Associação para proteção ambiental de São Carlos - Ipef
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"ASSOCIACAO fABA.- PROTECaO-MJBIENTAL DE. 5!0. CARLOS:<br />
SUBSIDIOS fAiA COMPREENSAO nAa RELACOES ENTRE<br />
MOVIMENTO ICOLQGICO & EDUCACAO,<br />
Disserta~ão apresentada ao<br />
Programa <strong>de</strong> P6s-Gradua~ão em<br />
Educa~ão do Centro <strong>de</strong> Educa~ão<br />
e Ciências Humanas da Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong><br />
como parte dos requisitos <strong>para</strong><br />
a obten~ão do titulo <strong>de</strong> Mestre<br />
em Educa~ão (Area <strong>de</strong> Concentração:<br />
Metodologia <strong>de</strong> Ensino)<br />
,<br />
SAO CARLOS<br />
1988
S 714a <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>:<br />
subsídios <strong>para</strong> compreensão das relações entre movimen-<br />
to ecológico e educação. são <strong>Carlos</strong>, 1988.<br />
399 p.ilus.<br />
Diss. (Mestre) - UFSCar<br />
Bibliografia<br />
1. APASC 2. Ecologia - são <strong>Carlos</strong>-SP 3. Educa<br />
ção Ambiental - são <strong>Carlos</strong>-SP 4. Meio ambiente-<br />
Proteção - são <strong>Carlos</strong>-SP 5. Movimento social.<br />
I. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>.
ORIINTADORA:<br />
PROFa. ~ IDA TEREZINHA DE OLIVEIRA TASSARA
Aos meus pais, Themis, Luana e Lucas<br />
e à minha orientadora,<br />
que sofreram meu modo atabalhoado <strong>de</strong> ser, mas <strong>de</strong>ram-me muito<br />
amor, atenção e apoio material.<br />
Ao CNPq, UNESP-Assis e USP-Piracicaba por garantirem<br />
minha sobrevivência material nos últimos cinco anos.<br />
A Maria Amália, Betânia e Simone pelas aulas, revisões <strong>de</strong><br />
alguns textos.carinho e incentivos.<br />
A Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. pelo aprendizado<br />
junto ao movimento estudantil e junto a alguns professores e<br />
amigos <strong>de</strong> iniciação cientifica, politica e institucional que<br />
<strong>de</strong>spertaram-me o prazer <strong>de</strong> pensar. questionar e trabalhar<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma Universida<strong>de</strong>.<br />
Aos amigos e alunos <strong>de</strong> Assis, <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e Piracicaba com<br />
os quais muito aprendi através da ação/reflexão conjunta.<br />
Especialmente ao Paulo e todos amigos da APASC,grupo <strong>de</strong><br />
educação <strong>ambiental</strong>, Grupo Ecológico <strong>de</strong> Assis e APEDEMA.<br />
Júlio<br />
A banca <strong>de</strong> qualificação <strong>de</strong>sta dissertação: Nivaldo e
A Adriana. João Batista.Evandro, Odila, <strong>Carlos</strong>, Dulce, Cla-<br />
rice. Gorete, Mônica, Júlio, Salete. Mara, Dolores, Verinha,<br />
Cláudio. Paulinho. Dizete, Jussara. que traduziram meus hier6gri-<br />
fos em escritos datilografados e computadorizados, transcreveram<br />
fitas, corrigiram erros <strong>de</strong> datilografia e <strong>de</strong>ram sugestões.<br />
A VIDA,<br />
APASC,<br />
AMOR e PAZ<br />
a todos.
o presente trabalho - ..<strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção Ambiental<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>: subsidios <strong>para</strong> compreensão das relações entre<br />
movimento ecológico e educação ..é uma análise da história <strong>de</strong> uma<br />
entida<strong>de</strong> ecologista sediada em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> porte médio<br />
(aproximadamente 114.000 habitantes em 1980) do interior paulis-<br />
ta, a 230 km da capital em direção ao Noroeste do Estado.<br />
Em sua totalida<strong>de</strong>, este trabalho objetiva:<br />
1. Descrever caracteristicas <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> ecologista.<br />
2. Analisar seu papel social.<br />
3. Estimular o <strong>de</strong>bate sobre a institucionalização da militância.<br />
4. Contribuir <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> investigacão<br />
calcados em metodologias que estimulem simultaneamente o<br />
conhecimento e o aprimoramento da ação social.<br />
5. Desenvolver consi<strong>de</strong>rações sobre o papel educacional <strong>de</strong>ssas<br />
entida<strong>de</strong>s.<br />
6. Contribuir <strong>para</strong> a clarificação <strong>de</strong> objetivos do<br />
ecológico visando fornecer subsidios <strong>para</strong> programas <strong>de</strong><br />
<strong>ambiental</strong>.<br />
Realiza-se através da integração <strong>de</strong> diversos métodos<br />
(entrevistas, levantamento e análise <strong>de</strong> documentos, questionários,<br />
observação participante e pesquisa-ação) que se alicercam na<br />
análise antropológica como forma <strong>de</strong> conhecimento.<br />
movimento<br />
educação
Acompanha-se o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta entida<strong>de</strong> durante <strong>de</strong>z<br />
anos ( 77/86) integrando vivências <strong>de</strong> associado e <strong>de</strong> pesquisador.<br />
Como pesquisador re-percorre-se (nos 6ltimos três anos) caminhos<br />
trilhados ao longo dos <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> militância. Recupera-se neste<br />
percurso, objetivos, ativida<strong>de</strong>s e principais lutas, estrutura e<br />
funcionamento da entida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> documentos e <strong>de</strong>poimentos dos<br />
associados ativos.<br />
As análises <strong>de</strong>senvolvidas permitem <strong>de</strong>screver o perfil <strong>de</strong>sta<br />
entida<strong>de</strong> ecologista como sendo uma escola <strong>de</strong> participaQão<br />
contribuindo <strong>para</strong>: o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong><br />
procedimentos <strong>de</strong>mocráticos (através <strong>de</strong> práticas auto-gestionárias<br />
e da tolerância diante da diversida<strong>de</strong>); o rompimento com o<br />
"niilismo" e a estimulaQão <strong>de</strong> análises sobre a estrutura da<br />
socieda<strong>de</strong> e das propostas <strong>para</strong> transformá-Ia; e o<br />
auto-conhecimento através <strong>de</strong> uma postura critica em busca <strong>de</strong><br />
valores substantivos individuais e/ou grupais. Permitem ainda<br />
consi<strong>de</strong>rar-se como relevante o papel <strong>de</strong>senvolvido pela entida<strong>de</strong><br />
ao estimular relaQões entre a Universida<strong>de</strong> e comunida<strong>de</strong>,<br />
conhecimento acadêmico e necessida<strong>de</strong>s sociais, aprendizado e aQão<br />
e a sua contribuiQão <strong>para</strong> a formaQão do militante ecologista (en-<br />
quanto profissional e cidadão).Consi<strong>de</strong>ra-se por fim, que essas<br />
caracteristicas da entida<strong>de</strong> estudada, po<strong>de</strong>m ser úteis no<br />
<strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> diretrizes <strong>para</strong> programas <strong>de</strong> educaQão <strong>ambiental</strong>.
This work, "Associat1on for Environmental Protect1on of são <strong>Carlos</strong>:<br />
bases for the un<strong>de</strong>rstanding of the relations between ecologic<br />
actlvit1es and educat10n", 1s a historical analysis of an ecologic<br />
entity based in são <strong>Carlos</strong> (SP), population of 114.000 inhabitants,<br />
230 km NW from são Paulo clty.<br />
1. to <strong>de</strong>scribe characteristics of an ecology entity;<br />
2. to analyze its social role;<br />
3. to arouse the <strong>de</strong>bate on the rnilitancy institutionalization;<br />
4. to contribute to the <strong>de</strong>veloprnent of investigation processes based<br />
on rnethodologies which sirnultaneously stirnulate the knowledge and<br />
the accornplishrnent of the social action;<br />
5. to <strong>de</strong>velop consl<strong>de</strong>rations on the educational role of these entities<br />
6. to contribute to the clariflcation of the objectives of the ecologi<br />
rnovernentsalrning to supply bases for the environrnental education<br />
programmes.<br />
This work was realized through the integration of several rnethods<br />
(interviews, surveys and document analysis, questionaries, particip~<br />
ing observations and research action) which were based on the anthropological<br />
analysis as a forrn of knowledge.<br />
The <strong>de</strong>veloprnent of this entity was followed for ten years (1977/86)<br />
integrating experiences of associate and of researcher. The last<br />
three years, the researcher reruns the paths of ten years of miliumcy<br />
In this route, there were recovered the goals, activities and rnain<br />
tasks, structure and functioning of the entity through documents and<br />
staternents of active associates.<br />
The analysis allowed to <strong>de</strong>scribe the profile of this ecologic entity<br />
as a school of participation contributing to: the <strong>de</strong>veloprnent of a<br />
culture of <strong>de</strong>rnocratic procedures (through the self-administration<br />
practices and the tolerance towards diversity); the rupture with the<br />
"nihilisrn" and the acousal of the analysis of the social structure<br />
and of the proposal for its transforrnation, the self-knowledge<br />
through the critical posture in search of individual and/or group<br />
substantive values. It was also allowed to consi<strong>de</strong>r as relevant the<br />
role <strong>de</strong>veloped by the en~ity to stirnulate the relations between the<br />
university and the community, aca<strong>de</strong>rnic knowledge and the social needs<br />
learning and action and its contribution to the upbeinging of ecologi<br />
rnilitants (while professional and citizen). At the last, it is consid<br />
red that these characteristics of the studied entity rnaybe useful in<br />
the planning of environmental education programmes.
1.1.<br />
1. 2. - Metodologias. métodos e sujeitos .<br />
1.2.1. - Os sujei tos .<br />
1.2.2. - As entrevistas e a enquete .<br />
1.2.3. - A análise das entrevistas e enquete ..<br />
1.2.4. - Análise dos documentos .<br />
Capitulo 11 - A APASC: seus objetivos. caracteristicas e<br />
ativida<strong>de</strong>s 67<br />
11.1. - Os objetivos 68<br />
I1.2. - A fUIldac;:ão 70<br />
11.3. - A organizac;:ão interna 74<br />
11.3.1. - As se<strong>de</strong>s. secretárias, arquivos e<br />
locais <strong>de</strong> reunião .. 76<br />
I I .5 . - Os assoc iados 82<br />
11.5.1. - Os associados ativos 84<br />
11.8.1. - "Fensar globalmente.agir localmente". 101<br />
11.8.2. - Boa Vista 11 e o" Bem Amado" 104<br />
11.8.3. - Grupo <strong>de</strong> Educac;:ãoAmbiental 109<br />
11.8.4. - Mamãe Natureza...................... 116
II .8 .5. - APREL 124<br />
11.8.6. - "Vida Natural: Progresso AM" 126<br />
II. 8.7. - FAVELA 133<br />
111.1. - Eu. a ecologia e a APASC<br />
111.1.1. - Em busca do ECO ou como me aproximei<br />
155<br />
111.1.2. -<br />
da questão ecológica<br />
O que foi e significou <strong>para</strong> mim a<br />
158<br />
111.1.3. -<br />
participa~ão na APASC<br />
Minha a~ão ecologista fora da APASC.<br />
170<br />
175<br />
- Como vejo a APASC .<br />
111.2.1. - O seu significado social e individual<br />
.<br />
111.2.2. - Sua história e algumas caracter1sticas<br />
.<br />
111.2.2.1. - O inicio .<br />
111.2.2.2. - Uma associa~ão <strong>de</strong> estudan<br />
tes .<br />
111.2.2.3. - A diversida<strong>de</strong> .<br />
111.2.3. - Seu papel organizacional ou Uma<br />
expressão localizada dos novos movimentos<br />
sociais .<br />
111.2.4. - Seu papel educacional .<br />
- Enquete - Quais valores po<strong>de</strong>riam nortear a<br />
a~ão ecologista? .<br />
142<br />
182<br />
182<br />
186<br />
186<br />
190<br />
197<br />
204<br />
217<br />
234<br />
252
"Vou plantar ulIIaárvore:<br />
será<br />
o<br />
meu<br />
gesto<br />
<strong>de</strong><br />
esperan~a.<br />
Copa gran<strong>de</strong>, sombra amiga;<br />
galhos fortes, crian~as no balan~o;<br />
e muitos frutos carnudos, passarinhos em revoada.<br />
Mas o mais importante<br />
<strong>de</strong> tudo: ela terá<br />
<strong>de</strong> crescer<br />
<strong>de</strong><br />
gar,<br />
mui<br />
to<br />
<strong>de</strong><br />
gar.<br />
Tão<br />
<strong>de</strong><br />
gar<br />
que<br />
à sua sombra<br />
eu nunca me assentarei.
como poemas, quando minhas mãos revolverem a terra.<br />
Desejarei que haja pão <strong>para</strong> todos.<br />
Me rirei dos homens <strong>de</strong> guerra correndo, <strong>de</strong>spidos, suas fardas,<br />
botas e espadas uma imensa fogueira ... Imaginarei que os leões<br />
apren<strong>de</strong>rão com os cor<strong>de</strong>iros o gosto bom do capim. E os gran<strong>de</strong>s<br />
<strong>para</strong>rão o seu trabalho <strong>para</strong> fazer lugar <strong>para</strong> o brinquedo das<br />
criancas Escolhi este gesto porque as árvores são coisas<br />
mansas e tranquilas. Diferentes dos <strong>de</strong>ntes dos homens <strong>de</strong> guerra e<br />
dos números dos homens <strong>de</strong> lucro. As árvores celebram a vida e se<br />
oferecem como promessas, numa liturgia <strong>de</strong> paz. Com elas se inicia<br />
o futuro. Mas a guerra e o lucro engordam com as carnes dos<br />
sacrificados: gritos ferozes numa liturgia <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> mundo.<br />
Plantarei minha árvore.<br />
Cantarei minha esperanca.<br />
Pensarei que o primeiro a plantar uma árvore à cuja<br />
sombra nunca se assentaria foi o primeiro a<br />
pronunciar o nome do Messias.<br />
Algum dia o po<strong>de</strong>r será dado à ternura.<br />
Venha,<br />
Plante<br />
uma<br />
árvore<br />
comigo
eu come~o a Bentir a embriaguez a<br />
que essa vida agitada e tumultuosa<br />
me con<strong>de</strong>na. Com tal quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
objetos <strong>de</strong>sfilando diante <strong>de</strong> meus<br />
olhos, eu vou ficando aturdido. De<br />
todas as coisas que me atraem.<br />
nenhuma toca o meu coração. embora<br />
todas juntas perturbem meus<br />
sentimentos, <strong>de</strong> modo a fazer que eu<br />
esqueça o que sou e qual meu lugar."<br />
Mas, se ~sta palavra (Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>) e este conjunto<br />
<strong>de</strong> imagens e sons (Koyaanisqatsi) não forem familiares <strong>para</strong> o
fatores que nos influenciaram, então faremos uma colagem, (4)<br />
sobreposição <strong>de</strong> imagens, palavras, frases, poemas, manchetes,<br />
titulos <strong>de</strong> livros e filmes, recortes <strong>de</strong> jornais e revistas, que<br />
expressam a nossa leitura <strong>de</strong> mundo que nos levou a essa procura<br />
na militância (na APASC) e na aca<strong>de</strong>mia (nesta pesquisa ...):<br />
----- da cons<br />
- 11<br />
UIIIL.::>PJ.I-llU U~ y •••••••••~- aes • .<br />
• Ecologia e política. A At<br />
drão da Vida. Partido ecolog
) -- •calll .O~O"<br />
";- <strong>de</strong>p.ol. - -. d. . Cf"\tJ~'. .--01 t>.rrICOI .0 •••.•.•...
chuva; Rio<br />
[)o rio que /lido arrasta se diz que e violento.<br />
Mas n/llguem diz ,'iolel/las<br />
As margens que o comprimem.<br />
Brrlolt Brecht<br />
(1898·1956)<br />
Eram três.<br />
(I'eill" dia com seus maelwdos.)<br />
Eram duas.<br />
(A 50Srasterias <strong>de</strong> prata.)<br />
J::ra uma.<br />
Era nenhuma.<br />
(Ficou <strong>de</strong>snuda a dgua.)<br />
0(.1<br />
f! co", "Vr (<br />
. ~."J ,<br />
.',<br />
...~;,<br />
~<br />
~ PELA
Em maio <strong>de</strong> 1987, ao comemorarmos <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong><br />
existência, <strong>de</strong> imediato nos perguntamos: "o que se conseguiu em<br />
consequência da atuação da APASC?"<br />
Uma primeira resposta seria <strong>de</strong> que não se <strong>de</strong>ve<br />
avaliar uma organiza~ão exclusivamente em função dos resultados e<br />
conquistas. mas sim pelos processos que seus participantes<br />
vivenciaram <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la (organiza~ão) que po<strong>de</strong>m ser extremamente<br />
ricos. gratificantes e educativos.<br />
De qualquer forma a riqueza <strong>de</strong>sse processo é um<br />
retorno <strong>para</strong> os participantes passlvel <strong>de</strong> ser avaliado como um<br />
resultado da existência da organização.<br />
Permanece a questão existencial primeira que po<strong>de</strong><br />
ser <strong>de</strong>sdobrada nas perguntas abaixo:<br />
o que se conseguiu em termos educacionais, ou<br />
seja. <strong>de</strong> amplia~ão do número <strong>de</strong> pessoas que sabem o que é<br />
ecologia. prote~ão <strong>ambiental</strong>. e temas correlatos e/ou atuam no<br />
sentido <strong>de</strong> proteger a natureza e melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos<br />
habitantes <strong>de</strong>sse planeta? O que se conseguiu em termos <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> das reflexões, posturas cotidianas e a~ões dos<br />
ecologistas?<br />
O que se conseguiu em termos <strong>de</strong> resultados, ou<br />
seja, quantos hectares <strong>de</strong> florestas nativas foram reconstituldas<br />
ou pelo menos <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser cortadas? Quantas espécies animais<br />
em extinção foram preservadas e agora já estão aumentando o seu<br />
número <strong>de</strong> indivlduos? ou pelo menos, será que diminuiu o número<br />
<strong>de</strong> novas espécies que ano a ano alinham-se no rol das<br />
consi<strong>de</strong>radas em extin~ão? Quantas indústrias <strong>para</strong>ram <strong>de</strong> poluir e<br />
prejudicar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população? ou pelo menos.<br />
diminuiu o número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> intoxicações e graves problemas <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> ocasionados por insalubrida<strong>de</strong> no trabalho ou polui~ão do ar<br />
e das águas nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> indústrias?
Quantos agricultores <strong>para</strong>ram ou diminuiram a<br />
utiliza~ão <strong>de</strong> agrot6xicos substituindo-os por tecnologias menos<br />
agressivas ao meio ambiente ou,pelo menos. quantos agricultores<br />
come~aram a se interessar por controle integrado <strong>de</strong> insetos,<br />
plantio direto, aduba~ão orgânica, etc. e estão implementando<br />
essas novas técnicas milenares pelo menos experimentalmente?<br />
Quantas favelas <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> existir? Qual a<br />
diminuição dos lndices <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil por falta <strong>de</strong><br />
alimenta~ão? Qual a diminuição no lndice <strong>de</strong> criminalida<strong>de</strong><br />
provocada por individuos que assim agem por absoluta carência <strong>de</strong><br />
inserção social. (não falamos aqui dos casos pato16gicos que<br />
mereceriam outro tipo <strong>de</strong> análise) conquistada através do emprego,<br />
moradia, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir bens, estudar, etc.?<br />
Quantas pessoas <strong>de</strong>scobriram as drogas quimicas que<br />
consomem a cada alimentação e optaram por uma alimentação mais<br />
saudável? Quantas pessoas re<strong>de</strong>scobriram a religiosida<strong>de</strong> no seu<br />
sentido mais profundo e passaram a se preocupar mais com valores<br />
morais (tipo solidarieda<strong>de</strong>, amor ao pr6ximo. amiza<strong>de</strong>.<br />
honestida<strong>de</strong>, sincerida<strong>de</strong>, não falar mentira, etc.) e menos com a<br />
posse <strong>de</strong> bens materiais e com isso <strong>de</strong>scobriram a dan~a, yoga e<br />
outras formas <strong>de</strong> transar o corpo e a mente conjuntamente e<br />
voltados <strong>para</strong> um aprimoramento espiritual?<br />
Quantas pessoas se engajaram em manifesta~ões<br />
pacifistas ou em organizações <strong>de</strong> moradores, mulheres, negros.<br />
indios. homossexuais. idosos, sindicais ou <strong>de</strong> categorias<br />
reivindicando solu~ões <strong>para</strong> problemas <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong> e<br />
expressando seu <strong>de</strong>scontentamento e aspiração por uma socieda<strong>de</strong><br />
melhor?<br />
Quantas gran<strong>de</strong>s hidrelétricas e usinas nucleares<br />
ou outras obras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto <strong>ambiental</strong> tiveram seus projetos<br />
substituidos por outras obras <strong>de</strong> menor porte. menor impacto<br />
<strong>ambiental</strong>, com tecnologias mais suaves que geram mais empregos e<br />
são mais acessiveis ao controle <strong>de</strong> pequenas comunida<strong>de</strong>s?<br />
Qual a ampliação <strong>de</strong> tempo e espaço <strong>para</strong> noticias.<br />
veiculadas pelos meios <strong>de</strong> comunicação. relacionadas com os temas<br />
pincelados acima (e diversos outros correlatos)? Houve ampliação<br />
no número <strong>de</strong> politicos, partidos. igrejas e outras organizações<br />
que assumem o discurso ecológico?<br />
Enfim, o que se conseguiu nesses <strong>de</strong>z anos em<br />
termos educacionais e <strong>de</strong> conquistas materiais?<br />
Com certeza alguns dirão que não po<strong>de</strong>mos querer<br />
aferir o resultado dos <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> APASC através <strong>de</strong> respostas a<br />
perguntas tão gerais como o número <strong>de</strong> espécies animais que<br />
<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser extintas pois isso não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> s6 da APASC (nem<br />
mesmo só dos conservacionistas <strong>de</strong> todo mundo) aos quais<br />
respon<strong>de</strong>riamos que o "só" é a garantia do "inclusive", ou seja,<br />
não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> só da APASC mas inclusive <strong>de</strong>la. Outros dirão que não
po<strong>de</strong>mos querer relacionar a diminuição (ou aumento) da<br />
60cial com o sucesso ou não do movimento ecológico e por<br />
diriam que alguns dos temas relacionados acima fogem do<br />
das lutas dos ecologistas.<br />
mi6éria<br />
último<br />
âmbito<br />
Verda<strong>de</strong>s e mentiras <strong>para</strong> uns e <strong>para</strong> outros. De<br />
qualquer forma não po<strong>de</strong>mos negar que tanto essa diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
problemas como a indagação 60bre os efeitos da ação ecologista<br />
6ão questões que se tornam presentes no cotidiano <strong>de</strong> quem atua em<br />
entida<strong>de</strong> <strong>ambiental</strong>ista e,mesmo que saibamos dos limites da nossa<br />
ação local, sempre nos preocupamos com as repercussões <strong>de</strong>ssas<br />
ações tanto no sentido <strong>de</strong> nos perguntarmos o que ficou <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
cada um que participou ou teve contato com a ação (e qual o<br />
efeito da divulgação <strong>de</strong>ssa ação <strong>para</strong> que outras pessoas e<br />
organizações "engrossem o coro" <strong>de</strong>ssas lutas e reivindicações)<br />
como no 6entido <strong>de</strong> 6aber 6e n066a ação fortaleceu uma luta maior<br />
que e6tava ocorrendo. Po<strong>de</strong>mo6 procurar re6po6ta6 a nivel <strong>de</strong><br />
60cieda<strong>de</strong> mai6 abrangente ou no âmbito da ação mais imediata da<br />
entida<strong>de</strong>, por exemplo. con6tatar 6e a exi6tência da APASC serviu<br />
associado6 e pe66oa6 que <strong>de</strong> alguma forma 6e aproximaram da<br />
entida<strong>de</strong> (5). procurando conhecer 6ua hi6tória, suas principais<br />
lutas e conqui6ta6 e a variação no número <strong>de</strong> associados,<br />
corre6Pondências, receitas e <strong>de</strong>spesas e outros dados ..."
Administra~ão Médici<br />
teve saldo positivo<br />
Sr. Redator.<br />
A criação da SEMA, a maior ativida<strong>de</strong> do IBDF, a recente<br />
criação do Parque Nacional da Amazônia e Floresta Nacional <strong>de</strong><br />
Tapajós, o <strong>de</strong>creto <strong>de</strong>terminando que a Convenção <strong>para</strong><br />
Regulamentação da Pesca da Baleia seja cumprida em todo<br />
território nacional, bem como uma gran<strong>de</strong> participação brasileira<br />
em congressos no Exterior e a promoção <strong>de</strong> congressos no Bra6il<br />
(recentelnente a UNESCO promoveu um sobre "Efeitos Ecológicos do<br />
Aumento das Ativida<strong>de</strong>s Humanas sobre o Ecossistema <strong>de</strong> Floresta6<br />
Tropicais e sub-tropicais com a participação <strong>de</strong> diversos pa1se6)<br />
que vêm proporcionando maior conhecimento ao povo dos problema6<br />
ecológicos, é um saldo positivo que o governo Médici levou <strong>de</strong> 6ua<br />
administração.<br />
EstA certo que vArias medidas ficaram por serem tomadas, mas<br />
estou certo <strong>de</strong> que na medida do poss1vel muito foi feito e por<br />
isso escrevo essa missiva a esse conceituado orgão <strong>de</strong> divulgaoão,<br />
a fim <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer aos nossos dirigentes pela gran<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvida nesse campo <strong>de</strong> trabalho.<br />
Espero que esta administração dobre essa ativida<strong>de</strong>, e que 06<br />
jornais continuem a nos informar.<br />
cordialmente.<br />
Marcos Sorrentino - Embu-SP.
gressando na Universida<strong>de</strong> - 1976 - começamos a participar ativa-<br />
mente do movimento estudantil que se reacendia e ai passamos a<br />
<strong>de</strong>senvolver <strong>para</strong>lelamente a nossa militância ecologista e estu-<br />
dantil, <strong>de</strong>scobrindo relações entre as reivindicações <strong>de</strong>sses dois<br />
movimentos e encontrando neles respostas mais fortes e significa-<br />
tivas do que as das salas <strong>de</strong> aula.<br />
A partir <strong>de</strong> então participamos ativamente <strong>de</strong> di-<br />
versas organizações mas num dado momento constatamos que podiamos<br />
estar caindo num "ATIVISMO IMOBILISTA" (10) e,a1ertados por uma<br />
disciplina <strong>de</strong> P6s-Gradua~ão (ll),optamos por fazer uma reflexão<br />
sobre nossa militância no sentido <strong>de</strong>sta crescer em qualida<strong>de</strong> e<br />
contribuir <strong>para</strong> o crescimento do movimento <strong>de</strong> que participá-<br />
vamos.<br />
Neste sentido,esta dissertação assume um caráter<br />
<strong>de</strong> reflexão sobre a interação entre ação e reflexão, entre agir<br />
espontâneo e instituciona1izado, entre ação do individuo e da<br />
entida<strong>de</strong>. entre institucionalização da ação individual e institu-<br />
cionalização do movimento social. O individuo instituciona1izan-<br />
do-se na entida<strong>de</strong> e a entida<strong>de</strong> nas regras da socieda<strong>de</strong>. Ambos<br />
institucionalizando-se na tentativa <strong>de</strong> ampliar sua ação social.<br />
Ao mesmo tempo que são cooptados, tentam otimizar suas ações no<br />
sentido <strong>de</strong> transformação social. Chamamos <strong>de</strong> educacional esta<br />
institucionalização pois permite a apropriação social da reflexão<br />
individual do militante, a apropriação pelo movimento das refle-<br />
xões sobre sua ação, no sentido <strong>de</strong> otimizá-10.
e<br />
torna-se mais clara a n~ces8ida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
lação. Respon<strong>de</strong>mos parte <strong>de</strong>las (as dúvidas)entrevistando os asso-<br />
ciados ativos-Capitulo 111(as entrevistas transcritas na integra
Preferimos chamá-Ias <strong>de</strong> "Consi<strong>de</strong>rações Finais", Na<br />
realida<strong>de</strong> são as consi<strong>de</strong>rações iniciais <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> refle-<br />
xão que preten<strong>de</strong>mos tenha continuida<strong>de</strong>,objetivando aperfeiçoar<br />
nossa militância ecológica e estudos acadêmicos e contribuir com<br />
o movimento ecológico e com a universida<strong>de</strong> na procura <strong>de</strong> uma<br />
socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática, on<strong>de</strong> o prazer <strong>de</strong> viver e a apreciação do<br />
belo não sejam censurados e entrecortados ou mesmo abafados pelas<br />
cenas <strong>de</strong> miséria humana, social e <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição <strong>ambiental</strong> com as<br />
quais convivemos atualmente.<br />
Esperamos que este trabalho contribua <strong>para</strong> o co-<br />
nhecimento <strong>de</strong> objetivos da educa~ão <strong>ambiental</strong> e do movimento<br />
ecológico, favorecendo o <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> programas e projetos<br />
<strong>de</strong> educa~ão <strong>ambiental</strong> e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos estudos que o<br />
complementem, esclare~am ou refutem.
NOTAS<br />
APRESENTACAO
(O) ALVES, R. - A Gesta~ãQ dQ futuro. Campinas. Papirus. 1986,<br />
p. 20 a 22.<br />
(1) Apud BERMAN, M. - ~ ~ ~ sólido <strong>de</strong>smancha nQ ~.<br />
<strong>São</strong> Paulo. Companhia das Letras. 1986. p. 17 e 18.<br />
(2) Id.ibid. ,<br />
BERMAN. diz: "Ser mo<strong>de</strong>rno é viver uma vida <strong>de</strong> <strong>para</strong>doxo e<br />
contradição. E sentir-se fortalecido pelas imensas organizações<br />
burocráticas que <strong>de</strong>têm o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> controlar e<br />
frequentemente <strong>de</strong>struir comunida<strong>de</strong>s. valores. vidas; e<br />
ainda sentir-se compelido a enfrentar essas forças. a<br />
lutar <strong>para</strong> mudar o seu mundo transformando-o em n06SO<br />
mundo. E ser ao mesmo tempo revolucionário e conservador:<br />
aberto a novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> experiência e aventura,<br />
aterrorizado pelo abismo niilista ao qual tantas das aventuras<br />
mo<strong>de</strong>rnas conduzem, na expectativa <strong>de</strong> criar e conservar<br />
algo real, ainda quando tudo em volta se <strong>de</strong>sfaz<br />
( ... )".<br />
(3) KOIAANISQATSI - a vida em <strong>de</strong>sequilibrio - filme em longa<br />
metragem dirigido por Godfrey Reggio (EUA-1982) com trilha<br />
sonora <strong>de</strong> Philip Glass,vencedor da 8a. mostra internacional<br />
<strong>de</strong> cinema em <strong>São</strong> Paulo. Abaixo, critica feita por<br />
Antonio Gonçalves Filho <strong>para</strong> o jornal "Folha <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo"<br />
e reproduzida pelos organizadores da secção ZOOM <strong>de</strong> Araraquara<br />
em 16.10.86:<br />
Koyaanisqatsi é uma palavra que os indios Hopi do Grand<br />
Canyon (EUA) acreditam ter um po<strong>de</strong>r intrinseco. Significa "vida<br />
louca", "fora <strong>de</strong> equilibrio" e,tambem,a ópera planetária do<br />
cineasta estreante Godfrey Reggio, que alguns misticos indianos<br />
classificaram <strong>de</strong> "um filme que leva à meditaoão com os olhos<br />
abertos". E, garantem, houve quem entrasse no estado Alfa<br />
enquanto estava assistindo ao antidocumentário mudo, cujos únicos<br />
sons ecoam da trilha sonora produzida por Philip Glass. Maior<br />
barato, como diria um hipster californiano atemporal, que saiu do<br />
cinema com a sensação <strong>de</strong> ter consumido alguns pontos <strong>de</strong> LSD.<br />
Mas é bom ir pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> uma bad trip, caso você imagine<br />
que Reggio gastou sete anos <strong>de</strong> sua vida <strong>para</strong> produzir uma<br />
banalida<strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>stinada a embalar os sonhos <strong>de</strong> alguma Lucy,<br />
com ou sem diamantes. "Koyaanisqatsi" e' barra pesada, uma viagem<br />
ao inferno <strong>de</strong> uma terra <strong>de</strong>solada que não merece sequer um poema<br />
<strong>de</strong> Eliot. O diretor queria mostrar o cotidiano selvagem da<br />
civilização pós-industrial, sob a ótica <strong>de</strong> um alienigena<br />
confortavelmente instalado em casa. Isso é o que Reggio diz.
- Ritmo insano.<br />
Na verda<strong>de</strong>, a montagem do filme, é propositadamente<br />
alucinante <strong>para</strong> que mesmo um extraterrestre não disponha sequer<br />
<strong>de</strong> um segundo <strong>de</strong> reflexão. A medida que o ritmo se torna insano e<br />
a música <strong>de</strong> Philip Glass começa a invadir os tlmpanos' dos'<br />
espectadores, seus corpos experimentam uma sensação estranha,<br />
algo como estar na mais alta montanha russa do mundo sabendo que<br />
a viagem jamais terminará. Tudo em som dolby estéreo e<br />
fotografado com in<strong>de</strong>fectiveis câmeras Mitchell (pelo mestre Ron<br />
Fricke).<br />
Repetindo, "Koyaanisqatsi" não é entretanto, uma nova<br />
<strong>de</strong>scoberta dos estúdios Disney <strong>para</strong> revelar as "maravilhas"da<br />
tecnologia. Ao contrário, Reggio, um ex-educador cristão, que<br />
passou quinze anos militando numa or<strong>de</strong>m cat6lica, fez um filme<br />
<strong>para</strong> mostrar que a tecnologia nunca é neutra, "que nossos<br />
problemas <strong>de</strong>correm do seu mau uso". S6 que tudo é tão bem<br />
fotografado que até o lixo p6s-industrial e as usinas nucleares<br />
do filme parecem coisa divina ou um "megamonstro" , na concepção<br />
<strong>de</strong> Reggio.<br />
Megamonstro porque Reggio não fala diretamente à razão, mas<br />
antes aos instintos. Ao realizar um filme sem narração, feito <strong>de</strong><br />
imagens e música, o cineasta recorre a hipérboles - as núvens<br />
parecem sempre ameaçadoras, os edificios das metrópoles são<br />
gran<strong>de</strong>s túmulos, as pistas das auto estradas são corredores sem<br />
fim - <strong>para</strong> anunciar um Novo Mundo, transfigurado, que volta como<br />
no inicio do filme, às rochas vulcânicas, a seu estado mais<br />
primitivo. Coinci<strong>de</strong>ntemente o panorama é o mesmo dos filmes <strong>de</strong><br />
John Ford, as rochas do Monument Valley,nostalgia justificável.<br />
Para quem vive "fora <strong>de</strong> equilibrio" não existem mesmo muitas<br />
sa,idas.(AGF)<br />
(4) Utilizamos <strong>para</strong> essas colagens recortes da Folha <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
Paulo e Estado <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1966; boletim<br />
Arte e Pensamento Eco16gico; Revista Pau-Brasil no. 3; e uma<br />
carta enviada por uma aluna do 40. ano <strong>de</strong> Psicologia <strong>de</strong><br />
Assis, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> retiramos as "Tiras" da Mafalda e o Poema<br />
Póstudo; folheto <strong>de</strong> introdução a uma aula - vivência (que<br />
<strong>de</strong>senvolvemos no ano <strong>de</strong> 1967) sobre Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> <strong>para</strong> a qual<br />
contamos com a colaboração <strong>de</strong> diversos estudantes da UNESP-<br />
Assis.<br />
(5) E uma falsa questão polemizarmos se foi a entida<strong>de</strong> que<br />
propiciou esse' contato e essas discussões ou se foram os<br />
militantes e associados que as colocaram <strong>para</strong> a entida<strong>de</strong> a<br />
partir do <strong>de</strong><strong>para</strong>rem-se com elas no meio <strong>de</strong> comunicações ou<br />
no seu cotidiano (um problema do bairro ou no serviço,<br />
etc.). Ao nosso ver, a entida<strong>de</strong> serve como caixa <strong>de</strong><br />
ressonância <strong>de</strong>ssas questões, estimulando sua discussão e<br />
possibilitando tornarem-se consistentes (o problema<br />
individual,ou percebido individualmente,passa a ser socializado<br />
e ganha a dimensão social que lhe era negada por não<br />
ser exposto e constatado como também um problema <strong>de</strong> muitas<br />
outras pessoas); com isso cria-se o fato a ser coberto
pelos meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa que irA estimular mais<br />
pessoas a pensarem no assunto.a procurarem organizações <strong>para</strong><br />
exteriorizarem seus pontos <strong>de</strong> vista e seus problemas.formando<br />
assim um movimento <strong>de</strong> opinião pública e <strong>de</strong> ação em torno<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados tipos <strong>de</strong> questões.<br />
(6) Diversos outros fatores em nossa história <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>vem ter<br />
contribuido e antece<strong>de</strong>m a atitu<strong>de</strong> mencionada como inicio <strong>de</strong><br />
nosso envolvimento com a questão ecológica mas • ao nivel<br />
objetivo. <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s formais. po<strong>de</strong>mos apontar esses acontecimentos<br />
como os primeiros.<br />
(7) FBCN - Fundação Brasileira <strong>para</strong> Conservação da Natureza é<br />
uma das entida<strong>de</strong>s mais antigas na história do conservacionismo<br />
no Brasil. Fundada em 28.08.58 é reconhecida <strong>de</strong><br />
utilida<strong>de</strong> pública fe<strong>de</strong>ral e até o ano passado era a única<br />
Fundação no Brasil <strong>de</strong>stinada à Conservação da Natureza. Em<br />
1973 José Piquet Carneiro era seu presi<strong>de</strong>nte. Seu en<strong>de</strong>reço<br />
atual é R. Miranda Valver<strong>de</strong>. 103 - Botafogo 22.281 Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro.<br />
(8) ABELLA. Miguel - Fundador do movimento "Arte e Pensamento<br />
Ecológico" 1973 - <strong>de</strong>staca-se na história do ecologismo no<br />
Brasil como um dos mais incansáveis. persistentes e admirados<br />
batalhadores. "Foi pioneiro do ecologismo brasileiro<br />
a nivel <strong>de</strong> organização "segundo a revista Pau Brasil<br />
<strong>de</strong> julho/agosto/84 - AnoI - no. 1. pg. 27. publicada pelo<br />
DAEE.-Departamento <strong>de</strong> Aguas e Energia Elétrica do governo<br />
do Estado <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo .<br />
(9) TRANSAMAZôNICA. Perimetral Norte e Projeto Jari. gran<strong>de</strong>s<br />
queimadas na Amazônia. Usinas Nucleares. Para maiores informações<br />
sobre os impactos ambientais no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
implementado no pais nas décadas <strong>de</strong> 60 e 70 vi<strong>de</strong> A<br />
QUESTAO AMBIENTAL HQ BRASIL (1960-1980) <strong>de</strong> <strong>Carlos</strong> Augusto <strong>de</strong><br />
Figueiredo Monteiro em publicação do Instituto <strong>de</strong> Geografia<br />
da USP. <strong>São</strong> Paulo • 1981 • Série Teses e Monografias no. 42.<br />
(10) O termo "ATIVISMO IMOBILISTA" - titulo da tese <strong>de</strong> mestrado<br />
<strong>de</strong> Benedito Miguel Angelo P. Gil- professor da área <strong>de</strong><br />
Antropologia. Departamento <strong>de</strong> História.UNESP/Assis.expressa<br />
nossa intenção <strong>de</strong> retratar o FAZISMO que muitas vezes domina<br />
a militância em organizações. um fazer constante não acompanhado<br />
por reflexões e crescimento individual.<br />
(11) A disciplina "Pesquisa e Intervenção em Educação" ministrada<br />
no 10. semestre <strong>de</strong> 1984, no Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em<br />
Educação na UFSCar.sob responsabilida<strong>de</strong> da professora<br />
Beth Antunes <strong>de</strong> Oliveira.
"A verda<strong>de</strong>ira bonda<strong>de</strong> do homem só po<strong>de</strong><br />
se manifestar com toda pureza, com toda<br />
a liberda<strong>de</strong>, em relação àqueles que não<br />
representam nenhuma força. O verda<strong>de</strong>iro<br />
teste moral da humanida<strong>de</strong> (o mais<br />
radical, num nlvel tão profundo que<br />
escapa a nosso olhar) são as relações<br />
com aqueles que estão à nossa mercê: os<br />
'animais,"<br />
(",)"Nietzsche está saindo <strong>de</strong> um<br />
hotel em Turim,Vê diante <strong>de</strong> si um cavalo,<br />
e um cocheiro espancando-o com um chicote.Nietzsche<br />
se aproxima do cavalo abra~a-lhe o pesco~o e sob o<br />
olhar do cocheiro,explo<strong>de</strong> em solu~os.<br />
Isso aconteceu em 1889, e Nietzsche já<br />
estava também distanciado dos homens. Em<br />
outras palavras: foi precisamente nesse<br />
momento que se <strong>de</strong>clarou sua doença mental. Mas,<br />
<strong>para</strong> mim, é justamente isso que confere<br />
ao gesto seu sentido profundo. Nietzsche veio pedir<br />
ao cavalo perdão por Descartes. Sua loucura<br />
(portanto seu divórcio da humanida<strong>de</strong>) começa no<br />
instante em que'chora sobre o cavalo,"
poluição (<strong>de</strong> todos os tipos) já é por todos conhecida.<br />
I<br />
tecnologia <strong>de</strong> guerra, responsável por gran<strong>de</strong>s investimentos n~<br />
campo cientlfico e tecnológico, traz além do perigo <strong>de</strong> uma guerr~<br />
que dizimará nossa própria espécie (e gran<strong>de</strong> parte das formas <strong>de</strong><br />
.<br />
vida do planeta) a absurda absorção <strong>de</strong> enormes quantias <strong>de</strong>
·<br />
(vi<strong>de</strong> o .DDT encontrado nos EUA, no leite materno, em indices<br />
interesses <strong>de</strong> dominaQão e opressão que caminham juntos com a6<br />
r
moral e <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e que acarretem num NOVO relacionamento do<br />
homem consigo próprio. com os outros homens e com a natureza. A<br />
ecologia tem se apresentado como uma perspectiva <strong>de</strong> queBtionamen-<br />
to do modo <strong>de</strong> vida do homem mo<strong>de</strong>rno e apresentado possibilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> respostas que se a<strong>de</strong>quam às suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi-<br />
mento e sobrevivência.<br />
Segundo Sanches (3) a ecologia é hoje. não s6 uma<br />
ciência biol6gica que nos esclarece a respeito da natureza. seus<br />
ciclos e estreita relação entre todos os seus componentes. mas é<br />
também um convite à discussão das questões citadas acima<br />
procurando encontrar respostas que visem garantir a sobrevivência<br />
da espécie humana e das outras espécies e a efetiva melhoria da<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> cada homem <strong>de</strong> todas as socieda<strong>de</strong>s.<br />
Desta forma suas intenções são explicitamente<br />
educacionais:conhecer a si pr6prios <strong>para</strong> se modificar e se modi-<br />
ficar <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r sobreviver. Neste contexto. o objetivo estabele-<br />
cido pela 22a.Conferência Geral da Unesco (25/10 a 26/11 <strong>de</strong> 1983)<br />
<strong>para</strong> o Programa Internacional <strong>de</strong> Educação Ambiental (4) coloca-se<br />
com precisão: "Propiciar a tomada <strong>de</strong> consciência generalizada a<br />
respeito das causas e consequências que têm <strong>para</strong> o homem. <strong>para</strong> a<br />
socieda<strong>de</strong> e <strong>para</strong> a comunida<strong>de</strong> internacional os problemas do meio<br />
ambiente e estimular na vida diária. profissional e na ação <strong>para</strong><br />
o <strong>de</strong>senvolvimento. uma ética. atitu<strong>de</strong>s e condutas individuais e<br />
coletivas que contribuam à <strong>proteção</strong> e ao melhoramento do meio<br />
ambiente" .<br />
Nos últimos anos diversos são os trabalhos que se<br />
<strong>de</strong>senvolvem sob esta insígni~ (Educação Ambiental) promovidos por
objetivos propostos às finalida<strong>de</strong>s que os norteiam. visto que sob<br />
,<br />
a insignia ecologia abrigam-se diversas concepções politicas.<br />
religiosas e cientificas numa verda<strong>de</strong>ira miscelânea i<strong>de</strong>ológica
cultura · é na própria maneira dos homens se relacionarem entre si
,<br />
Ao estudarmos uma entida<strong>de</strong> ecologista e as expec-<br />
tativas.angústias e análises dos s~us associados ativos.esperamos<br />
contribuir <strong>para</strong> a clarificação das concepções <strong>de</strong> ecologia e<br />
movimento ecológico. com isso estimulando o <strong>de</strong>bate sobre o fazer<br />
~
<strong>de</strong> participação e busca <strong>de</strong> solução dos problemas da comunida<strong>de</strong><br />
entre os ecologistas passivel <strong>de</strong> ser entendido, criticado e<br />
utilizado como norteador <strong>para</strong> os programas <strong>de</strong> educação <strong>ambiental</strong>.<br />
Um comportamento frente às questões existenciais e do<br />
conhecimento, passivel <strong>de</strong> ser expresso num mo<strong>de</strong>lo e comunicado.<br />
Tarefa pretensiosa- e passivel <strong>de</strong> muitas<br />
incorreções. Captar comportamentos (atitu<strong>de</strong>s e intenções) não<br />
expressos verbalmente ou expressos <strong>de</strong> forma fragmentada e<br />
procurar codificá-los em linguagem' 16gico/matemática/formal/ra-<br />
cional só é possivel por aproximações sucessivas, por tentativa<br />
e erro. Ao comunicarmos abrimo-nos às criticas e também ã<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos aproximarmos da verbalização concretizadora<br />
("e o verbo fez-se carne") das intenções subjacentes às atitu<strong>de</strong>s<br />
dos ecologistas. Verbalização concretizadora porque permite a<br />
ampliação do número <strong>de</strong> simpatizantes e militantes no movimento<br />
(ampliação não pela fé ou modismo, mas agora pela opção racional)<br />
e ampliação das intervenções educacionais que agora ganham em<br />
qualida<strong>de</strong> pois po<strong>de</strong>m ser planejadas e enunciadas claramente em<br />
termos <strong>de</strong> objetivos,em conteúdos e metodologias,<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> serem<br />
uma série <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s bem intencionadas, mas dispersas e<br />
pontuais.<br />
Mas qual é esse comportamento dos ecologistas que<br />
intenciona-se passivel <strong>de</strong> ser expresso num mo<strong>de</strong>lo e comunicado?<br />
Essa dissertação inteira é uma tentativa <strong>de</strong> captá-<br />
10 e dizê-lo. S6 percebemos isso ao terminá-Ia e ainda temos<br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>para</strong> exprimi-lo. E um comportamento <strong>de</strong> persuasão <strong>para</strong>
um método <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> conhecimento (11), um método <strong>de</strong><br />
pesquisa, um método <strong>de</strong> ensino, um método <strong>de</strong> vida que procura a<br />
união entre aparentes antagõnicos (se<strong>para</strong>dos e aos poucos<br />
colocados como opostos ao longo <strong>de</strong> nossa história): alma e razão.<br />
paixão e mente, teoria e prática, po11tica e conhecimento.<br />
poético e racional, integral e especialista, indiv1duo e<br />
coletivo, erudito e popular, multidão e solidão. racional e<br />
intuitivo, ensino e aprendizagem, pesquisa e extensão, ecologia e<br />
economia, progresso e natureza,<br />
o próprio processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>sta dissertação é<br />
um jOgo <strong>de</strong> aparentes antagônicos: procurar recuperar sob o rótulo<br />
da razão algo que é pura paixão - a ação educacional em entida<strong>de</strong>s<br />
ecologistas.<br />
Então o comportamento é o método, revela-se no<br />
método, po<strong>de</strong> ser apreendido através do método!<br />
E apaixonado, portanto persuasivo. Paixão pelo que<br />
se faz: Paixão pela vida. pelo apren<strong>de</strong>r, pelo conhecimento pela<br />
transformação social. Compromisso social através do fazer<br />
voluntário, espontâneo ou intencional.<br />
Po<strong>de</strong>mos somar ainda uma outra caracteristica<br />
importante <strong>de</strong>sse método - a prãxis. Simplificando. e sem medos <strong>de</strong><br />
triagens i<strong>de</strong>ológicas. po<strong>de</strong>mos entendê-Ia a partir da explicação<br />
<strong>de</strong> Mao Tsé Tung (12) como sendo interação pensar/agir<br />
teoria/prática. pensar a partir dos problemas da realida<strong>de</strong>.<br />
converter esses pensamentos em ação, pensar a ação e suas
transformações, repensar o próprio pensar inicial e reorientar'a<br />
prãtica. Po<strong>de</strong> ser expressa também por uma mâxima do movimento<br />
ecológico: "Pensar globalmente, agir localmente" e vice-versa.<br />
Parece-nos que o método e a persuasão estão na<br />
práxis e na paixão. Compromisso social e individual ou<br />
engajamento como nos fala Von Zuben (13) " O engajamento é uma<br />
a<strong>de</strong>são, uma ação pela qual o homem se vincula. (...) O<br />
engajamento vincula-se à historicida<strong>de</strong>: realiza a historicida<strong>de</strong><br />
humana. Engajar-se é concretamente responsabilizar-se por uma<br />
obra a ser realizada (...). O sujeito engaja-se no instante que<br />
<strong>de</strong>scobre o sentido <strong>de</strong> sua existência (dimensão<br />
critico/questionadora) e quer manter-se em vida (que <strong>para</strong> o homem<br />
significa agir, trabalhar). O engajamento prolonga a emergência<br />
do sujeito. O engajamento não é o ser do sujeito, mas a<br />
permanência conferida à sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> através da a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> sua<br />
existência a uma causa. O eu quero vem confirmar o eu sou. Este<br />
se completa por aquele. O engajamento é uma participação no mundo<br />
(~..)".Mas não é só praxis, paixão e engajamento. E abordagem<br />
globalizante (holistica como diz CAPRA); é utopia/i<strong>de</strong>alis-<br />
mo/romantismo no acreditar-se que é possivel construir um mundo<br />
sem fronteiras ("fala John Lennon"), sem exploração do homem pelo<br />
homem, nem da criança pelo adulto, nem dos animais pelo ser<br />
humano, é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> emocionar-se com a beleza, é o<br />
acreditar-se na possibilda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> organizada sem<br />
Estado nem Patrão, é... E dificil dizermos estas coisas todas<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tantas mentiras e mortes terem se escondido atrás <strong>de</strong>las<br />
mesmo. quando proferidas por pessoas que neles acreditaram
sinceramente. Além disso, falarmos em "engajamento", "causas",<br />
"utopias" e finalida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong> parecer extemporâneo ou ingenuida<strong>de</strong><br />
pois a época em que vivemos caracteriza-se pelo niilismo ,ceti-<br />
cismo e individualismo sarcãstico.Como diz Wisnick (14): " o fim<br />
das utopias é artigo <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na loja p6s-mo<strong>de</strong>rna (...) A onda<br />
utópico-migrat6ria dos anos 60 (15) dá lugar à onda anti-ut6pica<br />
dos 80 (...). Mas a maior novida<strong>de</strong>, que não está à venda é o fim<br />
da finalida<strong>de</strong>, que supõe uma revisão/reversão da idéia <strong>de</strong> projeto<br />
e <strong>de</strong> lugar ut6pico: a aceitação da vida em 51 mesma é triste ou<br />
alegre?"<br />
Acompanhando o raciocinio <strong>de</strong> Wisnick talvez<br />
possamos encontrar uma outra caracteristica do comportamento<br />
ecologista. Uma caracteristica que resgata ou vem no bojo das<br />
utopias-migratórias dos anos 60 mas que incorpora o estado <strong>de</strong><br />
espirito narcisico e individualista <strong>de</strong> Lash (16) e cético <strong>de</strong><br />
Baudrillard (se assim po<strong>de</strong>mos dizer) (17), ou seja, a força <strong>de</strong><br />
impulsão é a força <strong>de</strong> uma utopia, mas uma utopia sem caminhos<br />
<strong>de</strong>line~dos, sem regras a priori, sem <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se quer<br />
chegar e que po<strong>de</strong> transformar a <strong>de</strong>scrença interiorizada em fim da<br />
angústia e da ansieda<strong>de</strong> revertendo o "fim das finalida<strong>de</strong>s" numa<br />
nova e mais ampla finalida<strong>de</strong>, que vem <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> todas as<br />
finalida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong> ser expresso na fala <strong>de</strong> Wisnick: "O fim da<br />
finalida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> enlouquecer os homens que sempre foram escravos<br />
<strong>de</strong>la, mas po<strong>de</strong> libertar <strong>de</strong> um~ transcedência perpetuamente<br />
<strong>de</strong>slocada. Talvez se pu<strong>de</strong>sse encarar tudo que é bom e real, sem<br />
ser negativo e resistente às transformações. Também acho que s6<br />
um milagre ( o milagre não seria uma intervenção divina, mas que
o homem se disponha a mudar). As forças <strong>de</strong> uma iniciativa não<br />
reativa só se <strong>de</strong>senham numa nova religião, a religião que vem<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> todas as religiões".ou na máxima <strong>de</strong> um jornal da im-<br />
prensa alternativa brasileira da década passada "Luta e prazer em<br />
oposição à dlcera e orgasmo" ou ainda na máxima dos escoteiro~ "0<br />
melhor poss1vel".<br />
Lutar é viver. E aprendizado. E conhecimento. E<br />
prazer. Existem metas. causas e finalida<strong>de</strong>s mas elas são parte <strong>de</strong><br />
uma finalida<strong>de</strong> mais ampla que não ,se conhece. não se expressa,<br />
mas se sente como energia impulsionadora do viver .<br />
.Paixão, práxis. compromisso social. põs-utopia,<br />
pós-niilismo, sobrevivência, VIDA. VIVER •... enfim. nossa tarefa<br />
está esboçada.
NOTAS<br />
INTRODUCAC
(O) Kun<strong>de</strong>ra, M. - ~ inDustent~ leveza dQ~. Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />
Nova Fronteira, 1985, p. 291.<br />
Dados extraidos do boletim informativo<br />
~ no. 24 (e outros), ano IX; julho <strong>de</strong><br />
Movimento Arte e Pensamento Ecológico.<br />
01051. <strong>São</strong> Paulo, Capital.<br />
"Pensamento Ecológi-<br />
1987. publicado pelo<br />
Cx. Postal 6984 CEP<br />
(3) Sanches, L. E. e outros - Ecologia. Rio <strong>de</strong> JaneirQ, Ed.<br />
Co<strong>de</strong>cri. 1983,p.11 a 34.<br />
(4) UNESCO - ~ educacion <strong>ambiental</strong> ~ laa gran<strong>de</strong>s orientaciones<br />
~ la Conferencia ~ Tbilissi, Paris. 1980.<br />
(5) - Lago, A.; Pádua, J. A. - Q ~ ~ ecologia, <strong>São</strong> Paulo, Ed.<br />
Brasiliense, 1984.<br />
- Pádua, J. A. e outros - Ecologia ~ Politica llQ ~<br />
ail, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Espaco e Tempo (IUPERJ), 1987.<br />
- Duarte, R. e outros - Ecologia ~ Cultura, Belo Horizonte,<br />
Imprensa Oficial, 1983.<br />
- Minck, C. - ~ fazer movimento ecológico ~ <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />
ª natureza ~ ~ liberda<strong>de</strong>s, Petrópolis, Vozes, 1985.<br />
- Viola, E. J. - Movimento ecológico no Brasil (1974-<br />
1986): do <strong>ambiental</strong>ismo à ecopolitica. ln: Revista Brasj-<br />
- leira ~ Ciências Sociais, no. 3, vol. I. <strong>São</strong> Paulo,<br />
Cortez Editora, 1987.<br />
(7) - Tratemberg, M. - Ecologia versus Capitalismo. ln: Economia<br />
& Desenvolvimento, no. 2. <strong>São</strong> Paulo. Cortez Editora,<br />
1982.<br />
- Bernardo, J. - Q inimigo oculto, Porto, Ed. Afrontamento,<br />
1979.<br />
(8) - Dupuy, J.P. Introducão à critica da ecologia politica. Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro,Civilizacão BFasileira, 1980.<br />
- Huber,J. - ~ ~ mudar todas aa coi5a5:a6 alternativas<br />
dQ movimento alternativo. Rio <strong>de</strong> Janeiro,Paz e Terra,1985.
(11) Não são necessariamente verda<strong>de</strong>iros os enunciados iniciais<br />
<strong>de</strong> que existe uma intenção <strong>de</strong> persuasão entre os ecologistas<br />
<strong>para</strong> o método <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> conhecimento. pesquisa. ensino<br />
e <strong>de</strong> vida que eles utilizam. Primeiramente não po<strong>de</strong>mos afirmar<br />
que existe um método e que ele seja único. Em existindo<br />
po<strong>de</strong>mos duvidar que haja intenção <strong>de</strong> persuasão e havendo<br />
persuasão po<strong>de</strong>mos ter certeza que ela não é intencional.<br />
<strong>de</strong>liberada como um programa <strong>para</strong> ganhar novos a<strong>de</strong>ptos. mas·<br />
po<strong>de</strong>mos tentar explicar nossa crença na sua existência e o<br />
entendimento <strong>de</strong> sua não intencionalida<strong>de</strong>.<br />
o fato das afirmações que faremos ao longo das pr6ximas<br />
páginas não estarem muitas vezes presentes como discussão<br />
entre os ecologistas e.muitas vezes.não terem se materializado<br />
em diretrizes. objetivos e projetos <strong>de</strong> atuação das<br />
entida<strong>de</strong>s ecologistas,não significa que elas não existam ou<br />
não seja pertinente enunciá-Ias num diagn6stico <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong><br />
e do movimento. Po<strong>de</strong> significar que elas estejam acobertadas.<br />
em .gestação. em ebulição e que precisam ser evocadas<br />
<strong>para</strong> manifestarem-se e concretizarem-se.<br />
o que é e o que gostaria <strong>de</strong> ser o movimento eco16gico e a<br />
prática cotidiana do participante <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> ecologista.<br />
só o é e s6 po<strong>de</strong> vir a ser se for enunciado. Enunciar-se.<br />
explicitar-se não é condição única <strong>de</strong> existência mas é,<br />
<strong>de</strong>ntro dos parâmetros estabelecidos pela nossa socieda<strong>de</strong>.uma<br />
forma privilegiada <strong>de</strong> se contribuir <strong>para</strong> o avanço do conhecimento<br />
e da ação social.<br />
(i2) Tung.M. T. - Sobre ª Prática. apostila fotocopiada sem<br />
referências do editor.<br />
(13) Zuben. N. A. Von - A emergência do sujeito e a educação. 1n:<br />
Iniciação teÓrica ~ prática àa ciências da educação.<br />
Petrópolis. Vozes. 1979. p. 193-218.<br />
(14) Wisnick, J. M. - Visões apoca11pticas e novas utopias. 1n: à<br />
virada .dQ séculQ, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e Terra e outras,<br />
1987. p. 9 a 18.<br />
(15) Id. ibid., p. 16 e 17: ..As utopias migratórias, expressões<br />
<strong>de</strong> um movimento sem rumo <strong>de</strong>finido, e cuja integração final<br />
geralmente não se postula, se formam ao longo <strong>de</strong> intensas<br />
discussões que cruzam a psicanálise, o marxismo e as religiões<br />
com as experiências do sexo e do amor. da droga, da<br />
ecologia e da arte. <strong>São</strong> utopias não-messiãnicas, <strong>de</strong>sconecta-
das do salvacionismo redutor, utopias em suspensão tendo a<br />
sua eclocão e o seu Apice na d6cada <strong>de</strong> 60 (seu pcriodo Aureo<br />
e marcadamente heróico) elas se diluiram posteriormente. mas<br />
<strong>de</strong>ixando um pouco <strong>de</strong> suas marcas por toda parte. Seu caráter<br />
não dirigido, e o mo<strong>de</strong>lo não concentrador que as impulsiona,<br />
costuma com<strong>para</strong>r-se à emergência <strong>de</strong> uma sensibilida<strong>de</strong> feminina<br />
contra a dominação machista, patriarcal e falocrática.<br />
cujo fim anunciam. Contra o principio da especialização e do<br />
conhecimento atomizado em Areas estanques, anunciam uma<br />
ciência holistica, cosmobiológica, ecológica (não no sentido<br />
simplesmente <strong>de</strong> um saneamento <strong>ambiental</strong>, mas <strong>de</strong> uma ecologia<br />
da mente, entendida como capacida<strong>de</strong> reguladora que transpassa<br />
dos microorganismos ao corpo humano e dai ao planeta e ao<br />
universo). Animadas pelo impulso <strong>de</strong> apocalipses fugazes e<br />
pelo sentimento <strong>de</strong> que a reversão <strong>de</strong> todas as estruturas<br />
po<strong>de</strong> estar a um passo (quando menos se espera), as utopias<br />
migratórias, em sua faceta mais afirmativa, enten<strong>de</strong>m a crise<br />
contemporânea como crise <strong>de</strong> mutação, fora do controle das<br />
instâncias politicas, mas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> influxos positivos e<br />
participantes" .<br />
(16) Id. ibid. , p. 17. Lasch, Cristopher "aponta a <strong>de</strong>fesa narcisica,<br />
o eu minimo (e o minimalismo), como estrutura <strong>de</strong><br />
sobrevivência à catástrofe semântica <strong>de</strong> um mundo que se<br />
converteu numa metralhadora <strong>de</strong> traumas".<br />
(17) Id. ibid., p. 17. "Jean Baudrillard fez a meu ver o mais<br />
impressionante diagnóstico do mal estar contemporâneo, ao<br />
notar que o mundo das massas opera uma neutralização geral<br />
dos sentidos, projetados num buraco negro on<strong>de</strong> todas as<br />
distinções se per<strong>de</strong>m. Sob a sombra terrivel das maiorias<br />
silenciosas, o social se esvai num abismo <strong>de</strong> sentido que as<br />
estatisticas apenas sondam como sinais erráticos e inconclusivos.<br />
A massa não quer nada, e o seu inacreditável silêncio,<br />
refratário e ausente, sua recusa em respon<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda<br />
<strong>de</strong> uma produção <strong>de</strong> sentido, sua anomia inominável antecipam<br />
não uma explosão. mas uma implosão terminal (....)"
