM<br />

vo. quo .0... todo. Ilual •• nt. I.port.nto. p.r. a<br />

eontinuid.d. o pr.,.rvaç~o d. vid.; conai<strong>de</strong>r.ndo -<br />

que • continuida<strong>de</strong> da vida do Ho•••• obre a T.r~a<strong>de</strong>p.n<strong>de</strong><br />

d. n.tur ••••• qual ele •• nipulo •• b.norl<br />

cio d•• ua e.pici. con.i<strong>de</strong>rando que o. b.n.rlcio.oriundo.<br />

d••• nipulação doa recurao. n.turai. d~<br />

••••• rvir A todo •• nio beneficiando uaa minoriao.<br />

<strong>de</strong>trl •• nto d. u•• Ir.nd ••• iori.; con.ld.randoque<br />

o result.do d. <strong>de</strong>lradaçào que o HOQe. ve•• i!te.atic<br />

•• ente i.pond~ ao .~io a.blento, te. i.pl!cado<br />

na extlnçio <strong>de</strong> inú••r•• e.pécie •• nl•• 1. e y!<br />

lote ia , • e••••• ç•••• vld. do próprio 110"., tu!:<br />

na cl.ro ••u. ob'etivo.:<br />

I l' - Incontlvar • <strong>proteção</strong> a.blont.l •• I.r.l • lut.r -<br />

pelo pres.rv.ção d•• cos.l.t •••• n.tur.i., o. pa~;<br />

ticul.r do sã~ Carlo.;<br />

I 2' - Re.liz.r e proQOver a realização do p••quia •• rof!<br />

rente. ã con••rvAçio d. natureza,<br />

I J' - Difundir conc.lto. conserv.cioni.t., .travê. do<br />

cursoa, p~blic.çõ •• , pal •• tra., concurao. o fi 1••••<br />

I " - Inc.ntivar • cri.çio d. re.erv •• n.tur.i. na rOI!<br />

io, colobor.ndo, .0 poaa!v.l, na .ua iapl.ntaçio.o<br />

• protoção do .nl •• i. e. particul.r .0. o. o.tin<br />

çio;<br />

• " - Def.ndor • p~v.r o b•• o.t.r tfaico 40 R•••• en<br />

quanto au,e1to • açõ •• <strong>de</strong>lradant •• d. qualquor "&<br />

ture •.••<br />

Art1te tt - A M_taçlo UN ~ •• ,.. t•••• l"'~ •<br />

.a po<strong>de</strong> •••• ao dh.oldda por doUl>eroçio do dolo<br />

tOl'ÇOO do ••••• &0100 •<br />

CAr%TVUl I~<br />

DOS sGe:tos. DEYOES E DIIIC'IOI<br />

Artl.. •• - A " ••oci.ção par. Prot.ção Aabiontal do sIo Corl •• -<br />

e-põo- •• do Ui.1tado ".1'0 40 .ócio ••••• qu.!-quer<br />

di.ti"ção 4 ••050 quo no .ou atuar não eontr.r!-<br />

•• o. ob'etivo. 05•••• Ao.ocl.ção. o eu'o. pe4ido. -<br />

4e .dal ••ão tiver ••• Ido .c.ito. pela Dlrotori.~<br />

ob ••rvando ••• eluinto. c.toloria.t<br />

• l' - Sócio. Contribulnto. - o. que. ac.itoo pela Dirot~<br />

rh. contribue. coa •• ".allda<strong>de</strong>. ou anulda4a. pera-<br />

• A••oclaçio par. Protoçio'Aablental 40 sIo Corlo.no.<br />

toraol do POII •• "to intornol<br />

• " - Sôeio. Fundador •• - 01 .Scio. eontrlhtnt •• quo "I<br />

tlcip.r •• da. raunl~e. 40 FU1ld.ç.o~<br />

• 5' - Sôeio. Honorarlo. - o. que. por .erviço. pre.taclollou<br />

po.lçio quo ooupa. no •• 10 .ocl.l o cult~l, P!<br />

lhleo e .dalnhtratiYO. tanl>&a c_trlburdo •• po.oa.<br />

t••i-lo e. ben.frelo d. Aoaoel.çio par. Prot~:çlo<br />

Aablont.l <strong>de</strong> Sio C.rlo.~<br />

• _, • soelo. Juvenl. - .erio a4altldo. 'ovon ••• nore. do-<br />

IS (quln.o) .no. co. o •• es••• direito. do. <strong>de</strong> •• I.-<br />

.óolo., co••• ceção do dlroito a vot.ção •• or YOt!<br />

do. O valor da anuldado <strong>de</strong>.t. c.tolori •• orl <strong>de</strong><br />

hua qulnt~ do valor do. do •• i•• ócio ••<br />

Artilo _,." Diretori. podori o.cluir o. aócio. que toaaro.<br />

.titudo eontriri •• 0. ob'etlvo. da " ••ocl.ção c.ben<br />

do recurao à AonablU. GereI. -<br />

ArtIIO 5' - O•• ócio. d. outro. E.t.40. ou 4. outro. aunicfpio.<br />

po<strong>de</strong>. .or no.o.doa pol. DlretorS. da Ao.ocl.ção C!<br />

ao r.pre.ont.nto. d•• t•• c_ po<strong>de</strong>re. <strong>para</strong> .llr. ,"!!<br />

to ã •• utorldado. 10c.I., •• d.toe. do •• 10 aablonte<br />

do .ua relllo. -<br />

CA.tTuLo lU<br />

DAS ASSEHILtIAS CERAIS<br />

Artiao .,. Ao "•••• bliS •• Cer.S ••• rio realizada. ao4i.nto c~<br />

_.ção do preoldonta d. Ao.oclAção ••• da Dlret~ri.,<br />

ou do •• t.do do •• óclo •• ou por da. ou •• S•• !<br />

cSo. no c•• o do .rt. lD9 do • 19, ou por qualquer -<br />

.óclo quando tivor teroSnado o •• lIdato da Diret •••• S••<br />

- 02 -


A __ .çlo •••••••• _ .ntendência •• _ ._<br />

••••• '.It., por c.rt. o ••por oditol p"bllcodo n_<br />

óraio da 1000•••n.. dUrlo d. Sio C.rl0., d.".ndo con<br />

ter •••••••l.çlo do •••••• nt••••• re- ~etedo., -<br />

•• l' - A Ae ••• blél. Ceral é o pod.1' 0111'.1'101' da A ••oci.çi~,<br />

• t. - o•• ócloo ••••id.nt •• '01'. d••• d. pod •• votar, qu.!<br />

do oportuno, por carta o•• lneda, nio o.ndo odaltldoo<br />

o. voto. por proc ••raçio, -<br />

• ,. - Se nio houv.r núa.ro .iniao da •• tad. do. 06clos p!<br />

re • r•• llz.ção da Assembléi. i hora dosiana<strong>de</strong>, .s:<br />

t••• 1" tr.nsl.rld •• utomat1; ••• nt.· por p.l. .hor;,<br />

quendo .0 •.•• llzará coa qualqu.r nú•• ro d. posso •• -<br />

p••••• nt•••<br />

CAPiTULO IV<br />

llI\ DIIIETOIltA<br />

Artilo ,. - A Diretorl. , .1.lt. p.lo •• Solo. ~r porto ••••<br />

hua .nO, o é con.tlturd. polo I'r.oldont., pelo 'Ico<br />

Pre.ld.nt •• pelo Socrotirlo, p.lo S.lundo S.cretár!<br />

o, p.lo T ••our.lro • p.lo SOlundo T.so ••relro • O!-tro.<br />

carao., a critério d•• chapa. ln.crita., q••o -<br />

d••• oP.nh.rio .u•• ,Iunçõ.. ••• qualqu.r reauner.çio.<br />

• 1•• A Dlretorl. d.v.rá .ent.r r.unIS •• p.rl84lc •• b1aen<br />

•• 1. no .rniao, .berto o todo., coa d.to, ~oute .'loc.l<br />

dlvulcodo 008 .nt.c.dênol. d. Irê. di •• , nu.óraio<br />

da lopren.o loc.ll<br />

• tt - Ao Pruldanto coap.to,<br />

n.) Convoc.r o pr •• ldlr •• reuniões d. Dlretorlo, -<br />

d~ consolho Consultivo o da A •••• blêia Ger.l,<br />

b.) repr ••• nt.r o A ••ocleçio o. ,••rzo ou lar. 401.,<br />

c.) pronunclor-co publlc ••• nl ••• no•• da ASlool!"çio,<br />

d.ntro 4•• dlretrlzo. do.to, -.4 rolaron4u.- -<br />

da Dlrotorl ••<br />

I ,. - Ao Vlc.-Pro.ldont. co.p.to.<br />

a.) auxlllor o Pro.ld.nto o .ubetlt ••t-lo na •• ua. -<br />

lolto •• l.po41 •• nto ••<br />

I _, - Ao S.cr.tárlo co.p.t ••<br />

•• ) dlr111r • organizar o. tr.belho. 4••• cret.I'I.-<br />

••• p04ient.,<br />

b.) •• cr.torl.r •• rouniõ •• da A ••• abl'l. Corei, do<br />

Con •• lho Con.ultlvo • d. DI•••torl., 1••••••ndo ••••••<br />

pectlv ••• t•• , -<br />

•• ) •••••titul. o Pre.J<strong>de</strong>nt. noo •••• falt., • ~<br />

diaontoo • na. 40 'Ice-Pre.ld.nt ••<br />

• II - ,. •• Iundo S.cretlrlo COIIPOtol<br />

a.) a•• lliar o Soc •••tlrlo • oubotir.f-l0 fteO •••• -<br />

f.lt •• o i~l"nto ••<br />

, li • ,. r••oureiro e-pot.,<br />

•• ) dlrllir o •• rviço da t••ourari •• a •• cri~1D<br />

do. llvro •.d. cont.bllldad.,<br />

b.) receber .nuld.d •••• ub"onça •• ,<br />

c.) dar r.clbo •• q••it.çõ •• ,<br />

d.) '•• 1'd.p6eltoo •• e.t.bel.cl •• ntoo bancarl •• o<br />

••• Inar chequ •• o. noao da A•• ocl.çio. ,wnt •••• t. -<br />

coa ° Preei<strong>de</strong>nto, ou, no •••• 1Iopodl__ - q", nio-<br />

p•••cl •••• 1' comunic.do • torcolros - coa ••••••••botlt<br />

••to. 101.1., -<br />

•• ) .pro •• nt.r I As ••abl'l. G.rel. no c•• o ao .rt.-<br />

10. do • 'I, o. 11_ d. cont.bllidad •••• coap1'2-<br />

"ont.. d. lonço •• nto • bal.nço onual do •• "I••• to -<br />

'Inancolro.<br />

I " - Ao S.C ••ndo T ••o••••lro co.,otol<br />

a.) 0•••11101' ° r••oureiro •• o.uo i.,.dl_nto., •••<br />

qu.l. nin precl.o ••• 1' coaunlc.do. o t.rceI1'OO.<br />

I " • I••• nt. ° Pro.14.nt •• o S.oretarlo ou .ub.tlt ••too-<br />

1••• 1. pod.rlo o•• ln.r recibo. d. onuidad ••• on4oa<br />

'or ch.q •••• poro d.po.ltl-lo. no. oonto. ban"rla.:<br />

CIo "••ocl.çio.<br />

• tt - ~o.p.te i Dlret~rl0 •• con1unto,<br />

.,) adaltlr •• xcluir .aclo., cob.ndo "e.ta oa.o ~<br />

c••rao i A ••• abl'lo,<br />

b.) troç.r o. dlratrla •• lerol. da Alooolaçãol<br />

c.) Interpr.t.r 00 •• tatuto •• relolv.r 0.'0. O8it-<br />

00.,<br />

d.) _eor cOllI••õ•• d•• Uudo, trobalho, propalondo<br />

o ~utro., pod.ndo paro 1'.0, dalalor podore.,<br />

•• ) d.llberor lobro o odalnl.t1'0910 • oplioação doe<br />

~ovar •• o bano loclall'<br />

t.) lnltitulr tundol ••paclal., I.rr-loa o o.tlnaaf<br />

-10. na to••• do al'tllO 10' I<br />

I.) doliberAr • C1irllir o As.ocioção •• tudo o quenJo<br />

for do .trlbulçio ••pre ••o do OUt1'O. 8raão. ou-<br />

"1'1° 0 '<br />

~.) pre.t.r cont •• i A •••• blll. Garol.·no foroo dot


tea •• tet••toa,<br />

i.) COII_I'<br />

t.t ••to•••••<br />

• A••~lU. GeNl. na fo••• "atoa O!<br />

p•••,••r•• doa podo ••••q •••o Proai<strong>de</strong>"te-<br />

O o••tro•• &:10. tonh_ pan o •••• fi.,<br />

,.) fo••• r u. eon.a11lo CO••••• ltho quo ta" ....ato.d•••••••<br />

o•••••nto.<br />

CAPITULO ,<br />

Df


.m .,.tudlI <strong>de</strong> acordo _ o capital all\da NO ~<br />

PNI.do. proporeional •• nt. i. contribuiçia. iniol<br />

.ia.<br />

CAPITULO I<br />

DO PATaI~"IO E DISSOLUÇAO<br />

Ard•• 1" - Ea c••o da dluo1uçlo da Auoclaçio. O .a" patr*<br />

"io revertare a. ben.trc1o d. outra •••• oclaçS..<br />

conl.n ••.••, da conforaidada coa o da liberado pala -<br />

Aa.eablél. ~.ral.<br />

CAPfTULO 11<br />

DOS ESTATUTOS E CASOS O"ISSOS<br />

Arttco I" - o. pr.,ent ••• st.tuto •• ó pod.rio ••r aodlfl~.do •••<br />

no todo ou •• part., •• A••• ab1'1. C.ra1 Extraord!-<br />

"'rI., ••p.cl.1 ••nt. convoc.da p.ra •••• fi., a por<br />

d.llb.r.ção ~. doI. t.rço. do •• ócio. d. A ••ocl.çlo<br />

p•.•••nt •• I Aa ••abl'i., nao ••• d.itindo •.•pra.cnt!<br />

çao. No c••o d. quorua ln.uflcl.nt., •• t. Aa' •• blfi.<br />

t•• pod.r d.l1b.ratlvo p.r •• dot.r ••c.nl ••••<br />

a fI. d. que ••t•• doI. t.rço ••• ~•• con.ult.do ••<br />

I únt •• - o. c••o ••• 1••0. n•• t••• t.tuto ••rio rI.olvldo. p!<br />

1. bl •.•torl., c.bando r.cur.o à A•••• bl.l. ~r.l.<br />

CAPfTUL.O XII<br />

DAS DISPOSIÇOES CERAIS<br />

Artllo 1S' - A A••ocl.çio p.r. Prot.çao Aabl.nt.l d. Sio carl0 ••<br />

pod.rá flll.r- •••• ntid.d •• conlinara., b•• c~ •<br />

lndic.r .1Iun. d••• u•••• bro. p.r. rep •.•••nt.r • -<br />

.ntldad. 'unto a outr ••••• oci.çõ •• conl'n ••.•••<br />

Artlao 11' - o. pr••• nt•••• t.tuto •• ntr •••• vilor n•• t. data,<br />

"'ASC - ASSOCIAÇ10 PAlIA PlonçllO ,,"8IENTA!. DE $Ao CAIlLOS<br />

ESTATVrO APROVADO NA ASSDl8LtIA GEMI. DE<br />

30 DE SETJ:I18RO DE 1117<br />

sM CAIlLOS - ESTADO DE sAo PAULO


;~<br />

. *SAO CARLC»~<br />

'RUA COl"DE 00 PINUAL, un - FOl"E; 4920<br />

ANO VI - 8"0 CARLOS, QUINTA·FEIRA, 05 DI': JANF.IRO DE 1.978 - N.o U%5<br />

r--"<br />

IPISC reinicia ativida<strong>de</strong>s<br />

Ap6a breve periodo <strong>de</strong> <strong>para</strong>llsaçAo <strong>de</strong>vido li<br />

fntl.lda<strong>de</strong>a do natal e fim <strong>de</strong> ano ••. APASC (A.<br />

eoclaçAo pi Proteção Amblental <strong>de</strong> <strong>São</strong> earlol) no<br />

tom • .uu .U.ida<strong>de</strong>a I, putlr <strong>de</strong> emanhã, dia ti<br />

A AFASC lul.a ClIm t'ntusiallllo, no •••ntldo dt' que<br />

toei•• a. nJli'>t'. It'jam alllblt'ntall\lt'nlt' confurta·<br />

'ora •• como It' nota na loto acima.<br />

drlte DOVO ano no qual eaperamOl que I, humanida<strong>de</strong><br />

m1 geral e m1 particular • comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Sào earlol, adquira maior col1.lClênc1adoa <strong>de</strong>.-quilIbrloa<br />

que AI atlvlda<strong>de</strong>a do homem mo<strong>de</strong>rno .tm<br />

causando no meio ambiente em <strong>de</strong>'trlmento da<br />

nolSll pr6pria exl.t~ncla e pUle da reflnAo .abre<br />

OJ problemAl ecol61:lcoa que cada dia maU &fI1·<br />

gem nossa conscl~ncla e nollSOler <strong>para</strong> uma ação<br />

e atuaçlio harmônka, consciente e Sábia em rtla·<br />

Cllo ao "'UI srmrlhnntf'1 e 1natureza.<br />

Para Isto. a ÂPASC convida \odu AI pesSOal<br />

Int.erl's~adas em <strong>de</strong>bates e procurar 101uçõeJ <strong>para</strong><br />

01 prn1.\t'lnu amblrntal •. partlculannl'nte 01 <strong>de</strong><br />

8:\u Carlol. a ~ (IIjRrrm a ela e eomparoet'rrm li<br />

rl'unl~ qUl' sl\o realh:adal todas AI lt'xtaa-felrB.l,<br />

2u hl nal <strong>de</strong>pt'nd~nclu do 8ENAC.<br />

PALESTRA DO PROF. MARIO TOLENTINO<br />

Amanhã, o prol. MI.rio Tolentlno, a convite J<br />

da APA8e, proferir. uma palealra on<strong>de</strong> abordari '<br />

alltUJU a.apectoI da eolov;la da ~o <strong>de</strong> 810 Car·<br />

10a e da problemUI=a amblental <strong>de</strong> DOlllI&ctda<strong>de</strong>-<br />

,,.' ,::..- .<br />

. Demlnfo, • <strong>de</strong> •••••••• <strong>de</strong> 1971<br />

- .-'----- ------<br />

: MO CAl\L08 . . > ' ) ••<br />

iAssociaçtJo <strong>para</strong><br />

.~proteger am~iente.<br />

:' UM lf\IPO di ~ • ,.........,. di 110<br />

• Cano.lIInCIoU lIIU _*10 <strong>para</strong> pncqn o<br />

'; AIDblenla da rfCIIo· lnIaMImNla. a Apaac<br />

tAMocIKIo <strong>para</strong> PnMçIo AIDbit'Dta! .,. 110<br />

• CanoII reu.at. promO\'eDdopaIeatr ••.••<br />

• IIllnirlol ~ PI'OlwtaDdD lu-. aIwIv __ ••<br />

; P"4I ~ da '-IlIo' Indlu•••• tolllt4el<br />

<strong>para</strong> PrwMrYlII" ~I" •• IlIUa. da poIll1


;j&J; ji{ . {:<br />

. *siJio tCACULCS I<br />

ÓRGAO OFICIAL DO I\1UNICIPIO - RUA CONDE DO PINHAL, 2443 - FONE: 4920 j<br />

ANO VI- SAO CARLOS - DOMINGO, 22 DE JANEIRO DE 1.978 - N.o 1.440 ~<br />

._------ ------<br />

•..~,------_._----------------------<br />

.. i .<br />

I<br />

.nrasc contesta ranlo (~~~io<br />

Dia 14 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />

1078 um representante<br />

da APASCfoi à região<br />

acolhida <strong>para</strong> localiza·<br />

çio do novo aeroporto<br />

verificar a <strong>de</strong>núncia fei<br />

ta pelos jomals, segundo<br />

os quals, já haviam<br />

sido iniciadas as obras<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sIn3tamento na re<br />

glão, embora o IBEDF<br />

- Instituto BrtlSileiro<br />

<strong>de</strong> Desenvolvimento Fio<br />

restal, que legisla sobre<br />

Areas florestais no Bra<br />

alI ainda não houvesse<br />

emitido seu parecer . a<br />

respeito.<br />

Essas <strong>de</strong>núncias infeliz<br />

mente foram plenamen<br />

te confirmadas - foram<br />

tiradas fotografias<br />

e sly<strong>de</strong>s que posteri-<br />

Ormente serão divulgadas<br />

como também cons<br />

tatou-se Improce<strong>de</strong>ntes<br />

as afirmações do governador<br />

Paulo Egidio<br />

Martins que disse em<br />

17 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> '78: "A<br />

área on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong>mos<br />

construir o aeroporto<br />

não tem uma árvore.<br />

não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<br />

da floresta. On<strong>de</strong> tem<br />

apenas uma carrascal.<br />

capim e arbusto ~so eU<br />

não consi<strong>de</strong>ro floresta".<br />

A APASC através <strong>de</strong><br />

seu represantante veri<br />

ficou que, pelo contrá.-·<br />

rio, há. gran<strong>de</strong> diversi- .<br />

da<strong>de</strong> <strong>de</strong> árvores na região,<br />

constituindo <strong>de</strong>'<br />

fato, uma floresta importante<br />

a ser preserva .<br />

da. <strong>de</strong>vido a sua proximida<strong>de</strong><br />

à <strong>São</strong> Paulo.


Iv~~~$11m Proluléma- íl~ P@~igiç~o!<br />

",,' , c)J),'II'IOV S,C: ?1/.>/7-~~ .! '.~ P'" ~ na I<br />

[""1"1" " .• " ~ - m<br />

~i~wvu®\7~~Lfil~DDlia<br />

I<br />

r - , A Apasc espera que nossos vereadores con-<br />

A <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção. Amblental <strong>de</strong> si<strong>de</strong>rem a gravida<strong>de</strong> da situação, que afeta tam-<br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> entregou ontcm à imprcnsa local u- bém bairros vizinhos, e <strong>de</strong>libere medidas que vema<br />

nota oficial sobre prohlemas <strong>de</strong> poluição exis- nham a por fim A prcocupaç511 e a~reensüo ~(ll'l<br />

tentes no Jardim Santa Paula e adjacencias, que muitos moradores veem seus hlho~ rcsplra-<br />

O assunto, foi por nós focalizado no mes- rem aquela "fumaça branca".<br />

mo dia em quc a APASC se reuniu, tomando então<br />

conhecimcnto do mesmo.<br />

NOTA OFICIAL A IMPRENSA<br />

LIBERADA PELA """se<br />

•• Nossa última reunião;. rexta-feira, dia<br />

17/02/78, no Senac contou com a presença <strong>de</strong><br />

um morador do Jardim' Santa Paula, que compareceu<br />

<strong>para</strong> nos informar e <strong>de</strong>nunciar graves, problemas<br />

<strong>de</strong> poluição atmosférica,- que há muito<br />

tempo vêm afetando a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos mo<br />

radores daquele bairro e circunvizinhança, prejudicando<br />

inclusive a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> muitas crianças<br />

que são mais susceptíwis a l'St·.: tipo <strong>de</strong> poluição.<br />

Trata-se <strong>de</strong> poluição causada pela qucima<br />

<strong>de</strong> residuos <strong>de</strong> coum acumulados pela Curtidora<br />

1\\onle Rosa. A popul:Wãll do Jardim Santa<br />

Paula; que há muito espera provklencias da propria<br />

Curtidora ou <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s competentes;<br />

resolvcu, <strong>de</strong>pois do dia 101/02 7M quallllo a quci<br />

ma dos resíduos provocou p(llui~'30 insuportável,<br />

a~ravada por inVl'rsào li'rmic


F~i~'~~~(~~ -;:-;/A A " oiõ~;.l<br />

r'. . í'.•.~.~<br />

i ,E~~d~<strong>de</strong> contra '1<br />

;,a exbnção <strong>de</strong> aves ,.1<br />

I' Jaburu. tucano, arara. beija-Dor. ema.· I<br />

( marabu. algretle, Ibls sagrado e multas es-<br />

- .pecles <strong>de</strong> aves estão ameaçadas <strong>de</strong> extlnção.. . I<br />

t· .segUndo a nota <strong>de</strong> advertência que a Asso-',<br />

I· claçlo <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong>,;<br />

<strong>Carlos</strong> distribuiu. Essas aves. segundo a en-,<br />

I.' tlda<strong>de</strong>. 110 mortas aos milhares <strong>para</strong> que. ,<br />

I' .uas penas e plumas se transformem em<br />

r adorno das fantasias <strong>de</strong> carnaval. <strong>de</strong> escolas:<br />

• <strong>de</strong> $amba e mesmo <strong>de</strong> algun s foliões. o que'<br />

I, ocorre exatamente na êpocjl<strong>de</strong> reprodução •.;<br />

I· .ocaslão em que suas plumagens se tornam<br />

t mais bonitas e atraentes. 1'\0 documento 8'<br />

r 'APASC reivindica das autorida<strong>de</strong>s competen,;<br />

!teso a proibição do uso <strong>de</strong> penas e plumas <strong>de</strong>:<br />

. aves' com o objetivo <strong>de</strong> preservar a fauna .<br />

. 'brasllelra e consequentemente a'extlnçAo <strong>de</strong>:.<br />

.. ~ezel1as<strong>de</strong> espêclmes <strong>de</strong> raras aves troPicais.::<br />

r ~ ." : ~ .<br />

t . JORNALISTA i<br />

t .FaleCeu nesta cida<strong>de</strong> o <strong>de</strong>cano dos jOrnalls-:<br />

i tas são-carJense. Pedro Fernan<strong>de</strong>s Alonso.',<br />

I:' militante da Imprensa Interlorana hA50anos.<br />

i : O extinto redator-chefe <strong>de</strong> "A Tribuna" per ..<br />

~tenceu ao Gabinete do governador Adhemar .<br />

. r' <strong>de</strong> Barros e foi. por muitos anos, chefe da<br />

, . Unida<strong>de</strong> Pollvalente do Trabalho nesta c1-.'<br />

1 . da<strong>de</strong>. E na "Cidadão <strong>São</strong>-CarJense' bene-<br />

i mérito" e seu falecimento <strong>de</strong> Pedro Pernan.<br />

~ <strong>de</strong>s Alonso consternou a cida<strong>de</strong>. on<strong>de</strong> era es..<br />

L tlmado pelas suas qualida<strong>de</strong>s proflsslonals.e .<br />

t morais.<br />

L·. '0 .veterano Jornalista militou em quase<br />

\ todos os Jornais surgidos em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e .01<br />

" Insplrador <strong>de</strong> vArias gerações <strong>de</strong> jovens. que.<br />

I. 1l~.I~lclaramna pproflssAo. ..~. . j<br />

I<br />

i•.•..•...•...... ~;. __ ..•.. ~."- __~.. ..~_~. __.....•.. .: .. ..J<br />

fó4' J, S. )?CUf-h<br />

ZZ!oZ/lfJ<br />

J, ..•--..<br />

Plum&lw.~dorno<br />

"Nu qUlllldad~<strong>de</strong> h-lturll <strong>de</strong>!,~ejonHlI. 11<br />

na l'l1l~'âodI) dia lU du clIrrl'nle o IIrlll:n,<br />

"Sâo ('arlos entida<strong>de</strong> conlra a cxtln~'â(><strong>de</strong><br />

nnlmals".<br />

"1\'14ul'l multo chocada l'm saber 4ue<br />

ellll'lem pl'ssoas capazes <strong>de</strong> matar<br />

milhares <strong>de</strong> pAssaros que vivem felllt·s<br />

em seu habltat <strong>para</strong> al)l'nllS se aprovrl·<br />

tarl'm <strong>de</strong> suas plumas <strong>para</strong> seus adornos<br />

<strong>de</strong>.'carnaval Ainda mais quando exlslem<br />

hoJr em dia todos esles allornos fellos ar,<br />

tlflclalmellte. Isto é um absurdo e um alo<br />

<strong>de</strong> l1Iullomau carallsrno.<br />

"Envio pl'la pre.'srnle meu apoIo à ~.s.<br />

soclaçâu <strong>para</strong> Prolecão Amllle.'ntal<strong>de</strong> Sao<br />

('arlos. ~:speramos alllulles enl'rt:leas<br />

das aulorlda<strong>de</strong>s competentes. -.Lulsa M.<br />

Ircang" 'Culabà. MTl.