"A caracterlstica fundamental da<br />
teoria quântica é que o observador é<br />
imprescindlvel não 66 <strong>para</strong> que a6<br />
proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um fenômeno atômico<br />
6ejam observadas. mas também <strong>para</strong><br />
ocasionar essas proprieda<strong>de</strong>s. Minha<br />
<strong>de</strong>cisão consciente a cerca <strong>de</strong> como<br />
observar. digamos. um elétron <strong>de</strong>terminarâ<br />
em certa medida a6 proprieda<strong>de</strong>s<br />
do elétron (",) O elétron não<br />
possui proprieda<strong>de</strong>s objetivas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
da minha mente. Na fisica<br />
atômica. não po<strong>de</strong> mais ser mantida<br />
a n1tida divisão cartesiana entre<br />
matéria e mente. entre o observado e<br />
o ob6ervador, Nunca po<strong>de</strong>mos falar da<br />
natureza 6em. ao mesmo tempo falarmos<br />
60bre nós mesmos",
história (77/87) da A66ociação <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong> Sao<br />
Carlo6 - APASC, procurando entendê-la mais particularmente sob o<br />
aproximadamente 300 associados(em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1986),elege 6uas<br />
,
Paralelamente à participação na APASC,procurâvamos<br />
documentar sua história através das observações e anotações 60bre<br />
r<br />
assembléias,
influência forte nesse momento, adveio<br />
..<br />
(8), Cardoso (9) e Cal<strong>de</strong>ira (10), lendo M. Bermann (11), F. Capra<br />
(12) ou relendo Simone Weil, Brandão (14) e Michel Lobrot (15),
<strong>de</strong>sejar ...).Passamos a questionar o caráter exclusivo do referen<br />
elal <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>terminado pelos 'resultados <strong>de</strong> avanço ou retro-
direito o que vamos encontrar e,ao tentarmos ir retratando o que<br />
vamos encontrando,preciBamos lançar mão <strong>de</strong> diferentes ferramentas<br />
- o que po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> métodos <strong>para</strong> o acesso,a apreensão e a<br />
análise dos fatos em estudo. Esses métodos inscrevem-se, muitas<br />
vezes, em práticas convencionadas pela pesquisa cientlfica em<br />
diferentes domlnios do conhecimento,refletindo tradições propaga-<br />
das por correntes variadas.<br />
Acreditamos que as concepções metodologicas englo-<br />
badas na pesquisa-ação (16) e na pesquisa-participante (17) por<br />
um lado e a na pesquisa qualitativa ou naturallstica (pesquisa do<br />
tipo etnográfico e o estudo <strong>de</strong> caso) (18) por outro lado, funda-<br />
mentam as soluções <strong>de</strong> método aplicadas no <strong>de</strong>senvolvimento do<br />
presente trabalho.<br />
Assim,os procedimentos variaram <strong>de</strong> acordo com<br />
momento que viviamos. Inspiram-se na fonte da pesquis8-<br />
participante e da pesquisa-ação quando a militãncia prepon<strong>de</strong>rav<br />
e <strong>de</strong>la procurávamos ir captando os signos <strong>para</strong> compreensão d<br />
realidâ<strong>de</strong> e do significado <strong>de</strong> nossa ação, aos poucos esta-<br />
belecendo os contornos <strong>de</strong> nossa pesquisa. Quando iniciamos<br />
procura mais sistemática <strong>de</strong> documentos e informações sobre<br />
história da entida<strong>de</strong> e o significado <strong>de</strong>la <strong>para</strong> seus associado<br />
ativos,po<strong>de</strong>mos dizer que buscamos inspiração nas técnicas d<br />
análise histórica, nos métodos <strong>de</strong> etnosrafia e nos estudos d<br />
caso. Na análise e interpretacão <strong>de</strong> resultados e entrevistas, n<br />
pesquisa vista como uma totalida<strong>de</strong> ,bem como na redacão d<br />
dissertação bebemos na fonte da antropologia (19).<br />
Indub±tavelmente,tais opcões metodol6gicas fora
assumidas ao n06 <strong>de</strong><strong>para</strong>rmos com questões levantadas Bobre a<br />
relação conhecimento-ação que se apresentavam a cada momento e<br />
sobre as quais será útil tecermos algumas consi<strong>de</strong>rações.<br />
"A relação entre conhecimento e ação estã no 'cen-<br />
tro da problemática metodológica da pesquisa social voltada<br />
<strong>para</strong> a ação coletiva (",) A relação entre pesquisa Bocial e ação<br />
consiste em obter informações e conhecimentos selecionados em<br />
função <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada ação <strong>de</strong> caráter social" Thiollent (20).<br />
Partindo-se da formulaçõo acima e da preocupação<br />
<strong>de</strong> Frank (21)expressa em - "como a pesquisa po<strong>de</strong>ria tornar-se<br />
útil à ação <strong>de</strong> simples cidadãos, organizações militantes ,popu-<br />
lações <strong>de</strong>sfavorecidas e exploradas?"; das preocupações expressas<br />
por Tassara e Thiollent, em diferentes momentos <strong>de</strong> suas obras, a<br />
respeito da relação entre participação, ação e conhecimento: "as<br />
vezes chega-se a muita participação e pouco conhecimento" ou<br />
"todos esses objetivos práticos, não <strong>de</strong>vem nos fazer esquecer que<br />
(...) qualquer estratégia <strong>de</strong> pesquisa pOBsui também objetivos <strong>de</strong><br />
conhecimento" (22) ou é evi<strong>de</strong>nte que as linhas <strong>de</strong> tratamento<br />
<strong>de</strong>scritivo preconizadas como '" soluções aos problemas <strong>de</strong> orga-<br />
nização das informações obtidas através da implantação <strong>de</strong><br />
projetos <strong>de</strong> intervenção educacional, (,,.) não se enquadram nos<br />
cãnones metodológicos ortodoxos, afastando-se significativamente<br />
dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> processos aceitos como <strong>para</strong>digmas convencionais <strong>de</strong><br />
evolução do conhecimento, cientlfico" (23); e ainda,da nossa<br />
preocupação <strong>de</strong> não cairmos no "fazismo" <strong>de</strong>smesurado (no qual<br />
muitas vezes incidimos) Bem acompanhá-Io <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong>
eflexão constante formulamos a seguinte questão <strong>para</strong> nortear as<br />
.opções metodo16gicas expostas ao longo <strong>de</strong>stas páginas:Como produ-<br />
zir conhecimentos a partir da ação social. através <strong>de</strong> uma pesqui-<br />
sa voltada ao aprimoramento <strong>de</strong>ssa ação e que tenha o status <strong>de</strong><br />
ciência?<br />
Procuramos trilhas <strong>para</strong> respostas nos escritos dos<br />
próprios autores citados acima (Thiollent e Tassara) e em Capra.<br />
<strong>de</strong>ntre outros autores.<br />
"Hoje em dia não existe um padrão <strong>de</strong> cientificida-<br />
<strong>de</strong>. universal, aceito nas ciências sociais. O positivismo e o<br />
empirismo que prevalecem na literatura do mundo anglo-saxão. são<br />
contestados inclusive nos seus centros <strong>de</strong> origem. Po<strong>de</strong>mos optar<br />
por instrumentos <strong>de</strong> pesquisa não aceitos pela maioria dos<br />
pesquisadores <strong>de</strong> rigida formação ã moda antiga, sem por isso,<br />
abandonar a preocupação cientifica (...) na pesquisa em situação<br />
real as variáveis não são isoláveis. Todas elas interferem no que<br />
está sendo observado (...)" Thiollent (24).<br />
"(...) o qualitativo e o diálogo não são anticien-<br />
tificos. Reduzir a ciência a um procedimento <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong><br />
dados quantificativos correspon<strong>de</strong> a um ponto <strong>de</strong> vista criticado e<br />
ultrapassado. até mesmo em alguns setores das ciências da nature-<br />
za" Thiollent (25).<br />
ollent<br />
sidios<br />
E justamente esta última observação <strong>de</strong> Thi-<br />
que nos estimula a buscar em Capra (26) Bub-<br />
que <strong>de</strong>monstram os avanços da Fisica Mo<strong>de</strong>rna. apontando
<strong>para</strong> "enfoql..lesholisticos e ecol6gicos <strong>para</strong> transcen<strong>de</strong>r os<br />
mo<strong>de</strong>los clássicos das abordagens mecanicistas e reducionistas".<br />
Os avan~os da fisica mo<strong>de</strong>rna permitem e es-<br />
timulam a busca <strong>de</strong> novos <strong>para</strong>digmas e metodologias que<br />
dêem conta das novas necessida<strong>de</strong>s no sentido <strong>de</strong> melhor<br />
compreendê-Ias e seus efeitos fazem-se sentir em todas as <strong>de</strong>mais<br />
ciências.<br />
A posiçào do fazer cientifico hegemônico. hoje, s6<br />
po<strong>de</strong> ser uma: estimular as novas 'metodologias no sentido não s6<br />
<strong>de</strong> melhor compreen<strong>de</strong>r a realida<strong>de</strong> mas também <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às<br />
exigências que lhes coloca a socieda<strong>de</strong>.<br />
Procuraremos concluir essas breves reflexões sobre<br />
metodologia como processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> conhecimento citando<br />
Gohn (27): "Para explicitarmos uma realida<strong>de</strong>, precisamos, pois,<br />
nos entregar a esta, apanhando-a por <strong>de</strong>ntro, em seus processos e<br />
rela~ões internas. que não são dadas <strong>de</strong> imediato" e complementan-<br />
do-a com uma frase <strong>de</strong> Marx, que virou titulo do belo livro <strong>de</strong><br />
Berman (11), "Tudo o que é s6lido <strong>de</strong>smancha no ar". pois faz-se<br />
necessário compreen<strong>de</strong>r que essa explicitação/interpretação da<br />
realida<strong>de</strong> será verda<strong>de</strong>ira quando <strong>de</strong> sua explicitação, mas o<br />
próprio fato <strong>de</strong> ter sido explicitada já estimula a criação <strong>de</strong><br />
novas leituras mais adaptadas à explicação do fenômeno. em<br />
momentos imediatamente posteriores.<br />
Portanto. num mundonotadamente marcado pelo dina-<br />
mismo, crise e substituição <strong>de</strong> todos os valores. nossos crité-<br />
_ rios, <strong>para</strong> produ~ão <strong>de</strong> conhecimento,precisam ser mais flexiveis,
"Acreditando como Max Weber, que o homem ê um<br />
animal amarrado a re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> significado que ele mesmo tece, assumo<br />
a cultura como sendo essas teias, e a sua análise como sendo<br />
portanto, não uma ciência experimental em busca <strong>de</strong> leis, mas uma<br />
ciência interpretativa em busca do significado" Geertz (29).
acreditamos que mantivemos a objetivida<strong>de</strong>, necessária ao<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> qualquer pesquisa, ao pré-estabelecer<br />
parâmetros <strong>para</strong> a escolha da amostra. Ou seja, a intencionalida<strong>de</strong><br />
se <strong>de</strong>u na escolha dos parâmetros que permitiriam chegar aos nome~<br />
que po<strong>de</strong>riam dar contribuições relevantes <strong>para</strong> o assuntó em<br />
pauta.<br />
1. Número <strong>de</strong> reuniões que o individuo participou.<br />
segundo registro <strong>de</strong> assinaturas no'livro-ata.<br />
atas dá entida<strong>de</strong>.<br />
2. Número <strong>de</strong> anos que o individuo é citado nas<br />
3. Participação da diretoria da APASC. segundo<br />
documentos <strong>de</strong> cartório ou registro em ata.<br />
4. Participaç~o <strong>de</strong> algum grupo <strong>de</strong> trabalho da<br />
entida<strong>de</strong>, segundo'registro em ata ou em publicações.<br />
5. Indicação como associado ativo pelos ex-dire-<br />
tores ou diretores atuais. Essa consulta aos diretores foi feita<br />
por escrito através <strong>de</strong> carta (32). entregue pessoalmente ou pelo'<br />
correio.<br />
6. Participação <strong>de</strong> algum grupo <strong>de</strong> trabalho ou<br />
ativida<strong>de</strong>s relevantes. segundo nossa memória.<br />
Tomando por base esses seis parâmetros (sendo que<br />
o último serviria <strong>para</strong> caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> optarmos entre dois<br />
associados muito próximos segundo os parãmetros anteriores).<br />
chegamos aos nomes com maior número <strong>de</strong> atributos positivos quanto<br />
à participação. Escolhemos os .nove primeiros (eliminando o autor
cinco associados ativos escolhidos em função <strong>de</strong> terem sido<br />
insistentemente citados pelos entrevistados iniciais e/ou terem<br />
participa~!o marcante em algum grupo <strong>de</strong> trabalho ou diretoria,<br />
Uma primeira entrevista extra foi realizada antes do bloco dos<br />
·Sirvo-me da pessoa como <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />
vidro <strong>de</strong> aumento, por meio do<br />
qual se torna vislvel uma calamida<strong>de</strong><br />
.eral, mas oculta e dificilmente<br />
apreenslvel",
melhor<br />
,<br />
Como você vê a atuaQão em uma organizaQão e a atuaQão indivi-<br />
dual? No que uma condiciona, facilita ou dificulta a outra?
Constantemente<br />
6uscitadas numa entrevista<br />
entrevistados seguintes.<br />
incorporamos questões e reflexões<br />
como temas <strong>para</strong> <strong>de</strong>bater com os<br />
A enquete era apresentada após a entrevista,<br />
acompanhada dos textos (36) que explicitavam o entendimento dos<br />
autores sobre as categorias mencion~das nas tabelas. PedlamoB ao<br />
associado <strong>para</strong> respondê-la com calma e <strong>de</strong>pois passávamos <strong>para</strong><br />
buscá-la.<br />
o que estamos chamando <strong>de</strong> enquete é na realida<strong>de</strong><br />
um questionário elaborado com a intenção <strong>de</strong> cumprir um papel <strong>de</strong><br />
enquete conforme nos relata Thiollent (37) a respeito da "enquete<br />
operária" <strong>de</strong> Marx. Objetivávamos não só a coleta <strong>de</strong> dados mas<br />
também estimular os associados ativos a refletirem ~obre o movi-<br />
mento ecológico e seu papel Junto à socieda<strong>de</strong>.<br />
Para tanto nos baseamos em 3 textos: Um extraldo<br />
do livro <strong>de</strong> Huber (38) falando sobre as correntes que compoem o<br />
movimento alternativo na Alemanha (fizemos um resumo do capitulo<br />
do livro que trata <strong>de</strong>ste assunto e distribuimos aos nossos sujei-<br />
tos). Um segundo, reproduzido na integra <strong>para</strong> nossos sujeitos, <strong>de</strong><br />
autoria do Movimento Ecológico Livre <strong>de</strong> Florian6polis (39), fa-<br />
lando sobre os valores ecologistas. E, por fim, um pequeno resumo<br />
das quatro correntes (ecologia na~ural, ecologia social, conser-<br />
vacionismo, ecologismo) que,segundo Pádua e Lago (40),compoem o<br />
que se costuma chamar <strong>de</strong> ecologia.<br />
Em relação a esta última, pedimos que nossos sujei-<br />
tos hierarquizassem essas q~atro correntes <strong>de</strong> acordo com o peso
movimento ecol6gico; anti-usinas nucleares; pelas tecnologias<br />
alternativas; 'estilos <strong>de</strong> vida alternativos; critica ao consumis-<br />
"Objetivamos conhecer a leitura que os associados<br />
ativos fazem do movimento ecol6gico e do papel da APASC, os<br />
motivos que o aproximaram da entida<strong>de</strong> e o 'que ela significou em<br />
suas vidas, as expectativas supridas e as almejadas. Saber como<br />
foi se dando o seu envolvimento com a entida<strong>de</strong> e como ele amadureceu<br />
com esse envolvimento, ou o que ele acha que apren<strong>de</strong>u<br />
nessa militância.<br />
Objetivamos propiciar aos leitores mais <strong>de</strong> uma<br />
leitura sobre a APASC.<br />
Objetivamos propiciar aos associados ativos (através<br />
da enquete) uma reflexão sobre as idéias <strong>de</strong> algumas pessoas
sobre o movimento ecológico como movimento social alternativo e o<br />
significado mais amplo <strong>de</strong> nossas ações cotidianas numa entida<strong>de</strong><br />
<strong>ambiental</strong>ista."<br />
"contra<br />
te dos<br />
fatos' •<br />
há. são<br />
o positiv~smo que <strong>para</strong> dianfatos<br />
e diz: . são apenas<br />
eu digo: fatos é o que não<br />
apenas interpretações".<br />
procurando corrigir falhas <strong>de</strong> int~rpretação e completar partes<br />
que não'haviam sido entendidas;<br />
3. Definição dos principais temas em torno dos
pr6pria, que os tornava extremamente interessantes <strong>de</strong> serem<br />
ouvidos, lidos e analisados em sua totalida<strong>de</strong>.<br />
As·vezes comportam ambiguida<strong>de</strong>s. ou elementos. que<br />
po<strong>de</strong>m parecer contradit6rios se não entendidos <strong>de</strong>ntro do contexto<br />
em que aparecem. Foram vários os momentos em que enten<strong>de</strong>mos a<br />
resposta dos entrevistados como um~ resposta direcionada ou con-<br />
dicionada por uma polêmica que vivemos no dia-a dia da entida<strong>de</strong>.<br />
Assim sendo. antes <strong>de</strong> com<strong>para</strong>rmos partes <strong>de</strong> uma entrevista com<br />
partes <strong>de</strong> outra. tomamos o cuidado <strong>de</strong> dominar o contexto inteiro<br />
<strong>de</strong> cada uma.<br />
"Cada entrevista é uma experiência: o que é dito<br />
não existia antes pronto e acabado <strong>para</strong> ser dito. mas foi<br />
produzido no momento. na relação (...) O.que ela expressa são<br />
experiências pessoais, mas da vida <strong>de</strong> um certo grupo social <strong>de</strong><br />
uma <strong>de</strong>terminada socieda<strong>de</strong>. em um tempo especifico. em certo<br />
lugar. Neste sentido a referência .ao que é coletivo está<br />
necessariamente presente. O que ficou registrado numa entrevista<br />
po<strong>de</strong>ria ser dito (e é) em outras relações e outras pessoas<br />
po<strong>de</strong>riam fazê-lo (e o fazem). haja visto. por exemplo. a<br />
recorrência <strong>de</strong> ·temas e <strong>de</strong> modos <strong>de</strong> expressão entre várias<br />
entrevistas". Cal<strong>de</strong>ira (43).<br />
Acreditamos que as entrevistas apresentaram-se ·aos<br />
individuos como uma possibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> pensar no seu pr6prio<br />
cotidiano e na sua ação ecologista,foi um convite à reflexão so-<br />
bre as ralzes.em cada um, da ação organizacional e ecologista<br />
e uma busca dos valores que fundamentam tal aç~o.
dados <strong>para</strong> se pensar e falar sobre; (...) o sujeito tem o<br />
trabalho <strong>de</strong> procurar na memÓria algo que explique um assunto<br />
interpreta~!o. produto <strong>de</strong> um momento especial. apresenta-se como<br />
um discurso organizado e é uma vis!o mais global do que a que se<br />
po<strong>de</strong> ter no cotidiano". Cal<strong>de</strong>ira (44).·<br />
-<br />
análises preliminares) no sentido <strong>de</strong> estimular estudos que os
A enquete e a entrevista <strong>de</strong>vem cumprir o papel <strong>de</strong><br />
estimular o sujeito a refletir sobre sua a~ão ecologista. A<br />
diferen~a está na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma reflexão não direcionada,<br />
na entrevista e, direcionada na enqu~te, pela inten~ão do<br />
pesquisador que parte <strong>de</strong> interpreta~ões globalizantes sobre o<br />
cotidiano ecologista.<br />
Essa or<strong>de</strong>na~ão idiossincrática do cotidiano e da<br />
história (<strong>de</strong> cada um e do grupo social) não é um universo fec~ado<br />
em si mesmo. Para interpretá-lo, . <strong>de</strong>svendando o significado do<br />
discurso e da vivência ao qual se cola, precisamos <strong>de</strong> outros<br />
tipos <strong>de</strong> dados.<br />
<strong>São</strong> dados <strong>de</strong> observa~ão participante sobre o coti-<br />
dIano, são documentos produzidos pelas pessoas ou documentos<br />
produzidos sobre a associa~ão e suas ativida<strong>de</strong>s por outras<br />
pessoas e meios <strong>de</strong> comunica~ão, enfim, "como o fazer e o dizer<br />
não coinci<strong>de</strong>m necessariamente, uma visão mais ampla <strong>de</strong> um modo <strong>de</strong><br />
vida só po<strong>de</strong> construir-se com base na consi<strong>de</strong>ra~ão do que se diz,<br />
do que se faz e do que se fala sobre o que se faz, como elementos<br />
que se complementam uns aos outros" Cal<strong>de</strong>ira (45).<br />
Os documentos utilizados são atas das reuniões,<br />
correspondência enviada e recebida;publica~ões da APASC; publica-<br />
~ões nos jornais da cida<strong>de</strong> e da capital sobre e da APASC; pautas<br />
das reuniões; anota~ões pessoais do que ocorria nas reuniões e<br />
. extra-reuniões;documentos do grupo <strong>de</strong> educa~ão <strong>ambiental</strong>.
ocorrido em papeis à parte <strong>para</strong> <strong>de</strong>~oisp~ssá-10s a limpo no livro<br />
ata, o que nem sempre qcorria - por falta <strong>de</strong> tempo e por um certo<br />
<strong>de</strong>sprezo à burocracia. Da mesma forma, muitas pessoas nlo tiveram<br />
termos lembrança e outras evidências da participação <strong>de</strong>ssas .pes-<br />
. .<br />
ambientais e lutas <strong>de</strong>batidas e/ou encaminhadas (locais e gerais)<br />
e ativida<strong>de</strong>s educacionais. Desse inventário também extraimos os<br />
nOmes <strong>de</strong> participantes mais citados par~ auxiliar na escolha dos<br />
nossos sujeitos a serem entrevistados.
Prefeitura<br />
se<strong>para</strong>do.<br />
A correspondência recebida da<br />
Municipal (no mesmo perlodo) foi<br />
Câmara e<br />
inventariada<br />
Correspondência enviada: Todos os oficios. cartas<br />
e circulares enviados a outras associações. instituições e<br />
associados foram or<strong>de</strong>nados segundo data <strong>de</strong> envio no periodo <strong>de</strong><br />
maio <strong>de</strong> 1977 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1986 ~ Anexamos um· mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>ssa<br />
or<strong>de</strong>nação on<strong>de</strong> explicitávamos data <strong>de</strong> remessa, entida<strong>de</strong> e assunto<br />
tratado.<br />
Publicacões da APASC: <strong>São</strong> aproximadamente 90<br />
publicações no·periodo <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 77 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 87. Anexo<br />
temos alguns exemplares e o sumário <strong>de</strong> todas (ou quase todas)<br />
elas. <strong>São</strong> cartazes, boletins, revistas. panfletos e mosquitos<br />
além <strong>de</strong> algumas circulares mimeografadas <strong>para</strong> a imprensa ou <strong>para</strong><br />
palestras.<br />
Apesar <strong>de</strong>las não serem peri6dicas, nelas temos<br />
retratados todos os acontecimentos da <strong>Associação</strong>, faltando apenas<br />
<strong>de</strong>talhamentos que s6 pu<strong>de</strong>mos encontrar nas atas e <strong>de</strong>poimentos dos<br />
associados.<br />
pyblicacões ~ Jornais: Proce<strong>de</strong>mos a um sumário<br />
<strong>de</strong> todas as publicações na imprensa <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e da Capital<br />
que encontravam-se nas pastas da <strong>Associação</strong>.· <strong>São</strong> publica9ões<br />
sobre a APASC e sobre lutas nas quais a APASC participava (repor-<br />
tagens e artigos) e artigos enviados pela APASC <strong>para</strong> a imprensa.<br />
Anexo encontramos parte <strong>de</strong>sse sumário e algumas fotoc6pias <strong>de</strong><br />
jornais.
algumas <strong>de</strong>scobertas como a introdução do item "bate-papo" no<br />
inicio <strong>de</strong> todas as reuniões e a não correspondência entre o<br />
internas, publica~ões, cartas <strong>de</strong> participantes <strong>para</strong> o autor da<br />
disserta~ão, fitas gravadas com palestras promovidas pelo grupo,<br />
anota~ões pessoais sobre o grupo.<br />
do grupo <strong>de</strong> educa~ão <strong>ambiental</strong> e nas interpreta~ões que fizemos<br />
sobre o papel educacional das organiza~ões não governmentais~<br />
Anotacões peSsoais: Não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> citar a<br />
importância que teve <strong>para</strong> nossos estudos as anotações que<br />
que lamos fazendo ao ,longo da militância e o seu significado,em<br />
nlvel individual e <strong>de</strong> nossa prática social.<br />
A análise <strong>de</strong> todos os documentos foi-nos útil na
Todos os documentos citados encontram-se, na<br />
integra, na se<strong>de</strong> da APASC e uma c6pia dos inventários encontra-se<br />
também com o autor <strong>de</strong>ssa dissertação.<br />
Por fim, "a minha interpreta~ão, apesar <strong>de</strong> ser <strong>de</strong><br />
segunda ou terceira mão, ou seja, interpretação <strong>de</strong> interpretações<br />
<strong>de</strong> maneira análoga à dos entrevistados (que é <strong>de</strong> primeira mão)<br />
consi<strong>de</strong>ra elementos do conhecimento, da mem6ria, da vivência,<br />
<strong>para</strong> ir construindo uma visão or<strong>de</strong>nada que neste caso, preten<strong>de</strong><br />
ser racionalmente l6gica (...) Parte dos dados <strong>para</strong> construir a<br />
minha interpreta~ão a seu respeito (...).. Cal<strong>de</strong> ira (46) . A<br />
inten~ão é a partir dos discursos das entrevistas, das anota~ões<br />
do vivenciado no dia á dia da associa~ão e dos documentos,<br />
construir uma interpreta~ão que amplie o entendimento sobre a<br />
associa~ão em pauta, sobre o movimento ecol6gico e o seu papel<br />
junto à socieda<strong>de</strong> e aos indivlduos que <strong>de</strong>le fazem parte <strong>de</strong> forma<br />
ativa. Mas, a interpreta~ão relatada, não se preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>finitiva<br />
e <strong>de</strong> modo algum única. Nem ao me~os po<strong>de</strong>mos dizer que faremos a<br />
mesma interpreta~ão dos mesmos dados se apresentados <strong>de</strong> maneira<br />
diferente e em outro momento. Po<strong>de</strong>mos afirmar que é a<br />
interpreta~ão que fazemos hoje na procura <strong>de</strong> contribu1rmos <strong>para</strong> o<br />
fazer polltico e pedag6gico do movimento ecol6gico e na busca <strong>de</strong><br />
horizontes significativos <strong>para</strong> o nosso fazer acadêmico, norteados<br />
pelo compromisso com a busca da terra <strong>para</strong> nossos filhos·:<br />
"Sou expulso <strong>de</strong> terras maternas e paternas e agora<br />
amo somente a terra dos meus filhos, ainda não <strong>de</strong>scoberta, no mar
distante.<br />
<strong>para</strong> ela direciono as minhas velas, numa busca sem fim".<br />
Nietz8che (47)
NOTAS<br />
CAPITULO I
(1) CAPRA, F. Q ponto ~ mutação. <strong>São</strong> Paulo, Ed. Cultrix, 1987,<br />
p. 81.<br />
(2) Em 1983, ingressamos no Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Educação<br />
da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - UFSCar, on<strong>de</strong><br />
apresentamos como projeto <strong>de</strong> pesquisa a proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvermos<br />
ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação <strong>ambiental</strong> junto à APASC.<br />
(3) Este trabalho foi iniciado por Paulo José Penalva Mancini<br />
com a colaboração <strong>de</strong> diversas seqretárias/estagiárias que<br />
passaram pela APASC, a partir <strong>de</strong> 1980. Nosso trabalho foi <strong>de</strong><br />
compilação dos anos anteriores e do ano <strong>de</strong> 1986.<br />
(4) CASTELLS, M. Cida<strong>de</strong>. <strong>de</strong>mocracia A socialismo. Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />
Ed. Paz e Terra, 1980.<br />
(5) MARCUSE, H.; BOSQUET, M. e outros. Ecologia ~ Revolucion.<br />
Buenos Aires, id. Nueva Visión, 1975. "En ultima instancia,<br />
18 lucha por exten<strong>de</strong>r el mundo <strong>de</strong> Ia belleza, <strong>de</strong> Ia<br />
violencia, <strong>de</strong> Ia calma, es una lucha politica".<br />
(6) KOSIK, K. - Dialética ~ concreto. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Ed. Paz<br />
e Terra, 1976.<br />
VAZQUEZ, A.' - Filosofia dA Práxis. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e<br />
Terra, 1977.<br />
TUNG, K. T. - Sobre ~prática. Apostila fotocopiada sem<br />
referências do editor.<br />
LANZARDO, D. - Marx e a enquete operária. In: Critica metodo16gica.<br />
inyestigacão social A enguete operária, organizado<br />
por Thiollent, M. <strong>São</strong> Paulo, Editora Polis, 1987. p.<br />
233-256.<br />
(7) EVERS, T. - A face oculta dos novos movimentos sociais. In:<br />
Noyos Estudos CEBRAP, vol.2, no. 4, 1984, p. 11 a 23.<br />
(8) VIOLA, E.J. - O movimento ecológico no Brasil (1974-86): do<br />
<strong>ambiental</strong>ismo à ecopolltica. ln: Reyista Brasileira ~<br />
Ciências Sociais. <strong>São</strong> Paulo, Cortez Editora, vol. 1, no.<br />
3, 1987, p.5 a 26.<br />
(9) CARDOSO, R. - Movimentos Sociais na América Latina. ln:<br />
Reyista Brasileira ~ Ciências Sociais, <strong>São</strong> Paulo, Cortez<br />
Editora, vol. 1, no. 3, 1987, p. 27 a 37.
(10) CALDEIRA, T. P. do R. - A polltica ~ outros. <strong>São</strong> Paulo,<br />
Brasiliense,1984,p.59.<br />
(11) BERMAN, M. - ~ ~ á sólido <strong>de</strong>smancha frQ aLo <strong>São</strong> Paulo,<br />
Companhia das Letras, 1987.<br />
(12) CAPRA, r. - Q ponto ~ Mutação. <strong>São</strong> Paulo, Ed. Cultrix,<br />
1987.<br />
(13) WEIL, S. - A condição operáriã ~ outros estudos sobre oprea-<br />
AlQ. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1979.<br />
(14) BRANDAO, C. R. - Pesquisa participante. <strong>São</strong> Paulo. Ed. Brasiliense,<br />
1982.<br />
(15) LOBROT, M. - Animação niQ diretiya da grupos. Lisboa. Moraes<br />
Id., 1977.<br />
·Este livro alertou-nos <strong>para</strong> a importância <strong>de</strong> contar-se<br />
a hist6ria do autor e do contexto em que foi escrito<br />
o trabalho, propiciando ao leitor uma compreensão mais<br />
abrangente da obra. .<br />
(16) THIOLLENT, M. - Metodologia da pesquisa-ação. <strong>São</strong> Paulo,<br />
Cortez Autores Associados, 1986, p. 16.<br />
a~ao é<br />
qua~:<br />
Thiollent diz: "consi<strong>de</strong>ramos· que a pesquisa<br />
uma estratégia metodo16gica da pesquisa social na<br />
a) há uma ampla e expllcita interação entre pesquisadores<br />
e pessoas implicadas na situação investigada;<br />
b) <strong>de</strong>sta interação resulta a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s<br />
dos problemas a serem pesquisados e das soluções a serem<br />
encaminhadas sob forma <strong>de</strong> ação concreta;<br />
c) o objeto <strong>de</strong> investigação não é constituldo<br />
pelas pessoas e sim pela situação social e pelos problemas<br />
<strong>de</strong> diferentes naturezas encontrados nesta situação;<br />
d) o objetivo da pesquisa - ação consiste em resolver<br />
ou, pelo menos, em esclarecer os·problemas da situação<br />
observada;<br />
e) há durante o processo, um acompanhamento das<br />
<strong>de</strong>cisões, das ações e <strong>de</strong> toda a ativida<strong>de</strong> intencional dos<br />
atores da situação; .
f) a pesquisa não se limita a uma forma <strong>de</strong> ação<br />
(risco <strong>de</strong> ativismo): preten<strong>de</strong>-se aumentar o conhecimento dos<br />
pesquisadores e o conhecimento ou o "nivel <strong>de</strong> consciência"<br />
das pessoas e grupos consi<strong>de</strong>rados ou em uma <strong>de</strong>finição mais<br />
sintética: "a pesquisa-ação é um tipo <strong>de</strong> pesquisa social com<br />
base empirica que é concebida e realizada em estreita associação<br />
bom uma ação ou com a resolução <strong>de</strong> um problema coletivo<br />
e no qual os pesquisadores e os participantes representativos<br />
da situa~ão ou do problema estão envolvidos <strong>de</strong> modo<br />
cooperativo ou participativo" .<br />
.<br />
(17) GOHN, M. - A pesquisa nas ciências sociaIs: consi<strong>de</strong>rações<br />
metodo16gicas. ln: Ca<strong>de</strong>rnos CEDES no. 12, <strong>São</strong> Paulo,<br />
.Cortez id., 1985,·p. 11.<br />
nA ciência. na pesquisa, IPilitante ou participante,<br />
não se constitui numa ativida<strong>de</strong> marginal aos acontecimentos<br />
do social. Ela emerge como resultado da reflexão<br />
sobre a práxis cotidiana (,..). A pesquisa se realiza como<br />
fruto <strong>de</strong> uma'necessida<strong>de</strong> hist6rica na qual há uma i<strong>de</strong>ntificação<br />
do pesquisador e dos pesquisados em termos <strong>de</strong> uma<br />
vonta<strong>de</strong> coletiva (...). Trata-se <strong>de</strong> uma nova forma <strong>de</strong> trabalhar<br />
a relação sujeito-objeto a qual não ê uma simples<br />
interação. que se estabelece. E uma troca efetiva na qual o<br />
pesquisador ... capta o universo <strong>de</strong> representações dos novos<br />
sujeitos (antes ... objetos) procura <strong>de</strong>svendar as relações,<br />
contradições e conflitos envolvidos e se engaja efetivamente<br />
na luta pela busca <strong>de</strong> caminhos <strong>para</strong> a transformação da<br />
socieda<strong>de</strong> (~..) o pesquisador participa <strong>de</strong> construção e<br />
<strong>de</strong>svendamento da realida<strong>de</strong> que está sendo vivenciada, . através<br />
<strong>de</strong> práticas educativas (...)u.<br />
(18) LUDKE,··M. e ANDRE, M.- Pesquisa ~ Educacão: abordagens Q.Wl=.<br />
litatiyas. <strong>São</strong> Paulo, EPU, 1986.<br />
'tA pesquisa qualitativa envolve a obtenção <strong>de</strong><br />
dados <strong>de</strong>scritivos, obtidos no contato direto do pesquisador<br />
com a situa~ão estudada, enfatiza mais o processo do que o<br />
produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes.<br />
Entre as várias formas que po<strong>de</strong> assumir uma pesquisa<br />
qualitativa <strong>de</strong>stacam-se a pesquisa do tipo etnográfico e o<br />
estudo <strong>de</strong> caso (...)u. (p. 13)..<br />
Fireston e Dawson (1981) também citados por Ludke<br />
e André na obra já citada (p. 14) resumem critérios <strong>para</strong><br />
utilização <strong>de</strong> abordagem etnográfica nas pesquisas que apontam<br />
<strong>para</strong> a re<strong>de</strong>scoberta, do p'roblemaa partir <strong>de</strong> uma interaçlo<br />
flex1vel coma situação estudada; "o etn6grafo evita a<br />
<strong>de</strong>fini~ão rigida e aprior1stica <strong>de</strong> hip6teses" e procura, a<br />
partir da situação estudada, aprimorar e re<strong>de</strong>finir o problema<br />
investigado. Além disso as abordagens etnográficas 'procuram<br />
combinar vários métodos <strong>de</strong> coleta, todos eles envolvendo<br />
diretamente o pesquisador pelos periodos <strong>de</strong> tempo mais lon-
gos p06siveis, sendo a "observação direta das ativida<strong>de</strong>6 do<br />
grupo estudado e as entrevistas com os informantes <strong>para</strong><br />
captar suas explicacões e interpretações do que ocorre ne6se<br />
grupo" as principais.<br />
Os autores (p. 15) são enfáticos ao afirmar que<br />
"não existe um método que possa ser recomendado como o<br />
melhor ou mais efetivo (...) a escolha do método se faz em<br />
função do tipo <strong>de</strong> problema estudado" e eles po<strong>de</strong>m ser revistos<br />
à medida em que os dados apontem outras perguntas e<br />
necessida<strong>de</strong>s.<br />
As investigações. segundo esses autores. <strong>de</strong>senvolvem-se<br />
em "três etapas: exploração. <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong>scoberta".<br />
Na primeira. a partir da <strong>de</strong>finição do local e dos problemas<br />
a serem estudados., elabora-se a seleção dos aspectos que<br />
serão mais sistematicamente investigados. Na segunda seleciona-se<br />
os dados necessários <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r às questões<br />
formuladas e procur:"'secoletá-los. A terceira etapa "consiste<br />
na explicação da realida<strong>de</strong>. isto ê. na' tentativa <strong>de</strong><br />
encontrar os'principios subjacentes ao fenômeno estudado e<br />
<strong>de</strong> situar as várias <strong>de</strong>scobertas num contexto mais amplo" (p.<br />
15 e 16) ..<br />
Quanto ao "estudo <strong>de</strong> caso" ê o estudo <strong>de</strong> um caso<br />
procurando se manter atento a todos os elementos que po<strong>de</strong>m<br />
surgir como importantes durante o processo <strong>de</strong> investigação.<br />
Segundo Ludke e André (p. 17) o estudo <strong>de</strong> caso enfatiza a<br />
interpretação em contexto procurando retratar a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
forma completa e profunda. utilizando <strong>de</strong> diversas fontes <strong>de</strong><br />
informações.<br />
Nos estudos <strong>de</strong> caso o pesquisador procura relatar<br />
as suas experiências durante o estudo. seus pontos <strong>de</strong> vista.<br />
e representar os diferentes e as vezes conflitantes. pontos<br />
<strong>de</strong> vista presentes numa situação social.<br />
(19) GEERTZ, C. - A inter~retacAo daA culturas. Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Zahar Editores, 1978.p. 1 a 41.<br />
Segundo GEERTZ a análise antropológica como forma,<br />
<strong>de</strong> conhecimento é entendida como a prática etnográfica <strong>de</strong><br />
elaborar-se uma <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>nsa e <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>nsa ê "uma<br />
hierarquia estratificada <strong>de</strong> estruturas significantes em<br />
termos das quais (...) "os fenômenos" são produzidos, percebidos<br />
e interpretados, e sem as quais eles <strong>de</strong> fato não<br />
existiriam". (p.17). O etnõgrafo tem que procurar O' seu<br />
caminho através <strong>de</strong> "estruturas superpostas <strong>de</strong> inferências<br />
e implicações" (p. 17). "O que chamamos <strong>de</strong> ~ossos dados são<br />
realmente nossa própria construção das construções <strong>de</strong> outras<br />
pessoas" (...). A análise é. portanto. escolher entre as<br />
estruturas <strong>de</strong> significação (...) e <strong>de</strong>terminar sua base social<br />
e sua importância" (p. 19).
"Situar-nos, um negócio enervante que s6 é b~m<br />
sucedido parcialmente, eis no que consiste a pesquisa etnográfica<br />
como experiência pessoal. Tentar formular a base na<br />
qual se imagina, sempre excessivamente, estar-se situado,<br />
eis no que consiste o texto antropo16gico como empreendimento<br />
cientlfico" (p. 23). "( ...) o objetivo da antropologia é<br />
o alargamento do universo do discurso humano" (p. 24).<br />
"O etn6grafo 'inscreve' o discurso social: ele o<br />
anota. Ao fazê-lo ele o transforma <strong>de</strong> acontecimento passado,<br />
que existe apenas em seu pr6prio momento <strong>de</strong> ocorrência. em<br />
um relato. que existe em sua inscrição e que po<strong>de</strong> ser consultado<br />
novamente" (p. 29).<br />
"Olhar as di~ensões simbólicas da a9ão social<br />
(..•) 6 mergulhar no meio <strong>de</strong>las" (p. 40) .<br />
.<br />
(21) QlL...~. p. 46 - "Frank. 1981. 160-6 in Thiollent".<br />
(23) TASSARA. E.T.<strong>de</strong> O. - Análise ~ um programa ~ interyencão<br />
sobre ~ sistema educacional: ~ promessa à possibilida<strong>de</strong>.<br />
In: Tese <strong>de</strong> Doutorado. Instituto <strong>de</strong> Psicologia, USP, <strong>São</strong><br />
Paulo. 1982. .<br />
(28) ARENDT, H Homens ~ tempos sombrios. <strong>São</strong> Paulo. Com~<br />
panhia das Letras. 1987. p. 78.<br />
(29) Apud CALDEIRA, T.P. do R A Po11tica ~ outros. <strong>São</strong><br />
Paulo. Brasiliense. 1984, p. 143.<br />
(30) FERREIRA. R. M. F. - Meninos d&. Rw&,. ·<strong>São</strong> Paulo, Prol Ed.<br />
Gráfica, P. 25.
(33) ° Conselho Consultivo da APASC era formado por <strong>de</strong>cisão da<br />
diretoria e contava com a participação <strong>de</strong> cientistas e<br />
pessoas que se <strong>de</strong>stacavam em suas áreas <strong>de</strong> atuação.<br />
(34) A <strong>de</strong>scrição dos .sujeitos entrevistados encontra-se ao final<br />
<strong>de</strong>stas notas.<br />
(35) NIETZSCHE, F. citado pot J6lio R. Groppa Aquino<br />
estudante <strong>de</strong> pós-graduação em Psicologia Educacional, OSP,<br />
SP, em conversa ~nformal.<br />
(~6) A enquete e textos a ela anexados encontram-se reproduzidos<br />
na integra ao'final do Capitulo 111.<br />
(37) THIOLLENT; M.J.M. - Critica MetodoI6~ica. investigacão ~<br />
~ ~ enguete operária. <strong>São</strong> Paulo, Ed. P6lis, 1980.<br />
(38) HOBER, J - .~ ~ mudar todas ~ coisas: ~ alternativas<br />
~ movimento alternativo. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e<br />
Terra, 1985.<br />
(39) Movimento Ecológico Livre - Florian6polis - QA valores ~<br />
logistas, Florian6polis. Cx. Postal 5011.<br />
(40) LAGO, A ,PADOA, J. A<br />
Paulo, Ed. Brasiliense, 1986.<br />
(42) Todos eles da ONESP-Assis: três do curso <strong>de</strong> Psicologia e um<br />
do curso <strong>de</strong> .Hist6ria.<br />
(44) Id.ibid., p. 144.<br />
(45) Id.ibid., p. 145.
(47) Apud ALVES, R. - A gestãQ dQ futuro. Campinas, S.P., Papirus,<br />
1986.<br />
P - Sócio Fundador (na época fazia o 10. ano <strong>de</strong> Biologia na<br />
UFSCar);' participou <strong>de</strong> todas as diretorias; naturalista,<br />
dono <strong>de</strong> entreposto e restaurante <strong>de</strong> produtos naturais; professor<br />
<strong>de</strong> Biologia; dois fiihos; <strong>São</strong> Carlense; 32 anos(a<br />
ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos associados e'dada em junho <strong>de</strong> 1988).<br />
H - Sócio fundador (na época fazia 10. ano <strong>de</strong> Enfermagem na<br />
UFSCar); participou ativamente até 1980, quando formou-se e<br />
foi especializar-se em Sad<strong>de</strong> Pdblica e trabalhar em outras<br />
cida<strong>de</strong>s. Atualmente em <strong>São</strong> Paulo é diretor do Centro ,<strong>de</strong><br />
Saúd~ do Estado; são-carlense, 31 anos.<br />
c - Sócia 'fundadora (na época fazia 20. ano <strong>de</strong> Biologia na<br />
UFSCar); participou ativamente até aproximadamente 1980.<br />
Atualmente faz pós-graduação em Engenharia Florestal na<br />
ESALQ/USP; 32 anos. . .<br />
E - Associou-se em 1979 (quando era estudante <strong>de</strong> Quimica na<br />
UFSCAR); tendo participado <strong>de</strong> uma diretoria como tesoureiro.'<br />
Atualmente está terminando seu mestrado em Quimica. Professor<br />
<strong>de</strong> Ciências e Quimica em 10., 20. e 30. grau; <strong>São</strong> Carlense,<br />
30anos.<br />
T - Conselheiro consultivo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1981, ProfessorDr. (por<br />
notório saber) <strong>de</strong> Química e chefe do Setor Administrativo da<br />
UFSCar; reconhecido por seus conhecimentos sobre a região,<br />
ex-orquidófilo, aviador, naturalista no sentido científico<br />
do termo. '<br />
N - Associou-se e participou ativamente nos anos <strong>de</strong> 1984 a<br />
19a6. Enfermeira pós-graduada em Educação Especial na<br />
UFSCar; coor<strong>de</strong>nadora e apresentadora do programa radiofônico<br />
(AM) "Vida Natural"; oriunda <strong>de</strong> Jad, veio estudar em <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong> em 1976.<br />
R - P~rticipou da assembléia <strong>de</strong> fundação, mas só associou-se<br />
em 1984, quando participou da compra do Restaurante Mamãe<br />
Natureza e logo em seguida da diretoria da APASC, sendo<br />
diretor até hoje. Professor Doutor <strong>de</strong> Quimica da UFSCar;<br />
veio <strong>para</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> oriundo do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul; casado,
I - Associou-se e tem sido eleita presi<strong>de</strong>nte da APASC <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
1984. Na época era secretária-administrativa da direção <strong>de</strong><br />
uma gran<strong>de</strong> fábrica <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Hoje cuida <strong>de</strong> sua chácara,<br />
e faz trabalhos manuais; está ,organizando uma associação<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do menor abandonado; alemã, casada. 2<br />
filhos.<br />
K - Associou-se em 1984, t~ndo participado <strong>de</strong> todas as<br />
diretorias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então. Na época era estudante <strong>de</strong> Engenharia<br />
<strong>de</strong> Produção e funcionário (na área) <strong>de</strong> uma industria <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong>. Hoje é professor do Departamento <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong><br />
Produç~o da UFSCar; 29 anos. casado. 2 filhos, veio <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
Paulo em 1977 <strong>para</strong> estudar na UFSCar; foi diretor do DCElivre<br />
UFSCar.<br />
B - Associou-se em 1984, tendo sido diretor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 86. Engenheiro<br />
Civil pela Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais. veio <strong>para</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong> fazer pós-graduação em Engenharia Sanitária. Atualmente<br />
faz'seu doutorado nessa área. Casado. 2 filhos. Em<br />
Belo Horizonte participou da coor<strong>de</strong>nação do Centro Acadêmico.<br />
'<br />
H - Associou-se em 1980 quando era estudante <strong>de</strong> Biologia na<br />
UFSCAR. Foi· da diretoria neste ano. Des<strong>de</strong> então colabora<br />
como po<strong>de</strong>. Professora <strong>de</strong> Ciências e Biologia. faz mestrado<br />
em Ecologia na UFSCar. 29 anos, casada. 2 filhas. Veio <strong>para</strong><br />
510 <strong>Carlos</strong> proveniente <strong>de</strong> Mogi-Mirim.<br />
5 - Participou ativamente do grupo da favela, quando associou-se<br />
â APASC. Engenheiro elétrico pela EESC/USP, na época<br />
fazia pós graduação na USP/SP. e trabalhos como profissional<br />
liberal em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Atualmente é professor do Departamento<br />
<strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Materiais da UFSCar. 37 anos,<br />
casado. 2 filhas. veio <strong>para</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> proveniente <strong>de</strong> Marilia.<br />
o - Participou ativamente do grupo da favela. tendo sido<br />
vice-presi<strong>de</strong>nte da APASC. Na'época era estudante do último<br />
ano <strong>de</strong> Engenharia Civil na EESC/USP.Atualmente trabalha como<br />
profissional liberal na sua área. <strong>de</strong> formação; 34 anos,<br />
casado. veio <strong>de</strong> Araraquara <strong>para</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> <strong>para</strong> estudar.<br />
D - Participou das diretorias da APASC nas gestões <strong>de</strong> 1985 e<br />
1986. quando era estudante <strong>de</strong> Biologia; solteira, atualmente<br />
trabalha como agricultora em terras da familia em Ollmpia.
Baseando-se em sua memória e olhando a<br />
rela9ão <strong>de</strong> associados da APASC (em anexo) procure<br />
relacionar o nome das pessoas (associadas ou não) que<br />
tiveram atua9ão mais significativa junto à associa9ão<br />
durante o tempo que você <strong>de</strong>la participou (cite· alguns<br />
itens da atua9ão <strong>de</strong> cada pessoa re~acionada).<br />
Estou tentando redigir minha disserta9ão<br />
<strong>de</strong> mestrado sobre a história da APASC, mas muitas vezes<br />
os documentos não retratam a realida<strong>de</strong> pois sempre fomos<br />
muito pregui90soS <strong>para</strong> redigir atas e <strong>de</strong>ixar tudo anotadinho.<br />
Dai estar necessitando recorrer à memória daqueles<br />
que fizeram parte da diretoria da APASC.<br />
Envio-lhe também um envelope selado <strong>para</strong><br />
facilitar-lhe a tarefa <strong>de</strong> <strong>de</strong>volu9ão das informa9ões solicitadas.<br />
Quando você encontrar alguma lacuna na<br />
lista anexa e souber como preenchê-Ia e quando quiser<br />
fazer algum comentário sobre a participa9ão do associado,<br />
faca-o.
APASC: SEUS OBJETIVOS. HISTORIA.<br />
CARACTERISTICAS E ATIVIDADES
Po<strong>de</strong>riamos <strong>de</strong>finir a APASC - Associa~ão <strong>para</strong> Pro-<br />
te~ão Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>- como uma organiza~ão <strong>de</strong> pesoas<br />
•<br />
1. Incentivar a <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong> em geral e<br />
lutar pela preservação <strong>de</strong> ecossistemas naturais,<br />
em particular <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>;<br />
2. Realizar e promover a realização <strong>de</strong> pesquisas<br />
referentes à conserva~ão da natureza;
3. Difundir conceitoeconservacionistas através<br />
<strong>de</strong> cursos, publicações, palestras, concursos e<br />
filmes;<br />
4. Incentivar a criação <strong>de</strong> reservas naturais na<br />
região, colaborando, se poss1vel, na sua implantação,<br />
e a <strong>proteção</strong> <strong>de</strong> animais, em particular<br />
os em extinção;<br />
5. Defen<strong>de</strong>r e promover o bem estar f1sico do<br />
homem enquanto sujeito a ações <strong>de</strong>gradantes <strong>de</strong><br />
qualquer natureza.<br />
gestionária; estimular a c9munida<strong>de</strong> a <strong>de</strong>bater seus problemas e<br />
encontrar formas <strong>de</strong> atuar sobre eles visando a melhoria da quali-
Semana <strong>de</strong> Estudos Eco16gicos <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong> - Até o dia 21 <strong>de</strong> maio. realizar-se-á.<br />
no audit6rio do SENAC<br />
<strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> -na rua Episcopal.<br />
688/700. uma série <strong>de</strong> palestras.<br />
exposições e painéi& e filmes versando<br />
sobre Ecologia. O programa é o<br />
seguinte: dia 17 - Prof. Samuel<br />
Murgel Branco - Aspectos ecológicos<br />
da Poluição da Agua; dia 18 - Dr.<br />
Wal<strong>de</strong>mar Ferreira <strong>de</strong> Almeida - Poluiçào<br />
Ambiental e contaminação <strong>de</strong><br />
alimentos. Dia 19 - Prof. J. Reis -<br />
Ecologia Geral ( a confirmar): dia<br />
20 - Prof. Mario Tolentino - Problemas<br />
ecológicos <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>= dia 21<br />
- Prof. Alberto Carvalho Peret "- a<br />
ser realizada às 15 h.<br />
Os painéis expostos são os apresentados<br />
em Vancouver, Canadá. por<br />
ocasião da conferência do Habitat<br />
promovida pela ONU. Esta "Semana <strong>de</strong><br />
E8t~dos Ecol6gicos" estã sendo promovida<br />
pelo Centro <strong>de</strong> Estudos e<br />
Pesquisa dos alunos <strong>de</strong> Biologia e<br />
Enfermagem da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, SENAC. e patrocinada<br />
pelo Conselho Municipal <strong>de</strong> Cultura e<br />
Comissão Municipal <strong>de</strong> Turismo e DCE<br />
livre UFSCar.
problemas ecológicos em sua conotação social. Jã em 76, seus<br />
participantes divulgavam nota (Anexo ) <strong>para</strong> a imprensa da cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>monstrando suas preocupa~ões sociais em torno do tema ecologia.<br />
1m 1977, <strong>de</strong>vido a influências como a rearticulação<br />
do movimento estudantil e suas tendências (que retomavam as<br />
greves por problemas locais e os movimentos reivindicat6rio~ mais<br />
gerais) e as <strong>de</strong>núncias cada vez mais frequentes <strong>de</strong> agressões ao<br />
meio ambiente, às liberda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mocráticas e aos direitos funda-<br />
mentais dos cidadãos por parte do regime militar (3), existia um<br />
maior anseio e expectativa dos estudantes <strong>de</strong> ouvirem pessoas que<br />
fizessem essas <strong>de</strong>núncias abertamente e apontassem <strong>para</strong> mecanismos<br />
<strong>de</strong> mobilização e reivindicação.<br />
Desta forma o·curso foi organizado, sob o nosso<br />
ponto <strong>de</strong> vista" em clima <strong>de</strong> temerosa contestação, não s6 às<br />
diretrizes dos cientistas do Departamento <strong>de</strong> Ciências Biol6gicas<br />
da UF5Car (4) mas também -ao governo brasileiro e toda sua politi-<br />
caeconômica <strong>de</strong> <strong>de</strong>vastação (Transamazônica, Perimetral Norte,<br />
poluiç!o em S!o Paulo, Usinas atômicas ...). Apesar dos temas das<br />
conferências e dos nomes escolhidos <strong>para</strong> ministrá-Ias n!o darem<br />
perfeita <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>sse clima <strong>de</strong> contestaç!o, pu<strong>de</strong>mos acompa-<br />
nhá-lo nas reuniões <strong>de</strong> organização do Ciclo e nos <strong>de</strong>bates que<br />
ocorriam ap6s cada conferência (5).<br />
Outra necessida<strong>de</strong> presente era a <strong>de</strong> se estimular a<br />
formação <strong>de</strong> organizações que auxiliassem na tarefa <strong>de</strong> contestação<br />
do estabelecido, visto que viviamos momentos <strong>de</strong> extrema <strong>de</strong>bilida-<br />
. <strong>de</strong> organizacional da socieda<strong>de</strong> civil in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Estado e da
clan<strong>de</strong>stinos <strong>de</strong> esquerda em rearticulaQão (6) e por outro lado,<br />
dos biólogos e algumas outras pessoas. na sua maioria estudantes.<br />
que viam em alguns exemplos <strong>de</strong> organiza~ão <strong>de</strong> ecologistas/conser-<br />
~<br />
AGAPAN; Fundação Brasileira <strong>para</strong> Conservação da Natureza - FBCN.<br />
Então, ao final qa semana. todos os presentes<br />
foram convidados <strong>para</strong> uma reunião <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong>. A reunião realizou-se no dia 28/05 nas <strong>de</strong>pen-<br />
dências do 5ENAC <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Estavam presentes 13 pessoas que<br />
<strong>de</strong>liberaram pela formação <strong>de</strong> uma diretoria provisória e uma<br />
comissão <strong>para</strong> elaborar o ante-projeto dos estatutos. Esse ante-<br />
projeto foi elaborado com base nas orientaQões das entida<strong>de</strong>s que<br />
enviaram as primeiras correspondências (7) (algumas com cópias<br />
dos seus estatutos) e na pequena experiência dos participantes.<br />
Conseguiu-se elaborar o ante-projeto dos es~atutos <strong>para</strong> a sua<br />
(Anexo) e inicia-se a filiaQão dos associados.<br />
Em marQo do mesmo ano (dia 15), a Câmara M~nicipal
çào. Das propostas apresentadas ã comissão julgadora, constitu1da<br />
por profissionais da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque em suas áreas, escolheu-<br />
se o simbolo (anexo ) <strong>de</strong> um estudante secundarista que estava<br />
começando a participar da APASC.<br />
A associação tem como instância superior <strong>de</strong> <strong>de</strong>li-<br />
beração as assembléias, on<strong>de</strong> todo o associado tem direito'a um<br />
voto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da catego~ia em que se associou. Quanto<br />
6s instâncias imediàtamente inferiores à assembléia, pelos esta-<br />
tutos seriam a diretoria e <strong>de</strong>pois o.presi<strong>de</strong>nte, porém,na prática,<br />
o que tem funcionado como instância <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão abaixo das assem-<br />
bléias slo as reuniões gerais (e)e os grupos <strong>de</strong> trabalho,existin-<br />
do um aran<strong>de</strong> espaço <strong>para</strong> as iniciativas individuàis em nome da<br />
entida<strong>de</strong>, sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação pela reunião geral. Os<br />
cargos <strong>de</strong> diretoria assumem em todas as gestões um caráter pr6-<br />
forma {em termos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r formal, pois em termos <strong>de</strong> trabalho<br />
sempre sobrecarregaram seus titulares, 'ao menos aqu~les que os<br />
assumiram propriamente)POis as <strong>de</strong>cisões sempre foram tomadas em<br />
reuniões abertas semanais, com direito a voz e voto <strong>para</strong> todos os<br />
presentes. Quase sempre as <strong>de</strong>liberações foram consensuais, a não<br />
ser em duas oportunida<strong>de</strong>s. A primeira por oçasião da Campanha "A<br />
Amazônia é Nossa!" quando diversas pessoas ligadas a tendências<br />
do movimento estudantil estiveram presentes a uma reunilo e<br />
pediram que se votasse a respeito <strong>de</strong> uma publicação sobre o<br />
assunto, em contraposição a uma outra que a diretoria da APASC<br />
<strong>de</strong>fendia. Todos os presentes, ,inclusive os nlo-associados, vota-
am e saiu vencedora a proposta da maioria dos diretores da<br />
APASC, sendo que o movimento prosseguiu coeso. A segunda oportu-<br />
nida<strong>de</strong> em que houve votação.é mais recente. por ocasião '<strong>de</strong><br />
uma polêmica sobre a participação da APASC junto a uma comissão<br />
"pró-Parque Ecológico", quando, uma parte dos participantes opta-<br />
va por romper-se com a Prefeitura e <strong>de</strong>nunciar a morosida<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ração com que esta encaminhava as providências prognos-<br />
ticadas pela comissão e,outra parte da diretoria.achava prematuro<br />
o ro~pimento e <strong>de</strong>núncia pública, achando mais pru<strong>de</strong>nte aguardar<br />
as providências prometidas pelo Prefeito. Vencedora esta segunda<br />
proposta '(<strong>de</strong> conciliação),configurou-se a nosso ver um afasta-<br />
mento dos <strong>de</strong>fensores da primeira, da diretoria e do próprio grup~<br />
<strong>de</strong> trabalho sobre o Parque Ecológico.<br />
Quanto aos grupos <strong>de</strong> trabalho, eles têm vida pra-<br />
ticamente autônoma, estabelecendo-se um principio <strong>de</strong> que <strong>de</strong>vem<br />
informar às reuniões gerais ordinárias sobre os andamentos dos<br />
seus trabalhos e,caso tomem alguma atitu<strong>de</strong> que se choque com os<br />
estatutos da entida<strong>de</strong>.então cabe a uma assembléia geral <strong>de</strong>liberar<br />
sobre ,~ que fazer, sen~o da competência do grupo. em última<br />
análise. <strong>de</strong>cidi~se permanece ligado à APASC ou se <strong>de</strong>la se <strong>de</strong>sli-<br />
ga. Só recentemente. por ocasião da compra do Restaurante Mamãe<br />
Natureza (que envolveu um grupo <strong>de</strong> 40 pessoas que contribuiram<br />
financeiramente e se constituiram.num grupo <strong>de</strong> trabalho da enti-<br />
da<strong>de</strong> que precisava <strong>de</strong>'certas garantias <strong>de</strong> que iria receber <strong>de</strong><br />
volta essa contribuição financeira), foi incluso nos estatutos um<br />
item "grupos autônomos" que legaliza essa prática (Anexo).<br />
O Conselho Consultivo é formado por <strong>de</strong>liberaçao
da diretoria (das reuniões gerais). E composto por profissionais<br />
simpáticos à APASC e ã causa ecol6gica e que se <strong>de</strong>staquem pelos<br />
as presta~ões <strong>de</strong> conta da APASC <strong>para</strong> efeitos <strong>de</strong> liberação dos<br />
duodécimos da Prefeitura (9).<br />
-<br />
que chegava. Então. em 1982. contratou-se o servi90 <strong>de</strong> uma secre-<br />
tária/estagiãria que além <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nar a se<strong>de</strong>. colocava em dia a<br />
correspondência e mantinha a se<strong>de</strong> aberta meio perlodo. facilitan-
engajada aos i<strong>de</strong>ais da APASC e nem podia ser diferente, pois o<br />
salário que se propunha era irrisório e o compromisso que se<br />
esperava <strong>de</strong>ssa pessoa era enorme. A quarta gestão funcionou~parte<br />
do seu mandato,na mesma se<strong>de</strong> e outra parte (<strong>de</strong>vido à necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>volver o quarto <strong>para</strong> o proprietário) num pequeno quarto<br />
alugado nos fundos do quintal da.casa <strong>de</strong> um simpatizante. As<br />
reuniões então passaram a ser na CDCC (12). Em 83, alugou-se um<br />
quarto nos fundos do quintal da casa <strong>de</strong> um diretor da APASC, on<strong>de</strong><br />
passou a funcionar a se<strong>de</strong> da associa~ão e parte das reuniões,<br />
visto que, quando se promovia algum evento cultural ou esperava-<br />
se um público maior realizava-se a reunião na CDCC ou no salão<br />
Nobre da Prefeitura Municipal. Essa situa~lo permaneceu inaltera-<br />
da até abril <strong>de</strong> 1986, quando finalmente a Prefeitura ce<strong>de</strong>u <strong>para</strong><br />
uso da APASC uma "casinha" (o monumento em homenagem a Anita<br />
Garibaldi) localizada no centro da pra~a Paulino <strong>Carlos</strong> (13). Ali<br />
passou-se a realizar as reuniões e abriu-se os arquivos e acêrvo<br />
à consulta da popula~ão.<br />
A partir <strong>de</strong> 1982,a APASC sempre teve uma (um) se-<br />
cretária{o) estagiária(o) (14),trabalhando meio perlodo na se<strong>de</strong>,<br />
mantendo-a ab~rta e agilizando servi~os <strong>de</strong> correspondências,<br />
arquivos e outras tarefas administrativas. Todos, durante o pouco<br />
tempo que ficaram como secretárias (os), contribulram <strong>para</strong>, no<br />
mlnimo, ajudar o secretário/diretor a manter a correspondência em<br />
dia e montar os arquivos <strong>de</strong> recortes <strong>de</strong> jornais e publica~ões<br />
(revistas, livros,· pastas <strong>de</strong> recortes <strong>de</strong> revistas e jornais)<br />
doados por associados.
Quanto aos arquivos da APASC, encontramos em <strong>de</strong>-<br />
zembro <strong>de</strong> 1986, na se<strong>de</strong> da associa~ão, pastas com recortes <strong>de</strong><br />
jornais agrupados sob diversos titulos (15). Além <strong>de</strong>stas, existem<br />
pastas com correspondência <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s, órgãos governa-<br />
mentais, grupos <strong>de</strong> trabalho da APASC, arquivo <strong>de</strong> publicações da<br />
APASC e <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s, material burocrático fotografias,<br />
etc. (16).<br />
Na primeira diretoria eleita na reunião <strong>de</strong><br />
fundação da entida<strong>de</strong> todos, à exceção da presi<strong>de</strong>nte e do 20.<br />
tesoureiro (que substituiu o originalmente escolhido por este<br />
haver se afastado das reuniões), eram estudantes da Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong><strong>Carlos</strong> - UFSCar ( o vice-presi<strong>de</strong>nte e o 10. tesou-<br />
reiro <strong>de</strong> Biologia e o 10. secretário, <strong>de</strong> Enfermagem-todos no<br />
primeiro ano; a 2a. secretária era Auxiliar <strong>de</strong> escritório, tempo-<br />
rariamente em uma firma <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. pois era estudante <strong>de</strong><br />
Fónoaudiólogia da PUC <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo e se pre<strong>para</strong>va <strong>para</strong> o vestibu-<br />
lar em Pedagogia na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>; o tesou-<br />
reiro que se afastou da entida<strong>de</strong> era estudante <strong>de</strong> F1sica). A<br />
presi<strong>de</strong>nte. que não era das participantes mais ativas ocupou a<br />
presidência em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser a única pessoa não estudante - era<br />
professora <strong>de</strong> Ciências - e <strong>de</strong> estar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os pre<strong>para</strong>tivos <strong>para</strong> a<br />
"Semana <strong>de</strong> Ecologia" dando força através dO.SENAC e do Colégio<br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, levando suas alunas <strong>para</strong> as palestras. O 20. tesou-<br />
reiro substituto era professor <strong>de</strong> F1sica da UFSCAR e teve parti-<br />
cipação importante na apro~ação dos estatutos e nas reuniões
· Além dos componentes da diretoria. tinhamos a<br />
participa~ão assidua <strong>de</strong> algumas outras pessoas e.esporádica. da-<br />
quelas que se interessavam por algum ponto especifico da pauta<br />
das reuniões ou simplesmente eram simpáticas a idéia mas não se<br />
,<br />
envolviam com uma militância mais constante.<br />
dantes universitários (cinco da 'UFSCAR - dois <strong>de</strong> Biologia. um <strong>de</strong><br />
Enfermagem. um <strong>de</strong>.Pedagogia e um <strong>de</strong> Computa~ão; um da USP <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
110 associados. 30 votaram (29 na chapa única e 1 em branco).<br />
Seus diretores tomam posse no dia 27/08/80. Quase todos eram
vice-presidência foi <strong>de</strong>stinada a um elemento <strong>de</strong> ligação entre o<br />
grupo da Favela e a diretoria. Quanto ao grupo da Boa Vista 11,<br />
dois diretores, que já eram da diretoria anterior, permaneceram<br />
como elementos <strong>de</strong> ligação. Na realida<strong>de</strong> essa tentativa <strong>de</strong> repre-<br />
sentação s6 funcionou quando o membro da diretoria comeQou a<br />
participar do grupo <strong>de</strong> trabalho (nunca no sentido contrário).<br />
Como veremos mais adiante, todas ás tentativas'<strong>de</strong> trazer,membros<br />
dos grupos <strong>de</strong> trabalho <strong>para</strong> a diretoria foram atos artificiais.<br />
,<br />
No momento em que os grupos <strong>de</strong> trabalho precisavam da entida<strong>de</strong>,<br />
seus componentes iam às reuniões gerais ou procuravam os dire-<br />
tores informaimente.<br />
No. dia 30/10/81, diante da impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ~e<br />
~leger uma nova diretoria,por falta <strong>de</strong> pessoas interessadas,<br />
<strong>de</strong>liberamos dissolver a antiga e criar uma comissão, provis6ria<br />
<strong>para</strong> coor<strong>de</strong>nar os trabalhos da APASC e convocar nova eleição.<br />
Permaneceram três dos antigos diretores (o presi<strong>de</strong>nte, o 10.<br />
Somente no final <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1982 conseguimos<br />
eleger uma nova diretoria que toma posse no dia 01.04.92 (na<br />
eleição votaram 25 associados - todos na Chapa Un1ca). A composi-<br />
çlo é a seguinte:três estudantes <strong>de</strong> Biologia UFSCar;um p6s-<br />
graduando em Arquitetura USP/SC,um professor <strong>de</strong> Computação da
Durante essa gestão afastaram-se dos trabalhos<br />
da entida<strong>de</strong>,primeiramente,por motivos particulares, os dois<br />
secretários e, ao final do mandato e durante sua prorrogaoão,<br />
afastaram-se o 20. e o 10. tesoureiros respectivamente (ambos por<br />
mudanQa <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>). A vice-presi<strong>de</strong>nte, em 1983, tambêm se afastou<br />
em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> dar aulas na cida<strong>de</strong>_<strong>de</strong> Londrina e <strong>de</strong>pois por ter<br />
ficado grávida. Em 09/09/83, em assembléia com cinco<br />
participantes~ <strong>de</strong>cretou-se em assembléia geral permanente até que<br />
aparecessem pessoas dispostas a assumir uma nova gestão. O que s6<br />
veio ocorrer em 10/12/84, em funQ!o <strong>de</strong> uma nova estratégia <strong>de</strong><br />
trabalho 'implementada a partir do final <strong>de</strong> 1983 e <strong>de</strong> alguns<br />
outros acontecimentos, indépen~entes.da aQ!o dos participantes <strong>de</strong><br />
então, relacionados à aproximao!o espontânea <strong>de</strong> algumas pessoas<br />
que trouxeram energia nova <strong>para</strong> a entida<strong>de</strong>_' A'estratégia foi a<br />
formaQão <strong>de</strong> novos. grupos <strong>de</strong> trabalho visando atrair os associados<br />
ou novos militantes. Dessa forma ocorreu a formaQão <strong>de</strong> um grupo<br />
<strong>de</strong> EducaQ!o Ambiental junto aos est~dantes, da Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e a compra do Restaurante Mam!e Natureza<br />
por um coletivo <strong>de</strong> 40 pessoas, além <strong>de</strong> se ter iniciado um<br />
programa numa rádio AM <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>,bem como uma luta pela<br />
preservaQão <strong>de</strong> um cinema da cida<strong>de</strong>. E <strong>de</strong>sses grupos e <strong>de</strong> alguns<br />
novos associadQs que comeQam a frequentar as reuniões, que surge<br />
uma nova chapa <strong>para</strong> a diretoria da entida<strong>de</strong>. As eleiQões são<br />
realizadas em 10/12/84 e, em 14/01/85 toma posse a nova<br />
diretoria. Sua composiQào profissional é:dois professores <strong>de</strong><br />
Quimica da UFSCar;uma secretária exeéutiva <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> fábrica<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>,um estuda~te <strong>de</strong> ensenharia <strong>de</strong> ProduQão da UFSCar e'
do basicamente os componentes <strong>de</strong>ssa gestão e dando continuida<strong>de</strong><br />
nos trabalhos que vinham sendo realizados. ,Denovida<strong>de</strong>. temos a<br />
saida da professora <strong>de</strong> Quimica e <strong>de</strong> dois alunos da Biologia e um<br />
da Terapia Ocupacional - todos da UFSCar e do estudante da<br />
USP/SC. Por outro lado. comeQam a particip~r: um estudante <strong>de</strong><br />
p6s-graduação em.Engenharia Sanitária da USP/SC, um funcionário<br />
aia da UFSCAR.Extinguiu-se as diretorias <strong>de</strong> eventos culturais,<br />
Conselho Consultivo, Mamãe Natureza e criou-se uma diret~ria <strong>para</strong><br />
no inicio, por uma gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong> pessoas joyens' (entre 18 e<br />
. 30 anos) e ligadas ao ensino (estudantes e professores na sua
maioria da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>). S6 <strong>para</strong> exempli-<br />
ficar, po<strong>de</strong>mos observar a composição etária no ano <strong>de</strong> 1978. Das<br />
74 pessoas que se filiaram nesse ano,53 tinham entre 18 e 29<br />
anos, treze entre 30 e 40 anos,quatro menos <strong>de</strong> 18 anos e somente<br />
dois com mais <strong>de</strong> quarenta anos (os outros dois associados eram<br />
entida<strong>de</strong>s: DCE-livre' UFSCar e União Municipal <strong>de</strong> Estudantes <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> Car1os). Quanto às origens (18) dos associados em 78 eles<br />
eram na maioria estudantes. - quarenta e quatro, sendo que trinta<br />
.e três eram da UFSCAR, treze era~ professores e os <strong>de</strong>mais eram<br />
provenientes <strong>de</strong> outras origens, na maioria funcionários da Uni-<br />
versida<strong>de</strong> ou amigos dos diretores.<br />
Issa caracteristica vai se modificando gradativa-<br />
mente e em 1985, dos 37 novos associados, 2~ já.não provinham das<br />
Universida<strong>de</strong>s - 12 eram funcionários <strong>de</strong> Lápis John Faber (on<strong>de</strong><br />
trabalhava a presi<strong>de</strong>nte da APASC),três <strong>de</strong> outras gran<strong>de</strong>s empre-<br />
sas, um era <strong>de</strong>ntista, três eram parentes da presi<strong>de</strong>nte e sete não<br />
conseguimos. <strong>de</strong>tectar a origem. Dos onze restantes, cinco e~am<br />
professores universitários (UFSCar), dois estudantes <strong>de</strong> p6s-<br />
graduação (USP e UFSCar), um' <strong>de</strong>ntista da UFSCar e três estudantes<br />
(dois da UFSCar e um da USP) (19).<br />
o mecanismo <strong>de</strong> filiação prepon<strong>de</strong>rante sempre foi o<br />
<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> ou proximida<strong>de</strong> com os elementos ativos da entida<strong>de</strong>. No<br />
inicio os elementos ativos eram na maioria estuda~tes da UFSCar.<br />
Ap6s 1982 temos, além dos estudantes, a atuação <strong>de</strong> funcionários<br />
<strong>de</strong> escrit6rio <strong>de</strong> fábricas <strong>de</strong> <strong>São</strong> Car10s, professores da UFSCar e<br />
comerciantes, o que propiciou uma diversificação no quadro <strong>de</strong>
mos em 85 e 86 um quadro dos novos associados formado. prepon<strong>de</strong>-<br />
rantemente. por pessoas <strong>de</strong> fora das Universida<strong>de</strong>s. Além <strong>de</strong>sse<br />
mecanismo <strong>de</strong> filiação,po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>tectar o fato <strong>de</strong> algumas (poucas)<br />
pessoas se interessarem pela entida<strong>de</strong> através do contato com o<br />
(em especial a revista "O VERDE") •. com algumas p~lestras ( como.<br />
por exemplo. os Rotarianos) ou com algum grupo <strong>de</strong> trabalho da<br />
permaneceram como simpatizantes. Raras são as manifestações to-<br />
.talmente espontâneas <strong>de</strong> pessoas que procuram a APASC<strong>para</strong> se<br />
filiar e atuar 'ativamente.<br />
306. sendo que 74 filiaram-se em 197e. 23 em 1979. 43 em 1980. 19<br />
e. 1981. 27 em 1982. 21 em 1983. 35 em 1984~ 37 em 1985. 27 em<br />
1986.<br />
A participaQlo das pessoas na APASC. ao longo<br />
<strong>de</strong>sses <strong>de</strong>z anos, variou do simples filiar-se (preencher a ficha<br />
<strong>de</strong> associado) sem. muitas vezes, sequer pagar a anuida<strong>de</strong>, ou da<br />
ida a uma reunião semanal e nunca mais aparecer. até aqueles que<br />
pagavam a mensalida<strong>de</strong>, participavam das reuniões. participavam<br />
. .
888ociados e <strong>de</strong>sempenhavam tarefas rotineiras· como re8pon<strong>de</strong>r<br />
correspondências, pre<strong>para</strong>r publicações ~tc.<br />
Os casos extremos <strong>de</strong> participação são ~ais fáceis<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar, mas a partir <strong>de</strong>quantos (ou quais) vinculos com a<br />
entida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar um indivlduo como ativo <strong>de</strong>ntro da<br />
Determinar quais as caracterlsticas que nos permi-<br />
nortearão tal classificaçlo mas, princlpalmente,a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
mensurar-s~ certa8 ativida<strong>de</strong>s (<strong>para</strong> consi<strong>de</strong>rar-se um indivlduo<br />
participante ~e um grupo <strong>de</strong> trabalho basta o fato <strong>de</strong>le ter ido a<br />
algumas reuniões?) e a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> coletar-se dados fi<strong>de</strong>dignos<br />
<strong>de</strong>vidamenteregistrados ao longo da hist6ria. da associação.1<br />
o burocrático sobrepor-se ao politico" e a prática, no dia a dia<br />
da militância,<strong>de</strong> acertar-se os livros caixa e ata <strong>de</strong> forma a<br />
manter simplesm.ente .a papelada em "or<strong>de</strong>m" e não com o intuito <strong>de</strong><br />
relatar-se os ·acontecimentos da forma m.ais fi<strong>de</strong>digna possivel. As<br />
atas da APASC, por exemplo. nio eram todas registradas no livro<br />
ata. A contabilida<strong>de</strong> era feita empirica e artesanalmente <strong>para</strong>
anuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os associados, no livro feito pelo contador.<br />
Dificulda<strong>de</strong>s à parte, po<strong>de</strong>mos iniciar nossa pro-<br />
cura dos associados ativos estabelecendo como primeiro critério<br />
"~ n6mero <strong>de</strong> vezes que a pessoa participou das reuniões sema-<br />
nais", segundo o registro <strong>de</strong> assinaturas no Livro Ata (até<br />
05/05/86 temos 118 atas registrando 760 assinaturas). Das 160<br />
pessoas que partici<strong>para</strong>m <strong>de</strong>ssas reuniões cujas atas foram regis-<br />
tradas.54 vieram no minimo a três reuniões. Esses dados sozinhos<br />
po<strong>de</strong>m não ser muito confiáveis pois po<strong>de</strong>mos mencionar pelo menos<br />
sete pessoas que vieram a mais <strong>de</strong> três reuniões e seus nomes não<br />
foram registrados mais do que uma ou duas vezes. Como exemplo<br />
mais elucidativo,temos o nome do 10. le 20. tesoureiros da gestão<br />
82/83 registrados apenas "2 e 6" vezes sendo que ambos trabalha-<br />
ram ativamente ,durante sua gestão (esse caso se.explica pelo fato<br />
<strong>de</strong> na época, pouquissimas atas terem sido registradas - somente<br />
u~a em um ano <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>ssa diretoria).<br />
Outro critério <strong>para</strong> <strong>de</strong>tectar participação ativa<br />
po<strong>de</strong> ser o fato <strong>de</strong> o associado ter feito parte <strong>de</strong> alguma direto-<br />
ria da APASC. Aqui há o problema <strong>de</strong> termos diretores que pouco ou<br />
nada fizeram. Dos 39 diretores que passaram pela entida<strong>de</strong>, onze<br />
não têm sequer sua presença registrada em no minimo três reuniões<br />
e. falhas <strong>de</strong> registro à parte, po<strong>de</strong>mos atestar com nosso <strong>de</strong>poi-<br />
mento pessoal e com uma consulta aos arquivos e publicações da<br />
entida<strong>de</strong>. que boa parte <strong>de</strong>ssas 11 pessoas. realmente esteve ausen-<br />
te <strong>de</strong> toda e qualquer ativida<strong>de</strong> da entidadé. Outros, pouco mais<br />
fizeram além <strong>de</strong> participar <strong>de</strong> algumas reuniões.<br />
Por outro lado.temos pessoas que não foram dire-
tores da entida<strong>de</strong>, nem assinaram mais do que três atas,mas <strong>de</strong>ram<br />
contribuições relevantes <strong>para</strong> o funcionamento da entida<strong>de</strong> ou<br />
<strong>para</strong> o amadurecimento dos seus participantes. Isto sem contar as<br />
p~ssoas que partici<strong>para</strong>m ativamente <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> trabalho e nem<br />
associados eram (aproximadamente 50 pessoas entre as que foram a<br />
menos <strong>de</strong> três reuniões e 12 das que partici<strong>para</strong>m <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> três<br />
reuniões não eram associados).<br />
Visando colocar or<strong>de</strong>m nessas informações, resolve-<br />
mos discriminar o nome das pessoas que partici<strong>para</strong>m <strong>de</strong> no m1nimo<br />
três reuniões (incluindo os sete nomes que acreditamos terem<br />
participado <strong>de</strong> um número maior do que o que havia sido registra-<br />
do) ou <strong>de</strong> alguma diretoria ou grupo <strong>de</strong> trabalho ou que, segundo<br />
nossa memória, haviam tido participação ativa <strong>de</strong> algum aconteci-<br />
mento importante ou que foram citadas no livro ata por mais <strong>de</strong> um<br />
ano.<br />
Paralelamente, escrevemos aos diretores que haviam<br />
participado <strong>de</strong> um m1nimo que fosse das gestões. pedindo-lhes sua<br />
relação <strong>de</strong> pessoas ativas na APASC. Enviamos a relação <strong>de</strong> asso-<br />
ciados e o pedido <strong>de</strong> vasculharem suas memórias. Com isso chegamos<br />
aos nomes que compuseram o conjunto dos entrevistados ,cujos<br />
<strong>de</strong>poimentos acreditamos apresentar-se-ao ao leitor como novas<br />
leituras sobre a APASC.<br />
As fontes <strong>de</strong> recursos da APASC são<br />
<strong>de</strong>scritas. tendo variado o peso relativo <strong>de</strong> cada uma<br />
as abaixo<br />
ao longo"<strong>de</strong>
-<br />
últimos anos tem se <strong>de</strong>ixado por conta do associado o estabeleci-<br />
mento do valor que quer/po<strong>de</strong> pagar {esta contribuição espontânea
- 1986 - 250,00 cruzados /mensais, com suplementa~ão no 20.<br />
semestre <strong>de</strong> 2.100,00 cruzados - 5.100.00 cruzados/ano<br />
geral, o salár~o da secretiria/estagiária (em 1984 - 10. semestre<br />
a estagiária recebia 60.000.00 cruzeiros por mês) ou do aluguel<br />
da se<strong>de</strong>. A partir do segundo semestre <strong>de</strong> 1986.a entida<strong>de</strong> não<br />
precisou mais pagar aluguel pela sua se<strong>de</strong>.<br />
fônicos quase sempre foram cobertos por patrocinadores especifi-<br />
coso Os m6veis da Associa~ao (mesas, ca<strong>de</strong>iras. armários e alguns<br />
painéis) foram doações dos associados ativos ou <strong>de</strong> parentes' seus.<br />
As <strong>de</strong>spesas com correio, papel'e'envelope timbrados pastas,<br />
carimbos, carteirinhas,- material <strong>de</strong> escritório em geral e algumas
vezes, <strong>de</strong>spesas com transportes e alimentação <strong>de</strong> representantes<br />
que participam <strong>de</strong> encontros <strong>ambiental</strong>istas eram cobertos com as<br />
receitas eventuais, jâ citadas, ou com o que sobrava das "recei-<br />
tas fixas" - Mamãe Natureza, duodécimo e anuida<strong>de</strong>s.<br />
Algumas outras <strong>de</strong>spesas eventuais ocorriam na<br />
organiza~ão <strong>de</strong> eventos e encaminhamentos <strong>de</strong> lutas: faixas <strong>para</strong> as<br />
manifesta~ões, panfletos imposslveis <strong>de</strong> serem patrocinados, <strong>de</strong>s-<br />
pesas com conferencistas, filmes e .revela~ões fotogrâficas, fitas<br />
<strong>de</strong> gravador~ material <strong>para</strong> pintura e brinca<strong>de</strong>iras das crianQas em<br />
PraQas Públicas (a maior parte <strong>de</strong>ste material era doada por lojas<br />
e fâbricas da cida<strong>de</strong>).<br />
Po<strong>de</strong>mos citar ainda algumas <strong>de</strong>spesas mais even-<br />
tuais, como iivros <strong>para</strong> a biblioteca, assinatura <strong>de</strong> revis~as,<br />
aluguel da caixa postal, ca<strong>de</strong>ado e placa <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaQão <strong>para</strong> a<br />
se<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outras.<br />
--'-.--0' diversificaQão das fontes <strong>de</strong> recursos foi apon-<br />
tada pelo atual tesoureiro como extremamente necessâria, haja<br />
visto que atualmente enfrentam-se problemas com a liberação dos<br />
duodécimos da PrefeItura e a receita advinda das anuida<strong>de</strong>s é<br />
muito pequena e o que tem "salvado" são os lucros do Mamãe Natu-<br />
reza.<br />
11.7.A Hist6ria, m Ao ADQ.<br />
Partindo dos documentos jâ <strong>de</strong>scritos no primeiro<br />
capitulo, fazemos a seguir um resumo das. ativida<strong>de</strong>s da AssociaQão<br />
ano a ano.
teve envolvida com sua legaliza~ão (20) e estrutura~ão (estatu-<br />
tos, publica~ào do extrato <strong>de</strong>stes no Diário Oficial, registro em<br />
cartório, formas <strong>para</strong> levantar recursos financeiros, dinâmica das<br />
reuniões, arquivos etc), com a discussão e atua~ão sobre proble-<br />
polui~ão causada por uma Metalúrgica e por uma Av1cola <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
dimensões, <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> áreas ver<strong>de</strong>s, das· pra~as e ruas da cida<strong>de</strong> e<br />
palestras e reuniões <strong>de</strong>batendo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planejamento do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento urbano) questões amb1entais mais gerais e envio<br />
<strong>de</strong> moçÕes <strong>de</strong> apoio aos moradores <strong>de</strong> outras regiões em suas lutas<br />
•<br />
amadurecéndoe só se realizaram nos anos seguintes.<br />
informativo convocando a assembléia <strong>para</strong> aprovação QOs Estatutos<br />
reflete bem ·0 esp1rito que dominava a entida<strong>de</strong> no seu primeiro<br />
referidos problemas <strong>de</strong>correntes do <strong>de</strong>senvolvimento urbano <strong>de</strong>sor-<br />
<strong>de</strong>nado problemas esses sobre os quais se <strong>de</strong>sejava atuar. Para<br />
conhecer os problemas ambientais <strong>de</strong> 5io <strong>Carlos</strong> e <strong>para</strong> a posterior<br />
elabora~ão <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> solução,foi importante a colaboração<br />
-<br />
. <strong>de</strong> um antigo professor e pesquisador da região (21) explicando a
ina<strong>de</strong>quação do local <strong>de</strong>stinado ao Distrito Industrial do munici~<br />
pio, em função dos ventos e do relevo da cida<strong>de</strong> (22). Foi impor-<br />
tante também a colaboração <strong>de</strong> uma vereadora oposicionista (23),<br />
<strong>de</strong>nunciando e pedindo ajuda <strong>para</strong> o contato com moradores que<br />
enfrentavam problemas <strong>de</strong> po1uiQão e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.e a<br />
colaboração da imprensa e da popu1aQão em geral, que reclamavam e<br />
amplificavam os problemas ambientais e dos associados-moradores<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> Car10s, mostrando . lugares. da região que <strong>de</strong>viam ser<br />
preservados (24).<br />
A outra faceta do movimento po<strong>de</strong> ser retratada<br />
pelo primeiro cartaz-simbo10 (Anexo) da Assoc'iaQão on<strong>de</strong> se falava<br />
sobre a interaQão homem-animais-vegetais e o direito <strong>de</strong> todos à<br />
vida.<br />
Essa vertente ~e proteQão aos animais e vegetais<br />
foi uma forte motivaQão <strong>para</strong> a aproximaQão <strong>de</strong> alguns associados e<br />
estará presente, durante toda a história da APASC, ora com maior,<br />
ora com menor peso diante <strong>de</strong> outrasatuaQões.<br />
Nesse ano, a AssociaQão envolveu-se com a Comissão<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do Patrimônio da Comunida<strong>de</strong> (25) - CPDC - (ajudou a<br />
fundá-la em <strong>São</strong> Paulo), na luta contra a construQão do novo<br />
aeroporto nas matas <strong>de</strong> Caucaia do alto, enviando associados éom<br />
faixas <strong>para</strong> as reuniões e manifestações e conseguindo a<strong>de</strong>são <strong>de</strong><br />
outras entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> a esse movimento.<br />
Apelou-se, pela gran<strong>de</strong> imprensa local e panfletos,<br />
. "ao bom senso dos foliões" <strong>para</strong> não usarem penas <strong>de</strong> animais
silvestres em suas fantasias (anexo). A nivel regional. protes-<br />
tou-se contra a Habsurda poda anual H das irvores urbanas. impri-<br />
mindo-se milhares <strong>de</strong> textos com esse titulo (26). Organizou-se<br />
uma HSemana <strong>de</strong> Arte e Pensamento Ecológico" nas <strong>de</strong>pendências da<br />
Câmara Municipal. envolvendo diversas ativida<strong>de</strong>s. panfletos.<br />
cartazes. confec~ão <strong>de</strong> painéis fotográficos sobre <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong><br />
antiga, 'que ganhou boa repercussão junto aos. associados. autori-<br />
da<strong>de</strong>s, imprensa local e parcelas da populaQão (anexo). A nivel<br />
burocrático registra-se a legaliza~ão" da entida<strong>de</strong> e sua<br />
<strong>de</strong>claraQão <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> poública municipal. o inicio da filia~ão<br />
<strong>de</strong> associados, a aprovaQão do simbolo (através <strong>de</strong> concurso), o<br />
aluguel <strong>de</strong> uma se<strong>de</strong> provisória. <strong>de</strong>ntre outras coisas. Imprimiram-<br />
se diversas publica~ões. <strong>de</strong>ntre elas um extenso texto <strong>de</strong> José<br />
Lutzemberg sobre ·'Energia. ambiente e socieda<strong>de</strong>" (anexo) •<br />
estimulando <strong>de</strong>bate sobre os aspectos politicos da questão<br />
ecológica; durante todo ano projetaram-se filmes <strong>de</strong> ecologia e<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e promoveram-se palestras sobre problemas<br />
regionais <strong>para</strong> associados da APASC e <strong>para</strong> estudantes <strong>de</strong> 10. e 20.<br />
grau <strong>de</strong> escolas da região .<br />
. Como parte das comemora~ões do Dia" Mundial do Meio<br />
Ambiente, foram plantadas três magnólias numa PraQa central da<br />
cida<strong>de</strong> (sem autoriza~ão da Prefeitura) em protesto ao estado <strong>de</strong><br />
abandono da Pra~a e às <strong>de</strong>rrubadas,em passado recente, <strong>de</strong> árvores<br />
(também magnólias) e do antigo cine-teatro (anexo),
poluição da mencionada avlcola através <strong>de</strong> entrevistas com os<br />
moradores, artigos em jornais, visita às <strong>de</strong>pendências da empresa;<br />
continuavam as solicita~ões ao Prefeito <strong>para</strong> transforma~ão do<br />
"buracão" (uma pedreira abandonada) em áreas <strong>de</strong> lazer e se<strong>de</strong> da<br />
APASC; abria-se ampla frente <strong>de</strong> luta contra a constru~ão do<br />
SHOPPING CENTER na <strong>de</strong>vastada Pra~a Central.<br />
Iniciavam-se as a~~es <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> trabalho<br />
junto a uma favela <strong>de</strong> periferia urbana (27) e outro junto aos<br />
moradores <strong>de</strong> um bairrõ <strong>de</strong>-periferia urbana (28), por uma Praça<br />
Pública, e ativida<strong>de</strong>s com a Pastoral Universitária, por ocasião<br />
da Campanha <strong>de</strong> Fraternida<strong>de</strong> "PRESERVE O QUE E DE TODOS" (29).<br />
Além disso, <strong>de</strong>senvolveu-se junto à CDPC - Comissão<br />
<strong>de</strong> Defesa do Patrimônio e da Comunida<strong>de</strong> - e entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong>, amplo movimento <strong>de</strong> Defesa da Amazônia. Nesse ano, impri-<br />
miram-se alguns textos e comemorou-se novamente em Pra~a Pública<br />
o DIA MUNDI~L DO MEIO AMBIENTE; em outubro, publicou-se uma<br />
revista com balan~o das ativida<strong>de</strong>s referentes a 77/78/79 e carta<br />
programa da diretoria eleita <strong>para</strong> 79/80. Transcrevemos anexo esse<br />
balan~o e a carta programa pois acreditamos que eles expressem<br />
uma visão da entida<strong>de</strong> sobre si própria.<br />
Apesar <strong>de</strong> pouqulssimas atas registradas nesse<br />
perlodo, po<strong>de</strong>mos apontar que as principais ativida<strong>de</strong>s giraram em<br />
torno do Grupo da Favela, luta contra a poda e corte das árvores<br />
urbanas, luta junto aos moradores pela pra~a do bairro, contra a
instalaçào <strong>de</strong> usinas nucleares em <strong>São</strong> Paulo. Promoveu-se concurso<br />
fotogrãfico sobre Memória Urbana e ativida<strong>de</strong>s da semana do meio<br />
ambiente, além <strong>de</strong> palestras, publicações, um filme (SUPER 8)<br />
sobre a bacia do Rio Piracicaba e exposição <strong>de</strong> painéis fotogrãfi-<br />
cos, sobre as bombas <strong>de</strong> Hiroshima e Nagasaki (30).<br />
registro em ata das reuniões da APASC. O que pu<strong>de</strong>mos levantar,<br />
através das publicações e correspondências,é a continuida<strong>de</strong> da<br />
Pra~a Pública' por ocasi50 do Dia t!undial do Meio Ambiente, a<br />
publica~ão <strong>de</strong> textos e a promo~ão da pe~a <strong>de</strong> teatro "O GLOBO DA<br />
o"<br />
BROA que meses <strong>de</strong>pois se transformará na APREL - Associa~ão <strong>para</strong><br />
a Proteção da Represa do Lobo (BROA) (32). Neste ano ocorre a<br />
forma~ão do Conselho Consu~tivo da APASC (33).<br />
cartas dos estudantes das Escolas <strong>de</strong> 10. e 20. grau <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong><br />
ao presi<strong>de</strong>nte da Argentina e primeiro-ministro da Inglaterra;
zação do velho sonho <strong>de</strong> se ter um programa na rádio (a partir <strong>de</strong><br />
10/83). Além disso, iniciaram-se as movimentações <strong>para</strong> compra do
visitantes (35). Consolidam-se todos os grupos que iniciaram suas<br />
ativida<strong>de</strong>s no final do ano anterior. Alteram-se os estatutos<br />
reivindica~ões por maiores cuidados com a arborização urbana,<br />
propondo-se convênio com a Prefeitura . . <strong>para</strong> fiscaliza~ão dos pedi-<br />
dos <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> árvor~s e critica-se o criminoso corte <strong>de</strong> árvores<br />
feito pelo proprietário <strong>de</strong> um supermercado nas calçadas das<br />
lmedia~ões <strong>de</strong> sua. residência; inic~a-se campanha <strong>para</strong> escolha das<br />
árvores mais bonitas da cida<strong>de</strong>, com premiação a quem lhes <strong>de</strong>di-<br />
da Policia Florestal <strong>para</strong> região e efe~uam-se diversas tentativas<br />
<strong>de</strong> concretizar o COMDEMA - Conselho Municipal <strong>de</strong> Defesa do Meio<br />
Ambiente <strong>de</strong> 510 <strong>Carlos</strong>. Proce<strong>de</strong>-se à reinstru~ão da ação popular<br />
c~ntra o.celli~~.rio. A APASC engaja-se nas campanhas "Diretas já"<br />
e dá apoio e divulga~ão <strong>para</strong> campanhas como pacifismo, <strong>de</strong>fesa da<br />
Billings, contra o uso indiscriminado <strong>de</strong> pesticida, em <strong>de</strong>fesa das<br />
baleias e m1co~leão dourado e contra fluora~ão compulsória<br />
d'água. Envia-se relatório circunstanciado <strong>para</strong> um Deputado que<br />
estava encaminhando pedido <strong>para</strong> <strong>de</strong>clarar a APASC <strong>de</strong> Utilida<strong>de</strong>
"Vida Natural"; continuida<strong>de</strong> do movimento Pró-Parque Ecol6gico;<br />
ativida<strong>de</strong>s na pra~a por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente;<br />
fiscaliza~ão conjunta com a Prefeitura dos pedidos <strong>de</strong> cortes<br />
.<br />
ta; polui~ão da avicola; CONDEMA; pista <strong>de</strong> cooper da UFSCar;<br />
alimenta9ão. pr6-alcool. CONSEMA - Conselho Estadual <strong>de</strong> Meio<br />
Ambiente. APEDEMA - Assembléia Permanente <strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s em Defesa<br />
Promovem-se <strong>de</strong>bates sobre·as elei~ões <strong>para</strong> a Cons-<br />
tituinte e governo do Estado. Diversos outros assuntos são abor-<br />
possivel <strong>de</strong>tectar o envolvimento da APASC com a luta contra a<br />
minera~ão <strong>de</strong> areia nas proximida<strong>de</strong>s do Ribeirão Feijão (manancial
parque eco16gico", contra o aeroporto no Broa e contra a poda<br />
insensata <strong>de</strong> Arvores urbanas. Lança-se a idéia <strong>de</strong> uma Cooperativa<br />
<strong>de</strong> Produtos Naturais da APASC. Registra-se ainda a divergência<br />
,<br />
atuação. <strong>de</strong> preservação <strong>de</strong> matas, contra proprietArios e jornal<br />
local'que estavam "pedindo sua cabeça" . (39). . A Prefeitura ce<strong>de</strong> um<br />
artigo prá jornal. fazer uma palestra. a6<br />
nossas pr6prias reuniões. isso tudo é
nesse sentido, gran<strong>de</strong> importância durante toda existência da<br />
associa~ão. Des<strong>de</strong> a organiza~ão <strong>de</strong> eventos em pra~as públicas,<br />
comunica~ão até ativida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> comunica~ão com associados,<br />
arrecada~ão <strong>de</strong> fundos e organiza~ão ~earquivos,estabelecimento<br />
<strong>de</strong> se<strong>de</strong> pr6pria <strong>para</strong> a entida<strong>de</strong>,consomem boa parte das energias<br />
do dia a dia dos associados e espa~o nos documentos da associa~ão.<br />
quálida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> uma favela <strong>de</strong> 510 <strong>Carlos</strong>; <strong>de</strong>fesa da Area <strong>de</strong><br />
P~ote9ão Ambiental (APA) <strong>de</strong> Corumbatal opondo-se à constru~io <strong>de</strong><br />
um aeroporto às margens da Represa do Lobo e contra a instala~io<br />
administra~io <strong>de</strong> um restaurante naturalista; forma9io <strong>de</strong> uma<br />
aS80cia~ão <strong>de</strong> Preserva9io da ~epresa do' Lobo (Broa) ~ APREL;
grupo voltado à implementação e <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação<br />
<strong>ambiental</strong>; grupo em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> um antigo cinema da cida<strong>de</strong> (que<br />
acabou sendo <strong>de</strong>rrubado <strong>para</strong> servir <strong>de</strong> estacionamento a um Ban-<br />
co) •<br />
Paralelamente a essas ativida<strong>de</strong>s locais (relacio-<br />
nadas a problemas ambientais e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da'popula~ão<br />
da região) temos o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversas ativida<strong>de</strong>s rela-<br />
cionadas a problemas mais amplos como por exemplo as lutas contra<br />
a instalação <strong>de</strong> Usinas'Nucleares no.Brasil ou pelas elei~õeB<br />
"Diretas já".<br />
Descreveremos a seguir algumas <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s<br />
mencionadas nos parágrafos anteriores.<br />
1m termos <strong>de</strong> ações voltadas <strong>para</strong> preocupações mais<br />
globais ou seja, que ultrapassem as dimensões da região <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong>, po<strong>de</strong>mos citar,no inicio da APASC,o movimento em <strong>de</strong>fesa da<br />
Mata Atlântica da região <strong>de</strong> Caucaia do Alto contra o projeto '<strong>de</strong><br />
instalação do aeroporto internacional <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo (que mais<br />
tar<strong>de</strong> viria ase instalar em CUMBICA). Ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suma impor-<br />
tância <strong>para</strong> o movimento eco16gico paulista, pois conseguiu aglu-<br />
tinar entida<strong>de</strong>s ecologistas <strong>de</strong> ~odo o Estado, além <strong>de</strong> outras<br />
entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> civil (A8socia~ào <strong>de</strong> Engenheiros Agrôno-<br />
mos, Instituto <strong>de</strong> Arquitetos do Brasil, Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong><br />
Botânica e outros) preocupadas com a <strong>proteção</strong> do meio ambiente,<br />
melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e ampliação do espaço <strong>de</strong> articula-
que não s6 foi vitorioso por impedir a construção do aeroporto<br />
mas também por firmar-se enquanto movimento d. resistência civil<br />
organização estadual (Comiss50 da Defesa do Patrimônio da Comuni-<br />
da<strong>de</strong> - CDPC) como coor<strong>de</strong>nação das lutas da socieda<strong>de</strong> civil em<br />
torno da questão eco16gica.A CDPC sobreviveu ao movimento <strong>de</strong><br />
Caucaia e posteriormente <strong>de</strong>u origem·à APEDEMA - Assembléia Perma~<br />
.<br />
lioje e mal ou bem é a única instância <strong>de</strong> organização e coor<strong>de</strong>-<br />
naçlo das~ntida<strong>de</strong>s<strong>ambiental</strong>istas em nlvel estadual.<br />
~m <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> discutimos n~ssa a<strong>de</strong>s50 ao movimento<br />
e a participação as manifestações e reuniões que ocorreram em<br />
510 Paulo. Levamos faixa, publicamos e distribulmos cartas aber-<br />
<strong>de</strong>fesa da Amazônia, em <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> Sete Quedas, contra a corrida<br />
armamentists, pela aprovação <strong>de</strong> leglslaç50 estadual do controle
Ressalte-se, <strong>para</strong> exemplificar, o caso da guerra das Malvinas,<br />
quando fizemos um"concurso, entre os estudantes <strong>de</strong> 10. grau <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> <strong>para</strong> se apresentarem no "Quarup" que lá se realizou.<br />
Além <strong>de</strong>ssas aoões, diversas foram as publicaoões procurando esti-<br />
TODOS"~ Organizamos junto com a Pastoral Universitária, uma série<br />
<strong>de</strong> palestras junto às comunida<strong>de</strong>s eclesiais <strong>de</strong> base da igreja <strong>de</strong>
Apesar <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar o Partido Ver<strong>de</strong> inoportuno <strong>para</strong> o momen-<br />
to,acreditava-se na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>-apoio a candidatos com propos-<br />
com a luta <strong>de</strong>senvolvida por moradores <strong>de</strong> um bairro da periferia<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> (Boa Vista 11) contra a ampliação <strong>de</strong> um cemitério<br />
A reivindica9ão dos moradores motivava-se princi-<br />
palmente pelas dificulda<strong>de</strong>s que o fechamento <strong>de</strong> um terreno baldio<br />
. .<br />
ocasionaria <strong>para</strong> o trânsito das pessoas d~ uma parte do.bairro em<br />
direção ao ponto final <strong>de</strong> uma linha <strong>de</strong> .ônibus urbano e ã .escola<br />
pública local.· Também estavam indignados com o não cumprimento<br />
das promessas <strong>de</strong>.palanque - <strong>de</strong> nlo ampliação do cemitério local -<br />
pelo Prefeito e seu Vice quando candidatos aos cargos em 1976.<br />
<strong>de</strong>stinado a Praça Pública, segu~do as plantas do loteamento<br />
original.
OPOSi9ão (ex MDB, <strong>de</strong>pois PT) que passou a assessorá-los era<br />
associada da APASC e pediu o envolvimento da entida<strong>de</strong>. Formamos<br />
terreno", "que ativida<strong>de</strong>s achavam prioritárias numa pra9a", "que<br />
tipo <strong>de</strong> equipamentos coletivos", etc. Após algumas reuniões nos<br />
moradores <strong>de</strong> que a Prac;:avirasse ponto <strong>de</strong> encontro <strong>de</strong> "maconhei-<br />
ro" e <strong>de</strong> "in<strong>de</strong>cências amorosas". Quando colocávamos que um<br />
então sugeriam que ela (a Pra9a) fosse bem iluminada e davam<br />
algumas outras sugestões. Ficou claro que Pra9a Pública como<br />
.. .<br />
.do<br />
lúdico, curti9ão do coletivo, valorizac;:ãoda comunida<strong>de</strong>, era<br />
uma i<strong>de</strong>aliza9ão nossa. Já <strong>de</strong> algum tempo as pessoas, à noite,<br />
viam televisão e quando muito visitavam um parente ou amigo. Mas<br />
quando estimulados a sonhar e i<strong>de</strong>alizar, eles (os moradores)<br />
foram soltando suas idéias, que se materializaram num ante-<br />
projeto <strong>de</strong> Pra9a elaborado pelo nosso arquiteto-colaborador a<br />
partir <strong>de</strong> informac;:õesque lhe repassamos. Esse ante-projeto foi<br />
discutido em reunião geral quando alteraram-se algumas coisas(uma
<strong>de</strong>las foi a inclusão <strong>de</strong> uma cabine telefônica com chave <strong>para</strong> um<br />
telefone público - a chave ficaria com algum morador que se<br />
responsabilizaria pela sua conservação) e <strong>de</strong>cidiu-se encaminhá-lo<br />
acompanhado <strong>de</strong> um abaixo-assinado reinvidicando sua execução,<br />
<strong>para</strong> o Prefeito. vereadores e imprensa.<br />
Convocou-se uma reunião no bairro e convidou-se as<br />
autorida<strong>de</strong>s públicas e representantes <strong>de</strong> associações <strong>para</strong> discu-<br />
tirem o projeto dos moradores. Compareceram o representante do<br />
IAB. a vereadora que acompanhava a luta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio e repre-<br />
sentantes <strong>de</strong> outras duas lutas <strong>de</strong> moradores por melhorias <strong>de</strong><br />
condições dos seus bairros. O médico-diretor do Distrito Sanitá-<br />
rio mandou uma carta, justificando sua ausência e colocando-se à<br />
disposição do movimento.<br />
Após estes fatos, a polêmica ganhou dimensões<br />
maiores. O Prefeito articulou um abaixo-assinado <strong>de</strong> moradores <strong>de</strong><br />
outros bairros pedindo a ampliação do cemitério ("<strong>para</strong> que a<br />
cida<strong>de</strong> tivesse lugar on<strong>de</strong> enterrar seus mor~os"), articulou seus<br />
vereadores <strong>para</strong> aprovarem sua proposta e foi <strong>para</strong> a imprensa<br />
local apresentar seus argumentos.<br />
Os moradores compareceram em gran<strong>de</strong> número na<br />
sessão da Câmara Municipal'que iria apreciar o projeto <strong>de</strong> amplia-<br />
ção do cemitério e presenciaram a agressão verbal e fisica entre<br />
vereadores oponentes na questão. Com isso a luta ganhou espaço<br />
na maior emissora <strong>de</strong> televisão do pais, consequentemente maior<br />
espaço em toda imprensa e emissoras <strong>de</strong> rádio locais~
Em Slo Car10s, o prefeito<br />
Antonio Massei insiste<br />
na ampliaQào do cemitério<br />
local, num terreno<br />
on<strong>de</strong>, nas últimas elei-<br />
Qões, havia prometido fa~<br />
zer uma praQa arborizada.<br />
S6que os moradores<br />
preferem a praQa e por<br />
isso, no último domingo,<br />
foram lá e plantaram quatro<br />
árvo~es, que, na segunda-feira<br />
foram arrancadas<br />
pelos funcionários<br />
da Prefeitura. Indignados,<br />
os moradores preten<strong>de</strong>m<br />
fazer uma reunião no local,<br />
no pr6ximo domingo.<br />
Eles querem uma<br />
praQa: o Prefeito quer um<br />
cemitério.<br />
Parece que isso já foi<br />
tema <strong>de</strong> novela.<br />
(Painel - Folha <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
Paulo, 23/01/80).<br />
mãos. Plantaram num domingo <strong>de</strong> manhã, com faixa anun~iando o<br />
evento, brinca<strong>de</strong>iras ~ discursos, 4 árvores {dois Pau-brasil e
dois ipês amarelos) <strong>de</strong> 2 metros <strong>de</strong> altura e combinaram rediscutir<br />
os próximos passos {sobre se <strong>de</strong>viam angariar fundos <strong>para</strong> constru-<br />
ção da Praça com as próprias mãos ou se <strong>de</strong>viam continuar reivin-<br />
dicando a responsabilida<strong>de</strong> da Prefeitura. Mas o Prefeito não<br />
esperou os próximos passos. Na 2a. feira seus homens. inclusive a<br />
guarda municipal. estavam lá arrancando as árvores e fazendo<br />
ameaças. Alguns dias <strong>de</strong>pois a Prefeitura iniciou a construçào do<br />
Muro que "na calada da noite" foi <strong>de</strong>rruba.do pela popula~ào local.<br />
Nesta altura dos aconteci~entos iniciou-se ~m<br />
processo' .<strong>de</strong> intimida~ão dos moradores através da manuten
cisaram justificar as irregularida<strong>de</strong>s.Esta a~ào.ainda hoje corre<br />
na justi~a. Em <strong>de</strong>zembro/86 fomos ao F6rum <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e nos<br />
o que sabemos é que sete anos se passaram (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
inicio da a~ão popular) e nenhum dQs lados conquistou sua vitória<br />
<strong>de</strong>finitiva. O muro está lá mas os mortos não pu<strong>de</strong>ram ser enterra-<br />
dos. Os moradores ganharam na justi~a ma~ tiveram que conviver<br />
com o muro e com a insensibilida<strong>de</strong>.dos governantes, inclusive dos·<br />
atuais que, segundo informa~ões oficiosas,não constr6em aPra~a<br />
.<strong>para</strong> não dar os louros da vitória <strong>para</strong> a vereadora do PT e <strong>para</strong> o·<br />
pedreiro que 'li<strong>de</strong>rou o movimento e que em 82 foi candidato a<br />
"A Associa~ão <strong>para</strong> Prote~ão Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> -<br />
APASC está interessada em formar um grupo <strong>de</strong> Educa~ão Ambiental<br />
<strong>para</strong> atuar junto ~ comunida<strong>de</strong> no sentido do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
uma consciência ecol6gica e estimulo a participa~ão do cidadão<br />
nos <strong>de</strong>stinos da coletivida<strong>de</strong>.<br />
.Para tanto está marcando a primeira reunião das pessoas<br />
interessadas, <strong>para</strong> 4a. feira 30/11/83, às 18:30 horas na<br />
Sala Var<strong>de</strong>ci G~ma.<br />
O objetivo <strong>de</strong>sta primeira reunião é verificar interesses<br />
e programar algumas possiveis ativida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> as férias" .<br />
. tes e a popula~ão <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.Des<strong>de</strong>· .<br />
a funda~ão da APASC discu-
mos que elas só teriam real efeito se tivessem um papel educaclt<br />
nal. Além da preocupação <strong>de</strong> explorar a vertente educacional. ,<br />
todas as ativida<strong>de</strong>s, promov1amos ~alestras, publicação <strong>de</strong> J.<br />
nais, boletim, panfletos e cartazes e divulgávamos, sempre,<br />
posslvel, notas e artigos <strong>para</strong> as rádios e jornais da cida<strong>de</strong> .•<br />
sempre foram ativida<strong>de</strong>s soltas, qué assumiam o caráter <strong>de</strong> even)<br />
não propiciando um trabalho continuo junto aos grupos que pet<br />
tisse uma avaliaçào dos resultados das ações.<br />
Po<strong>de</strong>mos colocar como antece<strong>de</strong>nte da formação.<br />
grupo <strong>de</strong> Educação Ambiental - GEA,além da prê-disposiçàot<br />
APASC, a intençãÇ> <strong>de</strong>sse põs-graduando em <strong>de</strong>senvolver sua diss,<br />
tação <strong>de</strong> mestrado a partir <strong>de</strong> alguma ativida<strong>de</strong> que compatibit<br />
quisa educacional com militância ecologista) e o <strong>de</strong>scontentamet<br />
dos estudantes mais ativos com o ensino que lhes era dado, c~
cipantes do GRUPO uma circular resumindo as ativida<strong>de</strong>s já <strong>de</strong>sen-<br />
volvidas e convidando <strong>para</strong> as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> férias (Anexo). Ap6s<br />
diversas reuniões) mil idéias e 'alguns <strong>de</strong>bates sobre leituras<br />
realizadas estabelecemos as priorida<strong>de</strong>s sintetizadas na carta<br />
abaixo ~ dirigida aos participantes do Grupo:<br />
De 23 a 31 <strong>de</strong> janeiro nos encontramos quase todos<br />
os dias. Acreditamos que as idéias amadureceram um pouco mais e<br />
os rumos do trabalho adquiriram as seguintes caracteristicas:<br />
Durante o primeiro semestre <strong>de</strong>senvolveremos uma<br />
série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s voltadas <strong>para</strong> os professores e alunos da re<strong>de</strong><br />
escolar <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, tipo palestras, filmes, teatro, minicursos,<br />
"Semana do Meio Ambiente", "Um dia no Parque Ecológico',<br />
curso e concurso <strong>de</strong> fotografia: "Fotografe seu Meio Ambiente",<br />
plantio· <strong>de</strong> árvores e horta ... durante as quais sondaremos os<br />
interesses e necessida<strong>de</strong>s dos professores,· divulgaremos o Grupo<br />
<strong>de</strong> Educação Ambiental e a possibilida<strong>de</strong>· <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> extensão<br />
universitária <strong>para</strong> o segundo semestre.<br />
Paralelamente estaremos estruturando um curso e<br />
dando entrada na papelada <strong>para</strong> oficializa-lo. Até o in1cio das<br />
aulas estaremos com o levantamento das escolas e professores<br />
feito <strong>para</strong> po<strong>de</strong>rmos .<strong>de</strong>cidir "com quem vamos tr~balhar" (10. ou<br />
20. grau, diurno ou noturno) urbano ou rural, só professores ou<br />
alunos, todos ou uma amostra ...). Ao in1cio das aulas também<br />
<strong>de</strong>veremos <strong>de</strong>finir o cronograma <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s do 10. semestre.<br />
Portanto, se você tiver sugestões e já pu<strong>de</strong>r ir encaminhando-as<br />
(tipo contatar um eventual palestrante ...) é uma boa.
mos com mais <strong>de</strong>talhes. Até lã e bom final <strong>de</strong> férias. E. não se<br />
esqueçam: "Não consuma além do necessãrio",<br />
.<br />
trabalho inicial. Organizamos algumas palestras sobre Ecologia<br />
Humana e EducaQ!o; fizemos um curso·da Policia Florestal em <strong>São</strong><br />
<strong>de</strong>finiQões e elaboraQào pr6pria suprindo às buscas individuais.<br />
conforme nosf~la B~rthes em seu escrito "A Aula".Por 9utro lado.<br />
procurávamos aten<strong>de</strong>r à nossa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prãtica. <strong>de</strong> interação<br />
com a comunida<strong>de</strong>. com a vida real. dali <strong>de</strong>rivando.nosso aprendi-<br />
zado e ali efetivando nosso compromisso social <strong>de</strong> reverter a quem
A partir do inicio <strong>de</strong> março começamo~ a discutir a<br />
organização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s voltadas <strong>para</strong> os alunos <strong>de</strong> 10. e 20.<br />
grau, no Parque Ecológico <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Após diversas reuniões e<br />
conversas on<strong>de</strong> amadureceram os objetivos,metodologia e um conjun-<br />
to <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s , que pretendiamos <strong>de</strong>senvolver no Parque<br />
Ecológico, chegamos ao nome geral do projeto: "Ecologica-mente.<br />
brincando no ver<strong>de</strong>" e programamos a 'data e tarefas <strong>para</strong> viabili-<br />
zá-lo.<br />
Acompanhando as anotações das reuniões que antece-<br />
<strong>de</strong>ram ao 10. Ecologica-mente po<strong>de</strong>mos verificar que boa parte do<br />
tempo era tomada pelas discussões a respeito <strong>de</strong> quais ativida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>veriam ocorrer (40),' como seriam e quais os procedimentos <strong>para</strong><br />
,viabilizá-las. Das discussões organizacionais,emergiam dúvidas,<br />
<strong>de</strong>bates e esclarecimentos sobre questões <strong>de</strong> conteúdo especifico<br />
(41) e questões gerais que po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> filosóficas, do<br />
tipo: como abordar a questão dos animais presos em jaulas no<br />
Parque Ecol6gico?, somos a favor ou contra esse fato?, <strong>de</strong>vemos<br />
<strong>de</strong>senvolver competiçõe6 entre os grupos <strong>de</strong> alunos? como motivar<br />
sem cair na premiação?<br />
Em anexo transcrevemos o roteiro das tarefas que<br />
precisaram ser implementadas (discutidas e divididas em reunião)<br />
<strong>para</strong> viabilizar o 10. Ecologica-mente.<br />
A divulgação ficou por conta <strong>de</strong> um folheto mimeo-<br />
grafado com carta dirigida aos pais pedindo autorização <strong>para</strong><br />
participação do filho e cartazes nas escolas (anexo). Além disso
houve divulgação pelas rádios e jornais e por alguns professores<br />
da re<strong>de</strong> <strong>para</strong> seus alunos. As inscrições realizam-se no CDCC-<br />
CENTRO DE DIFUS~O CIENTIFICA E CULTURAL DA USP - <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.<br />
Nos dois"Ecologica-mente"o número <strong>de</strong> inscritos era<br />
<strong>de</strong> 50 alunos mas nas ativida<strong>de</strong>s compareceram pouco mais <strong>de</strong> 40. A<br />
programação <strong>de</strong>senvolvida e alguns ·textos distribuidos estão re-<br />
produzidos em anexo.<br />
Aos participantes, ao final das ativida<strong>de</strong>s, era<br />
distribuido um certificado e solicitada uma avaliação por escri-<br />
to. Aos monitores acrescentávamos duas perguntas neste pedido <strong>de</strong><br />
avalia~ão. As 'respostas que chegaram até nossas mãos são: quatro<br />
dos alunos do 10."Ecologica-mente", quatro do segundo e oito dos<br />
monitores. Acreditamos que retratam parte dos acontecimentos dos<br />
dois "ecologica-m~nte" e das discussões posteriores a eles (42).<br />
Outras opiniões foram expressas nas reuniões<br />
subsequentes e po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>tectadas pela leitura das atas/resumo<br />
<strong>de</strong>stas (Anexo). Essas atas/resumo são anotações das. reuniões<br />
feitas pelo autor <strong>de</strong>sta dissertação que eram distribuidas (foto-<br />
copiadas ou mimeografadas) aos participantes do grupo (43).<br />
Do processo <strong>de</strong> avaliação dos dois ecologica-mente<br />
e das propostas que surgiram (foram discutidas e/ou implementa-<br />
das) no periodo <strong>de</strong> maio/Junho/julho/agosto nasce <strong>para</strong> as pes-<br />
soas que permanecem no Grupo uma maior necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar a<br />
própria prática. Dai as ativida<strong>de</strong>s do 20. semestre <strong>de</strong> 84 e do 10.<br />
semestre <strong>de</strong> 85 voltarem-se <strong>para</strong> a participação, apresentação do
trabalho e dúvidas do grupo em comunicações cientIficas da CBE<br />
Conferência Brasileira <strong>de</strong> Educação (Niter6i), Encontro Estadual<br />
<strong>de</strong> EA (Sorocaba), Seminário <strong>de</strong> Ecologia da UFSCar (anexo), e<br />
tentativas <strong>de</strong> elaborar projetos <strong>de</strong> pesquisa e uma ativida<strong>de</strong> mais<br />
prática no sentido <strong>de</strong> solucionar os graves problemas do Parque<br />
Ecol6gico <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Finalizamos o 10. semestre <strong>de</strong> 85 com um<br />
Curso <strong>de</strong> Extensão Universitária sobre Educação Ambiental (anexo).<br />
A partir do ,10. semestr~ <strong>de</strong> 85,com'0 afastamento do autor <strong>de</strong>sta<br />
disserta~ão do grupo',<strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> ter o acompanhamento si~temáti~o<br />
<strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, mas temos notIcias que seus membros remanes-<br />
centes d~ntro da Oniversida<strong>de</strong> procuraram professores <strong>para</strong> orien-<br />
tarem projeto~ e cursos em educa~ào <strong>ambiental</strong> e áreas afins, e<br />
alguns, ao se formarem, foram trábalharprofissionalmente n~<br />
área.<br />
I .importante salientar que tudo o que ocorreu<br />
serviu como contribui~ão ao amadurecimento <strong>de</strong> estudantes univer-<br />
sitários em suas reflexões profissionais, existenciais e <strong>de</strong> atua-<br />
~Io conciliando teoria e prática, aprendizado e ação. Essas<br />
reflexões ocorrem em ativida<strong>de</strong>s auto gestionárias que procuram<br />
introduzir a relação com a comunida<strong>de</strong> mais abrangente como um<br />
componente fundamental na formação do Universitário e que siste-<br />
maticamente tem permanecido ausente das disciplinas nas faculda-<br />
<strong>de</strong>s e da vida universitária oficial em geral.<br />
Alguns 'indIcios <strong>de</strong>ssa reflexão po<strong>de</strong>m ser retidos<br />
da leitura <strong>de</strong> alguns escritos, correspondências e resumo das<br />
comunica~ões cientIficas dos participantes do GRUPO, nos anexos,<br />
e no fato <strong>de</strong> muitos dos participantes dos grupos estarem
No 20. semestre <strong>de</strong> 1984 come~amos a discutir nas<br />
reuniões da APASC e em conversas informais, a inten~ão do pro-<br />
.Objetivava-se a manuten~ão do espa~o e praticar os<br />
i<strong>de</strong>ais da APASC<strong>de</strong> auto-gestão e cooperativismo na manuten~ão e<br />
da idéia, alguns cálculos e aglutina~ão das pessoas mais interes-<br />
sadas,"redigimos o manifesto abaixo <strong>para</strong> ter uma NOCAO <strong>de</strong> quantas<br />
A APASC - Associa~ão <strong>para</strong> Prote~ão Ambiental <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, está interessada em unir pessoas que possam se interessar<br />
por comprá-lo e, acima <strong>de</strong> 'tudo, pessoas interessadas em<br />
aproveitar esta oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> uma experiência comunitária<br />
nova que sirva <strong>de</strong> perspectiva <strong>para</strong> outras ativida<strong>de</strong>s conjuntas<br />
que todos n6s i<strong>de</strong>alizamos mas que se inviabilizam por, <strong>de</strong>ntre<br />
outros motivos, impossibilida<strong>de</strong>s financeiras individuais.<br />
.<br />
Acreditamos que o "Mamãe Natureza U<br />
constitui-se em
op~ão <strong>de</strong> a1imenta~ão <strong>para</strong> os naturalistas e simpatizantes <strong>de</strong><br />
alternativas alimentares mais integrais e sadias. Além disso é um<br />
ponto <strong>de</strong> encontro e troca <strong>de</strong> idéias e, enfim, a<strong>de</strong>qua-se aos<br />
.objetivos da APASC relacionados à me1horia da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
Frisamos que o maior objetivo <strong>de</strong>sta iniciativa é<br />
unir pessoas que não visem lucros individuais, mas que <strong>de</strong>sejem<br />
gerir o local on<strong>de</strong> fazem suas refei~ões ou que <strong>de</strong>sejem uma experiência<br />
organizacional nova, que possa viabi1izar outras ativida<strong>de</strong>s<br />
que o grupo consi<strong>de</strong>re relevantes.<br />
Se você <strong>de</strong>seja ser participante <strong>de</strong>stas idéias<br />
expomos, a seguir a forma <strong>de</strong> viabi11zá-las:<br />
1. O valor da compra é <strong>de</strong> Cr$ 4.000.000,00, que será dividido em<br />
cotas-parte <strong>de</strong> Cr$ 100.000,00 cada, sendo necessário pelo menos<br />
quarenta cotas <strong>para</strong> efetuar a compra.<br />
'2. Se você adquirir uma cota,. autómaticamente se constituirá em<br />
membro <strong>de</strong>sse grupo <strong>de</strong> trabalho da APASC que terá total soberania<br />
sobre as <strong>de</strong>cisões referentes aos <strong>de</strong>stinos do restaurante. Você<br />
terá direito a participar e votar nas <strong>de</strong>cisões em conjunto com os<br />
<strong>de</strong>mais participantes do grupo. Cabe ao grupo manter a diretoria<br />
da APASC informada sobre suas ativida<strong>de</strong>s e em caso <strong>de</strong> .conflito<br />
entre as ativida<strong>de</strong>s do grupo e os objetivos da APASC uma assembléia<br />
geral <strong>de</strong> todos os associados da APASC <strong>de</strong>cidirá o que <strong>de</strong>ve<br />
ser feito.<br />
Ressalte-se que o grupo terá autonomia <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />
<strong>de</strong> ser um grupo da APASC e passar a ter outra constituiQão jur1dica<br />
(cooperativa,' SA, Ltda, etc.), sendo que esta <strong>de</strong>cisão com-<br />
.pete exclusivamente aos membros (do grupo).<br />
3. Após o capital inicial investido ser ressarcido, espera-se que<br />
as pessoas mantenham-se, enquanto grupo, utilizando-se das eventuais<br />
sobras financeiras <strong>para</strong>viabilizar outras idéias<br />
comunitárias que julguem relevantes.<br />
4. Cada pessoa po<strong>de</strong>rá comprar uma ou mais cotas-parte <strong>de</strong> Cr$<br />
100.000,00. O pagamento po<strong>de</strong>rá ser à vista (Cr$ 100.000,00) até<br />
10/01/84 ou em quatro cheques mensais <strong>de</strong> Cr$ 30.000,00 cada, à<br />
partir <strong>de</strong> 28/01/84 atO 28/04/84, quando estaremos assumindo o<br />
controle do Mamãe Natureza.<br />
5. O seu dinheiro será ressarcido da seguinte forma:<br />
a) quatro vales-refei~ão* por mês durante <strong>de</strong>z meses, a partir <strong>de</strong><br />
1984 até março <strong>de</strong> 1985., correspon<strong>de</strong>ndo a 40% da cota. Os vales<br />
não são nominais, po<strong>de</strong>ndo ser repassados. O próprio aumento do<br />
preço da refeição garantirá o reajuste do valor inicial do dinheiro.<br />
b) os 60% da cota, equivalente~ a 8,56 ORTN, serão <strong>de</strong>volvidos em<br />
3 partes: a primeira e~ 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1984, a segunda em 28<br />
.<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1985 e a terceira em 28 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1985, corrigi-
dos pela corre~ão monetãria mais 0.5% <strong>de</strong> juros ao mês. tal qual<br />
uma ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong> poupan~a.<br />
Este esquema garante uma boa margem<br />
(reserva <strong>de</strong> dinheiro) <strong>para</strong> possiveis gastos extras.<br />
parte <strong>de</strong>sta margem po<strong>de</strong>rá ser utilizada <strong>para</strong> um<br />
mais rápido das cotas.<br />
<strong>de</strong> seguran~a<br />
Eventualmente<br />
ressarcimento<br />
A proposta - esperamos que esteja clara'- é:<br />
- concretizar idéias que estão na cabeça das pessoas e que são<br />
inviáveis <strong>para</strong> iniciativas individuais;<br />
- aplicar o dinheiro <strong>de</strong> cada um. com a certeza <strong>de</strong> que será <strong>de</strong>vidamente<br />
ressarcido. <strong>para</strong> incentivar idéias e iniciativas<br />
comunitárias;<br />
- fortalecer a APASC nos utilizando <strong>de</strong>la <strong>para</strong> le~ar adiante um<br />
i<strong>de</strong>al contido no movimento ecológico: aumentar a autonomia dos<br />
cidadãos diante do Estado e das Gran<strong>de</strong>s Empresas.'<br />
Nome:<br />
En<strong>de</strong>re~o:<br />
Assinatura:<br />
Forma <strong>de</strong> Pagamento:<br />
* Uma refei~ão é composta <strong>de</strong> uma salada. uma torta ou equivalente<br />
{prato principal)'e um suco.
eclama~ão sobre a pouca participação dos associados. Os outros<br />
i<strong>de</strong>ais foram sistematicamente colocados em segundo plano. Pelas<br />
duas circulares aos cooperados, transcritas abaixo, po<strong>de</strong>mos sen-<br />
tir'em torno do que giravam as reuniões:<br />
Em 7/11/84 foi reaIizada uma reunião no Mamãe<br />
Natureza a qual compareceram apenas 9 cotistas. Não se sentindo à<br />
vonta<strong>de</strong> <strong>para</strong> tomar <strong>de</strong>cisões importantes, os cotistas presentes<br />
discutiram os problemas, propuseram algumas alternativas e marcou-se<br />
uma nova reunião <strong>para</strong> o dia 5/12/84.<br />
Os principais problemas ,apresentados foram:<br />
1) Até o momento, as receitas do restaurante foram suficientes<br />
apenas <strong>para</strong> cobrir as <strong>de</strong>spesas, o pagamento da Fátima e os valesrefeição.<br />
Mesmo acabando <strong>de</strong> pagar a Fátima, com o aumento das<br />
<strong>de</strong>spesas do final do ano. não sobrará dinheiro <strong>para</strong> o<br />
ressarcimento dos cotistas (a primeira parcela vence em <strong>de</strong>zembro),<br />
será necessário, portanto, adiar o pagamento <strong>de</strong>sta parcela.<br />
2) Se as condi~ões do Mamãe Natureza se mantiverem. não se sabe<br />
quando será possivel o pagamento das primeiras parcelas a06<br />
cotistas.<br />
Tendo em vista esses problemas, foram pensadas<br />
algumas sugestões:<br />
1) ComeQar a servir almoços aos domingos. Para verificar a viabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ssa alternativa, preparou-se um "almo~o-festa" com cardápio<br />
fixo e pre~o fixo <strong>para</strong> o dia 5/11, domingo.<br />
2) Passar a servir jantar.<br />
3) Passar a ven<strong>de</strong>r marmitas ou kentinhas no jantar.<br />
4) Fazer propaganda.<br />
A fim <strong>de</strong> facilitar a escolha <strong>de</strong> alternativas, são<br />
divulgados aqui Os resultados <strong>de</strong> um estudo realizado pelo Alceu<br />
(cotista). No periodo <strong>de</strong> 18/7,a 17/8, <strong>de</strong>spesas: 1.750.850.70<br />
(incluindo pagamento <strong>para</strong> Fátima <strong>de</strong> 132.546,70).<br />
Receitas: 1.750.388,00.<br />
Custos: (do mesmo periodo)<br />
Custos diretos (alimentos .<br />
Custos indiretos variáveis .<br />
(gás, água, propaganda, adm. e manut.)<br />
875.716,00<br />
132.716,00<br />
Custos fixos '................ 680.500,00<br />
(salários, aluguel, <strong>de</strong>preciaQào, esc.cont.)<br />
~ total<br />
51,8<br />
7',9<br />
Está claro,' portanto, a inviabilida<strong>de</strong> do pagamento<br />
da parcela <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro aos cotistas (2.091.000,00).<br />
Outros dados importantes:<br />
Margem <strong>de</strong> retorno sobre.custo direto (PreQo _·custo direto):<br />
·Torta <strong>de</strong> Frango 106,3 ~
Lazanha <strong>de</strong> Beringela .<br />
Salada <strong>de</strong> Legumes com Ricota .<br />
Suco <strong>de</strong> Laranja .<br />
Sandulche <strong>de</strong> Pasta <strong>de</strong> Frango .<br />
179,2 %<br />
110,1 %<br />
220,0 %<br />
77,1 %<br />
Pratos que oferecem mais lucro.<br />
Os sucos em geral oferecem margens altas, (informação<br />
não comprovada). Os sanduiches, oferecidos à tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vem<br />
ser incentivados ou suspensos - a média <strong>de</strong> venda é <strong>de</strong> 6 por dia,<br />
o que não justifica o funcionamento até as 19 horas.<br />
Para discutir esses problemas foi marcada outra<br />
reunião <strong>de</strong> cotistas.<br />
Dia 5/12/84 - quarta-feira às 20 horas no Mamãe<br />
A Mamãe quer conversar com você.'<br />
Como tem havido pouca participação nas reuniões na<br />
casa da Mamãe, é.necessário explicar que estivemos atrasados com<br />
o.pagamento da primeira parcela, por <strong>de</strong>cisão das reuniões realizadas<br />
neste periodo, em vista <strong>de</strong> mudanças na casa e <strong>de</strong>corrente<br />
impossibilida<strong>de</strong> financeira.<br />
Para' que a Mamãe possa ressarcir~nos, resolvemos<br />
criar uma opção, viabilizando a <strong>de</strong>volução do empréstimo <strong>de</strong> forma<br />
benéfica <strong>para</strong> a Mamãe,sem prejuizo <strong>para</strong> os cooperativados.<br />
O primeiro terço da <strong>de</strong>volução po<strong>de</strong>rã ser retirado<br />
tanto em dinheiro quanto em vales-refeiçào (em número <strong>de</strong> 20<br />
vales).<br />
A opção dos vales, além <strong>de</strong> favorecer o cooperativado<br />
(uma vez que o dinheiro continua valorizando, à medida que<br />
sobe o preço da comida) é um investimento na própria Mamãe, que<br />
virá em beneficio <strong>de</strong> todos (ainda temos duas parcelas <strong>para</strong> receber).<br />
Em contrapartida,. a opção do recebimento em dinheiro<br />
continua válida, mas não beneficia a Mamãe diminuindo seu<br />
capital <strong>de</strong> giro. De qualquer forma, a opçào <strong>de</strong>verá ser feita individualmente<br />
e informada à Mamãe, à partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> junho ( data<br />
<strong>para</strong> cálculo da ORTN e inicio do ressarcimento), entre meio d~a e<br />
uma hora da tar<strong>de</strong>.<br />
A Mamãe continua 'precisando da participação <strong>de</strong><br />
. todos nas reuniões que acontecem toda segunda quarta-feira do
mês, às 20 horas.<br />
Cooperative!<br />
Um abra~o.<br />
5 <strong>de</strong> junho - Dia Mundial do Meio Ambiente.<br />
Preserve a Mamãe e a Natureza.<br />
Apesar das dificulda<strong>de</strong>s administrativas (troca <strong>de</strong><br />
gerente, falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>dica~ão dos cooperados no sentido da OTIMI-<br />
ZACAO financeira e discussão <strong>de</strong> novas propostas. falta <strong>de</strong> 8sses-<br />
soria e acompanhamento aos funcio~ários. etc.) o Mamãe sobrevi-<br />
veu, reembolsou os cooperados (parte em vale-refei~ões, parte em<br />
lu~ão, que por ·via das dúvidas é mantida em poupan~a, <strong>para</strong> quando<br />
se dispuserem a isso) e passou a dar lucro mensal. Por <strong>de</strong>libera~ão<br />
B justamente por ter se tornado uma das principais<br />
fontes '<strong>de</strong> recursos financeiros <strong>para</strong> manuten~ão da entida<strong>de</strong> (paga-<br />
Não conseguimos re-lnvestir na amplla~ão <strong>de</strong> espa~os alternativos<br />
(agricultura orgânica~ espa~os culturais. etc.). A qualida<strong>de</strong> da<br />
comida em algumas épocas reduziu-se e" as rela~ões trabalhistas
fontes alternativas <strong>para</strong> sobrevivência das entida<strong>de</strong>s não-governa-<br />
mentais que viabilizem sua autonomia politlca.<br />
Abaixo transcrevemos um artigo sobre o Mamãe,<br />
publicado em "O Ver<strong>de</strong>" <strong>de</strong> jan/abril <strong>de</strong> 88,que <strong>de</strong>screve as etapas<br />
O Mamãe Natureza mudou. Agora<br />
ás refeições estão sendo servidas<br />
--'-. -junto ao prédio do DCE (antigo Maneco)<br />
na rua Dona Alexandrina. A entrada<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. fica ao lado da<br />
entrada do DCE. O lugar ainda precisa<br />
ser reformado. e já estamos agindo<br />
<strong>para</strong> que isto ocorra o mais rápido<br />
posslvel. Preten<strong>de</strong>mos pintar a<br />
entrada e a área ocupada pelo restaurante.<br />
Dar uma trabalhada no<br />
jardim. que é muito bonito e cobrir<br />
uma parte. hoje aberta ao tempo. Se<br />
por um lado resta muito que ser<br />
feito. por outro estamos convencidos<br />
da conveniência<br />
lugar, <strong>de</strong>pois<br />
muito legal.<br />
<strong>de</strong> fazê-lo<br />
<strong>de</strong> cuidado<br />
pois o<br />
ficará<br />
A mudança do Mamãe Natureza não<br />
foi só <strong>de</strong> local. Fizemos um convênio<br />
com o DCE da Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> sorte que<br />
nos tornamos sócios neste empreendi-
mento. Assim, o DCE entrou com o<br />
espa~o (que estava ocioso) e nós com<br />
a estrutura do Mamãe. Os estudantes<br />
da UFSCar, com carteirinha, terão<br />
<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 10% e em breve, passaremos<br />
a servir almo~o aos domingos,<br />
oferecendo mais uma opção <strong>de</strong> refeição.<br />
Outra mudança ocorrida foi na<br />
estrutura da cozinha. A Fátima<br />
(super Fátima), antiga dona, está<br />
dando a maior força,· orientando o<br />
pessoal no preparo dos pratos, na<br />
maneira <strong>de</strong> servir, fazer suco,<br />
etc ... ~ambêm temos uma gerente nova<br />
(Dê), uma cozinheira (D. A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong>) e<br />
uma ajudante nova. Tudo isso <strong>para</strong><br />
ganhar novo impulso,' reoxigenar o<br />
Mamãe, que tanto contribui <strong>para</strong> a<br />
sobrevivência da APASC.<br />
Alêm <strong>de</strong> oferecer uma opção <strong>de</strong><br />
refeição bastante saudável.<br />
A Van<strong>de</strong>rly, antiga gerente,<br />
está montando o seu próprio restaurante,<br />
em frente ao antigo Mamãe.<br />
Desejamos-lhe sucesso.<br />
Convidamos todos os sócios ·da<br />
APASC (que tambêm têm <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong><br />
10% apresentando a nova carteirinha)<br />
pará conhecerem a nova casa do Mamãe<br />
e nos darem sua opinião. Esperamos<br />
que todos estes esforços sejam revertidos<br />
em alimenta~ão saudável, a<br />
preço acess1vel, em ambiente agradável<br />
e com espirito coletivo. Alternativo.<br />
Bom apetite.<br />
A propósito:<br />
Os cotistas do Mamãe quesão os<br />
maiores responsáveis por termos,<br />
ainda hoje, o negócio <strong>de</strong> pé, mostrando<br />
que a iniciativa cooperada<br />
po<strong>de</strong> dar resultado, que ainda não<br />
foram reembolsados, <strong>de</strong>vem procurar a<br />
APASC. Na reunião ou no entreposto<br />
do Paulo Mancini.