RrasCe n'planejamento urbano<br />

A <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Pro<br />

teçio Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

<strong>Carlos</strong> - APASC - dil\<br />

tribuiu ontem comunicado<br />

à imprensa, sob o titulo<br />

"Do planejamento urbano",<br />

cuia Integra reproduzimos:<br />

"A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coe-<br />

~nda e racionalidadc no<br />

planejan.ento da Arca urbana<br />

d~ um munidpio, é<br />

fundamental <strong>para</strong> que li<br />

mesmo não venha nUI1l<br />

futuro proximo sofrer pro<br />

blemas <strong>de</strong> soluções dif1cds<br />

e mais custosas.<br />

Problemas como o da<br />

localização da zona inllus<br />

trial ou da Estação Rodoviária,<br />

bcm como o da du<br />

plicação ou não da Via<br />

Washin~ton Luiz, ,<strong>de</strong>ntre<br />

outros, são qUl'Stõcs que<br />

I.'xi~l.'ni muitos l'l\tudos<br />

r"r parte dos que cuidam<br />

do planejamento urbano.<br />

As opiniões e sugestões,<br />

sohret\llto, dos técnicll!;<br />

no assuIIlt, lIevem ser con<br />

'sultadas, Tambcrl1 o povo<br />

<strong>de</strong> maneira geral <strong>de</strong>ve ser<br />

ouvido.<br />

Já na ocasiãu da esCu- que ~ID bastante "a ca- ' lar do sJ.o-carlense, ma-<br />

Decl'Sôcs como esta. lha <strong>para</strong> localização d. lha," na atual conjuntura nifesta sua apreensão J»ej<br />

sio ddinitivas, Se por atual Distrito Industrial sanclltense. rante 3 problemAtica do<br />

predpitaç!io for tomada à su<strong>de</strong>ste da cida<strong>de</strong>, fo A "APASC" <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nosso planejamento urba-\<br />

unIa <strong>de</strong>cisão errada quan rant aponta\.los por autllr seus objetivos <strong>de</strong> prole- no e espera que as enti-<br />

to A mudança do pcrime- da<strong>de</strong>s cicntíficas as inclII ção <strong>ambiental</strong>, preocupa- da<strong>de</strong>s relacionadas ao astro<br />

da 2.a Zona Industrial veniencias <strong>de</strong>sse local <strong>de</strong> da com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vi- sunto se manifestem ,a<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, visando vido- ao fato \.lI.' que ai da do homem, em particu respeito" •<br />

nas J1rox;mi~la<strong>de</strong>sdo mes guns ventos dominantes<br />

lIIa cdlficar UI1lhairro <strong>de</strong><br />

O,J)i6fio .o.lID3I11<br />

na regilo sopram em di-<br />

('asa p"l'ulan,'S, ou ml'S- reçlo à cida<strong>de</strong>, trazend."<br />

Ino na localização da Es- dl.'Sta maneira, <strong>para</strong> o nü<br />

t:l\'lIo '~lIdllviária. llUI.' !W <strong>de</strong>u urbano <strong>de</strong> <strong>São</strong> Car-<br />

f:ll ur~ente hõi anllS, m; los, 01 reslduos atmosfé·<br />

ainda lIUJnlt.;\ constru- ricos qU\: porventura vics<br />

.;ão llU nAo li•• Via Nur- sem a iCr lançados rx:1as<br />

l', esta lkt:il\ão fkarã ra indilstrias ali situadas.<br />

ra sempre como obstAcu- Dlocisõcs comll esta, im-<br />

10 <strong>para</strong> o \.Iesenvlllvimenplicam em '"nl'rosos gar<br />

to sodal <strong>de</strong> ntlssa cidalle. tos, <strong>para</strong> serelO relncdia-'<br />

, Proeeuo D.o 18~'18- projeto<br />

das. Porisso insistimos -<br />

<strong>de</strong> leI n.o 18 /:P/fI/;'/. /lf./;;;-?t?<br />

Vemos com apreensão "t melhor prevenir do<br />

Interessada: - Mlriam Schiel<br />

o fato \.lI.'autorida<strong>de</strong>s cien que rel1l~diar". <strong>São</strong> Car-<br />

tlficas (um conhecimentos los precisa li\.' um planl'-<br />

Assunto: - Consi<strong>de</strong>ra <strong>de</strong> utUl<br />

profundos sobre nossa ci jamento urbano on<strong>de</strong> opi-<br />

, da<strong>de</strong> pública a "<strong>Associação</strong> Para<br />

da<strong>de</strong>, seu meio - ambien, nem amplos sl'torl'S da 1'0<br />

Protecão Amblental <strong>de</strong> <strong>São</strong> Car)os"<br />

te, seu clima, sua' estruh plllaçãll :111l'St1l:l'j;J1:111"1:<br />

~-APASC.ra<br />

urhana, sua localiza· !.-s que ~IISSU;J1ll ;Julorilla<br />

I . ;<br />

çãu geugráfica e meteo-I<br />

~I<br />

1I1: il'cni",·cil'lllilka,<br />

ft ~18t111" - ,'-e>-?'<br />

rologica, não serem con"<br />

:\ prllpÚl\illl, louvamos<br />

sultadas <strong>para</strong> opinar,<br />

luz \.lI.'seus cunhecimen- a iniciativa ,da' "AEASC'<br />

tos sobre qual seria a Ill( (<strong>Associação</strong> dos Enge-<br />

Ihur solução <strong>para</strong> os prol<br />

blelllas urbanos que ora<br />

nheiros, Arquitetos ,e En';<br />

genhciros Agronomos <strong>de</strong><br />

enfrentamos. , <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>) que está pro<br />

curando estruturar um<br />

Ciclu <strong>de</strong> Palestras sobre,<br />

problemas urbanos. O:


o ,jiftrlt.l o :Sal> C. <strong>de</strong>. Lo s<br />

D'/()~/"<br />

,-."..,.,.,..,.".-".,.,.,., .." .,.;;.;;;:;;::-,7';",'-;;;:;:;:;:::,--:;,. .;;-:;.-;;-:;;::,;, 0_ .,.~., .,.,., .,.,.., ... :<br />

. ,<br />

IAPASC I<br />

Vil; constituir<br />

i}<br />

.j' ,.<br />

. ~<br />

seu<br />

!~<br />

i) Objdivando furmar Seu quadro<br />

", <strong>de</strong> socius, a Ass\)\:i;lçào <strong>para</strong> .'r,,(.:-<br />

.~ ç.io Ambiental <strong>de</strong> S;io <strong>Carlos</strong> elol;i tni<br />

'~ dando um3 call1panh., ness~' Sl'f1lid .•,<br />

~ Para ,Ianlo, distribuiu, um 1Il:1f1ifelolu<br />

\ cujo! lIt1cgra reprolluzllIl\,s aut;lll l'.<br />

, no qual esclarece us mutivos p.:lclli:l~ l:J<br />

) prllll"ção ambielllal da dl.lad,' ~.- CIII;<br />

~ I:rc~Uell1 em tornu Jos i<strong>de</strong>ais J,]<br />

~ APASC.<br />

) PROPOSTt\ DE SúCIO<br />

~<br />

, •<br />

D.·\ APASC<br />

"Sentullos "d eatro <strong>de</strong> nos ' uma<br />

, - -, I<br />

~ PICl'CUpaça.) cunstante nau so pc a<br />

, nossa casa, comu lambem pela nuss,]<br />

, cidal.h:, Embura esli:jamus, vultallus<br />

l <strong>para</strong>. preucupa,.ões dikn:nle:s tuJus<br />

\ nús lemos lima opinião própria at.:l'r·<br />

) ca dos prublcmas da cida<strong>de</strong>, Tudo<br />

~ aqueh: que: não partidpa dus prubk-<br />

, Illas 0.1 cida<strong>de</strong> é cunsidcradv, enlre<br />

. S nós, um mau cidadão, não um ciJ.,-<br />

) uá') silcncioso,<br />

~ Somos nós que que <strong>de</strong>cidiilloS uS<br />

S assuntus da cidadc ou pdo) lIIenos,<br />

, rdletimos sobre eles profundal:!cnlc,<br />

, Puis, nfw vcmos na upiniãu cxprcss,]<br />

S publicamente UIII pcrigu <strong>para</strong> a ação<br />

, mas sim, na aus~ncia dc discussõcs<br />

~ anteri"r"s à cxecu~ãu das ubras n,,-<br />

~ CeSloirias",<br />

~ Esta frase <strong>de</strong> Périclcs <strong>de</strong> 4:10<br />

~ A, C, ainda nãu p.rd.~u sua atu.,li·<br />

~ d.1<strong>de</strong>, Nvs di::.s <strong>de</strong> hvje mais 1.10ljU;!<br />

, nunca o povu br;.sl!l·,ro. CI,I p;:r1I~'L:<br />

•• lar, o paulisla, cumq:a a sentir a im-<br />

~ portanci,] que tem sua opil;iãJ." a _uis<br />

~ cuss:io <strong>de</strong>la cLlm IIS <strong>de</strong>lltals cldad3. iS<br />

~ da cumunidaue p:Jra p,]rticip.1r das<br />

~ .<strong>de</strong>cisües que ah:tal1l sua vida, sua<br />

~ terra, seu lIIeio ambientc.<br />

~ E: nesse contextll qUI: \'CI1\l)SSUl<br />

~ gir as reivindicaçües, pela. pre~crv.,,,j,)<br />

•• d,] flrea verd..: d..: ("ucala dI) Allu,<br />

, •.1----------------------- ----<br />

,<br />

S,<br />

~<br />

, 'Daia dc Nascimcnto:<br />

••<br />

••,<br />

., ••<br />

••<br />

••<br />

~<br />

, ,\lIl1id;IU'-: I:W.OO CIII<br />

\ I<br />

~I<br />

, I<br />

~ I<br />

-jo-<br />

contra a cunslruç.'i'1 da Hraskraft no<br />

vale <strong>de</strong> I'aranapanema e llI"smo contra<br />

:1 1II:1I"n"a indiscriminada ue<br />

"pumbas" no sul do pais,<br />

NuS d"is Í1ltimlls <strong>de</strong>cenills pre.<br />

scnciamos cln S:;u Carlus um acelt:raJv<br />

c expull~nc"ja~ OeScimclltu urbano,<br />

Isto pro .•.. ocou, Cumll aContece em<br />

lllJu llIundo civililatl". uma d,'grada-<br />

":111 amhll:ntal lllle Sl: rdktc:<br />

I.a Na 'p;.s.: qu" loial Jerrub.,da<br />

ue nussas malas, Ainda :J PIIUCOSanos<br />

nossa cidadé ua conhecida corno<br />

S30 <strong>Carlos</strong> 1.10 Pinhal, A l'>.istl'ncia<br />

uos pinheiros lju,' Jntigallll:nle cobriam<br />

extcnsas regiõ,'s <strong>de</strong> nusso municípiu;<br />

falu quc Icvuu-o a ser relraladll<br />

CIII nllssa tJ:,nJdra simbulica<br />

lia c'JllttllliJadl:, SI: rest;ingl: atualmcnte<br />

a rarissilltus exclllplarcs.<br />

2.0 No cxtcrllliniu Jus animais<br />

que talllb':llt muito colaboram <strong>para</strong> a<br />

prcsl:rv.,çào til) cquilibrio ccológ,iso,<br />

embora m.uittls n.'io se apercd)am dis<br />

50,<br />

3,0 No dcscnvulvimcntu indus'<br />

trial c aumcnto Pllpu:",iunJI ljlll: gra<br />

dativamcntc \'cm trazenuu prublel'laS<br />

que afetam a l;ualidaJ.: dc viJa do<br />

são-carlcllse.<br />

A APASC sc prupüc :J s..:r um;;<br />

cntidadc que cung!oiih:r.: us cidad,'i.:::<br />

s.'i,)-carlensl:s prciJcllF.:lUUS cum a<br />

ljualidadl: da vida l'11l nossa cida<strong>de</strong>.<br />

Uma <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> pessuas an-<br />

UI: cada um pussa 1c .•..::r su;;s rd~~xõcs<br />

sobrl: nosso I::l'iu al;ll;icn:e l<br />

discutirdu-as, Chcg;H a III00alinh.1 d~<br />

a ••.?iu, <strong>para</strong> ljue tUJdS colabore"l <strong>para</strong><br />

SU:l cunservaçãu.<br />

Se vocc cs:à interessado Clll sc<br />

lornar s'lCio da APASC prl:cncha esse<br />

cupum c CJlvic-,) p:n.1 caixa pllSI.11<br />

5U6 ou vá as nussas reuniúcs todas<br />

as scxtas-feiras à~ 20 Ii,)ras nu SE-<br />

NAC, silu à I{U:l Episcopal n.o 700 .


I',:~· ".'":~:. =; .~O p:,~,,..~:\""E:;,~O<br />

A~.';;!:~;;."..lC~<br />

Z!o C:'~LOS<br />

._, ...." •...,;;~<br />

RECO:,HéCIOA Of: UTllIOADE PIÍ!llICA<br />

LEI ~IU:~;CIP.1l N' 7843<br />

cal.. .011'&\. .t.<br />

IS,.a - 1.10 «_"01 - .,.<br />

Hi quas. s.te anos I APASC .em <strong>de</strong>senvolvendo atfvldl<strong>de</strong>s d.<br />

proteçio ac~I.ntll e luta p.ll •• lhorla di qualldld. <strong>de</strong> vld~.<br />

Sio atlvlda~.s como p.lestrls .m escolas. I.pressão di pa!<br />

fletos e boletfns. notas nos Jornlfs e ridfos da cida<strong>de</strong> e. recent.aente<br />

Ull prograca na Ridlo Progruso AM .(Progr~al Vida Natural. 29,<br />

49 • 69 is 13:00 horas): sio.por outro la~o. grupos d. trlbalho org~~I::n10<br />

atlvld.<strong>de</strong>s com fav.lados pari construlrea suas casas ou<br />

colabor.nd~ na luta d. I:\orl~orespor u=a pr.ça: sio seman.s d. PIlestras<br />

e exposições d. fotos. fll~es e artes plistlcas sobr. a Qa!<br />

t~o ecológica ou campanha pela<br />

Sales; i ° apoio ao surgiaento<br />

preservação e aelhorla da Praçl CI1.<br />

da AP~[L·A~~oclaç.o pari Proteção da<br />

A.presl do Lob~ (Oroa) ou o encamlnh.ae"to <strong>de</strong> <strong>de</strong>n~ncl's d. c'dadãos<br />

pelo c~rt. <strong>de</strong> irvores. Maltrato a l"ia.Is ou poluiçio <strong>de</strong> c~rregós.<br />

110 entanto. es~as ativida<strong>de</strong>s e multls outras estio sendo<br />

levadas. a cada dia que pasSA. for "'enos pessoas. IIoJeestaaos com<br />

u~. dlretorl. provisória e ea Asscm~léla Peraanente ~~~<br />

alçua.s pessoas se Interesscn por constituir ual chapa par. novl d!<br />

r.•tor Ia.<br />

P.ra tanto .staaos convocando todos os associados a comparecl'reCld..1.I<br />

26 (2! felral ~!_!!.0~!0_is_2.0.:(lO.horasno Auditórfo<br />

di Pre'elturo "unlclp.l <strong>de</strong> Sio <strong>Carlos</strong> <strong>para</strong> rcollzaçio <strong>de</strong> uoa Assembl~11<br />

Geral dos Associados quando preten<strong>de</strong>aos discutir e <strong>de</strong>liberar<br />

a mudlnça nos estatutos (proposta em anexo) e 'ormar A nova direto-<br />

ria.<br />

Realizaremos<br />

-<br />

r.unloes<br />

• as<br />

.todas as 2-<br />

-<br />

'eiras'as 20 horas,<br />

'I<strong>de</strong> da APASt (R. Padre Telaelra. 1662. 'undos). pari fOnllação<br />

ual chlpa e ellboraçio da Clrtl progrllll.F.!t~~te da nova<br />

!Itorll di APASt. Sua partfclpação i fundamentll.<br />

Paulo J.P. "Inclnf<br />

Pr.sldlnte ell[aerclcfo'<br />

Art. '" A APASC constftulri. 'ncent'.erl t apol.ri • foraaeio d.<br />

grup"s lutónOIlOS i aesal. Obs.rvlndo-s. as s.gulntes ~ormIS:<br />

§ 19 - Os grupos serão formldo. por sócfos (ou nio) di APASt.<br />

§ 29 - Os grupos t.rio lutonomll compl.tl <strong>de</strong> Idalnfstraçio e g!Stão<br />

Internl d~ SeuS ObJetivos. os qUI's. entretlnto. <strong>de</strong>verio estar<br />

ellconsonincll com o contido no Irtlgo 19 d.st. Estatuto (dos obJ!<br />

thos).<br />

§ 39 - A gestio dos grupos s.ri reallzlda por r.gula.ento próprIo<br />

que d.veri nio colidir COClas normas d.ste Estatuto.<br />

§ ~9 - Os grupos terio s.us pltrl.ônlos. sua respon~J~IIIda<strong>de</strong>s fis<br />

caIs e le9als concentradas p.la APASC. qu. respOn<strong>de</strong>r. Jurldtcaee;<br />

te por el.s. pr.s.rvlndo-se. pori~. o dfr.lto <strong>de</strong> r.9r.ssio so~r;<br />

responsoblllda<strong>de</strong>s p.ssolls. que <strong>de</strong>verão ser levlntld.s pelv prõ~o<br />

grupo. na for.a d. seu regula.ento.<br />

§ S9 - A autono.'a do 9rupo seri total no que tang. 10 aspecto .co<br />

nô.lco·'Inancelro. entretlnto. a APASC. nos teraos do artigo 119<br />

519, r.serva-s. o dIreIto d. solfeltar doações. as qUlls <strong>de</strong>verie<br />

ser aprovldas pelos ôrçãos <strong>de</strong> d.llberlçio dos grupos.<br />

§ 69 • Por <strong>de</strong>llberaçio do grupo ••• consonincla coe s.u re,ull=ento<br />

próprIo, ou por asseMbléia geral da ArASt. pO<strong>de</strong>r-se-i resolver<br />

pelo <strong>de</strong>slJ,omento total do eesmo. qu. se .fetlvlr' atrlv~s da sepa<br />

roção Jurídica. çontibll • le,,' do patrleônlo e das obrlçlções d;<br />

grupo ea relaçjo i ArASC. da melhor foroa possível. a 'Ie <strong>de</strong> se<br />

preservor o bOIlrellclona.ento das part.s. f<br />

§ 19 - Em caso <strong>de</strong> dIssolução <strong>de</strong>fInitIva do grupo, o Seu patrl~õnlo<br />

prôprlo r.verteri i APASt. sendo por ell g.rldo dIretamente.<br />

ASSEHDlrlA §1!!l :::::<br />

DIa ~~o~ellbrt, is 20 horas. nO audftirfo<br />

dI Prefllturl "unfclpal<br />

l'..~U.lCl.!LJ.'UHA -<br />

r,LUtA....\. J/OVA01<br />

~E~~RlA. -<br />

Rtu"ifU tod.a<br />

u 1~ Ieiua<br />

r O~. Itu. r.d\C<br />

TeÜUJl4 l •.,-<br />

- lu"doa.


APASC<br />

.ASSOCIAÇ~O DE PROTEÇAO AMBIENTAL DE SAO CARLOS·<br />

MÓ•.•••.•••. ~ ....,.,.U ....tu &c., V4.w•••• ,.4,.". U"'fVC.yt~. i.Nf.!<br />

•••• tC. O "" ••••.••••••••.••• tAl. f' •.••.•••.•..••• ",.;",.......,... U1U~<br />

(loG _ •••••• fIAi.MJI ••••••••••••• tu •• ~ •.•••. ,..,_. c~' uto<br />

-'-d. d••• 111"1(1fT( Ifu.' •••1.<br />

" .LUlIIfl" pt'd •• u c••••I.~ ••• _ ••••••••• _. tldü u u';.<br />

(AU t••••••.•••••.••.IJ •••••• i •••••• e.:-..t. _or.at. lu.. .,.-"!<br />

~<br />

IJ '- ••••••••.• MAlu •••• uc":-..to f~HllIIADl7 •••• •••••• ,_<br />

OA". I••••ur••••.••••• &I1Wfl" eÜ •••• u ~ ••• lu •••.••. ,,'iM.( ••<br />

••.••••••• _ ••••-.t •••• t_... w ••piMobl.<br />

, ••••••••• é • IIATUI!ZA. c.. • _ •••t.l


o elNlr.eII' e••• IIATURf1A ••• ~ .-tuiMoe.ou UlI 'lU. •••• NU ~<br />

• ~".d'ieo, ".••••• ,tA viotrllto ~ iMaei.otoal. A IIATUlf1A, ••• ~ Mtu a,!<br />

vi. e_ ,i.pr,~ '0At~·d~ 'aba •.•tiAeU ~ 'oM~"i.";"eé


CAUCA\A<br />

A imprensa esorita e falada teI! ultimame~1:e estampado em seus /._j<br />

notioi&rios, o <strong>de</strong>senrolar das maDifeetaçoes que estao oüvrre~do oontra a<br />

instalação do novo aeroporto internaoional <strong>de</strong> são Paulo, na reserva fIo -<br />

restal <strong>de</strong> Cauoaia do Alto é Morro Gran<strong>de</strong>.<br />

. Quando o governo anunoiou sua intenção <strong>de</strong> oonstruir o novo aero<br />

porto naquela reserva florestal, os agrioul tores e <strong>de</strong>maie moradores do lõ<br />

. oal, bem oomoalguDfl eoologistas, taxadoa <strong>de</strong> "rom~ticos li, protostaram 7<br />

CO~~ a <strong>de</strong>rrubada da mata eprejuizos que o aeroporto traria <strong>para</strong> toda a<br />

',~eg1ao em suas ativida<strong>de</strong>s econô'micas..<br />

. Mas o governo nãO <strong>de</strong>sistiu <strong>de</strong>ste projeto<br />

.'<br />

e oontinuou realizando<br />

trabalhos <strong>para</strong> início das obras, fazendo ..contatoa duvidosos (promessli.S) .!<br />

trav's <strong>de</strong> eeus seoretários, co:n o IBIlF, Secretaria. <strong>de</strong> .Agricultura, S.AJ3ES~<br />

sendo que- algon,e <strong>de</strong>stes órgãos po<strong>de</strong>riam se opor à. construção <strong>de</strong>ssa obr:1.•.<br />

!pesar <strong>de</strong> que estes contactoa, eliminaram a oposição dos referidos órgâo~<br />

a populaç~ oO::leçoua se cobilizar oontra. a construção do novo aeroporto •<br />

.Assim, vemos ser formada a "COUISSÃODE DEFESAIX> PATRDJ1~NIO I<br />

DACOlu'UNIDADE", que já conta como apoio <strong>de</strong> 50 Entida<strong>de</strong>s conservacionis -<br />

tas e Enti~<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Classe. Vemosa realizaç~o <strong>de</strong> Assembléias com mais <strong>de</strong><br />

'300 pessoas, entre eles, polÍticos e cientistas ~dignadoe com os pronun-<br />

~iamentoD proferidos<br />

vo aeroporto.<br />

por autorida<strong>de</strong>s governamentais quanto ao local do ~<br />

; .. Afi~ que,o local é uma das1últimas rese~ fl~restai8 da<br />

Gran<strong>de</strong> Sao Paulo. E nos vive:noe em uma cida<strong>de</strong> com 4,5m <strong>de</strong> area ver<strong>de</strong><br />

2<br />

habitante, e~uanto que o m!~o estabelecido pela orro são 12 m por<br />

por<br />

habitante<br />

e Now. Iorque, a maior e ma.1e~esenvolvida cida<strong>de</strong> do mundo, oomo<br />

també~ ~ das ~is poluidae, tem 19 D <strong>de</strong> área ver<strong>de</strong>/hab •• E esses mesm08<br />

cientistas questionam a localização do aeroporto. A região situa-se •<br />

num verda<strong>de</strong>iro mar <strong>de</strong> morro8, o 8010 não é a<strong>de</strong>quado e <strong>para</strong> a construção •<br />

do aeroporto terá que ser feito um dos maiores movimentos <strong>de</strong> terra já fe!<br />

to na Alr.érioa.Latina; a regiao peI"I:1allececoberta por neblina. uma boa par-<br />

~e da manna <strong>de</strong>vido a evaporaçao das ~ da repres~, além <strong>de</strong> estar <strong>de</strong>struindo<br />

~ floresta que é suporte <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> mananciài8 que fornec~<br />

I a água mais limpa que os babi tantes <strong>de</strong> são Paulo, Cotia e ilnbú bebem.<br />

Surge agora um outro questionanento que , quanto a necessida<strong>de</strong> .<br />

<strong>de</strong> um novo aeroporto <strong>para</strong> são Pau1~. .<br />

Os administradores governam.e~tais alegam que S~o :Ba.lãotranepo~<br />

ta 5 milhões <strong>de</strong> pa.esageiros por ano e em 1952, o trá.fego já vai estar em<br />

torno <strong>de</strong> 10 e 12 milhões <strong>de</strong> paBsageiros/a.no. Bem, por dia em são Paulo •<br />

viajam cO:J:Osardinhas em lata, do traba.lho <strong>para</strong> casa e vioe-versa, <strong>de</strong> 8<br />

a 10 milboes <strong>de</strong> 8cres bunaDOS.<br />

Vai se investir inioia.1J;lente 600 milboes <strong>de</strong> dólares no novo aeroporto,<br />

<strong>para</strong> se resolver 05 "probl~1I da minoria privilegiaàa que pod,!<br />

ria muito bem se <strong>de</strong>slocar até Viracopos que com algum.a.eJ:lelboria.s daria •


.. ,<br />

Tazao a todo este trafego acima mencionado.<br />

Ser' que este dinheiro e outro8 gaet08 com obras faraônicas não<br />

seriam muito mais úteis se fossem utilizadas <strong>para</strong> melhorar as condições •<br />

d! vida <strong>de</strong>ssa população qUI realmente está produzin<strong>de</strong> os bens <strong>para</strong> a Naçao?<br />

Se~ que são Paulo não necesBi ta lIUito mais <strong>de</strong> sanemento b~i-<br />

00, <strong>de</strong> uma solução <strong>para</strong> as enchentes, <strong>de</strong> habitação a preços ~opulares, ou<br />

mesmo <strong>de</strong> transportes coletivos mais <strong>de</strong>centes, enfim <strong>de</strong> soluçoes <strong>para</strong> os I<br />

problemas da população. . I.<br />

t claro que siml Agora, se tivéssemos um governo que representas .<br />

se .s reais interesses da população, pessoas do povo que conhecem os pro-blemu<br />

do povo, elas saberiam a.na.lisarmelhor o~e <strong>de</strong>veria eer aplicada '<br />

essa tortuna:,no ~eroporto .u nos transportes colet1~)a por exemplo.<br />

_Porem nao po<strong>de</strong>mos ticar nos questionamentos, na8 críticas e nae<br />

contestaçoes. Temos que nos posicionar firmemente e nesse sentido nós apoiamos<br />

a luta travada pela população e as entida<strong>de</strong>s que estão se manites<br />

tando contrárias a construção do aeroporto. -<br />

UMESC (União Municipal dos Estudantetl'<strong>de</strong> <strong>São</strong> Carles)<br />

ODPC (Comissão <strong>de</strong> Defesa do Patrimonio da Comuni·da<strong>de</strong> : <strong>Associação</strong><br />

<strong>de</strong> ~paro dos Animais, Â. dos Artistas Plásticos da Praça da R~pública,<br />

A. Brasileira <strong>de</strong> Arquitetos Paisagistas, ~. Brasileira <strong>de</strong> Defesa da '<br />

Vivencia Urbana, Â. Brasileira do Estudo do Meie, Â. Brasileira <strong>de</strong> Preven<br />

çã. à Poluição do Ar, A. <strong>de</strong> Defesa da Ecologia do Vale do Paranapanema, '<br />

A. Democrática Feminina Gaúcha, A. <strong>de</strong> Defesa do Meio Ambiente, A. dos Docentes<br />

da USP, A. dos Engenheiros .Agranomos <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, A. dos Geógra -<br />

tos Brasileiros, Â. Gaúcha <strong>de</strong> Proteção<br />

, p<strong>de</strong><br />

Cr1ticos <strong>de</strong> Arte, A. <strong>de</strong> reservaçao<br />

ao Ambiente Natural,<br />

da Flora e da Fauna,<br />

A. Paulista<br />

Assoe. <strong>para</strong><br />

t<br />

•<br />

Proteção Ambiental <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>, A. Paulista <strong>de</strong> Proteção a r~tureza, Cen<br />

tro <strong>de</strong> Estudos Ecológicos <strong>de</strong> SlLntoe, Clube dos Advogados do EstJ\do <strong>de</strong> sã4<br />

I Paulo, Clube <strong>de</strong> Criação <strong>de</strong> são Paul., Clube Paulieta <strong>de</strong> Jardinagem, Comis<br />

. são <strong>de</strong> Defaea do Meio Ambiente da <strong>Associação</strong> Comercial <strong>de</strong> são Paulo, Co :<br />

missão <strong>de</strong> Defesa e Preservação da Espécie e do Ceio Ambiente das Faculda-<br />

:'<strong>de</strong>s Integradas <strong>de</strong> GuaruJ.hos, CoI:1issão<strong>de</strong> Defesa da Represa Billinge, Fed,!<br />

, ração das Associações dos Engenheiros Agronooos do Braoil, Fundação Bra -<br />

, 8ileira <strong>para</strong> a Conservação da Natureza, Fundação Parque Ecológico <strong>de</strong> são<br />

<strong>Carlos</strong>, Grupo <strong>de</strong> Agricultoree <strong>de</strong> Caputera, Grupo <strong>de</strong> Artistas Plás~icos ,<br />

Grupo Escoteiro <strong>de</strong> Cotia, Instituto dos Arquitetos <strong>de</strong> Brasil-<strong>São</strong> Paulo ,<br />

Lions Clube <strong>de</strong> Ec.bú,Mov:ilnento<strong>de</strong> Arregimentação Feminina, :i,:ovimentoArte<br />

e Pensamento Ecológico, NÚcleo Orquidófilo do Embú, Pioneiros Rurais do<br />

~rasil, Reserva Zoológico <strong>de</strong> Ilha Bela, Rótary Clube <strong>de</strong> Embú, Santa Paulo<br />

Country Club, são Paulo Gar<strong>de</strong>n Club, Socieda<strong>de</strong> Amigos do Embú, S. Botanica<br />

do Brasil-são Paulo, s. Br~ileira da Defesa da Vivencia Urbana, S. '<br />

Brasileira <strong>de</strong> Paisagismo, S. <strong>de</strong> Defesa do ~eio Ambiente, S. Amigos da Cida<strong>de</strong><br />

S. <strong>de</strong> Proteção ao Ambiente, S. <strong>de</strong> Proteção ao Meio Ambiente do Ilha<br />

~ela' Sindicato dos Escritores <strong>de</strong> são Paulo, União Brasileira <strong>de</strong> Escritores,'União<br />

Internacional Prot~tora dos Ân1mã1s, Voluntários Detensores da<br />

Jiatureza) _<br />

DCE-Livre da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Sao <strong>Carlos</strong><br />

CAAsO (Centro Aca<strong>de</strong>mice Axmando Sales <strong>de</strong> Oliveira)<br />

Dir~tório Aca<strong>de</strong>m1co<br />

<strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong><br />

XVIII <strong>de</strong> Março da Escola <strong>de</strong> ~iblioteconomia


4. [<br />

"" .~<br />

'.I.c. c"o u. cr.b.lho hu •• no ••••• Cur ••••• c•• ,<br />

••••• c•• 11•••• 0 ch.IV ••• i .oci. AnC.... ,'.oroi-Io<br />

r.'llta I.'r. t.to • coa. coa cari.h •• lato tOf.a Ilui<br />

.rli •• 'I ••• cloo. r.c.pcI.o •• f•• or.c •• v. '11 •• tão .<br />

• ••• e••••• rei ••• por a1lua •• iauto. aat... 4.'01 •<br />

••• ref.lç ••••<br />

e C ••• I.nc ••••••••• It•••• v.c ••••••• r••i••I•••• c!<br />

Ilucl •••••••<br />

e I ••plr. I•• c••• rofu •••••• t. 'vr.nc. c••••<br />

çã••<br />

- lã. Co•• II.ui'o. '.r •• t••• I••••• t•••• t••• t•••• !<br />

•• 1•••• 11•• n•• çio.<br />

- r.r ••• c••• r ante. <strong>de</strong> ••• tir c •• pl.c •••• t. I.ti.f.i-<br />

C••• U•• r.f.lção ••••• tlll •• r 2/) •••••• ci.... ••<br />

_ lã •••••• r.lc •• Ii••• to •• Q•••• o for •• ro'r .u. b.n'!<br />

Ja •• ç•• i ••• fl.i •• t••<br />

- li •••••• rcl •• copo. pli.tlco •• Iv.r •••••••••• I'"O'<br />

••• tenha llap. IUI •••• <strong>para</strong> ~U ••• tr.1 •••••• t.~<br />

,.i••• ntlr •• -•• b••• 11 co•• n'o.<br />

I.f.'•• -I' a r•• peito 4& coa ••• v. Ia coa.titulr ~<br />

••• I.tl ••• 11. 'or •••• plor DI •• t.frelol do açúcar<br />

~r ••c•••• ~u.li •• 4 •• dOI cer •• ia lftt•• rai ••• _•• t.1.<br />

!-!!!! J •• to I.' r•• po ••ã •• i, '810 r.ae.ufa.to ,.r. CO!<br />

••• uI-I ••<br />

;<br />

•.....•..~,.,.,.•....<br />

•••• cl.çi ••• r. 'rot.çio A.hi •• t.1 ••• io C.rlo.<br />

lápr ••• o •• 1. Criflc ••• UrSCAI<br />

0_ • I'andt ImportaDc:ia<br />

doou promoçlo,<br />

csluna·sc que ar' baslAn<br />

Ir intensa • p.-nça ele<br />

p6blico DO Edillcio. ·E~<br />

c1ic1e1 do C•••••• ••


6 6<br />

o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que vem sendo ado- 6<br />

tado no Brasil e <strong>de</strong>mais países do hemisfério sul, presta-se a b<br />

absorver uma tecnologia gerada pelos povos do hemisfério norte, ~<br />

em troca <strong>de</strong> uma falsa idéia <strong>de</strong> acessso a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida <strong>de</strong>sses povos. A maior parte dos problemas que a socieda<strong>de</strong> ~<br />

rasileita enf!enta, tem sido resolvida <strong>de</strong> forma insust~ntável. Por outro lado, a<br />

soluçao dos nossos problemas parece <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r sempre <strong>de</strong> graD<strong>de</strong>s somas <strong>de</strong> ~<br />

capital e portant~, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empréstimos eXLernol, ampliando a dívida <strong>de</strong> paí<br />

.es, que nunca terao <strong>de</strong> pagã-las. Se cada Cida<strong>de</strong> -e cada Estado necessitar <strong>de</strong> ca<br />

pital internacional <strong>para</strong> resolver seu. problemas mais· corriqueiro., é porque a - 6<br />

solução que tem sido apresentada <strong>para</strong> esses problemas, não serve <strong>para</strong> todos. Tona-se<br />

necessário buscar soluções que estejam ao alcance da comunida<strong>de</strong>. Atualmen- Ó<br />

te ap!la-se ao capital internacional em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estarmos limitados pelas <strong>de</strong>-6<br />

terminaçoes <strong>de</strong> uma tecnologia cara e sofisticada em <strong>de</strong>sperdício das pos,ibilida- ~<br />

da<strong>de</strong>s bio-ecológicas existentes num país como o Brasil. 6 6<br />

Essa tecnologia importada traz consigo, padrões culturais e comportamen- ~ A<br />

tais uniformizadores, massificando a vonta<strong>de</strong> nacional, colocando toda a n05- U J. U<br />

sa economia em <strong>de</strong>pendência externa e <strong>de</strong>scaracterizando culturas e anseios re- U<br />

gionais. O f!nômeno da centralização administrativa acaba por criar a necessida- 6<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> soluçoes igualadoras <strong>de</strong> tipo gigantesco. Criam-se assim, economias ca- b k<br />

da vez mais centralizad~ras. d! capital intensivo. ~om utilização <strong>de</strong> tecnolo- 6 O<br />

gia bruta, pouca absorçao <strong>de</strong> mao <strong>de</strong> obra e <strong>de</strong>struiçao do meio ambiente pela ex- b<br />

cessiva e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada exploração dos recursos naturais, satisfazendo a máxima<br />

filosófica do "use e jogue fora". O testemunho histórico <strong>de</strong>ssa situação é a ~<br />

própria economia norte-americana, que após a 11 Gran<strong>de</strong> Guerra, exportou seu mo<strong>de</strong>lo,<br />

sabendo-o hoje impraticável. pois 220 milhões <strong>de</strong> pessoas <strong>para</strong> manter o padrão 6<br />

<strong>de</strong> vida atual, consomem 1/3 dos recursos naturais da Terra. Como farão os <strong>de</strong>mais<br />

povos que estão sendo obrigados a copiar o mo<strong>de</strong>lo norte-americano <strong>de</strong> alto<br />

consumo em massa?<br />

Torna-se necessário red~eDSionar as nossas necessida<strong>de</strong>s como nação. tendo<br />

em vista os <strong>de</strong>safios do futuro; super-população. a fome. a <strong>de</strong>terioração am--J<br />

biental. Samos um povo que vive DUma gran<strong>de</strong> área que se presta ao <strong>de</strong>senvolvimen- C/<br />

to da produção <strong>de</strong> alimentos e po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>senvolver uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes fer- t1<br />

roviái-ios condizente com as nossas distâncias e mais <strong>de</strong> acôrdo com o uso/preser- Á<br />

vação do nosso ambiente. A conscientização da ~initu<strong>de</strong> dos nossos recu!sos na- O )\<br />

turais permitirá o entendimento <strong>para</strong> a aceitaçao e a pesquisa <strong>de</strong> soluçoes al- C-)<br />

ternativas, com a utiliz~~ão <strong>de</strong> t!cnologias"brand~s, <strong>de</strong> base biológic~,_<strong>de</strong>s- () . ')\\<br />

centralizadas, e a absorçao <strong>de</strong> mao <strong>de</strong> obra lntenslva com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>~lsao a ()<br />

nível local, permitindo às comunida<strong>de</strong>s manifestarem-se por suas regioes. )\<br />

baseadas em seus passados históricos, fortalecendo, por conseguinte as es- ()<br />

pecificida<strong>de</strong>s dos eco-sistemas e culturas regionais que ainda conservam as<br />

as expressões da riqueza da nossa diversida<strong>de</strong>.<br />

~ Dessa forma. <strong>para</strong> uma cultura que vem absorvendo a idéia<br />

\'J~ ~ cipante, torna-se urgente o e~tendúnento.da particular"da-<br />

- IVl~Y <strong>de</strong> dos lugares. das adaptaçoes. da varleda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

~ Ll possibilida<strong>de</strong>s. A educação, o <strong>de</strong>spertar <strong>de</strong> ca-<br />

I ~ da região <strong>para</strong> suas possibilida<strong>de</strong>s es-<br />

~<br />

. ) pecificas é o <strong>de</strong>sejável.<br />

r- "-<br />

ó<br />

ô<br />

ô


A solução dos problemas está nos seres vivos e nao na tecnologia,<br />

está a nível da fonte, do local. As soluções <strong>de</strong>vem portanto, ser <strong>de</strong>scentraliza<br />

das, diversificadas e mais próximas possível das responsabilida<strong>de</strong>s das pessoas<br />

afetadas por elas.<br />

Sabe-se que legiões <strong>de</strong> pessoas migram em no&so terrltorlO por fal<br />

ta <strong>de</strong> trabalho local. Ao mesmo tempo, cada local solicita mais máquinas e <strong>de</strong>sa<br />

loja, progressivamente o trabalho humano. As legiões <strong>de</strong> pessoas, <strong>de</strong>salojadas 7<br />

do seu ambiente ao povoarem as comunida<strong>de</strong>s recebedoras provocam os problemas,<br />

do chamado choque-cultural que se alia ã rapi<strong>de</strong>z das modificações no ambiente<br />

produzidas pela gran<strong>de</strong> máquina tecnológica. Po<strong>de</strong>mos notar, nas cida<strong>de</strong>s recebedoras<br />

dos fluxos migratórios, como são Paulo, problemas insolúveis com alto /<br />

custo social e <strong>ambiental</strong> em prejuizo da organização da cultura e do espaço. A<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nação e o ritmo com que isso acontece obriga essas pessoas, em nome <strong>de</strong><br />

uma falsa adptação, a se agarrarem ã comunicação massificante. Alia-se a isso<br />

a <strong>de</strong>gradação do meio ambiente pois a <strong>de</strong>fazagem cultural e as neces~ida<strong>de</strong>s urgentes<br />

<strong>de</strong> criar habitações e alimentação <strong>para</strong> os continentes populacionais <strong>de</strong><br />

salojados/recebidos juntam-se ao <strong>de</strong>samor pelo espaço que a perda da memôriacul<br />

tural/<strong>ambiental</strong> provoca. -<br />

A <strong>de</strong>scentralização econômica, cultural e tecnológica fixará o homem<br />

junto ao seu "habitat", reavivando os costumes locais, reflorescendo a cri<br />

ativida<strong>de</strong> regional e criando trabalho <strong>para</strong> aqueles que hoje ainda creem no ap~<br />

10 da massificação ditado pela tecnologia centralizada.<br />

COLABORAÇÃO DO "MOVIMENTO ARTE E PENSAMENTO ECOLOGICO" E "ASSOCIAÇÃO PARA<br />

PROTEÇÃO AMBIENTAL DE SÃO CARLOS"<br />

1 14! EXPOSIÇÃO ARTE E PENSAMENTO EcoLOcICO<br />

SÃO CARLOS - 18 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1978.


, I "~'<br />

I, .: t_<br />

i<br />

I I<br />

,<br />

c..<br />

c..-<br />

•<br />

~<br />

:ARTEE PENSAMENrO<br />

ECOLOGICO·<br />

º<br />

~<br />

zw '4 .• ~ - SIo CarlOl<br />

'8. X7flblill78<br />

~<br />

CAMARA MUNICIPAL<br />

-~ Homens PnJ<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>Yeriam julgar o futuro<br />

O<br />

Cx. r•••"". llI84<br />

pelo que aconteceu no passado<br />

e estA acontecendo no presente<br />

Miguel <strong>de</strong> Cervantes (1547·16161<br />

~<br />

t -' .- .<br />

. ,,-------~<br />

Em cada rua. uma hist6ria. Em cada<br />

pedaço <strong>de</strong> calçada. marcas <strong>de</strong> um passado.<br />

Em cada esquina um personagem. Tudo<br />

isso faz parte da vida <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>. seja<br />

ela pequena ou gran<strong>de</strong>. rica ou pobre.<br />

epressadl ou tranqulla.<br />

Esta cida<strong>de</strong>. que os moradores mui tas<br />

vezes MO conseguem.,. • o tema <strong>de</strong>sta<br />

exposiçlo:


..-~~'~'I res magnollds no' prQtesto<br />

.' ..'<br />

contra a<br />

• .o Dia Mundial do Meio- Ambienle, transcorrido<br />

ontem, teve comemoração l:spt'Cial nl'sta cíua<strong>de</strong>,<br />

através <strong>de</strong> uma programação k'vada a efeito<br />

domingo, na Praça CeJ. SaBes, pela APASC -<br />

<strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Proteção Ambiental ue <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>,<br />

entida<strong>de</strong> há pouco criada e que, apl'sar <strong>de</strong>sse curlIP<br />

.lIempo, já .sem realizado sign!ficativlJ tra~lho,<br />

em pról da <strong>de</strong>fesa do meio-ambienh.:.<br />

Além <strong>de</strong> uma exposição 1lI0ntaua no proprio<br />

'local, com fotos antigas que permitiram com<strong>para</strong>ções<br />

interessantes entre o aspecto urbanístico atual<br />

e o antigo, em que o ver<strong>de</strong> aparecia um lK'm que o<br />

homem preservava a todo custu, a APASC fez dís-<br />

-tribuir um manifesto sobre os motivos da comemoração<br />

pública do Dia Mundial do Meio Ambiente.<br />

Outro Item da programação levada a efeito<br />

anteontem pela manhã, na mesma praça central da<br />

cida<strong>de</strong>, foi o plantio símbólico <strong>de</strong> três magnolias.<br />

Assim foi feito porque, a atual praça (que na realida<strong>de</strong><br />

é somente "meia-praça"), possui apenas algumas<br />

acanhadas árvores popularmente conheci<br />

das por "Boêmias", enquanto que a antiga Praça<br />

Cel SaBes, apesar <strong>de</strong> bem menor (mas inteira),<br />

caracterizava-se por um perfeito cquilíhrio cntre<br />

o ver<strong>de</strong> e o piso <strong>de</strong> pedras (petipavê) senuu suas<br />

árvores, exatamente, as magnol.jas, sob cujas somtJras<br />

ou nos <strong>de</strong>svãos, bancos em granito, doados<br />

por pessoas ou firmas proporcionavam um convivio<br />

toeial ameno entre Jlt=ssoas <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s. E,<br />

10 centro da antiga pracinha a pér~ula que abrigava<br />

as apresentaçõcs da Banda Municipal, ou,<br />

;om predominancia, os românticos casais <strong>de</strong> namorados.<br />

A escolha das três magnolias pelus membrns<br />

tia ~A.Sç, não foi por nós entendida como um<br />

protesto propriamcnt dito, conforme pareceu a muitos<br />

observadores. Nós vimos, naquelas três ariIOrezinhas,<br />

uma forma evocativa dos bons tempos<br />

em que o homem ainda não per<strong>de</strong>ra, por todo (ou<br />

~uase Isso) o respeito pelas coisas da Natnreza.<br />

Aquelas tr~s tenras magnólias que a APASC levou<br />

• Praça serviram <strong>para</strong> nos mostrar, através da evot:aç~o,•<br />

tcrrível invcrsão que sc processou. Antigamente<br />

o homem acrescl'ntava pedra e cimento em<br />

uma área ver<strong>de</strong>. Hoje, com muito custo planta-se<br />

Ilgumas poucas efrágeis Bocmias num:l imensi-<br />

clevastação cio ver<strong>de</strong><br />

dão <strong>de</strong> concreto <strong>de</strong>corado com inespresslvo gra·<br />

mado. Foi assim que interpretamos a "sL'Ssão eVIlcativa<br />

levada a efeito doming0 pela AS~,;l:iJÇ .. , ",<br />

Proteção Ambiental u~ <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Se a in:rnç5u<br />

l'ra <strong>de</strong> protesto, tcv~ (undaml'ntos muito v;íl:ull.<br />

il ,<br />

O MAN1FESTO- '- --" '''~'',':'';Oo'"''''';<br />

O manifesto distribuido anteontem diz " sr·<br />

gulnte:<br />

"Hoje estamos plantando nesta Praça :r~~.;,c<br />

vores, três magnólias, como as inúmeros que e.:;'<br />

tiam na antiga Praça Coornel Salles, em comelllo'<br />

ração do Dia Mundial do Meio-Ambiente - Dia~<br />

, <strong>de</strong> junho. ' "<br />

"O plantio <strong>de</strong>stas arvores é um grito simbóli·<br />

co que a ApASÇ - <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Prulrçãu<br />

Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - dá como alerta ao po-<br />

YO <strong>de</strong> <strong>São</strong> SarJos, contra as consequências <strong>de</strong>sas·<br />

trosas ao meio-ambiente provocadas por um falso,<br />

conceito <strong>de</strong> progresso.<br />

"Escolhemos a Praça Coronel SalJes por ela<br />

ser um exemplo vivo, <strong>para</strong> todo sãocarlense, da in·,<br />

sensatez com que nos últimos anos os homens t('1Il<br />

manuseado a natureza.<br />

"Esperamos· que o nosso gesto preste-se não<br />

somente como incentivo <strong>para</strong> que nossos adminis·<br />

tradores tomem providências no sentido <strong>de</strong> tornar<br />

a Praça Coronel Salles menos <strong>de</strong>vastada e mais,<br />

agradável, como também, <strong>para</strong> que<br />

.<br />

as pessoas'<br />

passem a rdletir melhor sobre <strong>para</strong> que ela conti,'<br />

nue, DO futuro, um local agradável e saudável <strong>de</strong><br />

.<br />

se VIver.<br />

"Abaixo transcrevemos a redação da menina<br />

Marli Tavares dos Santos, aluna da 3.a série do 1.0<br />

grau do Colégio Estadual do 1.0 Grau Esterina<br />

Placco, feita por ocasião da Semana Ecológica<br />

promovida em Colégios Estaduais pelo CRUTAC<br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> com colaboração da APASC.<br />

A POLUIÇÃO<br />

A poluição é causada pelas fábricas e o che~<br />

ro dos frigoríficos, etc. ,<br />

Principalmente em <strong>São</strong> Paulo é


i] !1 fJ S U R D E1 "P [J rJ D" [l rJ U LIl<br />

T•••••••••••.. 110inYrnto f<br />

,. ••• I~.... •••<br />

•• ior;. tia ••••• eldad. D" f ••n.~tmf'no dt..<br />

..,a,••.ljio _ •• I••• pa"" dn munolu. Hi<br />

"ria. tL-rad•• riaou· •• e"'''' ftI&i. uma 1M.·<br />

•••••..1.01 II'IOII~ ••••••••• ;.Ir... mUlil-.;ilo<br />

•.••••"ta ••• lIIOM8I anorH .,b.&n••• tanto na•<br />

•••• • ••• nW•• NIDO ttoa jareli,.. Mui•.••<br />

Yf'MI IlAr 110 tampn. ittnlo ••••••.• 11 d•• f•••. n·<br />

•••••• 10 ••••••• podr •• r••••o ••••••••• d...,.·<br />

1obrIo. ,,_ •• Iil-.;io d._. "'_ d.<br />

PODA; O 1••_"10 .plit._ pri •••ip.t.<br />

_alo _ eino••••_ plál........ l•••r."""'.<br />

Ia •••••••• _u-lfUIl; ••.•• 1f'f"muMII. r.ru .e·<br />

_ • _ •••• pr.-;... _. por osrmplo. pej.<br />

..v..•.•.•._ •....... ruNJ. o.",.1tratoe<br />

J. A. LVlzenberger<br />

ria ck. ('I"., ~ •••. I ••••••.•..,.to. •• ••."""tIo .tr.v."., f'1.mpl",t •••• ntr • tro••••<br />

Tambrm ,.,.••• Alie • "abalbu é frlle COIII • ftNIM'( •••••• ('ortan,Io o aalho .Ieu Mama ••• j<br />

po..Jiu. já ua áhOnl jo\


li<br />

r:··· T<br />

~..~~~!:~;<br />

",....~.•.~~~~}<br />

\<br />

.,' -,..'- '•..<br />

•<br />

~ ~]<br />

F<br />

~ I<br />

I<br />

~<br />

~<br />

~<br />

~..,<br />

'


,<br />

,~<br />

r<br />

t:!, ~.~<br />

li<br />

g<br />

""<br />

f~<br />

~f<br />

,~~<br />

" ~<br />

S"t<br />

~ ~<br />

~~<br />

~<br />

~~<br />

I<br />

~<br />

•11 '" ~-V,"" "<br />

~<br />

?~<br />

-t. td<br />

~êl ,p<br />

lG-..!<br />

.'"<br />

\)L<br />

'-<br />

19<br />

i,<br />

I<br />

''; '"<br />

~<br />

~<br />

•.. I-<br />

"i '" "<br />

-..: 011<br />

,o<br />

~<br />

tO<br />

~ ~<br />

~ 'Ô<br />

R-\.J<br />

I( ~ ~ ... J)<br />

- '1'1-.


I~os dois últimos séculos e principalmente n~s últimas déca<br />

das a civilização humana tem introduzido inúmeros e cada vez mais<br />

. 'pidas<br />

modificações no meio-ambiente. muitas das quais irreversiveis<br />

rã<br />

•<br />

Estas tem trazido iran<strong>de</strong>s proiressos em quase todos os campos das<br />

ativ1da<strong>de</strong>s humanas. no entanto. tem sido acompanhados por crescente<br />

esgotamento e contaminação dos recursos natura~sJ assim como <strong>de</strong> ira~<br />

<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s econômicas e consequentes problemas sociais e ecoló<br />

11co~. i<br />

O mo<strong>de</strong>le <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento calcado no binõm10 produção em<br />

.ir1e industrial/consumidor 1nduz ao homem mo<strong>de</strong>rno uma ãnsia pelo con<br />

sumo. pela cdmpra <strong>de</strong> suplerfluos sob pressão <strong>de</strong> 1ntensa poluição publ!<br />

c1tér1a. e o leva a profunda al1enação <strong>de</strong> s1 mesmo e do meio social·<br />

em que vive. pela perda do controle das ativida<strong>de</strong>s. isto é. a .prod~<br />

çeo em série padroniza à consumo 8 o trabalho humano. não satisfazen-<br />

do as necessida<strong>de</strong>s especificas· <strong>de</strong> ceda 1ndivíduo. <strong>de</strong> cada região. <strong>de</strong><br />

cada nação.<br />

·0 mundo não está só cada vez mais pequeno. mas Cada vez<br />

mais parecido·. Tanto faz hab1tarmos em são Cerlos como em alguma c1<br />

da<strong>de</strong> da Africa ou da China. A uniformização dos costumes e dos meios<br />

<strong>de</strong> produção. faz com que nio sejam respeitadas as características do<br />

meio ambiente local e consequentemente <strong>de</strong> toda vida perfeita~ente adap<br />

tada a este meio. Porisso temos assistido conjuntament~ a progressiva<br />

8xt1nção das populações autóctones. das minorias étnicas rac1ais e na<br />

c10na1s. a <strong>de</strong>gradação do amb1ente natural. <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> florestas e<br />

e_terminl0 <strong>de</strong> 1númeras espécies <strong>de</strong> organismos.<br />

O homem é parte do todo e indissciãvel <strong>de</strong>ste todo. Quando<br />

prejudica o todo está prejudicando a si próprio. Quando prejudica ou<br />

tro homem. está também ofen<strong>de</strong>ndo a natureza ( o todo ) e consequente-<br />

mente sendo nocivo a si mesmo. A idéia <strong>de</strong> um crescimento ilimitado. -<br />

<strong>de</strong> apenas parte <strong>de</strong>ste todoJ o progresso material humano (e frequent~<br />

mente <strong>de</strong> apenas parte da população humana) tem levado a 8xtinção <strong>de</strong><br />

1númeras espécies <strong>de</strong> animais e vegetais e por fim conduz1do ao fim<br />

dos recursos naturais que po<strong>de</strong>rá levar à extinção da<br />

da nossa espécie.


Toda espicle tem direito a vida e o homem <strong>de</strong>ve res<br />

pe1tar esse direito, certo <strong>de</strong> que seu <strong>de</strong>senvolvimento, baseado em<br />

uma lntegração com a natureza, nio <strong>de</strong>va provocar transformações ao<br />

•• 10-amb1ente <strong>de</strong> forma a levar o fim <strong>de</strong> outras espécies. O <strong>de</strong>senvol-<br />

v1lnento humano tem que buscar novos caminhos que não conduzam a hum!<br />

nlda<strong>de</strong> <strong>para</strong> as perspectivas sombrias que os atuais modos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvol<br />

vimento ofereçem: <strong>de</strong>serUficaçãQ crescente. superpopulação, escassez<br />

<strong>de</strong> alimentos, miséria, contaminação da água. do ar e dos alimentos ,<br />

<strong>de</strong>ieneração biológ1ca, alienação, altos nivels <strong>de</strong> ansleda<strong>de</strong>, neurose<br />

• doenças psicossomáticaa.<br />

O ~IMENTO AMBIENTALISTA<br />

Nos últimos anos temos visto o aparecimento em escala in<br />

ternaciona~ <strong>de</strong> um movimento que tem questionado todos estes probl!<br />

mes. Esse movimento que po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> ambienta lista tem s~ carac<br />

terlzado pela união <strong>de</strong> cidadões em torno <strong>de</strong> éntlda<strong>de</strong>s civis preocup!<br />

das com a <strong>proteção</strong>emblental em sua forme mais ampla, ou seja. pre~<br />

cupada em quest~onar todos os pressupostos <strong>de</strong>ssa socleda<strong>de</strong>, propon<br />

do alternativas ecolólicas que levem em consi<strong>de</strong>ração que o progre~<br />

so só i possivel - e assim <strong>de</strong>ve ser entendido - quando propicia o<br />

bem estar social <strong>para</strong> todos os homens em harmonia Com a natureza.<br />

Para nós. o movimento <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong> não <strong>de</strong>ve ser<br />

partidário. não <strong>de</strong>ve construir um partido poJ!tico, porque a idéia<br />

<strong>de</strong> <strong>proteção</strong> ambienta I <strong>de</strong>ve estar na -cabeça- <strong>de</strong> todas as pessoas. s~<br />

bretudO dos politlcos~<br />

Sobre as diretrizes do movimento amblentallsta do Brasil<br />

nós endossemos as conclusões do EPA- Encontro p~a Proteção Ambien<br />

tal <strong>para</strong> o qual contribuimos e participemos e que reproduzimos aba!<br />

CONClUSOEs DO EPA - ENCONTRO PARA PROTEÇAO 00 AMBIENTE<br />

Durante o ENCONTRO PARA PROTEÇAO 00 AMBIENTE-EPA. realiza-<br />

do na faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 01reito do Larao Sio ·franclsc~ (USP-SP) <strong>de</strong> 6 a 9<br />

<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1978. na sala dos Estudantes. organizado pela Comis<br />

aio <strong>de</strong> Defesa do Patrimônl0 da Comunida<strong>de</strong>. forem discutidos fatos<br />

que ameaçam o patrimônio natural. cultural. e consequentemen~e o pr~<br />

prio homen.<br />

sio eles:<br />

-'A <strong>de</strong>struiçâo. em lD anos,~<strong>de</strong> 25% da floresta amazônica,<br />

o fim da mata atlântica' o uso ina<strong>de</strong>Quado <strong>de</strong> pestlcidas que levam a<br />

<strong>de</strong>grodaçâo do solo, bem como i contaminação das bacias h!dricas e


..<br />

I ..... '<br />

••.•. - ~.4 "_<br />

<strong>de</strong>s ce<strong>de</strong>ies alimentares.<br />

- Os <strong>de</strong>tritos industriais • urbanos <strong>de</strong>spejados nos rios,<br />

provocendo e morte <strong>de</strong> to<strong>de</strong> a vida orgânica. e a consequente poluiçâo<br />

dos estuários e mare ••<br />

I, - Os aci<strong>de</strong>ntes com os gran<strong>de</strong>s navios petroleiros. cuja.<br />

-;.v,. . ·•....-.-. '<br />

:t ',. •<br />

cau.as e resultados fOlem ao controle das socieda<strong>de</strong>s atingidas.<br />

- O extermínio das espécies animais. entre as quai. a ba<br />

- A poluiçio do ar em áreas criticas como a Gran<strong>de</strong> são<br />

Paulo, oU,em outras regiões <strong>de</strong> alta concentraçaõ industrial. on<strong>de</strong> a<br />

população sofre <strong>de</strong> doenças pulmonares crõnieas.<br />

A <strong>de</strong>gradação do litoral brasileIro. fruto da especulação<br />

1mo~iliárIa. através <strong>de</strong> 10te8mentos caóticos e da privatização <strong>de</strong><br />

praias e marinas, que além <strong>de</strong> serem contrárias e Constituição em vI<br />

lor. excluem gran<strong>de</strong> 'parte da populaçio do usufruto <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> 115<br />

zer, marginalizando as comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pescadores em nome <strong>de</strong> uma in<br />

dústria <strong>de</strong> turismo el1t1sta.<br />

- A instalação <strong>de</strong> usinas nucleares. da necessida<strong>de</strong> questi~<br />

noivel. on<strong>de</strong> qualquer aci<strong>de</strong>nte comprometem irre<strong>para</strong>velmente o ambien<br />

,<br />

te. e ~liminam a Vida:<br />

,<br />

Estes fatos fizeram com que. por todo o Brasil. entida<strong>de</strong>s<br />

e grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa amb~ental se formassem exponta~eamente. <strong>de</strong>nuncia~<br />

do à Nação a <strong>de</strong>struição do pat~1mÕnio da coletivida<strong>de</strong>. conseguindo.<br />

se nio impedir <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>finitiva. pelo menos adiar projetos empr~<br />

sarlals ou governamentals. prejudiciais ao meio ambiente.<br />

Asslm foi com o projeto pata a construção 00 aeroporto in<br />

ternacional <strong>de</strong> sáo Paulo. em Caucaia (Cotia), com a oestinaçáo final<br />

dos esgotos da Gran<strong>de</strong> S.P. (Sanegran. em Carapuculba-8erueri)1 com<br />

a lnstalaçio da lndústria <strong>de</strong> celulose Braskraft. ~o rio Paranapan~<br />

mel com o projeto tur!stlco das praias <strong>de</strong> Trinda<strong>de</strong> (RJ), com a <strong>de</strong>fe-<br />

sa das reservas florestais do Esp!rlto Santo. além <strong>de</strong> outros casos.<br />

A repercussão <strong>de</strong> tais movimentos junto à opinião pública<br />

concretiZou-se na reallzação <strong>de</strong> vários encontros <strong>para</strong> <strong>proteção</strong> do<br />

mel0 ambiente. os quais têm chegado ao consenso <strong>de</strong> que a crise ambi<br />

ental é um reflexo da crise gerada pelo sistema econõmico-social v!<br />

gente. que afeta a própria clvllização.<br />

A raiz <strong>de</strong>sta crise po<strong>de</strong> ser vista através <strong>de</strong> vários aspe;<br />

tos: Econõmicos. Polítlcos. Sociais e Culturais.<br />

Nas relações económicas internacionais. 'aos paises sub<strong>de</strong>


lenvolvidos. entre os quais o Brasil. foi imposta a tarefa <strong>de</strong> SUl<br />

tentar â abastecer o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico em vigor<br />

nos países <strong>de</strong>senvolvidos. ApÓS a ~ guerra mundial. acelerou-se o<br />

lurto <strong>de</strong>senvolvimental1sta agressor e selvagem. o qual trata a i'lat~<br />

reza como mercadoria 8 o homem como simples máquina produtora <strong>de</strong><br />

riquezas a serem usufruidas por arupos internacionais 8 seul ass~<br />

ciados.<br />

Neste contexto. os recursos naturais seo ccnsi<strong>de</strong>rados ili<br />

mitados. e o meio ambiente como uma imensa lata <strong>de</strong> lixo.<br />

iA manutençio <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>ste tipo, .6 tem sido pess!<br />

vel com a imposiçio <strong>de</strong> aovernos autoritários QU totalitários, que<br />

lufocam as aspirações nacionais e a dignida<strong>de</strong> do homem.<br />

Consi<strong>de</strong>rando-se o sistema político e'sócio-econômico impo~<br />

to ao país. constata-se que i vedada e Naçio a possibilida<strong>de</strong> ae dis<br />

cutir suas opções <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. O regima autoritário e c:ncen<br />

trador <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r tolhe a autonomia das comunida<strong>de</strong>s. impedindo a pa~<br />

ticipaçio efetiva <strong>de</strong> leuS cidadãos na solução <strong>de</strong> suas reais neces$i-<br />

Gaaes. sacrificando a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da populaçio.<br />

Esse mo<strong>de</strong>lo ,<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico tira a dignida<strong>de</strong><br />

do trabalno, t~ansfonmando-o numa ativida<strong>de</strong> frustrante e alienante J<br />

remunerada com salários que nem mesmo suprem as necessida<strong>de</strong>s básicas<br />

da criatura humana.<br />

Como consequencia <strong>de</strong> tal estado <strong>de</strong> coisas. produziu-se uma<br />

~elcaracterização da diversida<strong>de</strong> cultural, através da imposição <strong>de</strong><br />

velores massificantes. 'característicos da atual socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo<br />

• do <strong>de</strong>sperdício. assim como uma <strong>de</strong>predação generalizada aviltante.<br />

__,_.__'. A memória nacional apagou-se.<br />

Os únicos habitantes naturais do país. que há milinios co~<br />

seguem viver em perfeita harmonia com a Natureza, os {ndios. estio<br />

Gendo violentamente exterminados.<br />

Nossas cisne ia e tecnologia seo preteridas em funçi~ <strong>de</strong><br />

pacotes científicos e tecnológicos importados, alheios es nossas con<br />

dições históricas. geográficas. culturais. sociais e climáticas.<br />

O sistema educacional é dirigido '<strong>de</strong> forma a impingir. as<br />

novas gerações. padrões culturais exóticos. que entorpecem a capaci-<br />

Ga<strong>de</strong> criativa e <strong>de</strong> crítica intelectual.<br />

Diante <strong>de</strong>sta situação. a ~OPC. com fundamento nas consi<strong>de</strong>-<br />

rações expostas durante o ENCONTRO PARA A PROTEÇAO 00 AMBIENTE. est!<br />

bel~ce algumas diretrizes <strong>de</strong> ação que julga <strong>de</strong> total importância:<br />

y---_ ••..•.. -. --------_ .._... -<br />

I· "o<br />

~ '.I; '. ,.<br />

. '.,<br />

• ....:!..-


i. Defen<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>mocr~cia como condição essencial <strong>para</strong> a<br />

<strong>proteção</strong> do meio embiente.<br />

2. Discutir abertamente as opções <strong>de</strong> ~esenvolvimento naci~<br />

I<br />

3. Estudar formas alternativas <strong>de</strong><br />

oe novos métodos <strong>de</strong> utilização·dos recursos<br />

"OVOd conceitos <strong>de</strong> bem 8star social.<br />

<strong>de</strong>senvolvimento. através<br />

naturais. tendo em vista<br />

4. Denunciar toda e qualquer agressão ao ambiente. consid~<br />

raaes ~lS seus ~spectos econômico, social e cultural.<br />

i s. :~nscientizar a populaçio das consequéncias da <strong>de</strong>strui-<br />

çio dOS !~c~rsos naturais. Dem como a <strong>de</strong>gradaçio do meio ambiente.<br />

promove-~v aMpla jivulgaçio.<br />

f. '.l1zar-se <strong>de</strong> instrumentos legais. inclusive <strong>de</strong> recur-<br />

101 jur!di.-oZ'.:ornoações populares e ações regressivas. em <strong>de</strong>fesa -<br />

do petr1môniú J~ ~omunida<strong>de</strong>.<br />

7. Pressionar os po<strong>de</strong>res públicos. por meio <strong>de</strong> movimentos<br />

<strong>de</strong> opiniêo. com vistas d obter soluções concretas <strong>para</strong> os graves pr~<br />

bl~s ambientüis que ~stio S8 avol~ndo.<br />

8. Unir os esforços das entida<strong>de</strong>s engajadas na <strong>de</strong>fesa do<br />

meio ambiente. trocando informações. ~xperiências. e estabelecendo<br />

estratégia <strong>de</strong> ação.<br />

De acordo com estas recomendações. reiteramos nosso apoio:<br />

a) Ao manifesto <strong>de</strong> Curitiba. elaborado pela Agapau-Associ~<br />

çio Geuche <strong>de</strong> Proteçêo ao Ambiente Natural,<br />

b) A <strong>Associação</strong> Nacional dos Cientistas Sociais. em sua<br />

lute contra a forma oficiel proposta <strong>para</strong> emancipar o indio.<br />

sio Paulo. 22 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1978<br />

fofocando agora a realida<strong>de</strong> sancarlense sob a luz <strong>de</strong>stes -<br />

quase 2 anos <strong>de</strong> vida da APASC. e levando em consi<strong>de</strong>ração o anterior-<br />

mente exposto. nos propomos no per!odo <strong>de</strong> 79/80 procurar dirigir as<br />

i: discussões e consequentemente a atuação da entida<strong>de</strong> em cima dos se<br />

luintes tópicos:<br />

1. 'Melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do homem<br />

.' . I ••••<br />

,<br />

.., ,;-" ~~<br />

. ..