Quando um <strong>de</strong>ntista <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> procurou a APASC<br />
<strong>para</strong> solicitar auxilio na implementação <strong>de</strong> suas propostas <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong> em <strong>de</strong>fesa da Represa do Lobo,conhecida na região por<br />
BRaA, ali encontrou a boa vonta<strong>de</strong> do então secretário da APASC e<br />
uma pequena estrutura burocrática - a organizaçao APASC,papéis<br />
timbrados,uma secretária, pouquissimos recursos financeiros mas<br />
que serviam <strong>para</strong> cobrir necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fotocópias <strong>de</strong> documentos<br />
e correspondências.Este pequeno apoio <strong>de</strong>sempenhou o papel <strong>de</strong><br />
incentivá-lo a ir adiante em sua luta, sem nenhuma restrição <strong>para</strong><br />
que usasse a APASC da forma que melhor lhe aprouvesse. Vários<br />
foram os contatos com prefeitos e politicos das cida<strong>de</strong>s da re-<br />
gião,do BRaA, CaNSEMA, Policia Florestal, moradores e proprietá-<br />
rios da região, até que se veio a sentir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> am-<br />
pliação do movimento trazendo novas pessoas <strong>para</strong> o trabalho numa<br />
estrutura formal <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>.<br />
No dia 30/09 <strong>de</strong> 1981, nas <strong>de</strong>pendências do SENAC.<br />
forma-se o Núcleo <strong>de</strong> Proteção ao BRaA com "a finalida<strong>de</strong> primeira<br />
<strong>de</strong> <strong>proteção</strong> ã Represa do Lobo. Será um Núcleo da APASC com total<br />
autonomia <strong>de</strong> atuação, que estará estudando as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
se constituir enquanto entida<strong>de</strong> autônoma". Compareceram em torno<br />
<strong>de</strong> 50 pessoas, formou-se uma coor<strong>de</strong>nação provisória do núcleo.<br />
tendo o mencionado <strong>de</strong>ntista como presi<strong>de</strong>nte. No transcorrer <strong>de</strong>sta<br />
reunião,manifestava-se <strong>de</strong> forma perceptlvel a existência <strong>de</strong> uma<br />
diferença nas caracteristicas,expectativas,perspectivas <strong>para</strong> o<br />
futuro e estratégias preconizadas <strong>de</strong> atuação, entre os associados<br />
. da APASC e seus diretores <strong>de</strong> então e os interessados que se
·<br />
mente APREL) <strong>para</strong> nova associação.Em seus seis anos <strong>de</strong> existên-<br />
cia,a APREL tem prestado inúmeros e relevantes serviços à comuni-<br />
da<strong>de</strong> e sempre ~em apoi~do a APASC em suas lutas e vice versa tem<br />
contado com o apoio da APASC <strong>para</strong> suas campanhas.<br />
grupo. Ela po<strong>de</strong> ser atribuida também à percepção <strong>de</strong> que havendo<br />
dois espaços institucionais havia maior possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agluti-
da<strong>de</strong>do presi<strong>de</strong>nte da APASC e, em conversas informais,<strong>de</strong>monstran-<br />
odo-sereceptivo a nossa antiga aBpira~ão, sentimos 8S condições<br />
amadurecidas <strong>para</strong> viabilizarmos o Programa. Debatemos o assunto<br />
em reunião e procuramos pessoas que pu<strong>de</strong>ssem auxiliar nessa<br />
tarefa.Marcamos a primeira reunião já <strong>para</strong> iniciarmos a gravaçao<br />
dosprogramas, pois estávamos cansados <strong>de</strong> planejar e acreditáva-<br />
mosque na medida em que trabalhássemos a idéia em si procurando<br />
concretizá-Ia, as dúvidas burocráticas e organizacionais iriam se<br />
dirimindo. Dito e feito. Escolhemos a programação, o nome do<br />
programa, a vinheta, o tempo <strong>de</strong> duração, quem falava o quê.<br />
dividimos tarefas sobre o conteúdo dos primeiros programas e<br />
fomos conversar com o diretor da Rádio sobre as primeiras idéias<br />
do grupo. Não foi tão fácil assim. Fomos percebendo que o espaço<br />
não seria cedido gratuitamente mas alugado, portanto precisávamos<br />
<strong>de</strong> patrocinadores. Depois <strong>de</strong>scobrimos que o tempo que disporiamos<br />
seria <strong>de</strong> apenas <strong>de</strong> cinco minutos. três vezes por semana. Logo em<br />
seguida percebemos que era um tempo suficiente face às<br />
caracterlsticas <strong>de</strong> voluntarismo e <strong>de</strong> pouca (ou nenhuma) experiên-<br />
cia com rádio dos participantes e,ao perfil dos ouvintes daquela<br />
emissora no horário em questão.<br />
Após as primeiras conversas. ensaios, encaminha-<br />
mentos, arrumamos os patrocinadores e fomos fazer um teste na<br />
rádio. Os programas foram levados ao ar todas as 2as.. 4as. e<br />
6as. feiras às 13 horas, por cinco minutos ou um pouco mais.<br />
Começava com uma introduçao musical("marcha turca"<strong>de</strong> Mozart).os<br />
ouvintes eram cumprimentados e passava-se ao anúncio dos patroci-<br />
nadores. Depois, em cada programa, tratávamos um assunto. através
o <strong>de</strong>r<br />
diversas publica~õeB e jornaie que chegavam até a se<strong>de</strong> da APASC.<br />
receber dos patrocinadores. levar as pessoas <strong>para</strong> gravarem os<br />
programas etc. Enfim, após alguns meses. as pessoas do grupo<br />
original, uma após a outra. foram se afastando e <strong>de</strong>ixando <strong>para</strong><br />
ela quase todas as responsabilida<strong>de</strong>s. só colaborando na grava~ão<br />
<strong>de</strong> um ou outro programa. Procuramos formar um novo grupo <strong>para</strong><br />
auxiliá-la na redação e na produção dos programas.Convidamos<br />
alunos do curso <strong>de</strong> Biologia da UF5Car e os amigos interessados a<br />
colaborar.Dois estudantes passaram a fazer parte da equipe do<br />
programa mas logo se afastaram e 'foram substituidos por outros<br />
dois estudantes <strong>de</strong> Biologia.<br />
'Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 84, durante o 10. Encontro Estadual<br />
<strong>de</strong> EducaQão Ambiental (Sorocaba) e,em julho <strong>de</strong> 86. durante a<br />
Reunião Anual da SBPC (Curitiba),apresentou-se um relato dos<br />
objetivos e ativi~a<strong>de</strong>s do programa. Anexo apresentamos um resumo<br />
<strong>de</strong>ssa comunica~ão o Em termos <strong>de</strong> "feed-back", tinhamos os telefo-<br />
nemas dos ouvintes atrás dos brin<strong>de</strong>s sorteados. alguns (raros)<br />
telefo~emas espontâneos <strong>para</strong> a Rádio Progresso pedindo a repe-<br />
ti~ão <strong>de</strong> alguma receita ou en<strong>de</strong>reço e algumas (mais raras ainda)<br />
cartas <strong>de</strong> ouvintes. Fora esse retorno,tinhamos os amigos (poucos)<br />
que ouviam e elogiavam e alguns conhecidos ou <strong>de</strong>sconhecidos que<br />
perguntavam se éramos nós que estávamos "falando no rádio" - como<br />
foi o caso <strong>de</strong> um caixa <strong>de</strong> Banco que ao ouvir a voz <strong>de</strong> um dos<br />
membros do grupo, perguntou se não era ele que falava <strong>de</strong> vez em<br />
quando na rádio em um programa o ••<br />
Em 1985, sentindo-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não se per-<br />
mais tempo correndo atrás <strong>de</strong> patrocinadores. <strong>de</strong> se ter uma
equipe <strong>de</strong> programaQão fixa e <strong>de</strong> se valorizar aca<strong>de</strong>micamente e<br />
se estimular o trabalho dos estudantes e profissionais<br />
envolvidos, solicitou-se um convênio com a UFSCar <strong>para</strong> que ela<br />
assumisse os gastos com o Programa e <strong>de</strong>sse bolsas <strong>de</strong> monitoria<br />
aos estudantes envolvidos. A proposta <strong>de</strong> convênio começou a<br />
tramitar em julho <strong>de</strong> 85, foi efetivamente assinado em principio<br />
<strong>de</strong> 86, sendo que os estagiários e.a rádio s6 começaram a receber<br />
em outubro <strong>de</strong> 86.<br />
Em abril <strong>de</strong> 87, os programas foram interrompidos<br />
por falta <strong>de</strong> pagamento e até março <strong>de</strong> 88 nenhuma solução havia<br />
sido dada <strong>para</strong> reviver·o "Vida Natural".<br />
<strong>de</strong>sta experiência.<br />
Algumas consi<strong>de</strong>ra~ões po<strong>de</strong>m ser esboçadas a partir<br />
- O significado positivo do convênio entre a APASC<br />
e.a Universida<strong>de</strong> referendando avan~os ocorridos na prática (inte-<br />
ra~ão Universida<strong>de</strong>/APASC, comunida<strong>de</strong>/estUdante) e como mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>para</strong> outras propostas semelhantes - pela APASC e outras entida<strong>de</strong>s<br />
da socieda<strong>de</strong> civil e pelas Universida<strong>de</strong>s e outras in6titui~ões<br />
realmente preocupadas com o fortalecimento da socieda<strong>de</strong> civil e<br />
movimento ecológico<br />
Neste fato significativo <strong>de</strong> um avanço do movimen-<br />
to e das instituições, está um dos motivos mais fortes <strong>para</strong> o<br />
<strong>de</strong>clinio do grupo da Rádio pois,ao. estabelecer-se o vinculo com a<br />
Universida<strong>de</strong>,as pessoas que tocavam a parte financeira do progra-<br />
ma (diretoria da APASC) <strong>de</strong>spreocu<strong>para</strong>m-se em buscar as migalhas<br />
dos patrocinadores e as pessoas que faziam o programa alienaram-
se da totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores que interferiam na concretização do<br />
mesmo.<br />
- A pouca interação entre a diretoria da APASC (e<br />
as reuniões gerais) e os membros do grupo <strong>de</strong> trabalho.<br />
- A centralização das responsabilida<strong>de</strong>s do progra-<br />
ma em uma única peS60a, gerando muita <strong>de</strong>pendência do grupo.<br />
burocráticos da Universida<strong>de</strong>.<br />
- A falta <strong>de</strong> experiência do grupo com os trâmites<br />
- As dificulda<strong>de</strong>s inerentes à contraposição <strong>de</strong> um<br />
trabalho voluntário, educativo e voltado <strong>para</strong> o bem comum, veicu-<br />
lado através <strong>de</strong> uma emissora que visa lucros, cobra por minuto <strong>de</strong><br />
programação e ainda censura "falas" que possam significar perigo<br />
ao favor que o governo lhes conce<strong>de</strong>.<br />
Com a difusão <strong>de</strong> rádios alternativas (piratas),<br />
acreditamos que se ampliarão os canais <strong>de</strong> comunicação dos grupos<br />
ecológicos em Assis, os participantes do "Grupo Ecológico"<br />
foram os maiores entusiastas da idéia <strong>de</strong> se fazer uma "vaquinha"<br />
que possibilitou a compra <strong>de</strong> uma rádio e <strong>de</strong>verá lavá-Ia ao ar<br />
ainda neste ano <strong>de</strong> 88. Se os constituintes forem sensiveis à<br />
reivindicação da legalização <strong>de</strong> uma faixa no dial das Rádios,<br />
<strong>de</strong>stinada às emissoras livres (ligadas a entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong><br />
civil, sem fins lucrativos)será facilitada a radiodifusão <strong>de</strong><br />
mensagens dirigidas a jovens, alternativos e participantes <strong>de</strong><br />
movimentos sociais que encontram obstáculos <strong>para</strong> comunicar suas<br />
idéias,advindas da burocracia oficial apaniguada com o po<strong>de</strong>r<br />
'economico e das várias formas <strong>de</strong> manifestação da censura.Na
campanha das "Diretas já!" a APASC não po<strong>de</strong> veicular um texto com<br />
a posi~ão assumida por ela e pelo grupo da Rádio (anexo).<br />
Se os constituintes mantiverem o atual esquema<br />
centralizado e autoritário <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> canais radiofônicos.<br />
acreditamos que, por um lado serão ampliadas as rádios piratas e<br />
por outro lado, em fun~ão da <strong>de</strong>manda da socieda<strong>de</strong> por informacões<br />
sobre a questão ecológica, as próprias rádios <strong>de</strong>verão ir abrindo<br />
espacos <strong>para</strong> esse tipo <strong>de</strong> programacão, porém sob controle dos<br />
seus dirigentes <strong>de</strong> forma a não comprometer o privilégio <strong>de</strong><br />
concessão da estação <strong>de</strong> rádio.<br />
Aqui po<strong>de</strong>mos abrir uma outra polêmica sobre até<br />
que ponto o"Vida Natural"contribuiu <strong>para</strong> mudanças <strong>de</strong> atitl.1<strong>de</strong>sda<br />
popula~ão em rel~ção à questão ecológica e à reflexão sobre as<br />
causas dos problemas ambientais e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida apontando<br />
<strong>para</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transforma~ões soclais.Ou.se ao contrário.<br />
fez com que a~ pessoas se sentissem reconfortadas e mais orgulho-<br />
sas <strong>de</strong> sua cida<strong>de</strong> por terem um programa <strong>de</strong> ecologia e um motivo a<br />
mais <strong>para</strong> sintonizar na"Progresso AM". Acreditamos que a resposta<br />
sobre esta questão aponta <strong>para</strong> a existência <strong>de</strong> um <strong>de</strong>licado equi-<br />
11brio <strong>de</strong> forcas,um jogo pol1tico no qual cada parte faz conces-<br />
sões, procurando aproveitar ao máximo seus espaços. A rádio, além<br />
<strong>de</strong> receber o aluguel, cumpre a lei que a obriga a um m1nimo <strong>de</strong><br />
minutos <strong>de</strong> mensagem educativa, e beneficia-se,fortalecendo sua<br />
boa imagem junto a um setor da popula~ão sensivel a este tipo <strong>de</strong><br />
mensagem. A APASC divulga-se e procura difundir-se junto à popu-<br />
la~ão tornando-a receptiva a outras mensagens. lutas e campanhas<br />
. que a entida<strong>de</strong> venha vincular, além <strong>de</strong> conseguir avanços educa-
cionais reformistas em questões relacionadas à alimentação, difu-<br />
são <strong>de</strong> tecnologias alternativas, sensibilida<strong>de</strong> à questão ecol6gi-<br />
No' final do ano <strong>de</strong> 1978, a APASC iniciou seu<br />
envolvimento com a favela do Cruzeiro do Sul, discutindo em<br />
algumas reuniões <strong>de</strong> diretoria sobre o porquê e como uma associação<br />
<strong>para</strong> <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong> <strong>de</strong>veria atuar nos inúmeros problemas<br />
<strong>de</strong> uma favela.<br />
Haviamos sido <strong>de</strong>spertados <strong>para</strong> o problema pela<br />
imprensa local que publicava <strong>de</strong>núncias <strong>de</strong> alguns vereadores sobre<br />
o fato <strong>de</strong> o vice-prefeito ter orientado (com finalida<strong>de</strong>s eleitoreiras)<br />
algumas famllias que não tinham on<strong>de</strong> morar a se instalarem<br />
em uma área <strong>de</strong>stinada a praça pública.<br />
Uma comissão <strong>de</strong> associados foi ao local averiguar<br />
a <strong>de</strong>núncia e se <strong>de</strong>parou com algo ainda mais grave do que a<br />
atitu<strong>de</strong> reprovável do vice-prefeito <strong>de</strong> orientar familias a ocuparem<br />
uma área <strong>de</strong>stinada a praça pública (área <strong>de</strong> uso comum que<br />
pertence a todos os cidadãos e sobre a qual somente os vereadores<br />
têm direito <strong>de</strong> mudar a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso) que era a precária<br />
condição <strong>de</strong> vida no local, o que na mesma época, era <strong>de</strong>nunciado<br />
pelas visitadoras sanitárias do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Concluimos então que uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Proteção<br />
Ambiental que tem como um dos seus objetivos "contribuir <strong>para</strong> que<br />
o homem tenha melhores condições <strong>de</strong> vida, buscando um<br />
relacionamento harmônico com o meio ambiente", não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar
<strong>de</strong> apresentar BolúcõeB <strong>para</strong> tão grave problema.<br />
<strong>de</strong>veriamoB ter bem claro as implicações po11ticas que<br />
questionamento aprofundado das causas do problema bem<br />
nosso envolvimento com outras entida<strong>de</strong>s, instituições<br />
pr6pria comunida<strong>de</strong> favelada.<br />
Contudo,<br />
tinha o<br />
como <strong>de</strong><br />
e com a<br />
Na ocasião, pon<strong>de</strong>ramos sobre todos esses pontos<br />
nas reuniões gerais das sextas-feiras no SENAC, e conclu1mos pela<br />
atuação <strong>de</strong>ntro da perspectiva <strong>de</strong> nossa proposta <strong>de</strong> sócio, sintetizada<br />
na frase <strong>de</strong> "Péricles" que diz sobre a participação do<br />
cidadão na resolução dos problemas da comunida<strong>de</strong>.<br />
E é como temos atuado até agora e preten<strong>de</strong>mos<br />
continuar atuando: incentivando a participação organizada dos<br />
favelados na resolução dos seus problemas e tanto n6s como as<br />
<strong>de</strong>mais entida<strong>de</strong>s envolvidas procurando dar o apoio que eles<br />
pedirem.<br />
Ap6s os primeiros contatos e reuniões, iniciou-se<br />
a participação mais efetiva.<br />
No inicio <strong>de</strong> 1979, o DAS - Departamento <strong>de</strong> Assistência<br />
Social da Prefeitura Municipal, convocou uma reunião <strong>de</strong><br />
todas as entida<strong>de</strong>s interessadas em apresentar soluções ao problema.<br />
Estas entida<strong>de</strong>s, através <strong>de</strong> um <strong>de</strong>creto-lei municipal,<br />
tornaram-se uma Comissão da cida<strong>de</strong> voltada <strong>para</strong> a apresentação<br />
<strong>de</strong> soluções.aos problemas da Favela em questão.<br />
As primeiras reuniões <strong>de</strong>ssa Comissão concluiram<br />
pela importância <strong>de</strong> uma pesquisa que propiciasse um melhor conhecimento<br />
da realida<strong>de</strong> do local e dos moradores.<br />
A partir <strong>de</strong>ste momento,a APASC <strong>de</strong>monstrou que<br />
realmente pretendia trabalhar. Elaboramos um questionário que,<br />
aprovado pela Comissão <strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s, foi aplicado na semana<br />
seguinte, quando cerca <strong>de</strong> 60 pessoas auxiliaram no trabalho.<br />
Apesar da boa vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas pessoas,sentimos que o fato foi<br />
negativo pois caracterizou-se como uma verda<strong>de</strong>ira invasão da<br />
favela, não permitindo que os favelados se sentissem à vonta<strong>de</strong><br />
frente às perguntas feitas e também,muitos dos inexperientes<br />
entrevistadores não souberam preencher direito o questionário.<br />
Naquela ocasião, haviam 46 barracos com 50 familias,um<br />
gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> crianças. (uma boa parte), sem saú<strong>de</strong>, sem<br />
escola, mulheres querendo trabalhar e não tendo on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar os<br />
filhos menores, pessoas <strong>de</strong>sempregadas ou empregadas com subsalários.<br />
Quase nenhum banheiro e ausência <strong>de</strong> qualquer infraestrutura,<br />
gran<strong>de</strong> distância da linha <strong>de</strong> ônibus, nenhuma organização<br />
comunitária e/ou <strong>de</strong> participação coletiva,a não ser a<br />
religiosa.
foram formadas 5 subcomissões <strong>de</strong> atuação e a APASC responsabilizou-se<br />
principalmente pela <strong>de</strong> habitação. Contatamos alguns engenheiros<br />
e estudantes <strong>de</strong> Engenharia que já haviam <strong>de</strong>monstrado<br />
disposição <strong>para</strong> atuações <strong>de</strong>ste tipo e formamos um grupo <strong>de</strong> trabalho.<br />
Então começamos a nos reunir com os moradores,<br />
discutir os problemas pelos quais passavam e buscar soluções que<br />
aten<strong>de</strong>ssem suas necessida<strong>de</strong>s prioritárias <strong>de</strong> forma que iniciassem<br />
um acúmulo <strong>de</strong> experiências que lhes permitissem partir <strong>para</strong><br />
ativida<strong>de</strong>s que exigiam uma sólida organização.<br />
Após algumas reuniões <strong>de</strong> moradores, on<strong>de</strong> a participação<br />
foi aumentando gradativamente, formou-se uma comissão <strong>de</strong><br />
representantes <strong>de</strong> moradores que iria falar com o Prefeito Municipal,<br />
pedindo um esclarecimento sobre suas reais intenções <strong>para</strong><br />
resolver o problema da favela e sobre quais eram as alternativas<br />
<strong>para</strong> tanto.<br />
geral ,iria<br />
solucionar<br />
morarem em<br />
haviam sido<br />
Essa comissão, segundo o discutido na reunião<br />
também manifestar a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os moradores <strong>de</strong><br />
a situação <strong>de</strong> insegurança que viviam em vista <strong>de</strong><br />
uma terra que não era <strong>de</strong> sua proprieda<strong>de</strong> e da qual<br />
intimados, pela própria prefeitura,a se retirar.<br />
Na reunião com o prefeito, os moradores falaram da<br />
ajuda da APASC, da UFSCar e <strong>de</strong> um loteador que se dispunha a doar<br />
as instalações <strong>de</strong> água e esgoto <strong>para</strong> os favelados,caso a Prefeitura<br />
se comprometesse a doar o terreno.e ouviram do Prefeito o<br />
compromisso do Municipio doar-Ihes o terreno caso eles se compro<br />
metessem a construir suas moradias.<br />
Após estes esclarecimentos,discutimos a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> todos estarem empregados e prestamos informações aos que<br />
precisavam, sobre como tirar alguns documentos e sobre direitos<br />
trabalhistas. Em outras reuniões foram <strong>de</strong>batidas questões sobre o<br />
tamanho do terreno, quais moradores seriam beneficiados. o embrião<br />
minimo da casa que seria construido e como urbanizar o<br />
restante daquela área pública on<strong>de</strong> estava a favela. Devido às<br />
dificulda<strong>de</strong>s existentes <strong>para</strong> realizarmos nossas reuniões a céu<br />
aberto ou no barraco <strong>de</strong> um morador. que nem sempre tinha lugar<br />
<strong>para</strong> todos os presentes, <strong>de</strong>cidiu-se construir um barraco que<br />
serviria às reuniões e posteriormente <strong>para</strong> um curso <strong>de</strong> alfabe~ização<br />
e <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção. Esse barracão foi<br />
construido em mutirão- o.material foi dado por vários moradores e<br />
pela UFSCar. Outra <strong>de</strong>cisão importante tirada no final do ano <strong>de</strong><br />
79 e viabilizada a partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 80, foi a abertura <strong>de</strong> uma<br />
poupança conjunta na Caixa Econômica Estadual (os titulares eram<br />
três favelados que li<strong>de</strong>ravam o movimento). on<strong>de</strong> cada morador<br />
passou a <strong>de</strong>positar 500,00 cruzeiros por mês como forma <strong>de</strong> juntar<br />
fundos <strong>para</strong> a construção. Paralelamente ao trabalho com os moradores.<br />
estávamos realizando reuniões com a Universida<strong>de</strong> e Prefeitura<br />
com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> celebrar um convênio on<strong>de</strong> ficasse bem<br />
. claro como <strong>de</strong>veria se <strong>de</strong>senvolver o trabalho e quais as obri-
gações das partes. Esse convênio, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muitas idas e vindas<br />
na burocracia da Prefeitura e Câmara Municipal- e <strong>de</strong>pois dos<br />
moradores formarem comissões <strong>de</strong> pressão que foram à imprensa, à<br />
Prefeitura e à Câmara <strong>para</strong> exigir uma maior rapi<strong>de</strong>z no andamento<br />
dos papéis porque eles estavam vivendo em situações precaris8imas,<br />
finalmente foi aprovado e assinado pelas partes. Durante<br />
este ano, duas comissões novas,constituidas através da APASC,<br />
começaram a atuar na FAVELA: uma na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e outra na<br />
educação. A Comissão <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> atua no campo <strong>de</strong> orientacão sobre<br />
como o morador <strong>de</strong>ve agir diante <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, preten<strong>de</strong><br />
também interagir com grupo <strong>de</strong> educacão <strong>para</strong> incluir pontos <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> no curso <strong>de</strong> alfabetizacão. No grupo <strong>de</strong> educacão, as aulas<br />
estão sendo pre<strong>para</strong>das, a partir'<strong>de</strong> uma pedagogia, discutida<br />
entre o grupo, que <strong>de</strong>verá ter como preocupacão principal a alfabetizacão<br />
a partir da discussão <strong>de</strong> temas e problemas que estão no<br />
meio ambiente daquela comunida<strong>de</strong>. Os jovens do seminário<br />
.Diocesano estão trabalhando neste grupo e já levaram <strong>para</strong> o<br />
barracão lousas e carteiras. Além <strong>de</strong>les está uma associada da<br />
APASC que tem mestrado em Educacãó na UFSCar. Atualmente a discussão<br />
mais acirrada é com relacão ao financiamento <strong>para</strong> o material<br />
<strong>de</strong> construcão. A prefeitura aponta o programa "Nosso Teto"<br />
da Caixa Econômica Estadual como solucão, porém os moradores são<br />
contrários a contrair uma divida por 25 anos.·E a alternativa que<br />
eles apontam -é a Prefeitura fazer o que se comprometeu- dar o<br />
terreno <strong>de</strong>marcado, o loteador a infra-estrutura e a Universida<strong>de</strong><br />
os projetos que eles se comprometem no prazo <strong>de</strong> um ano a construirem<br />
suas casas. Para isso eles contam com a·palavra do proprietário<br />
<strong>de</strong> uma fábrica <strong>de</strong> tijolos <strong>de</strong> solo-cimento que disse<br />
ce<strong>de</strong>r suas instalacões <strong>para</strong> os faveladosfabricarem os tijolos.<br />
Contam com o compromisso da maioria <strong>de</strong> trabalhar em mutirão e com<br />
a idéia do Padre do Seminário <strong>de</strong> conseguir, a partir da formacão<br />
<strong>de</strong> uma associacão <strong>de</strong> moradores, doacões <strong>de</strong> industriais,comerciantes<br />
e <strong>de</strong>mais interessados em colaborar com os favelados, sendo<br />
que cada uma das doacões seria abatida do Imposto <strong>de</strong> Renda.<br />
Durante todo este tempo algumas familias foram embora, e algumas<br />
novas chegaram e existem algumas familias que não estão interessadas<br />
'em nada.Estas últimas são problemas que precisarão ser<br />
discutidos com especificida<strong>de</strong>.<br />
Preten<strong>de</strong>mos a seguir fazer algumas consi<strong>de</strong>racões a<br />
respeito do favelamento em particular e da Habitacão popular <strong>de</strong><br />
um modo geral. O presente trabalho não se <strong>de</strong>stina a uma investigacão<br />
cientifica ou mais <strong>de</strong>talhada dos aspectos da moradia popular.<br />
Queremos, principalmente, relatar aspectos da realida<strong>de</strong> das<br />
condicões <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong> parte da populacão.<br />
"Habitat é o que abarca a totalida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong><br />
humana na cida<strong>de</strong>, povoado ou al<strong>de</strong>ia, com todos os elementos<br />
sociais, materiais <strong>de</strong> organizacão, espirituais e culturais que a<br />
mantém. Entre eles figuram as necessida<strong>de</strong>s fisicas das habita-<br />
. cões, do trabalho, da comunicacão, a água e a higiene; os ser-
vi~os <strong>para</strong> a educação e saú<strong>de</strong>, a <strong>proteção</strong> e o bem estar social;<br />
sistemas <strong>de</strong> governo, direito e administração econômica e serviços<br />
culturais, <strong>para</strong> a arte, o lazer e o entretenimento!<br />
Os baixos salários, a alta do custo <strong>de</strong> vida, os<br />
elevados aluguéis e a especulação imobiliária criminosa, que<br />
empurra uma certa parcela da população <strong>para</strong> longe das infraestruturas<br />
e serviços urbanos, são os principais aspectos econômicos<br />
que <strong>de</strong>terminam a transformação da condição social <strong>de</strong>ssa<br />
população <strong>para</strong> a <strong>de</strong> simples favelados. Essa marginalização já se<br />
observa aqui em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, fam1lias expulsas <strong>de</strong> suas casas <strong>de</strong><br />
alvenaria alugadas <strong>de</strong>vido a dific~lda<strong>de</strong>s financeiras, se juntam<br />
com aquelas que sairam ou foram expulsas do campo ou que migravam,<br />
pensando em uma vida mais digna, dando origem a favelas e<br />
bairros insalubres.<br />
A favela do Jardim Cruzeiro do Sul e os bairros<br />
próximos são exemplos <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>. O favelamento é uma das<br />
contradições nascida no processo <strong>de</strong> industrialização que se <strong>de</strong>u<br />
<strong>de</strong> maneira <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada e portanto centralizadora <strong>de</strong> recursos e<br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empregos, juntamente com a expulsão do homem do<br />
campo pelos latifundiários e multinacionais. Esse contingente<br />
chega aos gran<strong>de</strong>s centros urbanos sem nenhuma ou com baix1ssima<br />
qualificação profissional, sendo portanto marginalizado no mercado<br />
<strong>de</strong> trabalho. Nas favelas moram principalmente trabalhadores<br />
não especializados: empregadas domésticas, serventes <strong>de</strong> pedreiro,<br />
marreteiros, etc. Trabalhadores que recebem o~ menores salários<br />
do Pais, geralmente esses salários não são mais que o minimo.<br />
Entretanto tem crescido o número ·<strong>de</strong> operários,<br />
funcionários públicos (como na favela San Remo, on<strong>de</strong> moram servidores<br />
da cida<strong>de</strong> Universitária <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo),empregados do comércio,<br />
etc.<br />
Esses trabalhadores e suas familias ,tendo pela<br />
frente as questões colocadas anteriormente, foram empurrados <strong>para</strong><br />
a favela que é um pedaço <strong>de</strong> terra que ou o po<strong>de</strong>r público não<br />
utiliza ou está em mãos <strong>de</strong> algum especulador esperando a sua<br />
valorização. Oficialmente uma favela é caracterizada pela questão<br />
<strong>de</strong> posse da terra. Tanto que essa é a principal e primeira reivindicação<br />
do favelado. As ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo muitas vezes violentas,<br />
executadas pelo po<strong>de</strong>r público e proprietários particulares,<br />
confirmam essa caracterização. Além <strong>de</strong>ssa, outras caracter1sticas<br />
são gerais: falta <strong>de</strong> água encanada, luz e esgoto, recolhimento <strong>de</strong><br />
lixo acrescido <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>mais problemas dos bairros <strong>de</strong> periferia.<br />
Muitos bairros <strong>de</strong> proprietários dos lotes ou loteamentos<br />
clan<strong>de</strong>stinos apresentam qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida ·tão baixa quanto as<br />
favelas. Outro grave problema <strong>para</strong> o favelado é o da discriminação<br />
social. As imobiliárias não os querem próximos às suas<br />
posses, temendo a sua <strong>de</strong>svalorização, os moradores vizinhos se<br />
organizam <strong>para</strong> expulsá-los ou impedi-los <strong>de</strong> ocupar, a visão ai é<br />
<strong>de</strong> que a favela só tem bandidos e prostitutas. Como consequência,<br />
o favelado po<strong>de</strong> a qualquer momento ser transferido <strong>de</strong> um lugar<br />
<strong>para</strong> outro, ou simplesmente expulso do lugar on<strong>de</strong> está. Muitas<br />
vezes o Estado,ou a Prefeitura,não faz a ligação da luz, água e
esgoto porque isto dificultaria a remoção da favela. <strong>São</strong> pouca6<br />
as cida<strong>de</strong>s que não possuem população favelada. Favelas não são<br />
mais "privilégios" dos gran<strong>de</strong>s centros urbanos do pais, o quadro<br />
geral <strong>de</strong>nuncia a politica econômica centralizadora <strong>de</strong> riquezas e<br />
a maneira como os órgãos oficiais têm tratado o problema da<br />
habitação popular. <strong>São</strong> Paulo (capital) possui perto <strong>de</strong> um milhão<br />
<strong>de</strong> favelados, <strong>São</strong> mais <strong>de</strong> um milhão na cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeir0.<br />
Em Belo Horizonte,vivem 600 mil favelados (um terço da população<br />
total), contingente suficiente <strong>para</strong> formar a segunda maior cida<strong>de</strong><br />
do Estado <strong>de</strong> Minas Gerais. No Norte e Nor<strong>de</strong>ste do pais proliferam<br />
as favelas, cortiços, alagados e etc. O po<strong>de</strong>r público tem atuado<br />
<strong>de</strong> duas maneiras <strong>para</strong> atacar o problema <strong>de</strong> moradia e posse. No<br />
<strong>de</strong>sfavelamento, a ação é no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocar o favelado <strong>para</strong><br />
longe das regiões centrais o que do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> trabalho, educação e transporte, quase sempre o prejudica<br />
em vez <strong>de</strong> beneficiá-lo.<br />
Por outro lado, o Banco Nacional da Habitação<br />
(BNH) que recebe dinheiro através do Fundo <strong>de</strong> Garantia por tempo<br />
<strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> todos os trabalhadores do pais, oferece vários<br />
planos <strong>de</strong> aquisicão da casa própria. Porém, as condições impostas<br />
como a documentação, renda familiar exigida, valor das prestações<br />
e prazos <strong>de</strong> pagamento, tornam praticamente impossivel ao favelado<br />
ser beneficiário <strong>de</strong> algum <strong>de</strong>sses planos. Se o consegue, atraido<br />
pelas pequenas parcelas iniciais, <strong>de</strong>scobrirá, mais tar<strong>de</strong>, estar<br />
<strong>de</strong> posse <strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro elefante branco: Uma edificacão <strong>de</strong><br />
pequeno espaco habitacional <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> e, após alguns<br />
anos, tendo que pagar prestações acima das cpndições da familia.<br />
Po<strong>de</strong>-se seguir através <strong>de</strong> jornais as lutas que os mutuários do<br />
BNH vêm sustentando contra este órgão ou empreiteiras. Invariavelmente<br />
os problemas vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> rachadura <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>s, queda dos<br />
revestimentos, mal funcionamento das instalações, até o não<br />
cumprimento <strong>de</strong> obras programadas como: centro comunitário, área<br />
<strong>de</strong> lazer, jardinagem e etc. Assim que entra na casa, o usuário<br />
tem que dispor <strong>de</strong> tempo e dinheiro <strong>para</strong> sua manutenção e ampliacão.<br />
Estará pagando duas vezes <strong>para</strong> verem atendidas suas necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> moradia. Os conjuntos habitacionais do BNH são, em sua<br />
maioria, localizados distantes dos locais <strong>de</strong> trabalho, escolas,<br />
transportes, e sempre carentes <strong>de</strong> equipamentos urbanos.<br />
o BNH mantém também um estreito controle sobre os<br />
moradores <strong>de</strong>sses conjuntos, através dos contratos <strong>de</strong> venda e <strong>de</strong><br />
seus assistentes sociais. Dificulta e impe<strong>de</strong> qualquer organização<br />
livre dos mutuários na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> seus direitos. Enten<strong>de</strong>mos que o<br />
problema da Habitação popular estã ligado a uma complexa malha <strong>de</strong><br />
necessida<strong>de</strong>s, expectativas e interesses <strong>de</strong> indole social, politica<br />
e econômica que se esten<strong>de</strong> por todo pais. A Habitação é um<br />
direito inalienável assim como o trabalho, a saú<strong>de</strong>, a educação e<br />
o lazer. O conceito <strong>de</strong> habitação ,socialmente justo é aquele que<br />
liga o lugar <strong>de</strong> moradia com a infraestrutura <strong>de</strong> serviços correspon<strong>de</strong>ntes<br />
(re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água e esgoto, eletricida<strong>de</strong>, etc.) e com o<br />
equipamento urbano (escolas, postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, comércio, centros<br />
<strong>de</strong> lazer, etc.): A Habitação,portanto,faz parte do HABITAT natural<br />
do homem, <strong>de</strong> sua vida cotidiana e, como tal,está lnserida em<br />
seus costumes e valores culturais e que <strong>de</strong>vem ser partes funda-
·<br />
outro brigou com o vizinho e mudou-se <strong>para</strong> outra cida<strong>de</strong> <strong>para</strong>
do comum a segredar. Recentemente tivemos informa~ões que os<br />
moradores da favela estão construindo suas casas com orientação<br />
<strong>de</strong> profissionais da Escola <strong>de</strong> Engenharia (USP-<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>)e da<br />
Prefeitura Municipal e acreditamos que o processo anterior serviu<br />
ao menos <strong>para</strong> manter o problema em evidência, garantir a não<br />
expulsão dos favelados da área inyadida e criou uma experiência<br />
m1nima <strong>de</strong> organização entre partes dos que permaneceram na fave-<br />
la.
NOTAS<br />
CAPITULO 11
A "casinha" à qual nos referimos é o monumento em homenagom ((<br />
Anita Garibaldi, localizado na Praça Paulino <strong>Carlos</strong>, cedido<br />
pela Prefeitura Municipal, em 1986, <strong>para</strong> se<strong>de</strong> da APASC.<br />
"O VERDE"-publica~ao bimestral da APASC, contendo artigos e<br />
informes das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pela associação.<br />
Basta, por exemplo, ver o aumento significativo no número <strong>de</strong><br />
noticias veiculadas pelo jornal "O ESTADO DE 51\0 PAULO" a<br />
respeito do assunto ecologia (nos arquivos do jornal encontramos<br />
na pasta "Ecologia" somente sete noticias até 1970,<br />
sendo quatro do jornal "A Provincia <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo", do século<br />
passado. uma do Estadão e duas do Jornal da Tar<strong>de</strong>. Em 1971.<br />
12 noticias, em 72- 38. em 73 - 18. em 74 - 80,.em 75 - 33 e<br />
em 1976 encontramos 39 noticias sobre Ecologia) e a postura<br />
<strong>de</strong>ssa empresa jornallstica <strong>de</strong>nunciando a censura que vinha<br />
sofrendo por parte do regime militar publicando receitas <strong>de</strong><br />
bolo ou poemas no lugar <strong>de</strong> matérias censuradas.<br />
Um dos seus docentes mais renomados formulava frases do tipo:<br />
"se o governo investiu em mim pagando minhas pesquisas e<br />
viagens <strong>para</strong> o exterior eu me sinto na obriga~ão <strong>de</strong> <strong>de</strong>volverlhe<br />
através da minha produção cientlfica - pouco me importa<br />
quem seja o governo".<br />
Escolheram-se pessoas do meio acadêmico que não escondiam os<br />
fatos e não davam uma interpretação i<strong>de</strong>ologicamente favorável<br />
ao sistema- nessa época dificilmente se encontravam pessoas<br />
que falassem publicamente a respeito das causas politicas e<br />
econômicas dos problemas ambientais.<br />
Destaque-se o papel dos"trotskistas"da Convergência Socialista<br />
que "viam com bons olhos e estimulavam os movimentos<br />
alternativos como novas frentes <strong>de</strong> contesta~ão à ditadura<br />
mllitar e ao sistema" - <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> um participante da<br />
Convergência feito em 1985.<br />
ACAPRENA - <strong>Associação</strong> Catarinense <strong>de</strong> Preservação da Natureza;<br />
AGAPAN; ABPVS - Associa~ão Brasileira <strong>de</strong> Preserva~ão da Vida<br />
Selvagem, APPN - <strong>Associação</strong> Paulista <strong>de</strong> Proteção à Natureza.<br />
<strong>de</strong>ntre outras.<br />
Quanto às reuniões. que tiveram um média <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> 6<br />
pessoas aproximadamente (são 760 pessoas registradas nas 118<br />
atas). po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar a alta afluência <strong>de</strong> pessoas no inicio<br />
da APASC (média <strong>de</strong> 18 pessoas em 77) <strong>de</strong>caindo <strong>para</strong> oito em 78<br />
e mantendo uma média menor ainda nos anos <strong>de</strong> 80 a 83, quando<br />
temos diversas reuniões registrando a presença <strong>de</strong> 2, 3 ou 4
pessoas no máximo. Em 1984, houve um salto qualitativo e<br />
quantitativo na participação das reuniões, com a formação doe<br />
grupos <strong>de</strong> educação <strong>ambiental</strong> - EA; programa na rádio, Prócinema<br />
e "MAMAE NATUREZA". Ai a média por reunião elevouse<br />
<strong>para</strong> seis pessoas.Em 1985, após formada a nova diretoria,<br />
a participa~ão média mantem-se em torno <strong>de</strong> cinco pessoas e<br />
mantem-se nessa base até o final <strong>de</strong> 1986. Algumas reuniões<br />
<strong>para</strong> <strong>de</strong>bater assuntos especificos contam com um ~úmero maior<br />
<strong>de</strong> participantes,em geral envolvidas com o problema em pauta.<br />
9. A Prefeitura libera <strong>para</strong> a APASC em parcelas mensais uma<br />
subven~ão anual prevista no orçamento do Municipio. Isto<br />
ocorre <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 1980 em função da APASC ser entida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
utilida<strong>de</strong> pública municipal.<br />
10. Servi~o Nacional do Comércio. SENAC - sito à rua Episcopal<br />
no. 700 - Os diretores e algúns professores do SENAC sempre<br />
foram simpáticos à APASC e apoiaram suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> diversas<br />
maneiras - servi~os <strong>de</strong> off-set, autoriza~ão <strong>para</strong> utiliza~ão<br />
do audit6rio <strong>para</strong> filmes e conferências, sala <strong>para</strong><br />
reuniões, promo~ões em conjunto <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> conferências.<br />
11. Era um quarto com quatro armários, três recebidos por doação<br />
<strong>de</strong> associados e um por empréstimo da UFSCar; uma mesa recebida<br />
por empréstimo do DCR-Livre UFSCar; uma-máquina <strong>de</strong> escrever<br />
doada por um parente <strong>de</strong> um tesoureiro da APASC e algumas<br />
ca<strong>de</strong>iras e caixotes.<br />
12. CDCC - Centro <strong>de</strong> Difusão Cientlfica e Cultural da USP<br />
<strong>Carlos</strong> localizado à rua Nove <strong>de</strong> Julho - esquina com<br />
maio.<br />
- <strong>São</strong><br />
13 <strong>de</strong><br />
13. Praça Paulino <strong>Carlos</strong> é uma praça no centro da cida<strong>de</strong>, em<br />
frente ã Catedral e à Prefeitura Municipal, lindamente arborizada<br />
e motivo <strong>de</strong> pedido <strong>de</strong> tombamento ao CONDEPHAAT.<br />
14. Em 1982 contratamos a primeira secretária/estagiária que<br />
ficou aproximadamente um ano. Depois tivemos um estudante <strong>de</strong><br />
Educa~ão Fisica e uma estudante <strong>de</strong> Cursinho, ambos por alguns<br />
meses. Em 02/84 assume uma enfermeira e pós-graduanda em<br />
Educa~ão Especial que coor<strong>de</strong>nava o programa radiofônico da<br />
APASC "VIDA NATURAL" à qual se suce<strong>de</strong> uma estudante <strong>de</strong> Pedagogia<br />
e participante do Grupo <strong>de</strong> Educação Ambiental; <strong>de</strong> 08/84<br />
a 11/84 assume uma bióloga e p6s-graduanda em Educação que já<br />
havia participado em outras épocas, <strong>de</strong> reuniões e <strong>de</strong> alguns<br />
trabalhos da APASC como por exemplo da feitura do jornalzinho<br />
"Chove num molha"; <strong>de</strong> 12/84 a 02/85 assume o estudante <strong>de</strong><br />
Fisica da EESC, a<strong>de</strong>pto da alimentação natural. Ap6s eles<br />
suce<strong>de</strong>ram-se mais quatro secretárias(os) sempre por periodo6
inferiores a um ano, sendo que atualmente temos como secretiria<br />
uma ex-participante do movimento ecológico <strong>de</strong> Minas Gerais.<br />
Po<strong>de</strong>mos afirmar tranquilamente que a maior parte<br />
<strong>de</strong>ssas(es) doze secretárias(os)/estagiárias(os) tinham na<br />
ativida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>sempenhavam mais do que um emprego.um compromisso<br />
com a causa ecológica e com a entida<strong>de</strong>.<br />
Além <strong>de</strong>ssas pessoas,tivemos duas estagiárias da<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Biblioteconomia que durante um mês (16/11 a<br />
16/12/84 or<strong>de</strong>naram os livros e pastas da associa~ão.<br />
Arvores; energia nuclear e hidrelétricas; Fauna;<br />
Ecologismo Geral; Ecologia Norte (região acima <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo);<br />
Ecologia Sul (região abaixo <strong>de</strong> '<strong>São</strong> Paulo); Indios; Agricultura;<br />
Alimentos e Conservas; Maré Vermelha; Comportamento<br />
Sexual da Mulher; Metrô e novas Pra~as; China; Literatura;<br />
Luis <strong>Carlos</strong> Lisboa; Politica Nacional e Internacional (artigos<br />
sobre pacifismo, Serra Pelada, fome~ guerra nas estrelas.<br />
Tito, Lech Valessa. contra-cultura. militares argentinos.<br />
Paulo Francis. etc.); Ciência; Saü<strong>de</strong> e Alimenta~ão; Pacifismo;<br />
G~erra; Superpopulação; Urbanismo; Usinas Nucleares;<br />
Poluição Pró-Alcool;Fontes altrernativas <strong>de</strong> energia; Degradação<br />
do meio ambiente; Amazônia; Caucaia~ Flora; Noticias<br />
gerais; Religião; Poluição; Diversos; Agricultura. chuvas e<br />
inundações em 81; Agricultura. hortas, reforma agrária; alternativas,<br />
<strong>de</strong>rrubadas; Reservas Florestais; habitação; biologia.<br />
.<br />
Legislação; Boletins da Cetesb; CONDEMA; Consex;<br />
Associa~ão <strong>de</strong> Moradores <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>; Educação Ambiental;<br />
panfletos da AGAPAN e ADFG; Boletim dos Sarvas; Centro Deméter<br />
(circular mensal); FBCN (boletim informativo) UNEP<br />
United Nations Environment Programme - New; INFORPALC; Ecoforum;<br />
Vale do Paranapanema e Braskraft; Boletins da Arca,<br />
A<strong>de</strong>a, A<strong>de</strong>flofa/A<strong>de</strong>ma; Harmonia Ambiental; Estatutos da SEMA-<br />
RA; Textos traduzidos dos painéis da ONU sobre a Conferência<br />
"HABITAT" - Vancouvert; Policia Florestal; Jornal do Meio<br />
Ambiente; Jornal do Movimento Ecológico; Grupo Pró-cinema <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>; <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Amparo aos animais; Grupo Seiva:<br />
Revista Pau-brasil; Oikos; Pró-Gea; Apreffa; Sopren; Feema;<br />
Socieda<strong>de</strong> Amigos <strong>de</strong> Embü; UDB; Senda; Lua NOva; Nave Pirata;<br />
Coonatura: UN mais - jornal da ADFG; Movimento Pacifista<br />
Brasileiro; Universida<strong>de</strong> Espiritual Brahma Kumaris; Floresta:<br />
Aurora Espiritual; Documentos da APASC (estatuto, impostos,<br />
.livro diário, lei <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> püblica, atas <strong>de</strong> posse das<br />
novas diretorias, etc.); publica~ões da APASC; recortes <strong>de</strong><br />
jornais sobre a APASC ou publicados pela APASC; publicações
governamentais; Constituintes; cinco pastas com a correspondência<br />
recebida <strong>de</strong> 77 a 84 (or<strong>de</strong>nada por data <strong>de</strong> recebimento)<br />
e dois pacotes com a correspondência <strong>de</strong> 85 e 86; correspondência<br />
emitida <strong>de</strong> 77 a 85; Publicações antigas da APASC<br />
originais e cópias; Fitas do Programa Vida Natural (por um<br />
periodo); Fitas do Programa <strong>de</strong> rádio feito pelo Prof. J.<br />
Pizzarro da UFSM ~ Rio Gran<strong>de</strong> do Sul; Sli<strong>de</strong>s diversos; Fotos<br />
da Praça Paulino <strong>Carlos</strong> e outras; ativida<strong>de</strong>s na praça promo-.<br />
vidas pela APASC; pastas do programa vida natural <strong>de</strong> novembro<br />
<strong>de</strong> 83 a novembro <strong>de</strong> 84 (o restante <strong>de</strong>ve estar com o pessoal<br />
do programa); jornais: Sinal Ver<strong>de</strong> (IBDF - vários números).<br />
Vida Integral ( três números). Estado <strong>de</strong> Alerta (4 números).<br />
Porantim (2 números); Revistas.: Poesia e Cia. (Casa do Poeta<br />
<strong>de</strong> LOndrina). União Brasileira <strong>de</strong> Trovadores, Ciência e<br />
Cultura {SBPC, SABESP/DAAE •. Revista Geográfica Universal;<br />
Vida e Saú<strong>de</strong>. 'Ciência Hoje (SBPC), <strong>São</strong> Paulo Interior, Correio<br />
da UNESCO. Terra Indigena (Boletim do grupo indigenista<br />
Kurumim - UNESP Araraquara/números 34, 36 a 41); Revista<br />
COMUNIDADE; Voluntários <strong>de</strong>fensores da Natureza e revista do<br />
Movimento Arte e pensamento Ecológico; Manual do Consumidor/<br />
Guia do Consumidor PROCON. revistas da secretaria da agricultura<br />
com os produtos aconselhados ao consumo em cada mês,<br />
diversas revistas (Transe. MEC, Weleda, Juréia. etc.); Correspondência<br />
recebida da.Câmara e Prefeitura Municipal.<br />
Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 86 encontrávamos sobre a mesa em<br />
utilização as seguintes pastas: Correspondências com Associados;<br />
Noticias publicadas pela imprensa <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> referentes<br />
a Ecologia em 86; Correspondência geral; Correspondência<br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>; Correspondência Entida<strong>de</strong>s Ambientalistas; Pastas<br />
sobre a qustão indigena; pasta sobre o parque ecológico <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>; pasta sobre agrot6xicos e alimentos; pasta sobre<br />
ecologia; Livro ata; material <strong>para</strong> os jornais"O VERDE";<br />
en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> associados e <strong>de</strong> pessoas e entida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>vem<br />
receber correspondências da APASC.<br />
17. Por "Forças Vivas" enten<strong>de</strong>mos os grupos econômicos e pollticos<br />
<strong>de</strong>tentores do po<strong>de</strong>r no municipio.<br />
18. Enten<strong>de</strong>mos "origem" como a profissão e/ou local on<strong>de</strong> a pessoa<br />
tomou contato com a proposta <strong>de</strong> s6cio da APASC.<br />
19. Em 79,das 23 pessoas que se associaram, 18 tinham entre 18 e<br />
29 anos. três <strong>de</strong> 30 a 40 anos e dois mais <strong>de</strong> 40 anos. Desses,<br />
12 eram estudantes.e 7 eram professores (4 da UFSCar). Em<br />
1980 há uma pequena variação na composição etária dos associados<br />
em função da filiação <strong>de</strong> 24'rotarianos (na maior parte<br />
pessoas com mais <strong>de</strong> quarenta anos) como resultado <strong>de</strong> uma<br />
palestra feita na APASC numa reunião/jantar do Rotary Club a<br />
convite <strong>de</strong> um funcionário da fábrica <strong>de</strong> Lápis John<br />
Faber, que já contribuia há algum tempo com donativos da
Fábrica <strong>para</strong> a APASC e que se empenhou na filiação <strong>de</strong> seuc<br />
companheiros do Rotary . Os 16 outros novos associados tinham<br />
menos <strong>de</strong> 30 anos na época (14 menos que 25), 1 era a Fraternida<strong>de</strong><br />
dos Sarvas (comunida<strong>de</strong> rural <strong>de</strong> Minas Gerais) e 2<br />
tinham 31 e 34 anos. Os 24 rotarianos eram médicos, empresários,<br />
advogados... Além <strong>de</strong>les, tem,os 13 estudantes, 1 professor,<br />
2 associados ligados a comunida<strong>de</strong>s rurais <strong>de</strong> outros<br />
Estados e um funcionário <strong>de</strong> uma indústria,irmão <strong>de</strong> um diretor<br />
da APASC. Em 1982 come~a a modificar a composição do quadro<br />
<strong>de</strong> associados quanto à origem e quanto à faixa etãria. Dos 27<br />
novos associados, somente 8 eram estudantes, 14 eram professores<br />
da UFSCar e USP (nessa época temos como tesoureiro da<br />
entida<strong>de</strong> um professor <strong>de</strong> Computação da UFSCar) uma era professora<br />
<strong>de</strong> Balet e um era <strong>de</strong>ntista(um diretor começa a servir<br />
alimentação natural e divulgar <strong>para</strong> seus fregueses a existência<br />
da APASC). A faixa etária consequentemente elevou-se, mas<br />
não ê posslvel dar os números em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> boa parte dos<br />
associados, nessa época. não.terem discriminado sua data <strong>de</strong><br />
nascimento. Em 1983 mantem-se essa tendência, com a filiação<br />
<strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong> profissionais não estudantes. apesar da<br />
maioria ainda ser ligada à Universida<strong>de</strong> (3 'estudantes pósgraduação-<br />
2 <strong>de</strong> Biologia e 1 <strong>de</strong> Educação, 4 professores<br />
universitários- 3 da USP e 1 da UFSCar; 7 estudantes <strong>de</strong><br />
graduação 'da UFSCar- 2 <strong>de</strong> Biologia e 1 <strong>de</strong> Qulmica e 1 <strong>de</strong><br />
Estatistica) tivemos a filiação também <strong>de</strong> um empresário,<br />
(que se alimentava e comprava mantimentos no entreposto natu-<br />
.ral) uma firma (Nestlé) cujo gerente. local se preocupava<br />
com alimenta~ão natural, um estudante que se <strong>de</strong>dicava<br />
a outras ativida<strong>de</strong>s remuneradas como ativida<strong>de</strong> principal,<br />
além <strong>de</strong> cinco associados que não conseguimos i<strong>de</strong>ntificar ·a<br />
origem. Em 1984 dos 35 novos associados, 17 eram professores<br />
da UFSCar (8 <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção, 1 <strong>de</strong> Pedagogia. 2 <strong>de</strong><br />
Engenharia <strong>de</strong> Materiais, 1 <strong>de</strong> Biologia, 2 da Saú<strong>de</strong>, 2 <strong>de</strong><br />
Quimica. 1<strong>de</strong> Teatro e um professor da EESC. 7 eram estudan~<br />
tes <strong>de</strong> graduação exclusivamente. (4 da UFSCar, 2 da EESC e 1<br />
<strong>de</strong>. Araraquara). 2 eram estudantes <strong>de</strong> Pós-graduação. 3 eram<br />
funcionários do Banco do Brasil (dois <strong>de</strong>sempenhavam <strong>para</strong>lelamente<br />
seus estudos nas duas Universida<strong>de</strong>s e uma era ex-aluna<br />
da UFSCar) 2 trabalhavam com comércio e eram estudantes fora<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> (uma fazia Pós em Araraquara e outro faculda<strong>de</strong><br />
em Limeira).uma era funcionária da UFSCar, 1 era estudante<br />
<strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Produção na UFSCar e trabalhava numa indústria<br />
da cida<strong>de</strong> e não sabemos a procedência <strong>de</strong> um. Fica claro<br />
que ainda temos a quase totalida<strong>de</strong> dos associados provenientes<br />
das Universida<strong>de</strong>s, mantendo-se a tendência, que inicia-se em<br />
1982 <strong>de</strong> ampliar-se o número <strong>de</strong> pessoas com algum vinculo<br />
empregaticio e com ida<strong>de</strong> entre 25 a 35 anos.<br />
A quase totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses novos associados (<strong>de</strong> 84)<br />
aproximou-se da entida<strong>de</strong> através da compra do restaurante<br />
Mamãe Natureza,que foi uma proposta da APASC <strong>de</strong> formação <strong>de</strong><br />
um grupo <strong>para</strong> compra e gestão <strong>de</strong> um restaurante da cida<strong>de</strong> por<br />
pessoas que investiriam uma quantia (que receberiam <strong>de</strong> volta<br />
no prazo <strong>de</strong> 2 anos) e seriam responsáveis pelos <strong>de</strong>stinos do<br />
Restaurante. Essas pessoas (40) alguns já eram associados da
20. "Essa preocupação legalista, que na época não era bem vista<br />
por alguns associados ativos, era reforçada por afirmações,<br />
como a <strong>de</strong> um influente engenheiro da cida<strong>de</strong>"ASSIM,QUE A APASC<br />
ESTIVER REGULAMENTADA ESCREVEREI PARA A CETESB PEDINDO INFOR-<br />
MAÇOES SOBRE O FRANGO ITO".<br />
Manter os documentos da associação em or<strong>de</strong>m e<br />
legalizar a entida<strong>de</strong> junto aos órgãos públicos, sempre foi<br />
admitido por todos como necessário, apesar <strong>de</strong> alguns participantes<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem tal postura 'com maior ênfase e outros na<br />
prática," fazerem corpo mole", com essas ativida<strong>de</strong>s - o que é<br />
lamentado hoje por nós que sentimos a falta das atas não<br />
registradas ao longo dos anos e foi sentido e lamentado quando,<br />
por exemplo: uma firma <strong>para</strong> fazer doação <strong>para</strong> a APASC,<br />
pedia o seu CGC e este encontrava-se <strong>de</strong>satualizado e ai era<br />
preciso correr atrás da sua atualização. Quando o engenheiro<br />
fez tal afirmação, em 1977, todos se preocu<strong>para</strong>m com a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> agilizar a documentação, sem questionar o absurdo<br />
<strong>de</strong> um ·órgão público só prestar satisfações <strong>para</strong> uma entida<strong>de</strong><br />
burocrática, ignorando o fato concreto <strong>de</strong> haverem cidadãos<br />
reunidos solicitando informações relativas à <strong>proteção</strong> da sua<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Mais recentemente, em 03/87 o Grupo Ecológico<br />
<strong>de</strong> Assis, (após muitos <strong>de</strong>bates dos participantes sobre a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não burocratizar-se nem hierarquizar-se, admitiu<br />
a legalização da entida<strong>de</strong> como ativida<strong>de</strong> secundária do<br />
dia a dia da ação ecologista). teve sua existência legal<br />
questionada por um tenente da policia florestal. O diálogo<br />
com um associado (por ocasião <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>núncia que o grupo<br />
havià feito junto à Curadoria do Meio Ambiente. sobre um<br />
<strong>de</strong>smatamento irregular com autorização do DEPRN). foi mais ou<br />
menos o seguinte:<br />
Tenente: "mas quem é esse grupo? ele está registrado. é legal?<br />
quem é o presi<strong>de</strong>nte?"<br />
ASSOCIADO: "pouco importa se esse grupo é legalizado ou não e<br />
se tem presi<strong>de</strong>nte ou não; o que importa é que são cidadãos <strong>de</strong><br />
Assis que estão lutando pela garantia <strong>de</strong> futuro <strong>para</strong> nossos<br />
<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes. contribuindo. <strong>de</strong>ssa forma. com os órgãos públicos<br />
criados <strong>para</strong> esse fim e que portanto <strong>de</strong>vem ser aplaudidos<br />
e auxiliados por tais órgãos públicos."<br />
Tenente: "Não. eu só estou querendo saber quem são as pessoas<br />
às quais vou me dirigir quando <strong>de</strong> acontecim~ntos <strong>de</strong>sse tipo".<br />
ASSOCIADO: "Então' <strong>de</strong>pois faço uma fotocópia da relação dos<br />
telefones e en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> todos os associados'do grupo e lhe<br />
passo. O senhor po<strong>de</strong> entrar em contato com qualquer um que<br />
todos serão avisados".<br />
Com isso queremos <strong>de</strong>monstrar que o espirito anarquista<br />
não po<strong>de</strong> ser sufocado. Não po<strong>de</strong>mos prejudicar ou
dificultar nossas a~ões. ou canalizar as energias (tempo e<br />
dinheiro) das ações práticas <strong>para</strong> acões burocráticas voltadas<br />
<strong>para</strong> o "próprio umbigo" (legalização cartório. Diário Oficial.<br />
livro caixa. CGC. livro ata. etc. etc.). Devemos exigir<br />
que os órgãos públicos reconheçam-nos pela relevância <strong>de</strong><br />
nossa ação e não pelo aspecto formal <strong>de</strong>la. Porém. não po<strong>de</strong>mos<br />
nos esquecer <strong>de</strong> ir encaminhando esse aspecto burocrAtico.<br />
<strong>para</strong> po<strong>de</strong>mos nos utilizar da legalida<strong>de</strong> da entida<strong>de</strong>. quando<br />
necessário (uma ação juridica ou um pedido <strong>de</strong> dinheiro <strong>para</strong><br />
firmas ou instituições). Para tanto basta pegarmos alguns<br />
mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> estatutos <strong>de</strong> outras associações. pre<strong>para</strong>r um anteprojeto<br />
da nossa. discuti-lo com os interessados em assembléia<br />
convocada <strong>para</strong> esse fim (acreditamos que a pr'pria<br />
discussão dos estatutos contrioui <strong>para</strong> o amadurecimento politico<br />
dos que <strong>de</strong>las participam). registrar tudo em ata e<br />
registrar no cartório. Ai é preciso publicár no diário oficial<br />
(tivemos informações recentes que essa publicação po<strong>de</strong><br />
ser feita num jornal da cida<strong>de</strong>) os extratos (um pequeno<br />
resumo) dos estatutos e eleger coor<strong>de</strong>nadores da entida<strong>de</strong><br />
aptos a assinarem cheques e <strong>de</strong>sempenharem outras tarefas<br />
conforme os estatutos (no caso do grupo ecológico <strong>de</strong> Assis<br />
temos somente' um secretário e um tesoureiro com encargos<br />
burocráticos. sendo as reuniões gerais. a instância <strong>de</strong>liberativa<br />
que substitui a diretoria). Após isto basta registrar em<br />
ata' (no livro) todas as reuniões. que <strong>de</strong>vem ser assinadas<br />
pelos presentes e fazer um livro diário com entradas e saidas<br />
da grana da entida<strong>de</strong>. Sempre que for comprado algo, pedir<br />
recibo no nome da entida<strong>de</strong> e sempre que recebermos algo,<br />
emitirmos recibo com carimbo (outra tarefa é fazer um carimbo).<br />
Após um ano <strong>de</strong> funcionamento legal, <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>clarar<br />
imposto <strong>de</strong> renda <strong>de</strong> pessoa juridica e com isto conseguir o<br />
CGC (que <strong>de</strong>ve constar no carimbo). Esse CGC, facilita recebimento<br />
<strong>de</strong> doações materiais e financeiras visto que as firmas<br />
po<strong>de</strong>m abatê-las do seu imposto. Des<strong>de</strong> que essas discussões<br />
ocupem somente uma pequena parte das reuniões e tempo dos<br />
militantes, acreditamos que elas além <strong>de</strong> facilitarem a vida<br />
da entida<strong>de</strong>, contribuem <strong>para</strong> o associado enten<strong>de</strong>r um pouco<br />
melhor a estrutura do Estado e as formas <strong>de</strong> organização dos<br />
homens <strong>de</strong>ntro dos parâmetros complexos dos Estados mo<strong>de</strong>rnos.<br />
21. Um professor <strong>de</strong> Quimica da UFSCar, profundo conhecedor das<br />
caracteristicas do ambiente fisico <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Membro do<br />
Conselho Consultivo da APASC, orquidófilo, historiador natural,<br />
etc.<br />
22. Na época contou-se também com a colaboração <strong>de</strong> dois engenheiros<br />
que fundaram a <strong>Associação</strong> dos Engenheiros. Arquitetos e<br />
Agrônomos <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Eles trouxeram uma arquiteta <strong>para</strong><br />
uma conferência na APASC. sobre o planejamento urbano original<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.
associou-se à APASC e sempre colaborou e pediu colaboracão da<br />
entida<strong>de</strong> no encaminhamento <strong>de</strong> lutas que envolviam a questão<br />
<strong>ambiental</strong> e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da populacão.<br />
24. Caso do "Buracio" antiga pedreira ori<strong>de</strong>alguns associados são<br />
carlenses brincavam quando eram "moleques".<br />
25. Comissão <strong>de</strong> Defesa do Patrimônio da Comunida<strong>de</strong> - CDPC: união<br />
<strong>de</strong> diversas entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> civil do Estado <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
Paulo que passam a se reunir (a partir dos últimos meses <strong>de</strong><br />
1977), inicialmente visando a <strong>de</strong>fesa das matas <strong>de</strong> Caucaia do<br />
Alto, ameacadas pela construção do novo aeroporto metropolitano<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo. e <strong>de</strong>pois procuram constituir-se numa<br />
espécie <strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ração das entida<strong>de</strong>s<strong>ambiental</strong>istas do Estado.<br />
Dissolveu-se algum tempo <strong>de</strong>pois por brigas intestinas, mas<br />
<strong>de</strong>u origem à APEDEMA - Assembléia Permanente <strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s em<br />
Defesa do Meio Ambiente que existe até hoje, reunindo-se<br />
todas as 2as. feiras (20 horas) no 100. andar do prédio da<br />
<strong>Associação</strong> Paulista <strong>de</strong> Medicina - R. Briga<strong>de</strong>iro Luis Antonio<br />
no.278 (Caixa Postal no. 55.237 - CEP 04799).<br />
26. Texto do Engenheiro Agrônomo e ecologista José Lutzemberg,<br />
impressos com a colaboração do CRUTAC-UFSCar (órgão coor<strong>de</strong>nado<br />
por uma professora associada da APASC, que sempre apoiou<br />
as iniciativas da entida<strong>de</strong>) e distribuido amplamente pela<br />
cida<strong>de</strong>, convidando a população a manifestar-se sobre o assunto.<br />
27. A favela do Gonzaga era um dos nomes que se dava <strong>para</strong> a única<br />
(na época) favela <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - localizáva-se no Jardim<br />
Cruzeiro do Sul em área da Prefeitura invadida por aproximadamente<br />
60 familias. Mais <strong>de</strong>talhes sobre o funcionamento e as<br />
ativida<strong>de</strong>s do grupo da Favela po<strong>de</strong>m ser encontrados neste<br />
mesmo capitulo.<br />
28. Os moradores do Bairro Boa Vista 11. não queriam a ampliacão<br />
<strong>de</strong> um cemitério numa área <strong>de</strong>stinada a Praça Pública no bairro.<br />
Então iniciaram uma longa luta que ainda não terminou e<br />
encontra-se <strong>de</strong>talhada neste mesmo capitulo.<br />
29. Folhetos distribuldos e utilizados nestas ativida<strong>de</strong>s. O conjunto<br />
<strong>de</strong> sli<strong>de</strong>s utilizados nas palestras encontram-se na se<strong>de</strong><br />
da APASC em caixa/arquivo rotulada "Fotografias".<br />
30. Os painéis sobre as bombas <strong>de</strong> Hiroshima e Nagasaki <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />
das prefeituras <strong>de</strong>stas cida<strong>de</strong>s foram cedidos <strong>para</strong><br />
exposição por um vereador da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo<br />
por intermédio <strong>de</strong> Luis <strong>Carlos</strong> <strong>de</strong> Barros - um dos coor<strong>de</strong>nadores<br />
do Movimento Art~ e Pensamento Ecológico <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo
(Caixa Postal 6984 - CEP 01051 - Capital -.SP ou Pra~a da<br />
República 419, 30. andar.)<br />
31. A APASC promoveu essa peca com a colaboracão do SESC - <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong> e da própria Cacilda. Estiveram presentes moradores da<br />
Favela e do Bairro Boa Vista 11, on<strong>de</strong> a APASC <strong>de</strong>senvolvia<br />
ativida<strong>de</strong>s. Na época a atriz que <strong>de</strong>senvolvia um programa<br />
sobre ecologia na Rádio Mulher, reuniu-se com associados da<br />
APASC interessados em ativar um programa radiofônico em <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong> e contou sobre sua experiência.<br />
Registre-se também' que o grupo<br />
Cacilda é fundadora. é uma das entida<strong>de</strong>s<br />
movimento ecológico paulista .. Grupo Seiva<br />
55.190, CEP 04799. <strong>São</strong>'Paulo.<br />
Seiva, do qual<br />
mais ativas do<br />
- Caixa Postal<br />
32. A Represa do Lobo, conhecida ná região como BROA, é importante<br />
local <strong>para</strong> lazer da populacão <strong>de</strong> todas as cida<strong>de</strong>s da<br />
região. Sua importãncia refere-se também aos inúmeros estudos<br />
<strong>de</strong>senvolvidos por ecólogos e bi610gos da UFSCar e USP <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong>, <strong>de</strong>ntre outros.<br />
33. O Conselho Consultivo tem suas atribuições <strong>de</strong>scritas nos<br />
estatutos (anexo). Na prática tem funcionado como Conselho<br />
Fiscal e Consultivo (assessoria cientifica) através <strong>de</strong> consultas<br />
individuais da diretoria aos seus membros mais disponiveis<br />
ou apr9priados a <strong>de</strong>terminados assuntos.<br />
34. Destaque-se a atuação <strong>de</strong> uma estudante <strong>de</strong> Biologia que fez as<br />
fotos da Praça sob orientação <strong>de</strong> um fot6grafo profissional<br />
membro do Conselho Consultivo e <strong>de</strong> um professor <strong>de</strong> História<br />
no 20. grau da re<strong>de</strong> pública que escreveu, a pedido da APASC,<br />
uma extensa monografia contando a história da Praca. As fotos<br />
e o livro do professor po<strong>de</strong>m ser encontrados na se<strong>de</strong> da<br />
APASC. No anexo reproduzimos algumas fotos. Além <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s<br />
iniciou-se o mapeamento das árvores da Praça por<br />
alguns estudantes <strong>de</strong> Biologia sob orientação <strong>de</strong> um professor<br />
<strong>de</strong> Botânica da UFSCar.<br />
35. O Parque Ecológico <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> é contemporãneo da APASC.<br />
Constituiu-se enquando Fundação a partir <strong>de</strong> um Convênio com<br />
a UFSCar e Prefeitura Municipal que viabilizou seu funcionamento.<br />
Devido brigas politicas e dificulda<strong>de</strong>s econômicas<br />
fechou suas portas ao público ·em 1985 <strong>de</strong>vendo reabri-Ias em<br />
1988.<br />
36. Várias ativida<strong>de</strong>s citadas nos anos <strong>de</strong> 85 e 86 po<strong>de</strong>m ser<br />
encontradas com mais <strong>de</strong>talhes na publicação "O VERDE" na se<strong>de</strong><br />
da APASC.