I •••• ~---- . '<br />

i ' •<br />

. '-= ~<br />

A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vloa dO hOmem esté fundamente ligada às co~<br />

dições do meio em que vive. Procuremos nas próximas linhas examinar<br />

alguns pontos essenciais <strong>para</strong> compreensão da <strong>de</strong>gradação da qualida<strong>de</strong><br />

c.:evida do homem mo<strong>de</strong>rno.<br />

aJ'Cida<strong>de</strong>/Campo: observa-se em boa parte do mundo, em pa~<br />

ticular' em nossa região. um progressivo êxodo rural. levando o tra<br />

balhador <strong>de</strong>-campo a fixar-se no meio urbano. longe do seu local <strong>de</strong><br />

trabalho. isto aliado • rápida e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada industrialização dopaís<br />

• do Estado <strong>de</strong> são Paulo. especialmente. tem levado a formação <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s aglomerados urbanos sem condições <strong>de</strong> ~abitação e lnfraestru-<br />

tura <strong>para</strong> abrigar e proporcionar vida e saú<strong>de</strong>. todos que são prati-<br />

camente empurrados <strong>para</strong> os Iran<strong>de</strong>s centros urbanos.<br />

As gran<strong>de</strong>s metrópoles não constituem ambiente i<strong>de</strong>al <strong>para</strong><br />

conviv~::cia humana. Deve-se oferecer condições <strong>para</strong> que o hQlTtem fi<br />

xe-se no campo. <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> <strong>de</strong>ve evitar o gig~ntismo. O crescimento -<br />

da,nossa cida<strong>de</strong> nos próximos anos <strong>de</strong>ve ser submetido a rigoroso pl!<br />

nejamento urbano <strong>para</strong> que não venhamos nos próximos anos a sofrer as<br />

graves consequencias <strong>de</strong> crescimento' irracional. Já evi<strong>de</strong>ntes em ou<br />

tras cida<strong>de</strong>s: poluição. engdrrafamentos <strong>de</strong> trãnsito. alta taxa Je<br />

criminalida<strong>de</strong>. especulação imobiliária. favelas. etc.<br />

bJ trabalho: atualmente é c~ a diferenciaçio ou contra-<br />

posição <strong>de</strong> lazer ao trabalho. Este fato. <strong>de</strong> certa forma. aponta a<br />

existência <strong>de</strong> um grave p'roblema mo<strong>de</strong>rno: O traoelho não constitue<br />

·satisfação· ao ser humanos mas simples obrigação. visto que em qU!<br />

se todas as ativida<strong>de</strong>s (industria. comercio. serviços) a maior1a ~os<br />

homens encontram-se submetidos a um trabalho massõficante e alienan-<br />

te. As consequencias psiqulcas e sociais advindas <strong>de</strong>ste fato aao<br />

iarmantes e temíveis.<br />

Além disso. é frequente a insalubrida<strong>de</strong> nos ambientes <strong>de</strong><br />

trabalho e como se não bastasse. a rsnuneração qUã ..se sempre e<br />

aquém do necessário <strong>para</strong> sobrevivência com dignida<strong>de</strong>.<br />

cJ ~l1mentação:a priorida<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong> sobre o campo tem<br />

levado a certa escassez dos leneros alimentícios básicos' e a inten-<br />

sa utilização <strong>de</strong> fertilizantes. inset1cidase herbicidas químicos' -<br />

tem introduzido em nossa alimentaçio inúmeras substãncias estranhas<br />

ao nosso organismo. que não conse~uindo metaboliza-las acaba sendo<br />

contaminado por elas (OOT. mercúrio. etc). Ainda, o excesso <strong>de</strong> publ!<br />

cida<strong>de</strong> tem se prestado apenas <strong>para</strong> ~onfundir a opinião pública s~<br />

bre o real valor dos alimentos. A alimentação é a forma mais direta


em que o homem se relaciona com o meio ambiente. E preciso evitar a<br />

contamlnaç~o daquilo que vai nos dar a fo~ção pelo menos física.<br />

. di saneamento básico: com o aumento da população urbana e<br />

consequente cresclmento das cida<strong>de</strong>s torna-se necessário cada vez<br />

mala écua. a qual t~m que ser consegulda em locais cada vez mels<br />

longe. Os esgotos industrials e domésticos aumentam. inutilizando c~<br />

da vez mais água. Por outro lado. boa parte das habitações urbanas<br />

ainda.neo S80 munidas <strong>de</strong>ssa lnfra-estrutura básica (égua e esgoto) -<br />

<strong>para</strong> higlene e saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus habltantes. Assim ao mesmo tempo que<br />

preclsamos pensar empreservaç~o dos recursos hidricos. temos que<br />

distribuí-Ias aqueles que ainda neo gozam <strong>de</strong> seus beneficias.<br />

eJ moradia: nossa casa. nosso lar. é o meio-ambiente mals<br />

próximo no dia a dia. parisso i necessário que esteja integrada as<br />

características do meio ambiente local. oferecendo boas condições <strong>de</strong><br />

habitação. A especulaç~o imobl1iária e. balxos salários e o êxoao ru<br />

ral tem provoeajo o apareclmento <strong>de</strong> habltações em condições pr~cárias.<br />

f} pol~lções atmosféricas. hídrlcas. visual: o ~umento do<br />

. . '..<br />

numero <strong>de</strong> veículos com motor a explosao e uma das maiores fontes '<strong>de</strong><br />

poluição atmo~férica nas' zonas <strong>de</strong> trafego lntenso das cida<strong>de</strong>s. As<br />

lndústrias quas~ sempre bastante próximas ou mesmo <strong>de</strong>ntro dos limites<br />

urbanos constituem outra fonte <strong>de</strong> emanações aéreas tóxlcas e nocivas<br />

à saú<strong>de</strong> humana. Os <strong>de</strong>jetos or~~nlcos orgânlcos (esgoto) e indus<br />

triais são as principais causas da morte dos prlncipais e piscosos<br />

rios do nosso estado: Tietê. Piraclcaba. Mogi-Guaçu e inúmeros ou<br />

tros. Os out-door. cartazes. folhetos em excesso e quase sempre pr~<br />

pagandizando o superfluo e multas vezes o noclvo (clgarros, refrige-<br />

I<br />

). rantes. chocolates) constituem aqullo que. costu~os chamar <strong>de</strong> polui<br />

-' --' .<br />

çio visual. que não forma nem informa o indlvíduo. mas procura <strong>de</strong>for<br />

~'.".'-. -, --_._<br />

, .<br />

", .' \<br />

má-Io.<br />

I) Indio: quando falamos em melhorla da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vida.<br />

não nos limitamos aos padrões estabelecidos pela cultura oci<strong>de</strong>ntal •<br />

mas nos guiamos pelo respeito aos valores culturais <strong>de</strong> cada grupo hu<br />

mano. Dentro da nossa preocupação com a melhoria da q~allda<strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<br />

da do homem. não po<strong>de</strong>mos nos esquecer <strong>de</strong> um grave problema no Brasil.<br />

que é o da preservação da cultura e da população indígena; quase que<br />

mortalmente atingidas pela colonização da nossa civilizaçãol as quais<br />

sao exemplo <strong>de</strong> vida harmônica com o melo-amblente troplcal.<br />

...•._-_._---._- .....•


- (luta) por um planejamento urbano, que atenda as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

I, '<br />

.;' Seo <strong>Carlos</strong><br />

- pela preservação, conserJação • melhoria das Praças Públicas - Pra<br />

ça Coronel Salles<br />

- P.8la construção <strong>de</strong> uma estação <strong>para</strong> tratamento <strong>de</strong> esgotos em Seo<br />

Cerlos e outras cida<strong>de</strong>s da região.<br />

- contra poluições atmosféricas e hidricas<br />

- ~to Aves'Integrada S/A<br />

Chempion Papel e Celulose S/A<br />

outras<br />

- por uma solução a<strong>de</strong>quada ao prOblema hebitacional dos favelados <strong>de</strong><br />

Vila P~caembú e outros . .<br />

- apoio na formação <strong>de</strong> um grupo que estuoa e divulgue a culture indí<br />

lena visanoo sua <strong>proteção</strong><br />

- apoio ~ too~ inici~tive que bu~quem novas formas <strong>de</strong> agricultura n~<br />

tural, bem como tecnologias alternativas e <strong>de</strong> baixo impacto ambie~<br />

tal (aproveitamento <strong>de</strong> energia sólica, solar, biológica e outrós).<br />

2. Preservaç30 oa fauna e flora<br />

~ necessário atualmente que lutemos pela conservação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong><br />

vegetação natural, o maior número <strong>de</strong>las possivel, pois o ritmo em<br />

que se <strong>de</strong>vasta no pais i aterrador. A nivel nacional a principal lu<br />

te é pela preservação <strong>de</strong> Floresta Amazõnica que, <strong>de</strong>ntro do ritmo<br />

atual <strong>de</strong><strong>de</strong>smatamento, previ-se seu fim par~ <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 30 anos. Isto<br />

-.em'contar é claro ~om • objetivação dos contratos <strong>de</strong> risco que se<br />

realizarem o <strong>de</strong>sastre estará r.»ito mais próximo.<br />

Em são Cerlos. nosso empenho se dará no sentido <strong>de</strong> citar -<br />

novas reservas <strong>de</strong> matas naturais, <strong>de</strong> apoio e critica construtiva do<br />

trabalho da Fundação Parque Ecológico e também da formação <strong>de</strong> bos<br />

ques, próximos ã ~ida<strong>de</strong>, como o que po<strong>de</strong> ser formado no ·Buracão· no<br />

finel da Rua Padre Teixeira.<br />

Ainda outros trabalhos iniciados o ano passado e que pr~<br />

ten<strong>de</strong>mos continuar e finalizar seria o <strong>de</strong> elaborar junto com verea<br />

dores da 'cida<strong>de</strong> uma legislação <strong>para</strong> áreas ver<strong>de</strong>s em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, uma<br />

legislação que protegesse os esp~1mes vegetais <strong>de</strong> maior interesse<br />

histórico, paisagistico ou cienti~ico, por exemplo'as árvores da Pr~<br />

~a Paulino Botelho (em frente ã catedral) que a algun,tempo suger!<br />

E .. ---'----· --·-··-<br />

. ::. t \ .. , .<br />

~ .~ f-: "\<br />

4 __ ~_ ~


3. Interc5mbio Cultural<br />

I. r: enorme o numero <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s conservacion1stes. ou <strong>de</strong><br />

proteçêo embientel e outras com as qu&is e APASC mantém contecto.<br />

Acreditamos que um meio antrosamento entre estes entida<strong>de</strong>s contribu!<br />

t' ré muito pare e soluçêo dos proolemas embientais. tento 08 perticul!<br />

res como os universeis.<br />

! Assim julgemos conveniente a reelizaçêo <strong>de</strong> s1mposios e en<br />

contros entre os diversos grupos que atuem no movimento amOientelis-<br />

te no Bresll.<br />

Preten<strong>de</strong>mos etrevés d~ um boletim bimestral manter um con<br />

tecto com todas as associações. levando ~ossos problemas. dando 8<br />

pedindo sugestões.<br />

I I<br />

Está·diretamente relacionada com o fortalecimento da APASC.<br />

nosso objetivo é pro~1c1ar com que as pessoas. questionem as as~rut~<br />

res ~asocie<strong>de</strong><strong>de</strong> que vivemos. discutindo soluções <strong>para</strong> ~ impasse d~<br />

senvolvimentalista que v1ve e humanida<strong>de</strong> atual.<br />

. Pera tanto pretendamos continuar com as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvol<br />

vidas pele diretoria provisória. como e projeçêo <strong>de</strong> f1lmes. sli<strong>de</strong>s •<br />

lamenas <strong>de</strong> ecolog1a. paiestres. exposições <strong>de</strong> fatos. impresséo <strong>de</strong><br />

textos. artigos <strong>para</strong> a imprensa. ativ1da<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas<br />

com estudantes <strong>de</strong> I' e 2' grau e e populeção em geral.<br />

-Ampliação do acervo fotográfico sobre a evolução urbena <strong>de</strong> séo Car<br />

10s 8 mais frequentes exposições <strong>de</strong>ste.<br />

-Realização <strong>de</strong> uma Semana <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates sobre o meio-ambiente<br />

-Nas nosses reuniões <strong>de</strong> 6~ feira procurar sempre introduzir novos<br />

<strong>de</strong>bates que propiciem uma meior clareza da tarefa pare o movimento -<br />

arnb1ental1sta.<br />

-Realização <strong>de</strong> ativ1<strong>de</strong><strong>de</strong>s como mural. projeção.<strong>de</strong> filmes e sli<strong>de</strong>s e<br />

palestras em escolas <strong>de</strong> I' e 2' greO.<br />

-tonfecçêo <strong>de</strong> um periódico da APASC que abor<strong>de</strong> atueis temes sobre o<br />

enfoque ecológ1co.<br />

-Utilizeção da imprense 8.crite • falada <strong>para</strong> divulgação <strong>de</strong> nasses<br />

lutes.<br />

-tempenhe pare navos sócios<br />

-Confecçêo <strong>de</strong> certeir1nhes <strong>para</strong> os sócios<br />

-Promoções pera engeriar fundos pere a ent1<strong>de</strong><strong>de</strong>


-Uma se<strong>de</strong> <strong>para</strong> a entida<strong>de</strong> que tenha: Biblioteca<br />

, I, Acervo fotoiráUco<br />

Arquivo<br />

lazer<br />

O fortalecimento <strong>de</strong> nossa entida<strong>de</strong> vai se dar através do<br />

seu reconhecimento Junto às diversas camadas sociais sancarlenses. e<br />

eSS8 reconhecimento só 8e dará através <strong>de</strong> uma mais ampla p~rt1cipa-<br />

çio da APASC nas mais diversas frentes <strong>de</strong> trabalho que se apresentam.<br />

Para essa ampliação das ativida<strong>de</strong>s i necessário uma maior<br />

partic1pação <strong>de</strong> todos os sóc10s • uma ap11açáo do número <strong>de</strong> sóc10s<br />

" <strong>de</strong> d1ferentes classes soc1ais e diferentes áreas ~e trabalho. pro<br />

,<br />

pic1ando ass1m também um maior respaldo <strong>para</strong> a atu~ção da própria d!<br />

retor1a.<br />

:~, Quando falamos ~ reconhecimento da APASC estamos dizendo<br />

lobre a 1<strong>de</strong>nt1flcaç~0, ~a populaçio com os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos P!<br />

Ia ent1da<strong>de</strong> e 1sso se dará através da part1cipaçio da APASC nas lu<br />

tas populares. levando pessoas através <strong>de</strong>ssa primeira 1<strong>de</strong>ntificação<br />

-~ a nossa luta. a se inte1rarem dos hossos objetivos.<br />

1-1O M E '0 P A T I A<br />

" Na arte <strong>de</strong> curar, s~lv~~~~~ 1~ vid~,<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

I<br />

-.p~en<strong>de</strong>r e critr.e.11<br />

, I<br />

Ensine alIO <strong>de</strong> Iran<strong>de</strong> importância as! pr6t:~10, resolven.<br />

do seus distúrbios ore'nlcos 'Jtrsvés 19 HO~~CP:''!'!.~e tire<br />

SUIS próprias conc1us5es a esse respeite.<br />

A HOMEOPATIA é ngtur~l, suave, sem efeitos m~14~1co! e s~<br />

bretudo eric~,.. Em SXO CARtOS, visite 8 HO~OFA~~~.~A?M!<br />

CIA HOMEOp1TICA, 8 única na cida<strong>de</strong> espec1911·91~ no ~smo.<br />

com laboratório <strong>de</strong> manipulação próp~ig eQaip8~0 com os<br />

principais medicamentos rarmacopeicos e b10ter';lco~ •<br />

r<br />

. --"'-"---'_~4'-,--_.,.<br />

.: "'.. ~, .<br />

. . ' . ,.<br />

• ~~. : : _ .. ~ . J _~. __ ~ •• _


[; . \.<br />

·•••.<br />

Balanço <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s<br />

28/5/77 4'28/2/79<br />

A "APASC" formou-se da união <strong>de</strong> pessoas (sensibilizadas com<br />

4 problemática da <strong>de</strong>gradação <strong>ambiental</strong> e consequ~nte <strong>de</strong>gra<br />

dação humana) que estiveram reunidas por ocasião da Semana /<br />

<strong>de</strong> Estudos Ecológicos~ realizada pelos alunos <strong>de</strong> biologia/<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral e aberta a toda comunida<strong>de</strong> sancarlense.<br />

Esta "semana" realizou-se no Senac, que foi o local que<br />

aed10u todas as outras reuniões <strong>para</strong> discussão dos objetivos<br />

da entida<strong>de</strong> em formação, elaboração dos estatutos e a<br />

primeira Assembléia Geral,que aprovou os estatutos <strong>de</strong>finitivos<br />

e homologou os nomes <strong>de</strong>sta direto~ia provisória.<br />

A diretoria provisória incumbiu-se <strong>de</strong> pre<strong>para</strong>r as eleições<br />

<strong>para</strong> a pri~eira diretoria e encaminhar os trabalhos /<br />

que' se colocavam <strong>para</strong> a nova entida<strong>de</strong>.<br />

Agora que as primeiras eleições estão marcadas <strong>para</strong> dia<br />

6/4 vemos nossa ta~efa prestes a terminar e através <strong>de</strong>sse/<br />

boletim informativo procuraremos fazer um balanço <strong>de</strong> nossas<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> submeter à critica dos associados e dos<br />

que se interessareIT.pelo assunto.,<br />

Gostariamos ainda <strong>de</strong> esclarecer qUê o verda<strong>de</strong>iro paFel<br />

da diretoria provisória foi assumido pelas reuniões semaft!<br />

18 realizadas às 69 feiras no Senac, on<strong>de</strong> as <strong>de</strong>cisões eram<br />

tomadas <strong>de</strong> acôrdo com os participantes.<br />

Atualmente estamos com 82 sócios, que são moradores <strong>de</strong><br />

são <strong>Carlos</strong>, Marília, Garça, Mococa, Araraquara, Pirassunu~<br />

9a, Itapetininga, são José dos Campos, Embú, Assis, são /<br />

Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro, sendo que a maioria é <strong>de</strong> são Car -<br />

10s e as pessoas <strong>de</strong> outras cida<strong>de</strong>s estão empenhadas ed dlvul9ar<br />

os assuntos referentes a <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong> e na m!<br />

dida do possível formar nessas cida<strong>de</strong>s outras associações/<br />

que tenham em comum com a "APASC" ser uma entida<strong>de</strong> civil /<br />

que una os cidadãos interessados na <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong>. P!<br />

rassununga e Itapetininga formaram suas entida<strong>de</strong>s com as /<br />

quais a "APASC" esta em contato.<br />

Nosso sócies col~boram com 120,00 anuais e tem direito/<br />

a todas as publicações da "APASC", bem como acesso a qualquer<br />

ativida<strong>de</strong> que estejamos .es~nvolvendo.<br />

.. ' ~,~..:.~~.._-~-,-_. __." ..:-----.<br />

" I "<br />

.<br />

·~·1. ; .•__ __ ~ 1 '.0_ • __ ._.


Nesses quase ~ anos realizamos urna "semana <strong>de</strong> arte e pe~<br />

samento ecológicc" na CÂmara Municipal em colaboração com<br />

esta e com a Prefeitura Municipal; confeccionamos 39 painéis<br />

fotográricos sobre a evoluçio urbana <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong> e prom2<br />

vemos exposição <strong>de</strong>sses painéis em praça pública e recintos<br />

fechados, projeçÃo <strong>de</strong> fil~es e sli<strong>de</strong>s e promoção <strong>de</strong> palestras<br />

no Senac, escolas <strong>de</strong> 19 e 29 grau <strong>de</strong> <strong>São</strong><strong>Carlos</strong> e são<br />

José do Rio Par<strong>de</strong>, visitamos o "Salto do Eântano". e o "BuracÃo"<br />

em fins <strong>de</strong> semana, oportunida<strong>de</strong>s que aproveitamos /<br />

<strong>para</strong> conhecer a região ~ trocar experiências; nossos associados<br />

do Instituto <strong>de</strong> Edur.açÃo Alvaro Guião e do Oiocesano<br />

mantem murais nessas escolas on<strong>de</strong> se divulga a "APASC"I<br />

e assuntos relacionados com meio ambiente, apoiamos a Asso<br />

ciação dos Engenheiros na realização <strong>de</strong> um ciclo <strong>de</strong> palestras<br />

sobIe planejamento urbano e in~erferimos junto aos ve<br />

readores q~anào da alteração da lei do planejamento urbano<br />

<strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>, porém sem sucesso.<br />

Em terffio<strong>de</strong> publicações es~e é o 49 boletim informativo,<br />

imprimimos junto com o Crutac 6.000 textos sobre a poda das<br />

árvores <strong>de</strong> José LutzeDberger que tem sido distribuido na ci<br />

da<strong>de</strong> e enviados a outros entida<strong>de</strong>s: com o Crutac. também imprimimos<br />

1.000 textos esclarecendo sobre o que é ecologia,1<br />

<strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong>.e a APASC, Dmprimimos 2.500 propostas <strong>de</strong><br />

.ócio que é distribuida a quem se interessa pela "APASC", j;<br />

1.000 textos sobre tecnologia elaborados pelo Movivemto Arte<br />

e Pensamento Ecológico e impressos em colaboração com B<br />

Câmara Municipal, impressos sobre o dia dê árvore em colab2<br />

ração com o OCE-UFSCar e distribuido nas escolas <strong>de</strong> 29 grau.<br />

Os "10 mandamentos da ecologia" em colaboração com a gráfica<br />

·Verrnelhinho·, SOO cartazes distribuidos pela cida<strong>de</strong> com<br />

o tema "ambos nasceram livres <strong>para</strong> viver, abra sua consci!n<br />

cia <strong>para</strong> não continuar matando", 200 cartazes "<strong>de</strong>senvolvi -<br />

mento sem poluição" que convocarrn <strong>para</strong> a 12 hssembléia Ge -<br />

ralo Imprimimos também o texto do José Lutzenberger "Ecologia,<br />

Socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolvimento" (500 exemplares) e folhe-<br />

tos sobre o dia mundial do meio ambiente (5 <strong>de</strong> junho).<br />

Por ocasião do dia mundial do meio-ambiente plantamos 3<br />

árvores "magnólias" na praçá Coronel Salles corno lembrança/<br />

das inúmeras que lá haviam e foram cortadas.


""" ....<br />

·4.~_ ••. _.<br />

I ' ..<br />

.:. ~\<br />

Part1civarnos C~ várias l~tas pela preservação do Patrimônio<br />

da Comunidaãe tais como "Cauca1a do Alto x Aeroporto",<br />

"Amazônia", "Praça Coronel Salles", cor.tra a tentativa <strong>de</strong>i<br />

construção <strong>de</strong>. novo Paço Municipal <strong>de</strong> são Carl~s no Largo I<br />

banta Cruz, apoiando a luta do Vale do Paranapanema cont~a<br />

a Braskraft, pela preservação do "Buracão" corno recanto na<br />

tural e <strong>de</strong> lazer; levantamento com moradores da redon<strong>de</strong>zas<br />

das. indústrias: "Metalúrgica Cruzeiro", "Frango Ito" e "cur<br />

tume Monterosa" que reclamaram da poluição <strong>de</strong>ssas indústri<br />

as, sendo que a APASC oficiou a CETESB e divulgou com a im<br />

prensa local.<br />

Encaminhamos à União Internacional <strong>para</strong> a Proteção Animal<br />

as <strong>de</strong>núncias feitas sobre as condições que se encontra<br />

vam os animais do Parque Ecológico <strong>de</strong> são Carlcs.<br />

Recebemos 1gesislação sobre o meio ambiente <strong>de</strong> algumasl<br />

instituições e livros da FBCN.<br />

Promcv~mos concurso <strong>para</strong> escolher o símbolo da APASC e<br />

acertamos to~os us papeis buroc~áticos da APASC, tendo fei<br />

to ingerências junto a Câmara Municipal <strong>para</strong> que fossemosl<br />

reconheciàc ce utilidaee pública.<br />

Alugarecs por meio ano uma se<strong>de</strong> <strong>para</strong> a APASC on<strong>de</strong> guard~<br />

vamos nosso material, porém por falta <strong>de</strong> recursos financei<br />

ros tivemes que <strong>de</strong>ix~-la e transferir o material <strong>para</strong> a e~<br />

sa <strong>de</strong> alguns sócios.<br />

Temos publicados artigos eomo colaboração nos jornais I<br />

da cida<strong>de</strong>, em jornais da UFSCar eem jornais <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s vi<br />

zinhas.<br />

o _. _ •••<br />

__<br />

participamos da Campanha Contra a Falsa Emancipação doi<br />

Indio. Estamos participando <strong>de</strong> uma comissão <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s I<br />

da cida<strong>de</strong> preocupadas e.encontrar uma solução <strong>para</strong> os pr2<br />

blemas da favela da Vila Pacaembú.<br />

Enfim, po<strong>de</strong>mos dizer que nestes quase 2 anos <strong>de</strong> atuação<br />

muito foi feito <strong>para</strong> uma associação que apenas esta com~ -<br />

çando, mas perto da gran<strong>de</strong> tarefa que temos pela frente, o<br />

feito serve apenas como base <strong>para</strong> novas e mais arrojadas I<br />

propostas.<br />

Consi<strong>de</strong>ramos que os caminhos a serem seguidos pela ent!<br />

da<strong>de</strong> começam a se tornarem mais claros; fazemos votos que<br />

a primeira diretoria da APASC seja bem sucedida nesta nobre<br />

tarefa que lhe chama,


t<br />

I :~<br />

iÀfcai<strong>de</strong> convoca reu"nião <strong>para</strong> tratard~<br />

gravíssimo problema sócio<br />

o vice-alcai<strong>de</strong>, Rubens Masso-<br />

: cio, que foi o primeiro homem <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

: <strong>Carlos</strong> em contribuir <strong>para</strong> o aparecimento<br />

das primeiras favelas em nor<br />

so meio, gerou serlssimo problema,<br />

que agora precisa ser solucionado, <strong>de</strong><br />

forma a não <strong>de</strong>ixar ao <strong>de</strong>sabrigo pes-<br />

I soas humil<strong>de</strong>s que nos bairros Jari<br />

dim Cruzeiro do Sul e Vila Monte<br />

I Carlo aliconstruiram seus mucam"<br />

I bos, por or<strong>de</strong>m, não sabemos com que<br />

I aufllrização ou direito, do mencionai<br />

do cidadão.<br />

L. ~_<br />

O assunto foi levado ao conhecimento<br />

do pOvo pela vereadora Miriam<br />

Schiel e provocOu amplos <strong>de</strong>bates<br />

na última sessão camararia, quando<br />

se lamentou, inclusive, pelo seu<br />

ex"Presi<strong>de</strong>nte, p~I.. Jamir Leôncio<br />

Schiavone, que a autora do requerimento<br />

nlo tivesse proposto a constituição<br />

<strong>de</strong> uma comissão <strong>de</strong> inquérito<br />

parlamentar, <strong>para</strong> apurar responsabilida<strong>de</strong>s<br />

e consequentemente punir, pelos<br />

meios legais, o autor da angustiante<br />

situação em que se encpntram, pre-<br />

st:ntemenle, perto <strong>de</strong> 200 pessoas,<br />

<strong>de</strong>ntre as quais estão cerca <strong>de</strong> 116<br />

menores, <strong>de</strong> diferentes ida<strong>de</strong>s, cor<br />

rendo o risco <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>spejados<br />

por ocupar áreas do Municlpio, quan<br />

do a isso foram levadas por promessas<br />

e mais promessas <strong>de</strong> politico que<br />

não me<strong>de</strong> nenhum esforço, até mesmo<br />

o ilegal, <strong>para</strong> se auto"promover junto<br />

ao povo, ele que tem maiores aspirações.<br />

Naturalmente, por ter sensibilr<br />

zado a ·atenção dos 'senhores verea-<br />

 •<br />

eCOnOmIC(1<br />

dores, que tanfQ reprovaram o meio<br />

<strong>de</strong> que se utilizou aquele polltico pa-<br />

,<br />

I<br />

consequente, nlo po<strong>de</strong>ria ser sed<br />

a convocaçio <strong>de</strong> uma reunião DO SI<br />

ra alcançar os seus objetivos, que <strong>de</strong>- lão Nobre da Pftfeitura <strong>para</strong> se ~<br />

liberaram aprovar por unanimida<strong>de</strong> o tar do "grave problema <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

requerimento da combativa vereado- cio-econOmico e habitado"al<br />

ra, o alcai<strong>de</strong>-mor não tinha outra es- bairros do Jardim Cruzeiro do Sul:<br />

colha e precisou tomar providências, Vila Monte Carlo, <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, ~r.<br />

<strong>para</strong> salvaguardar a sua administra' do pelas Javelas existentes naquri<br />

ção, que mais uma vez se viu arranhada,<br />

por quem <strong>de</strong>veria ser o prilocais"<br />

•<br />

O que, todavia, S.Sa.<br />

:<br />

ornftl<br />

meiro a preservá' Ia .<br />

E o que restou ao chefe do Exefoi<br />

o porquê <strong>de</strong>las terem se originadJ<br />

Essa reuniJo terá lugar no rl<br />

cutiv_o_, _p_a_ra_te_n_t_ar_c_or_r_ig_i_r~a~to_tã_o_i11_-<br />

__ 1_9_,_à_5_1,.6 ~:: J


Tem-se falado muito nos últi-,<br />

mos dias, principalmente na Univer-'<br />

sida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, na ex-tinção<br />

do Parque Ecológico. Muitos<br />

, professores chegam mesmo a Concordar<br />

com tal possibilida<strong>de</strong>. oPr que?<br />

· Primeiramente pela enorme <strong>de</strong>spl.'Sa<br />

I ('ara manutenção do mesmo; fala-se<br />

, que é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cr$ .......•<br />

· 10.000.000,00 anuais sendo que 50- )<br />

, mente com a alimentação dos ani- i<br />

, m;)is sãl) disflCndidos cerca <strong>de</strong> Cr$ 1<br />

I 60.000,00 mensais. Em um paIs como<br />

o IltIl;SO on<strong>de</strong> I) maior problema'<br />

social cll:lIinua s,'ooo a fome, não<br />

po<strong>de</strong>-se dar o IlIxo <strong>de</strong> tão vultuosos<br />

gastus na manutenção <strong>de</strong> animais.<br />

A<strong>de</strong>mais, alegam muitos, aquilo não<br />

passa <strong>de</strong> um janlim zoológicn em<br />

" p~qu~l1as proporçoes. • I<br />

Os argumentos são fortes. De<br />

fato a <strong>de</strong>spesas é um acinte ao povo<br />

brasileiro e <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e, <strong>de</strong> fattl,<br />

subsiste na estrutra do Parque um<br />

mini-zoológico<br />

lógicQ.<br />

totalmente, anti-eco-·<br />

No entanto não po<strong>de</strong>mns negar<br />

três anos <strong>de</strong> trabalhu e toda verba<br />

já empregada <strong>para</strong> rcahz.a~lio do ,<br />

mesmo. A área se bem admmlstrada '<br />

po<strong>de</strong> vir a ser muito provzitosa <strong>para</strong> "<br />

· a comul\id:i<strong>de</strong> dl' <strong>São</strong> Carlus, I.'SpC-'<br />

cialmente como: ,<br />

- Local <strong>para</strong> estudos I.' pcsqui-'<br />

sas <strong>de</strong> cientistas da Universid;)dc Fe- '<br />

<strong>de</strong>ral, principaln~nte do Depto. <strong>de</strong><br />

Biologia.<br />

- Arca dI.' Jazer par;) uso da<br />

o Par~I'~Ec~'Qeico.;<br />

,~~\1~ S~V eii~w~~@?<br />

a.<br />

população (mas, por fav,,?r, ~Cllla.lral'i>.:s<br />

turisticM COll1l)IInll11alSenJau-<br />

I;)dos) ,<br />

- Area <strong>de</strong> produção.e pcsquis~ ,<br />

em agricultura org~ni~a. - sem ut!- J<br />

lização <strong>de</strong> adubos qUlnncos e pesh- I<br />

cidas em geral - e tecnologias aI- •<br />

ternativas: projetos <strong>de</strong> produção ea- :<br />

seira <strong>de</strong> melanul, fornos IOlares, ele.<br />

- Area <strong>para</strong> on<strong>de</strong> professores<br />

secundaristas po<strong>de</strong>riam levar SI.'US a-<br />

Innos p;)ra ubservações práticas na<br />

'área <strong>de</strong> ciências naturais e educação<br />

arnhil.'ntal,<br />

Para nlio onerar, em c.l~maslii",<br />

os cofres pilhlicos; cujos fundos <strong>de</strong>veriam<br />

estar senw) utiliza~os <strong>para</strong><br />

melhor ia lia qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida da po-<br />

pulaçãu - e não sendo gast.l em 0bras<br />

como "rista p:li"a ~vfl1das lf;~<br />

earters", por exemplo - () Parque<br />

Ecológicsl <strong>de</strong>vI.' husc~r a~to,sustcn~arse<br />

financeiramente, IStu e Imposslvel<br />

a curto prazo, mas a médio e a 11.\0-<br />

1',1 prazo não é incablvel a proposta,<br />

Ela po<strong>de</strong> ser ,conseguida ~~I:l<br />

pmdução <strong>de</strong> agricul,lura orgânll:a,<br />

produção <strong>de</strong>ntlfica via Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral e naturalmente rOi uma.<br />

drástica redução nos seus gastos.'<br />

. Não há 'necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> animais cn- i<br />

ijaulados. Só uma medida como ~ <strong>de</strong><br />

'<strong>de</strong>sfazer dos animais presos el11Jaulas,<br />

soltando-Ds em reservas biológicas,<br />

ou, transferindo-os <strong>para</strong> outros<br />

jardins zoolllgicos cm l1Ielhor~s ~f)~~<br />

diçõcs, já s~ria enormc contnbmçall<br />

<strong>para</strong> redução das dc~pcsas par" ma-<br />

,": ..!."J/l~N 1)[<br />

H/1 ZhJ


!:J ------l-. __--- J<br />

'_llo~~'i1APASC TAMBÉM ~<br />

•. ' ft,).~ .; .,<br />

~( tt~~ ,<br />

.j9:~.CONTRA CEMI'TERIO<br />

!'nulo Jo~ Bt'nalvl 'Mandnl. diretor <strong>de</strong> publiea(~. 6real ver<strong>de</strong>s ,práticamente Inexistente na re::ião) e d.<br />

"ta Auociaçio pari Protctão Ambient.1 <strong>de</strong> Soio Clllos, espaço <strong>para</strong> rt'crcaçio. 1<br />

:I-'é\tenontem na redaçlo do "Corrt'lo" tr:l1Í!ndo uml Um fato que nos ff7.. quase <strong>de</strong> imediato, rejeitar a .<br />

li ",inD., on<strong>de</strong> a entida<strong>de</strong> manlfcst:l-se eontr6rla • Impila- intenção <strong>de</strong> ampliar o cemitério, é qUI!cita é uma solu-<br />

~~ do Cemitério da VUI Prldo. Ção tempor6rta c plliatlva. No máximo daqui a qualro<br />

o') ..' I . ano. e novamente estar-se-ã procurando árcllS <strong>para</strong><br />

I :.!!.Ol SC'eundo o que diz Manclal, "a periferia di! Silo ·Indala(ão dos nos~os mortos. Enquanto qUe criou-Ie '<br />

. ,;t~tlU'los • multo carente d. 'real ver<strong>de</strong>s, IeJldo Impor- um problc·ma <strong>de</strong>finitivo e, práUcamente In.olável com a ' ~<br />

.ft! ~iritl' no momento que.OI moradoree reivindiquem pra- 1,llIaUsfa(io dOI justos .nselo. da pópulaçlo que, mora ~<br />

'),.~ •.dllr-Ihes todo apoio. na construçio <strong>de</strong>a_ poli real- próxima' localld.<strong>de</strong>. O. que .11 Ir50 repouur por to-'<br />

. :


o muro .está <strong>de</strong> pé<br />

o __ tkllmltando • .,.<br />

MIpIIacIa do Qemltérlo 8aIúO AIalDaIo<br />

•• P;4ua •••• ele~,<br />

,.,. 1IIpa. 110:0 pie p...-<br />

-.a <strong>de</strong>rrota CIoII.__ ele<br />

_ Viola n.ua Iv' •••• !lá lIl:Úll CIo<br />

• _ <strong>para</strong> lllIo 110 !«.l1 lOJa _<br />

tndc!a _~. u... <strong>para</strong> •• ,<br />

-.dOrr. •••• .I&:n!wl::a& CIo ter<br />

_" .ue •••• IlIúmOll e lutuDos<br />

'paios __ Ia:-a. aIItcm<br />

aalI:M 1Ik6ri.u JICd& ~ 4(UII<br />

~ ••• llO".&::4Ja.<br />

••• pWClro luear. llI:a_<br />

_~~ Il& Fl:I~'"•••••140 01<br />

1In. u!GnJo J,ltI,'ocl, o I!r. Rubtnll<br />

aa......eto e .~~ns ft!«dort.a qu~<br />

•• oe J:IIIbr3J!l cio ~... r,' """.<br />

•• ~ <strong>de</strong> 11t16 01=.,' ~i::r.,m<br />

aqw.c pn.mt :t-~","IR ncz!c ttrr'C'!!c)<br />

tIuld'O co;·atru'r um., prr'"ol o fi•.••<br />

tenar O 1t.rc trtn-dto d:!:r re!''''o~'<br />

.' .o:! aUllmm cio k:c:'1. Em 1:17:1<br />

elqr.l':'mllHC' i.•prrnl""" • ll\I-<br />

••••• • obr3a ele .1Ilj):~ do<br />

-u:trla, r.r.a "J:.•:-r cblldo AU3<br />

t.clla _ morodoau.<br />

ElIl KJ1l"tlo 1u!V•• - •<br />

~ • p~.:IeID~ocIo DD pre<br />

It!to eo-\ra O ft"'O. .UUICIo. r•••<br />

ta:JI~an. ,rerdW • pol~Jt 4090-<br />

"'1:1 a"1r •• rotO, I: b~oInou<br />

_a: 1IIIIlítIarw: 1'Orq" em __<br />

tpoea toe _lllm o IIlbD':> :;r~.nl elritou<br />

no"t:.mzlIfo;.'. fJ.u~ dio lJ..:rmJta nula<br />

rtl.~e:I:. )1-'') c o (~1:h~:ro m"aftl •<br />

lt!~:n' re\!('''\ f '.:" {; •••I-U 1:0 POt'!'r<br />

"",,1m .,. blllitos quo h"ll:t11vJlD •<br />

1U~t:l r::c·; '!ln~V"d3 m'·lnor.<br />

S'm •• muro (",lã do p~. Ma•<br />

á ':lftb:!m (.


-"';'n-II\-S-C-';;"'-~Ãs'!"-' s-o~cl--A~çx~o~P~AR:=-:A:-=P=:Ro::T;;E:::ç:Tlo:;--<br />

A 11-\ AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />

, .•. 2 ••.•••.•• /000t. ti<br />

RECONHECIDA DE UTILIDADE PlJSLICA<br />

LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />

CAIXA POSTAL , ••<br />

".510 - SAO CAltlOS - SP<br />

DEBATE SOBRE· f{ IN"STA~AÇAI1" OE" "USINAS NUCLEARES<br />

NO BRASIL E E" sAO PAU~O<br />

cêmare "unlcipel d. S. Cerlol<br />

Dle 25 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong>USO às 201<br />

: O processemento do Urânio pere leraçio da enerlla<br />

nucleer tem como um dos seus eub-produtoe o Plutõnl0. matarial r~<br />

dioetivo altamente perigoso e saú<strong>de</strong> humana. cuJa m~le-vida C is-<br />

to é. o tempo que leva pare mete<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse meterle~ traneformer--.e<br />

em outro meno. radioativo) i 50.000 anoe.<br />

- O <strong>de</strong>etino • ermezenemento <strong>de</strong>eteperiloefeelmo Lixo<br />

atõmloo i um sério probleme pera todas ee neçõee que <strong>de</strong>.envolvem<br />

projeto. nucleares.<br />

Há pouco tempo.o diretor da Fletrobrés <strong>de</strong>clarou I<br />

que Q Potencla~ Hidrelétrico brasileiro val <strong>de</strong> 270 e 500 mllhõ ••<br />

<strong>de</strong> ~w. quantl<strong>de</strong><strong>de</strong> que esté elim <strong>de</strong>s nossas necesslda<strong>de</strong>s. não obs-<br />

tante exl.tem fontes alternativas sequer estuda<strong>de</strong>s pelo governo.<br />

.<br />

- Foramconflrmados cálculos segundo os quals o cu•<br />

to do Kw/h geredo em uma uslna nuclear será pelo menos tre8 vezes<br />

mals caro Que o cueto do Kw/h geredo em ume uslna hldrelétrlca.<br />

Técnlcos da CESP temem que toda a verba dlspon{--<br />

vel <strong>para</strong> a v1abll1zação <strong>de</strong> um projeto que coloque em funclonamen~<br />

to cerca <strong>de</strong> 100 mlnl-us1nas. aproveitando pequenas quedas ~égua<br />

em tndo'o estado <strong>de</strong> são Paulo. a cus to creca <strong>de</strong> 100 vezas mai. "b~<br />

reto que a energla gerada nuclearmente, seja <strong>de</strong>svlada pare oons.<br />

truç~D <strong>de</strong>s Us1nas Nucleares <strong>de</strong> !guape e Perulbe anuncia<strong>de</strong> hé pouco<br />

Plt)o Roverno.<br />

-Dados recentes da Nasa expllcam que .xlstem ga.e •<br />

•ub-produtos <strong>de</strong> flssio nuclear. tais como o Kr1ptô-<br />

8TIr 'tr '1(el\'&rtto~3"3;-aI ém(JlJI1TrHf. ""tItrs"S'117fI11"&I"IhD"t-e;-' nic,po-----~.<br />

ser retidos Dela slsteme<strong>de</strong> 'lltre~em e~lste"te. "\5 C~"tre15<br />

-- --- . -. -. - - .


sendo la"~~dOS na .•tmo":"era <strong>de</strong> forma rotineira. contamlna"'do ir-<br />

rQvers{vel",ente o .IIn'''onte.<br />

--- Até hoje nio se sabia rnrretamente o número <strong>de</strong><br />

.<br />

aci<strong>de</strong>nte. em usln~s nucleares do mundo. Isso pois. a dlvul&açiol<br />

dos me.mos neo lnter.ss~ à Indústria ~ucI8er •.~a UR~S. por exem-<br />

plo, ocorreu em 1958 um aci<strong>de</strong>nte em u~ <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> Lixo.Atômlco,<br />

ao sul do Ural. com a morte <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> pessoas. sem Que o I<br />

mundo. 8 nem os próprios soviéticcs. ficasse'" sab8n~c.<br />

O acordo nuclear 9rasil-~lema~~~ ~=! realizado I<br />

pelo reg1me. A naçio brasileira néo t'M compro~lss= =~~ essas n~<br />

gociações. n pnvo 8s~ã alijado ~a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisõe! c=~e se nio<br />

fosse o cust.~dor dos frutos d8SS~S <strong>de</strong>cisões, e nio f'~ss. 9m úl-<br />

tima instância. a primeira v{ti~a dos possiveis <strong>de</strong>sastres atômi-<br />

I f coso<br />

I •<br />

I ••.••.<br />

I ~ -<br />

I "ao rllap:ir-<br />

I nuclear).<br />

I I<br />

-I~8g1nem o r,ue av,uftrda o povo brasileirc,.e I<br />

(palavràs <strong>de</strong> Otto Buchsb~m. pioneiro da l~t~ antl--<br />

.6.6.6.<br />

Em vista <strong>de</strong> todo esse quadro é que a APASC (Ass~<br />

claçeo <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong> <strong>de</strong> Seo <strong>Carlos</strong>). vem convidi~!o a<br />

participar do <strong>de</strong>bate acerca das instalações <strong>de</strong> usinas nuclearesl<br />

no Brasil e no estado <strong>de</strong> Seo Paulo a ser realizado na Cimara ~u-<br />

nicipal <strong>de</strong> Seo <strong>Carlos</strong> dia 2S <strong>de</strong> Junho às 20H.<br />

DEBATE SOBRE INSTALAçAO DE USINAS NUCLEARES NO BRASIL<br />

NÓ ESTADO DE-SÃO PAULO<br />

DIA 25/06/30 20 HS<br />

LOCAL: CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS.


" }.<br />

'.<br />

· • ,--:---"-<br />

' . ;;;::r<br />

I;<br />

.'<br />

11<br />

.• ~" " J<br />

,I<br />

•I<br />

, f<br />

I.'t"@<br />

': • I<br />

I , " '1(; ~.<br />

·1<br />

~T'<br />

-1-<br />

·jl<br />

J .<br />

I<br />

:i<br />

"<br />

!<br />

;<br />

.,<br />

~ B;t~âe~S)p~r~' n~v~diretoria<br />

da APAS(<br />

A Asso:~lIção <strong>para</strong>. Proteção Amb.!.·~ntal <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> Cnrlo3 V


o QUE VOCE PODE<br />

FAZER PELA f AI<br />

•..-- •.... "" -.._...<br />

lml1lllo"-'" por_Ido'':_<br />

••••••••••• _ .0;•••••<br />

tal _ IItI 110111_ iIIo •••••• _<br />

I •••••••.••• lOje: __ ~.<br />

Il1o•• ...- _ • ....u.bI~,•<br />

- •••• JIOUnI . ':_11<br />

• __ •••• lIo" ."'.. •• _ •••••<br />

"" 1Ilf'Od~or •• * I.portadorn •••••••<br />

_ /VJllC1otDO "'or k>IaI •• • •<br />

-. •• lI6l..... Lot. _......<br />

__ - -.oçao <strong>para</strong> Prot.oçIoAm'<br />

_I •• •••• eatlol.. _Ia flIlçIo.<br />

o que você po<strong>de</strong> fazer pela paz<br />

"noas •. ~ "M't: h' no "~Ifto<br />

lD&elro ceda •• _4 li pr•.••• J;m ••<br />

• cN.ftatl •••••• real U'111&"'IUf,'O••<br />

__ • UDUça <strong>de</strong> •• DU\'a • ..erra<br />

_.00..- ..0·...11._<br />

': ~ DI' b,,,,o;.l".U'OI trabalham na tAdW;.<br />

',:.1 • a •••• eDlluan&o tn.,.,LllMnlOs<br />

tm cnltl'U ••••• crlaI1a.IR mw\ol •••<br />

e:tpl"llne. •<br />

U•••• to: orandoIm_,<br />

• ·0 prot.:.naa , WCa'lIcO ••• catM I.QI U·<br />

.--.......-:<br />

••••••• ~_ ••••ldIrtm·. 0lOI-<br />

_ •••••ootU ••••_ ar_ ••••.<br />

- •• poloo - ••• -- •••<br />

•••• lIclI polo OIIY01_ '1".11000 _.<br />

"_"_"1_".<br />

li•••por..-.<br />

tumanu • 8DCIal'.<br />

- __ IItI __ iIIo ••r-<br />

• ••••••• uma. dIo maior ~ ••<br />

•••_ I ••••••• ou "11: _t" .•... dá ~n que • crt'lt"ftte IIUUtartaa·<br />

------<br />

-"'" •• ...- ..-. _:I••••.. elo cio anan'lC) • O .Nm~o <strong>de</strong> um po"'<br />

-_<br />

••• _ ••••• JIOU": - •••••••. <strong>de</strong>r dtMNt:o:O. J."all wll\O, qui' eJ1aID<br />

- • f1_lN _ • __ ••••• IID ••• cUm:ll •. 1nIe'1\lranç:C I medo. era-<br />

•._-_._.<br />

fI'W''''' o ftC"e:ÔClocom atrtIM , Juc'rall •.<br />

<strong>para</strong>"""""'~ _Ia. ,. ., admrfII.e <strong>para</strong> una poucos.<br />

_ • tdue8çIo ••••• __ •••••• Il1o • IIt«'If!'Pr9 bou.. evtrrP"'. nqueoeDdo<br />

,-por-_.<br />

• Cll~"ie bUm:lna <strong>de</strong> mudar a RIa<br />

-'" pita ••• _ •••_c;k do bfstdrla ••• I'umlr o ..". <strong>de</strong>sUno O<br />

futuro JIOdt' t drYeo •.••r ew:eren\l'. E' •••<br />

-<strong>para</strong>--~<br />

aiftl ••• m1P'ldo •. pu.<br />

-. _ ••••_ ••••T_<br />

I lIUoI ••• pito - - • tducoçJo a PAZ 1ll1'SDUL DEPEl'o"MIIA<br />

__ o<br />

.1f_ •••lIrIIIIlCtt-lIOl""O- DA .OA VOST.\Dt: DE l'I:IiIiOAS<br />

N:\IPI.ElI OOMO voa<br />

- .•.........__ ...•......<br />

_ •• ~ _na <strong>para</strong>ftI1II<br />

,.r._"_. --,..-<br />

••••• tnI DÓI __ ••••• • •••<br />

•••••••• Ia rutrro • do PU. dt amor i<br />

da cldlO._amo 1IIo. _ au•••.<br />

'_ • umaa IIIIdtaft'l niltl'ftl,.. no tlro • oc'k" ••••• dIo lorma •• ..-<br />

.....- .•........ ftIl •••• ""mos _ Au\m cnmo DOeaaa·<br />

1lu<br />

-..-..•---<br />

••• R~lma - __ •• IIIDIllII n1k4 ",.m;.C'!OMII. em IIOUD d~ •<br />

_ • lI>l.••••••• _ ,..... .Iot di.. ••• ftD$UI ddadll. o uso da no.<br />

•• da ndiaçIo - • qwe dana ••••r••• Itnr'ia aio lOlucaona • probl.mas<br />

lImInar • "'" •••••• • ••••• et... •••• Prafu,. •• Informar. dlw.'''' • <strong>de</strong>·<br />

Je_. . 'b:1trr eaa_ qUf'ltõe. ftDI INPOI anI<br />

qaall YUt'frrtenre; UIOCi~ ele mo<br />

_ •• UM lQIooOIo _ •••••••••. _,t:'. '::.11••••••. II"Jd .•••• Ju. por•<br />

••.•.•.••••• ao .., •• Itm06tc~.' -.ri tWoo. t1vlln....<br />

_.-<br />

Apnt. t.C movlrUI'IUett QUI: &hba~bam<br />

<strong>para</strong> I pu. como por f"1I,


1<br />

'•.•,:.1J.:<br />

'í I<br />

't I<br />

o Drl!\ro 4t .~ 1"41trs<br />

15/07/BZ<br />

---_._ ..- &._._---.~---:.-<br />

-Esfudantes <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> pe<strong>de</strong>m<br />

o -fim dã Duerra'das ~'alvinas- i<br />

JIf Por IAldadva da APASC - "'-iaçlo Para<br />

'- . Proteçlo Ambi.nta! •••• SIo ea.ta.. •••• dantn da.<br />

.I-.co1aa • Sio <strong>Carlos</strong> _r ••••.••• ,'riu torta. pa'<br />

I~'"dlrlpnln da ArJ[entina • 11l\!1>1or •• pedindo<br />

• 11mda c."'" das M.Mn ••. A. oarlU. Iranacrl-<br />

1M aba'lO •• IUO lOIIdo .nrilodu ••• lIlbaIudal doo<br />

cIoi. pabel aq.1 110 BrasU:<br />

SJo CarIUl. 4 do j.nho do 1.1112.<br />

• PInados Senhores EIIlbaI• ..", ••<br />

• NIo hi uda pior que ""'" ._ra JlOf Iuo quer1_<br />

Ibct pedir que acabem tono « ••••".,<br />

Os tonbo •••1 podiam <strong>para</strong>r r.n pouel, nollI pedl_ que oc....... e- a<br />

•••••••. Yllmoaaluo •• di. "CeI. p.,lino C.,••••<br />

Cidadto: - Sio C.rI ••<br />

Idllllt: - 12 allOl.<br />

SIo Carloa. 03 <strong>de</strong> lunbo da 1.1112.<br />

EJuuo, Embaiudor.<br />

blra_ na •• mana -..diel da ECoI>loflIa o 110<br />

Iqar dr Nudar-. a oalloft.a c' •• wrdo:. cllur••••••<br />

o _ IftIUlli.lllOI. po'. cIolI •••••••• 1'" _ • __<br />

'a. QuMII •••• 0 •• U -...ndol Qulo.... eItIo<br />

•• indo •• an pai..<br />

1IUIIar ••<br />

Enq••••to o •••_<br />

_ ubo:r o ••••••••<br />

•• Ir•• " •••• __<br />

••••<br />

triac.<br />

a Naçõn .utam din""iru _ 1rIIlIÇ6d, •••• qllH<br />

U••• IIIUIUo peque •••••• 'a'. a perda •• Wltal<br />

tIdu!<br />

1'••.•••• 1 Am•• que o piar _.Ieça, 0 __<br />

.<br />

.<br />

er.triltecido. pcdo lim a _ •••••ra. pelo •••••• dr<br />

••• u Naç6es,<br />

Angel. CrlObna A.c:.kio MauM - ••• ~rIc C<br />

E.1:, P..o. "CeI. PIudl ••• C••••• w •<br />

SIo Car~... 3 .., I'" ""1.1112.<br />

1:_, EmbaiucJur: .<br />

".. _. <strong>de</strong> •••••• o _rMio. pt'ÇO'ltIoque paro .<br />

CIOIIl•••• "OCr.ota 'II


.~:! > ArASC_'pe<strong>de</strong>: P9sicic~amento dos pariidos--<br />

-~.p~íiléossob'ié'õQualida<strong>de</strong>'<strong>de</strong> '~da:emS.Carr~s:<br />

;. '. I<br />

t<br />

NO MOMENTO, A PREOCUPAÇ,\O DA APASC - ASSOCIAÇÃO PARA PROTEÇAO AMBIENTAL ÓE !<br />

SAO CARLOS E' COM A QUALIDADE DE VIDA DA REGIÃO DE S. CARLOS, "PRINCIPALMENTE<br />

, 'NO QUE SE REFERE A PRESERVAÇ,\O E MELHORI.A.DO MEIO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS".<br />

NESSE SENTIDO, A ENTIDADE PEOE UM POSICIONAMENTO DOS PARTIDOS POLlTlCOS COM I<br />

RE~ÇAO AO PROBLEMA. LEI_ANA OLtTI~~:PA21~A,' . _',._:"'::- .., .\<br />

/ Ca.rta programa e~ológico--<strong>para</strong><br />

'~ apresentação aos partidos polítiços<br />

Sio <strong>Carlos</strong>. setembro <strong>de</strong> 1982<br />

A APASC, AssOclaçiq <strong>para</strong> Proteção Amblenta1 <strong>de</strong><br />

Sio C&rlOl .preocupada com a quaiJda<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida na ,..<br />

Ifio <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, principalmente no que toca a preserftÇ10<br />

e melhoria do meio ambiente em que Y'lvemos, e<br />

tendo em vista a realização da seleições em novembro,<br />

..em relnvlnd1car junto aos candidatos <strong>de</strong> todos os par·<br />

tldol pol1t1cos que se posicionem com relação aos Itens<br />

qu. apontamos abaIxo, os'quais, se observados. tenlos<br />

• oenea. vlrlo contribuIr <strong>para</strong> a preserVação • melhoria<br />

"- 't" das condiç6ea amblentals da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 810 <strong>Carlos</strong>, mamfestal1do<br />

lua disposição em lugar <strong>para</strong> que 01 mesmos<br />

sejam cpncretizados, Como este documento trata 01 te-<br />

. mas <strong>de</strong> fOIma 1eN!rallzada. 8em preten<strong>de</strong>r eSl0t4-los. es·<br />

peramos que surjam .u~stoea e criUcas.<br />

: ,EDnm, consi<strong>de</strong>rando que ,os prob7.emas eco:ógicos<br />

estiO todos Interlilados,'uma vez contribuindo <strong>para</strong>. solução<br />

dos problemas locals, estaremos colaborando r.am a.<br />

• ao:uçIo dOi problemas globais e consequentemente com<br />

i •IObrevlvencla da VIDA na TERRA.<br />

• 1 - OOIlatruçlo <strong>de</strong> uma estaçio <strong>para</strong> tr.atamento e<br />

• aprovelt.amen&o<strong>de</strong> esgoto. E' neoesú.rlo .que toeIas SI cio<br />

~ da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bac1as dos rios Jacarll e MoCi tomem essa me·<br />

l; dida <strong>para</strong> que aqueles rios não atinJam 01 n1yejs <strong>de</strong> por<br />

. :utçio a que checou o rio P1rac:icaba.<br />

~ • IAtua1meDte toei o esCoto <strong>de</strong> SiO CarlOl li ~lV!o -in<br />

, lIatura •• nOl Rios Monjo:'mho e Gregório qUe por .ua<br />

na <strong>de</strong>saauam .-m nenhum tratamento 110 Rio Ja~.<br />

, 2 - ConItruçio <strong>de</strong> nov.. praças. pomares 'hortas e<br />

,~ -';~'. aranjas comun1~r1as. com • colaboraçio da 'população<br />

Ie c:ontrataçio d.e profisslona.Lt <strong>para</strong> a coordcnaçio dos<br />

~:-:-<br />

'. trabalhos prlnclpa.lmente DOI bairrOl pobres da Pf'rUe-<br />

J. .• "<br />

da. ; I ',li!' i': I,; -.!" • : ' , .<br />

I - Arbor~ a<strong>de</strong>quada


Apa 1IIDIc:arioaida<strong>de</strong>. On<strong>de</strong> • inItaJai o ~<br />

mo banco em 110lIl cida<strong>de</strong>! No edifício do belo IDItio<br />

tido <strong>de</strong> EcIuceçIpOr. Álnro GuiIo. no Edifício Eudi·<br />

•• da Cunha .dc ela Cim •• Mmücipal ou na e.tedn1<br />

<strong>de</strong> SIo Cadoe !<br />

O que o Bmeo Itaií trui caltanlmente plrl D0eu<br />

cida<strong>de</strong> em troca <strong>de</strong>lta perda !<br />

Será que a Prefeitura, li UniYenida<strong>de</strong>a, CIm ••<br />

Mmúcipal e outraa iDltituiçllea preocupadu com o real<br />

popaao <strong>de</strong> DOIU &alie, Dio • aemibilizarlo com o<br />

ocoDido e • movimentarlo no amtido <strong>de</strong> fuer algo em<br />

JIIDIda arte c:mematosrific:a, cultura e Jazer em SIo Car-<br />

1oI!<br />

Convidamos VOSS3 Senhoria e Famnia<br />

~2.. ~J6rio.JJue se realizari no próximo sAb.<br />

do dia 28/01/1984 às 19:30 horas.<br />

- Excepcionalmente o velório não se clarA<br />

no vel6rio municipal, mas na Av. <strong>São</strong> Cartos em<br />

frente IClIS8 do falecido CINE AVENIDA.<br />

APASC. 'CW<br />

CAASO ADUFS~r<br />

UMEsé A.P.G. UFSCar<br />

OCE-Uvre<br />

CINE AVENIDA<br />

1850-1983<br />

CINE JOIA .<br />

1959 -1983<br />

. ComnnicaMOI &01 am1goe ela arte e c:ultun <strong>de</strong><br />

SIo CadOI. aOI apreciadores da arte c:mematográfic•• p.<br />

lrimbnio histórico e tradiçOea eis l106Ia cida<strong>de</strong> a p••••<br />

,em do Cine Avenida e Cine Jóia (patrim6nios históricos<br />

IigadOl • arte e cultura <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>) <strong>para</strong> nm. nova liDa·<br />

Ida<strong>de</strong>: estacionamento e ca<strong>de</strong>meta <strong>de</strong> pOllpança do BUl'<br />

coJtaú. • .<br />

AOI reepoDÚVeiapela cal~ e lGer <strong>de</strong> 510 Calos<br />

e aol proprietirioe do Banco Jt.iú pcrguntamol:<br />

- Como ficam agora li pouca opçllea <strong>de</strong> IIUI' e<br />

arte pari nosol Cidldlol? Seri que cstamoI fadados a fi·<br />

carmos bolados em nomu casaa •• istindo televisio? Ou<br />

01 banl:OI plSarlo I abrir laa.a ~Dcill i Doite e.os fi·<br />

naiI <strong>de</strong> temlnl, par. ficarmos Ilprccimdo o fmtáatico<br />

lDorimento da poupança que, como Dum puac <strong>de</strong> má-<br />

Iiea. conseguem. Dum pail com a economia em receIIIo.<br />

aulerir lucrol <strong>de</strong> 600% ao ano.<br />

Aoe cidad101 <strong>de</strong> Slo Cmoa perguntamOl: quo ~<br />

cla<strong>de</strong> é esta· on<strong>de</strong> os patrimõnioa históricoa (palácio Ep.<br />

copa!, Praça Coronel Salles, Cine Slo Culoa) elo <strong>de</strong>atrai·<br />

.01 em nome <strong>de</strong> um proj;TCS60abstrato!<br />

Que pai. é este on<strong>de</strong> baneoe cada vez mlÍl IIlIto<br />

1110101 caeon<strong>de</strong>m a tmte realida<strong>de</strong> do n0S6Opovo men·<br />

.0, em lUa maioria, em h.hit:lçlles imPI"O\Ílada.,te é que<br />

usim po<strong>de</strong>mo. chamar li favela!