37. A Area <strong>de</strong> Proteção <strong>ambiental</strong> - APA <strong>de</strong> Corumbatai/Botucatu/Tejupá,<br />
foi criada no governo Montoro com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
disciplinar o uso do solo em áreas importantes do ponto <strong>de</strong><br />
vista <strong>ambiental</strong>. Nessa normatização existem os elementos<br />
impeditivos à construção <strong>de</strong> um aeroporto na mencionada área.<br />
38. Essa divergência acaba por forçar a DEPRN -Departamento <strong>de</strong><br />
Proteção aos Recursos Naturais, Delegacia <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - a<br />
<strong>de</strong>nunciar o convênio que tinha com a prefeitura municipal<br />
<strong>para</strong> que esta proce<strong>de</strong>sse a fiscalização da arborização urbana.<br />
Desta forma a APASC passa a auxiliar a DEPRN nesta fiscalização.<br />
39. Este engenheiro apesar da completa falta <strong>de</strong> recursos e apoio<br />
do governo do Estado tem se constituido num importante <strong>de</strong>fensor<br />
das áreas ver<strong>de</strong>s da região. através do seu papel <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>legado da Secretaria da Agricultura (agora secretaria do<br />
Meio Ambiente) <strong>para</strong> o DEPRN. Nesta tarefa tem enfrentado<br />
forte oposição dos proprietários rurais que querem <strong>de</strong>smatar o<br />
pouco <strong>de</strong> árvores que restam em suas proprieda<strong>de</strong>s e <strong>para</strong> tanto<br />
precisam. <strong>de</strong> autorização da DEPRN.<br />
40. Essas ativida<strong>de</strong>s iam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a preocupação com a formação dos<br />
monitores até como conseguir e pre<strong>para</strong>r o almoço <strong>de</strong> domingo.<br />
passando pelo transporte das crianças, divulgação dos "Ecologica-mente"<br />
e pre<strong>para</strong>ção dos impressos a serem distr1.buidos<br />
às crianças e monitores.<br />
41. Em zoologia, botânica, ecologia. técnicas agrlcolas. qulmica.<br />
culinária. saú<strong>de</strong>, institucionais<br />
42. O 'número <strong>de</strong> pessoas que respon<strong>de</strong>ram é pouco' significativo<br />
pois tivemos contato com aproximadamente 80 crianças e s6 8<br />
respostas ficaram nos arquivos do grupo (po<strong>de</strong> ser que <strong>de</strong>vido<br />
à nossa bagunça algumas tenham se perdido) mas isso justifica-se<br />
em parte pelo esquema dificultoso <strong>de</strong> <strong>de</strong>volução que<br />
exigia das crianças irem até a CDCC. ap6s a ativida<strong>de</strong>. entregar<br />
o questionário respondido. Quanto aos questionários dos<br />
monitores.quatro foram respondidos espontaneamente. Dos outros<br />
quatro colhemos o <strong>de</strong>poimento verbal.<br />
43. Passaram pelo grupo cerca <strong>de</strong> 43 pessoas (estudantes da<br />
UFSCar) sendo que a média envolvida em cada periodo era <strong>de</strong><br />
aproximadamente 30 pessoas. das quais 20 fixas (durante aproximadamente<br />
um ano e meio) e <strong>de</strong>z flutuantes.<br />
44. Ressalte-se<br />
estão sendo<br />
que. no ritmo do possivel. todos os contatos<br />
feitos pela diretoria da APASC no sentido <strong>de</strong>
econquistar o espa~o na rádio e a manutencão do programa bem<br />
como a renovacão do Convênio. e a pe660a que coor<strong>de</strong>nou o<br />
programa todos esses anos está dispo6ta a refazer o grupo e<br />
recomeçar o programa.<br />
45.0 primeiro texto foi escrito pelo autor <strong>de</strong>sta dissertacao<br />
e o segundo por um outro participante do grupo da favela-<br />
Shimbo.Y.
CAPITULO 111<br />
A APASC E O ASSOCIADO ATIVO
Apresentaremos a seguir fragmentos dos <strong>de</strong>poimentos<br />
<strong>de</strong> nove associados ativos. selecionados segundo 06 critérios<br />
explicitado6 no capitulo I. acompanhando-os <strong>de</strong> nossas análises.<br />
Esses <strong>de</strong>poimentos po<strong>de</strong>m ser obtidos.em sua integra.em documentos<br />
arquivados na se<strong>de</strong> da APASC ou com o autor <strong>de</strong>sta dissertacão.<br />
Neste capitulo. trabalharemos tais <strong>de</strong>poimentos.<br />
transcrevendo fragmentos com algumàs adapta~ões na forma da cons-<br />
trução das frases ou mesmo com supressões ou acréscimos <strong>de</strong><br />
palavras que <strong>de</strong>senvolvemos procurando não alterar-lhes o senti-<br />
do, <strong>para</strong> ajudar a apreensão do seu sentido e facilitar a leitura<br />
do mesmo. Isto em virtu<strong>de</strong> dos <strong>de</strong>poimentos terem sido feitos atra-<br />
vés <strong>de</strong> conversas totalmente .informais. que foram gravadas e<br />
transcritas na integra com seus vicios <strong>de</strong> linguagem. espaços <strong>de</strong><br />
pensamento. palavras não ditas expressas por ge~tos. etc.<br />
Co~o já exposto.além dos <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong>sses nove<br />
associados ativos. colhemos importantes <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> outras<br />
seis pessoas significativas na história da APASC (às vezes suas<br />
participações foram até mais intensas em <strong>de</strong>terminados periodos.<br />
mas <strong>de</strong>vido aos parâmetros estabelecidos <strong>para</strong> seleção dos membros<br />
ativos não foram apontados entre os que' <strong>de</strong>veriamos procurar<br />
inicialmente <strong>para</strong> entrevistar) e englobamos dados <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong><br />
correspondências <strong>de</strong> ex-diretores e <strong>de</strong> cartas <strong>de</strong> associados en<strong>de</strong>-<br />
reçadas ao autor da dissertação. os quais colaboraram no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta dissertação. A leitura <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>poimentos e<br />
correspondências muito contribuiu <strong>para</strong> a nossa interpretação<br />
sobre o que é a APASC.
Procuramos estruturar este capitulo <strong>de</strong> forma que<br />
primeiro o leitor tomásse contato com os <strong>de</strong>poimentos individuais<br />
sobre os motivos que aproximaram os entrevistados da questão<br />
ecológica e da APASC e sobre o significado que a militância<br />
ecológica tem ou teve em suas vidas e a seguir ouvimos e<br />
analisamos a opinião dos entrevistados sobre a APASC - seu papel,<br />
suàs origens e contradições, suas lutas e seu papel educacional,<br />
procurando <strong>de</strong>tectar o ponto <strong>de</strong> vista do associado ativo sobre a<br />
APASC e seu papel social.Por fim,expomos os resultados <strong>de</strong> enquete<br />
e algumas interpretações sobre os dados no tocante à concepção<br />
dos associados ativos a respeito das principais correntes e<br />
valores (segundo alguns autores) que constituem e perpassam o<br />
movimento alternativo e ecológico.
Eu não encontro eco.<br />
Sou um grito dissonante<br />
Neste universo em ressonância.<br />
Falo da harmonia<br />
Da estranhesa que sinto<br />
diante da idéia<br />
De ser dominador da Natureza<br />
Do <strong>de</strong>sejo que tenho em ser<br />
Apenas uma espécie singular.<br />
Do respeito que cultivo ao<br />
observar um pássaro, um<br />
inseto, .<br />
mas não encontro eco.<br />
Falo a um vazio <strong>de</strong> vozes.<br />
Serei Louco?<br />
Estarei Louco? Con<strong>de</strong>nado a<br />
vagar entre olhares<br />
espantados e silêncios.<br />
Terei que apren<strong>de</strong>r a conviver<br />
com a gozação. nascida<br />
do mesmo esplrito<br />
Dos que riem dos bêbados das<br />
ruas.<br />
Meu Deus dai-me forças.<br />
Deus Tupã, Oxalá. Iemanjá<br />
Nanã, Iansã, Xangõ,<br />
Ogum. Omulu, Erê. Curumim<br />
Dai-me força<br />
Oh água, luz<br />
Folha ver<strong>de</strong> do meu peito<br />
Sangue vermelho no meu sol<br />
Diamante da minha lágrima.<br />
Gran<strong>de</strong> pai lndio<br />
Que <strong>de</strong> sua tribo Seatle<br />
Deixou o maior documento<br />
da história<br />
Transforme-me num guerreiro<br />
audaz, corajoso e violento<br />
A busca dos escalpos dos<br />
meus inimigos
Dos usurpadores da minha<br />
liberda<strong>de</strong><br />
E da minha integrida<strong>de</strong>.<br />
Vamos montar uma tribo<br />
urbana<br />
Composta <strong>de</strong> malucos e<br />
visionários<br />
E vamos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r nossas<br />
fronteiras<br />
Nossas águas. nossas criancas<br />
Nossas mulheres.<br />
Vamos manter pura a terra<br />
Que um dia acolherá <strong>de</strong><br />
volta e nos dará<br />
A.paz que as mães amorosas dão<br />
a<br />
Seus filhos.<br />
Pegue sua crianca. meu amigo.<br />
Tome-lhe a mão com afeto<br />
Olhe <strong>para</strong> uma ave voando livre<br />
A procura <strong>de</strong> sua presa<br />
E <strong>de</strong>ixe-se olhar. Aprenda<br />
a olhar<br />
Aprenda a ver a harmonia<br />
A agonia<br />
Deixe que toque seu cora~ão<br />
A certeza infinita da nossa<br />
insignificância<br />
Da absoluta equida<strong>de</strong> que<br />
existe<br />
Diante da Mãe Natureza.<br />
Entre você e um sapo<br />
(E nem você nem ele se<br />
tornarão pr1nclpes)<br />
-On<strong>de</strong> está meu sonho?<br />
No que vejo e que não é visto?<br />
-No que sinto e não é<br />
compartilhado?<br />
No isolamento a que estou<br />
con<strong>de</strong>nado?<br />
On<strong>de</strong> está o meu sonho?<br />
E meu pesa<strong>de</strong>lo?
No que vejo e não creio<br />
que vejo?<br />
No que sinto e digo que<br />
sinto.E ninguém sente?<br />
No que vejo e chamam realida<strong>de</strong>?<br />
Será meu sonho meu pesa<strong>de</strong>lo?<br />
Talvez um dia eu converse com<br />
As plantas. os anImais. os rios<br />
o vento<br />
E os homens me dêem por doido<br />
E queiram me internar numa<br />
Ca<strong>de</strong>ia. Sanatório <strong>para</strong> que eu<br />
não mais lhes ,<br />
Atormente o juizo.<br />
E eu fuja. ajudado pela rainha<br />
dos raios. que <strong>de</strong>struirá os<br />
muros.<br />
Pelos reis das pedras. que<br />
atingirá meus perseguidores<br />
E chegando na floresta. seja<br />
Recebido. aos gritos <strong>de</strong><br />
alegria. pelo<br />
Curupira. que me conduzirá<br />
rapidamente aos<br />
Becantos secretos. on<strong>de</strong> só<br />
tem acesso os<br />
Puros <strong>de</strong> alma.<br />
E lá eu encontre a mulher da<br />
minha vida<br />
E seja feliz.<br />
Lã. longe dos homens. do mundo<br />
urbano<br />
Dos loucos chamados sãos.<br />
Então não precisarei mais<br />
encontrar eco algum<br />
·Serei eco<br />
Lógico.<br />
Caju 10.04.88 (O)<br />
Madrugada <strong>de</strong> vento frio<br />
Cantando ...cantando!
"essa idéia <strong>de</strong> mundo, <strong>de</strong> harmonia,<br />
ela sempre existiu, s6 que<br />
não conseguia relacionar as<br />
coisas na minha vida".<br />
Os motivos que levám cada um a se aproximar da<br />
APASC e da questão ecológica são bastante .<br />
heterogêneos .
(3). Lá <strong>de</strong>scobri maravilhada que além <strong>de</strong> estudos estéreis das<br />
disciplinas escolares, pessoas eram chamadas <strong>para</strong> uma ação em que<br />
a valorização voltava <strong>para</strong> o campo. Fiquei cheia <strong>de</strong> orgulho.<br />
Aquilo eu gostava e mato era meu ninho. As imagens dos "sli<strong>de</strong>s"<br />
do Ruschi eram comuns <strong>para</strong> mim. A <strong>de</strong>gradacão dos ambientes, <strong>de</strong><br />
matas e rios era um registro latente em mim que não tinha até<br />
então espaço <strong>de</strong> expressão, mesmo.porque os homens do sitio são<br />
ensinados a aceitar. e por bem se aquietar. procurar outras<br />
soluções. Consentia-se contrariado. Recuava-se como os bichos.<br />
Foi espantoso <strong>de</strong>scobrir que um burguês como o<br />
Masayuki (4) tão culto, tão fresco, tão elegante, maravilhava-se<br />
com as matas <strong>de</strong> Ruschi. empolgava-se com os colibris e admirava o<br />
cientista. Mas o que o cientista mostrava. pensei <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mim,<br />
é o que domino bem. Descobri que a vida me mostrava um importante<br />
segredo" .<br />
Em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> apoia as iniciativas <strong>de</strong> um colega <strong>de</strong><br />
turma. que muito se envolveu com a formação da APASC: "Acho que<br />
ele foi figura principal do porquê estive na APASC (...), não<br />
seria capaz <strong>de</strong>. naquela época. ter dado continuida<strong>de</strong> por conta<br />
própria" .<br />
M acredita ter sido influenciado pelos meios <strong>de</strong><br />
comunicação: "os canais <strong>de</strong> comunicação, principalmente os jor-<br />
nais. que começavam a trazer a questão da poluição. da contami-<br />
nação. do ar. do meio ambiente, <strong>de</strong> alguma coisa mais séria e<br />
suas consequências é o que acabou. <strong>de</strong> alguma forma. <strong>de</strong>spertando<br />
não só a mim, mas também a outras pessoas (...)".
As amiza<strong>de</strong>s e afinida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> idéias também são<br />
citadas por ele como importante motivo <strong>para</strong> a aproximação das<br />
pessoas que fundaram a APASC "(...) acho que começou por vinculos<br />
<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> (...) a APASC foi consequência (0.0) mas o grau <strong>de</strong><br />
união que se dava no grupo era pela afinida<strong>de</strong> e pela busca <strong>de</strong> uma<br />
coisa que era comum (00.) O grupo acabou se reunindo na questão<br />
ecológica, <strong>de</strong>spertada por um trabalho que o pessoal <strong>de</strong> Biologia<br />
vinha fazendo (...), "a semana <strong>de</strong> Biologia", on<strong>de</strong> se começava a<br />
questionar a questão do meio ambiente. E as pessoas que partici-<br />
pavam era justamente as pessoas que se interessavam em algum<br />
momento, por essas questões".<br />
Se, <strong>para</strong> os três s6cios fundadores, a Semana <strong>de</strong><br />
Estudos Ecológicos da Biologia foi o fator aglutinador em torno<br />
da fundação da APASC, <strong>para</strong> T ,N ,e E o ~ue os aproxima da<br />
entida<strong>de</strong> foram convites <strong>para</strong> participarem das ativida<strong>de</strong>s ou<br />
grupos <strong>de</strong> trabalhos da APASC.<br />
T aproxima-se da questão ecológica muito antes<br />
<strong>de</strong> se aproximar da APASC, "através da minha vivêncla aqui em <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong>, como escoteiro que fui, como colecionador <strong>de</strong> orqui<strong>de</strong>as<br />
que eu fui, como colecionador <strong>de</strong> rochas, então eu gostava muito<br />
<strong>de</strong> excursões, <strong>de</strong> passeios às matas, beirada <strong>de</strong> rio, montanhas,<br />
etc., coletar meus exemplares, organizar minhas coleções e nisso<br />
eu fui tendo contato com os problemas ambientais. Mais tar<strong>de</strong> eu<br />
me interessei muito pelo problema do clima em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> (o •• ) e<br />
mais tar<strong>de</strong>, quando foi feita a APASC, por seu convite eu fiz<br />
parte do conselho fiscal (...) (5).
Des<strong>de</strong> o inicio T é convidado pelos associados,<br />
<strong>para</strong> proferir palestras sobre clima, aspectos ambientais e a<br />
história <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e dar seu parecer por ocasião <strong>de</strong> alguma<br />
luta ou polêmica com as quais a entida<strong>de</strong> se envolve (6). Logo<br />
torna-se o primeiro conselheiro consultivo e assessor acadêmico<br />
da entida<strong>de</strong>.<br />
W aproxima-se da A~ASÓ através <strong>de</strong> um convite <strong>para</strong><br />
participar <strong>de</strong> um grupo que intencionava fazer um programa radio-<br />
fônico sobre ecologia. A medida em que vai se envolvendo com o<br />
programa e com a entida<strong>de</strong> (torna-se secretária, estagiária remu-<br />
nerada - .aliás muito pouco remunerada!) passa a se envolver com<br />
outras .lutas .especificas e com problemas gerais do movimento<br />
eco16gico "( ...) primeiro foi o programa <strong>de</strong> rádio. ai (...) me<br />
chamaram <strong>para</strong> uma reunião prá participar e u~a vez tanto no<br />
programa da rádio. o que eu ia veicular? ai comecei a partici-<br />
I também aproximou-se através <strong>de</strong> um convite<br />
espontâneo e fortuito <strong>de</strong> um veterano (que encontrara na livraria<br />
do Campus quando folheava um livro sobre indios brasileiros). que<br />
lhe dirigiu uma pergunta sobre o seu interesse pela questão<br />
indigena.<br />
De repente. estava combinado com mais um outro<br />
calouro da quimica e algumas outras pessoas. que se aproximaram<br />
atraidas por alguns cartazes que foram colocados na Universida<strong>de</strong><br />
divulgando as reuniões, .<strong>de</strong> montar um grupo <strong>de</strong> estudos e atuaQão<br />
em relação aos problemas dos indios - "grupo Moxamare" e "então
quando a gente come~ou com com o grupo Moxamare, a discutir a<br />
questão do indio; acho que a partir dai é que surgiu alguma coi6a<br />
em termos <strong>de</strong> ecologia, tal (...)".<br />
I, K e R tomaram a iniciativa <strong>de</strong> procurar a APASC<br />
em diferentes momentos <strong>de</strong> suas vidas (todos em 1984). Um buscando<br />
resposta6 existenciai6, outro pr~curando apoio <strong>para</strong> a luta em<br />
<strong>de</strong>fesa das árvores urbanas, e o outro respon<strong>de</strong>ndo a uma simpatia<br />
latente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a funda~ãoda APASC, em 1977, quando participou da<br />
assembléia <strong>de</strong> aprova~ão dos estatutos da entida<strong>de</strong>.<br />
Na realida<strong>de</strong>,acreditamos que todos buscavam res-<br />
postas existenciais, no sentido mais amplo e complexo do termo -<br />
dar sentido à existência ou procurar sentido na existência (7),<br />
seja como <strong>de</strong>cisão individual/racional, ~eja cpmo angQstia cons-<br />
tante ou como manifesta~ões espontâneas (intuitivas) <strong>para</strong> se<br />
tentar enten<strong>de</strong>r fenômenos diversos a partir das rela~ões com<br />
outros iguais. Os dados <strong>de</strong>sta disserta~ão não nos permitem ir<br />
mais· fundo nessa que6tão, mas gostarlamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixá-Ia indicada<br />
<strong>para</strong> que o leitor também pense nisso e quem sabe possamos mais<br />
adiante explorá-Ia ...<br />
expllcita,<br />
vida.<br />
Os três dão indlcios <strong>de</strong> uma simpatia, latente ou<br />
pela questão ecol6gica ao longo <strong>de</strong> suas hist6rias <strong>de</strong><br />
I , em 77, participou da assembléia <strong>para</strong> aprova~ão<br />
dos estatutos da APASC. Des<strong>de</strong> 80 semeia Araucárias (junto com 5,<br />
sua esposa, que também viria a ser diretora da APASC em 1985),
e dai surgiu aquela idéia <strong>de</strong> comprar o "Mamãe" (...) Quem com-<br />
prasse já era s6cio automaticamente da APASC. Dai a APASC não<br />
,<br />
coisa (...) Naturalmente você s6 vai porque tem uma certa simpa-<br />
tia. senão você não iria. porqu~ todo mundo foi convocado e a<br />
maioria não foi (...)"
aluguel pro dono <strong>de</strong> uma padaria que se dizia dono do terreno,<br />
sendo que o terreno era da Prefeitura. Conseguimos que ele não<br />
cobrasse mais nada (...)".<br />
Mas, por problemas pessoais 1 come~a a trabalhar<br />
"eu comecei a cuidar <strong>de</strong> mim, das minhas crian~as, dos meus ca-<br />
chorros. do meu quintal e s6; mais do que isso não <strong>de</strong>u <strong>para</strong><br />
fazer durante muito tempo. Quer dizer, sempre fui <strong>de</strong> participar<br />
da UrPA (8), sem carregar muito nas costas, quer dizer, ir lá <strong>de</strong><br />
vez em quando e achar 6timo o que os outros estão fazendo e<br />
contribuir com aquelas mensalida<strong>de</strong>s e coisa assim. E as associa-<br />
9ões ecológicas, essas que surgiram aqui no Brasil,eu na verda<strong>de</strong><br />
não cheguei a conhecer. A única pessoa que conhecia. que era do<br />
movimento ecol6gico e é até hoje,é a Cacilda Lanuza (...) Assisti<br />
uma pe9a com ela "Ver<strong>de</strong> que te quero Ver<strong>de</strong>" e achei assim impres-<br />
sionante e <strong>de</strong>pois fiquei sabendo que ela estava no movimento<br />
ecológico" .<br />
A1, em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. <strong>para</strong> on<strong>de</strong> se transfere quando<br />
vai trabalhar em uma gran<strong>de</strong> empresa. começa a exercer seus direi-<br />
tos <strong>de</strong> cidadania em quatões simples como manifestar-se por carta<br />
ao reitor da UFSCAR pedindo que não colocassem fogo no mato das<br />
margens da pista <strong>de</strong> Cooper (on<strong>de</strong> ela corria todas as manhãs) ou<br />
cartas ao Prefeito pedindo providências contra o corte indiscri-<br />
minado <strong>de</strong> ârvores das proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua moradia. E através<br />
<strong>de</strong>ssas questões que fica sabendo da APASC e a procura em busca <strong>de</strong><br />
apoio: "C ... ) é foi. mais ou menos isso (que a aproximou da<br />
APASC). Antes eu tentava sempre fazer alguma coisa no meu redor.<br />
meu vizinho, meu quintal e coisa assim. Mas o que fez uma
mudança na minha cabeça foi o livro do Inácio <strong>de</strong> Loyola Brandão<br />
~Não verás pais nenhum" (...) passa mais ou menos no ano 2010,<br />
2000 (.,,) é terrivel, não tem mais rios, nào tem mais nada:<br />
então ele lembra o dia que o colega <strong>de</strong>le foi levado embora da<br />
escola, da Universida<strong>de</strong>, por ter falado alguma coisa que não<br />
<strong>de</strong>via, que não interessava ao regime e ai ele acha, vendo i6so<br />
assim <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tantos anos, que naquele momento todo mundo<br />
<strong>de</strong>veria ter se colocado na frente ,<strong>de</strong>sse homem, sabe? Que ai<br />
talvez teria mudado tudo, Então isso me impressionou profundamen-<br />
te, O Luiz leu também e achamos qúe <strong>de</strong>viamos fazer alguma coisa,<br />
porque antes a gente dizia não adianta correr atrás, a gente se<br />
.irrita e no fim não vai adiantar nada mesmo. E ai achamos que<br />
tinhamos que fazer alguma coisa e procuramos a APASC { ...)".<br />
I, procurando. as raizes do seu envolvimento com a<br />
questão ecológica, fala que "essa idêia <strong>de</strong> harmonia sempre exis-<br />
tiu, ela não nasceu com a APASC, só que não conseguia relacionar<br />
essas coisas na minha vida", Essa idéia <strong>de</strong> harmonia advêm da<br />
vida, quando criança, no meio do mato que ele <strong>de</strong>sfrutava quando<br />
visitava seu avô "o mato representando o equilibrio, a vida, a<br />
ausência <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>, as coisas que eu não gostava no mundo que<br />
eu vivia (",)", e do seu gosto pelas artes marciais que o forta-<br />
lecia <strong>para</strong> ter uma relação com as pessoas que fosse "suave como<br />
um carinho" mas que não o levasse a per<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>terminação dos<br />
seus principios "eu sempre fui uma pessoa <strong>de</strong> principios, isso<br />
aprendi com meu pai (",)"
questio ecológica,ele falou sobre sua sempre presente necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> polemlzar,levantando dúvidas e não aceitando aquilo que não<br />
entendia. Assim come~ou a participar <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> opo6i~ão no<br />
'DCE-livre UFSCar e <strong>de</strong>pois foi da diretoria <strong>de</strong>ssa entida<strong>de</strong>. E<br />
assim polemizando se aproximou <strong>de</strong>finitivamente da questão ecoló-<br />
gica, a nivel <strong>de</strong> reflexão mais sistemática e posteriormente da<br />
APASC.<br />
De um diálogo com um professor da Universida<strong>de</strong>,<br />
militante politico do MR-8 (9), ele <strong>de</strong>scobre sua afinida<strong>de</strong> com as<br />
idéias anarquistas:<br />
"Eu estava na frente da biblioteca da Fe<strong>de</strong>ral<br />
conversando com ele e comecei a dizer as coisas que estava pen-<br />
sando, como estava vendo as pessoas, ... Ai ele disse: você tem<br />
discutido com aquele grupo <strong>de</strong> anarquistas? Porque você está<br />
pensando igual a ~les! E isso me fez pensar: p~rra, mas é <strong>de</strong>sse<br />
jeito que eu penso. E foi <strong>de</strong>ssa maneira que comecei a me i<strong>de</strong>nti-<br />
ficar com o anarquismo que não conheQo muito bem, ou com essa<br />
atitu<strong>de</strong> meio <strong>de</strong> irreverência diante do mando, da submissão ao<br />
humano; é uma. coisa que eu nunca gostei.mesmo, na minha vida<br />
inteira eu nunca gostei disso, . embora tenha um certo impeto <strong>de</strong><br />
mandar, mas é uma coisa que eu venho trabalhando, tal, mas - eu<br />
nunca gostei disso, enten<strong>de</strong>u? então, eu acho que me aproximei da<br />
causa ecol6gica <strong>de</strong>ssa maneira (...)".<br />
E <strong>de</strong> se ressaltar a relação quase automática que<br />
1 fez entre sua i<strong>de</strong>ntificação com as idéias anarquistas e sua<br />
aproximação com a causa ecológica. Dois motivos po<strong>de</strong>m alicerçar
e6sa rela~ão. Um é <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> alguns estudantes da Univer-<br />
6ida<strong>de</strong> simpatizantes das idéias libertArias serem. na época.<br />
militantes ecologistas e vice-versa. Outro é. da própria proxi-<br />
mida<strong>de</strong> teórica dos escritos ecologistas e dos seus i<strong>de</strong>ais. propa-<br />
lados <strong>de</strong> forma fragmentada pelos militantes. com os escritos<br />
libertârios. Essa proximida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>tectada na literatura em<br />
livros como"O negócio é ser pequéno" (lO) no tocante às idéias<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização. cooperativismo e formas <strong>de</strong> gestão fe<strong>de</strong>rati-<br />
vas ou no livro "Ecologia em Quadrinhos" (lI) que coloca com<br />
todas as letras teóricos libertârios como Rudolf Bahro. lvan<br />
Ilitch e André Gorz como autores importantes na consolidação das<br />
.idéias ecologistas. Po<strong>de</strong>mos citar ainda Capra {l2} falando sobre<br />
os ver<strong>de</strong>s na Alemanha e os anarquistas como uma das correntes que<br />
colaboraram na formação daquele partido.<br />
Em relação à sua aproximação com a APASC diz:" Era<br />
uma época da minha vida on<strong>de</strong> eu estava ficando louco. Não conse-<br />
guia equacionar as minhas contradições. não conseguia ver sa1da<br />
prá estar vivo. enten<strong>de</strong>u? viver me parecia -hoje também parece.<br />
mas é diferente - um imenso absurdo. enten<strong>de</strong>u? entrei num<br />
processo <strong>de</strong> não ver sentido em estar vivo. um processo altamente<br />
<strong>de</strong>pressivo. altamente <strong>de</strong>strutivo e não conseguia ver sa1da.E mais<br />
ou menos na época em que F e alguns outros amigos estavam nesse<br />
processo. - então eu realmente estava me <strong>de</strong>teriorando pra cara-<br />
lho. e fui prá APASC por causa disso. fui <strong>para</strong> APASC porque<br />
precisava ... porque eu não conseguia eco. não conseguia conver-<br />
sar com as pessoas. Os Assuntos das pessoas eram completamente<br />
<strong>de</strong>sinteressantes prá mim~ e os meus assuntos prás pessoas também
passar prá <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> existir ou p'ri mudar a maneira <strong>de</strong> existir<br />
<strong>de</strong>ssas coisas) então por isso fui pri APASC. Quer dizer, fui prá<br />
prá dizer, sem querer ouvir nada da reunião mas prá po<strong>de</strong>r estar<br />
junto com algumas pessoas que <strong>de</strong> alguma forma me confortavam".<br />
A falta <strong>de</strong> experiência, da maioria dos entrevista-<br />
dos, na participação <strong>de</strong> organizações. Só K havia participado da<br />
E posslvel afirmar que os entrevistados buscavam<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um trabalho em grupo, uma potencializa~~o da ação
do comportamento ecol6gico individual (13) ou mesmo sobre os<br />
mecanismos sociais· e psicol6gicos'que atuam na aglutinacão dos<br />
individuos. Algumas vezes vacilamos. e comecamos a discorrer sobre<br />
da sua hist6ria <strong>de</strong> vida (gostava <strong>de</strong> mato, plantas, ler um livro,<br />
Pfeocupações espirituais ...) fatores circunstanciais (entrar<br />
- __ o _ •• ~
111.1.2. "O que foi e significou <strong>para</strong> mim,<br />
a participa~ão na APASC"<br />
cou o envolvimento com <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s diferentes: partici-<br />
/<br />
não fazer aquela expectativa e não ficar <strong>de</strong>siludido quando não<br />
são cumpridas. Acho que a APASC foi tão importante prá mim, que
esse tipo <strong>de</strong> aprendizado. que não foi tão fácil. não me fez<br />
abandoná-la. (...)" I<br />
"Esse tipo <strong>de</strong> atua~ão foi importante. Serviu <strong>para</strong><br />
<strong>de</strong>senvolver uma consciência maior ... o respeito às pessoas. à<br />
natureza ... Acho que na verda<strong>de</strong> o maior retorno. não é global.<br />
<strong>de</strong> você fazer uma coisa e ver coisas acontecerem. mas fica mais<br />
em termos pessoais. no tipo <strong>de</strong> rela~ões que tivemos com as pes-<br />
soas. discussões<br />
gran<strong>de</strong>". E<br />
A segunda. relacionada a adquirir consciência dos<br />
problemas ambientais e suas relações com a socieda<strong>de</strong> e o Estado.<br />
Descobrir alguns problemas e questões que se ignorava· e aprofun-<br />
dar-se no <strong>de</strong>bate e reflexão sobre outros. Desvendar a estrutura<br />
do Estado e os mecanismos acionáveis pelo cidadão ...<br />
N.:.a nivel <strong>de</strong> consciência e reflexão sobre a<br />
questão do meio ambiente foi fundamental (...) Reunia pessoas<br />
diferentes com finalida<strong>de</strong> comum. Isso faz com que a gente cres~a.<br />
amadureça e acaba sendo orientador das nossas relações pra fren-<br />
te". M<br />
"O mais relevante tem sido o contato com algumas<br />
questões que eu não entendia ... que não sabia que existiam. e que<br />
passei a enten<strong>de</strong>r. e a toma-Ias como referência no meu processo<br />
<strong>de</strong> reflexão pessoal.da minha vida e da vida das pessoas que me<br />
cercam e que não me cercam." 1
prá me mostrar essas alternativas, o movimento ecológico, e me<br />
sensibilizar realmente <strong>para</strong> a vida, a <strong>de</strong>struição da vida, a<br />
sensibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> a vida, uma coisa meio <strong>de</strong> convivência com<br />
animais com seres humanos inclusive, quer dizer, mudança <strong>de</strong><br />
postura inclusive com o próprio ser, da própria espécie ( ...)",<br />
M.<br />
A terceira categoria po<strong>de</strong> ser expressa como um<br />
maior estimulo ao fazer, agir, pensar, ter esperanças, ter uma<br />
atitu<strong>de</strong> mais positiva em relação à existência, ou seja, a <strong>de</strong>spei-<br />
to do ceticismo "vou tentar". Po<strong>de</strong> ser retratada em frases como a<br />
<strong>de</strong> P<br />
"Aprendizado foi o exercicio com o social; serviu<br />
<strong>de</strong> meio <strong>para</strong> me expressar socialmente ( ). Todo trabalho que a<br />
gente teve, tal, eu aprendi bastante ou na fala <strong>de</strong> R ressal-<br />
tando a importância do contato com a realida<strong>de</strong> local, procurando<br />
fazer alguma coisa pela comunida<strong>de</strong>: "Na minha vida a importância<br />
da APASC, o porque eu não <strong>de</strong>ixei a APASC até hoje é que a AFASe<br />
me dá um contato com a realida<strong>de</strong> local e com a comunida<strong>de</strong>, e por<br />
outro lado eu vejo como uma maneira <strong>de</strong> fazer alguma coisa pela<br />
comunida<strong>de</strong>. Não faz mal que a comunida<strong>de</strong> não perceba, eu sei que<br />
estou fazendo alguma coisa pela comunida<strong>de</strong>, enquanto que se eu<br />
ficar só no meu mundinho <strong>de</strong> Departamento <strong>de</strong> Quimica da Universi-<br />
da<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral, eu tô fazendo alguma coisa, formando gente. mas não<br />
estou fazendo alguma coisa pela çomunida<strong>de</strong> local. A APASC me<br />
permite entrar em contato com outras pessoas com outra realida<strong>de</strong>,<br />
com outro mundo, me dá essa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ela me abre o<br />
mundo mais, eu me sinto, razoavelmente bem. é. me sinto bem.
com o mundo. mais que a Universida<strong>de</strong>. Digo i6so com serieda<strong>de</strong><br />
porque a Universida<strong>de</strong> me disciplináva e me reprimia"pelas compe-<br />
APASC foi·uma escolha preciosa <strong>para</strong> o tempo em disposi~!.o. Foi<br />
uma coincidência e uma op~Ao do instinto. Como uma religião; um<br />
~!o do pensamento negativista. Uma reeduca~ão <strong>de</strong> si mesma (conti-<br />
nua ainda hoje) sobre a postura diante do mundo. Um confronto à<br />
cavam-se idéias. falando, escutando. olhando-se e iS60 era agradável.
Foi <strong>para</strong> mim um exercicio da reflexão. das dúvidas<br />
e das <strong>de</strong>cisões. Foi uma experimentação. Foi um passo no conheci-<br />
mento e compreensão <strong>de</strong> si e do mundo.<br />
todos como um grupo.<br />
Gostava das pessoas. não digo todos um por um; mas<br />
APASC representa a minha juventu<strong>de</strong> participativa.<br />
ainda que timida e sem energia .<br />
.APASC foi um questionamento. um passo à compreen-<br />
sio do mundo enquanto pensamento. A procura da interação enquanto<br />
ação.<br />
o 'que ficou da APASC. <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>pois. que se<br />
reflete hoje nas minhas atitu<strong>de</strong>s.<br />
Leituras das páginas do ambiente nos jornais.<br />
Atenção pelos temas ambientais.<br />
instala e percorre.<br />
Observação das condiQ~es ambientais <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se<br />
Os pontos <strong>de</strong> vista nas opiniões ...<br />
Na escolha dos candidatos às eleições.
Reuniões e encontros . <strong>de</strong> discussão, trabalhos e<br />
to <strong>de</strong>sta disserta~ão acreditamos que os elementos levantados até<br />
agora ~ossam contribuir <strong>para</strong> pensarmos mais adiante no papel<br />
educacional da APASC <strong>para</strong> seus associados (os ativos em especial)<br />
e <strong>para</strong> a popula~ão em geral.<br />
Nossa inten~ão é saber se a participação na APASC<br />
estimulou ou refor~ou atitu<strong>de</strong>s individuais <strong>de</strong> participação em
Quanto à participação em outras organizações. dos<br />
seis participam ou partici<strong>para</strong>m <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s,<br />
associações <strong>de</strong> classe ou partido polltico (DCE-Livre. <strong>Associação</strong><br />
<strong>de</strong> P6s-Graduandos da UFSCar. grupos <strong>de</strong> alfabetização e educação;<br />
Partido dos Trabalhadores; Distrito <strong>de</strong> <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Enfermeiros;<br />
goria ou algumas reuniões <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s) e somente um.<br />
apesar <strong>de</strong> ter frisado que o seu aprendizado com a APASC foi<br />
que houve ou há em relação à APASC .<br />
•<br />
conforme os <strong>de</strong>fine Evers. Viola. Cruz (14) - porém é diflcil<br />
constatar a extrapolação <strong>de</strong>ssa prática <strong>para</strong> a prática do militan-
Temos fortes indicios <strong>de</strong> sua ocorrência no viven-<br />
ciado junto à história <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong>sses entrevistados - no apoio<br />
que <strong>de</strong>ram, por e~emplo, a uma coor<strong>de</strong>na~ão do DCE-Livre UFSCar com<br />
fortes principios auto-gestionários ou mesmo no apoio e simpatia<br />
aos candidatos politicos que apresentavam propostas que reforça-<br />
vam principio~ da <strong>de</strong>mocracia direta conforme a <strong>de</strong>fine Viola/Main-<br />
waring (15). Po<strong>de</strong>mos constatá-lo-ainda nas respostas à enquete<br />
apresentadas ao final <strong>de</strong>ste capitulo, porém o que po<strong>de</strong>mos notar é<br />
que são práticas individuais e em alguns casos intuitivas, ou<br />
seja, não passam por um processo <strong>de</strong> racionalização mais profundo<br />
sustentado por leituras e <strong>de</strong>bates que direcionem as opções <strong>de</strong><br />
grupo. Sobre este assunto voltaremos a conversar mais adiante nos<br />
itens sobre o papel organizacional e educacional da APASC.<br />
Quanto ao assumir a questão ecológica fora dos<br />
horários em que ~e está <strong>de</strong>senvolvendo alguma ativida<strong>de</strong> especifi-<br />
camente <strong>para</strong> a APASC, cada um dos entrevistados passa assumi-la<br />
<strong>de</strong> diferentes maneiras.<br />
P , através <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s com um entreposto<br />
<strong>de</strong> produtos naturais e como professor <strong>de</strong> Biologia, faz <strong>de</strong> suas<br />
ativida<strong>de</strong>s profissionais e <strong>de</strong> sua postura <strong>de</strong> vida - através da<br />
alimentação natural, yoga, tai-chi-chuan, grupos espiritualistas,<br />
H , enfatiza a permanência da militância, só que<br />
agora ela assume outras'caracteristicas. 'No dia-a-dia, sempre que<br />
possivel faz uma alimentação natural e procura "incorporar mais<br />
uma filosofia oriental" que lhe dá uma concepção <strong>de</strong> vida total-
mente diferente - tentando i<strong>de</strong>ntificar os momentos que está sendo<br />
consumido pelo consumismo e procurando ter "a paciência que a<br />
natureza tem". Além disso tem dado aulas e palestras "mesmo que<br />
sejam gratuitas, num nivel <strong>de</strong> estar realmente um elemento <strong>de</strong>sper-<br />
tador <strong>de</strong> consciências e não um criador <strong>de</strong> consciências (...)".<br />
Em sua profissão, a militância ecol6gica é assim<br />
caracterizada: "sinto que em nenhum momento <strong>de</strong>ixei <strong>de</strong> ter a<br />
preocupação com a questão do meio ambiente. mas s6 que com outra<br />
perspectiva. Agora não mais a nivel da instituição, da organiza-<br />
ção especifica <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> do meio'ambiente. mas no meu trabalho.<br />
na minha ação e no meu saber: que que eu faço em relação a isso?<br />
Enquanto gerente <strong>de</strong> uma organização <strong>de</strong> um -serviço. o qual admi-<br />
nistro <strong>de</strong>ntro daquela concepção da gente fazer a ação <strong>de</strong> preser-<br />
vação. <strong>de</strong> conservação do meio ambiente. da questão da qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida no seu quintal e ir prá fora, <strong>de</strong>ntro da área <strong>de</strong> minha<br />
abrangência enquanto gerente <strong>de</strong> uma instituição. eu tento fazer<br />
com que -a organização seJa o mais salubre posslvel e que possa<br />
oferecer uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>para</strong> o trabalhador lá<br />
<strong>de</strong>ntro.<br />
Fora isso (...) essa instituição. enquanto presta-<br />
dora <strong>de</strong> serviço à saú<strong>de</strong>. tem que estar visualizando o individuo.<br />
não s6 o individuo único. mas o individuo inserido <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />
meio. E a ação sobre esse individuo não <strong>de</strong>ve ser dada em uma ação<br />
individualizada. através <strong>de</strong> medicamentos. <strong>de</strong> consulta médica.<br />
não. Ela tem que ter uma ação conjunta no meio e no indlvlduo.<br />
E ai vem aquela questão da consciência também<br />
politica no entendimento que.a questão do meio ambiente passa
,<br />
frustrado por estar tendo pouca participa~ão em organizações.<br />
Atribui isso ao fato <strong>de</strong> ter sido consumido pela pós-graduação:<br />
,<br />
essas coisas - o movimento das baleias, ecol6gico. alimentação"<br />
mas assume que o seu cotidiano é "cheio <strong>de</strong> contradições" pois ao<br />
mesmo tempo que' consi<strong>de</strong>ra a "industrialização do animal uma<br />
questão ecológica e preten<strong>de</strong> voltar a fazer o programa <strong>de</strong> rádio<br />
da APASC - "Vida Natural" com o qual materializa muito do seu<br />
Além disso. mudou-se <strong>para</strong> uma chácara on<strong>de</strong>. junto com Luis (outro<br />
associado ativo da APASC e seu marido), <strong>de</strong>senvolvém diversas das
etc ...) e interagem com os vizinhos procurando evitar <strong>de</strong>smatamen-·<br />
tos, polui~ão da represa e riachos nas proximida<strong>de</strong>s e caça aos<br />
animais silvestres.<br />
K procura incorporar a questão ecológica na<br />
sua vida, no seu cotidiano, através das relações familiares e com<br />
amigos, através <strong>de</strong> alimentação ~ tai-chi-chuan e através da<br />
participação pol1tica <strong>de</strong>ntro da Universida<strong>de</strong>.<br />
R acredita que sua participação fora da APASC<br />
é mais a da verbalização sobre a questão ecológica, escrevendo<br />
artigos <strong>para</strong> jornais, conversando com colegas do Departamento e<br />
da <strong>Associação</strong> .Brasileira <strong>de</strong> Qu1mica. Nas aulas, quando é pos-<br />
s1vel, discute a questão ecológica. Fora isso tem, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1980,<br />
semeado e plantado araucárias, junto com sua.esposa 5 (que<br />
também foi diretora da APASC), em diversos lugares da Universi-<br />
da<strong>de</strong> e <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. No seu cotidiano consi<strong>de</strong>ra-se um liberal,<br />
admitindo que outros fumem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua casa (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não seja<br />
na hora <strong>de</strong>le dormir, pois tira-lhe o sono) e mantendo seus hábi-<br />
tos alimentares que inclui carne e outros hábitos não admitidos<br />
por alguns ecologistas.<br />
Finalizando. po<strong>de</strong>mos ressaltar que os associados<br />
ativos incorporam no seu cotidiano, aquilo que consi<strong>de</strong>ram mais<br />
importante da sua militância ecologista. Alguns valorizam a6<br />
mudanças no próprio modo <strong>de</strong> vida - alimentação. relações. etc.,<br />
outros "não esquentam a cabeça com isso" mas preocupam-se com<br />
efetivação <strong>de</strong> sua contribuição <strong>para</strong> com a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong>. A impressão que temos é que <strong>de</strong>ssa inte-
ação <strong>de</strong> per6pectiva6 diferente6 6empre há um a66umir (em dife-<br />
rente6 proporçõe6)ou compreen<strong>de</strong>r. a6 perBpectiva6 d06 outro6.
·<br />
rar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong>,alertam a comunida<strong>de</strong>, lutam
- "um lugar on<strong>de</strong> a gente po<strong>de</strong> ir fazer suas quei-<br />
xas". I<br />
- "fortalecer a ação fiscalizadora dos<br />
viduos". I<br />
- "pessoas que vêem o que estã acontecendo. aler-<br />
tam a comunida<strong>de</strong> e não <strong>de</strong>ixam aquilo ocorrer ao<br />
léo". W<br />
- "fundamental <strong>para</strong> que a população adquira cons-<br />
ciência mais global, menos superficial, e seja<br />
informada <strong>de</strong> outras posi
- "uma forma <strong>de</strong> se satisfazer aquelas ânsias <strong>de</strong><br />
transformação da socieda<strong>de</strong> que acho que é uma<br />
caracterlstica do jovem e <strong>de</strong> uma maneira coletiva.<br />
cooperativa". P<br />
,<br />
usufruirem (APREL/BROA) (16).<br />
agressões (aeropqrto (17) sairia se não fosse a<br />
APASC) e <strong>para</strong> outras pessoas encontrarem apoio<br />
impotente diante do po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong> tudo que l~e agri<strong>de</strong> nessa socie-<br />
da<strong>de</strong>. <strong>de</strong> aprendizado e crescimento pessoal e <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>s e afeto
postas acima, po<strong>de</strong>mos fazer uma análise que aponta três papéis<br />
<strong>para</strong> a APASC: educacão. fiscalizacão a potencializacão da ~<br />
,<br />
individual, todos voltados <strong>para</strong> a prote~ão do meio ambiente.<br />
melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e transforma~ão, sendo que esta<br />
indivlduo enquanto interiorida<strong>de</strong>, enquanto ser insatisfeito na<br />
b~sca <strong>de</strong> explica~ões existenciais.<br />
Essa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transforma~ão que emerge nos<br />
<strong>de</strong>poimento dos entrevistados e no dia a dia da aS6ocia~ão. não é<br />
uma caracteristica exclusiva da APASC. Todos os movimentos so-
111.2.2. Sua história e algumas caracterlsticas<br />
111.2.2.1. O inicio<br />
"APASC (é) era um movimento <strong>ambiental</strong>ista, uma<br />
ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> luta, a rebeldia <strong>de</strong> um capitalismo selvagem, uma<br />
rebeldia que preten<strong>de</strong> ser saudável, frente aos questionamentos às<br />
condiQões <strong>de</strong> vida que encontramos pronta.<br />
Uma postura politica.<br />
Uma ética <strong>de</strong> justiQa, um policiamento <strong>ambiental</strong>.<br />
APASC representava um grupo que no minimo tinha um<br />
traQo comum, que é preocupaQão e entusiasmo e um senso <strong>de</strong> comu-<br />
nida<strong>de</strong>. Tinham fé, aQão e consciência <strong>de</strong> sua época. (assim acre-<br />
ditávamos). Consciência da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preservaQlo <strong>de</strong> ambien-<br />
tes originais (sentimentos ligados ao amor e à sauda<strong>de</strong>). Cons-<br />
ciência <strong>de</strong> um bem comum e da vonta<strong>de</strong>, necessida<strong>de</strong> da melhoria da<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. E irmão mais próximo do humanismo e filho<br />
rebel<strong>de</strong> da situaQão.<br />
APASC é (era) um resgate<br />
explico <strong>de</strong> outro modo: o sentimento é a base, é <strong>de</strong> uma sauda<strong>de</strong> e<br />
tristeza, como a que sentiria "um pássaro que volta à árvore, que<br />
não existe mais". A reaQão humana é <strong>de</strong> que acreditamos no po<strong>de</strong>r.<br />
O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> reconstruir a "árvore <strong>para</strong> o repouso do pássaro que<br />
voltará outra vez. E antes que seja tar<strong>de</strong>, antes que o pássaro<br />
<strong>de</strong>cida não voltar mais APASC é esse resgate. O pássaro é a jóia<br />
do nosso coraQão".
E enquanto fé, ação e participação APASC é (era)<br />
~ma religião. (a religião é um instinto onto16g1co da educação).<br />
vonta<strong>de</strong> .e no pensamento não.<strong>de</strong>dicariam parte <strong>de</strong> seu tempo num<br />
movimento <strong>ambiental</strong>ista. O <strong>ambiental</strong>ismo, penso eu, faz parte da<br />
pr6pria lei <strong>de</strong> equil1brio natural cujo germe <strong>de</strong> reação se instala<br />
, ~._.<br />
mo) as mensagens apelativas que se conduzem através dos cartazes,<br />
panfletos e propagandas <strong>ambiental</strong>istas. Os apelativos em uso<br />
reproduzem um sentimentalismo humano caracteristicos que resi<strong>de</strong>
APASC - era um grupo<br />
- uma corrente<br />
- um veiculo<br />
.E em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. agia em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. <strong>para</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. mas era<br />
mais que <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.<br />
APASC era (é). uma preocupação ecológica. era um<br />
pensamento ecológ~co e pretendia uma ação ecológica. Cada parti-<br />
cipante tinha lá as suas razões que o levava a participar <strong>de</strong> um
" Acho que come~ou por vinculos <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>s.<br />
De repente, tinha um grupo <strong>de</strong> pessoas que pensavam que tinham <strong>de</strong><br />
alguma forma, i<strong>de</strong>alizado um mundo talvez diferente, que tinham um<br />
certo grau <strong>de</strong> entendimento politico da questão e que achavam que<br />
era importante, num <strong>de</strong>terminado momento, estar se organizando via<br />
grupo, como uma massa critica. prá estar discutindo, estar tendo<br />
um'posicionamento mais coletivo (coletivo <strong>de</strong> poucas pessoas), mas<br />
que pu<strong>de</strong>sse estar refletindo, <strong>de</strong>batendo, questionando as agres-<br />
sões que se estavam fazendo naquele momento ao meio ambiente. A<br />
APASC foi consequência. a criação da APASC, quer dizer, po<strong>de</strong>ria<br />
ser APASC ou qualquer outro nome mas o grau <strong>de</strong> união que se dava<br />
no grupo, era pela afinida<strong>de</strong> e pela busca <strong>de</strong> uma .coisa que era<br />
comum (",) O grupo acabou se reunindo na questão ecológica,<br />
<strong>de</strong>spertada por um trabalho que o pessoal da Biologia vinha fazen-<br />
do (",)"<br />
o nascimento da APASC, enraizado na Universida<strong>de</strong> 'e<br />
mais particularmente junto aos estudantes,está relacionado a<br />
alguns dos problemas enfrentados pela entida<strong>de</strong> durante sua exis-<br />
tência:'<br />
Nos próximos itens vamos tentar conhecer esse e<br />
alguns outros problemas da entida<strong>de</strong>.
tradição <strong>de</strong> militância estudantil, que sempre contrariou os inte-<br />
resses estabelecidos. Portanto é <strong>de</strong> longa data a ação difamat6ria<br />
_.cida<strong>de</strong>,<br />
além <strong>de</strong> ocorrerem os atritos cotidianos entre estudantes
No <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> I , torna-se presente a imagem<br />
que faziam da APASC setores significativos da populaQão <strong>São</strong> Car-<br />
lense: "quando conheci a APASC e comecei a falar <strong>de</strong>las prâs<br />
pessoas no meu trabalho percebi que <strong>para</strong> elas ou a APASC não<br />
existia ou elas diziam que eram "uns estudantes" num sentido<br />
pejorativo. (...) Então a primeira coisa que tentei fazer foi<br />
colocar-Ihes que <strong>de</strong>viam se associar porque não era estudante, era<br />
importante. era a vida <strong>de</strong> cada um" mas isso ai é muito dificil,<br />
tanto é que das pessoas que eu tinha mais ligação na Lápis (18),<br />
que <strong>de</strong>veriam ser umas 200 em minha'volta, uma 40 acho que entra-<br />
ram <strong>de</strong> sócias; (...) as pessoas po<strong>de</strong>m até ser s6cias mas elas<br />
procuram não falar porque tem aquela vergonha e medo, medo também<br />
<strong>de</strong> achar que é algum negócio politico. A primeira coisa que eles<br />
falaram quando eu levei o problema da APASC lá na firma foi:<br />
"isso ai é coisa <strong>de</strong> jogadas politicas", quer dizer, era melhor<br />
(<strong>de</strong>ixaram bem claro) se manter fora disto do que <strong>de</strong>ntro (19).<br />
Então isso ai. no começo me surpreen<strong>de</strong>u muito, mas <strong>de</strong>pois aprendi<br />
q~e é a própria estrutura aqui da cida<strong>de</strong> (...) s6 porque aqui tem<br />
aquele grupo <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rosos que não quer abrir espaço <strong>para</strong> os <strong>de</strong><br />
baixo, _ quer dizer os <strong>de</strong>,baixo tem que ficar embaixo intelectual-<br />
mente prâ não se levantar, então isso ai <strong>de</strong>ssas indústrias e da<br />
origem também <strong>de</strong> povo <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> (...) que são assim pessoas<br />
simples que vieram do campo e foram <strong>para</strong>r em fábrica é aquele<br />
proletariado que não tem orgulho. Orgulho <strong>de</strong>les é trabalhar<br />
na fábrica (...) você vê, aqui em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> tem tantas indús-<br />
trias e não tem movimento <strong>de</strong> sindicato, não tem movimento <strong>de</strong><br />
nada, não é?".<br />
Essa tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligar-se da imagem estudantil
e ser assumida pela cida<strong>de</strong> conseguiu relativos sucessos, como<br />
po<strong>de</strong>-se conferir nos <strong>de</strong>poimentos abaixo: - "hoje ela passa a ser<br />
reclamada por pessoas da cida<strong>de</strong>, apesar do núcleo ainda ser<br />
pequeno, mas hoje uma pessoa vinculada à cida<strong>de</strong> é sua represen-<br />
tante". M.<br />
"Quando a I passou a ser presi<strong>de</strong>nte a APASC<br />
passou aos poucos a não ser vista simplesmente como uma associa-<br />
ção <strong>de</strong> estudantes". R<br />
"Hoje ela tem um sígnificado <strong>para</strong> a cida<strong>de</strong><br />
forte do que ela teve antes, ela está se fortalecendo". K<br />
'Essa mudança <strong>de</strong> imagem <strong>para</strong> a cida<strong>de</strong> que se con-<br />
substancia na entida<strong>de</strong> ter um perfil menos estudantil está asso-<br />
ciada ã mudança da composição dos seus quadros <strong>de</strong> associados e<br />
diretores e tipo ~e ativida<strong>de</strong>s e discursos dos associados ativos.<br />
Nos últimos anos,começam a se filiar na entida<strong>de</strong><br />
m~is pessoas que <strong>de</strong>sempenham ativida<strong>de</strong>s profissionais na cida<strong>de</strong><br />
-professores universitários, funcionários <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> firma<br />
on<strong>de</strong> trabalham dois dos diretores da APASC, consumidores do<br />
entreposto <strong>de</strong> produtos naturais <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> um dos dire-<br />
tores, e, a maioria <strong>de</strong> seus diretores já não é <strong>de</strong> estudantes.<br />
R nos fala sobre a importância dos diretores da<br />
entida<strong>de</strong> serem profissionais e não estudantes: "(...) enquanto é<br />
s6 estudante, tem menos respaldo <strong>para</strong> falar, você fala, fala, a1<br />
ó cara pergunta quem é você e você fala, não eu sou professor num<br />
Departamento, numa Universida<strong>de</strong>, então o cara sabe que não está
falando com um e6tudante ou com um qualquer, vam06 dizer aS6im,<br />
não é um i<strong>de</strong>alista s6, quer dizer, é um i<strong>de</strong>alista que tem algun6<br />
6ub6idios também. Não significa que uma peS60a que 6eja i<strong>de</strong>ali6ta<br />
e não seja um profis6ional, um profe6sor, não sei o que, não<br />
p06sa ter subsidios (...) mas i6so dá força também, dá mai6<br />
respaldo, respeito. As pessoas respeitam mais (...) infelismente<br />
é assim."<br />
A entida<strong>de</strong> ainda mantém a caracterlstica <strong>de</strong> ser<br />
constitulda, em sua maior parte, por pessoas ligadas à UF5Car<br />
(professores, p6s-graduandos, ex-estudantes e estudantes) porém,<br />
além <strong>de</strong> seus diretóres serem profissionais,o seu discurso hegemô-<br />
nlco passa a ~er mais mo<strong>de</strong>rado, menos estudantil e suas ativi-<br />
da<strong>de</strong>s passam a se contrapor menos ao po<strong>de</strong>r executivo local.<br />
Exemplificador" <strong>de</strong>ssa tendência foi a <strong>de</strong>liberação<br />
da diretoria <strong>de</strong>· manter o diálogo com o Prefeito em torno da<br />
questão "Parque Ecológico" enquanto que a intenção <strong>de</strong> duas estu-<br />
dantes <strong>de</strong> Biologia, uma das quais diretora da APASC <strong>para</strong> a6suntos<br />
do Parque Eco16gico (em 1986),era <strong>de</strong>nunciar publicamente a "enro-<br />
lação" do Prefeito .<br />
Essas mudanças são criticadas por ex-diretores que<br />
vêem a entida<strong>de</strong> diminuindo sua ênfase polltica: "é importante<br />
ressaltar que na época da discussão da assembléia prá aprovar o<br />
estatuto da associação, uma coisa que era patente no pr6prio<br />
grupo. é que a associação <strong>de</strong>veria ser um movimento polltico<br />
apartidário. Eu acho que ela continua um movimento apartidário,<br />
mas não polltico (...) eu acho que pelas próprias caracterlsticas
<strong>de</strong> como evoluiu o grupo e a própria inserção do movimento e a<br />
expansão do trabalho do movimento <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong>". M<br />
Inegavelmente, a partir <strong>de</strong> 1983/1984,após uma fase<br />
<strong>de</strong> pouquissima participação e atuação, a entida<strong>de</strong> passa a assumir<br />
diversas ativida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>mos chamar, na falta <strong>de</strong> um nome<br />
melhor, <strong>de</strong> "construtivas" (em opo&i~ão às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia<br />
e fiscalização) <strong>para</strong> as quais can~lizam-se as energias <strong>de</strong> seus<br />
associados ativos. <strong>São</strong> eles os grupos <strong>de</strong> trabalho que assumem um<br />
programa da radiodifusão, o controle do restaurante Mamãe Nature-<br />
za, o grupo educação <strong>ambiental</strong>, o boletim periódico "O Ver<strong>de</strong>". a<br />
conquista <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong> uma se<strong>de</strong> aberta ao público. <strong>de</strong>ntre outras<br />
ativida<strong>de</strong>s.<br />
Isto faz com que a APASC seja efetivamente reco-<br />
nhecida pela cida<strong>de</strong>: "agora a gente tem uma se<strong>de</strong>, reuniões perió-<br />
dicas. boletim (.,,) acho que muito mais gente agora conhece a<br />
APASC. por causa da se<strong>de</strong> e porque saimos no jornal quase uma vez<br />
pór semana"~ I<br />
A localiza~ão da se<strong>de</strong> e a secretâria mantendo-a<br />
aberta.fazem com que a APASC seja mais conhecida, "você tem que<br />
ter uma janela <strong>para</strong> o mundo em que o pesoal tome conhecimento da<br />
sua existência. Estando ali (numa Praça Central) é interessante.<br />
Acontece isso", R<br />
Mas não abandonam-se as lutas contra fontes polui-<br />
doras e em <strong>de</strong>fesa da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da popula~ão, como nos<br />
afirma R "lutas como o Aeroporto. Fian<strong>de</strong>iras, Alpargatas e
Mineradora (20) são fatos que mostram <strong>para</strong> as autorida<strong>de</strong>s e <strong>para</strong><br />
a cida<strong>de</strong> a importância <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> associação".<br />
o encaminhamento <strong>de</strong>ssas lutas contra firmas 'polui-<br />
doras e contra a <strong>de</strong>gradacão da APA - Area <strong>de</strong> Proteção Ambiental<br />
<strong>de</strong> Corumbatai, evitando-se a ampliação <strong>de</strong> um aeroporto da USP no<br />
Broa e a instalação <strong>de</strong> uma mineradora às margens do Ribeirão<br />
Feijão on<strong>de</strong> é captada a água que abastece a cida<strong>de</strong> são vistas por<br />
K como um momento significativo na <strong>de</strong>finição do perfil da<br />
<strong>Associação</strong>: "a APASC tá chegando num momento assim, meio<br />
complicado, porque se <strong>de</strong> um lado ela tá <strong>de</strong>ixando as funções mais<br />
administrativas, entrando nas funcões mais politicas <strong>de</strong> buscar a<br />
organização das pessoas em torno das suas questões ou <strong>de</strong> outras<br />
questões tal, essa coisa começa a exigir das pessoas um outro<br />
tipo <strong>de</strong> comprometimento on<strong>de</strong> ir na quarta-feira à noite (nas<br />
reuniões) já não é suficiente (.,,) Você passa a assumir um outro<br />
papel em relacão à entida<strong>de</strong>, porque se ela não começou a ser uma<br />
parte <strong>de</strong> sua vida, você não segura isso mais, então começa a<br />
haver uma pressão prá ir diminuindo a distância entre o discurso<br />
e a prática (,..) ou a gente vai segurar e vai mudar organicamen-<br />
te as nossas próprias vidas ou a entida<strong>de</strong> vai ter um retrocesso e<br />
reassumir um papel burocrático (...)", K<br />
o fato <strong>de</strong> contar-se hoje com o apoio da Prefeitu-<br />
ra, Câmara e Judiciário no encaminhamento das suas lutas faz com<br />
que a entida<strong>de</strong> tenha uma atuacão mais vinculada às instituições,<br />
mais <strong>de</strong> colaboração e menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia. Os "inimigos" ficam mais<br />
distantes (já muitas vezes não é o Prefeito) e tem-se mais meca-<br />
nismos institucionais <strong>para</strong> <strong>de</strong>nunciá-Ios (Curadoria do Meio Am-
,<br />
ações da APASC. Negar-se como associação estudantil não signifi-<br />
cou negar o objetivo <strong>de</strong> organização e educação pol1tica dos<br />
moradores na luta pela melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e <strong>proteção</strong><br />
lhidos. Só que a existência <strong>de</strong> outros mecanismos <strong>de</strong> luta. a<br />
"menor periculósida<strong>de</strong>" das lutas ecológicas {h6je elas jã não são
Muitos flsicos, criados, como<br />
eu, numa tradição. que a6socia misticismo<br />
a coisas vagas, misteriosas<br />
e altamente não cientlficas. ficaram<br />
chocados ao ver suas idéias com<strong>para</strong>das<br />
com as dos mlsticos.<br />
movimento ecológico é que o pessoal que milita é em geral natura-<br />
l!sta. ~acrobi6tico. etc. Não é o meu caso; nesse aspecto<br />
eu não misturo as coisas. Uma coisa é <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o meio ambiente.
como caracteristica central da entida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> sua procura ou<br />
aprendizado <strong>de</strong>ntro da APASC.<br />
P afirma que a APASC, "é um trabalho sério em<br />
termos espirituais", e que sua vida profissional, como proprietá-<br />
rio <strong>de</strong> um entreposto natural, se confun<strong>de</strong> ou é só uma faceta <strong>de</strong><br />
sua mllitância ecológica na APASC e aponta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la,<br />
APASC, aprofundar sua vivência em·grupo, <strong>para</strong> as pessoas traba-<br />
lharem suas coisas internas" (22).<br />
Na história da APASC, ascontradicões emergem <strong>de</strong><br />
todos os lados e são assumidas naturalmente embora,talvez,sequer<br />
se as perceba. Assumem-se escritos anarquistas como os <strong>de</strong> José<br />
Oiticica com a mesma facilida<strong>de</strong> que se opta pela legalizacão da<br />
entida<strong>de</strong>. Difun<strong>de</strong>-se a discriminalizacão da maconha com a mesma<br />
facilida<strong>de</strong> que se faz um discurso contra o cigarro, em especial,<br />
contra o fumar em recintos fechados. Contradi~ões aparentes não<br />
s6 entre diferentes pessoas do grupo, mas em uma mesma pessoa.<br />
H fala sobre sua vivência na APASC reforcando<br />
e/ou <strong>de</strong>spertando suas raizes orientais em termos <strong>de</strong> alimentacão e<br />
postur~ <strong>de</strong> vida, mas ao mesmo tempo mostra-se contrário às carac-<br />
teristicas m1sticas e/ou visionárias da entida<strong>de</strong>, reforçando a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la assumir seu lado politico.<br />
P contrário ao fato da APASC assumir um dis-<br />
curso essencialmente politico entrapdo em contradicão com a pos-<br />
tura ecológica, coloca-se, ao mesmo tempo, em <strong>de</strong>fesa das acões<br />
diretas e inusitadas junto à populacão da cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar-se no interior da APASC a questão da
aparência mas existe unida<strong>de</strong> na essência. ou apren<strong>de</strong>u-se a convi-<br />
ver com as contradições em função da existência <strong>de</strong> objetivos
hoje existe uma amea
frequentemente ridicularizadas regras formais da <strong>de</strong>mocracia indu-<br />
ziram pela primeira vez na história as técnicas <strong>de</strong> convivência,<br />
<strong>de</strong>stinadas a resolver os conflitos sociais sem o recurso à vio-<br />
lência. Apenas on<strong>de</strong> essas regras são respeitadas o adversário não<br />
é mais um inimigo (que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>struido), mas um opositor que<br />
amanhã po<strong>de</strong>rá ocupar o nosso lugar. Terceiro: o i<strong>de</strong>al da renova-<br />
ção gradual da socieda<strong>de</strong> através do livre <strong>de</strong>bate das idéias e da<br />
mudança das mentalida<strong>de</strong>s e do modo <strong>de</strong> viver: apenas a <strong>de</strong>mocracia<br />
permite a formação e a expansão das revoluções silenciosas, como<br />
foi por exemplo nestas últimas décadas a transformação das re-<br />
lações entre os sexos - que talvez seja a maior revolução dos<br />
.nossos tempos. Por fim, o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> irmanda<strong>de</strong> (a fraternité da<br />
revolução francesa). Gran<strong>de</strong> parte da história humana é uma histó-<br />
ria <strong>de</strong> lutas fratricidas. Na sua Filosofia da história (...)<br />
Begel <strong>de</strong>finiu a história como um "imenso matadouro". Po<strong>de</strong>mos<br />
<strong>de</strong>smenti-lo? Em .nenhum pais do mundo o método <strong>de</strong>mocrático po<strong>de</strong><br />
perdurar sem tornar-se um costume. Mas po<strong>de</strong> tornar-se um costume<br />
8em o reconhecimento da irmanda<strong>de</strong> que une todos os homens num<br />
<strong>de</strong>stino comum? Um reconhecimento ainda mais necessário hoje.<br />
quando nos tornamos a cada dia mai8 conscientes <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>stino<br />
comum e <strong>de</strong>vemos procurar agir com coerência. através do pequeno<br />
lume <strong>de</strong> razão que ilumina nosso caminho".<br />
Acreditamos que Capra (24), trilhando raciocinio<br />
diverso ao <strong>de</strong> Bobbio, o complete ao enfatizar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
transformações 80ciais. na perspectiva preconizada pelo I Ching,<br />
contrapondo-a à perspectiva marxista: "Embora. no passado. o<br />
conflito e a luta tenham ocasionado importantes progressos so-
concep~ão marxista, acredito que o conflito <strong>de</strong>ve ser minimizado<br />
em épocas <strong>de</strong> transição social".<br />
respeito à diversida<strong>de</strong>. O avanço não está em eliminar o que resta<br />
,<br />
direta nem no seu contrário. os legalistas e a<strong>de</strong>ptos da ação<br />
organizacional e fortalecimento institucl0nal. Está sim na combi-<br />
nação das partes.~o se permitir que ora se manifeste uma tendên-<br />
cià como mais forte. ora outra. Está no aprendizado que se tem<br />
disso e na ação social que se potencializa com isso. Está no<br />
enriquecimento individual a partir do <strong>de</strong>bate com diferentes<br />
posições; ··porque. <strong>de</strong> repente. reunia naquele momento um grupo <strong>de</strong><br />
pessoas que tinham o mesmo interesse e que passavam a discutir as
·<br />
no sentido <strong>de</strong> mostrar que é posslvel a convivência frutlfera dos<br />
<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s e ocorra um <strong>de</strong>bate sobre elas no sentido <strong>de</strong> com-<br />
preensão das posições do outro e relativização da minha verda<strong>de</strong><br />
manifestação da(s) outra(s) verda<strong>de</strong>(s). A superação <strong>de</strong>sse perlodo<br />
<strong>de</strong> crise que se vive enquanto civilização, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> em muito da<br />
com a natureza. Esta emergência do novo po<strong>de</strong> ser conflituosa,<br />
como fala Marx ou sem violência, como nos fala o I Ching através<br />
<strong>de</strong> Capra, <strong>de</strong> acordo com nossa disposição (abertura, flexibili-<br />
da<strong>de</strong>) ou não, :<strong>para</strong> essa convivência com a diversida<strong>de</strong> e com a
"A socieda<strong>de</strong><br />
maneira tal,<br />
mento que se<br />
entida<strong>de</strong> nada<br />
tã montada<br />
que chega um<br />
você não tem<br />
acontece" B<br />
que as energias que são gastas <strong>para</strong> manter essa estrutura organi-<br />
zacional podiam ser canalizadas pára a a~ão propriamente dita)<br />
valorizando-a positivamente e ressaltando as dificulda<strong>de</strong>s <strong>para</strong> se<br />
mas érealizaQão <strong>para</strong> o indivlduo, ele sabe que· no grupo consegue<br />
muito mais porque. tem com quem dialogar o que ti acontecendo". P<br />
<strong>de</strong><br />
mouma
você po<strong>de</strong> aprimorar as suas idéias. aprimorar inclusive como<br />
fazer 'que a entida<strong>de</strong> tenha força pol1tica .....H<br />
- "Ela busca canalizar as energias <strong>para</strong> produzir<br />
resultados socialmente. legitima sua atuação social ..." K<br />
- "Eu acho que é importante porque voc~ chega a<br />
ser alguém. você não chega como nada ..." I (fálando sobre o<br />
fortalecimento como individuo em sua ação fiscalizadora e <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>núnc ia). '<br />
organizac;!,o<br />
<strong>de</strong>la:<br />
Para os entrevistados é na pr6pria<br />
que vai se <strong>de</strong>scobrindo a importância e<br />
atuação na<br />
necessida<strong>de</strong><br />
..•.. uma das coisas que aprendi é que a associa-<br />
ção dos homens é necessária •. o trabalho 'tem que ser trabalho em<br />
grupo, não adianta o trabalho isolado <strong>de</strong> uma pessoa T (esta<br />
afirmação vem em resposta à pergunta sobre o seu aprendizado com<br />
a APASC).<br />
- .....eu nunca acreditei muito em<br />
associações públicas muito menos ...é importante ter<br />
aprendi isso cQm a APASC" ... I,<br />
organizac;ões;<br />
associações.<br />
"a atuação numa organização vai propiciando <strong>de</strong>sco-<br />
brir essas coisas (...) eu acho que ela é busca <strong>de</strong> expressão das<br />
pessoas, ela é isso mesmo, toda essa burocracia. ela é necessá-
ia... o que a gente tA querendo é participar e prá participar a<br />
~ente precisa entrar nisso, se a gente não faz isso a gente não<br />
tA participando...participar significa participar das regras, se<br />
você participa totalmente fora das regras do jogO, não tA parti-<br />
cipando... nosso grupo escolheu esse caminho <strong>para</strong> participar ..."<br />
P. Nesta mesma linha <strong>de</strong> raciocionio nos diz M : "da forma que<br />
estava organizada a socieda<strong>de</strong> em 1977, a única forma <strong>para</strong> ter uma<br />
ação, mesmo que fosse restrita, era <strong>de</strong>ntro do plano formal. A<br />
nivel <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa era fundame~tal que a gente tivesse um corpo.<br />
Veja, é contraditório. Hoje eu acho que não, mas naquela época<br />
era fundamental que sim".<br />
Essas duas últimas citações levantam duas ques-<br />
tões. Uma é sobre a necessida<strong>de</strong> da organização formal (<strong>de</strong>ntro das<br />
regras do jogo) em pleno periodo <strong>de</strong> ditadura militar no Brasil.<br />
aproveitando-se as brechas da legislação <strong>para</strong> reunir-se. organi-<br />
zar-se. criticar'o governo e expandir <strong>para</strong> outras pessoas essas<br />
criticas, diminuindo assim as possibilida<strong>de</strong>s da repressão agir e<br />
aumentando as dos individuos se expressarem.<br />
Castells fala sobre isso em "Cida<strong>de</strong>, Democracia e<br />
Socialismo" ao analisar as associações <strong>de</strong> moradores <strong>de</strong> Madrid que<br />
se organizaram durante o franquismo, "utilizando-se ao máximo as<br />
possibilida<strong>de</strong>s legais ou a tolerância forçada da ditadura" (25),<br />
lutando por problemas especificos e contribuindo <strong>para</strong> a educação<br />
da população na <strong>de</strong>rrubada da ditadura -"( ...) os movimentos<br />
urbanos, na Espanha, foram e serão um instrumento sumamente<br />
eficaz na <strong>de</strong>fesa das condi~ões <strong>de</strong> vida dos cidadãos e na conquis-<br />
ta e <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>de</strong>mocracia" (26).