A<br />

DI\SC - P.SSOCIAÇÃO PARA PROTEclo<br />

rH AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />

RECONHECIDA DE UTILIDADE ptjBLICA<br />

LEI MUNICIPAL NI 7843<br />

CAIU POSTAL 596<br />

15.5&0 - SAO CARLOS - .,.<br />

·Pensar globalmente e agir localmente" o mote dos conservacionistas<br />

é também o lema da APASC, que como cada um dos vários grupos preservacionistas<br />

tenta proteger a sua região e ao mesmo tempo lidaruma<br />

força" na solução dos problemas nacionais e internacionais - na união<br />

faz a força" - geralmente levantados pelos pequenos grupos regionais<br />

e às vezes fisicamente distantes <strong>de</strong> nós,. mas que' na realida<strong>de</strong> são<br />

problemas <strong>de</strong> todos. A nossa meta é preservar e zelar pelo nosso meio<br />

ambiente que tanto necessitamos não só <strong>para</strong> sobrevivência da nossa<br />

espécie, mas principalmente <strong>para</strong> curtirmos a vida pacificamente<br />

em harmonia com a natureza.<br />

Se você é nosso(a) associado (a) e conhece e participa do nosso trabalho,<br />

pedimos que faça a sua contribuição <strong>para</strong> .1~6.<br />

Se você quer participar somente através dos relatos e informações<br />

do nosso boletim "O Ver<strong>de</strong>" que EM NOME DO AMOR A NATUREZA publicamos<br />

bimestralmente, pedimos que faça a sua assinatura <strong>para</strong> 1986.<br />

Se você acaba <strong>de</strong> conhecer a APASC e gostaria <strong>de</strong> participar, <strong>de</strong> sair<br />

da janela, <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r enquanto ainda há algo <strong>para</strong> preservar e proteger,<br />

associe-se à nós!<br />

- Para que precisamos 4e dinheiro?<br />

- Para pagar o aluguel da nossa se<strong>de</strong>, manter por três horas diárias<br />

uma secretária, que cuida da correspondência, da atualização da nossa<br />

biblioteca, trabalha na elaboração do nosso boletim~ que é enviado<br />

a todos os nossos sócios, entida<strong>de</strong>s conservacionistas, orgãos governamentais<br />

municipais e estaduais, escolas etc.; pagar <strong>de</strong>spesas com<br />

selos, cópias, impressos1 cobrir o déficit do nosso boletim (a verba<br />

proveniente dos anúncios é 'insuficiente <strong>para</strong> pagar a gráfica);<br />

cobrir o déficit do nosso programa <strong>de</strong> rádio "Vida Natural" que vai<br />

,·ao ar 20, 40 e 6ifeira às 13.00 h no Rádio Progresso AM (os patrocinadores<br />

não cobrem a taxa do Rádio), etc •••••• e se tivéssemos<br />

um pouquinho mais <strong>de</strong> dinheiro po<strong>de</strong>ríamos estar representados em<br />

palestras, encontros e conferências importantes e interessantíssimos<br />

por jovens associados (estudantes) interessados e ativos e que ainda<br />

dispõem <strong>de</strong> tempo porém não têm dinheiro <strong>para</strong> autofinanciar as suas<br />

<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> viagem e estada.<br />

Saudações ecológicas<br />

APASC - <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção<br />

Ambiental <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong><br />

Valor da contribuição:<br />

1. Cr$ •••••••••• mensal -(mínimo Cr$6.000) - Peço que me enviem o<br />

carnê <strong>para</strong> débito automático em banco (Banco do Brasil e BANESPA)<br />

2. Cr$ •••••••••• anuida<strong>de</strong> (mínimo Cr$50.000), com cheque nominal.<br />

3. Cr$ •••••••••• anuida<strong>de</strong> em 2 parcelas (mínimo Cr$30.000) com cheque<br />

nominal.


- 19 A 25 DE ABRIL DE 1986<br />

~ ------------<br />

Prefeitura ce<strong>de</strong> i~óvel na praça <strong>para</strong> a Apasc<br />

Através do <strong>de</strong>ereto021,<strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> março<br />

<strong>de</strong> 1986, a AP.\Se - Associaçfo <strong>para</strong> Proteçlo<br />

Ambiental <strong>de</strong> SJo ~rtos, recebeu da<br />

Prefeitu:a Municipu pndssl'o <strong>para</strong>. a titu·<br />

10 pm:ário ronfonne <strong>de</strong>termina o pmaráfo<br />

3.0 do arti~ 65 cb Lei Ordnica dos Muni·<br />

apios. . utililar·se <strong>de</strong> uma pequena CIJ3exis-.<br />

tente nl Praçl Cel. Paulino Cartos..n~ta d·<br />

da<strong>de</strong>, local q\:e outrora Ibrigou uma ~ibUottea<br />

infantil e que vinhl sendo usada hi lon·<br />

r·'s Ilios como <strong>de</strong>p.>sito .<strong>de</strong> in~trumentos<br />

<strong>de</strong> jardin~gem. Agora, toulmente' "foroU::<br />

di rela Prefeitura, o local servi" <strong>para</strong> ativi· ~"<br />

da<strong>de</strong>s ltinentes i proteçfo <strong>ambiental</strong> e <strong>de</strong>- :<br />

rroais trabalhos <strong>de</strong>senvonidl)s pela entida<strong>de</strong><br />

que, em cerimõnia simp:es a qual contou<br />

com a presença do Prefeito Dlgnone <strong>de</strong> ,.<br />

MeDo realizada na t1ltiml quarta·feira, u<br />

18,30 'horu, recebeu lquele quiosque se-.<br />

gundo' as <strong>de</strong>terminJÇl.'SeSdo <strong>de</strong>..:reto munici·<br />

ral. O 'Ito contou aincb com I presença <strong>de</strong><br />

assessores municipais e dos membros di<br />

• " •.• .:..... ..,). ,~,.~..~., r ,J:<br />

diretorii da entidJ<strong>de</strong> que tem Com3 p~si·<br />

<strong>de</strong>nte". n. Use Hainz VaIlilo, cemo ri.:e ;<br />

Paulo Mancini,semurio ~buro Rt'C~a Cor·<br />

" tez e tesoureiro Romeu Rod13 F:Lio. utm<br />

dos colaboradores Syhia Budunann T"'-~.<br />

Mar;areth Sobreira Bo~s, ElNir v.r. Ro•.<br />

cita Cortez e fnncisco 805(0. " •." ".• ',<br />

J'-" .~ '. ,<br />

!\a (oto, tlagnritl's d.s'entr~1 da dl2\'t<br />

~roctl1ida pelo prefeito Da~one <strong>de</strong> ~ttlo I~<br />

diretoria da APASC. '.


Pronunchliento do Or. Mond. IC. Tolb.,<br />

Diretor Executivo do Programa d•• Na,õe.<br />

Unid •• <strong>para</strong> o Meio Aablente ' UNEP, .obre<br />

o Dia MUndial do Meio Aabiente.<br />

Dia MUndial do Meio Aabiente <strong>de</strong> 1986. "Meio Aabiente e paz" é o te••• <strong>de</strong>ite .no, e mUhõe. <strong>de</strong> pe.'<br />

.oa. e.tio envolvidas, <strong>de</strong>.<strong>de</strong> pre.i<strong>de</strong>nte. até joven. escol.re •• Mas •• i. pes.o •• ainda não estão f.'<br />

zendo nad •• El.s nem a.bem nem.e preocupam que hoje é Dia Mundi.l do Meio Ambiente. t • e.t •• pes.o ••<br />

que eu quero me dirigir hoje. E • minh ••• n••sem é .t.ple.:<br />

Ião bavera p.z enquanto não houver p.z com • naturez ••<br />

A t.ref. do P~ograma d•• N.,§e' Unid •• par. o Meio Aabiente.(UNEP) é .jud.r • construir e.t. p.z.<br />

101•• t.ref. e .jud.r •• naçoe •• usar e comp.rtilhar nossos recurso. natur.i. s.biamente.<br />

Se utili&a~s.energi •• <strong>de</strong> godo •• i••eficiente.não haverã lUerr. por petr51eo. Se con.erv.rmo. nosso,<br />

•• re. e rio. n!o h.ver •• suerr. por .IUI. Se nao permitirmo. que os <strong>de</strong>serto •• v.ncem e se protegermos<br />

o .010 D!0 .erao,nece.s.rio, conflito. por terr ••• Se comp.rtilh.rmos com justiça •• riquez.s <strong>de</strong> no ••o<br />

amelo, nao h.vera fome.<br />

t.l. "dida. Sar.ntirão •• eaur.nç •• 10"10 pr.zo d•• na,p.s. A UNEP nio tem p.ciincl. com o di.cur.o<br />

<strong>de</strong> que.não hã recur80. di.ponlvei •• Aquilo gue o 8Undo gast. em .rma8 <strong>de</strong> fogo em aete mese. po<strong>de</strong>ria<br />

lev.r .1U.·limpa par. t.ntos CODO doi. bllhoe. <strong>de</strong> pe ••oa •• O que gastamo. em arasa • c.da oito horas<br />

po<strong>de</strong>rl •• er .uficiente p.r. err.dic.r a •• lari •• O que •• stamos em armamento •• c.da vinte minutos é<br />

•• i. do que pag.r por todo o tr.b.lho d. UNEP durante um ano. A UNEP também .e preocupa com o <strong>de</strong>sperdlcio<br />

<strong>de</strong> recur.o. hÚDano. e aatur.is p.r. o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> armamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição. Mais <strong>de</strong><br />

'setenta aUhões <strong>de</strong> pessoa! ae <strong>de</strong>dicam ••• quina <strong>de</strong> guerra.,..Ac1ma <strong>de</strong> 3 mllhõe. das melh!!re. <strong>de</strong>ntistas<br />

• eacenheiro. do mundo e.t.o eng.jados em pe.qui •• e <strong>de</strong>senvolvimento militar. Pre<strong>para</strong>çoe. <strong>para</strong>. guerra<br />

absorvem c.p.cida<strong>de</strong>s cientlfico'tecnolÓ&ica. <strong>de</strong>z vez! ••• !or gue .quel •• di.ponlvei. em todo. o. p.l.e •<br />

•• <strong>de</strong>.envolvimento junto •• O consuao ailitar <strong>de</strong> petroleo e proximo <strong>de</strong> uma vez e •• i. o consuao <strong>de</strong> todo.<br />

01 palae ••• <strong>de</strong>senvolv1llento. • . .'<br />

O •• u u.o <strong>de</strong> nOS80. recur.o. humano. e natur.i. é ••••• ,. invi.lvel • no ••• p.~ fragil e imperfeit ••<br />

lave.timento. em •• is .ras., aind ••• i. let.la, não se preocupam com e.t •• gr.n<strong>de</strong> ••••• "'. à paz.<br />

u.. nov. <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> .eguran,. f.z-.e necel.ari •• u.. que reconheça como • eJUlu.tão d. b •• e <strong>de</strong> recurao.<br />

glob.ia prejudica •• rela,õe. entre os e.t.dos e .ument •• s tensõe. <strong>de</strong>ntro da. naçõe •• A poluisio<br />

<strong>de</strong> ri08 e aare., • pe.c. exce •• iv., o <strong>de</strong>.flore8t ••• nto, o envenenamento <strong>de</strong> eco-.i.t ••••••• io<br />

alsun' do. f.tores que e.tão aument.ndo a tensão polItic. entre .s nações.<br />

Ai •••~. terão seguran~ .lanUicatlv •• _ate. quando el •• p.r.r •• <strong>de</strong> ainar a. fund.,ãe. ecológica.<br />

da ecollCllli.Ilobal.<br />

AI na,õe. g.stlÍm perto <strong>de</strong> dola aUh.~' <strong>de</strong> dól.re. por minuto em .raas, e .pe.ar dillo elas não ~eIfrut<br />

•• <strong>de</strong> paz ou .elUr.n,a. Se ••• <strong>de</strong>ciao d.quilo que foi ••• to em .Ta!' fo.se ••• to na explor.ç.o <strong>de</strong><br />

aos.o. recursos, ou na coaten,.o do av.nço dos <strong>de</strong>serto., ou na •• lva,ao das florestas, ou na •• nuten'<br />

são do ar e dos oce.no. liJlpo•• então eu acredito que o 8Undo alcan,arIa aelUran, ••<br />

O papel <strong>de</strong> cad. UID <strong>de</strong> nó •••• o papel do lndividuo •••é vital. ~ UNEP é vital. No Dia MUndial do Melo<br />

A8blente • UNEP pe<strong>de</strong> • toda pe"08 c.p.citad. que pl.nte uma arvore pela paz. E no dia que .eu paIs<br />

COIIUOra .eus IIOrtos <strong>de</strong> suerra, pl.nte uaa árvore • ua aimbolo <strong>de</strong> vid., e ua 'Ú1bolo <strong>de</strong> paz com a<br />

naturez ••<br />

Obrllldo.<br />

(traduzido e dl.tribuldo pela APASe • AllOCi~ão p.r. Protesio Aabient.l <strong>de</strong> sio CArlo •• 5.6.86)


Ilticõu :D",·e\c)"· J.l<br />

-<br />

!<br />

JUS-\'~ Arnb'lV\+~ to )u.St·ç~ SoCÁ,'<br />

o ,,-''''''irot~ ~'~ Fr~ '.,~ o r'Q~\t·1l'Ic\ d. tltl/~~~ t U~\..a"rnc.~~ cio,<br />

_~ rc.U4"~ ,...\ur"" é pod-t''''t6 ~ or~~",~"r L·ut1't'\tl\h. par. ~""\" tr\ocll ~c..r<br />

u~ otdcm ck (Oi~ ctÜ \tn • ~•.•\ú..~ t d&\\ru\t-ão c:!a 'na'tvnê~ ct ~do et:{U1~<br />

que ol~ ~\4h.<br />

O ,.~-.o ~c.V!T'Õ 'r\6yN •• j'~""'~" • r~o or~"1\"t~'O. 011"",u..ot'; cll •••~t',·a, •.•..<br />

P~"'f. It.r. rrQ.~"s. • oI&Ye 4"". 'l>Q: • 'r\U&u •.~ " \tl-W-O' vW\ ,'\lUYW fer.<br />

~1~~"'~Jc "<strong>de</strong>"~\Ç\C6do c.o'tl\& ~ r"\~~ .!.• 1'W\t.lhlr c.A""~ ,.r. C'~' for •.~<br />

~, sJ o"'" &\,,1' ~CJc:l"r&4~ t"'" \.d.s •.• c.~o~ to\'~·.I di! pots, ,"'-tdi.t.~<br />

toc.<br />

A, ,,(tI'~tJ ditt.~. ~ ~ fi'NCt"., tr'~p"\"'C.Je ,.,.. ~ J>"Obl~ "CQ~.,~,,-.r.<br />

riS ~~ ."'~ .t~r.~fI\rricrrA~ ~. c~.1rtDS o)Fr~~!.moô"fur "'" ndê~ ~ce·<br />

•• m.·... r ~Tld..,....,.v..\c~(v~ • 'nOU. ~ •.•"•.~ ~\,U~ - C{lIf." ~~~.s ~fA.<br />

CoID't\.1U'l6t ~ """fOI rl~e ""k~ - •.\C4i"o à Ft•... t •••• ~ta ~v•• n•• UW\ ~<br />

t 1O~"'''c.o ,ue ori,ue. ClW fOUCQ3 "~h õt l'nc,..h. . cltv~\~ ~~b'c.~\ f. 'C'I\'li.-<br />

r.cl ck ~\to~ ~Mt1l\l.


A nl\SC - f.SSOCIACÃO PARA PROTEÇlO<br />

rH ArABIENTAL DE SÃO CARLOS<br />

----------------:-:" .•rlc'""'7i•••.•••:O'. O•.••. to ;;;,.",;;;;OO:;;:Ot:':":"_ •.<br />

RECONHECIDA DE UTILIDADE PúBLICA<br />

LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />

CAIXA POSTAL etl<br />

13."0 - SAO CARLOS _ lI'<br />

[xcelent;ssimo Senhor<br />

Professor Doutor Munir Rachid<br />

Magnifico Reitor da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong><br />

Via Washington luis. Km. 235<br />

13560 - <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - SP<br />

.. .~.. ' "-I:. rr<br />

I I .•••••I I ". ~. '-(" ':J<br />

:.(; ., '" '.'''' ~u<br />

- .._-- FUFOC.,<br />

FLS. n.o•..Q.!. .<br />

PRO~.n.o••.O!?.l.~.'.:Ilf.r:.l"'<br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.03 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1985<br />

RUB~I~A ._•••__.~_ •.••..<br />

A APASC - <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteçio Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

Car1os, vem <strong>de</strong>senvolvendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua fundação (em 1977) ativida<strong>de</strong>s<br />

ligadas ã <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong>, seja a n;vel municipal quanto<br />

em outros nos quais <strong>de</strong>sponte a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alerta e luta pela<br />

melhoria <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do homem.<br />

As caracterlsticas <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s são das mais<br />

diversas; no entanto. hã, em todas, um carãter comum: a educação.<br />

ou seja, a transmissão <strong>de</strong> conhecimentos e informações na tentat!<br />

va <strong>de</strong> mudanças <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s do Homem frente a problemas relacion!<br />

dos ao seu ambiente e, <strong>de</strong>correntemente, ã sua preservação.<br />

Des<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1984. a APASC vem sistematicamente.<br />

<strong>de</strong>senvolvendo uma ativida<strong>de</strong> em particular, relacionada a esse p~<br />

cesso educativo, ocupando um pequeno espaço em um meio <strong>de</strong> comun!<br />

caçio muito abrangente em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - o rãdio - atraves do Programa<br />

<strong>de</strong>nominado "Vida Na~u~al•.<br />

-1-.;-"<br />

-- ~ ..---.------.-----.~.____J __--.:. ._. . ..


A DJ\SC - f.SSOCIACÃO PARA raOTE~O<br />

rl-\ AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />

RECONHECIDA DE UTILIDADE PúBLICA<br />

LEI MUNICIPAL N' 7843<br />

CAIXA POSTAL sn<br />

13.&80 - SAO CARLOS - .,<br />

Esse programa é coor<strong>de</strong>nado por um grupo composto<br />

<strong>de</strong> estudantes e um professor. todos. coinci<strong>de</strong>ntemente. <strong>de</strong>ssa<br />

Universida<strong>de</strong>.<br />

A linha do programa é tão. ampla e abrangente ~a~<br />

to o seu nome. Os assuntos ali tratados são dos mais diwrsos.<br />

indo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> relaxamento. <strong>de</strong>núncias ecolõgicas. ale~<br />

tas sobre saú<strong>de</strong>/doença. receitas <strong>de</strong> alimentação alternativa.<br />

etc. Nos e gratificante comunicar ã Vossa Magnificencia que<br />

muitos <strong>de</strong>sses programas trouxeram contribuições <strong>de</strong>ssa Universida<strong>de</strong>.<br />

seja por professores que nos relatavam resultados <strong>de</strong><br />

suas pesquisas ou <strong>de</strong> estudantes com suas experiencias e conh~<br />

cimento.<br />

Não é nossa intenção exaurir nesta. carta a lista<br />

<strong>de</strong> assuntos. Nesse intuito. enviamos uma lista anexa contendo<br />

alguns <strong>de</strong>les. Gostaríamos <strong>de</strong> salientar que os programas enco~<br />

tram-se em arquivos audio-gríficos a disposição <strong>de</strong> Vossa Magn1ficéncia.<br />

Segue também em anexo um cartaz-propaganda do "Vi<br />

d4 N4.tUJr.4/.".<br />

O ·Vid4 N4tUJr.4l· vai ao ar pela rãdio Progresso<br />

AM is 2!. 4! e 6! feiras is 13:00 horas com a duração <strong>de</strong> cin~<br />

co minutos.<br />

A maioria <strong>de</strong> seus ouvintes caracterizam-se<br />

pessoas <strong>de</strong> classe C ou D. mulheres entre 30 e 40 anos da<br />

feria. zona rural e algumas cida<strong>de</strong>s circunvizinhas*.<br />

por<br />

per!.<br />

Com quase dois anos <strong>de</strong> existencia. acreditamos<br />

que ·Vid4 N4.tUJr.4l" jí esteja criando uma tradição. Realizamos<br />

ativida<strong>de</strong>s (cartas. telefonemas) on<strong>de</strong> requisitamos a participação<br />

dos ouvintes. obtendo-se assim um relativo feed-b~k da<br />

audiencia.<br />

-!JI-<br />

_____ ---------- .-----J.... ------------ ------ ..~.


A<br />

nl\SC - /,SSOCIAÇÃO PARA PROTEc.lo<br />

rJ-\ AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />

RECONHECIDA DE UTILIDADE PllauCA<br />

LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />

CAIXA POSTAL 59.<br />

IUISO - SAO CARLOS - I'<br />

A rádio Progresso AM é ouvida por cerca <strong>de</strong> aos<br />

dos ouvintes <strong>de</strong> rãdio <strong>de</strong> <strong>São</strong> Car10s*. Dessa forma acredita~<br />

mós ser um eficiente meio <strong>de</strong> comunicação - como jã citamos<br />

anteriormente - cujo espaço.por nós ocupado. gostarTamos <strong>de</strong><br />

repartir com essa Universida<strong>de</strong>; confor~e contatos verbais<br />

mantidos anteriormente com Vossa Magnificência.<br />

Com um pequeno. mas significativo fempo <strong>de</strong> experiência.<br />

um grupo que. sistematicamente organiza e realiza<br />

o programa. "Vida Natu4al" po<strong>de</strong>ri~ tornar-se uma das<br />

formas que es~~ ~niversida<strong>de</strong> dispõe <strong>de</strong> oferecer serviços <strong>de</strong><br />

extensio ã comunida<strong>de</strong>. Um serviço eminentemente educativo.ro<br />

jo objetivo primordial i "ap~na~· melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida do homem.<br />

Gostarlamos <strong>de</strong> receber a colaboração d~ toda a<br />

comunida<strong>de</strong> Universitãria <strong>de</strong> tal forma que não apenas se amplie<br />

o grupo organizador. mas também os assuntos que vimos<br />

levando ao ar.<br />

O tempo que ocupamos nos i alugado pela Rãdio<br />

Progresso perfazendo um total <strong>de</strong> Cr$ 200.000 mensais. ~ gr!<br />

vações são realizadas na Cida<strong>de</strong> do Rádio (·alto~n da Vila<br />

Prado) uma vez por semana e <strong>para</strong> locomovermos o grupo e entrevistados<br />

gastamos. aproximadamente. 5 a 6 litros <strong>de</strong> gas~<br />

lina por mês. perfazendo. em preços atuais. um total aprox!<br />

mado <strong>de</strong> Cr$ 15.000 mensais. Nosso arquivo e composto tambem<br />

por fitas K-7 (60 minutos) que comportam <strong>de</strong> 9 a 11 programas<br />

cada uma (l 1/3 fita/mês. sendo Cr$ 12.000 a unida<strong>de</strong>).<br />

No parâgrafo acima. procuramos dar a Vossa Mai<br />

nificência um panorama dos gastos requisitados na realiz!<br />

ção do programa. Atualmente contamos com três patrocinad~<br />

res (sendo um <strong>de</strong>les ligado ã própria APASC) que não atingem<br />

o montante <strong>de</strong> gastos/mês. A diferença e suprida pela APASC<br />

* Segundo IBOPE realizado pela RidJo Progresso.<br />

-)~.<br />

. _. .. . .__ ....-.--.- __ ._ . -__ __ .--=- r-,r _


ASSOCIAÇÃO PARA PROTECÃÕ<br />

AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />

RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA<br />

lEI MUNICIPAL Nt 7843<br />

CAIXA POSTAL 5'6<br />

tI.560 - SAO CARLOS - I' .<br />

com verbas obtidas <strong>de</strong> seus associados.<br />

Vimos, portanto, solicitar a Vo~sa Magnifiééncia a<br />

colaboração <strong>de</strong>sta Universida<strong>de</strong> no sentido <strong>de</strong> assumir os gastos<br />

supracitados. A APASC, fundadora ~o programa e ligada a<br />

seu grupo organizador, continuarã apoiando a sua realização,<br />

eximida, no entanto, <strong>de</strong> maiores ônus. Por ser uma entida<strong>de</strong><br />

legal po<strong>de</strong>ri realizar qualquer tipo <strong>de</strong> trimite que se tornar<br />

necessirio.<br />

Não gostarTamos <strong>de</strong> nos alongar em nossa solicitação<br />

apesar <strong>de</strong> prever que muito ainda hi <strong>para</strong> ser conversado.<br />

Dessa forma, colocamo-nos i disposição <strong>de</strong> Vossa Magrnficéncia<br />

<strong>para</strong> os esclarecimentos que julgar necessários.<br />

Na expectativa <strong>de</strong> manifestação <strong>de</strong> Vossa.Magnificê~<br />

cia sobre o solicitado, subscrevemo-nos com nossas<br />

cdi1U< i.i~ -=:::<br />

Maria Wal<strong>de</strong>nez <strong>de</strong>j[[)veira<br />

p/ Grupo Organizador do 'Programa<br />

"V.ida NatuJLat"<br />

<strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong><br />

<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong><br />

-~"<br />

__ . ------.----V~----<br />

FUFSC"<br />

FLt-. n.C' .•..Ql _·.· .<br />

P;:O:. n.!'.•.~:E!!.~:.<br />

RUi.•\I:" __.....•..


----------.-------- --.-<br />

A<br />

nJ\SC JI.SSOCIAc;AO PARA PROTEÇAO<br />

rH - AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />

RECONHECIDA DE UTILIDADE PúBLICA<br />

LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />

CAIXA POSTAL &9.<br />

13.5&0 - IAO CARLOS - IP .<br />

I: :u.';;'::.. ...!<br />

I r.:c:: OP.I·~·~I~f:/.r,<br />

'I Rue":I C:....... I<br />

..-.--..•,.- ...---..,...-<br />

LISTA DE ALGUNS ASSUNTOS/DIA ABORDADOS NO PROGRAMA II VIVA NATURA[I'<br />

NO PERIODO DE JANEIRO A JUNHO DE 1985<br />

Higiene e Prevenção <strong>de</strong> Doenças<br />

- Alimentação na Gravi<strong>de</strong>z<br />

- ().Ieimaduras/Pio1hos<br />

- Cuidados com Recem-Nascido<br />

- Frutas Tropicais<br />

Inseticidas Caseiros<br />

- Horta1 iças<br />

- Parque Eco1õgi~0<br />

- A Importância da Abelha na Agricultura<br />

- Cabelos Bonitos e Sau~ãveis<br />

- Alimentação no Verão<br />

- Anemia<br />

- Botu1ismo<br />

- Combate à baratas<br />

- Tratamento Natural <strong>para</strong> Bronquite<br />

- Doenças Cardíacas<br />

- Prõpo1 is<br />

- Ascaridiase<br />

- Mel<br />

- leite <strong>de</strong> Soja<br />

- Coluna Vertebral<br />

- Viagem a Antartida<br />

- Movimento Eco1õgico na Caça às Baleias<br />

- Tenhse<br />

~ Acerola<br />

Plantas Mediei na 15<br />

- ~ença <strong>de</strong> Chagas<br />

- Relaxamento<br />

- »ia Mundial do Meio Ambiente<br />

- Triquinose<br />

02/01/85<br />

07/01/85<br />

25/01/85<br />

30/01 e 01/02/85<br />

08/02/85<br />

13/02/85<br />

20/02/85<br />

22/02/85<br />

25/02/85<br />

04/03/85<br />

06/03/85<br />

08/03/85<br />

11/03/85<br />

15/03/85<br />

18/03/85<br />

22/03 e 25/03/85<br />

05/04/85<br />

17/04/85<br />

22/04/85<br />

26/04/85<br />

29/04/85<br />

13/05/85<br />

15/05/85<br />

17/05/85<br />

20/05/85<br />

27/05/85<br />

31/05/85<br />

03/06/85<br />

05/06/85<br />

07/06/85


~<br />

,...:.:.<br />

,6-', ~.<br />

. ,t;<br />

.(0 :-'.::. ":':',;.,<br />

~;~~I.Z;j! • ./<br />

:~~~~:o~ ..~.. ·~<br />

F"O~, r.,oo •.(?9.l~!.~~!.<br />

RUBRI::A . _.- -. . -<br />

.


---;:- U f !O. • . 1<br />

f·:.' ;;,.••. Y'!.~l~._-,-g:<br />

~o:( .<br />

fC ..••· _ 0_. , ..•....•.... ,<br />

r.Uj:; ~<br />

CONVrNJO DE tOOPERAÇAO T ,fICO-<br />

CULTURAL E FJUANCEJRA, QUE nnR~ .s.r CE~!.<br />

BRAM A UNIVERSIDADE FEDERAL DE $AO CAR.·<br />

. . i<br />

LOS E A ASSOCIAÇAO PARA PRpTEÇAO . AI·nflE!.1 .<br />

TAL DE SAO CARLOS, 'NAFO~~ ABAIXO:<br />

A UN~I01\DE FEDERAL DE s.~OC1\RIDS, oomscrle na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

são carlps, Estado <strong>de</strong> sã:>paulo, doravante <strong>de</strong>rominada .siJTp1csm:;mte<br />

tFSCar, COC do Ministério da Fazenda rob o Íl9 45.358.058/0001-40 e<br />

aqui representada pelo seu MagnIfico Reito~, Pref. Dr. l-IunirRr:lchid, e<br />

a Jl.SSiXIN;NJ PAr..APrmu;.íiD Al·DID:I'l\L DE sli.o Cl\IUDS, 00.1'1 se<strong>de</strong> na Cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> são carlos, Estado <strong>de</strong> são Paulo, dorav-.mte<strong>de</strong>nomimda si.nplcsrrcnte<br />

APASC,COC do Ministério da Fazenda sob o nC?49.160.609/0001-17, neste<br />

ato representada por sua Prcsi<strong>de</strong>nta, Sra. I1se lIeinz Vali 110, acordam<br />

emcelebrar o presente CX>NVtNIo DECOO?ERl\ÇtD TECN::>-eIEr-.TiFJro-ctJLWR\L<br />

E FIl'WaIRA., mediante.as Cláusulas e Corrlições seguintes:<br />

As iniciativas p3ra a execu-~o elo esbtuído roaCláusula an<br />

terior po<strong>de</strong>rão originar-se <strong>de</strong> a'tlbas as partes e serão efetivadas atra<br />

vés <strong>de</strong> '.l'ERM.)S ADITI\OS~ presente CXNVE':NIO, nos quais serão <strong>de</strong>scritos,<br />

..81-<br />

~,<br />

..I.ti


: • 11. to ri:~-<br />

...•;.;')~3J.J,.Jl<br />

f·· . :c , -~J_<br />

2.1.' Os TERr-DS ADITIVt6indicados no caput <strong>de</strong>sta Cláusula oonstituiroo<br />

partes intcgrar:'tes do presente ~IO, in<strong>de</strong>pendcntart"..nte <strong>de</strong><br />

transcrição •<br />

sofrer alterações quanto ã sua élbréUl9ê."lCia, através <strong>de</strong> 'rLRfoa;<br />

VOS,os quais regularão, inclusive, os casos anissos.<br />

-<br />

CL~USULA QUARTA: Vigenc1a<br />

partir· da data da sua assinatura, (Xl<strong>de</strong>rdJ, entretanto, ser prorrogado,<br />

tacitamente, p:>r pcri.o:X>siguais, caSo não oÇX)rram:mifestaçoo oontrá<br />

ria <strong>de</strong> nenhurra das p.1rtes, Ou ser rescindido, a qualquer tertpo, rrcdian<br />

te Distrato a ser oonv.:n1cntanente aoordado entre os oonvcniantes.<br />

;;u;


ClAUSUlA QUINTA: Rescisão<br />

-- !.U.f.S.c.<br />

,ClJC!SSoJ -1'.~Jlf' '.Jj<br />

fl • a \ ... "__. _. __~<br />

o presente OJN\.ICNIo podará ser rcscin::Udo unllater.:ll..rrcnte<br />

p:>rqualquer das partes, in<strong>de</strong>per<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> aviso ou interpelação judicial,<br />

pelo inad1nplenento <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong> suas obrigações, resp:>n<strong>de</strong>ndoa parte<br />

inadi.nplente pelos prcjubos e daros que causar à outra parte.<br />

,<br />

5.1. A rescisão <strong>de</strong> que trata o caput <strong>de</strong>sta Cláusula sorrcnte se efetiv!<br />

rá <strong>de</strong> pleno direito afÓs cxmclu1das as. atividü<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finidas e em<br />

-ardarrento nos 'lERCS ADITI\QSjá celebraà:>s em fl.llYTão <strong>de</strong>ste


..':'--~'-'-'-I<br />

'. '.'<br />

... ', ,', Joq3J'i6-,19' I<br />

FOt.HA_... 'ti .. t<br />

TEJOO ADITIVO NQ 01i AO ~~tNio'DE COQ.~!<br />

PERAÇAO TECNO-CIENTlrJco-CULTURAL E FI<br />

NANCEIRA, QUE ENTRE SI CELEBRAM A UNI<br />

VERSIDADE FEDERAL DE SAO CARLOS E A AS<br />

SOCIAÇAO PARA PROTEÇAO AMBIENTAL DE sAo<br />

CARLOS, NA FORMA ABAIXO:<br />

A UNIVERSIIW>EFEDERALDE s.lI"D CARLOS,doravante <strong>de</strong>nominada<br />

simplesmente ~SCar, com se<strong>de</strong> ria Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> Càrlos, Estado <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />

Paulo, inscrita no C.G.C. do Ministério da Fazenda sob o n9 45.358.0581<br />

0001-40 e aqui representada por seu Magnífico Reitor, Prof. Dr. M..mir<br />

Racbid, e a ASS:X:.IAÇlfD PARAPROTEÇA'O At-IBIENTAL DE SAOCARLOS,doravante<br />

<strong>de</strong>nominada simplesmente APASC.com se<strong>de</strong> na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, Estado<br />

<strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, inscrita no C.G.C. do "finistério da Fazenda sob o' n 9<br />

49.160.609/0001-17, neste ato representada por sua Presi<strong>de</strong>nte, Sra. 11<br />

se Heinz Valillo, acordam· em celebrar o presente TE.Rt-DADITIVOn9 01 a<br />

Convênio <strong>de</strong> Coóperação Tecno-Científico-Cu1 tura1 e Financeira em vig~<br />

eia. mediante as Cláusulas e Cordições seguintes:<br />

1.1. Objeto: O presente Termo Aditivo tem por objeto o programa radiof~<br />

nico <strong>de</strong>nominado VIDANA.nJRAL, sob responsabilida<strong>de</strong> da<br />

APASC,levado ao ar todas as 2!S, 4!S e 6!Sfeiras, das<br />

l3hOOàs 13hOSmin. na Rádio Progresso AM<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>,<strong>São</strong><br />

Paulo. A caracterização <strong>de</strong>ste programa (objetivos e p~<br />

cedimentos) encontra-se <strong>de</strong>scri ta no Mexo I, que passa a<br />

fazer parte <strong>de</strong>ste TerDDAditivo, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transcri-


-.-..- . _ •...- - ---... ,<br />

wn/.t(.·1J :<br />

n.::.- .. lf~ . r<br />

nl,;:i"C~ =:::.::.fJJEj<br />

1.2. Escopo:o presente TermoAditive tem por escopo a concretização<br />

<strong>de</strong> intercâmbio tecno-cientÍfico-cultural que permita uma<br />

ampla consecução dos objetivos do programamencionado em<br />

1.1 e a viabi1ização financeira <strong>de</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s<br />

o Plano <strong>de</strong> Trabalho abrangerá os atos <strong>de</strong> engenhar. execu<br />

tar e levar ao ar três programasVIDA NA1tIRAL por semana, durante o<br />

prazo <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>ste TermoAditivo.<br />

Transcorridos 6 (seis) meses <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>ste Termo Adi<br />

tive. o coor<strong>de</strong>nadorpor parte da APASI:, <strong>de</strong>verá apresentar ã UFSCar reI!<br />

tório sintético das ativida<strong>de</strong>s realizadas no semestre. Ao final <strong>de</strong> ca<br />

da ano <strong>de</strong>verá este relatório ser mais <strong>de</strong>talhado, abrangendo as ativida<br />

<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas durante o ano.<br />

- 3.L . Cre<strong>de</strong>nciar a Profa. Ora. Gêria Maria MJntanari Franco, do Departa<br />

JDeJ1to<strong>de</strong> Ciências Biológicas, <strong>para</strong> atuar coro responsável pelo<br />

acompanhamentodos trabalhos <strong>de</strong>ste TermoAditivo.<br />

3.2. Cboperar, atravês <strong>de</strong> seu corpo técnico-científico-cultural, por<br />

intercâmbio <strong>de</strong> informações e/ou participação ativa, <strong>para</strong> que<br />

os objetivos do programamencionadoem1.1 sejam amplamente a<br />

..8S - .


';l')C:", JOG>:JHG-l'J"<br />

. - I<br />

f,~.H'__. _ '__~I<br />

hU:",ICA. __ ._._._... ....<br />

3.3. Financiar, a fundo perdido, na forma <strong>de</strong> UII serviço ã comuiliciã<strong>de</strong>,<br />

parte das ativida<strong>de</strong>s relacionadas à realização do programa men<br />

cionado em 1.1, confonne explicitado na Cláusula QUINTA <strong>de</strong>ste Te~<br />

JOO Aditivo.<br />

4.1. Cre<strong>de</strong>nciar a Srta. Maria Wal<strong>de</strong>nez <strong>de</strong> O~iveira, <strong>para</strong> funcionar co<br />

mo coor<strong>de</strong>nadora e responsável pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todas as<br />

ativida<strong>de</strong>s necessárias <strong>para</strong> a execução do Plano <strong>de</strong> Trabalho pr~<br />

posto na Cláusula Segunda <strong>de</strong>ste Terro Aditivo.<br />

4.2. Realizar todas as ativida<strong>de</strong>s relacionadas ã execução do Plano <strong>de</strong><br />

Trabalho proposto na Cláusula <strong>de</strong>ste Termo Aditivo.<br />

4.3. Responsabilizar-se pelo conteúdo, ressalvadas opiniões pessoais<br />

emitidas por participantes convidados, dos programas levados ao<br />

ar no período <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>ste Terro Adi tivo.<br />

A UFSCar se responsabiliza pela realização dos seguintes dispê~<br />

dios, necessários <strong>para</strong> a realização do Plano <strong>de</strong> Trabalho proposto na<br />

Cláusula Segunda <strong>de</strong>ste Termo Aditivo:<br />

5.1. Pagamento, diretamente ã Radio Progresso S.A., do custo <strong>de</strong> conce~<br />

são <strong>de</strong> horário <strong>para</strong> a transmissão do programa VIDA N.A.11JRAL,esti<br />

pulado em Cz$ 350,00 (trezentos e cinquenta cruzados) por mes.<br />

~~


5.2. Pagamento mensal <strong>de</strong> remuneração <strong>de</strong> estágio, por 12 meses, a dois<br />

alunos da UFSCar (Denilson Teixcira - n9 6594 e Margareth Coper<br />

tino - n 9 6595), no valor <strong>de</strong> Cz$ 300,00 (trezentos cruzados) cada<br />

um, como incentivo <strong>para</strong> sua participação, sob orientação da Coor<br />

<strong>de</strong>nadora <strong>de</strong>signada em 4.1, na execução do Plano <strong>de</strong> Trabalho pro<br />

posto na Cláusula Segunda <strong>de</strong>ste Termo Aditivo.<br />

5.3. Pagamento das <strong>de</strong>spesas referentes ã impressão. na Gráfica da<br />

UFSCar; <strong>de</strong> 1.000 (um mil) cartazes <strong>de</strong> diVulgação do programa VIDA<br />

NA1URAL. com custo estimado em Cz$ 300.00 (trezentos cruzados).<br />

e confecção <strong>de</strong> 1 cliché orçado em Cz$ 190.00 (cento e noventa cr:!:!<br />

zados) pela Firma Fotogravura Li<strong>de</strong>~.<br />

5.4. Fornecimento <strong>de</strong> 16 fitas cassetes <strong>de</strong> 60 minutos (Cz$ 480,00) <strong>para</strong><br />

a gravação <strong>de</strong> todos os programas VIDA NA1URALlevados ao ar dura,!!<br />

te a vigência <strong>de</strong>ste Termo Aditivo.<br />

Aditivo.<br />

5.5. Dispêndio do total previsto:<br />

5.1. Cz$ 4.200,00<br />

5.2. Cz$ 7.200,00<br />

5.3. ez$ 490,00<br />

5.4. Cz$ 480,00<br />

-8/-


o prazo <strong>de</strong> execução e <strong>de</strong> vigência do presente Termo Aditivo<br />

é <strong>de</strong> 12 meses, contados a partir da data das assinaturas <strong>de</strong> ambas as<br />

partes, po<strong>de</strong>ndo ser prorrogado por acordo entre as partes, mediante a<br />

assinatura <strong>de</strong> novo Tenno Adi tivo.<br />

Para qualquer outra condição não"exp1ícita no presente Ter<br />

DO Aditivo, esta será regida pelas cláusulas específicas constantes do<br />

Convênio <strong>de</strong> Cooperação Tecno-Científico-Cultural e Financeira que en<br />

tre si tem celebrado as partes, segundo doc_nto "Convênio n 9 /85".<br />

Por estarem justas e acor<strong>de</strong>s, as partes assinam o presente Termo Adi ti<br />

vo, em 03 (três) vias <strong>de</strong> igual teor e datilografadas em lDR só lado, na<br />

presença das testemunhas abaixo firmadas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> lido e achado con<br />

fonne.<br />

Prof. Dr. M.mir Rachid<br />

Magnífico Reitor UFSCar<br />

';/j.~ -fie, ,~~ L,Utic·<br />

...<br />

Sra. Ilse Heinz Vali110<br />

Presi<strong>de</strong>nte APASC


. :~~~ f'~9'~~~~<br />

.. ~- ,- 5.3_<br />

'U t"_ .<br />

nu~:,::,::,:,:-"","-" $'=<br />

OBJETIVOS E PROCEDIMENTO PARA REAlIZAÇAO DO PROGRAMA RADJOFONJCO<br />

'f<br />

A - OBJETIVOS<br />

1 - Transmitir inforllnções que visem a nelhoria da qualidada da vida da<br />

população <strong>de</strong> são C1r10s e região.<br />

1.1.1 - A1ertar a p:>pulação sobre prt)blemas anbientais inccn<br />

tivando a f'l"\t'ticipação p:>pular íooívidual c/ou organl<br />

zada na so1lÇão <strong>de</strong>stes.<br />

preservação e (ou) oonsarvação da faun


--~ .t<br />

.---,._._~ ~._.•.<br />

a •• ~· -,.. •<br />

\ :. - 1orl'\~/I'--/f ','<br />

\ .... r ~1-<br />

3 - tnr"""", soLeodireitos dào e funcion.'oter os dados realizando pesquisas bibliográficas, entrevistas<br />

e questionáriOS;. e participancb <strong>de</strong> discus~s em


universida<strong>de</strong>s, orgàos governamentais e cntidadE:3 <strong>de</strong> p~<br />

tcç50 é'lllvi cntal) •<br />

2 - ~srx>n<strong>de</strong>r cartas <strong>de</strong> ouvintes • .<br />

3 - Organizar e imple~tar distribltiçào <strong>de</strong> brind~s a ouvintes que<br />

pro.·ticiFQlllcb prograna emjogos e/ou naratonas.<br />

4 - PartiCipar <strong>de</strong>! <strong>de</strong>r..ates comentida<strong>de</strong>s/~ssoas sobre proble.iTOS<strong>de</strong><br />

Utilida<strong>de</strong> PUblica que se enquadramrcs objeti .•.. os ào<br />

e/ou qUe! se re.firam es;:JeCificarr.entea resohçâo <strong>de</strong><br />

arrbientais.<br />

157-8.6 ~ IDUCAÇÃO ANIII.TAL ATaAVI5 DO IIDI0: IÉLATO DI UK& IZ'IIIr.CI~. ~<br />

I.ia.a.. • Oliv.ir., D.ailaoa T.i••ir•• H.rl.r.ti Cop.rtiaa. (A••ociaçao p.ra<br />

irot.ç.o A.bieatai d. 5ao C.rio.>.<br />

D••d. ao••• bro d. 1"4 • A ••oci.iÃo <strong>para</strong> 'rot.çÃo A.bi.at.l d. SÃo Car~-A~<br />

4••••• 01•• juato ã u.a ridio AK d. '.0 C.rlo. o 'roar ••• "Vida •• tur.l" l.y.do<br />

.0 .r três .e.e. por ••••a. coa dur.ção d. ciaco .iauto •• S.u. obj.ti.o. üo: al.!.<br />

t.r •• opul.ção .obr. probl •••••• bi.at.i •• tr.a ••itir iafor •• çõ•• qu•• i... •<br />

•• lbori. d•• ua qu.lid.d. d•• id•• O ·Vid••• tur.l" po••ibilicou u. caaal d. v.i<br />

eol.çÃo p.ra a popul.çÃo •• a.r.l: a) do. co.h.ci •• ato. produ.ido.. co••u.ido •<br />

••• Uai••r.idad•• loc.i.; b) d. lafor.açõ •• do Ucilidad. Pública rolacio.ad. •<br />

O~.ão •• iibUcO& (.rofoitllr.!.I1DP, SUl,. Câ.ar. Nuaic ipal • 'olIcia Plor •• calh<br />

e) d••• ti.idad •• do protoçao a.bi.atal ro.li.ada. local.oat. ou .Ão; d) d. iafor••çõ••<br />

,orai •• obr••• io-aábioat., qualida<strong>de</strong> d •• ida • dir.iCoa do iadiyiduo;<br />

o) d. po.icioaa.eDCo., ••p.riiDci ••• o.p.ct.civ.. d. i.di.iduo.. .Dtid.<strong>de</strong> ••<br />

•05r•• coDceci.eDCo. d. i.t.r•••• público. I•••• r••ulc.do. po•• ibilic.ra. coael.ir<br />

qu•• ti o pr•••ato .o••aco bou.o u. eu.pri.eato p.rci.l do. obj.ti.o. pro-<br />

••aCoa. 10 .DCaDCo, bi D.c••• idad. d. el.boração <strong>de</strong> ia.Cru •• DCo. qu. po•• ibilit••••••••<br />

li.ção cODciau. d. r.e.pti.id.d. da. OUYiDC •••• iDfor•• çõ••• po ••i-<br />

.oia .ud.aç •• eoaport ••eDc.i. d.l•• d.eorr.DC ••• I••• ia.r-.a-i. d•• c. for•• , o.<br />

obJ.civo. propoaco. coa vi. C•••• u••• ,li.çÃo • po.c.rior •• r.for.ul.çõ •• D•• ~<br />

todolo,i. do pro'r ••••


A<br />

nl\SC - ASSOCIACÃO PARA PROTECÃOrH<br />

AMBIENTAl DE SÃO CAh'LOS<br />

LU. 41.•';-~i7wj;1=ti<br />

RECONHECIDA DE UTILIDADE PúDL/CA<br />

LEI MUNICIPAL N'l 7043<br />

CAIXA POSTAL OOG<br />

13.r.OO - SAO CARL03 - OP<br />

Pelo presente instrumento particular do contrato o no.melhor forma<br />

do diroito, entre ao partcD, <strong>de</strong> um lado n ASSOCIAÇÃO <strong>para</strong> PRO-<br />

~EÇXO AMBIEr~AL DE SÃO CARLOS, neste ato representada pelo Deu<br />

proourador legal e do outro o Sr(a) ------------=---<br />

RG nQ , com domioflio à<br />

---------- , ----------- , Estado<br />

-d-e--S~i-o~P~a-ul~o-,-d-a-q-u-~-·-p-o-r-d-~-·a--n-t-e-.<br />

-<strong>de</strong>nominados respectivamente APASC<br />

e COLA:BORADOR, têm justo e contratado O" seguinte: 1) a APASC<br />

toma cmprestado do COLA:BORADOR a importância <strong>de</strong> ~$ 100.000,00 (<br />

cem mil cruzeiros), a preço <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1983, ou o corrospon<strong>de</strong>nte<br />

n 14,26 ( quatorze virgula vinte e oeis) 0.n.T.No.2) EEHlo.<br />

quantia perfaz uma quota-parto <strong>de</strong> um capital total que será utili<br />

zado no. compra do Rootaurante "lLamãe Natureza", pelo. APAGC. 3) -<br />

A importância acima roferida, com a <strong>de</strong>vida ntualização <strong>de</strong> valor,<br />

Dorá entreguo a APASC palo COLABORADOR da seguinte fOI'L'la: __<br />

4) Essa importância aari restiarcida pelo. APAGC da seguinte fOrr!l~l:<br />

a) 40 ~ do total emprestado em vales, não<br />

do Restaurante "Uamão Na1iureza" num total<br />

nominniD,<br />

<strong>de</strong> quatro<br />

<strong>de</strong> refcições<br />

vales refeições<br />

por mês (uma refeição é composta <strong>de</strong> uma salada, uea torta<br />

ou equivli1ente e um ouco), dU!"li.nte 10 (<strong>de</strong>z) Il:eGCS,a partir <strong>de</strong><br />

junho <strong>de</strong> 1984 até março <strong>de</strong> 1985; b) 60~ reztante,<br />

8,56 ( oito virgula cinquenta e seis) OnT~o, será<br />

equivalente n<br />

<strong>de</strong>~olvido et<br />

três partes: a pr~cira em 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1984, a segunda e~<br />

28 do julho <strong>de</strong> 1985 e a terceira em 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 198~, atuulizado<br />

pela correção monetária mais 0,5í <strong>de</strong> juro~ ao mês.<br />

E -por-eotarom ao parteo contro tantes <strong>de</strong> pleno acordo com o convr:neionado,<br />

e certos <strong>de</strong> quo tal inici~tiva repreocntn a concrctizaç5o<br />

consciente da busca <strong>de</strong> uma maior autonomia dO~J cidadãon diante do<br />

EotndQ o daa grnn<strong>de</strong>s emprcoao, o me~1Z!Oé :looinado em 2 (du;.lo)vi.a::.<br />

c1c:<br />

rg:


o «Porque <strong>de</strong> Nosso Trabalho»<br />

Por que o <strong>para</strong>mos?<br />

Porque estamos preocupados com seu lazer,<br />

<strong>para</strong> que ele seja sadio, Duradouro e livre <strong>de</strong> doenças<br />

contagiosas.<br />

Como conseguiremos isso?<br />

Com sua colaboração, <strong>para</strong> que os nossos<br />

objetivos sejam atingidos.<br />

.Quais são eles?<br />

1 - Evitar as águas do Broa sejam poluídas por latas \fazias,<br />

restos <strong>de</strong> alimentos, et(;, Pétraisso use os latões <strong>de</strong> lixo.<br />

2 - Construir sanitários <strong>para</strong> evitar que as pessoas usem<br />

as águas <strong>para</strong> suas necessida<strong>de</strong>s. Enquanto isso use<br />

outros locais. .<br />

3 - Evitar a <strong>de</strong>predação da vegetação das margens,pois<br />

elas nos protegem.<br />

4 - Promover alguns .meios <strong>de</strong> segurança e primeiros<br />

socorros.<br />

5 - Comba~er a pesca predatória, pois, dos peixes<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> o equilíbrio ecológico das águas.<br />

6 - Posto <strong>de</strong> salvamento e guarda e estacionamento.<br />

Disso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá o futuro da represa e o seu<br />

Bem estar, pois a sua contribuição <strong>de</strong> hoje reverterá ,.<br />

em sua própria sergurança <strong>de</strong> amanhã.<br />

APREL • <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Preservação<br />

da Represa do Lobo (Broa)<br />

Anexo: Informações <strong>de</strong> nossos Trabalhos


~7t~~;~~Xiiil.jjfW1fiitirj~,"I.'rhtiíir lU' 7tfr~"c'C.~:'''<br />

. , .<br />

I'<br />

I. •<br />

i<br />

.11<br />

;t '<br />

.~~,\<br />

',. ".<br />

:.~.<br />

i ' . ~<br />

i I.,<br />

'. I<br />

',~ . ,<br />

\<br />

.......... .:.--------:,....~A'<br />

-<br />

..~.<br />

r"_./<br />

A noticiada construção <strong>de</strong> um aeroporto nas margens<br />

da Represa do Broa, conforme publicação no jornal O Estado<br />

<strong>de</strong> são Paulo <strong>de</strong> 'domingo último, se constitui na<br />

maior ameaça, senão o fim do equilíbrio ecológico da<br />

bacia hidrográfica, única ainda existente em nossa' região<br />

que permanece inalterada. Por essa razão é que o Governo<br />

Montoro, através do Decreto N2 20.960, houve por be~<br />

transformar toda a r~gião em Area <strong>de</strong> Preservação Ambiental.<br />

Pois bem, no afã <strong>de</strong> se ,promoverem, existem pessoas <strong>de</strong><br />

Dossa cida<strong>de</strong> que continuam insistindo na construção <strong>de</strong><br />

tal aeroporto, sem contudo, consi<strong>de</strong>rar os disposidVos governamentais<br />

<strong>de</strong> <strong>proteção</strong> do meio ambiente, bem como <strong>de</strong>scumprindo<br />

recomendação do Conselho Estadual do Meio<br />

Ambiente, no sentido <strong>de</strong> que ditas obras fossem.suspensas.<br />

Afora isso, o direito da populacão das cida<strong>de</strong>s vizinhas<br />

à represa, que tem nela seu único local <strong>de</strong> lazer, mais<br />

próximo. literalmente "irá <strong>para</strong> o espaco".<br />

Face a estas e outras razões é que a APASC e APREL<br />

se posicionam contrariamente a tal empreendimento, esclarecendo<br />

todavia, que jamais foram contrários à construção<br />

do aeroporto e tudo o mais que lá <strong>de</strong>sejam construir, porém,<br />

~ão encontr~m justificativas que as convencam que <strong>de</strong>ve ser<br />

naquele local, pois que, existem tantos outros on<strong>de</strong> tal<br />

objetivo possa prosperar sem nenhuD prejuizo ao meio<br />

aab1ente.<br />

Por isso, junte-se a nós e lute pela preservacão da<br />

represa e em particular, do pouco que resta da vida silvestre<br />

em nosaa região.<br />

APASC - Associacão <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong> são<br />

<strong>Carlos</strong> - Telefone: 72-4706 - 71-0368<br />

APREL - <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Preservacão da Represa do<br />

;-- .;:«í


,<br />

t<br />

,- , 'APASC-<br />

-..--<br />

~.SSOCIAÇÃO PARA PROTEÇt\O<br />

AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />

RECONHECIDA DE UTlI:.IDADE PÚBLICA<br />

LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />

CAIXA POSTAL &96<br />

'3.560 - SAO CARLOS - S,<br />

o Governo do Estado <strong>de</strong> são Paulo, atraves do Departamento Aeroviário do Estado e<br />

da U5P, em convênio com o Ministério da Aeronáutica, está cem um_projeto <strong>de</strong> construção<br />

(a iniciar-se brevemente) <strong>de</strong> um Aeroporto e Centro <strong>de</strong> Formaçao <strong>de</strong> Pilotos, e~<br />

uma Área <strong>de</strong> Proteção Ambiental do Estado (Corumbateí-Botucatú), bem ao lado <strong>de</strong><br />

uma represa (Represa do Lobo, mais conhecida'como Broa).<br />

Alega-se que na realida<strong>de</strong> só serão realizadas·reformas num aeroporto Ja existente<br />

no local. De fato. existe .no local uma pista não pavimentada utilizada por professores<br />

da USP que trabalham na área <strong>de</strong> aviação, porem, é claro, sem estar em<br />

funcionamento como aeroporto. Segundo.o ecólogo José Galizia Tundisi; que há 15<br />

anos realiza naquela represa pesquisas que <strong>de</strong>ram ao Brasil projeção internacional;<br />

a construção do Aeroporto, tanto <strong>de</strong>vido a movimentos <strong>de</strong> terraplanagem <strong>para</strong> as<br />

obras como <strong>de</strong>vido ao próprio funcionamento do Aeroporto, põe em risco ~ existênciG<br />

da represa como centro <strong>de</strong> lazer (chega a receber 10.000 pessoas num final <strong>de</strong> semana)<br />

e centro <strong>de</strong> pesquisa çientifica; ameaçando, por assoreamento a própria existência<br />

da Represa. .<br />

Temos a lei do nosso lado. Afinal o Decreto que cria as APAs assinado pelo Gov~Dador<br />

Franco Montoro <strong>de</strong>clara que estas áreas terão seu uso controlado <strong>para</strong> evitar<br />

danos às condições ecológicas .locais. Todavia o projeto <strong>de</strong> um aeroporto nas<br />

margens da represa do Broa continua .••<br />

No último dia .i6.l0.85 tivemos a visita do CONSEMA (Conselho Estadual do Meio<br />

Ambiente) <strong>para</strong> uma inspeção na represa e área do aeroporto. Surpreen<strong>de</strong>u-nos<br />

sobremaneira a posição do CON5EMA que nos afirmou não ter autorida<strong>de</strong> <strong>para</strong> vetar<br />

a construção <strong>de</strong> um aeroporto numa área <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong>. Para que se <strong>de</strong>cretó<br />

as APAs então? Só "pra Inglês ver"? Pois no ciecreto da APA (Decreto nÇ>20.91>0 ÕE:<br />

8;6.83) diz claramente:<br />

1 - A implantação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s potencialmente poluidoras, eapazes <strong>de</strong> afetar<br />

mananciais <strong>de</strong> águas, o solo.e o ar,<br />

11 A realização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> terraplanagem e a abertura <strong>de</strong> canais que importe~<br />

em sensivel alteração das condições ecológicas locais, principalmente na<br />

&ona <strong>de</strong> vida silvestre,<br />

111 - O exercício <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s capazes <strong>de</strong> provocar acelerada erosao das terras<br />

ou acentuado assoreamento nas coleções hídricas,<br />

IV O exercício <strong>de</strong> ativída<strong>de</strong>s que améacem extinguir as espécies raras da flora<br />

e fauna local."<br />

Ainda <strong>de</strong> acordo com o Anexo 1 a regiãó localiza-se na "zona silvestre", pois no<br />

item 0!l do Anexo 1 .estão sendo mencionados "os campos cerrados localizados na<br />

periferia dos banhados dos rios Jacaré-Pepira. Rio do Lobo e Rio ltaqueri, ecossistemas<br />

aquáticos da rep~esa do Lobo" e a <strong>de</strong>marcação cia pista do aeroporto está<br />

sem dúvida no cerrado do Rio do Lobo, ou seja nas margens do Rio do Lobo,. cuja<br />

"periferia" abrangeria uma áerea bem maior ainda.