A segunda é um questionamento da necessida<strong>de</strong>.<br />
hoje, <strong>de</strong> organiza~ões formais. com sua burocracia e formalida<strong>de</strong>s<br />
(CGC. prestação <strong>de</strong> contas, papel timbrado. arrecadar dinheiro<br />
<strong>para</strong> pagar a secretária, etc ...). Não seria mais interessante a<br />
participa~ão em movimentacões espontâneas, canalizando as ener-<br />
gias das pessoas <strong>para</strong> a acão direta em lutas e ativida<strong>de</strong>s especi-<br />
ficas?<br />
Agora a resposta é mais dificil. principalmente ao<br />
tomarmos por referencial o ceticismo existente hoje no Brasil<br />
com relação a qualquer possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atuacão institucional .<br />
.Assistimos à impotência do cidadão no sentido <strong>de</strong> fazer frente às<br />
agressões que o Estado e o po<strong>de</strong>r econômico lhe fazem no dia a dia<br />
e que. <strong>para</strong> não ir longe. extravasa das telas <strong>de</strong> televisão.<br />
Acreditamos que entre os jovens. tem sido mais frequente a ação<br />
direta e explosiva do que a ação <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> organizacões e insti-<br />
tuições. Mas sem organizacão.torna-se dificil a concretização das<br />
ações voltadas <strong>para</strong>'o coletivo (no sentido <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às agres-<br />
sões mencionadas) e~ao organizar-se <strong>para</strong> a ação. tornam-se presen-<br />
tes reflexões e necessida<strong>de</strong>s tipicamente organizacionais: "como<br />
se <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>". "quem fala primeiro". "quem vota". "quem coor<strong>de</strong>na".<br />
"como se divi<strong>de</strong>m as tarefas", "como se socializam as<br />
informações" .....e por fim abrem-se as possibilida<strong>de</strong>s e neces-<br />
sida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação legal e coloca-se o dilema: atuar~se pelo<br />
"menos ruim" assumindo-se as "regras do jogo", e conquistando ou<br />
consolidando pequenos espa~os (sejam eles na imprensa. no Parla-<br />
mento e nas <strong>de</strong>mais institui~ões ...) ou atuar-se pelo "melhor<br />
i<strong>de</strong>alizado" não abrindo ~ão dos principios e ficando às margens
Bobbio diz que os interlocutores que gostaria <strong>de</strong><br />
tornar menos <strong>de</strong>sconfiados em rela~ão às regras do jogo <strong>de</strong>mocráti-<br />
co são "os que esta nossa <strong>de</strong>mocracia, sempre frágil, sempre<br />
vulnerável, corruptlvel e frequentemente corrupta, gostariam <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>struir <strong>para</strong> torná-la perfeita, os que, <strong>para</strong> retomar a famosa<br />
imagem hobbesiana, comportam-se como as filhas <strong>de</strong> Pélia, que<br />
cortaram em pedaQOS o velho pai <strong>para</strong> fazê-lo renascer"(27).Diz<br />
que não se po<strong>de</strong> encarar o i<strong>de</strong>al da <strong>de</strong>mocracia preconizados por<br />
seus teóricos como medida <strong>para</strong> a nossa realida<strong>de</strong>. Deve-se, segun-<br />
do Bobbio,. partir da realida<strong>de</strong>, o que implica em constatar que<br />
existem prome~sas não cumpridas, pela Democracia, em relaç~o a<br />
algumas das quais temos condiQões <strong>de</strong> avan~ar no seu cumprimento<br />
enquanto em relaQão à outras com as quais preci~amos conviver mu-<br />
ito tempo ainda,caso não se queira retrocessos ou mesmo ameaças à<br />
própria existência da Democracia. Destas promessas não cumpridas<br />
ele indica seis: a supressão dos corpos intermediários entre o<br />
individuo e a gestão da socieda<strong>de</strong>," "representação politica e o<br />
mandato imperativo", "persistência das oligarquias", "espaço<br />
limitado ou a não <strong>de</strong>mocratização <strong>de</strong> diversos espaços da socie-<br />
da<strong>de</strong>"; "o po<strong>de</strong>r invislvel, "o cidadão não educado" (28).<br />
Delas po<strong>de</strong>mos apreciar duas que foram evocadas<br />
pelos entrevistados, no sentido <strong>de</strong> procurarmos enten<strong>de</strong>r o porquê<br />
das oPQões feitas pela APASC por atuar <strong>de</strong>ntro das regras do jogo.<br />
Primeiramente vejamos a questão da "supressão dos<br />
corpos intermediários entre o individuo e a gestão da socieda<strong>de</strong>".
Bobbio diz: (...)sujeitos politicamente relevantes tornaram-se<br />
sempre mais os grupos, gran<strong>de</strong>s organizações, associacões da mais<br />
diversa natureza, sindicato das mais diversas profissões, parti-<br />
dos das mais diversas i<strong>de</strong>ologias. e sempre menos os individuos.<br />
Os grupos e não os indivlduos são os protagonistas da vida<br />
politica numa socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática, na qual não existe mais um<br />
soberano. o povo ou a nação.' com~osto por individuos que adqui-<br />
riam o direito <strong>de</strong> participar direta ou indiretamente do governo,<br />
na qual não existe mais o povo como unida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al (ou mlstica),<br />
mas apenas o povo dividido <strong>de</strong> fato em grupos contrapostos e<br />
concorrentes. com a sua relativa autonomia diante do governo<br />
central (autonomia que os individuos singulares per<strong>de</strong>ram ou s6<br />
tiveram num mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> governo <strong>de</strong>mocrático sempre <strong>de</strong>smentido<br />
pelos fatos)". (29)<br />
A gran<strong>de</strong> questão que se levanta contra a existên-<br />
cia dos corpos intermediários entre os indivlduos e a socieda<strong>de</strong> é<br />
relativa ao aumento da burocracia.Bobbio diz: "Todos os Estados<br />
que se tornaram mais <strong>de</strong>mocráticos. tornaram-se ao mesmo tempo<br />
mais burocráticos pois o processo <strong>de</strong> burocratização foi em boa<br />
parte -uma consequência <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização" (30) .Isto<br />
transposto <strong>para</strong> uma pequena associação <strong>de</strong> pessoas também po<strong>de</strong> ser<br />
dito no sentido <strong>de</strong> que ampliar-se as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> partici-<br />
pação <strong>de</strong> todos os seus membros significa prestar informações a<br />
todos. imprimir periódicos e <strong>para</strong> imprimi-los é preciso ter<br />
infra-estrutura, que por sua vez significa ter recursos<br />
financeiros. que por sua vez significa ter uma estrutura <strong>para</strong><br />
captá-los e assim por diante; significa também uma diminuição na
,<br />
mais chance <strong>de</strong> ser efetivo em termos <strong>de</strong> mudan~as na socieda<strong>de</strong><br />
real e não s6 qual é mais produtivq. E ainda, quais as neces6i-<br />
da<strong>de</strong>s daquela socieda<strong>de</strong> e daquele grupo naquele momento e dai<br />
problemas e 6olu~ões vividos pelos que optaram por organizarem-se<br />
<strong>de</strong>ntro das regras do jogo,que é o caso da APASC.
"Se você per<strong>de</strong> qual é o objetivo da gente lá<br />
<strong>de</strong>ntro, então ela <strong>de</strong>svirtua ..." (sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ao<br />
atuar-se numa organização abandonar-se os objetivos que o leva-<br />
ram <strong>para</strong> lá e ficar-se preso só às tarefas administrativas do<br />
dia-a-dia) (...)"agora eu tõ falando <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização<br />
aon<strong>de</strong> você tem um grupo <strong>de</strong> pessoas que não são muito apegadas a<br />
uma certa hierarquia ...em cima da.experiência que a gente teve,<br />
que não tinha nada disso ...agora numa organização hierarquizada<br />
não sei se tem muito a ver".<br />
Caminhar-se da "<strong>de</strong>mocratização do Estado à <strong>de</strong>mo-<br />
cratização da socieda<strong>de</strong>" consiste segundo Bobbio em "saber se<br />
houve um <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>de</strong>mocracia num dado pais procurando-<br />
se perceber se aumentou, não o número dos que têm direito <strong>de</strong><br />
participar nas <strong>de</strong>cisões (isto segundo ele, é um direito que já<br />
foi levado ao limite nos paises <strong>de</strong>senvolvidos) que lhes dizem<br />
respeito, mas os espaços nos quais po<strong>de</strong>m exercer este direito"<br />
(31). A realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> paises <strong>de</strong> terceiro mundo on<strong>de</strong> não se elege<br />
ainda o presi<strong>de</strong>nte da república e só recentemente conquistou~se<br />
o voto <strong>para</strong> os analfabetos é inegavelmente diferente dos paises<br />
<strong>de</strong>senvolvidos,mas o raciocinio sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expandir-se<br />
os espaços da <strong>de</strong>mocracia é igualmente válido. pois uma po<strong>de</strong> ser<br />
garantia da outra (a expansão dos espaços e do número <strong>de</strong> pessoas<br />
que têm direito a participar).Viola e Mainwaring apontam 06 novos<br />
movimentos sociais como importantes instâncias <strong>de</strong> formação da<br />
"cultura politica" no B~asil e Argentina e como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
contribuição no aprofundamento da <strong>de</strong>mocracia politica e partir da<br />
<strong>de</strong>mocratização <strong>de</strong>sses Estados, atualmente em curso. (32).
,<br />
mais chance <strong>de</strong> ser efetivo em termos <strong>de</strong> mudancas na socieda<strong>de</strong><br />
real e não s6 qual é mais produtivq. E ainda, quais as necessi-<br />
da<strong>de</strong>s daquela socieda<strong>de</strong> e daquele grupo naquele momento e dai<br />
e ainda faz pela acão institucionalizada. Vejamos então uma outra<br />
(segundo Bobbio) das promessas não cumpridas pela Democracia. E a
"Se você per<strong>de</strong> qual é o objetivo da gente lá<br />
<strong>de</strong>ntro, então ela <strong>de</strong>svirtua ..." (sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ao<br />
atuar-se numa organiza~ão abandonar-se os objetivos que o leva-<br />
ram <strong>para</strong> lá e ficar-se preso s6 às tarefas administrativas do<br />
dia-a-dia) {...)"agora eu tô falando <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização<br />
aon<strong>de</strong> você tem um grupo <strong>de</strong> pessoas que não são muito apegadas a<br />
uma certa hierarquia ..,em cima da.experiência que a gente teve,<br />
que não tinha nada disso ...agora numa organização hierarquizada<br />
não sei se tem muito a ver",<br />
Caminhar-se da "<strong>de</strong>mocratiza~ão do Estado à <strong>de</strong>mo-<br />
c~atiza~ão da socieda<strong>de</strong>" consiste segundo Bobbio em "saber se<br />
houve um <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>de</strong>mocracia num dado pais procurando-<br />
se perceber se aumentou. não o número dos que têm direito <strong>de</strong><br />
participar nas <strong>de</strong>cisões (isto segundo ele, é um direito que já<br />
foi levado ao limite nos paises <strong>de</strong>senvolvidos) que lhes dizem<br />
respeito, mas os espa~os nos quais po<strong>de</strong>m exercer este direito"<br />
(31). A realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> paises <strong>de</strong> terceiro mundo on<strong>de</strong> não se elege<br />
ainda o presi<strong>de</strong>nte da república e s6 recentemente conquistou~se<br />
o voto <strong>para</strong> os analfabetos é inegavelmente diferente dos pa1ses<br />
<strong>de</strong>senvolvidos.mas o raciocinio sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expandir-se<br />
os espaços da <strong>de</strong>mocracia é igualmente válido, pois uma po<strong>de</strong> ser<br />
garantia da outra (a expansão dos espaços e do número <strong>de</strong> pessoas<br />
que têm direito a participar).Viola e Mainwaring apontam os novos<br />
movimentos sociais como importantes instâncias <strong>de</strong> formação da<br />
"cultura politica" no Brasil e Argentina e como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
contribui~ão no aprofundamento da <strong>de</strong>mocracia politica e partir da<br />
<strong>de</strong>mocratiza~ão <strong>de</strong>sses Estados, atualmente em curso. (32).
Para Bobbio essa <strong>de</strong>mocratiza~ão da socieda<strong>de</strong> civil<br />
"consiste na extensão do po<strong>de</strong>r ascen<strong>de</strong>nte, que até agora havia<br />
ocupado quase exclusivamente o campo da gran<strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> politica<br />
(e das pequenas, min~sculas, em geral politicamente irrelevantes<br />
associa~ões voluntãrias) <strong>para</strong> o campo da socieda<strong>de</strong> civil nas suas<br />
várias articula~ões, da escola à fãbrica (...) isto é <strong>de</strong> espaços<br />
até agora dominados por organizações <strong>de</strong> tipo hierãrquico ou<br />
burocrático". (33).<br />
Concordamos com a tese geral da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
ampliação dos espaços <strong>de</strong>mocráticos mas acreditamos .como Castells,<br />
que importante papel no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização do Estado<br />
<strong>de</strong>sempenham as associações voluntárias que se constituem nos<br />
chamados movimentos sociais:" Nesse sentido. as associações<br />
madrilenhas <strong>de</strong> vizinhos constituem um verda<strong>de</strong>iro movimento social<br />
na medida em qu~ foram um dos elementos <strong>de</strong>cisivos da mudança<br />
politica e do surgimento <strong>de</strong> novos valores sociais e <strong>de</strong> novas<br />
formas urbanas ..." (34).<br />
E portanto não são politicamente (no seu sentido<br />
mais amplo) irrelevantes. pois são escolas <strong>de</strong> formação dos indi-<br />
viduos <strong>para</strong> a participação auto-gestionãria: "Po<strong>de</strong>-se dizer que o.<br />
movimento citadino <strong>de</strong> Madrid foi uma escola <strong>de</strong> cidadania <strong>de</strong>mocrá-<br />
tica. pois proporcionou aos vizinhos a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> partici-<br />
par livremente na resolução <strong>de</strong> seus problemas mais imediatos"<br />
(35) e portanto capazes <strong>de</strong> servirem como experiências que contri-<br />
buem não s6 na <strong>de</strong>mocratização das diversas instituições da socie-<br />
da<strong>de</strong> civil e do Estado mas <strong>de</strong> apontar <strong>para</strong> os contornos <strong>de</strong>ssa<br />
. <strong>de</strong>mocracia que venha a se instalar nas instituições. Talvez ai,
·<br />
das entida<strong>de</strong>s dos assim chamados novos movimentos sociais urbanos
mações e divisão dos trabalhos <strong>para</strong> 06 gruP06 ...agora ... a orga-<br />
nização não po<strong>de</strong> tolher a ação direta individualizada... essa<br />
ação não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>por contra a.organização ... aI ê 60mplicado ..·.<br />
não ê legal <strong>para</strong> a APASC mas ê legal <strong>para</strong> mim ... a gente tem que
tem. A medida em que a atuação do grupo co~flitue com os objeti-<br />
vos da entida<strong>de</strong> (interpretados pelas reuniõe~ gerais e assem-<br />
te autônomo sem ter uma <strong>de</strong>limitação bl-direcional entre o grupo e<br />
a diretoria ... a responsabilida<strong>de</strong> é do grupo e da diretoria, mas<br />
j<br />
da APREL que se constituiu numa nova associa~ão e talvez da I<br />
COOAPASC. (que se preten<strong>de</strong>. sej:l:ma Cooperativa <strong>de</strong> Naturalistas)
os <strong>de</strong>mais grupos ou foram incorporados como ativida<strong>de</strong>s da direto-<br />
ria ou morreram. Todos porém. acreditamos. cumpriram seu papel<br />
positivo. propiciando aprendizados aos participantes e encami-<br />
nhando 6olu~ões <strong>para</strong> os problemas em funcão dos quais surgiram.<br />
Discutir o papel educacional <strong>de</strong>ssa organizacão é o que se propõe<br />
o próximo tópico.
"Criar consciência comunitáril;l<br />
não é simplesmente estudar fatos<br />
e cifras, mas arrancar as<br />
vendas dos olhos do povo e<br />
<strong>de</strong>scobrir um método participante<br />
<strong>de</strong> encarar o meio ambiente<br />
(...) Primeiro precisamos lidar<br />
com os fatores do <strong>de</strong>sligamentoapatia,<br />
indiferença, hábito e<br />
sensacão <strong>de</strong> impotência. Depois<br />
<strong>de</strong> mobilizar a comunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>remos<br />
tratar das condições que<br />
criam crescimento <strong>de</strong>scontrolado,<br />
poluicão e feiura"<br />
~agora eu não sei se ela realmente<br />
atinge esses objetivos,<br />
(proteger o ambiente e melhorar<br />
a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida), se ela<br />
não fica muito em coisas que na<br />
verda<strong>de</strong> parece que você está .<br />
brigando, mas não sei se acontece<br />
alguma coisa no fundo. Uma<br />
coisa que a gente sempre via<br />
era aquela briga <strong>de</strong> poda <strong>de</strong><br />
árvore. Hoje você passa na<br />
cida<strong>de</strong> tá tudo pelado, né!<br />
E<br />
árvores é o objetivo especifi~o a conseguir-se, a partir <strong>de</strong> uma<br />
luta especifica que às vezes foi vitoriosa, pois algumas árvores,
Não po<strong>de</strong>mos também ignorar as inümeras reuniões<br />
on<strong>de</strong> se questionava o sentido das lutas <strong>de</strong>senvolvidas em função<br />
do avanço generalizado da <strong>de</strong>gradação <strong>ambiental</strong>. Detinha-se a<br />
<strong>de</strong>struição <strong>de</strong> uma mata pelo impedimento da construção do novo<br />
aeroporto <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo em Caucaia do Alto. mas ouvia-se no dia<br />
seguinte o anúncio da construcão das Usinas Nucleares na Jurêia.<br />
ou noticias do Projeto Jari e das enormes queimadas na Amazônia.<br />
Respondia-se. na êpoca, que o importante era o<br />
fortalecimento <strong>de</strong>ssa luta <strong>de</strong>ntro dé cada um dos associados e que<br />
não <strong>de</strong>viamos nos consi<strong>de</strong>rar tão onipotente ao ponto <strong>de</strong> fazermos<br />
cálculos e previsões e chegarmos à conclusão <strong>de</strong> que a <strong>de</strong>gradacão<br />
venceria a <strong>proteção</strong>. Pois com certeza essas coisas não eram<br />
lineares e chegaria um momento on<strong>de</strong> a situação se inverteria. ou<br />
pelo acúmulo <strong>de</strong> forcas nas pessoas e <strong>de</strong> pessoas que se iam jun-<br />
tando ao longo <strong>de</strong>sse processo (mesmo que eles ainda fossem mino-<br />
ria numérica e suas vitórias menores que as <strong>de</strong>rrotas) ou pela<br />
própria reacão da natureza agredida, inviabilizando projetos<br />
<strong>de</strong>struidores e forçando o entendimento, pelas autorida<strong>de</strong>s e po-<br />
pulação. das questões ecológicas que eram levantadas.<br />
Respon<strong>de</strong>mos hoje com afirmações <strong>de</strong> outros entre-<br />
vistados. valorizando o processo e o fazer algo em oposicão ao<br />
não fazer nada:<br />
"...então eu ach6 que a APASC. mesmo que não<br />
consiga. até um certo momento. cumprir alguns objetivos <strong>de</strong> luta,<br />
como por exemplo conseguir que o aeroporto e a mineração não se
instalem no Broa, a agita~ão, a poeira que ela levanta já é, <strong>para</strong><br />
mim, mais do que bom a nlvel <strong>de</strong> movimento ecológico. (...) No<br />
sistema que a gente vive, o ecologista realmente incomoda muita<br />
gente, então a população que não tem esse tipo <strong>de</strong> acesso ao<br />
movimento ecológico <strong>de</strong>ve ao menos ser informada das outras<br />
posi~ões acerca <strong>de</strong> um fato, acho que nisso ela tem fundamental<br />
importância ..." W<br />
.....por menor que seja, por menos que se fa~a,<br />
sempre se consegue fazer alguma coisa" P<br />
Existe um questionar constante, pelos associados<br />
ativos. s.obre as repercussões da ação ecologista. Quando se<br />
procura dimensioná-Ia pela consecução dos objetivos especlficos<br />
<strong>de</strong>lineados <strong>para</strong> cada luta e ativida<strong>de</strong>. surgem dúvidas sobre os<br />
resultados. pois, atingem-se alguns objetivos mas não se sabe por<br />
quanto tempo e nem qual é o significado <strong>de</strong>les em relação a tantos<br />
outros que não são atingidos, ou <strong>de</strong> cuja existência que nem ao<br />
menos se soube. Por outro lado. em outras lutas não se consegue<br />
o que se pretendia. mas se acredita que contribuam <strong>para</strong> minorar<br />
os danos ao ambiente e à população.<br />
Quando se procura dimensioná-Ia através dos obje-<br />
tivos educacionais atingidos junto às pessoas que se envolvem com<br />
a entida<strong>de</strong>. outras questões surgem.<br />
Uma expectativa muito presente entre teóricos dos<br />
movimentos sociais é a <strong>de</strong>sses movimentos cumprirem um papel <strong>de</strong><br />
contribuir com o avan~o qualitativo das reflexões individuais <strong>de</strong><br />
forma que os participantes <strong>de</strong> uma a~ão <strong>de</strong>sven<strong>de</strong>m as causas mais
Porém a questão é muito mais complexa do que possa<br />
aparentar. Neste caso especifico. pó<strong>de</strong>mos. pela convivência com E<br />
pela leitura <strong>de</strong> sua entrevista como um todo. e por fatos como<br />
,<br />
e APG dos estudantes da UFSCAR.afirmar que el~ tem uma percepção<br />
mais ampla dos problemas locais e que muito <strong>de</strong>ssa percepção
,<br />
Quanto ao papel educacional, <strong>para</strong> os <strong>de</strong>mais as-<br />
sociados e <strong>para</strong> a população em g~ral, pouco po<strong>de</strong>mos afirmar a<br />
partir dos <strong>de</strong>poimentos colhidos, porém algumas inferências po<strong>de</strong>m<br />
"...junto a um militante é, vamos dizer, o mais<br />
completo. E nesse sentido <strong>de</strong> realização mesmo; a entida<strong>de</strong>, no<br />
-<br />
termos <strong>de</strong> aprendizado social, e também em termos <strong>de</strong> informação,<br />
vendo uma série <strong>de</strong> coisas que não via antes, eu acho que é<br />
gratificante, sabe, eu acho que o cara realmente apre,n<strong>de</strong>"E..
a distância entre o que se diz e o que se faz e o escrito <strong>de</strong> C<br />
falando sobre a APASC em sua vida hoje, <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>pois. Isso<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> supera~ão <strong>de</strong>ssas estruturas e <strong>de</strong> educa~ão dos<br />
indiv1duos <strong>para</strong> conquistar-se a resolu~ão dos problemas sobre 06
"Tudo ê absurdo mas nada ê<br />
chocante, porque todos se acostumam<br />
a tudo".<br />
g~ca, "ele ê informado, <strong>de</strong> leve, via "O Ver<strong>de</strong>" {R} e ao çontri-<br />
buirem financeiramente, ou apenas se associando, tomam uma atitu-<br />
po<strong>de</strong> participar ativamente, tem no ato <strong>de</strong> associar-se "uma'forma<br />
<strong>de</strong> manter a consciência..... (P).<br />
grau <strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong>les com a entida<strong>de</strong> tem variado bastante.<br />
Acreditamos interessante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos que permi-
Para a população em geral. apesar <strong>de</strong> não "ter-se<br />
como ponç1erar o papel educacional da APASC" (P e E) e <strong>de</strong> W<br />
consi<strong>de</strong>rar que "não tã legal. eu acho que em termos <strong>de</strong> educação a<br />
APASC não tã cuidando disso (...)" (39). po<strong>de</strong>mos inferir. através<br />
<strong>de</strong> outros <strong>de</strong>poimentos. <strong>de</strong> H e <strong>de</strong> outros entrevistados, que a<br />
entida<strong>de</strong> cumpre (efetivamente. ou potencialmente) importante papel<br />
educacional através do tratamento pela ótica do movimentoeco16-<br />
gico, <strong>de</strong> questões vivenciadas pela população e/ou abordadas pelos<br />
meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa, ou ,seja, "a questão <strong>ambiental</strong> em<br />
8&0 Carlo6não foi colocada pela APASC ...foi a TV. o que a APASC<br />
~az é pegar esse barco e tentar colocar essas questões sob a<br />
ótica do movimento ecológico" P Nos próximos <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> W<br />
,p e K, temos reafirmada essa proposição:<br />
- ..... é a própria <strong>de</strong>gradação do meio ambiente que<br />
fa~ esse trabalho' educacional (...) agora é importante a presença<br />
da mensagem ecológica. porque se não a pessoa não vê; tã tudo<br />
<strong>de</strong>gradado e a pessoa não tã vendo ..." (P).<br />
.. A APASC tem importância fundamental <strong>para</strong><br />
que a população adquira uma consciência mais global do que está<br />
acontecendo, não veja a coisa simplesmente na superflcie, na<br />
superficialida<strong>de</strong>, mostrar outras coisas que po<strong>de</strong>m estar levando<br />
àquelas atitu<strong>de</strong>s .....(H)<br />
"Acho que a APASC funciona como uma espécie <strong>de</strong><br />
organização à parte <strong>de</strong> tudo isso (a escola. a famllia. um bar. um<br />
sambão. a televisão. o teatro ...), que interage com tudo isso.
vivem perifericamente à organização ou estão distanciadas da<br />
organização) e nesse processo <strong>de</strong> reflexão ir corrigindo e reori-<br />
.<br />
Essa necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> questionar as obvieda<strong>de</strong>s do
Questionar o óbvio. remover formas estereotipadas<br />
<strong>de</strong> viver situa~ões po<strong>de</strong>m não ser atitu<strong>de</strong>s suficientes <strong>para</strong> esti-<br />
mular a participa~ão dos individuos no sentido da superação dos<br />
problemas que 06 afligem; "<strong>para</strong> gran<strong>de</strong> parte do povo na socieda<strong>de</strong><br />
contemporânea. não há uma relação direta entre a responsabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ter uma opinião e a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agir"(Riesman e<br />
Glezer)(43), por isso é necessário mostrar-se que é possivel agir<br />
e que essa ação é significativa ao nivel dos individuos e da<br />
socieda<strong>de</strong>.
Est01t 11 lors temps <strong>de</strong> moy Taire?<br />
Fran~ois Villon (44)<br />
vida - a que me'convidas?<br />
aos becos sem salda.,<br />
'às noites mal dormidas,<br />
à esperan~a perdida,<br />
ao dono dos inseticidas,<br />
à brasilia podrida,<br />
à fé a n. 8. aparec1da,<br />
às idéias traldas<br />
às poesias reunidas<br />
às migalhas do rei midas,<br />
às verda<strong>de</strong>s nlo vividas,<br />
aos dias em seguida?<br />
vida- a que me con<strong>de</strong>nas?<br />
à retribui~lo das penas,<br />
ao riso das hienas,'<br />
aos banqueiros da onzena,<br />
ao assassino <strong>de</strong> viena,<br />
à boa alma da sirena,<br />
ao torpor das cant1lenas.<br />
à calv1cie <strong>de</strong> melena,<br />
ao <strong>de</strong>stino das antenas,<br />
a morrer apenas?
,<br />
târios. que criaram uma "cultura politica" distante dos i<strong>de</strong>ais<br />
<strong>de</strong>mocráticos estimuladores da part~cipação. fica dificil esperar-<br />
se uma reação diferente da apontada por Sommer. dos individuos em<br />
relação às possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua ação contribuir <strong>para</strong> superação<br />
dos problemas ambientais.<br />
<strong>para</strong> a participação na resolução dos seus próprios problemas<br />
aliado a um gran<strong>de</strong> ceticismo sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguma<br />
autorida<strong>de</strong> fazer algo que não seja em proveito pessoal e prejulzo<br />
do coletivo. leva os indivlduos a uma postura niilista cada vez
cipação {e consequentemente da não · educação, visto que comparti-<br />
lhamos da concep~ão <strong>de</strong> educa~ão como práxis) ,torna-se necessário<br />
explicitarmos duas outras categorias <strong>de</strong> fatores que acreditamos<br />
valores mais 6ignifica~ivo6 <strong>para</strong> a existência humana, os quais<br />
têm sido sistematicamente alijados dos processos educacionais
A politica? Ela teria necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> profetas. E<br />
só dispõe <strong>de</strong> pollticos e <strong>de</strong> partidos.
,<br />
da educa~ão seria transmitir idéias <strong>de</strong> valor, indicar o que fazer<br />
ciarmos o mundo que nos cerca. Quando pensamos,. não nos limitamos<br />
a pensar: pensamos com as nossas idéias (...) Se elas são princi-<br />
suportar o resultante sentimento <strong>de</strong> vacuida<strong>de</strong>, e o vácuo <strong>de</strong><br />
nossas mentes po<strong>de</strong> com extrema facilida<strong>de</strong> ser preenchido por<br />
alguma-no~ão gran<strong>de</strong>, fantástica-po11tica ou não - que <strong>de</strong> repente<br />
parece iluminar- tudo e dar significado e finalida<strong>de</strong> à nossa
idéias que tornem o mundo, e a própria vida <strong>de</strong>las, inteliglveis<br />
<strong>para</strong> si mesmas. Quando uma coisa é inteliglvel, tem-se um senti-<br />
mento <strong>de</strong> participação,quando é ininteliglvel o sentimento é <strong>de</strong><br />
distanciamento (...) O que é pois a educação? E a transmissão <strong>de</strong><br />
idéias que habilita o homem a escolher entre uma coisa e outra<br />
(...) Nossa tarefa e a <strong>de</strong> toda educação é enten<strong>de</strong>r o mundo atual,<br />
o mundo no qual vivemos e no qual fazemos nossas opções.<br />
o sentido da educação torna-se <strong>de</strong> estimular o<br />
individuo a esclarecer suas próprias convicções fundamentais <strong>de</strong><br />
forma a conseguir interpretar o mundo e não ter dúvidas quanto ao<br />
sentido e à finalida<strong>de</strong> da própria vida. Talvez nem seja capaz <strong>de</strong><br />
explicar por palavras eátas coisas, mas sua conduta na vida<br />
revelará uma certa segurança na execução, que provém <strong>de</strong> sua<br />
clareza interior". (49)<br />
A ~articipação passa ser finalida<strong>de</strong> e viabilida<strong>de</strong><br />
da educação, mas acima <strong>de</strong> tudo uma estratégia <strong>para</strong> superar o<br />
sentimento <strong>de</strong> distanciamento ao qual nos relega uma enormida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
fatores da socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna.<br />
Para que se supere esse "distanciamento",é neces-<br />
sário ir ao centro do individuo e trabalhar seus valores funda-<br />
mentais e ai é necessário que a participação esteja calcada na<br />
percepção da importância disso e promova sistematicamente a dis-<br />
cussão e questionamento <strong>de</strong>sses valores.<br />
Acreditamos, pelos <strong>de</strong>poimentos colhidos e pelo<br />
vivenciado na APASC, que ela cumpra esse papel (<strong>de</strong> estimulo à<br />
participação. ruptura com o niilismo • questionamento e busca dos
valores fundamentais <strong>para</strong> cada individuo) junto aos seus militan-<br />
tes. porém. <strong>de</strong> forma não sistemática e não racional - no sentido<br />
<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>libera~ão coletiva (que viabilizaria o estabelecimento<br />
<strong>de</strong> programas educacionais com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estimular a part1-<br />
cipa~ão e auto-conhecimento).<br />
Acreditamos também que. junto aos <strong>de</strong>mais associa-<br />
dos e á população em geral. ela. Apasc. cumpra o papel pedagógico<br />
<strong>de</strong> ser um exemplo ao qual se po<strong>de</strong> recorrer <strong>para</strong> <strong>de</strong>monstrar que é<br />
posslvel .fazer algo e <strong>de</strong> maneira participativa (a <strong>de</strong>mocracia<br />
direta. por exemplo. é viável pelo menos em algumas instâncias da<br />
socieda<strong>de</strong>). cultivando uma cultura politica voltada <strong>para</strong> sedimen-<br />
tação <strong>de</strong> valores <strong>de</strong>mocráticos. além <strong>de</strong> ser uma alternativa <strong>de</strong><br />
leitura da realida<strong>de</strong> questionando o OBVIO (50). apontando outras<br />
possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interpretação dos acontecimentos e outras pers-<br />
pectivas <strong>para</strong> o caminhar.<br />
Encaramos o papel educacional das entida<strong>de</strong>s am-<br />
bientalistas como uma potencialização da ação individual. uma<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer-se algo. um não ao "Declinio do Império<br />
Americano" (51),um não ao "Doravante é o vazio que nos rege" (52)<br />
mas um sim à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse vazio significar a ausência <strong>de</strong><br />
idolos. drogas e santos que venham ajudar a enfrentarmos nossos<br />
problemas.e. um acreditar em si próprio e no fazer coletivo.
· 111.3. ENQUETE<br />
Quais valores po<strong>de</strong>m nortear a a~ão ecologista?
Ao final <strong>de</strong>ste capitulo transcreveremos "ipsis<br />
litteris" os textos entregues aos entrevistados(53 e 54),<br />
1. Po<strong>de</strong>mos partir do pressuposto <strong>de</strong> que boa parte das preocupações<br />
educacionais manifestas e caracterizadas pelas <strong>de</strong>nominações<br />
educação <strong>ambiental</strong>, educação ecológica, alternativa, integral,<br />
<strong>para</strong> a nova era, são suscitadas (ou re-suscitadas) pela questão<br />
ecológica. ou seja, a partir da ecologia surgem (ou re-surgem) as<br />
preocupações com a·educação <strong>ambiental</strong> (ou ecológica. ou alternativa<br />
•...). Segundo Lago, A. e Pádua. J.A. temos quatro correntes<br />
distintas <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong>ntro do que costuma-se chamar <strong>de</strong> ecologia.<br />
Abaixo transcrevemos o que esses autores dizem sobre cada uma<br />
<strong>de</strong>las. Coloque "1", "2", "3" ou "4" em or<strong>de</strong>m crescente <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong><br />
(1, é mais importante. etc.) que atribui a essas correntes<br />
no <strong>de</strong>lineamento dos objetivos educacionais que você compartilha<br />
(caso você atribua a mesma importância a mais <strong>de</strong> uma alternativa<br />
repita o mesmo número).<br />
1.a. ( ).ecologia natural: "é a área do pensamento ecológico que<br />
se <strong>de</strong>dica a estudar o funcionamento dos sistemas naturais<br />
(florestas. oceanos, etc.) procurando enten<strong>de</strong>r as leis que regem<br />
a dinâmica da vida da natureza".<br />
1.b. ( ) ecologia social: "é a teflexão ecológica abarcando os<br />
múltiplos aspectos da relação entre·os homens e o meio ambiente,<br />
especialmente a forma pela qual a ação humana costuma incidir<br />
<strong>de</strong>strutivamente sobre a natureza".<br />
1.c. () conservacionismo: engloba o conjunto <strong>de</strong> idéias e estratégias<br />
<strong>de</strong> ação voltadas <strong>para</strong> a luta em favor da conservação da
l.d. ( ) ecologismo: "vem se constituindo como um projeto politico<br />
<strong>de</strong> transformação social, calcado em principios ecológicos e no<br />
i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> não opressiva e comunitária. A idéia<br />
central do ecologismo é <strong>de</strong> que a resolução atual da crise ecológica<br />
não po<strong>de</strong>rá ser concretizada apenas com medidas sociais <strong>de</strong><br />
conservação <strong>ambiental</strong>, mas sim através <strong>de</strong> uma ampla mudança na<br />
economia, na cultura e na pr6pria maneira dos homens 6e relacionarem<br />
entre s1 e com a natureza".<br />
quatro alternativas enca<strong>de</strong>iam-se ~ sistemas naturais e relações<br />
sociais dão'subsidios à conservação e preservação e à transfor-<br />
lugar. po<strong>de</strong>mos hierarquizar as 4 correntes: 10. Ecologismo, 20.<br />
Ecologia Social, 30. Conservacionismo. 40.· Ecologia Natural,<br />
porém as diferenças são pouco significativas entre a segunda.<br />
terceira e quarta colocadas, tornando mais forte as anotações da<br />
:CORRENTES Jl 1 2<br />
1. A. 2 4 1 2<br />
1. B. 3 5 1<br />
1. c. 1 6 4<br />
1. D. 10 1<br />
,
Cada uma das afirmações abaixo são valores ecologistas (pensar<br />
globalmente) - na visão dos companheiros do Movimento Ecológico<br />
Livre <strong>de</strong> Florianópolis - MEL - que <strong>de</strong>vem nortear a ação cotidiana<br />
dos ecologistas. Classifique-as segundo a sua compreensão dos<br />
valores que norte iam ou <strong>de</strong>vem nortear o movimento ecológico<br />
(anexo está o texto do MEL. fundamentando cada uma <strong>de</strong>ssas proposições)<br />
:<br />
l-relação equilibrada entre homem,mulher e a natureza;2-relações<br />
igualitária no interior da socieda<strong>de</strong> humana;3-<strong>de</strong>mocracia radical;<br />
4-eco<strong>de</strong>senvolvimento;5-não-violência ativa;6-feminismo;1<strong>de</strong>scentralização<br />
e auto-gestão;8-cotidiano alternativo criativo;<br />
9-flexibilida<strong>de</strong> e abertura no p~nsar e agir;lO-autonomia do<br />
movimento ecológico.<br />
tiva segundo distribuição no quadro apresentado na questão 2.<br />
PROPO SIÇÕES F C J) l'!;) NO "" F+L Iõtti.L. %<br />
1 9 4 O 1 O 13 14 +93%<br />
2 7 2 O + 1 9 14 .:!:.64%<br />
3 4 4 3 1 2 8 14 .:!:.57%<br />
4 3' 4 O 5 1 7 13 +54%<br />
5 5 5 O 4 O 10 14 .:!:.71%<br />
6 1 5 2 5 1 6 14 +43%<br />
7 4 7 O 3 O 11 14 +78%<br />
8 5 5 3 1 O 10 14 +71% -<br />
9 8 5 O 1 O 13 14 .:!:.93%<br />
10 4 7 1 1 1 11 14 +78%<br />
total 50 48 9 26 6 98 139 I<br />
FUNDA-<br />
MENTAL<br />
F<br />
CON -<br />
CORDO<br />
C.<br />
DIS -<br />
CORDO<br />
1><br />
EM<br />
PARTE<br />
C!)<br />
NÃO TENHO O<br />
PINIÃO FORMADA<br />
#10
o primeiro dado que salta aos olhos ê a concordân~<br />
cia (F + C) <strong>de</strong> praticamente 70% das respostas (98 num total <strong>de</strong><br />
139) dos nossos sujeitos com as proposições que segundo o MEL<br />
<strong>de</strong>vam nortear ou norteiam o movimento ecológico.<br />
A maior incidência das concordâncias é sobre as<br />
questões 1 - Relacão equilibrada entre ~ ~ humano ~ a natureza<br />
e 9 - Flexibilida<strong>de</strong> ~ abertura dQ pensar ~ agir<br />
Essas duas primeiras proposi~ões não tiveram ne-<br />
nhuma discordância e em relação à primeira. a pessoa que "concor-<br />
da em parte" justificou a op~ão pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se "discutir<br />
mais profundamente os termos - relação equilibrada e harmoniosa".<br />
Com rela~ão à "Descentralização e Auto-gestão"<br />
(item 7) - também não houve discordância. Entre os que "concordam<br />
em parte" um argumento apresentado foi "não ser favorável à<br />
aplicação radical da auto-gestão" e com relação à "Não Violência<br />
Ativa" (5)·quatro pessoas "concordaram em parte", Dessas. uma diz<br />
"'8 natureza é.as vezes violenta". Outro diz: "Acredito que. em<br />
certas circunstâncias. a violência em sua expressão mais<br />
completa, é o melhor caminho <strong>para</strong> a supera~ão <strong>de</strong> uma situação,<br />
Melhor, no sentido <strong>de</strong> "mais a<strong>de</strong>quado", Um exemplo disto é a<br />
situação da Africa do Sul e <strong>de</strong> outros pa1ses em que as pessoa6<br />
estão privadas <strong>de</strong> um m1nimo <strong>de</strong> dignida<strong>de</strong>",<br />
A "Autonomia do Movimento Ecológico" (10) recebeu<br />
a concordância <strong>de</strong> 11 associados (4 "fundamental" e 7 "concordo")<br />
sendo que houve uma discordância. uma concordância em parte e um<br />
associado que não tem opinião formada sobre o assunto. A pessoa
eo" possa ser <strong>de</strong>scrito alongo pra~o. Mas como não apoiar politi-<br />
cos que estejam bem fundamentados e a caminho <strong>de</strong> um po<strong>de</strong>r politi-<br />
<strong>de</strong> participar-se do parlamento. partidos politicos e in6tituiçõe6<br />
governamentais no sentido <strong>de</strong> ecologização da cultura politica<br />
-.<br />
assunto. Os argumentos apresentados <strong>para</strong> a discordãncia 6ão: "não
diz: "é um 'engôdo". O que não tem opinião formada sobre o assunto<br />
diz: "não sou a favor <strong>de</strong> machismo e não apoio o feminismo. Defen-<br />
do a igualda<strong>de</strong> sem iemos" "Tenho minhas dúvidas quanto à cultura<br />
andrógina" "muito subjetivo os termos masculino ou feminino<br />
interno"; "não sei se todas as lutas dos movimentos feministas<br />
são próprias portanto não assumo em linhas gerais lutas em um<br />
grupo do qual não milito" (...) "Acho que a igualda<strong>de</strong> entre os<br />
sexos já está contemplada no item 2 (...) além disto, assumir<br />
como próprias .todas as lutas dos movimentos feministas implica em<br />
assumir lutas que não tocam nece~sariamente na questão ecológica,<br />
po<strong>de</strong>ndo, inclusive, estar contra valores ecologistas (...)".<br />
- "Eco-<strong>de</strong>senvolvimento" (4) - Cinco pessoas con-<br />
cordam em parte e uma não tem opinião formada sobre o assunto.<br />
Alguns dos argumentos são relativos à inviabilida<strong>de</strong> das propo-<br />
sições em vista da situação já atingida e outros questionam os<br />
argumentos em torno do que é gran<strong>de</strong> e pequeno ou se a essência do<br />
problema está na dimensão.<br />
- "Relações igualitátias no interior da socieda<strong>de</strong><br />
humana" (2) - ninguém discorda da proposição. Quatro pessoas<br />
concordam em parte e uma não tem opinião sobre o assunto. Entre<br />
os argumentos temos "Igualda<strong>de</strong> é meia parte da justiça. Precisa-<br />
se tratar <strong>de</strong>sigualmente coisas <strong>de</strong>siguais".<br />
- "Cotidiano Alternativo Criativo" (8) - Enquanto<br />
a gran<strong>de</strong> maioria - <strong>de</strong>z'pessoas- concordam ou acham fundamental<br />
essa proposição, existem três pessoas que discordam (a maior<br />
discordãncia, ao lado da discordância em relação à <strong>de</strong>mocracia
Abaixo transcrevemos caracteristicas e objetivos das diversas<br />
correntes que formam o movimento alternativo na alemanha (segundo<br />
'Joseph Huber, são essas as principais correntes politicoi<strong>de</strong>ológicas<br />
do movimento alternativo nos últimos <strong>de</strong>z anos). Cada<br />
uma <strong>de</strong>las emerge <strong>de</strong> uma oposição <strong>de</strong>terminada a certas<br />
manifestações da crise atual. Cada uma <strong>de</strong>senvolve uma critica<br />
<strong>de</strong>terminada ao sistema vigente, que se articula a idéias<br />
alternativas e a projetos correspon<strong>de</strong>ntes.<br />
Nossa intenção é saber quais <strong>de</strong>ssas correntes são apontadas pelo<br />
associado da APASÇ como fundamentais <strong>para</strong> a atuação da entida<strong>de</strong>,<br />
ou seja, ~ Q associado yfr a importância que ~ objetivos ~<br />
bá,n<strong>de</strong>iras ~ ~ lJ.mià <strong>de</strong>ssas correntes ~ ter nos objetivos ~<br />
acões da APASC.<br />
Classifique-as (as correntes) <strong>de</strong> acordo com as seguintes categorias:<br />
(C) Concordo com os objetivos e lutas <strong>de</strong>ssa<br />
fundamental que a APASC se preocupe em<br />
implementá-los através <strong>de</strong> ~ acões.<br />
corrente e<br />
difundi-Ias<br />
acho<br />
e.Lilll<br />
(+ ou -) Concordo ~ parte com os objetivos e lutas <strong>de</strong>ssa<br />
corrente e acho fundamental que a APASC se preocupe em ~<br />
difundi-Ias ~ implementá-los através <strong>de</strong> ~ acÕes (anote no<br />
verso das próximas folhas as partes <strong>de</strong> discordância ou<br />
concordância) .<br />
(C,fiF) Concordo com os objetivos é lutas (em parte ou no<br />
<strong>de</strong>ssa corrente maa nãQ consi<strong>de</strong>ro-os fundamentais Rara a<br />
da APASC.<br />
todo)<br />
atuacão
~<br />
•••••••<br />
-----<br />
:ÃO DO CON - DIS - CON - CONCORDO NÃO PEN- QUES- QULS-<br />
ASSOCIADO CORDa CORDa CORDO HAS NÃO SEI SUFI TÃO 4 TÃO h<br />
EM CONSIDE-<br />
-<br />
CIENTE -<br />
iNTES<br />
~<br />
PARTE RO FUN - HENTE NO<br />
DAMENTAL ASSUNTO<br />
I<br />
I<br />
Iniciativas Civis<br />
-<br />
Movimento Ecológico<br />
Anti-Usinas Nucleares<br />
Pelas Tecnologias Alternativas<br />
Estilos <strong>de</strong> Vida Alter -<br />
nativos<br />
~Critica ao Consumismo<br />
i Movimento <strong>de</strong> Jovens<br />
~Movimento <strong>de</strong> Idosos<br />
li Fuga da Cida<strong>de</strong><br />
~Regionalismo<br />
a Movimento <strong>de</strong> Mulheres<br />
to Movimento Homosexual<br />
,<br />
a Movimento Psicologista<br />
lb Emancipacionista<br />
.<br />
~<br />
e Pró-sensibilida<strong>de</strong><br />
a Novo Espiritualismo<br />
fb Seitas Religiosas .<br />
J<br />
l a Movimentos Pacifistas<br />
b Iniciativas Pró-Tercei-<br />
, ro Mundo<br />
,<br />
Movimento pela Proteção<br />
ou Apl icação dos Direitos<br />
,Civis<br />
I a Esquerda Não- Ortodoxa<br />
f.<br />
b Esquerda Espontaneista<br />
. 241<br />
.
", __ .••_.~_ ...W·,_.__ ...•____~~ _· __W
1) - Movimento Ecológico (lIa) -<br />
12 C; 1 (+ou-)<br />
2) - Iniciativas Civis (I).<br />
10 C ; 2 (+ou-); 1 C.fiF /<br />
3) - Pelas Tecnologias alternativas (11 c) -<br />
10 C ; 2 (+ou-); 1 C.nF<br />
4)- Anti-Usinas Nucleares (11 b) -<br />
10 C ; 1 D ; 1 (+ou-); 1 C.fiF<br />
5) - Movimento Pacifista (IX a) -<br />
9 C ; 2 (+ou-); 2C.nF<br />
6) - Iniciativas pró-Terceiro Mundo (IX B) -<br />
9 C ; 1 (+ou-); 3C.nF<br />
7) - Movimento pela Proteção ou ampliação dos Direitos Civis (X)<br />
7 C ; 3 (+ou-); 3C,fiF<br />
8) - Estilos <strong>de</strong> Vida Alternativos (111 a) -<br />
7 C ; 1 D ; 3 (+ou-); 2C.nF<br />
9) - Critica ao Consumismo (111 b) -<br />
7 C ; 1 D 3 (+ou-); 2C.nF
- Movimento Homofjsexual (VI b) - 1 C; 2 D; 2 (+-); 8 C,nF<br />
- Movimento <strong>de</strong> Jovens (IV a) - 1 C; 2 (+-) ; 8 C,nF; 2fiP<br />
- Movimento <strong>de</strong> Idosos (IV b) - 1 C; 3 (+-); 8 C,nF; lfiP<br />
- Movimento Emancipacionista (VII b) - 3 (+-); 7 C,nF; 2fiP<br />
Quanto às correntes Esquerda n.ãQ. Ortodoxa e.<br />
,<br />
XI a - 2 C; 2 D; 1 (+-); 4 C,BF; 4 BP<br />
XI b - 2 C; 3 D; 2 (+-); 2 C,nF; 4 BP
Questão 4 -"Hierarquize na tabela anterior aquelas 'cotrentes'<br />
<strong>para</strong> as quais você atribui maior importância <strong>de</strong>ntro do movimento<br />
alternativo, Coloque 1 <strong>para</strong> aquela que você acha que ~ ~<br />
maior importância, 2 <strong>para</strong> a seguinte e assim por diante",
IIIb - Critica ao Consumismo - 4. 1, 1. - 1<br />
IIIa - Estilos <strong>de</strong> vida alternativo - 3. 2. 5. -<br />
X - Movimento pela <strong>proteção</strong> ou ampliação dos<br />
direitos civis - 3. 1. - 3<br />
IIc - Pelas tecnologias alternativas - 2. 2. 1, 4. 1<br />
IIb - Anti-usinas nucleares - 2, 2, - 2<br />
IXa - Movimento pacifista - 2, 1, - 2, 1<br />
IXb Iniciativas Pró-30. Mundo - 2, 2, - 1. -<br />
Questão 5 - Na coluna reservada <strong>para</strong> a questão 5 anote com um "X"<br />
as cinco principais correntes cujos objetivos <strong>de</strong>vem nortear a<br />
a~ão da APASC.<br />
lIa - Movimento Ecológico - 11 indicações<br />
I - Iniciativas Civis - 10 indicações<br />
IIIa - ·Estilos <strong>de</strong> vida alternativos 8 indicações<br />
IIc - Pelas Tecnologias alternativas 6 indicações<br />
IIIb - Critica ao consumismo 5 indicações<br />
Em seguida foram citadas:<br />
IIb - Anti-Usinas Nucleares 4<br />
IXa - Movimentos Pacifistas 4<br />
IXb - Iniciativas Pró-30. Mundo 4<br />
X - Direitos Civis-Proteção e Ampliação 3<br />
VlIc - Pró-sensibilida<strong>de</strong> 3<br />
246
"Existe alguma iniciativa não arrolada acima que você acha<br />
importante <strong>para</strong> o movimento alternativo? Qual? Em que grau <strong>de</strong><br />
hierarquia formulada na questão 4 você inseriria esta nova<br />
iniciativa citada? e em rela~ão às principais correntes <strong>para</strong> a<br />
APASC (arroladas questão "5") como você inseriria esta(s)<br />
iniciativa{s) que você citou agora?"<br />
que "as <strong>de</strong>nomina~ões dadas às correntes não são todas boas"<br />
Outros fizeram breves comentários sobre as diferentes correntes
aplica radicalmente ao titulo (sic). Na conceituação, o que<br />
se observa há uma hierarquia <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões dada pela forma como se<br />
organiza a cida<strong>de</strong> (cida<strong>de</strong>, distritos, bairros, vilas)".<br />
"Eco-<strong>de</strong>senvolvimento: o que muda entre uma empresa<br />
privada pequena e gran<strong>de</strong> com relação a exploração econômica e da<br />
força <strong>de</strong> trabalho é o grau <strong>de</strong> intenBida<strong>de</strong>, ambas exploram. Não é<br />
o tamanho da organização que explor~ mais ou menos, é a filosofia<br />
que norteiam as organizações".<br />
"Usinas Nucleares: o movimento ecológico ê uma<br />
coisa, a era atômica como é chamada, o conhecimento da atomici-<br />
da<strong>de</strong> e sua domesticação é bem outra. Se quisermos combater o U60<br />
<strong>de</strong>strutivo (...) o movimento é anti-nuclear.E lamentável que <strong>para</strong><br />
combater o lado maligno do ser humano, tenha que se vitimizar o<br />
conhecimento cien~lfico natural (.~.)".<br />
"Movimento <strong>de</strong> mulheres e homossexual": A rela~ão<br />
da mulher e o mundo está <strong>de</strong>siquilibrada a muito tempo e o<br />
movimento expõe ruidosamente o que é e o que não ê, porém sinto<br />
mais a -"farsa" do que a real abordagem do problema. O movimento<br />
peca pela inveja dos homens, peca também por ambicionar o<br />
<strong>de</strong>staque e a especialida<strong>de</strong>, levando a competir. O movimento real<br />
<strong>para</strong> todo homem marginalizado, não se chama mulher ou.<br />
homossexual, porque não é culpa do sexo, seria o próprio<br />
movimento em busca do homem, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do sexo ou ida<strong>de</strong>" .<br />
"(...) não concordo inteiramente com a manutenção<br />
<strong>de</strong> "proprieda<strong>de</strong> estatal", mesmo pequena, pois implica na manu-
tenção do Estado, cuja abolição <strong>de</strong>ve ser uma das metas dos ecolo-<br />
gifitafi".<br />
"Politica <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>fen6iva ao nivel dos palfie6<br />
implica na manutenção d06 pai6e6 como tai6? Acho que a6 referên-<br />
cia6 ao termo "pai6e6" não <strong>de</strong>vem exi6tir na6 prop06ta6 ecologifi-<br />
ta6 (pelo men06 nas <strong>de</strong> longo prazo)".<br />
"E preci60 enten<strong>de</strong>r a nece6sida<strong>de</strong> (também) <strong>de</strong><br />
fundamentação e prática da não-violência, porque existe um cami-<br />
nho bem longo <strong>para</strong> ser percorrido. ,Apesar <strong>de</strong> nunca ter pensado em<br />
me transformar em uma terrorista imagino o que seriam os vietna-<br />
mitas hoje" se não fossem guerrilheiros".<br />
"Esquerda ... - Necessitaria <strong>de</strong> mais leituras <strong>para</strong><br />
po<strong>de</strong>r realmente di6cutir sobre esses assuntos e opinar" .<br />
"Mpvimento psicologista, emancipacionista e pró-<br />
sensibilida<strong>de</strong> - Não existe uma concordância ou discordância<br />
especifica. Acho importante a APASC procurar servir como veiculo<br />
<strong>de</strong>stes espaç06" .<br />
"Esquerda espontaneista - Creio que a APASC <strong>de</strong>ve<br />
incorporar a prática da ação direta, porém não se restringir a<br />
ela. Não tenho gran<strong>de</strong>s reflexões sobre o Estado, mas acho que a<br />
luta ecológica, hoje, passa por ele, no sentido <strong>de</strong> se conter<br />
projetos poluidores, garantir· áreas naturais, planejar a<br />
urbanização, <strong>de</strong>spoluir'rios, etc .<br />
"Não possuo uma proposta i<strong>de</strong>alizada <strong>para</strong> atuação<br />
na APASC. A maioria das sinteses do movimento alternativo me
foram apresentadas (sistematizadas) com o documento enviado por<br />
você (...)" .<br />
Esta última citação abre espaço <strong>para</strong> algumas re-<br />
flexões suscitadas pela enquete.<br />
A impressão que temos, ao percorrer as respostas<br />
dos participantes. é <strong>de</strong> que a maior parte dos associados ativos<br />
se aproximaram da APASC e nela permanecem sem um <strong>de</strong>bate apro-<br />
fundado <strong>de</strong> principios ecologistas ou dos valores que <strong>de</strong>vem nor-<br />
tear a atuação da entida<strong>de</strong>. Eles existem mas são intuitivos e<br />
quando verbalizados não comportam <strong>de</strong>finições r1gidas .<br />
.A maioria (mais <strong>de</strong> 70%) concorda com as correntes<br />
e proposições do movimento ecológico e alternativo apresentadas.<br />
Porém ao <strong>de</strong>talha-Ias surgem discordâncias com. parte <strong>de</strong>las, <strong>de</strong><br />
acordo com o sentido que certos conceitos e certas palavras (por<br />
exemplo: radical. feminismo, homossexual, eco-<strong>de</strong>senvolvimento,<br />
auto-gestão, espiritualismo, emanapacionista. etc.) assumem <strong>para</strong><br />
cada individuo.<br />
Consi<strong>de</strong>ramos importante o <strong>de</strong>bate aprofundado <strong>de</strong>s-<br />
sas questões, no sentido <strong>de</strong> clarificação <strong>de</strong> conceitos. explici-<br />
tação das divergências e opção por objetivos e lutas relevantes<br />
<strong>para</strong> o grupo.<br />
te inventariadas são:<br />
Algumas outras questões que po<strong>de</strong>m ser precariamen
totalida<strong>de</strong> dos entrevistados:<br />
- Proposições mais genéricas aglutinam a quase<br />
"Relacão equilibrada entre Q. ~ humano e. a natureza" (93%) e<br />
"Flexibilida<strong>de</strong> ~ Abertura QQ Pen6ar ~ AKi.r." (93%).<br />
- Os entrevistados priorizam a atuação das corren-<br />
tes já tradicionalmente relacionadas ao movimento ecológico vol-<br />
tadas <strong>para</strong> organização d06 cidadãos em <strong>de</strong>fesa da sobrevivência<br />
(anti-usinas nucleares 'e pacifismo) melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />
(iniciativas civis, pró 30. mundo) por alternativas ao estabele-<br />
cido (tecnológicas e <strong>de</strong> vida ) e <strong>de</strong>fesa do cidadão (critica ao<br />
'consumi6mo e pela <strong>proteção</strong> ou ampliação dos direitos civis).<br />
- Repudiam as seitas religiosas. Acreditamos que<br />
mais pelo seu caráter <strong>de</strong> seita que se contrapõe' à flexibilida<strong>de</strong> e<br />
abertura no pens~r e agir do que pelo seu conteúdo mistico visto<br />
que em relação ao novo espiritualismo seis pessoas concordam<br />
(quatro não consi<strong>de</strong>ram fundamentais), uma concorda em parte e<br />
duas não pensaram o suficiente sobre o assunto, <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 12<br />
respostas.<br />
- -Quanto às correntes <strong>de</strong> esquerda,existem poucas<br />
que a6 acham fundamental ou, discordam <strong>de</strong>las na integra. A maioria<br />
não as consi<strong>de</strong>ra fundamentais ou discorda em parte ou não pensou<br />
o suficiente sobre o assunto.
CAPITULO 3<br />
NOTAS
(O) Poema d(~Caju. publicado na revista "O Ver<strong>de</strong>" no. 16. úno 4,<br />
jan/abr 88. APASC. <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.<br />
(1) P. por exemplo resolve fazer Biologia na UFSCar porque o<br />
curso era voltado <strong>para</strong> a área <strong>de</strong> Ecologia.<br />
M. ressaltou em sua entrevista a rela~~o antra um curso na<br />
área <strong>de</strong> saü<strong>de</strong> e a questão da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
(2) João Ramos Sá <strong>de</strong> Oliveira - ecologista <strong>de</strong> Embü. organizador<br />
dos Simpósios Ecológicos que lá ocorreram em março <strong>de</strong> 75.<br />
abril <strong>de</strong> 76 e maio <strong>de</strong> 81.<br />
(3) Augusto Ruschi - incansável batalhador pela natureza, bastante<br />
conhecido pelo seu trabalho no Espirito Santo. especialmente<br />
o voltado <strong>para</strong> estudo e <strong>proteção</strong> dos colibris.<br />
(5) Na realida<strong>de</strong> era conselho consultivo. T encontra-se nele<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua 'formação. em 1981.<br />
(6) Como por exemplo a conveniência ou não do local on<strong>de</strong> foi<br />
instalado o Distrito Industrial <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.<br />
(7) No filme "O Selvagem da Motocicleta", <strong>de</strong> Coppola, essa<br />
questão. ao nosso ver, fica mais clara= o li<strong>de</strong>r <strong>de</strong> uma<br />
"sans" só via o colorido do mundo enldois peixes <strong>de</strong> uma<br />
loja <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> animais. Diante da miséria humana e social.<br />
<strong>de</strong>volver aos dois peixes a liberda<strong>de</strong> do rio talvez resgatass~.o<br />
sentido que procurava <strong>para</strong> a vida. Pelo menos viu como<br />
uma causa pela qual podia se entregar.<br />
(9) MR-8: "Movimento Revolucionário 8 <strong>de</strong> outubro", organização<br />
clan<strong>de</strong>stina <strong>de</strong> esquerda oriunda <strong>de</strong> um "racha" do Partido<br />
Comunista Brasileiro.<br />
(10) Scehumacher. E. F.- Q negócio,~ ~ pequeno. Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Ed. Zahar. 1981.