Quanto ao argumento <strong>de</strong> que o aeroporto exist~, o CONSEMA viu o que na realida<strong>de</strong><br />

existe: e um hangar, um-galpão e uma pista nao pavimentada, cheia <strong>de</strong> erosão e<br />

cuja terraplanagem teria que ser refeita, (no mês passado foi feita uma nova<br />

<strong>de</strong>marcação - com máquinas <strong>de</strong> terraplanagem - alargando a pista existente em ambos<br />

os lados). Ate o asfalto que foi mencionado, financiado pela USP há anos em função<br />

do aeroporto não chega ate o local, faltando aproximadamente uns 5 km, passando<br />

inclusive sobre'o'Corrego das Pe~dizes (ponte a 'ser construida).<br />

Por outro lado, achamos ·uma <strong>de</strong>stas ocorrências incompreensíveis, a USP incentivar<br />

a construção do .aeroporto quando a própria USP tem um Depto. com Centro <strong>de</strong> Recursos<br />

Hidricos e Ecologia Aplicada na Represa do Broa que é um centro <strong>de</strong> pesquisas<br />

·cientificas montado com todo 'd equipamento imaginável, on<strong>de</strong> professores, cientistas<br />

e estudantes, inclusive <strong>de</strong> âmbito internacional, t~balham e estu9am e cuja continuida<strong>de</strong><br />

estaria seriamente ameaçada com o funcionamento do aeroporto ou talvez<br />

jã com a sua construção. Deveria a própria Universida<strong>de</strong> fazer uma avaliação do<br />

que e mais importante: aproveitar uma pista. (a ser revisada e pavimentada ainda)<br />

e bangares existentes contra' um centro <strong>de</strong> pesquisas único no Brasil, numa represa<br />

não poluida, com pesquisas que estão sendo feitas ao longo dos últimos 15 anos.<br />

E ainda: porque seria. apenas uma ilusão querer preservar um lugar bonito? Porque<br />

o lazer das pessoas que frequentam a represa'não e consi<strong>de</strong>rado? Fazemos nossas as<br />

palavras do Prof. Tundisi: '~ represa do BrOa tem duas finalida<strong>de</strong>s nobres: o lazer<br />

e o estudo." Precisa mais?<br />

Em reunião no dia 26.10.85 ·com o CONDEMA <strong>de</strong> Brotas, o representante do prefe.ito<br />

<strong>de</strong> Brotas, o vice-diretor.da USP - são <strong>Carlos</strong>, surpreen<strong>de</strong>u-nos a posição do COND~<br />

<strong>de</strong> Brotas, que não se'pOS~C10nou ainda .(apesar do apoio total ao projeto da parte<br />

do prefeito <strong>de</strong> Brotas) e que ate parece inclinado a aceitar o argumento dos"Prõ-<br />

Aeroporto". <strong>de</strong> que o impacto <strong>ambiental</strong> da construção e funcionamento do aeroporto<br />

e.:perfeitamente contornável e a poluição sonora <strong>de</strong> um aeroporto e tolerável; "afinal<br />

O barulho <strong>de</strong> um avião é o mesmo <strong>de</strong> uma moto potente passando ao lado da<br />

nossa casa:"<br />

OS DOSSOS argumentos, inclusive quanto à'fauna (centenas.<strong>de</strong> garças, marrecos etc.)<br />

são consi<strong>de</strong>rados "interessantes, porém romanticos e incompatíveis com o progresso".<br />

Os Pró-Aeroporto também citaram outros erros ocorridos na represa (como um <strong>de</strong>smatamento<br />

nas proximida<strong>de</strong>s) como se um erro justificasse o outro.<br />

Disseram que ali haveria tão somente aviões <strong>de</strong> pequeno porte e com pouca freqUência.<br />

Ora. uma vez construido o aeroporto.(inicialmente com 1.40Om <strong>de</strong> pista) nada irá<br />

impedir o funcionamento do mesmo em qualquer hora e com qualquer tipo <strong>de</strong> avião<br />

<strong>de</strong>ntro das limitações da pista. (Existem Boeings que necessitam somente <strong>de</strong> 800 m<br />

elepista.)<br />

Se houvesse serieda<strong>de</strong> no projeto <strong>de</strong> um aeroporto "ecológico" <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma APA,<br />

tal projeto já teria sido.<strong>de</strong>scartado pelo dispêndio excessivo <strong>de</strong> verba Duma área<br />

on<strong>de</strong> Dão há condições <strong>de</strong> uso pleno e expansão futura (limitação d~ APA). Por esta<br />

total incoerência (afinal o Ministério da Aeronáutica e o Depto. Aeroviário do .<br />

Estado investirão somas fabulosas DO aeroporto) a nossa posição é absolutamente<br />

contrária a6 projeto e.a nossa·lut~ continua •••<br />

Pedimos o apoio <strong>de</strong> todos: .amantes da natureza, frequentadores do Broa e todas as<br />

pessoas seguras <strong>de</strong> que uma Área <strong>de</strong> Proteção Ambiental, criada pelo Estado com<br />

base em estudos e pesquisas, não foi <strong>de</strong>cretada à toa' e sim <strong>para</strong> ser preservada<br />

Dão' só <strong>para</strong> nós como também <strong>para</strong> as gerações fULuras.<br />

Entrem em c~ntato ou escrevam <strong>para</strong> ~ CON5EMA (!ua 'da Consolação, 2333-99 a~dar.<br />

CEP 01301-Sao Paulo), '<strong>para</strong> a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sao Paulo, em Sao <strong>Carlos</strong> ou Sao<br />

Paulo e <strong>para</strong> o Ministerio da Aeronáutica em Brasília <strong>para</strong> protestar e exigir que<br />

sejam cumpridas as leis, inclusive .as.preservacionistas.<br />

são <strong>Carlos</strong>, 30 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1985<br />

APASC-A!Sociação <strong>para</strong> Preservação Ambiental <strong>de</strong><br />

Sao <strong>Carlos</strong><br />

APREL <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Preservação da Represa do LObo<br />

. (Broa)


.staaos lhe enviando) nnexo, uma<br />

,<br />

oopia<br />

.<br />

~~ carta (canfor~<br />

me <strong>de</strong>llber~os ~c última reunião do grup~)'envlad~a diversos professoreo<br />

.. . .. '"<br />

<strong>de</strong> Seo Csrlos e outros locais pedindo !'.>r1enta.çocs<strong>para</strong> clar'e~r nossos tre-<br />

belhqs<br />

.<br />

em educação ambIenteI. ,.<br />

f;e voee conhece alguma pessoa<br />

,.<br />

ver1am~s envirr e~t8 carta, teça uma fot090p1a<br />

Aprove1tem~s'<strong>para</strong> le~trar que<br />

êe lb horas)<br />

nlDes) <strong>para</strong>'<br />

r.~seneont~aremos<br />

na bIologia (na<br />

011 ent1~a.<strong>de</strong> <strong>para</strong> e oual . c.~e<br />

. -<br />

assine·.!!' e er..4fleó<br />

dia 23'01 (segunda feira I<br />

~eS~3 ssla à~s outras re •<br />

• l3:xpormos<strong>para</strong> o gru!:'o n()s~as 1


----------_._- -----------.------<br />

A<br />

DASC ASSOCIAÇÃO PI.R.'~ PROTEÇiiO<br />

r/-\ J - AMBIENTAL Dr. SÃO Ci~~{l.OS<br />

c..•• ç. n.'6C,.r.ir7Ci~<br />

RECONHECIDA OE UTILIDADE Pt113LICA<br />

LEI MUNICIPAL Nt 7643<br />

CAIXA POSTAL l5t8<br />

".5&0 - alO CARLO:l - IP<br />

são Car10s, 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1983.<br />

Caro Professor<br />

Estarnos constituindo um grupo <strong>de</strong> pessoas interessadas no <strong>de</strong>sen<br />

volvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s em educação <strong>ambiental</strong>.<br />

um dos objetivos <strong>de</strong>ste grupo é caracterizar melhor o que vem.a<br />

ser educação <strong>ambiental</strong>; a princípio estamos enten<strong>de</strong>ndo-a como atividadc~<br />

a serem <strong>de</strong>senvolvidas por pessoas (profe~sores ou outros agentes) no sen<br />

tido <strong>de</strong> alcançar-se um comportamento potencialmente "mais posi tivo" no<br />

relaciona~ento homem-natu:r.eza,homem-homem e homem-socieda<strong>de</strong>. Esta noção<br />

intuitiva do que seja "mais positivo" carece ser melhor explicitada <strong>para</strong><br />

nós·próprios,.sendo uma das metas do grupo.<br />

Nas duas reuniões que. já realizamos (contamos basicamente com<br />

a presença <strong>de</strong> alunos'da graduação da UFSCar em Biologia, Pedagogia e Fisi~terapia<br />

- cerca <strong>de</strong> ~o a 15 pessoas) algumas idéias <strong>de</strong> ação foram discutidas.<br />

são elas relativas a elaboração <strong>de</strong> material <strong>de</strong> apoio <strong>para</strong> pro -<br />

fessores <strong>de</strong> 19 e 29 graus, ativida<strong>de</strong>s junto a alunos <strong>de</strong> 19 e 29 graus, !<br />

tivida<strong>de</strong>s junto ã comunida<strong>de</strong> universitária ou mesmo junto ao programa 8<br />

·Vida Natural" na Rádio ~rogresso <strong>de</strong> <strong>São</strong>.<strong>Carlos</strong>, que um grupo <strong>de</strong> trabalho<br />

da APASC está <strong>de</strong>senvolvendo. Para a efetivaçãc <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s pe~<br />

samos na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> convênios a serem efetuados com alguns <strong>de</strong>part~<br />

mentos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral, da USP, Delegacia <strong>de</strong> Ensino, Prefeitura'<br />

Municipal e Parque Eco15gico <strong>de</strong> são Carl~s e outras entida<strong>de</strong>s que possam<br />

sé envolver co~ os trabalhos.<br />

·Dúvidas e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s é o que nao nos<br />

falta, da! estarmos recorrendo ao senhor <strong>para</strong> pedir-lhe orientação sobre<br />

leituras, caminhos a seguir, indicação <strong>de</strong> outras pessoas que possam nos<br />

ajud~r e perguntar-lhe s?bre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer uma palestra sobre<br />

o tema, ou bater um papo com o grupo, ou elaborar um mini-curso com assuntos<br />

que possam contribuir no sentido do já exposto.<br />

! só marcar uma data e dizer sobre as condições que precisamos<br />

provi<strong>de</strong>nciar <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r contar. com seu apoio. Preten<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>senvolv.er ativida<strong>de</strong>s<br />

já no mês <strong>de</strong> janeiro, particularmente na semana <strong>de</strong> 23 a 28/01,<br />

- - I<br />

quando todos (ou a maioria) dos ~lementos do grupo estarao em Sao <strong>Carlos</strong>.<br />

certos <strong>de</strong>"contarmos com sua atenção aguardamos sua manifesta -<br />

ção. Atenciosamente nos <strong>de</strong>spedimos ~esejando-lhe um.Feliz Ano Novo.


frutas no pomar.<br />

ECotnGICA~ente ·nrinc~ndo co~ o Ver<strong>de</strong>"<br />

'lOTEI RQ<br />

S Transporte - correr junto com ofIcio.<br />

§Mu<strong>de</strong>e <strong>de</strong> árvore e horta- pegar •• muda.(loea1 <strong>para</strong> plantá-Ias, estsrco,<br />

ferramentas), cartas, horário da hórta (ver o ~ue tem)<br />

§ Falhas na computaçio<br />

§Jivulgaçõo- cartazes n. e~cola, na fe<strong>de</strong>ral , notas na rádio e e impreense,<br />

telefone <strong>para</strong> professores cadastrados, Jornal do CDtt.<br />

I CDtC- conversar co. Parssu, lever fichas d. inscrição.<br />

- Limpeza, lanchonete a banheiro.<br />

LMA. Retirar loop e trsnsfôrmador.<br />

5 Biologia - retirar filma. loopa<br />

I Retirar livros da biblioteca.<br />

S No dia- e.tar no ponto <strong>de</strong> ônibu8 e no Perqu. Ecológico.<br />

§ fezer crsches.<br />

§ Reunião- Dividir a. taref.s, discussão da programação, pre<strong>para</strong>ção do. mon!<br />

tor ••• divisão do tr.balho no dia, <strong>para</strong> aVBliaçio.<br />

S Camisata. - pedir <strong>para</strong> bancos ou<br />

f<br />

I ftodar- fichas <strong>de</strong> inscrição, certa pare Da peie e autorizaçio, o programa.<br />

5<br />

f<br />

§<br />

5<br />

§<br />

Grana <strong>para</strong> g8s01ina, atc.<br />

R~<strong>de</strong>r um roteiro permenente <strong>para</strong> prs<strong>para</strong>ção dos monitore8.<br />

Joj


duração: dias 05 9 06 <strong>de</strong> ~io (sábado e d9Ein€o)<br />

ni <strong>de</strong> v,€aEl~ 50<br />

Destinado a ~lunos <strong>de</strong> 52 t 82 e~r1es do 12 grau~<br />

lirograma~<br />

Sábado: 14:00 h~- }ta 1e·'~\Chon.te do Pa!'que Ec.,16gioo. fOl'"'..1:.ação dN:;<br />

grupos A e~)lioação das atividads3.<br />

14: eO h _. Passeio pelo parque<br />

16:00 h - lanohe.e filmes<br />

16: 30 h - Brinca<strong>de</strong>iras e arte13 lin·es<br />

17:30 h - fim d~s ativiaã<strong>de</strong>Á ao diau<br />

Domin@:o: .8:00 h -<br />

rente<br />

13:00-h -<br />

14~00 h -<br />

16:00 h-<br />

F.euni~o Bera~ 1>8~~ {r\"ores :-?elo "Jtcl\l.'.e e !"e-i:li.t..~<br />

com ;)8 pe.iEl, nE. j,ftilcl::.on.o:te a.O PE.~.:'que, peI·;a. u~··!t'.<br />

pale-;tra e lie.te- pspo, Haver€. tElhitám ep~'eH~n ;.'7.-'<br />

9ao ias dr~tii:~ÇÕ3S c entreê,e. <strong>de</strong> r.;oZ'ti:f':i.c~'iC'r


DIAS:<br />

"Brincando com o Verd~"<br />

LOCAL: P2rq~e Ecrmlágico<br />

INSCRICÕIES: C. D. C. C.<br />

'. #<br />

Rua 9 <strong>de</strong> Julho, 1227<br />

-Fone 71-8201<br />

PROMOÇÃO: Grupo <strong>de</strong> Edu~ação Ambiental<br />

<strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Preieção<br />

Ambiental d~ <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong><br />

A Po Io: Centrinho . das Ciências Biológicas<br />

Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Divulgação Científico e Cultural<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> Cenlos<br />

Departamento <strong>de</strong> Ciências Biológicas<br />

Fundação -Parque Ecológico<br />

Prefeitura Municipal <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>


ElIDãlJ~m1~roO i11Mrm~~U~ililll<br />

.25 <strong>de</strong> Maio a 2 d~ Jun~o<br />

liDe tudo ficaram três coisas r a certeza <strong>de</strong> que ele<br />

estava sempre começando, a certeza <strong>de</strong> que era preciso<br />

continuar e a certeza <strong>de</strong> que seria interrompido antes <strong>de</strong><br />

terminar. Fazer da interrupção um caminho novo, fazer da<br />

queda um passo <strong>de</strong> dança, do medo uma escada, do sono<br />

uma ponte, da procura um encontroU<br />

INSCRICOES - ,<br />

Fernando Sabino<br />

SECRETnRln DO DEPnRTnMENTO DE CIÊNCiaS BIOLÓGiCaS.<br />

UIUVERSlonOE FEDERaL DE sno cnRLOS<br />

~3<br />

Até dia lS/Maio<br />

N.o DE·VAG.~S: 70<br />

PROMOÇÃO: CENTRINHO DA. BIOLOGIA<br />

GRUPO DE EDUCAÇÃO A~BIENTAL • UFSCar<br />

APOIO: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS<br />

, ,<br />

Patrocínio: C.E.5.P., NE5TLE, ITAU<br />

OfSCar - Ro~. Wasllington luiz, tm 235 - c~. 616 - crp 13.560 - fone: 11-11~O- <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - sr.


GONZALEZ,Ana L~c1aJ PIRES,Mar1a R1tA S.l TOZDNI,S1lv1a Helena<br />

SenchezJ PRADD.Bérbara He11odora Soares dOJ CAVALLARO,Zél1a<br />

IsabelJ MATHIAS,Cleófas Henr1quel AIELLD,Lâ1nes Aparec1dal<br />

VeNERE,Paulo Casar e outros. UFSCar<br />

A falta <strong>de</strong> espaços em nossos currículos <strong>para</strong> at1v1da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extenseo<br />

un1vers1téria que nos poss1b1l1tasse apren<strong>de</strong>r o conheci<br />

mento v1vo,possível ao nosso ver,no contato com a realida<strong>de</strong>,mãE<br />

muito d1stante do ens1no veiculado nas salas <strong>de</strong> Aula e a preoc~<br />

pação com o <strong>de</strong>spertar e amadurec1mento das pessoas a respeito<br />

da problemát1ca ecológ1ca,levou Rstudantes univers1tár1os a fo!<br />

marem um grupo <strong>de</strong> atuação,v1nculado a Associaç~o <strong>para</strong> Protoção<br />

Amb1ental <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>,com a fina11da<strong>de</strong> <strong>de</strong>.<strong>de</strong>senvolver junto<br />

i comun1da<strong>de</strong> são carlense a mais es~eclf1camente junto ~ ro<strong>de</strong><br />

escolar,at1v1da<strong>de</strong>~ que aten<strong>de</strong>ssem estas preocupaç5es mencionadas<br />

ac1ma e ao mesmo tempo,contr1bu1ssem <strong>para</strong> nossa formação e~<br />

quanto futuros prof1ssionais atuantes.<br />

~ Promoção <strong>de</strong> pelestras,expos1ç5es educativas,1mpresseo <strong>de</strong> textoE<br />

e ativida<strong>de</strong>s durante a semana do moio nmb1ente fOTam <strong>de</strong>senvolv1<br />

das durante um semestre,mas o que morece especial atenção,foran<br />

os -Ecolog1ca-mente,brincando no ver<strong>de</strong>"-f1nais <strong>de</strong> semana com se<br />

crianças no Parque Ecológico <strong>de</strong>senvovando ativida<strong>de</strong>s artísti-"<br />

cas e <strong>de</strong> aprend1zagem <strong>de</strong> ciências que nos permitiram atingir o~<br />

jetivos relattvos à conciliação dà lazer e educação <strong>ambiental</strong>,-<br />

(chamando a atençõo da população <strong>para</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reformu<br />

laç5es filosóf1cas e estruturais do Parque Ecológico local),aproveitamento<br />

da natureza e açio do homem como recurso pedagóe!<br />

co,respeito a todas as formas <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong>smistificação do tec~<br />

nologias e processos do cotidiano. .<br />

As metas especificas às quais as ativida<strong>de</strong>s se propunham,acred!<br />

tamos foram relativamente bem sucedidas.Os objetivos gera1s <strong>de</strong><br />

Educaçeo Ambientél que <strong>de</strong>terminaram a formaçeo do grupo e nort@<br />

aram nossas ativida<strong>de</strong>s estão em constante avaliaçeo através das<br />

críticas <strong>de</strong> nossas aç5es,o que tem permitido elaborarmos novas<br />

propostas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e amadurecermos em nossos conhecimentos<br />

sobre a problemática <strong>ambiental</strong> e educacional.


Com •••••••••••• ·, '<br />

. J:. A. ATRAVM DI: J:lCTD)ADJ: DI: PROrlllÇAO AMBtDTAL:<br />

RELATO DI: UM CASO<br />

IltJrCOl Sorma'ffIO<br />

tJFSCarfSP<br />

Este trabalho visa relatar a ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvida pela "AAsoclaçlo<br />

<strong>para</strong> Proteçlo Ambiental <strong>de</strong> Slo <strong>Carlos</strong> (APASC) ao<br />

longo dos seus sete anos <strong>de</strong> ellist!ncia, ressaltando IlIpectos educaeionais<br />

da sua atuaçio: programa em "'dio AM local; organização<br />

<strong>de</strong> mo;adores na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> seu ambiente e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (ativida<strong>de</strong>s<br />

junto a moradores por lua luta pelo cumprimento <strong>de</strong> promessas<br />

eleitorais <strong>de</strong> construçio da praça pública do bairro, ativida<strong>de</strong>s<br />

junto a uma população favelada contribuindo na 5ua organizaçio<br />

pela posse da terra, construção <strong>de</strong> moradias e por melhores condições<br />

<strong>de</strong> vida); intervenções ruptivas <strong>de</strong> obvieda<strong>de</strong>s do cotidiano; ativida<strong>de</strong>s<br />

junto ao sistema formal <strong>de</strong> ensino: palestra!!, projeção ~ filmes,<br />

exposições <strong>de</strong> pintura e fotografias; ocupação <strong>de</strong> espaços na 1mprensa<br />

local; concurso <strong>de</strong> fotografias sobre temas ambientais; incentivo l<br />

compra <strong>de</strong> um restaurante naturalista atravEs da formaçio <strong>de</strong> um.<br />

"cooperativa", vinculada l APASC.<br />

Alertar ai pessou <strong>para</strong> os problemas ambientais e buscar ai<br />

luas .causa mais profundas E papel da educaçlo <strong>ambiental</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

das entida<strong>de</strong>s ecologistas. Todas as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stlS entida<strong>de</strong>s r0<strong>de</strong>m<br />

apontar <strong>para</strong> esta perspectiva. Para isto E necesdrio aliar ao<br />

ativismo protecionistl! a critica aoclal (organlzaclonal, econ&nic:a,<br />

moral etc.) e l discusslo da nossa utopia uma plitica que nos possibilite<br />

vivencia.r alternatival <strong>de</strong> caminhos <strong>para</strong> conltruf-la.<br />

Componente n.· I<br />

DES~VOLVIMENTO DE ATIVIDADES EM E. A. POR ESTU·<br />

DANTES DE 3.° GRAU<br />

Paulo Bonando e Carlo. A. P~<br />

UFSCarlSP<br />

A falta <strong>de</strong> espaços em nossos eun(culos <strong>para</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

extenslo universitária que ftos poSsibilitasse apren<strong>de</strong>r o conhecimento<br />

vivo, possfvel ao nosso ver, no contato com a realida<strong>de</strong>, mas muito<br />

distante do ensino veiculado nas salas <strong>de</strong> aula e a preocupação com<br />

o <strong>de</strong>spertar e amadurecimento das pesso•• a respeito da problemática<br />

ecológica levaram estudantes universitários a formarem um grupo<br />

<strong>de</strong> atuaçio com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver junto l comunida<strong>de</strong> sio-<br />

-tarlense e mais especificamente junto l 're<strong>de</strong> escolar, ativida<strong>de</strong>s que<br />

aten<strong>de</strong>ssem as preocupações acima e, ao mesmo tempo, contribuis-<br />

• sem <strong>para</strong> nossa formação enquanto futuros profissionais atuantes.<br />

Promoção <strong>de</strong> palestras, exposições educativas, impressão <strong>de</strong><br />

textos e ativida<strong>de</strong>s durante a semana do meio ambiente foram <strong>de</strong>lenvolvidas<br />

em um semestre, mas o que mereceu ellpecial <strong>de</strong>staque<br />

foram os "Ecologica-mente, brincando no ver<strong>de</strong>" - finais <strong>de</strong> semana<br />

com SO crianças no Parque Ecológico <strong>de</strong>senvolvendo ativida<strong>de</strong>s artl••<br />

ticas e <strong>de</strong> apren:liugem <strong>de</strong> ciências que nos permitiram atingir objetivos<br />

relativos A conciliação <strong>de</strong> lazer e educação <strong>ambiental</strong> (chaman-<br />

do a atençlo da cida<strong>de</strong> pUa a MCeISlda<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar o Parque<br />

Bcol6gieo local), aproveitamento doi rec:unos e problem•• ambientait<br />

como recono pedagógico, respeito a todu li forma <strong>de</strong> vida<br />

e <strong>de</strong>smiltificaçlo <strong>de</strong> teenologi.. e proc:eIIOI do cotidiano.<br />

Componente n.· I<br />

DAS CRmCAS A AQAO DA AÇAO AS CRmCAS<br />

Paulo R. ptceollo • Lund. Braghf1d Il1nfor<br />

UFSCarlSP<br />

Esse trabalho visa mostrar ai innu~nclas <strong>de</strong> um proc:esIO <strong>de</strong><br />

discussões e análises <strong>de</strong>ntro da pr6tica <strong>de</strong> açlo do grupo <strong>de</strong> educa-<br />

C;lo <strong>ambiental</strong>. As discussões giraram em tomo das mais variada'<br />

questões que ,envolvem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a formaçlo e estruturaçlo do grupo<br />

at6 o questionamento das pr6prial concepções <strong>de</strong> cada componente,<br />

relacionadas à problemática ecol6gica, como: • interação entre paeif1Smoe<br />

movimento ecol6gico, dualismo entre homem e natureza; a<br />

"Socieda<strong>de</strong> Ecol6gica" em conflito com a "Socieda<strong>de</strong> TecnoI6gic••••<br />

as i<strong>de</strong>ologias implfcitas oa pr6tica do grupo e luas ~Iações com .s<br />

propostas pedag6glcas entre outras questões.<br />

Preten<strong>de</strong>mos, assim, dar subsldios a novas discussões e ao amadurecimento<br />

dos objetivos na 6rea.<br />

Componente 11.' 4<br />

Vl~NCIA EM TEATRO NA EDUCACAO AMBIENTAL<br />

Rober'o Cf4ICCI<br />

UFSCarlSP<br />

O que nos leva a inserir o teatro no trabalho <strong>de</strong> vivenâa em<br />

ectucaçio ambienta' 6 a IdEia <strong>de</strong> que <strong>para</strong> fazer teatro E necess6rio<br />

observar atentamente o que buscamos reproduzir e interpretar. Nesse<br />

ato <strong>de</strong> observar as crianças apren<strong>de</strong>m a conhecer melhor o ambiente<br />

on<strong>de</strong> vivem, observar os elementos naturai! (água, ven10. plantll!'.<br />

animais) e as relações entre eles e com as pe5soas. Ao procurar<br />

reproduzir, nos exercícios <strong>de</strong> teatro, a criança <strong>de</strong>senvolve um conhecimento<br />

melhor <strong>de</strong> seu próprio corpo (suas capacida<strong>de</strong>s e limitaç6n)<br />

e das características particulares dos elemento~ reproduzid~. No<br />

jogo dramático, interpretando ~ element~ o~ervados, a crillnça<br />

incorpora "a (orma <strong>de</strong> exilltir" <strong>de</strong>SSe!!elementm do seu ambiente e'<br />

a partir daí, sem dúvida, encontrará a melhor rorlna <strong>de</strong> lIe relacionar<br />

com seu ambiente. E. ainda, o estlmulo à crialivida<strong>de</strong>. espontaneida<strong>de</strong>,<br />

expressão e à vivência em grupo sio fundamentais ao d6t'nvolvimento<br />

<strong>de</strong> qualquer pessoa em qualquer ambiel1le.


•• o que foi IT.ais imporl;e.nt2 pm".;l voei no n!! EL:Ci_[):jiC/'.r:::::NTE ?<br />

- De maneira c.omoé fa~.to o ~r:r:dJGICpl.'Ei·nE t.(;:1Crib:á na s~:'."'cc.o<br />

dos problemas do :'O';;SQ r.léJio--;:r,.tic~ta??ú;·qL:ê? •<br />

- Que DUtr~ tlti'lida<strong>de</strong>3 :"lás pC\;!3riamo:;::1:>znn~'ol~:3rjuntc~ em prol<br />

do laD;;tiD r,19io-eJi,oiCJit8"? .<br />

- Quais são os pri:"ic:!.pais p~otl::m:3s 0.'.10 você Gn:.:er93no oc;;u õ'leie-<br />

~ients(nG cidada,na ec~glQle~casa)? .<br />

·..QuB tipo <strong>de</strong> ai::.í.vidl:dl!:a nós pç<strong>de</strong>l"ior,;03 ~;:-.z.o!" juntps nas Fé•.iaz,<br />

PlSrQ roa:.lhnro$." nosso ms1o-srJ;)ierrí:e?<br />

.,; IJ que nós.~por;;edamoQf'a.~l"',d:ltll.li da Seo. Csrlos pa...-elprotajar Sflt·écies<br />

que BBte.O arr.eeçadas eis o;~tin~eioCDr.l:J n Gnts e o lobo-gua-a,!Jc,' l1:;~rlnlD<br />

- Camapo<strong>de</strong>riarnos melhorar O P~e ecolÔgicc?<br />

- n qt.revocê~hcu dtlS tex'i:oe CJ.lG fOl"lSn ciiot!"ibuidos<br />

j- O oU':<br />

;<br />

.t- O ,~. ("" "e ti. J....... , .• t: <strong>de</strong>llC.ter,... a nt.I••,<br />

i- O r,e /,ou 11,:: ~{, .••• ;... T" e ele lIIe .sC,. moi. (fi Coa J.ti o'" -rn. c 1li"f'ã.Jo ?'<br />

{-;;e ,/e.:mos OT~~')aiz~.,011.t~.r ecoL_ic"'1n c "tl:. .•. 1· I I<br />

. '. te leve Se1 l"'O'~ 'I<br />

~;. t'"" eUo tIe Y"é!~Liza r "'oS o 1f,-I.'O".,ie~)J'et"'Lei (o"",,, c -t..<br />

I t ef: .,. I ..." I 'J.~ tios 1UYI.."\f~ntes,<br />

1~ ~.Jo"'4.1l:~.~#~.»1~"/ra"u-..L&Gt"a\lV" a.c..s, , .<br />

1h~}Ji.to Y'ttt, (141.( t·.' .$ •• ,eU toés )<br />

,- J~"'Ya ~ ~."t.& ~ 1.(11\ho", JJ.a par. t"c. Lt'2a., ",,0$ as .,.~"t~~elo<br />

6Y"f. ele t!JtI~31" ••~~·~c",-t"l•••• ria ."..lJ.or ~s a2.~JI\,Y'.$J~"to<br />

4:0", "S "ele); !~~S ~ A PAS'." 0\1 ~t"'iI·.sCl6est~)<br />

"')0 ~-


Fim <strong>de</strong> ano.Al!v10 e preocupaçõe8.Ac~barsm-8e ae proVaG~.cD horar1oc<br />

, I ... ,<br />

r'll~a t;udo, etooFel·ilA8" A preooufsçao :eo em me.rgo "amOE; vol ter a p Pf'!sar cC«-<br />

letivamente nos problemas que abeor~eram boa parte do nosso tempa,neste sno<br />

eno,rclat1V03 ã educaçio a~b1ental,parque ccológ1co,~ncontrce,ecclog1c8-<br />

ltent~;:nov1i1lento ecológlc()'~<br />

lia últiUla reuniã:> 04/12,madrugada a<strong>de</strong>ntro) fiOS propuseJllCc a Q"~~~~<br />

8~ui ~tlll são ':;arlos,em jaue1ro'2'3 fjI. 25 ou 26~,pa~. discutlrm(l8 a nosaa paI<br />

UC1pação jU},to ao Parquoil Ecológi.co {Pleno <strong>de</strong> Eme·)'gênc1e. e juni:c. .~ Punda~<br />

9t:oh: orgenhsrlll(ls Ut"l Cie}., <strong>de</strong> .eAtudos e <strong>de</strong>hates F,()brE' (, Parque Bcológ1('vo<br />

Alero :'ié.so fi C&1110a rIe elab~ll'ar U:l projeto <strong>de</strong> Edu('Ei.ção Ar.lhiental pare a<br />

!tFI, UrBa <strong>de</strong> Proteção Ambienta!) •.b Broa, ti s'er enchlDlnh&(:'C' at~ fineI <strong>de</strong> ja •.<br />

ne1ro ao CONSm'~o<br />

Em reuniões anter10r~8 peneur/loe em aprovei t6 r as fer1ee 'P~rn se pen-<br />

8!tr E'U'.um CU::-ao <strong>de</strong> Edu~Bqão AmbLmtal e <strong>para</strong> repuil::armoe· o escr,em& dC18 E~<br />

colo!::i ca-·lDer.tel:l qas :'o1ad:~gedas.<br />

Algumas pessoas vão estar qllase todE.';: as rér'ias em são <strong>Carlos</strong>poutres<br />

no lDê~, <strong>de</strong> janel'ro e outres eOl11en~e nOé d:iae comb1rladóE! •• ~balxo",:; nome <strong>de</strong>lap.p<br />

foS,l'l1' :·ervlr <strong>de</strong> refere~1c1n~ <strong>para</strong> :11U':;1 estiver intn'~se""d{, t!lll pu~tj c1par <strong>de</strong><br />

t! ~gl!:.:" <strong>de</strong>snatO ativ:da<strong>de</strong>a,<br />

:: 18110 <strong>de</strong> Emerg~nci.o ·j)!ivi d, C,..\.~úpCaiqt:,e,. Chiqui;"hoj{ Ea t,&. tutOl? ~1eg1slE.ção<br />

C' ~..\,' ü, P.i t::'plH-<br />

nsnj •.·,3árbara,Dulce.,projeto ele E:A ••:;Jar8 APA.••.Broa-!Iulce f: ?;CI1;'i~; <strong>de</strong> 3.Ae··'<br />

fi.H'c::·.Piccolos30nand"1E(~l.ogicEl. ol"1fl'1te,11f.drugaãa,. u •••• ~~'l!'<br />

?:'a:rs a :reuni ão do d~.8 ~1/1o Cajú fie dispos 8 estar pl'eeen ~~o<br />

( Caique ficou <strong>de</strong> a~v&.r Oli paj'Ucif·antes dliüless lll ~obré I; local Õ~<br />

rE'unj :;0 do di a ·3/1.<br />

;;'910s papos que temoa levad,~~ nae pr,.ralelQs~:c nrece<br />

~<br />

..;ue e.l'C ane~i()p<br />

r\~i.o .:'la COllll1m"Q <strong>de</strong> diecutirMoS ,!laia "o que é E.A.:':" e olftroe 1,3~(je que<br />

. ';r}.~7 !-9\&: lDaia nl)esa~ atufl


Antes <strong>de</strong> ma1E' nBlls, (.0(1 qUi. v;:;o : .B~t~·i-!·V,O,' vc;t1n dt" \.!:;1~."'1<br />

. gero p;ostosÚo, proveitos •.' e ~. qUIi VOC(;f! t-rll'nvni'\,em 'j f


.")<br />

':p.ce~sid&<strong>de</strong> do papo dos dias 29 • )0/06 e qUEm sabe a efetiv6ção da idéia<br />

<strong>de</strong> U~ projeto ce pesquiea p/ PAPESP ou CNPq. ·Quanto a·isto a Rose, DUlce e ~<br />

'\l".)."COS começaram a eetucar o que é necessário ser 1'e1to pare' fazermos um<br />

pêõ1do à estes instituiçõee ~ ~ . <strong>de</strong> pesqu1se e aproveitam a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta<br />

oiroular p/ pedir aju~e. <strong>de</strong> todos: Ponhu no papel o que você .enten<strong>de</strong> por<br />

'. .. ." . ."... ..... "<br />

objetivos da nasce e.'80 em I!duoa080AIlb1ental .8 procure PIi justifica-Ios.<br />

o.:~.. . :.' .,...", . ~ ., ..<br />

'. -.r @8"':.8<br />

Comovocê e.ch~ que podE'r1f.dD ••<br />

Vó~ê aob&~ue <strong>de</strong>vemos ~.Flnvolvf.raa1ç<br />

" • ~.J<br />

dif'CUBSÕ":"'~<br />

a.tivit1ll.<strong>de</strong>s.pratlC , . ••.., ~~"""'''''i ..,••~, .. ~I)<br />

_·_. · .._0<br />

'<br />

.•

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!