(12) CAPRA, F. - Q ponto ~ IDl,l,ta
precisou manter-se fora da firma pois seu discl~rBo e EU1<br />
prática na busca <strong>de</strong> coerência distanciavam-se doe seus colegas<br />
e chefes. tornando sua situação profissional insustentbvel<br />
(interpretação do autor a partir <strong>de</strong> conversas espareae<br />
com I).<br />
(20) - Fian<strong>de</strong>iras e Alpargatas são duas indústrias <strong>de</strong> <strong>São</strong> earlos<br />
que provocam problemas <strong>de</strong> poluição atmosférica junto a<br />
seus vizinhos.<br />
- Refere-se à luta contra a construção do Aeroporto da USP-<br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> nas margens da Represa do Broa, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />
Area <strong>de</strong> Proteção Ambiental ..<br />
- Refere-se à luta contra a instalação <strong>de</strong> uma mineradora <strong>de</strong><br />
areia no manancial <strong>de</strong> captação d'água da cida<strong>de</strong>.<br />
(21) CAPRA. r. - Q ponto ~ mutacão. <strong>São</strong> Paulo, Ed. Cultrix.<br />
1987. p. 73.<br />
(22) lt aponta P como um exemplo <strong>de</strong> pessoa que "já<br />
ligação orgânica entre a vida <strong>de</strong>le e as questões<br />
tem essa<br />
politicas<br />
(23) BOBBIO, N. - Q futuro da <strong>de</strong>mocracia. Rio·<strong>de</strong> Janeiro, Paz e<br />
Terra, 1986. p. 40 e 41.<br />
(25) CASTELLS, M. - ~ <strong>de</strong>mocracia ~ socialismo. Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, Paz e Terra, 1980. p. 67.<br />
(27) BOBBIO. N. - Q futuro da Democracia. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e<br />
Terra. 1986, p.14.<br />
(28) Id. , 1lWi. , p.22 a 33.<br />
(29) Id. , i..b.1!1. , p. 23.<br />
(30) Id., i..b.1!1. , p. 34/35.<br />
(31) Id. , lld!1. , p. 28.
'(32) VIOLA. E.J. e MAINWARING. S. - Novos movimentos sociais -<br />
cultura. politica e <strong>de</strong>mocracia: Brasil e Argentina. ln:<br />
~ revoll)~M IlQ.CQtidianQ. <strong>São</strong> Paulo, Brasiliense. 1987.<br />
p.113 a 136.<br />
,"Enten<strong>de</strong>mos por cultura polltica os valores pol1ticos que<br />
provem a base tanto do discurso e das i<strong>de</strong>ologias pol1ticas<br />
como da prática po11tica. Os valores pol1ticos são orientações<br />
básicas, que <strong>de</strong>terminam as formas <strong>de</strong> compreensão da<br />
realida<strong>de</strong>; estão incorporados ao discurso pol1tico e ao<br />
estilo da prática pol1tica (, ,,) po<strong>de</strong>mos distinguir cinco<br />
tipos <strong>de</strong> culturas pol1ticas. principais: autoritárias <strong>de</strong><br />
direita. autoritárias <strong>de</strong> esquerda. semi<strong>de</strong>mocráticas. <strong>de</strong>mocráticas<br />
liberais e <strong>de</strong>mocráticas radicais (,.,) uma das<br />
causas e consequências da ausência <strong>de</strong> regimes pol1ticos<br />
<strong>de</strong>mocráticos é a formação <strong>de</strong> uma cultura pol1tica autoritária.<br />
Em ambas as socieda<strong>de</strong>s (Brasil e Argentina) importantes<br />
setores da população expressaram indiferença ao pluralismo<br />
institucional e buscaram beneficios (materiais ou politicos)<br />
<strong>de</strong> curto prazo, mesmo com oónus <strong>de</strong> subverter a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>mocrática.<br />
Como resultado da predominância <strong>de</strong> regimes autoritários,<br />
os cidadãos dos dois pa1ses tornaram-se em gran<strong>de</strong><br />
medida <strong>de</strong>sabituados dos valores <strong>de</strong>mocráticos, A<strong>de</strong>mais, a<br />
cultura politica autoritária <strong>de</strong> ambas as socieda<strong>de</strong>s foi<br />
reforçada por formas <strong>de</strong> autoritarismo social. O autoritarismo<br />
não tem ~ido caracter1stico apenas da vida politica, mas<br />
marcou muitos aspectos das relações sociais ( ... l" Viola e<br />
Mainwaring p. 107, 117, 125 (28).<br />
(36) SOMMER, R. - A cQnscientizacão ~ <strong>de</strong>signo <strong>São</strong> Paulo, Ed.<br />
Brasiliense, 1979, p. 66.<br />
(37) CAASO - Centro Acadêmico Armando Sales <strong>de</strong> Oliveira da USP -<br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.<br />
(38) BERMAN, M, - Tudo que ~ ~ ~ <strong>de</strong>smancha ~~. <strong>São</strong> Paulo,<br />
Companhia das letras, 1987.<br />
(39) (... ) "não <strong>de</strong>scuida da educação da população porque você<br />
corre o risco <strong>de</strong> tá fazendo a mesma coisa daqueles que você<br />
mesmo tá con<strong>de</strong>nando, <strong>de</strong> cima <strong>para</strong> baixo, né, então você vai
e faz e nio importa o que os outros pensam; não é assim, pro<br />
movimento ecológico não é assim me8mo, você vai e faz e se<br />
importa e muito com o que os outros pensam, porque os outros<br />
é que vão tocar, então eu acho que tâ <strong>de</strong>scuidado. a parte<br />
educativa tá <strong>de</strong>scuidada. inclusive no râdio" W<br />
(44) VILLON. F. - Folhetim. ln: Folha ~ aãQ Paulo. 01/01/88. no.<br />
569, 8-12: "seria então," momento <strong>de</strong> me calar?~'<br />
(47) LASCH. C.- Q m1nlmo ~. <strong>São</strong> Paulo. Ed. Brasiliense. 1986. p.<br />
10.<br />
(48) GARAUDY. "R.- Apelo aos vivos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Ed. Nova<br />
Fronteira. 1981. p. 11.<br />
(49) SCHUMACHER. E.F. - Q negócio ~ ~ pequenQ. Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Zahar, 1981, p. 69 a 71.<br />
(50) Obvio no sentido que lhe dá Darcy Ribeiro em seu texto<br />
"sobre o óbvio".<br />
(51) "O <strong>de</strong>cl1nio do império americano" - filme 35 mm projetado em<br />
1987 nos gran<strong>de</strong>s cinemas <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo.<br />
(52) "doravante é o vazio que nos rege. mas um vazio sem tragédia<br />
nem apocalipse". Giles Lipovetsky, citado por Caio Túlio<br />
Costa na Folha <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo <strong>de</strong> 8/12/87. p. A-29.
principaiB correnteB do movimento alternativo alemão, <strong>de</strong>scritos<br />
por Huber (1985) .<br />
...Seu Campo <strong>de</strong> atuação resi<strong>de</strong> na conservação <strong>de</strong><br />
regiões naturais e estruturas urbanas <strong>de</strong> moradia existentes.<br />
Elas intervêem contra a <strong>de</strong>sarborização, eliminação <strong>de</strong> áreas<br />
ver<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>molição <strong>de</strong> construções antigas, contra novos aeroportoB,<br />
usinas e auto-estradas ... A critica das iniciativas<br />
civis dirige-se, em primeiro lugar, à burocracia. Denunciam<br />
o fracasso dos partidos, bem como dos gran<strong>de</strong>s a<strong>para</strong>tos <strong>de</strong><br />
planejamento estatais e industriais. Postulam a informação e<br />
a participação dos cidadãos nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e no<br />
planejamento, <strong>de</strong> modo que tenham a palavra os diretamente<br />
interessados. Advogam ainda a autonomia local, ao nlvel mais<br />
abrangente posslvel, e manifestam sua confiança na razão e<br />
no julgamento coletivo.<br />
11. Movimento EcolÓgico. anti-usinas nucleares ~ pelas ~<br />
nologias alternativas<br />
o crescimento da produção industrial e do<br />
consumo sustentado, forçosamente, pela concorrência, pela'<br />
busca <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e lucro, funda uma economia <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdicio e<br />
pilhagem. Uma economia que esgota matérias primas, <strong>de</strong>sperdiça<br />
energia. <strong>de</strong>strói o meio ambiente e nos faz doentes ...<br />
o sistema industrial tem por caracteristicas<br />
marcantes a tecnocracia, a ditadura das soluções técnicas, a<br />
autonomização da economia face às necessida<strong>de</strong>s humanas, o<br />
crescimento ilimitado, a centralização, o gigantismo e as<br />
tecnologias pesadas, o <strong>de</strong>sperdlcio, o <strong>de</strong>sgaste, a <strong>de</strong>predação<br />
e <strong>de</strong>struição do meio ambiente. Por isso Q projeto do movimento<br />
ecológico tem por objetivo a limitação do sistema e a<br />
autolimitação, a dissolução planejada da compulsão ao crescimento,<br />
a reinserção da produção industrial no meio natural,<br />
a <strong>de</strong>sconcentracão econômica, a <strong>de</strong>scentralização da<br />
produção por meio <strong>de</strong> tecnologias a<strong>de</strong>quadas, médias e pequenas<br />
(small is beautiful), a <strong>de</strong>scentralização dos meios financeiros,<br />
o <strong>de</strong>smantelamento da concentração <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r politico<br />
e econômico, a autonomização <strong>de</strong> pequenas unida<strong>de</strong>s (local<br />
self-reliance), assim como a poupança e o reaproveita~<br />
mento dos insumos.<br />
o movimento contra usinas atômicas procura romper<br />
a l6gica do sistema industrial em um <strong>de</strong> seus pontos nevrálgicos<br />
que é o da producão <strong>de</strong> energia. Aponta como alternativa<br />
as tecnologias brandas, <strong>de</strong>scentralizadas e variadas.
.... Estilos alternativos <strong>de</strong> vida, como transform8Gão<br />
do cotidiano pessoal, são a complementação necessária<br />
<strong>de</strong> uma transformação ecológica do sistema Critica ã<br />
perda <strong>de</strong> sentido e ã alienação do mundo do trabalho industrial.<br />
ao esgotamento profissional e ao consumismo ... Rejeição<br />
<strong>de</strong> um mundo. que gira em torno das coisas e sua<br />
posse, e a procura <strong>de</strong> um mundo, que se volte mais <strong>para</strong> os<br />
homens, como dizia Erich Fromn. Preten<strong>de</strong>-se igualmente,<br />
através <strong>de</strong> auto-abastecimento e do trabalho por conta pr6pria,<br />
diminuir a <strong>de</strong>pendência ~ace ã Megamãquina; <strong>de</strong>seja-se<br />
superar através <strong>de</strong> formas comunitãrias - antigas e novas - a<br />
se<strong>para</strong>cão e o isolamento social. bem como a distinção esquizofrénica<br />
entre trabalho e lazer; e coloca-se a exigência <strong>de</strong><br />
um trabalho satisfatório, que não mais precise ser compensado<br />
com consumo. <strong>de</strong> modo que este possa ser reduzido ao que<br />
é. realmente necessário. segundo a divisa - com menos. viver<br />
melhor.<br />
Centros <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong> autogestionários nos<br />
quais os próprios jovens dão forma ao lazer, .organizam sua<br />
própria educação e on<strong>de</strong> eles próprios formulam e satisfazem<br />
seus interesses como alunos e aprendizes ...<br />
Esses grupos (<strong>de</strong> estudantes e <strong>de</strong> idosos) sofrem<br />
uma perda <strong>de</strong> funcão social, na medida em que são, no<br />
fundo, supérfluos <strong>para</strong> o funcionamento da megamáquina e<br />
portanto, encarados mais como uma carga <strong>para</strong> a economia<br />
familiar e o orçamento social do Estado. Para os engenheiros<br />
do Estado Social, eles constituem uma área problemática e um<br />
foco <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong>sviantes. Entre 08 jovens os problemas<br />
são a existência <strong>de</strong> gangs, a criminalida<strong>de</strong>, o alcoolismo<br />
e o uso <strong>de</strong> drogas. Entre os velhos, a suscetibilida<strong>de</strong><br />
<strong>para</strong> doenças fisicas e psiquicas. O problema do suicidio<br />
está presente em ambos os grupos.<br />
Fortalecer a autoconsciência dos idosos membros<br />
do Grupo e constituir-se num forte grupo <strong>de</strong> pressão<br />
junto aos organismos públicos ... Lutar contra a sua marginalizacão.<br />
sua <strong>de</strong>pendência e a tendência da socieda<strong>de</strong> a consi<strong>de</strong>rá-los<br />
incapazes e discern1mento e julgamento.<br />
Versão radical <strong>de</strong> um modo alternativo <strong>de</strong> vida,<br />
porém com a caracteristica extraordinária adicional, <strong>de</strong> que<br />
simultaneamente se reage à dominação exploradora cida<strong>de</strong>-
o movimento regionalista ... também está relacionado<br />
com a dominação cida<strong>de</strong>-campo e a <strong>de</strong>pendência centroperiferia.<br />
Trata da preservação das raizes culturais e sociais<br />
<strong>de</strong> cada região ... Rejeita-se o centralismo estatal e a<br />
<strong>de</strong>pendência econômica das gran<strong>de</strong>s empresas nacionais e<br />
multinacionais, que dos lugares mais distantes, com suas<br />
politicas <strong>de</strong> investimento, influenciam o <strong>de</strong>stinos das regiões.<br />
Critica-se, também, o colonialismo interno que <strong>de</strong>grada<br />
à região à condição <strong>de</strong> satélite das gran<strong>de</strong>s metrópoles<br />
urbanas ... Revigora-se a tradição dos dialetos ... contra a<br />
massificação social e a sincronização cultural afirmam-se as<br />
peculiarida<strong>de</strong>s sociais e a varieda<strong>de</strong> cultural ... auto <strong>de</strong>terminação<br />
e auto-suficiência local e regional.<br />
Oposi~ão à dominaoão patriarcal na familia,<br />
tanto quanto no mundo do trabalho ... é um profundo questionamento<br />
do sistema social como um todo ... Direitos, liberda<strong>de</strong>s<br />
e r~sponsabilida<strong>de</strong>siguais <strong>de</strong> ambos os sexos, tanto no<br />
âmbito do trabalho doméstico não remunerado, quanto no âmbito<br />
das ativida<strong>de</strong>s profissionais remuneradas ... estimulos<br />
<strong>para</strong> uma compreensão e vivência nova do nosso corpo e sensibilida<strong>de</strong><br />
... permitindo-nos a totalida<strong>de</strong> corporal sensual. a<br />
libertaoão e transluci<strong>de</strong>z do corpo e ~a mente .<br />
... é um movimento bastante heterogêneo quanto às<br />
suas posi~ões e manifesta~ões politicas ... ele se materializou<br />
numa ampla gama <strong>de</strong> projetos auto-organizados por<br />
mulheres: grupos <strong>de</strong> alimenta~ão e saú<strong>de</strong>, grupos <strong>para</strong> autoexame.<br />
ajuda mútua no campo médico e terapêutico, albergues<br />
<strong>de</strong> mulheres, etc ...<br />
As lésbicas, os homossexuais e pedofilicos, aproveitando-se<br />
<strong>de</strong>ssa corrente. (movimento das mulheres) ousaram<br />
expor-se publicamente... semelhante ao movimento <strong>de</strong><br />
mulheres. também o movimento dos homossexuais <strong>de</strong>u origem a<br />
uma gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> projetos próprios e, além disso, participa<br />
ativamente <strong>de</strong> outros projetos alternativos.<br />
VII. Movimento psiCologista. emancipacionista ~ prÓ-sensibilida<strong>de</strong><br />
buscar o <strong>de</strong>senvolvimento da individualida<strong>de</strong> e<br />
da personalida<strong>de</strong>... O movimento psicologista representa a
evolta contra o intelectualismo racionalista, meramente<br />
analitico e reducionista. Ele busca uma experiência <strong>de</strong> mundo<br />
mais totalizante, que possa integrar corpo, alma e espirito,<br />
e on<strong>de</strong>, por exemplo, conhecimentos intuitivo e emocional<br />
também tenham um lugar garantido.<br />
a emancipação pessoal é parte da práxis pol1tica.<br />
Esta emancipação pessoal foi frequentemente concebida<br />
como libertação sexual. Recuperou-se a idéia da "Sexpol" dos<br />
anos 20, assim como W. Reich.<br />
Ao lado <strong>de</strong>ste movimento emancipacionista, com<br />
manifesta postulacão politica, ocorre... uma verda<strong>de</strong>ira<br />
explosão <strong>de</strong> ofertas no âmbito da psicologia: modalida<strong>de</strong>s<br />
tradicionais <strong>de</strong> terapias psicológicas e sociais, grupos <strong>de</strong><br />
treinamento sensitivo, interação tematicamente nucleada,<br />
grupos <strong>de</strong> sobrevivência. grupos <strong>de</strong> encontro e <strong>de</strong> autovivência,<br />
fortalecimento da percep~ão sensorial. grupos <strong>de</strong> maratona,<br />
psicodrama e sociodramá, análise transacional. grito<br />
primal, laboratórios <strong>de</strong> orientação da vida e superação <strong>de</strong><br />
conflitos, psicossintese, meditação transcen<strong>de</strong>ntal e outras;<br />
terapia pelo movimento, expressão corporal, grupos gestálticos,<br />
bioenergia, grupos <strong>de</strong> auto-representa~ão. danea. pantomima<br />
e outras formas <strong>de</strong> expressão, terapia respiratória,<br />
ioga, massagem, acupuntura, acupressura, karatê. aikidô,<br />
zen, tai-chi, e tudo o mais que se oferece hoje no mercado.<br />
Esta variada corrente alimenta-se <strong>de</strong> duas fontes. De um<br />
lado, oferece-se auxilio nas crises psiquicas e existenciais.<br />
Estas são condicionadas socialmente (pela dissolução<br />
das rela~ões comunitárias <strong>de</strong> vida, pela <strong>de</strong>strutivida<strong>de</strong> do<br />
ambiente industrial) não obstante acabam sendo vividas e<br />
carregadas individualmente. De outro lado opõe-se aqui. ao<br />
esfacelamento do corpo e da vida a positivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />
sensibilida<strong>de</strong> e corporalida<strong>de</strong> intactas ...<br />
Ambos tiveram sua origem nos grupos que usavam<br />
drogas nos anos 60 e parcialmente, ainda vivem <strong>de</strong>stes<br />
grupos. Ampliar ª consciência - esta foi a palavra e ainda é<br />
- no cenário das drogas, na visão <strong>de</strong> mundo espiritual ou<br />
emancipadora da personalida<strong>de</strong>.<br />
uma forma mais individualista e secular <strong>de</strong><br />
t1mida religiosida<strong>de</strong>, que já começa a ser chamada genericamente<br />
<strong>de</strong> novo espiritualismo ... que esteve e está com um<br />
forte traço <strong>de</strong> religiosida<strong>de</strong> natural muito ligado ao movimento<br />
<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s rurais ... os iniciados <strong>de</strong>stas comunida<strong>de</strong>s<br />
parecem estar em contato com fadas. duen<strong>de</strong>s, silfi<strong>de</strong>s,<br />
anjos. Deva. Pano
o novo espiritualismo penetrou igualmente no<br />
mundo urbano~ através <strong>de</strong> CaBtaneda, vi<strong>de</strong>ntes e profetas.<br />
antroposofia <strong>de</strong> Rudolf Steiner, horóscopos, leituras <strong>de</strong><br />
cartaE.:e mãos ...<br />
o novo espiritualismo é uma critica da visão<br />
materialista do mundo, que se impôs com a capitalizacão e<br />
industrializacão dos últimos 200 a 500 anos. As ciências<br />
naturais e as engenharias parecem ter <strong>de</strong>cifrado e <strong>de</strong>sencantado<br />
o mundo. No entanto, a aparente sobrieda<strong>de</strong> revela-se<br />
agora, como uma inigualável embriaguez <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong><br />
objetiva que provoca a ressaca dos maus esp1ritos e <strong>de</strong>mônios.<br />
Tanto o positivismo das "ditas ciências burguesas, como<br />
o chamado materialismo histórico-dialético do marxismo tardio,<br />
enviesaram-se como pensamentos instrumentais e fisicanalistas.<br />
Quanto mais seccionamos a matéria por meio do<br />
microscópio, mais a fisica penetra o mundo das menores<br />
particulas, mais inevitável se torna a conclusão <strong>de</strong> que tudo<br />
só tem sentido se assumirmos que por "trás <strong>de</strong>ste" começa<br />
"outro, mundo". A quem agradaria, a longo prazo, ser um<br />
simples aglomerado <strong>de</strong> átomos, moléculas e estruturas celulares?<br />
E isto a vida? Sou eu meu corpo ou meu corpo é a<br />
matéria da qual "eu" sou feito e na qual "eu estou"?<br />
Já as religiosas diferem muito em seus posicionamentos<br />
politicos. O espectro abarca até mesmo grupelhos<br />
totalitários como a seita Moon ... que no conjunto se situam<br />
fora do contexto <strong>de</strong> idéias alternativas. As novas seitas<br />
constituem casos <strong>de</strong> importação religiosa do Extremo Oriente.<br />
A diferença.<strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>mais correntes tratadas até aqui,<br />
que se inter-relacionam <strong>de</strong> variadas formas, as seitas são<br />
notavelmente isoladas. em parte porque elas mesmas se excluem,<br />
em parte porque elas procuram distinguir-se daqueles<br />
grupos "ct>nscientizadospoliticall'lente.<br />
não se alimentam apenas <strong>de</strong> impulsos politicos<br />
mas também <strong>de</strong> impulsos éticos.<br />
A contribuição mais importante <strong>de</strong>stes movimentos<br />
<strong>para</strong> o movimento alternativo resi<strong>de</strong> no principio <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong><br />
frente à violência. Os principios da ação pacifica e da<br />
<strong>de</strong>sobediência ou resistência civil difundiram-se por todas<br />
as <strong>de</strong>mais correntes alternativas.<br />
Enquanto os grupos pacifistas interessam-se<br />
pela politica <strong>de</strong> distensão nas relacões Leste-Oeste, os<br />
grupos Terceiro-mundistas envolvem-se com as relacões Norte-<br />
Sul. Além <strong>de</strong> se oporem às intervencões politico militares,<br />
também criticam o imperialismo econômico e cultural. Comum a<br />
todos é a critica <strong>de</strong> que o armamentismo, a guerra atômicas e
a multiplica~ão do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>strutivo militar significam a<br />
auto-<strong>de</strong>struição do mundo e por isto precisam ser eliminados.<br />
Para tanto seria necessãrio criar-se condicões economicas,<br />
sociais e politicas que não mais favorecessem a guerra e o<br />
armamentismo.<br />
Aquelas iniciativas que se opõem à limitação dos<br />
direitos e liberda<strong>de</strong>s civis ou que lutam pela sua completa<br />
realização ...<br />
o solapamento da <strong>de</strong>mocracia por parte do Estado<br />
policial é a causa <strong>de</strong>sses movimentos... Sob o pretexto <strong>de</strong><br />
razões <strong>de</strong> segurança, introduzem-se em muit9s campos amplos<br />
sistemas <strong>de</strong> controle e fiscalização, somos medicados preventivamente,<br />
mesmo se não estamos doentes. Por precaução nossos<br />
telefones são interceptados, constroe-se preventivamente<br />
asilos <strong>para</strong> jovens e velhos, escolas, hospitais, centros<br />
psiquiátricos e cárceres. A assistência po<strong>de</strong> ir tão longe a<br />
ponto <strong>de</strong> nos po<strong>de</strong>r pren<strong>de</strong>r preventivamente, porque todos<br />
po<strong>de</strong>mos ser terroristas em potencial. O sistema só está<br />
"seguro" quando tem cada um sob controle .<br />
... é o levante da socieda<strong>de</strong> civil contra a arrogância<br />
burocrática estatal e a onipresença indireta dos<br />
interesses das empresas ... é a luta pela igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> todo6<br />
os cidadãos perante a lei, a <strong>de</strong>fesa da esfera privada, a<br />
<strong>de</strong>fesa da intocabilida<strong>de</strong> da pessoa, da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão,<br />
da opinião, <strong>de</strong> imprensa, <strong>de</strong> reunião e <strong>de</strong> movimento.<br />
Caracteristico das esquerdas não dogmáticas ê um<br />
grau minimo <strong>de</strong> organização e a marcante "in<strong>de</strong>pendência" dos<br />
individuos que a compõem .<br />
... sua critica é acima <strong>de</strong> tudo ao capitalismo. As<br />
alternativas são os objetivos <strong>de</strong> uma tradição aberta e não<br />
<strong>de</strong>turpada do socialismo: planejamento econômico dos objetos<br />
<strong>de</strong> consumo, eliminação da maximização do lucro (isto ê, do<br />
crescimento econômico) condicionada pela concorrência; direitos<br />
sociais e econômicos,. inseridos em um programa conjunto,<br />
que talvez possa ser <strong>de</strong>lineado como socialismo libertário<br />
...<br />
... os espontanelstas influenciados não apenas por<br />
Marx mas também por Bakunin, Kropotkin, Landaeur, Muhsam e<br />
Buber lutam não apenas contra o gran<strong>de</strong> capital, mas também<br />
contra o Estado, <strong>de</strong> um modo geral. Eles resgatam <strong>de</strong>finitivamente<br />
as enterradas ou <strong>de</strong>turpadas tradições anarquistas ...
<strong>de</strong>6envolvem ectilo politico que acentua o prazer, <strong>de</strong>clara as<br />
própria6 necessida<strong>de</strong>6 como o centro do mundo ...
1. Rela~ão equilibrada entre<br />
homem-mulher e a natureza<br />
2. Rela~ões igualitárias no<br />
interior da Socieda<strong>de</strong> humana<br />
As socieda<strong>de</strong>s contemporâneas baseiamse<br />
numa relação predatória <strong>de</strong> conquista<br />
e manipulação com a natureza.<br />
Os ecologistas preten<strong>de</strong>m uma rela~ão<br />
equilibrada. harmoniosa e integrada<br />
com a natureza. reconhecendo <strong>de</strong> que<br />
nesta vida como espécie <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> ao<br />
respeito profundo pela natureza ..Sentimo-nos<br />
parte da natureza e não<br />
acima <strong>de</strong>la como é o sentimento inspirado<br />
pelas socieda<strong>de</strong>s industriais<br />
centralizadas (capitalista ou socialista)<br />
.<br />
N6s ecologistas, somos contrários à<br />
exploração do homem pelo homem. O<br />
capitalismo está regido pela lógica<br />
do lucro colocando· a gran<strong>de</strong> maioria<br />
da popula~ão ao servico do processo<br />
<strong>de</strong> valoriza~ão do capital. Estamos a<br />
favor .<strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> regida pelo<br />
principio da satisfacão das necessida<strong>de</strong>s<br />
materiais (básicas) e espirituais:<br />
a economia a servico dos seres<br />
humanos e não os seres humanos a<br />
servi~o da economia. Somos a favor <strong>de</strong><br />
uma distribuicão igualitária da riqueza<br />
material, respeitando a diversida<strong>de</strong><br />
e singularida<strong>de</strong> das pessoas e<br />
grupos.<br />
Somos a favor <strong>de</strong> uma distribuicão<br />
igualitária e diversificada do po<strong>de</strong>r<br />
politico através dos mecanismos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>mocracia participativa. Questionando<br />
as ~nstituicões do autoritarismo<br />
vamos além da institucionalida<strong>de</strong> da<br />
<strong>de</strong>mocracia liberal, pautado pelo<br />
principio da representação. Achamos<br />
que é necessário complementar e aprofundar<br />
os mecanismos da <strong>de</strong>mocracia
apresentativa (principio <strong>de</strong> repreBentação<br />
<strong>de</strong> ci~adão pelo seu reprecentante<br />
no seu executivo, parlamento,<br />
etc.). utilizando mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia<br />
direta (assembléias barriais,<br />
distritais e por lugar <strong>de</strong> trabalho;<br />
referendum por iniciativa popular;<br />
movimentos sociais autônomos dos partidos<br />
politicos).<br />
Questionamos o <strong>de</strong>senvolvimento materialista.<br />
crescimento ilimitado da<br />
produ~ão material baseado na <strong>de</strong>predação<br />
sistemática da natureza e na<br />
criação' permanente <strong>de</strong> novas necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> consumo material (consumismo);<br />
Este <strong>de</strong>senvolvimento materialista<br />
tem seu eixo na gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong><br />
on<strong>de</strong> centraliza-se <strong>de</strong> modo perigoso<br />
os sistemas produtivos. aglomeram-se<br />
lnumanamente a população e concentrase<br />
po<strong>de</strong>r politico administrativo.' Os<br />
ecologistas latino-americanos são<br />
favoráveis a um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
que respeite a natureza atrav~s<br />
da utilização <strong>de</strong> tecnologias<br />
doces <strong>de</strong> baixo impacto <strong>ambiental</strong>,<br />
evitando-se os gran<strong>de</strong>s empreendimentos,<br />
<strong>de</strong>scentralizando-se o processo<br />
civilizatório. A unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos<br />
ecologistas é a micro-região, constituida<br />
por uma ou mais cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
pequeno ou médio porte que conseguem<br />
auto-suficiência alimentar utilizando<br />
as áreas rurais adjacentes e fontes<br />
locais <strong>de</strong> energia não poluidoras. O<br />
eco<strong>de</strong>senvolvimento implica agricultura<br />
ecológica. indústrias <strong>de</strong>scentralizadas<br />
e <strong>de</strong> baixo impacto <strong>ambiental</strong><br />
e serviços cooperativados baseados na<br />
ajuda mútua e evitando a burocratiza-<br />
~ão.<br />
No mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> eco<strong>de</strong>senvolvimento existem<br />
3 tipos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> dos meios<br />
<strong>de</strong> produção: a pequena proprieda<strong>de</strong><br />
privada. a proprieda<strong>de</strong> cooperativa e<br />
a proprieda<strong>de</strong> estatal. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />
eco<strong>de</strong>senvolvimento rejeita a gran<strong>de</strong><br />
proprieda<strong>de</strong> privada. cooperativa ou<br />
estatal. na medida em que elas são<br />
fontes <strong>de</strong> exploração econômica e
concentra~ão <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r polltlco-administrativo.<br />
Somos favoráveis a criacão <strong>de</strong> uma<br />
economia ver<strong>de</strong> informal, como mecanismos<br />
<strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> transicão<br />
que aponte a instauracão <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong><br />
do eco<strong>de</strong>senvolvimento. Essa<br />
economia ver<strong>de</strong> baseia-se nos seguintes<br />
principios: producão <strong>para</strong> o autoconsumo.<br />
producão <strong>para</strong> a troca, producão<br />
<strong>para</strong> o mercado local, cooperativismo<br />
que implique uma participacão<br />
direta dos clientes (nova relação<br />
comprador-ven<strong>de</strong>dor).<br />
Somos radicalmente contrários a utilização<br />
da violência <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a escala<br />
mais micro-social (relação homemmulher.<br />
pai-filho) até a escala planetária<br />
(guerra entre palses). Somos<br />
favoráveis a utilizacão da metodologia<br />
Gandhiana da não-violência ativa:<br />
d.esobediência civil·, greve pacifica,<br />
boycot, <strong>de</strong>sarmamento psicológico do<br />
repressor. Somos favoráveis a politicas<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>fensivas ao nível dos<br />
paises: substituicão da <strong>de</strong>fesa militar<br />
violenta pela <strong>de</strong>fesa civil nãoviolenta.<br />
O militarismo é o principal<br />
problema do mundo contemporâneo: acumulação<br />
<strong>de</strong> armas atômicas capazes <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>struir 100 vezes a vida no planeta,<br />
alocacão <strong>de</strong> fabulosos recursos em<br />
indústrias bélicas, criação <strong>de</strong> uma<br />
psicologia social <strong>para</strong>nóica que incentiva<br />
os gastos militares, subordinação<br />
da pesquisa cientifica e tecnol6gica<br />
<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s militares.<br />
Caso houvesse uma redução drástica<br />
dos gastos militares do mundo, po<strong>de</strong>riam<br />
ser resolvidos, em 1 ano. os<br />
gravissimos problemas <strong>de</strong> fome, saú<strong>de</strong>,<br />
analfabetismo e moradia dos 2/3 da<br />
humanida<strong>de</strong> que vive na pobreza absoluta..<br />
Somos radicalmente contra o machismo,<br />
contra todas as formas <strong>de</strong> dominacão
7. Descentralização e autogestão<br />
8. Cotidiano<br />
criativo<br />
das mulheres pelos homens. A socieda<strong>de</strong><br />
patriarcal ê produtora e reprodutora<br />
da personalida<strong>de</strong> autoritária.<br />
A passagem da personalida<strong>de</strong> autoritária<br />
<strong>para</strong> a personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática,<br />
fundamental <strong>para</strong> construção <strong>de</strong> uma<br />
<strong>de</strong>mocracia participativa, requer um<br />
combate sistemático ao patriarcalismo.<br />
Assumimos como próprias todas as<br />
lutas dos movimentos feministas. Somos<br />
favoráveis ao <strong>de</strong>senvolvimento do<br />
feminismo interior que está presente<br />
reprimido nos homens e do masculinointerior<br />
que está presente reprimido<br />
nas mulheres. na direcão da construção<br />
<strong>de</strong> uma cultura andrógena, ainda<br />
que mantendo a diferenciacão sexual.<br />
Contudo. somos favoráveis a livre<br />
expressão das minorias homossexuai~<br />
feminina e masculina.<br />
Somos favoráveis a <strong>de</strong>scentralizacão<br />
dos lugares <strong>de</strong> moradia e <strong>de</strong> producão.<br />
c~iando novo espaco'püblico <strong>de</strong> comunicação<br />
normativa que substitua o<br />
atual espaco público verticalizado e<br />
heteronomizante da cultura <strong>de</strong> massas.<br />
A praça pública do bairro, do distrito<br />
da cida<strong>de</strong> são espacos nos quais as<br />
pessoas po<strong>de</strong>riam discurir e <strong>de</strong>cidir<br />
em comum seus <strong>de</strong>stinos. fugindo da<br />
troca <strong>de</strong> favores, do clientelismo das<br />
li<strong>de</strong>ranças carismáticas autoritárias<br />
(ainda que reconhecemos o valor favorável<br />
do carisma <strong>de</strong>mocrático). Somos<br />
a favor da autogestão em todos os<br />
lugares <strong>de</strong> trabalho (fábricas, escolas.<br />
hospitais, etc.): A participacão<br />
<strong>de</strong> todos <strong>de</strong>vem fazer-se respeitando<br />
(não mitificando) o principio da<br />
competência técnica. 05 ecologistas<br />
são contrários a um tipo <strong>de</strong> antiautitarismo<br />
espontâneo que <strong>de</strong>spreza a<br />
competência técnica.<br />
Somos contrários ao modo <strong>de</strong> vida<br />
burguês (trabalho não manual exclusi-
9.' Flexibilidà<strong>de</strong> e abertura<br />
no pensar e agir<br />
vo, conforto material excessivo, privatismo<br />
e alta previsibilida<strong>de</strong>) e ao<br />
modo <strong>de</strong> vida quimico circense (consumo<br />
elevado e indiscriminado <strong>de</strong><br />
ilcool, tranquilizantes, tabaco, açücar,<br />
drogas, alimentos tratados quimicamente,<br />
televisão, expectatorismo<br />
exportivo). Somos favoráveis a um<br />
cotidiano criativo que implique: combinar<br />
o trabalho manual com o nãomanual,<br />
viver em contato com a natureza,<br />
re<strong>de</strong>s corr~nais, estilo <strong>de</strong> vida<br />
que <strong>de</strong>ixe ireas <strong>de</strong> incerteza, consumO<br />
mo<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> álcool, televisão,<br />
etc.... realizacão sistemãtica <strong>de</strong><br />
exercicios flsicos, caminhar, andar<br />
<strong>de</strong> bicicleta (reduzir o uso <strong>de</strong> transporte<br />
mecânico), elevar a capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> go~o do corpo através <strong>de</strong> uma sexualida<strong>de</strong><br />
espiritualizada, comida sã,<br />
equilibrada, proveniente <strong>de</strong> agricultura<br />
ecológica. .<br />
A força do movimento ecologista estã<br />
na sua confiança (não ingênua e evitando<br />
i<strong>de</strong>alizacões) na população, seu<br />
pluralismo e sua imaginacão. O movimento<br />
ecologista acredita nas pequenas<br />
unida<strong>de</strong>s e adota isto como estrutura<br />
organizacional e conceitual: se<br />
estrutura como uma fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> movimentos<br />
locais. Deste modo a estrutura<br />
é portadora <strong>de</strong> uma mensagem. Os ecologistas<br />
não acreditam em soluções<br />
rigidas e <strong>de</strong>finitivas <strong>para</strong> os diversos<br />
problemas. Temos <strong>de</strong> atacar ao<br />
mesmo tempo as causas profundas e as<br />
manifestações superficiais dos problemas,<br />
com imaginacão. E posslvel<br />
produzir a mudanca através do impacto<br />
acumulativo <strong>de</strong> pequenas mudancas em<br />
vários fatores ao mesmo tempo, e isto<br />
po<strong>de</strong> ser logrado <strong>de</strong> melhor maneira<br />
por movimentos coor<strong>de</strong>nados <strong>de</strong> forma<br />
laxa, cada um trabalhando num canto<br />
diferente <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>.·<br />
Consi<strong>de</strong>ramo-nos prioritariamente,<br />
habitantes do planeta terra, por isso<br />
pensamos globalmente, porém o pensar<br />
global somente adquire um sentido
10. A Autonomia do Movimento<br />
Ecológico<br />
concreto na medida em que se age<br />
localmente. Pensar globalmente, agir<br />
localmente, é um principio fundamental<br />
do ecologismo.<br />
Os ecologistas organizam-se em coletivos<br />
pequenos e médios, <strong>de</strong> 5 a 50<br />
pessoas, que por sua vez constituem<br />
re<strong>de</strong>s (fun~ão <strong>de</strong> comunica~ão rápida e<br />
troca direta <strong>de</strong> experiências e encontros<br />
periódicos) ou fe<strong>de</strong>ra~ões <strong>de</strong><br />
coletivos (organiza~ão com se<strong>de</strong> rotativa<br />
e revezamento frequente dos<br />
dirigentes). O coletivo ecologista<br />
reune-se normalmente através <strong>de</strong> uma<br />
periodicida<strong>de</strong> que permite criar um<br />
espa~o <strong>de</strong> comunica~ão normativa, uma<br />
troca rica <strong>de</strong> diversas singularida<strong>de</strong>s<br />
subjetivas envolvidas. Geralmente a<br />
periodicida<strong>de</strong> da reunião do coletivo<br />
é semanal po<strong>de</strong>ndo chegar a ser bisemanal<br />
no caso dos grupos mais laxos.<br />
O·movimento ecológico se <strong>de</strong>fine como<br />
autônomo diante do Estado (municipio,<br />
Estado e União) e qualquer um <strong>de</strong> seus<br />
aparelhos e agências; assim como<br />
também é autônomo dos partidos politicos,<br />
as empresas e as associa~ões<br />
<strong>de</strong> categorias profissionais e sindicatos.<br />
O movimento ecológico é transpartidário<br />
no sentido <strong>de</strong> que nele<br />
po<strong>de</strong>m participar membros dos diversos<br />
partidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que honestamente (não<br />
com fins <strong>de</strong> entrismo) compromissados<br />
com a causa ecológica. O movimento<br />
ecológico é predominantemente extraparlamentar,<br />
porém consi<strong>de</strong>ra o parlamento<br />
como um espaço institucional<br />
apto <strong>para</strong> sua expressão. Essa entrada<br />
no parlamento (Câmaras <strong>de</strong> Vereadores<br />
e em primeira instância, Assembléia<br />
Legislativa em segunda instância e<br />
Congresso Fe<strong>de</strong>ral em terceira instância)<br />
po<strong>de</strong> ser feita através da candidatura<br />
<strong>de</strong> membros do movimento ecológico<br />
nos partidos tradicionais mais<br />
sensiveis a causa ecológica ou através<br />
da criação <strong>de</strong> partidos ecologistas.<br />
A criação <strong>de</strong> partidos ecologis-
<strong>Associação</strong> Mel - Movimento Eco16gico Livre<br />
Uma alternativa e~ológica em Flor<br />
Pela vida, através da invenção <strong>de</strong>mocrâtica<br />
Cx. Postal 5011 - Flor - se<br />
Fone: 22.8715<br />
23.3486<br />
tas somente e frutlfera quando é<br />
produto <strong>de</strong> um movimento <strong>de</strong>nso, qualitativa<br />
e quantitativamente. Embora<br />
autônomo do Estado e dos partidos<br />
polltico6 o movimento ecológico tenta<br />
influenciar o mâximo posslvel a estes,<br />
na direção <strong>de</strong> uma ecologização<br />
da cultura politica. O movimento<br />
eco16gico apóia a presenca <strong>de</strong> membros<br />
<strong>de</strong> seus coletivos nas instituições<br />
estatais vinculadas a protecão do<br />
meio ambiente, sempre que essa presença<br />
-não comprometa a autonomia do<br />
Movimento.<br />
,<br />
A autonomia, como marco fundamental<br />
da atuação do movimento ecológico.<br />
<strong>de</strong>fine um conjunto <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s e<br />
práticás que implicam equillbrio,<br />
firmeza e flexibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> evitar<br />
cair seja no isolacionisIDo ou seu<br />
perigo oposto, o aurelamento dos<br />
po<strong>de</strong>res estatais e 60cietais dominantes.<br />
.
I<br />
Educar <strong>para</strong> o ambiente.
o mais a<strong>de</strong>quado às nossas concepções <strong>de</strong> pesquisa.<br />
conhecimento e educaQão era o estudo <strong>de</strong> caso.<br />
Contamos a história <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> com a qual<br />
tinhamos maior intimida<strong>de</strong>: a APASC.<br />
Falar <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> é falar dos indiv1duos que<br />
fazem parte <strong>de</strong>la. Uma entida<strong>de</strong> é a composição <strong>de</strong> seus vários<br />
elementos especialmente seus assodiados ativos. O perfil <strong>de</strong> uma<br />
entida<strong>de</strong> é dado pelo perfil dos seus associados ativos. Falar da<br />
educação <strong>de</strong>senvolvida por uma entida<strong>de</strong> é falar da educação <strong>de</strong>sen-<br />
volvida por seus participantes.<br />
'"A educaçã'o que fazem e intencionam fazer é o<br />
resultado <strong>de</strong> sua educaQão. ou seja. do que os indiv1duos partici-<br />
pantes objetivam e acreditam. Eles objetivam e acreditam aquilo<br />
que vão apren<strong>de</strong>ndo a objetivar e acreditar.<br />
O que (quais coisas) eles objetivam e acreditam?<br />
On<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>m a objetivar e acreditar nesses valores? Em parte na<br />
própria entida<strong>de</strong>. no cotidiano da·militância. O que apren<strong>de</strong>m na<br />
entida<strong>de</strong>?
pesquisa, no sentido <strong>de</strong> contribuir <strong>para</strong> clarificacão do conc,~ito<br />
<strong>de</strong> educação <strong>ambiental</strong>:<br />
Quais são os valores ecologistas e como a partici-<br />
pação na entida<strong>de</strong> contribui na aquisição e aprimoramento (e<br />
mudanças) <strong>de</strong>sses valores? Valores dos individuos, da entida<strong>de</strong> e<br />
~bjetivos da ação social <strong>de</strong> ambos. 'A medida em que se tornam<br />
claros e se generalizam passam a ser objetivos do movimento e a<br />
subsidiar programas e projetos <strong>de</strong> i~tervencão educacional.<br />
Essa procura transformou-se em argumento <strong>de</strong> teor<br />
especulativo. que pu<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar como uma hipótese: "a clari-<br />
ficação das utopias e objetivos do movimento ecológico po<strong>de</strong><br />
contribuir <strong>para</strong> as suas propostas <strong>de</strong> educação <strong>ambiental</strong>".<br />
Tentamos clarificá-los. Não havia um discurso<br />
homogêneo. Não se compartilhava da mesma fê religiosa/poli ti-<br />
ca/cientifica. Não havia uma verbalização única a respeito das<br />
priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação nem dos objetivos e finalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa ação.<br />
Mas as pessoas se reuniam todas as semanas e. ao<br />
longo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos. procuraram manter a associação.Dedicaram a ela<br />
seu tempo. dinheiro e energia.<br />
Qual era a força aglutinadora? Quais eram os pon-<br />
tos em comum que permitiam passar por sobre as divergências e<br />
manter a disposição <strong>de</strong> participação?<br />
A utopia era (é) algo nebuloso on<strong>de</strong> se queria<br />
(quer) chegar. Os esboços <strong>de</strong>la são compartilhados pela maioria,<br />
mas quando começamos a <strong>de</strong>talhá-Ia. essa maioria se fragmenta e já
não compartilha do mesmo discurso. Divergências <strong>de</strong> palavras.<br />
Divergências nos objetivos. Não é como em uma religião ou em um<br />
partido on<strong>de</strong> os discursos são os mesmos - as palavras. os conteú-<br />
dos. os objetivos. a utopia ...<br />
Talvez a utopia. <strong>para</strong> esses ecologistas. não seja<br />
uma ilha <strong>para</strong>disiaca <strong>para</strong> on<strong>de</strong> todos olham maravilhados caminhan-<br />
do (ou pensando caminhar) em sua dire~ão. A ilha continua a<br />
existir, nebulosa ainda. nos sonhos,dos ecologistas, mas ao invés<br />
<strong>de</strong> caminharem hipnotizados - por ela e <strong>para</strong> ela ou <strong>de</strong> se prostra-<br />
rem inercialmente diante do vazio ("o sonho acabou"), eles prefe-<br />
rem enten<strong>de</strong>r que "os caminhos se fazem ao andar" e que ali, no<br />
presente, nas reuniões e na dinâmica do dia a dia da associa~ão e<br />
do cotid~ano <strong>de</strong> cada um,uma parte <strong>de</strong>ssa utopia se realiza.<br />
A utopia está_ali. presente no'processo <strong>de</strong> luta<br />
pela prote~ão da natureza e pela melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vid•.<br />
Na"convivência <strong>de</strong> <strong>de</strong>siguais e no respeito à diversida<strong>de</strong> (pacifis-<br />
mo?) na prática da <strong>de</strong>mocracia direta. na potenciali~a~ão da a~ão<br />
individual, na intensifica~ão da consciência <strong>de</strong> si próprio e do<br />
seu papel social, na aproxima~ão entre discurso e prática. -entre<br />
pensar e agir, entre conhecimento e práxis. Enfim, está presente<br />
em uma prática que diz não ao niilismo e às utopias messiânicas e<br />
um sim à vida, ao romantismo e ao sonho <strong>de</strong> um mundo melhor sendo<br />
construido e já estando presente nessa luta cotidiana.<br />
Esses são valores "presentes na prática da APASC<br />
que po<strong>de</strong>riam, talvez,fundamentar objetivos <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> educa-<br />
~ão <strong>ambiental</strong>.
fundamenta esta dissertação. procurando justificar a proposição<br />
da PRAXIS como importante objetivo <strong>para</strong> a educação <strong>ambiental</strong>.<br />
A educa~ão <strong>ambiental</strong> <strong>de</strong>senvolvida através da prá-<br />
xis em organiza~ões ecologistas objetiva:<br />
1. Propiciar a cada individuo vivências e refle-<br />
xões que o fortaleça no conhecimento <strong>de</strong> si<br />
pr6prio e do contexto on<strong>de</strong> vive. nos seus<br />
2. Pre<strong>para</strong>r· seus participantes <strong>para</strong> a prática<br />
organizacional <strong>de</strong>mocrática a partir da diver-
3. Contribuir na <strong>de</strong>limita~ão da utopia (ecológi-<br />
ca?) <strong>para</strong> cada lndlviduo/grupo e ná sua verba-<br />
liza~ão/problematizaoão <strong>para</strong> o movimento eco-<br />
l6gico. Contribuir na escolha <strong>de</strong> caminhos <strong>para</strong><br />
sua materializaoão e na revisão constante dos<br />
seus contornos (dos caminhos e objetivos) em<br />
cada individuo/grupo e no movimento como um<br />
todo.<br />
4. Ser instância pedag6gica, <strong>de</strong>monstrando à so-<br />
cieda<strong>de</strong> a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer algo e sen-<br />
sibilizando pessoas <strong>para</strong> a questão ecol6gica,<br />
através da difusão <strong>de</strong> informaoões sobre pro-<br />
blemas ambientais e <strong>de</strong> análises sobre esses<br />
. problemas numa perspectiva ecológica;<br />
5. Ser um ponto <strong>de</strong> apoio e referência <strong>para</strong> as<br />
pessoas, em suas lutas pela melhoria da quali-<br />
da<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e pela prote~ão da natureza {<strong>para</strong><br />
não se sentirem sozinhas e sentirem a solida-<br />
rieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> iguais na luta por essa causa}.<br />
6. Formar pessoas <strong>para</strong> atuaoão cotidiana em ou-<br />
tras .organizações e ins~ituioões <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
uma perspectiva, <strong>de</strong> educaoão pautada por obje-<br />
tivos, conteúdos e metodôlogias oriundos do<br />
vivenciado junto ao movimento ecológico.
crática - isso só <strong>para</strong> citar os ültimos 24 anos) ,em uma realida<strong>de</strong><br />
cultural <strong>de</strong> mundo oci<strong>de</strong>ntal on<strong>de</strong> ~s pessoas há séculos vêm sendo<br />
.<strong>de</strong> expressar sua utopia (que apesar <strong>de</strong> não ser bem <strong>de</strong>limitada é<br />
um <strong>de</strong>sejo comum muito forte), a sua simples existência já é um<br />
.<br />
concepções <strong>de</strong> progresso, <strong>de</strong>mocracia, participação, felicida<strong>de</strong>,<br />
transformação social <strong>para</strong> o socialismo, é justamente a classe<br />
don<strong>de</strong> saem os trabalhadores dos meios <strong>de</strong> comunicações, professo-
eflitam sobre as causas dos problemas que enfrentam,<br />
entendam melhor a estrutura do sistema e assumam o<br />
animação cultural da comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> venham a atuar.<br />
<strong>para</strong> que<br />
papel <strong>de</strong><br />
Acreditamos que, gerando o fato 60cial, canalizan-<br />
do e ecoando as reivindica~ões e expressando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
mudan~as e sua utopia, as entida<strong>de</strong>s ambienta1istas tornam-se<br />
movimentos sociais capazes <strong>de</strong> contribuir <strong>para</strong> o engajamento <strong>de</strong><br />
mais pessoas na luta por uma transfórma~ão social.<br />
Não po<strong>de</strong>m08 negar que, opondo-se a essa perspecti-<br />
va <strong>de</strong> transforma~ão social, engaJamento, socialismo e auto-gestão<br />
que po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>tectar como um lado do movimento ecológico e das<br />
organiza~ões minoritárias e <strong>de</strong> cidadãos em geral, conforme aná-<br />
lise <strong>de</strong> uma corrente <strong>de</strong> autores (Viola, Marcuse, Evers, <strong>de</strong>ntre<br />
outros), existe um outro lado, <strong>de</strong>tectado por autores como<br />
Tr~temberg e Bernardo,que é o <strong>de</strong> um movimento ecológico reacioná-<br />
rio e conservador - "o inimigo oculto" das transformações sociais<br />
que somente justifica a manutenção do "status quo", em nome <strong>de</strong><br />
uma nlo-ampliação da agressão ao meio ambiente. De qualquer<br />
forma, acreditamos que o "sistema", ao se ver obrigado a assumir<br />
as criticas, e- ao tentar absorvê-Ias da forma que lhe ê mais<br />
conveniente, por um lado procura perverter os objetivos iniciais.<br />
mas por outro lado possibilita a difusão das ban<strong>de</strong>iras ecológicas<br />
e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> falarmos contra certas obvieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sse<br />
sistema sem sermos apedrejados. Resta-nos acreditar que com isso<br />
o fermento vai propiciando uma ampliação das convicções das<br />
necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transformação <strong>para</strong> mais pessoas e que, num dado<br />
. momento, transformações realmente substanciais sejam imposslveis
<strong>de</strong> serem inibidas,pois ai,estarão disseminadas e não haverá forca<br />
bruta nem baleia <strong>de</strong>mocrática capaz <strong>de</strong> barrar ou enganar as<br />
pessoas.<br />
4- A a~ão direta privilegia a participaoão, envolve<br />
mais pessoas e envolve mais as pessoas (os participantes), encon-<br />
tra maior" divulgaoão junto aos meios <strong>de</strong> comunicaoão e tem um<br />
potencial educativo muito maior. Porém necessita <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> envol-<br />
vimento dos ~eus protagonistas pois os fatos se suce<strong>de</strong>m com<br />
velocida<strong>de</strong> espantosa e exigem,na máioria das vezes, uma infra-<br />
estrutura que sustente essas aoões. Nesse pon~o encontramos a<br />
necessida<strong>de</strong> da organizaoão <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> respaldando as ativi-<br />
da<strong>de</strong>s dos individuos envolvidos na aoão. E essa organizaoão vai<br />
se tornando tão mais necessária quanto maior for o envolvimento<br />
cóm outrasinstituioões durante as lutas. Não há s6 a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>la ser uma organizaoão funcional - dinheiro. secretária. se<strong>de</strong>,<br />
telefone, papel timbrado, micro-computador, telex ... pois, em<br />
certos casos, é necessário que ela seja <strong>de</strong>vidamente registrada,<br />
com diretoria e toda burocracia <strong>de</strong> qualquer organizaoão formal.<br />
A medida em que se adquire essa infra-estrutura<br />
<strong>para</strong> auxiliar na aoão direta, comeoa-se a ter mais condioões <strong>para</strong><br />
a utilizaoão dos expedientes convencionais, tipo enviar oficios<br />
pedindo esclarecimento aos órgãos envolvidos, protocolar pedidos<br />
e esperar respostas, acionar o legislativo e aguardar a próxima e
certamente a próxima e <strong>de</strong>pois a pr6xima Bessão da Câmara. ou<br />
acionar o Judiciário e aguardar a tramitação na Justica,sobre a<br />
qual, nem é preciso fazer comentários,e assim as pessoas que 6e<br />
mobilizam pela emergência <strong>de</strong> um problema acabam se <strong>de</strong>smobilizando<br />
na espera <strong>de</strong>sses encaminhamentos burocráticos .<br />
. Além disso. à medida em que se adquire essa infra-<br />
estrutura. existem mais vlnculos-e patrimônio a preservar e os<br />
diretores da entida<strong>de</strong> têm mais dificulda<strong>de</strong> <strong>para</strong> se expressar<br />
livremente e <strong>de</strong> forma contun<strong>de</strong>nte_ <strong>São</strong> vinculos com os associados<br />
(que já são em maior número). vlnéulos com as empresas que fazem<br />
doa~ões e com os 6~gãos públicos que <strong>de</strong> alguma maneira auxiliam a<br />
entida<strong>de</strong>.<br />
Ao mesmo tempo em que se ganha credibilida<strong>de</strong> junto<br />
a uma camada da popula~ão - o que é fundamental na concessão d06<br />
meios <strong>de</strong> amplifica~ão das mensagens do movimento - diminui-se o<br />
<strong>de</strong>spojamento e sua disponibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> a a~ão direta ..<br />
Isso. ao nosso ver. ten<strong>de</strong> a acontecer com as<br />
organiza~ões e pessoas que <strong>de</strong>la participam. mas acreditamos que â<br />
medida em que as pessoas ativas nessas organiza~ões tenham clare-<br />
za sobre essa possibilida<strong>de</strong> é posslvel trabalhar-se com ambas<br />
(a~ão direta e a~ão institucional) tirando proveito dos aspectos<br />
positivos <strong>de</strong> cada uma.<br />
A APASC. apesar <strong>de</strong> ter caminhado rapidamente <strong>para</strong><br />
a legaliza~ão (ao contrário <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s am-<br />
'bient~listas <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo). tem procurado contrabalan~ar nas suas<br />
principais lutas. as várias fr~ntes possiveis <strong>de</strong> serem exploradas
,(judiciário, imprensa, legislativo, universida<strong>de</strong>. ação direta.<br />
etc.) <strong>de</strong> forma a procurar atingir a resolução do problema em<br />
pauta e a educação das pessoas envolvidas e da comunida<strong>de</strong> em<br />
geral.<br />
5- •.Ontem um moço r~talhava duas árvores que acabara<br />
<strong>de</strong> cortar <strong>de</strong> ·uma calçada no centro da cida<strong>de</strong>. Ele suava. Eu<br />
suava. Estava muito calor. Dirigia-me aos estudos <strong>para</strong> conclusão<br />
<strong>de</strong> minha dissertação <strong>de</strong> mestrado sobre educação' <strong>ambiental</strong>, movi-<br />
mento ecológico, entida<strong>de</strong> <strong>ambiental</strong>ista~ participação, conscien-<br />
tizacão ..• Pensava no Grupo Ecológico <strong>de</strong> Assis ... <strong>de</strong>parei-me com<br />
o problema nu e cru. Hã pouco, eu escrevia sobre as lutas da<br />
!PASe em <strong>de</strong>fesa da arborização urbana. O que fazer? falar com o<br />
moco? Tinha sido provavelmente contratado pelo dono da casa <strong>para</strong><br />
cumprir a tarefa ... Falar com o dono da casa? me mandaria plantar<br />
batatas, digo, .cuidar da minha vida ... <strong>de</strong>nunciar junto à DEPRN? o<br />
engenheiro diria que é responsabilida<strong>de</strong> da Prefeitura ... Denun-<br />
ciar na Prefeitura? além <strong>de</strong> ser uma "persona non grata" ao Pre-<br />
feito e seus servidores por ter junto ao Grupo Ecológico <strong>de</strong>nun-<br />
ciado como incorreto o local escolhido <strong>para</strong> a instalação do<br />
Distrito Industrial, ainda provavelmente enfrentaria os argumen-<br />
tos do agrônomo responsável, dizendo que era dificil fazer algo.
que eles não possuem estrutura <strong>para</strong> fiecalização... mas eu po<strong>de</strong>-<br />
'ria ir à imprensa, exigir a ação da policia florestal, pedir que<br />
a DEPRN <strong>de</strong>nunciasse o convênio, que o cidadão fosse multado e<br />
replantasse árvores no local e fazer <strong>de</strong> tudo isso uma ação peda-<br />
gógica junto à população <strong>de</strong> Assis ...<br />
Pensei ... antes preciso escrever minha disser-<br />
tação, se per<strong>de</strong>r mais alguns dias com essa questão, da mesma<br />
forma como nesses cinco anos venho,<strong>de</strong>dicando-me à mi1itância em<br />
<strong>de</strong>trimento da reflexão sobre ela, não conseguirei acabar a dis-<br />
sertação. Continuei a pedalar, passei reto, balançando a cabeça e<br />
vim escrever.<br />
Da mesma forma à noite, ao jantar, conversei com<br />
um caçador (marido <strong>de</strong> uma colega <strong>de</strong> trabalho) e ele me falou dos<br />
locais <strong>de</strong> caça clan<strong>de</strong>stina em toda a região, das brigas <strong>de</strong> galo,<br />
dos policiais florestais que caçam com ele e <strong>de</strong> diversos casos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>smatamento e poluição na região. Ele po<strong>de</strong>ria levar-me, no fim<br />
<strong>de</strong> semana, a conhecer tudo isso e discutir uma ação educacional,<br />
propostas <strong>de</strong> legislação que disciplinem o assunto, evitando a<br />
<strong>de</strong>gradação <strong>ambiental</strong> e a ação clan<strong>de</strong>stina que com certeza conti-<br />
nuará impune ...<br />
Preciso concluir a dissertação. Mas, nesse momento<br />
<strong>de</strong> conclusão não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reafirmar essas inquietações<br />
sobre a instituciona1ização da militância (neste crescendo que
vai da a~ão direta espontânea. individual ou em grupo. até.a<br />
formação <strong>de</strong> uma associação. legalização. ação junto aos po<strong>de</strong>res<br />
públicos ... Em nosso caso. ocupamos espaços da Universida<strong>de</strong> e o<br />
dinheiro do Estado <strong>para</strong> uma reflexão institucional sobre a mili-<br />
tância). pois ela rouba-nos tempo da ação e da reflexão sobre a<br />
ação - no sentido da prâxis.<br />
Resta a esperança-<strong>de</strong> que ao colocar no papel a<br />
história da entida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> seus militantes eao tentar validâ-Ia<br />
junto à aca<strong>de</strong>mia. estamos contribuindo <strong>para</strong> a abertura <strong>de</strong> espaços<br />
que não seriam atingidos pela açãó militante exclusiva. contri-<br />
buindo <strong>para</strong> a difusão <strong>de</strong>ssas reflexões e talvez <strong>para</strong> mudancas nas<br />
instituicões. tornando-as mais receptivas <strong>para</strong> o cotidiano dos<br />
pequenos grupos com suas relacões <strong>de</strong>mocrâticas e seus exercicios<br />
<strong>de</strong> futuro.
,<br />
<strong>de</strong> assessorá-los em seu <strong>de</strong>senvolvimento e. quando o ca60,<br />
explorar seus conteudos disciplinares . e interdisciplinares .<br />
permitir a consolida9ão <strong>de</strong> uma cultura , <strong>de</strong>mocrática voltada ao<br />
aprimoramento da6 nossas rela9ões 8oc~ais. pollticas e econômica6<br />
•<br />
po<strong>de</strong>mos -ver nesta pespectiva <strong>de</strong> educa9ão <strong>ambiental</strong> um mecani6mo
ARENDT. H. - Homens em tempos 6ombrios. <strong>São</strong> Paulo. Companhia dae<br />
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ZUBEN.N.A.von - A emergência do sujeito e a educacão.In:lniciacão<br />
teórica ~ prática ~ ciências da educacao. Petrópolis.<br />
Vozes. 1979.
-Mo<strong>de</strong>lo do inventário analitico das atas<br />
-Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pautas <strong>de</strong> reuni~o<br />
-Mo<strong>de</strong>lo do cadastro das correspondências recebidas<br />
-Mo<strong>de</strong>lo do cadastro <strong>de</strong> correspond~ncias emitidas<br />
-Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cadastro das publica~~es sobre a APASC<br />
e da APASC na imprensa <strong>de</strong> S~o <strong>Carlos</strong> e S~o Paulo<br />
-Rela~~o das publica~~es da APASC(77 a 87)<br />
-Nota publicada na imprensa sobre o "Ciclo <strong>de</strong> Estudos<br />
Eco16gicos" <strong>de</strong> 1976<br />
-Noticias publicadas pela imprensa sobre a funda~~o<br />
da Associa.~o e a~l'Assembléia<br />
-Fotoc6pia reduzida do primeiro cartaz divulgando a<br />
Assembléia Geral da APASC<br />
-Fotoc6pia <strong>de</strong> parte do primeiro boletim<br />
-Estatutos da Associa.~o '<br />
-Publica~~es na imprensa:janeiro a mar.o <strong>de</strong> 1978<br />
-Edital do projeto <strong>de</strong> lei n'16(aprovado como<br />
lei 7843/78)que <strong>de</strong>clara a APASC <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong><br />
pública municipal<br />
-Proposta <strong>de</strong> s6cio da APASC publicado na imprensa<br />
-Minuta <strong>de</strong> altera.~o estatutãria(aprovada)e <strong>de</strong> circular<br />
aos associados convidando à participa~~o<br />
-Primeiro simbolo da associa.~o, utilizado como<br />
cartaz e panfleto falando sobre a Associa.~o<br />
-Simbolo da Associa~~o .<br />
-Panfleto da Campanha contra a constru.~o do aeroporto<br />
<strong>de</strong> S~o Paulo 'em Caucaia do Alto<br />
'-Alimente-se bem(panfleto)<br />
-Semana <strong>de</strong> Arte e Pensamento Ecol6gico:panfletos e<br />
noticias publicadas nos jornais<br />
-Dia Mundial do Meio Ambiente(1978):noticia <strong>de</strong> jornal<br />
-Texto <strong>de</strong> J.A.Lutzemb~erg sobre podas <strong>de</strong> árvores<br />
(impresso pela APASC e publicado em jornais do interior)<br />
-Fotografias sobre poda e plantio <strong>de</strong> árvores em 1978,<br />
"C~mpanha da Fraternida<strong>de</strong>" e Dia Mundial do Meio Ambiente<br />
<strong>de</strong> 1979- todas na pra.a Cel.Salles<br />
-Carta programa <strong>para</strong> diretoria79/80 e balan.o da<br />
gest~o anterior<br />
-Favela<br />
-Parque Ecol6gico<br />
-Boa Vista 11 (noticias nos jornais)<br />
-Usinas nucleares(panfleto e abaixo-assinado)<br />
-"O que voce po<strong>de</strong> fazer pela paz"<br />
1<br />
2<br />
3a5<br />
6<br />
7<br />
8a13<br />
17<br />
18a20<br />
21a24<br />
25a29<br />
29<br />
30<br />
32a33<br />
33<br />
~4a35<br />
36<br />
36a39<br />
40<br />
45a57<br />
58<br />
59<br />
60a62<br />
63a65<br />
66
-Guerra das Malvinas<br />
-"Sete Quedas"<br />
-Elei~~es <strong>de</strong> 1982-Carta aos Partidos Pollticos<br />
-"Nota <strong>de</strong> Falecimento Cultural":<strong>de</strong>rrubada do cinema<br />
-Nova proposta <strong>de</strong> s6cio(1986)<br />
-"Prefeitura ce<strong>de</strong> imóvel na pral;a <strong>para</strong> AF'ASC"<br />
-Panfleto distribuido no Dia Nacional do Meio<br />
Ambiente <strong>de</strong> 1986<br />
-"Diretas Já"<br />
-"Vida Natural":programa radiofOnico (carta<br />
propondo convênio à UFSCar;texto do convênio;<br />
comunical;~o apresentada à SBPC) ,<br />
-"Mam~e Natureza"<br />
-"APREL"<br />
-"Aeroporto no Broa"<br />
-"Grupo <strong>de</strong> Educal;~o Ambiental"<br />
67<br />
68<br />
69<br />
70<br />
71<br />
72<br />
73<br />
74<br />
75a91<br />
92a93<br />
94a95<br />
96a98<br />
99all1
, ~<br />
",17\<br />
" ~<br />
'. I 11<br />
'tJ<br />
g<br />
q<br />
a c:<br />
-ro~ção da diretoria provl.orla<br />
-elaboraçio e aprovação do. e.tatuto.<br />
- , 1<br />
-convocaçao <strong>de</strong> a.semblela gera<br />
-circular par. antldada.<br />
-noae e s{mbolo da entidada<br />
-coma trazer outras setores da popul~<br />
çao<br />
-anuida<strong>de</strong><br />
-coMlasões <strong>de</strong> atuaç8a<br />
•:: -tIloçõe.<strong>de</strong> apoio recebido.<br />
•~ -artigo8 na. Jornais da cida<strong>de</strong><br />
~<br />
I -publlcação no 0.0.<br />
-arquiva.<br />
-eleições<br />
-duas rifa. <strong>para</strong> -fundoa-<br />
-balança da. cOMlasõe.<br />
-móveia <strong>para</strong> guardar coisa. da APASC<br />
-8 própria dinâmica da. reunlõe.<br />
: -dlvlsão <strong>de</strong> terefa.<br />
10 ...•<br />
,<br />
c:<br />
:J -cartazes convocabdo p/assemblela e<br />
ai<br />
••• boleUm<br />
ATIVIOAOES le.tra. 'l~a or an1<br />
za ao da Cl~lo.,pal.Btras,'ll~~,<br />
campanha. educacional. ubllca õ•• )<br />
-proJeç80 <strong>de</strong> sllda. e palestraa -<br />
ClBrlc. Panl tz<br />
-Fil... Con.ulado Al••;o<br />
-convite <strong>para</strong> pale.tra. Tundl.,Tol<br />
h110 Artur,lucho, Beth,Clarlc ••<br />
-Oeb.te. sobre legl.laç80 d. uso do<br />
Solo<br />
-vlsita ao Salto do P8ntano<br />
-ldéla <strong>de</strong> •• 'azar v.zo. cu. .{~ol<br />
d. APASC<br />
-pale.tra. Junto • R.da .scolar <strong>de</strong><br />
lU • 2U Graue<br />
•••• ur.le no 5enac Praf.itura, UF'SCAR<br />
EESC • Je.ulno d. Arruda<br />
-Levante.ento <strong>de</strong> prDbI.... ..blen- -<br />
tala <strong>de</strong> seo carlDa<br />
-FranQD !to S/A<br />
-Polulção CÓrrego MDnjDtlnho<br />
-Necessida<strong>de</strong> d. PlaneJa••nto Urbaao<br />
-Necessldada da levantaMento -<br />
.reas d. norestaa na regl;o<br />
-8uracão<br />
-Metalúrglca Cruzelro<br />
-pa-bo •• e. abrlgo na praça Cal.<br />
SaUes<br />
-Kartódra.o senta Paula<br />
-Jardl. Praça Peullno CarlDa x<br />
.staçlonlJlltento<br />
, ,<br />
-areas ver<strong>de</strong>s a arvores<br />
('<br />
daa ,us.<br />
-qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> égua da V.Carae-<br />
-certa .upe~rCado Jardl.'sugerlndo<br />
jardl••<br />
carta - apol0 -<br />
contra portos <strong>de</strong><br />
,<br />
arela no E~u.
PAUTA P/,RA REUNIÃO DO DIA 25/11/8'2<br />
1. Bate-papo.<br />
- Discussão <strong>de</strong> assuntos interessantes.<br />
z.. "O Ver<strong>de</strong>" no6. .'<br />
# • #<br />
3. Respon<strong>de</strong>r questionario que faz parte do Projeto <strong>de</strong> Estudos Ecologicos<br />
- Biólogo Laurenz Pin<strong>de</strong>r - ou <strong>de</strong>volvo em branco ?<br />
# #<br />
7. Z. sibipirunas na R. Major Jose Inaeio
da etueIs.<br />
22/10/77 - Assoc. BrasIleIra <strong>de</strong> Estudo do Meio - A8EM - .c~pia<br />
<strong>de</strong> três cartas enviadas 80 Estadão, Promotor P~bll<br />
co 8 Prefeito <strong>de</strong> Americana cumprimentando pela inl<br />
ciativa <strong>de</strong> suspen<strong>de</strong>r aS ativida<strong>de</strong>s da empresa multl<br />
nacional que polui o Ri~ Jaguari e pela abertura <strong>de</strong><br />
, , ,<br />
inquerito pelo crime contra a sau<strong>de</strong> publIca.<br />
12/12/77 - AGAPAN ao [rvino - boas festas, feliz 78, vão erniar<br />
Jan./78 - AEASP (Assoc. dos En9. Agr. do Est. <strong>de</strong> S.P.) Conv!<br />
te posse diretoria Lazzarini.<br />
14/02/78 - AGAPAN ecusando recebimento e colocando-se à disp~<br />
slçeo,<br />
0'/04/78 - Delegacia <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong> - autorizando pr~<br />
11/04/78<br />
Jeto educação pare e sa~<strong>de</strong> ~nas escolas - aO CRUT~C.<br />
Crutec pare APASC.<br />
05/04/78 - OCr-Livre - "Em viste da importância <strong>de</strong>sta Assoc. ,<br />
por consenso geral <strong>de</strong>sta Diretoria, solicitamos no~<br />
se edmissão como associados". (Delmar M. Teod~ziD).<br />
1l/05/7B - Carta da Marli Taveres dos Santos sobre Poluição-<br />
eluna <strong>de</strong> 10 grau Esterina Placo.<br />
12/05/78 - AEASC - Assoc. Eng. Arq. eng-Ag. <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong><br />
Junho/7B - CESEC - Centro <strong>de</strong> Estudos Ecol~gicos <strong>de</strong> Santos - fu,!l<br />
<strong>de</strong>da em 05/06/74. Boletim e carta divulgando seus<br />
princípios.<br />
0'/07/78 - Conjunto Educ. Pedro II/ACAPRENA - Anunciando o 10
':'"\<br />
'-'A-n-II\-S-C-_-A-SSOCIACÃO PARA PrtOTEÇÃO<br />
rH AP,1BIENTAL DE SÃO CARLOS<br />
RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA<br />
LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />
CAIXA POSTt.L 1196<br />
13.1160 - SAO CARLOS - IP<br />
CORRESp(;rD~T'C!A REC~B: DA<br />
ASSUl~TC' E REHET~ TE<br />
29/09/84-11se Pellet - R. J0sé Bonif~c~o, 1288 - rone: 71-0368 •.••carta'dir1gida<br />
80 Sr. Joãc o. Dagno~e <strong>de</strong> Melo, prefeito mnnIcipal,<br />
sobre <strong>de</strong>rrubada indiscrIminada <strong>de</strong> árvores no perímetro urbaro<br />
da cida<strong>de</strong>.<br />
27/09/84-SecretarIa <strong>de</strong> AgrIcultura e Aba~tecimento - Serviço <strong>de</strong> O~ientação<br />
ao Corsumidor - Av. MIguel Estérano, 3.900 - cep 04301<br />
Âgua Funda - SP•.••texto sobre a ct'uve-flor: "Aproveitei A I<br />
couve-flor está barata."<br />
28/09/84-1vam Maurício - R. Manoe1 Barba, 309 - 011nda - PE-cep 53000<br />
* ervl0 do lIvro "arte popular e dominação - O caso <strong>de</strong> Perna.m<br />
buco - 1961/77", <strong>de</strong> !van Haur{cio, Harcos CIrano e Rlcardo'<br />
, ,<br />
<strong>de</strong> Almeida; e do l1vreto "(')encontro <strong>de</strong> Ze Carniça com um<br />
,<br />
t.<br />
,<br />
medico popular", <strong>de</strong> Sinesio Pereira.<br />
27/08/84-APEDill1A- Av. Brig. LuIz Antônio, 278 - Cep 01318 - cx.p.2l03<br />
fone: 37-4581 ~ a/c APM-Assoc. ~aulista <strong>de</strong> Medicina •.••Carta<br />
<strong>de</strong> Piracicaba - aprcvada no ~v Enc0ntro Estadual <strong>de</strong> 3ntIda<strong>de</strong>s<br />
AmbIentallstas, realIzado nos dias 24,25 e 26/08/84, em Piracicaba.<br />
29/09/84-IIITER PRESS SERVICE- Soco Coop. Per AZ.A.r.I.- VIa PanIsper-<br />
• na, 207 00184 ROMA. Seleção <strong>de</strong> artigos transmitidos pela Agência<br />
<strong>de</strong> noticias Inter Press Service( IPS) Terc4iro Mundo- Meio Ambiente .<br />
Latino americana<br />
01/10/84- MARIA TEREZA JORGE PÂDUA- Av. Paulista, 2064 Se<strong>de</strong> 11 '80<br />
andar- Cep: n13l0- são Paulo-SP. Redação final do documento <strong>de</strong> política<br />
conservacionlsta a aer encaminhado aos presi<strong>de</strong>nciáveis do pais.<br />
07/10/84 CÂr~ARA MUNICIPAL DE ~ÃO CARLOS- Vereador Antoni& Car10s<br />
• V11e1a Braga pe<strong>de</strong> apreciação sobre Projeto-lei <strong>de</strong> SUa autoria ape~<br />
sentado ~ C~mara, qUe versa sobre, a Instituição no municIpio <strong>de</strong> são<br />
<strong>Carlos</strong> da Concessão do Título honor&fico <strong>de</strong> " GRINDE DEFENSOR DA E-<br />
COLOGIA:'"<br />
·;tls
Correspondência Recebida<br />
02/04/86 - Judith Cortesão - coor<strong>de</strong>nadora Comitê sobre Recu~<br />
80S Naturais e Meio Ambiente. Solicitando subsidios<br />
<strong>para</strong> Constituinte - URGENTE.<br />
Maio/86 - Informativo UrSCar nD 10.<br />
Junho/B6 - International Council Df Envirommental Law.Wolfgang<br />
Environmental Policy and Law.<br />
03/06/86 - UrSCar - OeptD Ciências Biol~gices - Prospectos do<br />
,<br />
V Seminario Regional <strong>de</strong> Ecologia da UfSCer.<br />
30/06/86 - COOEJACOS - Comissão <strong>de</strong> Defesa Ecológica <strong>de</strong> Soroca-<br />
ba Ja~ue8 Cousteau indicando representantes <strong>para</strong><br />
constituintes "profundamente i<strong>de</strong>ntificados com a<br />
nossa ban<strong>de</strong>ira": Antonio Ermírio, Geraldo Santo Ma~<br />
fO e lkvo Kadiana (todos do PTB).<br />
julho/86 - "Grupo Seiva <strong>de</strong> Ecologia" - enviando Boletim nQ 7,<br />
8 e 9.<br />
julhD/B6 - "Movimento <strong>de</strong> Defesa <strong>de</strong> Ubatuba" - enviando Boletim<br />
nD 1 8 2.<br />
30/07/86 - "Em nome do amor à natureza" - Grupo <strong>de</strong> Porto Al!,<br />
gre coor<strong>de</strong>nado pelo Eng. Cícero rranco anunciando<br />
·programetes <strong>de</strong> curta duração" na rM IPANEMA dura~<br />
te todos os dias e pedindo material da APASC.<br />
julho/86 - Zwerg pedindo apoio sua candidatura <strong>para</strong> constitui~<br />
te estadu~l e <strong>para</strong> <strong>Carlos</strong> rernan<strong>de</strong>s (fe<strong>de</strong>ral).<br />
04/08/86 - rreternida<strong>de</strong> Espírita Rematis - falando <strong>de</strong> 8ue pa~<br />
ticipação na VII feira da Solidarieda<strong>de</strong> divulgando
-Circular 001/77-<strong>para</strong><br />
estatutos e regimentos.<br />
Calc."o Galv~o.<br />
outras entida<strong>de</strong>sCassocia.~es)<br />
Enviar <strong>para</strong> Caixa Postal 520<br />
pedindo<br />
- Solange<br />
-07/06/77 -Nota par. imprensa: com carta do indio. Na última<br />
reuni~o 04/06177, resolvemos divulgar <strong>para</strong> a imprensa local<br />
textos, artigos e informa.~es <strong>para</strong> que se forme em nossa<br />
popula.~o uma consciência ecológica.<br />
-22/06/77 Convoca.~o <strong>para</strong> reuni~o dia 25 às 14 horas no SENAC<br />
<strong>para</strong> <strong>de</strong>bater o anteprojeto <strong>de</strong> estatuto, encaminhando também <strong>para</strong><br />
divulga.~o, introdu~~o estatuto da AGAPAN.<br />
-06/07/77 Carta <strong>de</strong> Apoio . Associa.~o dos Defensores da Ecologia<br />
do Vale do ParanapanemaCresistência à.instala~~o <strong>de</strong> industrias<br />
poluidoras na regi~oJ, enviada aos representantes Legais do povo<br />
<strong>de</strong>ste municipio - termina com as seguintes palavras <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m:<br />
.Contra a explora.~o insensata <strong>de</strong> nossos recursos naturais •<br />
•Contra uma tecnologia cega, unilateral e suja;<br />
.Por uma tecnologia limpa que n~o polua;<br />
.Por um progresso e <strong>de</strong>senvolvimento social harmOnico com a natureza.<br />
-Circular03/77 <strong>de</strong> 12/09/77 - Convocando pessoas <strong>para</strong> assembléia<br />
<strong>de</strong> aprova.~o do estatuto.<br />
-Oficio 01/77 <strong>de</strong> 25/09/77 - agra<strong>de</strong>cendo oficio da Associa~~o dos<br />
Naturalistas do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e convidando <strong>para</strong> Assembléia<br />
acima (já tinha caixa postal própria - 596).<br />
-Oficio 02/77 - i<strong>de</strong>m ao anterior <strong>para</strong> ADEMA - S~o Paulo.<br />
-Oficio 03/77 - i<strong>de</strong>m ao anterior <strong>para</strong> Associa~~o Catarinense <strong>de</strong><br />
Preserva.~o da Natureza.<br />
-Oficio 04/77 - i<strong>de</strong>m ao anterior <strong>para</strong> ACAPI - Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
Associa.~o C.A. Piscicultura e Latiologia.<br />
-Oficio 05/77 - i<strong>de</strong>m ao anterior <strong>para</strong> AGAPAN.<br />
-Circular 04/77 <strong>de</strong> 7110/77 - A quem possa interessar "Todas às<br />
6'feiras às 20 horas no 5ENAC reuni~es com o objetivo <strong>de</strong><br />
encaminhar o reconhecimento dos estatutos aprovados na Assembléia<br />
do dia 3(1/09/77.<br />
-APASC INFORMA: Convocando todos <strong>para</strong> assembléia geral qLle será<br />
. re.al.izada dia 25/11/77 .s 20 horas, <strong>para</strong> <strong>de</strong>bater o adiamento das<br />
elei~~es <strong>para</strong> l~diretoria; informando sobre murais <strong>para</strong><br />
divulga.~o <strong>de</strong> problemas ecológicosC será colocado no 5ENAC,<br />
Prefeitura, UFSCar, EESC, 5ENAI, Jesuino).
PUB1-.J.Ç_f1Ç!,E~ EM !:'tºR~.BJJ? p~ ?1I-º ÇJ~RLO§<br />
llli ~SC SQ[1f','E e. APA§.Ç<br />
20/10/76 - A Tribuna <strong>de</strong> S~o <strong>Carlos</strong> - Meio ambiente local em<br />
discuss~o pela UFSCar: estudantes da UFSCar, ACISC e SENAC. A<br />
TRIBUNA difundindo memorial assinado por 45 participantes do<br />
Ciclo Ecológico a respeito da <strong>de</strong>grada~~o do meio ambiente.<br />
17/05/77 - O Estado <strong>de</strong> S~o Paulo - Semana <strong>de</strong> Estudos Ecológicos<br />
<strong>de</strong> s~o <strong>Carlos</strong> até o dia 21/05 a realizar-se no sENAC, ciclos <strong>de</strong><br />
palestras promovido pelo Centro <strong>de</strong> Estudos e Pesquisas dos alunos<br />
<strong>de</strong> Biologia e Enfermagem da UFsCar, sENAC, patrocinado pelo<br />
Conselho Municipal <strong>de</strong> Cultura Comiss~o·Municipal <strong>de</strong> Turismo e<br />
DCE-Livre-UFsCar.<br />
08/06/77 - O Di~rio -Sobre ;& forma~~o da Associa~~o e<br />
convidando <strong>para</strong> a próxima reuni~o.<br />
09/06/77 - APAsC divulgando boletim da APEDEMA n'9.<br />
01/07/77 - A Folha -"Desenvolvimento sem <strong>de</strong>strL\il;~o".Artigo da<br />
APAsC com chamada sobre o titulo, com chamada na primeira p~gina,<br />
falando da quest~o <strong>de</strong> s~o Carrlos e louvando a atitu<strong>de</strong> da CETESB<br />
que proibiu a instalaç~o <strong>de</strong> industria METALVAN em s~o <strong>Carlos</strong>. A<br />
APAsC é por enquanto um grupo <strong>de</strong> pessoas que preten<strong>de</strong> levar um<br />
trabalho <strong>de</strong> estudos, concientiza~~o e resisténcia ecológica. A<br />
próxima reuni~o serà dia 01/07/77, às 20 horas no sENAC.<br />
08/07/77 -A Tribuna - s~o <strong>Carlos</strong> na <strong>de</strong>fesa do meio ambiente<br />
solidarizando-se com a popula~~o do Vale do Paranpanema.<br />
20/10/77 - A Tribuna - " APAsC:Campanha <strong>de</strong> Prote~~o à flora e à<br />
fauna". Após a Assembléia Geral realizada em 30/09, na qual<br />
foi aprovado o estatuto da Assoc1a~~0, foram <strong>de</strong>batidos alguns<br />
problemas amplos e gerais que afetam nosso ambiente: a<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preservâr áreas ver<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> realizar campanha <strong>de</strong><br />
prote~~o à flora e fauna da regi~o e <strong>de</strong> recupera~~o do Rio<br />
Mondolinho(esta~~o <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> esgotos>, combater a polui~~o<br />
da ITO, as consequencias do fechamento da Metalúrgica Cruzeiro,<br />
<strong>de</strong>nunciar o estado lamentável <strong>de</strong> algumas àrvores <strong>de</strong> nossas ruas e<br />
a falta <strong>de</strong> um pombal na Pra.a Cel. salles. 9ártig~o termina<br />
convidando os leitores <strong>para</strong> as próximas reuni~es.<br />
20/10/77 - Folha <strong>de</strong> s~o <strong>Carlos</strong> - i<strong>de</strong>m.<br />
24/11/77- A Tribuna - Convocando Assembléia <strong>para</strong> dia<br />
25/11,motivo:adiamento das elei~~es <strong>para</strong> diretoria.<br />
31/12/77 - A Tribuna Artigo sobre o mau cheiro da ITO e pedido<br />
<strong>de</strong> provi<strong>de</strong>ncias.<br />
05/01/78 - A Tribuna - APAsC reinicia ativida<strong>de</strong>s e convida <strong>para</strong><br />
reuni~es e palestra do Prof. Mário Tolentino.<br />
06/01/78 - A Tribuna - Divulgaç~o da palestra do Prof. Mário<br />
Tolentino e elogios á APASC.
l----<br />
Ír~DICE:<br />
1. PUBLICAÇÕES DA APASC<br />
1.1.CARTAZ " DE:SErJVOLVU1ENTO Snl POLUIÇÃO" - convoca!!<br />
do <strong>para</strong> a Assembléia Geral no dia 30 <strong>de</strong> setembro,<br />
_. <strong>para</strong> aprovaç;~ do estatuto e encaminhamento das<br />
ativida<strong>de</strong>s.<br />
1.2.BDLETIM INfORMATIVO, convocando <strong>para</strong> 11 Assembléia<br />
geral da APASC, dia 30 <strong>de</strong> setembro e contendo o "PRj!<br />
JE:TO DE ESTATUTO DA APASC ••<br />
1.3.ESTATUTO aprovado na Asoembléia Cer~l do 30 <strong>de</strong> se<br />
tembro <strong>de</strong> 1977 - Soo <strong>Carlos</strong> - Seo Paulo.<br />
1.4.0s <strong>de</strong>z m~nda~entos da E:cologia (~om data)<br />
1.5.Cartaz _. APASC " Ambos nasceram livres <strong>para</strong> viver<br />
Abra sua consci~ncia p~ra nDo cuntinuar natando li.<br />
1.6.Panfleto: "Ambos nascoram livres <strong>para</strong> viver. Abra<br />
sua consciência <strong>para</strong> nio continuar matando "<br />
1.7~Panfletol ~ Defenda o Ver<strong>de</strong> do Caucaia" Elaboradopela<br />
Comic~;o <strong>de</strong> Defesa do Patrimonio da Comunida<strong>de</strong> e<br />
assinado por <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>.<br />
1.B.lUTZErJl3ERC, J.Ar" A absurda poda anual" (panrl,!<br />
to).<br />
1.9.Texto ••Um apelo aos homens <strong>de</strong> bom senso." ,<br />
1.10.Texto do " Movimento Arle e Pensamento Ecologico"e<br />
"APASC" distribuído na 141 Expo~içio Arte e pensamento<br />
, -<br />
ecologico - Sao Curlos - 18 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1978.<br />
1.11.Proposta <strong>de</strong> Sócio da APA5C.<br />
1.12.Panfleto da 141 E:xposição "Arte e Pensamento ecol~<br />
glco " ( <strong>de</strong> 18 a 27 <strong>de</strong> abril 78 - S;o <strong>Carlos</strong>), conten-<br />
do a relaç;o dos quadros expostos e programaçio cultu-<br />
fal.<br />
1.13.Panfleto contendo rotejro sobre a exposiçio <strong>de</strong> f~<br />
;tos cedidas por José Gatti Junior, Que documentam a<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>.<br />
1.14.Panfleto mimeografado sobre" Concurso <strong>para</strong> escolha<br />
do sImbolo da AP~SC, contendo normes <strong>para</strong> particlpação-<br />
- ,<br />
e realizaçao dos 6~mbolos.<br />
)J,<br />
)3
1.15. Panfleto m~meografado<br />
biente ••<br />
1.16. Boletim informativo APASC - setembro / 78 - ... Sao<br />
<strong>Carlos</strong>: O Desenvolvimento urbano o o honem·-~Cida<strong>de</strong>s<br />
<strong>para</strong> o Homem"<br />
1.17. tAII?tJt.'rt1t->e b,,,,,,,t1_ '''iüttl ~PII'CIIIFS(H'<br />
1.18. LUTZEHOE:RGER, José Ar"Energia, Ambiente, Soci,!!<br />
da<strong>de</strong>-' texto - um convite ao <strong>de</strong>bat~ - setembro/781<br />
1.19. Panfloto mimeografado - li Concurso <strong>de</strong> rotogr~<br />
r1a 11 Tema: "são <strong>Carlos</strong> - o homem e o meio ambiente".<br />
Promoção: - COMTUR e APASC.<br />
1.20. Texto da resposta do chefe 5ea1TLe, distriburdo<br />
pela O~U ( progra~a <strong>para</strong> o meio ambiente ) - impres-<br />
80 pala urSCar - distribuido pela APASC.<br />
1.21. Panfloto li estão levando o Vor<strong>de</strong> da nossa Ban<br />
doira 11 , convocando <strong>para</strong> um <strong>de</strong>bate público sobre a<br />
Amaz5nia, quart~-feira 07.-02/7~.<br />
1.22. Panfleto li A Praça Coronel Salles é do Povo n<br />
(convocando todos 8 •• irem a ela, sexto:reira - dia<br />
16 ás 20 horas, di~cutir o que queremos daquele 1~<br />
cal "J.<br />
1.2). Panfleto ••Esclarecimento à Pcpuloção " ( com~<br />
nicandooe proibição da •• Reunião Pública" pare dis<br />
cutir a remo<strong>de</strong>lação da Praça Cel. Salles)-16.02.79.<br />
J,Jf • Panfletos mimeografados: •• Reuniões nas comun!<br />
da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> base da Igreja: roteiro <strong>para</strong> 8S reuniões 8<br />
texto b/sico <strong>para</strong> as palestras.<br />
c Pastoral Universitária<br />
. APASC.<br />
1.24. P~nf~oto miüGo;raf~do: li 5:0 C~rlos, Alguns<br />
problemas ecológicos ".(e...,-.ic./a fú.1u•icl-.JJ. _cJ~.."<br />
1.25. Panfleto: .. lIaçao ).<br />
" Semana do Meio Ambiente li ( progr~<br />
1.26. Panfleto: ••Semana do Meio Ambiente •• , ) a<br />
10 <strong>de</strong> Junho )<br />
1.27. Texto <strong>Carlos</strong> Drummond <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> • O Rio, os<br />
Pescador es, a Morte. ( Jornal do Brasil, 8/7/78 ).
1.28. Texto Ore Theodor Haakh. A Terra ent~ morrendo:<br />
viva o progresso. (traduzido da revista n Oeattor Jar<br />
Natur und Univelt~chutz "(Munchen) 53 (4), <strong>de</strong> outubro<br />
<strong>de</strong> 1973, por Roberto 1âmare, do Instituto <strong>de</strong> Conserv~<br />
çeo <strong>de</strong> Natureza da Guanabara.<br />
•. 1#<br />
1.29. Revista APASC - outubro 791 Carta Programa ~((~<br />
fotll. .13/10 r pare Diretoria da APASC 79/aOj<br />
, Problema,Ambie"t!~; balanço 8ti.id~da 77178 e outros.<br />
1.30. Cartaz: • Participe li movimento <strong>de</strong> P;oteção Á!!l<br />
biental <strong>de</strong> nossa cida<strong>de</strong> " ( convocando <strong>para</strong> a Asse~<br />
bléia Geral <strong>de</strong> 13/05/80, 20 horas.)<br />
1.31. rolheto <strong>de</strong> divulaação do Grupo. Programa<br />
~1as " ( promoção: 5ESC, AP;;SC, Íris)•.<br />
1.36. Jornal da APASC " Chove num molha" ( mais ou -<br />
menos, maio/SI).<br />
1.37. Texto: " S6bre o papel das ~rvorcs e florestas-<br />
no ambiente urbano".<br />
1.38. Texto:Paschoal, Adilson O.:Conservação e cuid~<br />
dos ( ecolóçiCOS ) com sua horta ou jardim~<br />
1.39. Panfleto: " S~plica <strong>de</strong> uma ~rvore " ( 'eita por<br />
alguns associados da APASC 8 dirigida ao sr. Oanlel -<br />
dos Santos, rDspons~v8l peles" podas" <strong>de</strong> ~rvoree<br />
reitas na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong> ).<br />
·.1.40. Pélnrleto: " O rim das Baleias n ( Clube do Cur,!!<br />
pira Pernambuco / APASC<br />
1.41. Cartaz: " O Globo<br />
).<br />
da Horte - um<br />
,<br />
espetaculo <strong>de</strong><br />
Cacilda Lanuztt ( dia 22 <strong>de</strong> março' - 20 horas - teatro-<br />
Municipal - promoção. APASC/SESC.<br />
1.42. Panfleto <strong>de</strong> divulgação da peça n O globo da mo~<br />
te" <strong>de</strong> Cacilda Lanuza ( por ela mesma).<br />
1.43. Pan'leto " Dia 5 <strong>de</strong> junho : Dia Mundial do meio<br />
ambiente "_R O movimento Ecológico •<br />
1.44. Panfleto! \<strong>de</strong>us Sete Ouedas· ( convidando ao QU~<br />
rup - aC4mpa" .mento ecológicO' ~ julho/82 -<br />
'-o<br />
~ !:.J.J,. ~c,14!~J'Ió,-,c1U"4. ",.101"4 fDlil if#Hi1t fAI'G. i~ t~~thrttfir!<br />
IIJ3.';cb ••ft So~/t, í1tS1~/eç",;; '" t/f>illt;,S '"tJrlll.,.o ~",.s~141A(.
1.45. Panfletol· Pela vida, pela paz - Uiroshima, nu~<br />
ca mais" ( dia 06 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1982 - data do 37D an!<br />
versário da bomba Hiroshima ).<br />
1~46. • Carta Programa Ecológico <strong>para</strong> apresentaçio 80S<br />
Partidos Políticos • ( são <strong>Carlos</strong>, setembro <strong>de</strong> 1.982 ).<br />
1.47. Cartaz· Por amor, não fume " ( APASC / CORPO •<br />
1.48. 80letim ififormativo APASC - <strong>de</strong>zembro 82.<br />
1.49. Texto:" Ecologia na Vida Diária • ( extra!do' do<br />
texto publicado pela Or<strong>de</strong>m 7eosófica <strong>de</strong> Serviço no jor<br />
."ai" Corpo , "'ente"na , ). -<br />
1.50. panfletol· Atitu<strong>de</strong>s Próticas <strong>para</strong> a"Vida Diária·<br />
(APASC).<br />
1.51. Boletim informativo nR I ano 1983.- APASC.<br />
1.52. • Dia Mundial do Heio-AmbIente " - APASC 5/06/SJ<br />
1.5'. Cartaz:" O controlo naturol da n~tQlid3<strong>de</strong> "<br />
( ' ,<br />
Convite a palestra do medico Lino C. Pires, dia 11 <strong>de</strong><br />
fevereiro, no SENAC).<br />
1.54. Panfleto" Os Rios Pe<strong>de</strong>m Socorro " (contendo -<br />
receita <strong>de</strong> sabio lIquido <strong>para</strong> pia ou máquina - .APASC ,<br />
Crupo Seiva <strong>de</strong> Ecologia ).<br />
1.55. Santinho - ·Nota <strong>de</strong> ralecimento Cultural " - .pa~<br />
fl.to sobre a <strong>de</strong>rrubada dos Cine Avenida e Cine Jóia.<br />
-~.- . .<br />
1.56. richa <strong>para</strong> cadastrar profesuores junto 80 Crupo<br />
<strong>de</strong> Educação Ambiental <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>.<br />
1.57. Boletim informativo da APhSC - maio <strong>de</strong> 1984 •.<br />
1.58. rolheto" Dia Mundial do Neio Ambiente " 5/6/84-<br />
(contendo o programa da semana do meio ambiente).<br />
1.59. rolheto" Ven<strong>de</strong>-se a Natureza~ Tratar com este<br />
. homem • ( Semana do meio ~mbiente/1984. Promoção UrSCar<br />
cocc e Prefeitura Municipal <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong> ).<br />
1.60. rolheto" Contaminação Alimentar n (<strong>São</strong> Paulo ,<br />
05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1984 ).<br />
1.61. Panfleto mimeografado " Plano <strong>de</strong> Emerg;ncia •<br />
(visando efetuar melhorias, ••o Parque Ecológico).<br />
~I
1.74. Revista blmestra1 " O VERDE • , ano 3, nOs<br />
12 e 15, - 1987.<br />
1.75. Abaixo-assinado, dirigido ao prosi<strong>de</strong>nte da<br />
Rep~blica Ceneral Jo;o Baptista f1gueirado - 'US!<br />
nas Nucleares n;o I"<br />
1.76. A<strong>de</strong>sivo" Us inas Atôm'icas ? . NÃO:<br />
,.I.:J.<br />
2. Inventários Anal!ticos das Atas, classificadà~<br />
ano a ano ( 77 a 86) - divididas por assuntos: b~<br />
, ,<br />
rocraticos; educacionais e problemas arnbientais e<br />
lutas <strong>de</strong>batidas e/ou encaminhadas.<br />
2.1. Pauta das reuniões no per{odo <strong>de</strong> 25/02/85 a SJr<br />
3. Sumário das correspondências rocebidas 77<br />
86, .or<strong>de</strong>nada por d~ ta <strong>de</strong> Chegada.<br />
4. Sumário das publicaçõo3 na impren3a pela APASC<br />
8 sobre a APASC ( 77 a 86 )<br />
5. ,fotocópias <strong>de</strong><br />
na1s mencionadas<br />
alguns artigos e notícias<br />
no corpo da dis~ertoção.<br />
<strong>de</strong> jor . -<br />
6. Sumário da correspondência emitida 77 a 86.<br />
7. Símbolos que partici<strong>para</strong>m do concurso <strong>de</strong> 8í~b~<br />
10s da APASC.<br />
. '<br />
8. Algumas h~storias ou a8 Principais ativida<strong>de</strong>s.<br />
8.1. Pensar globalmente, agir localmente.<br />
8.2. As árvores não falam I ? ( sobre a proteçã~<br />
da arborização urbana ).<br />
8.). Praças P~blicas.
1.62. Revista" O VERDE A , birnestral, volume 1, n~<br />
meros 1, 2, 3, 4, 5, 6 <strong>de</strong> janeiro ~ <strong>de</strong>zoMbro 1.985.<br />
1.63. Panfleto: Dia Mundial do meio Ambiente -~PASC<br />
convida <strong>para</strong>-concurso <strong>de</strong> pintura na praça Coronel<br />
Salles - 6/6/1.985.<br />
1.64. "Mosquito ", convidando <strong>para</strong> concurso <strong>de</strong><br />
•..<br />
ra na praça, como parte da programaçao do Dia<br />
dial do Meio Ambiente -"06 <strong>de</strong> junho 1985 "<br />
1.65. Panfleto" PAZ NA PRAÇA • ( progr~ma promovido<br />
pela APASC e centro <strong>de</strong> RaJa Voga ).<br />
1.66. Panfleto mimeografado " O-que voc~ po<strong>de</strong> fazer<br />
pela paz" ( contendo dados da OUU sobra gostos com<br />
armamentos e ameaça <strong>de</strong> um nova guarra mundial ).<br />
pint.\;!<br />
~lu!l<br />
1.67. Panfl~to" Sonho <strong>de</strong> Jovem" e • Aquarela"<br />
(adaptação <strong>de</strong> m~~ica <strong>para</strong> prD~ervaç;o da natureza) •<br />
1.68.<br />
APREL.<br />
Panfleto" ~uerem acabar com o Broa " APASC /<br />
1.69. "Paz com a naturaza " ( pronuncianento do Oro<br />
Mostafa K. Tolba, diretor executivo do prograa~ das<br />
nações unidas <strong>para</strong> o meio ambiente - UNEP, sobre o<br />
Dia Mundial do Meio Ambiente )<br />
1.70. Panfleto n Semana Mundial do<br />
, , ~<br />
50 a Pazlavra •..• mor - ";arcio "lmeida<br />
meio<br />
86.<br />
ambiente • -<br />
1.71. Revista" O Ver<strong>de</strong>" bimestral, volume 11 nDe<br />
7, 8, 9, 10 e 11 - 1986.<br />
1.72. Carta distribuída aos participantes do ato <strong>de</strong><br />
.. - , ..<br />
fundaçao da associaçao <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da area <strong>de</strong> proteçao<br />
<strong>ambiental</strong> <strong>de</strong> Corumbata! - ADAPA - COR. ~PASC~<br />
1.73. Panfleto" Parque Ecológico" ( justificando-<br />
fechamento do parque ) elaborado pelo movimento Pró.<br />
Parque Ecológico. APASC, Grupo <strong>de</strong> Observadores <strong>de</strong><br />
Aves, UIPA, AMUSC, GRUPO OE ESCOTEIROS e <strong>de</strong>mais pe~<br />
80as e autorida~es preocupadas COm o futuro do Pa~<br />
,<br />
que Ecologico.
~<br />
• • ~ ..A.<br />
Meio 8m~iente loeal em ~iscussão pela UfSCüR:<br />
A UnJvcrsldn<strong>de</strong> Fc<strong>de</strong>r:11, por seus.c:;t.udanJcs, a AJlada a Is.?:>a lnst.nlnção <strong>de</strong> Indústrias Jopn;<br />
~CISC e o BC'nnc, esteo dJrundindo mcmorthJ nssl- do 5eUS <strong>de</strong>jetos em nossos outrora Umpldos e pJ.seo.<br />
nado por 45 p:lrt1c1p:ln~s. rcbt.:ln~o as conc1u::õcs SOSriO!!, acarreta o c~1apso <strong>de</strong> toda uma cn<strong>de</strong>Iu. ali- .<br />
8 que che~nram cem respeito ~ dC'gr:!c!::çãodo Meio mentnr <strong>de</strong>sUr..3da, por fim, :10 sustento <strong>de</strong> lnúme- :<br />
Ambiente, durante o Ciclo Ecológico fCnllzndo em ras famlllas. I<br />
nos!:a c!d:l<strong>de</strong>. A TIUnUNA receoou um <strong>de</strong>sses me- Ainda po<strong>de</strong>mClScitar n c3ça e a substituição <strong>de</strong>:<br />
mortais, que rc!,rodurimos na intccrn. <strong>para</strong> conhe- mams n:tturnis por florestas homC'Ft'ncas <strong>de</strong> essen- :<br />
cImento <strong>de</strong> r.o:scs leitores. nntllr:llmcnte t:io iute- c!ns e;:ótlc::s. como !::tores doe ellminnção <strong>de</strong> noss..'l:<br />
Il::s!::ldo::qu:mto nós prC'prlos, no C'studo <strong>de</strong>sse Im- fnun:1. prm'o(,:lndo s~rlos clesequilfbrios eco16gIcos. :<br />
portante proble:r.a. O dceumento nfinnn o sC'~uin : Em ,,1:;t:1da crescente nmcnç':l <strong>de</strong>stes m.'l1es ~ J<br />
te: l'A p
<strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Proteção ao<br />
1\t1eioAmbiente <strong>de</strong> S. <strong>Carlos</strong><br />
Realizou-se hi du.s se·<br />
manas em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, co·<br />
mo foI amplamente anun·<br />
clado, • II SCmana <strong>de</strong> Es·<br />
tudos EcológIcos promo·<br />
vIda pelo SENAC, CEp·<br />
BIOEN (OCntro <strong>de</strong> Estudos<br />
e ~stlulat. - Slolo.'" -<br />
Enfermagem) p" •••.ocln.d ••<br />
pelo Conselho Munlclp.1 <strong>de</strong><br />
Cultura e DCE livre da.<br />
UFSCar,<br />
As palestras Droferldas<br />
foram bastante proveitosas<br />
. e <strong>de</strong>spertaram no público<br />
presente • necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
810 <strong>Carlos</strong> e regUlo contar<br />
com uma Aasoel.çlo p.ra.<br />
Proteção du nosso meio am<br />
bl"nte.<br />
Embora nossa cida<strong>de</strong> a·<br />
parente ser llvre <strong>de</strong> problemas<br />
ecológicos palestras<br />
cOmo as prnnl'ncladaa<br />
na referida Semana, nos<br />
.dvertl!l1l sobre pt"rlgo que<br />
po<strong>de</strong>rão ocorrer rum tu-<br />
turo próximo, se t'~s<strong>de</strong> J'<br />
jDossa comunida<strong>de</strong>. como<br />
um todo, não crIar . uma<br />
consciêncIa <strong>de</strong> preservação<br />
dos nossos reeurso~ naturat!.<br />
Como prImeiro trabalho,<br />
a <strong>Associação</strong> em lua nu·<br />
nllo inIcial reallzada no<br />
dia 28 último, .lém <strong>de</strong> f,ra·<br />
çar os seus objetivos <strong>de</strong> a-<br />
, tuação, <strong>de</strong>cidiu marcar nova<br />
reunIão <strong>para</strong> o dla <strong>de</strong><br />
hoje (sâbado), üS 14 horas,<br />
nns <strong>de</strong>pendêncIas do SE-<br />
NAC, • <strong>para</strong> a qua~. estão<br />
convIdadas todas •• pes-<br />
10as que também Sl' preocupam<br />
com •• proteçlo e<br />
conservação do n?sso meIo<br />
amblmt&.
iifr p'I:n .=<br />
-'r- H(":io'Hill'IL:<br />
'=1. 1 .t., .,),I ,li, I.•<br />
li 'CD<br />
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ffi"ifH! mrrHi JIHIH j! !l11'!tlitt jH~J<br />
ftll 'I·' "111Ii~:·I"tllff Ilt!ltjllll,I'li~·:~ e::t<br />
~~f!l·i;llttl}i,:il:lli:~f= fi ,{lil<br />
I!i Jilllil!ii 'GI;i:i.1JII~J,!;,j;':I;;~; --= ....<br />
~<br />
1:II;f~;t'IJilr!lf!I!!lill~liiio!!lll;II!lii 551<br />
lâl"II~lfll II'ililii;11iilt!i~JIFll;lJ!i!;tlii~;is CIt·<br />
J I· II I<br />
f '"i iI I 1]1 tiII !~.•S Ii =<br />
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't I,,,,'t' t. JiJ I '·11iI ti t f '.' ,I f Ir , , J f ; : •••••<br />
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111i1111tritlil' a<br />
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t:~i~' ~h,ifijii\;~·~:niih·'wina<br />
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J.iI~ ,,' ..;.:~ :S.Igim IIi 11.. I;:;=<br />
·"·3 .,' 3 J 1"11 'fl(li ••••<br />
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j'.:~.""""_' ,...\, k;;' ....•.• "<br />
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~[SEHYUl VIMEHJO<br />
S<br />
E<br />
~4<br />
r o L U ~ C Il O··<br />
Vcnha participar da A. P. A. S. C.<br />
(<strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>)<br />
A primeira Assemblcia Geral será dia 30 <strong>de</strong> Setembro<br />
às 20 hs. no S EN AC <strong>para</strong> apro"ação do estatuto e<br />
en:amillhamcnto das athida<strong>de</strong>s.<br />
Bi.s ( O I ..t-:;:t.~k:;~ : ... '1L~i·i:::;;;i.-;:·cr::-:'1";,}F", U::'$> ~'\NWI<br />
Combate e prcn'lIçilo contra Rutos, Insetos e Cupim<br />
RU3 :'>lartrbal Druduro. 1980 - TtldODt 5368 S X O C A R L o S<br />
./.<br />
,<br />
-,\<br />
·4
•<br />
.: JI. 1ST! ftA ROlU. DB l'fOS PREOCtrPllD1OS 11 Di1lOO>D l'fOSSQ )(ElO lDIEZf'll.<br />
•<br />
•• J.1IlUL DE CON'U3 I ~ELB QUI DEPENDI 1 NOSSA VIDA. ELI J O 11 QUI USPlRUlOS,<br />
1 1GUA.QUE BSlmIOS, O ALIlIlnfrO QUI CO~S, TUDO O .U3 QUI VIMOS I FUV1lIOS;<br />
JU:0 NOS P iEOCUPAJMlS COM IL!, J NIo DlIOlOS llU'O RrI.NCU 1 NOS IESJIOS, 1'10331<br />
VIDA., NOSSOS ,nROS.<br />
1 A.PASC POI PORJW>l POR PESSOAS QUI 'rElI ESSA. PREOCUPA.çIO I SEmlBU 1<br />
•: IfECESSIDI.DE DI mu. A.SSOCUçlo QUI EUCAXINHASSBtRABALHOS DI OOl'fCIENTIUç10 I<br />
•<br />
: PRotEÇÃO .\ lLOBl, PAUII.A.I iBCURSOS RA'l'URAIS.<br />
•<br />
: DU 30 DB SETEMBROI NO lUDITORIO<br />
• : DO SlmA.C. SIRI. UlLIZl.Dl 1 PRIUIU<br />
• : lSSEXEt,!U GBBALDl lPASO, lU. QUAL S!<br />
•: B.( 1PROVlDO NOSSO BSTATUTOI 1 CRIA-<br />
• çl0 DE COrl1ISSeES DI 'tBABlLHO.<br />
•<br />
• 1 PRCTsçÃO DO 010 lDIEN'lE DI-<br />
PENDE DE SUA P1RTICIPAÇÃO •<br />
••••••••••••••••••••••••••••••••••••••<br />
. ;Rua EPISCOPAL,700<br />
30 <strong>de</strong> Setembro<br />
20: 00 h.oras
•<br />
Ha ano. que ~or.dor'l vizinhol • Industr1. Matalurgtee Cruzeiro loca11z!<br />
da ne VUa Bela Vhh, à Na Quint1no eoca1wa, 323, VI!fII 58 Queb..,oo do u-<br />
C'.eO <strong>de</strong> baNlho • trep1<strong>de</strong>ção proveniente <strong>de</strong>. aUv1Cle<strong>de</strong>l 1ná.J.trlah da ~<br />
PTGSI Que t8'l provOCadOete rachaôJr •• na. pare<strong>de</strong>s das eaau vizinhas, FIe•••<br />
ç..,oo e integrida<strong>de</strong> ·,r<strong>de</strong>a C8 leue aoredOrea.<br />
I<br />
<strong>para</strong> conseguir auáar • 1nôJltrh <strong>de</strong> an<strong>de</strong> está loeal1zaoa, ClU 'azar Queesta'<br />
aene a. 1rregularida<strong>de</strong>. <strong>de</strong> leu t'une1an•• ento, no entento, nune. conaeg.Jir.-<br />
Seu 1fltuito por falta <strong>de</strong> leia <strong>de</strong> Írab1to astaôJal QU' 1ncr1lDinea .,.presa.<br />
Eleaua .1Uma eçao, 01 lIor.rores da. prox1Jlida<strong>de</strong>a da Uetalurgica CNZe1-<br />
ro enviar •••.•• abaixo a•• inaoo aOtBr'ltro <strong>de</strong> SaÚ<strong>de</strong>ped1ndOprov1d1lne1a&,o<br />
I<br />
QUalenv10u-0 • CEli:SB, Quaatuaaente li o órg~o cOIpehnt. <strong>para</strong> prob18la. •<br />
referentes • poluição e <strong>de</strong>fe•• dOleiO Wlb1Er'te.<br />
(11 <strong>de</strong>unbra <strong>de</strong> 19'76 a CETESBaandOuLft técn1co <strong>para</strong> aval1ar O rllldaflento<br />
aa queixas. foi essa a conclusão Quea CETESBchegou. "Face ao. walore. ~<br />
tido., eua cOIperac;.o cm a leg1aleç~o <strong>de</strong> a.o Paulo, CCIIa NotWalSO/R1996 •<br />
.<br />
pela, careeter!at1ca. locatl, euger1Jlosseje <strong>de</strong> imediato, solic1tadO à "P~<br />
•• que adota aed1dae co·rret1vas <strong>de</strong> caráter urgEr'lte-no a.,UcIÕ <strong>de</strong> a1n1Jli,zar '<br />
01 níveis atuaia <strong>de</strong> N!OOI não cOIpedveia ccn a legialeção e nO"'a apO'lte-<br />
da, b81 COllOelt-1nar .a 'rtr'lt •• <strong>de</strong> v1brações ed.tS"lt •••• aual linh. ce'<br />
proôJÇão, j8 que, na Ido"", das re610ências da vuinhença prÓx1aafoi con•.•<br />
tatada • presença ele forte v1breç.o eCCIIDanh.dada ex1stEr'lc1. Q&"eralizada '<br />
• trinca. e rachaOJras na. pere<strong>de</strong>s • auras. Caso pera1sta o probl_a que S!<br />
ja solicitado à E/ltpreaainstalar-se eralocal apropriadO eO exercício di ~ ••<br />
• t1v1da<strong>de</strong>s indu.trla1a.·<br />
I<br />
dO•• 1e. NOenhnto ainda hOje OaaoradOres aQU.r~ QUea 1J'\áJatr1a .ane<br />
lUa. 1rregular10lloes. Por •.,.0 existir leghlaç';.o a nível esteclJa1QUlI áê<br />
I<br />
dares à CETESB<strong>de</strong> intervir n. _oresa, esaa<br />
aa autorida.<strong>de</strong>. lun1cipa1s.<br />
APASC<br />
·t··.· ...~.-<br />
#. ".:'~ ••••••~-. ~ ._ •• ::-:~ .-,<br />
. ~"Ji. -t,..,...•... .Eo :...... ._ •<br />
~~~~*,~7-=~.;<br />
aolic1tou provioêneias por parte<br />
L :b-.~<br />
..~2-::···,:· .....-....~> _
No ftnal da ~a Padre rehelra, na. ~edlllçõea do colégio EstactJal <strong>de</strong> l'<br />
grau Sebastião <strong>de</strong> Oliveira ROCha,da -aetania· • dos adifíc10s SOlar Alberto<br />
s.,tos [Ulont , Solar Barão Rio diasFlore., enccntra-ee \"lI terreno oue abrue<br />
t.,..,te abre-S8 1ft gran<strong>de</strong> cavi<strong>de</strong><strong>de</strong>, dmOllinaoepor alguns <strong>de</strong> -Bur8C;o" ou<br />
~ratera·, cuja beleza natural <strong>de</strong>s árvores (eno~as pa1ne1ras e figueiras) •<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s pare<strong>de</strong>s rochosas (<strong>de</strong> onoe /11"•• pequenos f10s <strong>de</strong> ~gua , ,e i.nCl'U1<br />
t •• tnÚlleras avencas), enc.,ta a todOs QU.,to a eonhecen.<br />
Trat •.•• <strong>de</strong> \,JIlaantiga peáre1ra, oue ha euitos anos cessou suas ativi<strong>de</strong>-<br />
<strong>de</strong>., <strong>de</strong>1xIIl'ldono local eno~e vala Quea natur~za 8 o tenpo encarregar •• -se'<br />
<strong>de</strong> embelezar. Os Que por a11, vez ou outra, passei •• , olservlll'ldOas constru-<br />
ções <strong>de</strong> novos eC11r!c10snas proxlllida<strong>de</strong>s, t",,-se perguntado sobre o <strong>de</strong>st1no<br />
<strong>de</strong> tão belo .itio em a 1nevitlÍvel urbaniz.;ão 'o. região: tr-'sfof1lar-se-i.<br />
111<strong>de</strong>pos1to ele 11xo e entulho? Seria eterradO p6ra abrigar .aia conatNções?<br />
O Que .erá feito com.ste si~gular terreno?<br />
A .ugestão apontada pela ~I&ociação <strong>para</strong> <strong>proteção</strong> ~bie"tal <strong>de</strong> são Car-<br />
10•• a <strong>de</strong> que, cm algll\s cuidadOs. alg\Jllas Denf'itorla., a Prefeitura Wu-<br />
.<br />
nleipal conserve o local, tr.,.fo"".ndO-O nUlllpeQuS'o bOsque,' Que <strong>de</strong> .uito<br />
beneficiaria 08 /IoradOres daauelas cerc.,ias, consUtuincb-se <strong>para</strong> Os ae="o.<br />
~a óUlla área ver<strong>de</strong> <strong>para</strong> luar , recre.;ãoo<br />
O aeSllOpo<strong>de</strong>ria ainda prestar-se, ae preservadO, <strong>para</strong> observ.;ões e 'au-<br />
las práUcas <strong>de</strong> ecologia (•• téria Obrigatória contida n05 curr!cuioa <strong>de</strong> l' ~<br />
21 grauJ ao. alunos dOColégio EstadUal <strong>de</strong> 11 grau Sebastião <strong>de</strong> Oliveira R2<br />
ct'la, • ainda. <strong>de</strong>vido à proxlllida<strong>de</strong>. po<strong>de</strong>ria ser utilizadO par. recre.;ãa cs••<br />
• .,1n•• da ·B.t~1a· • par. passeio dOsvelhinhos dII Asilo.<br />
Não •• bfllloa •• Já há algo projetadO pela prefeitura <strong>para</strong> a área; goste-<br />
rf"OI Que a atual A~1nistração Uunicipal aproveitasse a oportunida<strong>de</strong> Que<br />
.e apresenta <strong>para</strong> a cr1.;ão <strong>de</strong> "a1s I.fta área ver<strong>de</strong> <strong>de</strong> "bi to urb.,o - lu1 to'<br />
~portanh •• vista dOaceleradO cresc1.lllentoda cida<strong>de</strong> - e tme <strong>de</strong>s<strong>de</strong> jlÍ ••<br />
d10as que pre.ervln o local, evlt..,dO Que eventua1JDente&1_.wenha a ser <strong>de</strong>-<br />
predado ccn <strong>de</strong>M'\lbadaadi árvores, ceça <strong>de</strong> passar1nhos e <strong>de</strong>Póaito <strong>de</strong> lixo ou<br />
.,tulhO••<br />
AJÜOE - NOS A PROTEGER
,I<br />
..<br />
..<br />
i'<br />
1<br />
,.,Me _ ASSOCL\ÇAO PAM PIOTEÇAo NlIIElrTAL • 1M (!AaLOa<br />
ESTATI1rO ,.,1lO.ADO lIA A$SEltIIJ:IAftJW. •<br />
•0 Dt SETEHIRO Dt I'"<br />
$AO CAIlLOS - ESTADO DE sAo PAULO<br />
CAPtTULO I<br />
DO NotU:. seDe E OBJeTIVO<br />
Artiso l' - " Ao.ocl.ção par. Proteção Aabi.nt.l do são Cor1oe<br />
(APASC), .0cSoda<strong>de</strong> civil <strong>de</strong> cultur ••••• tSna 1»<br />
cr.tivo., ••• c.ráter polftico p.rtidário. do pot<br />
.onalldado 'urfdica. co •• edo o toro no .unicfpio-<br />
4e são Carlol, fundada. vinte • oito d••• io d. -<br />
hua .11 nov.centoa e ••tenta e ••te, c~n.id.r.ndo·<br />
quo • .ção do Ho... .obre • naturo.. d.v. aer hat-<br />
'oõnlca co. tod •••• loroaa <strong>de</strong> vida •• i.tent •• , UM<br />
vo. quo .0... todo. Ilual •• nt. I.port.nto. p.r. a<br />
eontinuid.d. o pr.,.rvaç~o d. vid.; conai<strong>de</strong>r.ndo -<br />
que • continuida<strong>de</strong> da vida do Ho•••• obre a T.r~a<strong>de</strong>p.n<strong>de</strong><br />
d. n.tur ••••• qual ele •• nipulo •• b.norl<br />
cio d•• ua e.pici. con.i<strong>de</strong>rando que o. b.n.rlcio.oriundo.<br />
d••• nipulação doa recurao. n.turai. d~<br />
••••• rvir A todo •• nio beneficiando uaa minoriao.<br />
<strong>de</strong>trl •• nto d. u•• Ir.nd ••• iori.; con.ld.randoque<br />
o result.do d. <strong>de</strong>lradaçào que o HOQe. ve•• i!te.atic<br />
•• ente i.pond~ ao .~io a.blento, te. i.pl!cado<br />
na extlnçio <strong>de</strong> inú••r•• e.pécie •• nl•• 1. e y!<br />
lote ia , • e••••• ç•••• vld. do próprio 110"., tu!:<br />
na cl.ro ••u. ob'etivo.:<br />
I l' - Incontlvar • <strong>proteção</strong> a.blont.l •• I.r.l • lut.r -<br />
pelo pres.rv.ção d•• cos.l.t •••• n.tur.i., o. pa~;<br />
ticul.r do sã~ Carlo.;<br />
I 2' - Re.liz.r e proQOver a realização do p••quia •• rof!<br />
rente. ã con••rvAçio d. natureza,<br />
I J' - Difundir conc.lto. conserv.cioni.t., .travê. do<br />
cursoa, p~blic.çõ •• , pal •• tra., concurao. o fi 1••••<br />
I " - Inc.ntivar • cri.çio d. re.erv •• n.tur.i. na rOI!<br />
io, colobor.ndo, .0 poaa!v.l, na .ua iapl.ntaçio.o<br />
• protoção do .nl •• i. e. particul.r .0. o. o.tin<br />
çio;<br />
• " - Def.ndor • p~v.r o b•• o.t.r tfaico 40 R•••• en<br />
quanto au,e1to • açõ •• <strong>de</strong>lradant •• d. qualquor "&<br />
ture •.••<br />
Art1te tt - A M_taçlo UN ~ •• ,.. t•••• l"'~ •<br />
.a po<strong>de</strong> •••• ao dh.oldda por doUl>eroçio do dolo<br />
tOl'ÇOO do ••••• &0100 •<br />
CAr%TVUl I~<br />
DOS sGe:tos. DEYOES E DIIIC'IOI<br />
Artl.. •• - A " ••oci.ção par. Prot.ção Aabiontal do sIo Corl •• -<br />
e-põo- •• do Ui.1tado ".1'0 40 .ócio ••••• qu.!-quer<br />
di.ti"ção 4 ••050 quo no .ou atuar não eontr.r!-<br />
•• o. ob'etivo. 05•••• Ao.ocl.ção. o eu'o. pe4ido. -<br />
4e .dal ••ão tiver ••• Ido .c.ito. pela Dlrotori.~<br />
ob ••rvando ••• eluinto. c.toloria.t<br />
• l' - Sócio. Contribulnto. - o. que. ac.itoo pela Dirot~<br />
rh. contribue. coa •• ".allda<strong>de</strong>. ou anulda4a. pera-<br />
• A••oclaçio par. Protoçio'Aablental 40 sIo Corlo.no.<br />
toraol do POII •• "to intornol<br />
• " - Sôeio. Fundador •• - 01 .Scio. eontrlhtnt •• quo "I<br />
tlcip.r •• da. raunl~e. 40 FU1ld.ç.o~<br />
• 5' - Sôeio. Honorarlo. - o. que. por .erviço. pre.taclollou<br />
po.lçio quo ooupa. no •• 10 .ocl.l o cult~l, P!<br />
lhleo e .dalnhtratiYO. tanl>&a c_trlburdo •• po.oa.<br />
t••i-lo e. ben.frelo d. Aoaoel.çio par. Prot~:çlo<br />
Aablont.l <strong>de</strong> Sio C.rlo.~<br />
• _, • soelo. Juvenl. - .erio a4altldo. 'ovon ••• nore. do-<br />
IS (quln.o) .no. co. o •• es••• direito. do. <strong>de</strong> •• I.-<br />
.óolo., co••• ceção do dlroito a vot.ção •• or YOt!<br />
do. O valor da anuldado <strong>de</strong>.t. c.tolori •• orl <strong>de</strong><br />
hua qulnt~ do valor do. do •• i•• ócio ••<br />
Artilo _,." Diretori. podori o.cluir o. aócio. que toaaro.<br />
.titudo eontriri •• 0. ob'etlvo. da " ••ocl.ção c.ben<br />
do recurao à AonablU. GereI. -<br />
ArtIIO 5' - O•• ócio. d. outro. E.t.40. ou 4. outro. aunicfpio.<br />
po<strong>de</strong>. .or no.o.doa pol. DlretorS. da Ao.ocl.ção C!<br />
ao r.pre.ont.nto. d•• t•• c_ po<strong>de</strong>re. <strong>para</strong> .llr. ,"!!<br />
to ã •• utorldado. 10c.I., •• d.toe. do •• 10 aablonte<br />
do .ua relllo. -<br />
CA.tTuLo lU<br />
DAS ASSEHILtIAS CERAIS<br />
Artiao .,. Ao "•••• bliS •• Cer.S ••• rio realizada. ao4i.nto c~<br />
_.ção do preoldonta d. Ao.oclAção ••• da Dlret~ri.,<br />
ou do •• t.do do •• óclo •• ou por da. ou •• S•• !<br />
cSo. no c•• o do .rt. lD9 do • 19, ou por qualquer -<br />
.óclo quando tivor teroSnado o •• lIdato da Diret •••• S••<br />
- 02 -
A __ .çlo •••••••• _ .ntendência •• _ ._<br />
••••• '.It., por c.rt. o ••por oditol p"bllcodo n_<br />
óraio da 1000•••n.. dUrlo d. Sio C.rl0., d.".ndo con<br />
ter •••••••l.çlo do •••••• nt••••• re- ~etedo., -<br />
•• l' - A Ae ••• blél. Ceral é o pod.1' 0111'.1'101' da A ••oci.çi~,<br />
• t. - o•• ócloo ••••id.nt •• '01'. d••• d. pod •• votar, qu.!<br />
do oportuno, por carta o•• lneda, nio o.ndo odaltldoo<br />
o. voto. por proc ••raçio, -<br />
• ,. - Se nio houv.r núa.ro .iniao da •• tad. do. 06clos p!<br />
re • r•• llz.ção da Assembléi. i hora dosiana<strong>de</strong>, .s:<br />
t••• 1" tr.nsl.rld •• utomat1; ••• nt.· por p.l. .hor;,<br />
quendo .0 •.•• llzará coa qualqu.r nú•• ro d. posso •• -<br />
p••••• nt•••<br />
CAPiTULO IV<br />
llI\ DIIIETOIltA<br />
Artilo ,. - A Diretorl. , .1.lt. p.lo •• Solo. ~r porto ••••<br />
hua .nO, o é con.tlturd. polo I'r.oldont., pelo 'Ico<br />
Pre.ld.nt •• pelo Socrotirlo, p.lo S.lundo S.cretár!<br />
o, p.lo T ••our.lro • p.lo SOlundo T.so ••relro • O!-tro.<br />
carao., a critério d•• chapa. ln.crita., q••o -<br />
d••• oP.nh.rio .u•• ,Iunçõ.. ••• qualqu.r reauner.çio.<br />
• 1•• A Dlretorl. d.v.rá .ent.r r.unIS •• p.rl84lc •• b1aen<br />
•• 1. no .rniao, .berto o todo., coa d.to, ~oute .'loc.l<br />
dlvulcodo 008 .nt.c.dênol. d. Irê. di •• , nu.óraio<br />
da lopren.o loc.ll<br />
• tt - Ao Pruldanto coap.to,<br />
n.) Convoc.r o pr •• ldlr •• reuniões d. Dlretorlo, -<br />
d~ consolho Consultivo o da A •••• blêia Ger.l,<br />
b.) repr ••• nt.r o A ••ocleçio o. ,••rzo ou lar. 401.,<br />
c.) pronunclor-co publlc ••• nl ••• no•• da ASlool!"çio,<br />
d.ntro 4•• dlretrlzo. do.to, -.4 rolaron4u.- -<br />
da Dlrotorl ••<br />
I ,. - Ao Vlc.-Pro.ldont. co.p.to.<br />
a.) auxlllor o Pro.ld.nto o .ubetlt ••t-lo na •• ua. -<br />
lolto •• l.po41 •• nto ••<br />
I _, - Ao S.cr.tárlo co.p.t ••<br />
•• ) dlr111r • organizar o. tr.belho. 4••• cret.I'I.-<br />
••• p04ient.,<br />
b.) •• cr.torl.r •• rouniõ •• da A ••• abl'l. Corei, do<br />
Con •• lho Con.ultlvo • d. DI•••torl., 1••••••ndo ••••••<br />
pectlv ••• t•• , -<br />
•• ) •••••titul. o Pre.J<strong>de</strong>nt. noo •••• falt., • ~<br />
diaontoo • na. 40 'Ice-Pre.ld.nt ••<br />
• II - ,. •• Iundo S.cretlrlo COIIPOtol<br />
a.) a•• lliar o Soc •••tlrlo • oubotir.f-l0 fteO •••• -<br />
f.lt •• o i~l"nto ••<br />
, li • ,. r••oureiro e-pot.,<br />
•• ) dlrllir o •• rviço da t••ourari •• a •• cri~1D<br />
do. llvro •.d. cont.bllldad.,<br />
b.) receber .nuld.d •••• ub"onça •• ,<br />
c.) dar r.clbo •• q••it.çõ •• ,<br />
d.) '•• 1'd.p6eltoo •• e.t.bel.cl •• ntoo bancarl •• o<br />
••• Inar chequ •• o. noao da A•• ocl.çio. ,wnt •••• t. -<br />
coa ° Preei<strong>de</strong>nto, ou, no •••• 1Iopodl__ - q", nio-<br />
p•••cl •••• 1' comunic.do • torcolros - coa ••••••••botlt<br />
••to. 101.1., -<br />
•• ) .pro •• nt.r I As ••abl'l. G.rel. no c•• o ao .rt.-<br />
10. do • 'I, o. 11_ d. cont.bllidad •••• coap1'2-<br />
"ont.. d. lonço •• nto • bal.nço onual do •• "I••• to -<br />
'Inancolro.<br />
I " - Ao S.C ••ndo T ••o••••lro co.,otol<br />
a.) 0•••11101' ° r••oureiro •• o.uo i.,.dl_nto., •••<br />
qu.l. nin precl.o ••• 1' coaunlc.do. o t.rceI1'OO.<br />
I " • I••• nt. ° Pro.14.nt •• o S.oretarlo ou .ub.tlt ••too-<br />
1••• 1. pod.rlo o•• ln.r recibo. d. onuidad ••• on4oa<br />
'or ch.q •••• poro d.po.ltl-lo. no. oonto. ban"rla.:<br />
CIo "••ocl.çio.<br />
• tt - ~o.p.te i Dlret~rl0 •• con1unto,<br />
.,) adaltlr •• xcluir .aclo., cob.ndo "e.ta oa.o ~<br />
c••rao i A ••• abl'lo,<br />
b.) troç.r o. dlratrla •• lerol. da Alooolaçãol<br />
c.) Interpr.t.r 00 •• tatuto •• relolv.r 0.'0. O8it-<br />
00.,<br />
d.) _eor cOllI••õ•• d•• Uudo, trobalho, propalondo<br />
o ~utro., pod.ndo paro 1'.0, dalalor podore.,<br />
•• ) d.llberor lobro o odalnl.t1'0910 • oplioação doe<br />
~ovar •• o bano loclall'<br />
t.) lnltitulr tundol ••paclal., I.rr-loa o o.tlnaaf<br />
-10. na to••• do al'tllO 10' I<br />
I.) doliberAr • C1irllir o As.ocioção •• tudo o quenJo<br />
for do .trlbulçio ••pre ••o do OUt1'O. 8raão. ou-<br />
"1'1° 0 '<br />
~.) pre.t.r cont •• i A •••• blll. Garol.·no foroo dot
tea •• tet••toa,<br />
i.) COII_I'<br />
t.t ••to•••••<br />
• A••~lU. GeNl. na fo••• "atoa O!<br />
p•••,••r•• doa podo ••••q •••o Proai<strong>de</strong>"te-<br />
O o••tro•• &:10. tonh_ pan o •••• fi.,<br />
,.) fo••• r u. eon.a11lo CO••••• ltho quo ta" ....ato.d•••••••<br />
o•••••nto.<br />
CAPITULO ,<br />
Df
.m .,.tudlI <strong>de</strong> acordo _ o capital all\da NO ~<br />
PNI.do. proporeional •• nt. i. contribuiçia. iniol<br />
.ia.<br />
CAPITULO I<br />
DO PATaI~"IO E DISSOLUÇAO<br />
Ard•• 1" - Ea c••o da dluo1uçlo da Auoclaçio. O .a" patr*<br />
"io revertare a. ben.trc1o d. outra •••• oclaçS..<br />
conl.n ••.••, da conforaidada coa o da liberado pala -<br />
Aa.eablél. ~.ral.<br />
CAPfTULO 11<br />
DOS ESTATUTOS E CASOS O"ISSOS<br />
Arttco I" - o. pr.,ent ••• st.tuto •• ó pod.rio ••r aodlfl~.do •••<br />
no todo ou •• part., •• A••• ab1'1. C.ra1 Extraord!-<br />
"'rI., ••p.cl.1 ••nt. convoc.da p.ra •••• fi., a por<br />
d.llb.r.ção ~. doI. t.rço. do •• ócio. d. A ••ocl.çlo<br />
p•.•••nt •• I Aa ••abl'i., nao ••• d.itindo •.•pra.cnt!<br />
çao. No c••o d. quorua ln.uflcl.nt., •• t. Aa' •• blfi.<br />
t•• pod.r d.l1b.ratlvo p.r •• dot.r ••c.nl ••••<br />
a fI. d. que ••t•• doI. t.rço ••• ~•• con.ult.do ••<br />
I únt •• - o. c••o ••• 1••0. n•• t••• t.tuto ••rio rI.olvldo. p!<br />
1. bl •.•torl., c.bando r.cur.o à A•••• bl.l. ~r.l.<br />
CAPfTUL.O XII<br />
DAS DISPOSIÇOES CERAIS<br />
Artllo 1S' - A A••ocl.çio p.r. Prot.çao Aabl.nt.l d. Sio carl0 ••<br />
pod.rá flll.r- •••• ntid.d •• conlinara., b•• c~ •<br />
lndic.r .1Iun. d••• u•••• bro. p.r. rep •.•••nt.r • -<br />
.ntldad. 'unto a outr ••••• oci.çõ •• conl'n ••.•••<br />
Artlao 11' - o. pr••• nt•••• t.tuto •• ntr •••• vilor n•• t. data,<br />
"'ASC - ASSOCIAÇ10 PAlIA PlonçllO ,,"8IENTA!. DE $Ao CAIlLOS<br />
ESTATVrO APROVADO NA ASSDl8LtIA GEMI. DE<br />
30 DE SETJ:I18RO DE 1117<br />
sM CAIlLOS - ESTADO DE sAo PAULO
;~<br />
. *SAO CARLC»~<br />
'RUA COl"DE 00 PINUAL, un - FOl"E; 4920<br />
ANO VI - 8"0 CARLOS, QUINTA·FEIRA, 05 DI': JANF.IRO DE 1.978 - N.o U%5<br />
r--"<br />
IPISC reinicia ativida<strong>de</strong>s<br />
Ap6a breve periodo <strong>de</strong> <strong>para</strong>llsaçAo <strong>de</strong>vido li<br />
fntl.lda<strong>de</strong>a do natal e fim <strong>de</strong> ano ••. APASC (A.<br />
eoclaçAo pi Proteção Amblental <strong>de</strong> <strong>São</strong> earlol) no<br />
tom • .uu .U.ida<strong>de</strong>a I, putlr <strong>de</strong> emanhã, dia ti<br />
A AFASC lul.a ClIm t'ntusiallllo, no •••ntldo dt' que<br />
toei•• a. nJli'>t'. It'jam alllblt'ntall\lt'nlt' confurta·<br />
'ora •• como It' nota na loto acima.<br />
drlte DOVO ano no qual eaperamOl que I, humanida<strong>de</strong><br />
m1 geral e m1 particular • comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Sào earlol, adquira maior col1.lClênc1adoa <strong>de</strong>.-quilIbrloa<br />
que AI atlvlda<strong>de</strong>a do homem mo<strong>de</strong>rno .tm<br />
causando no meio ambiente em <strong>de</strong>'trlmento da<br />
nolSll pr6pria exl.t~ncla e pUle da reflnAo .abre<br />
OJ problemAl ecol61:lcoa que cada dia maU &fI1·<br />
gem nossa conscl~ncla e nollSOler <strong>para</strong> uma ação<br />
e atuaçlio harmônka, consciente e Sábia em rtla·<br />
Cllo ao "'UI srmrlhnntf'1 e 1natureza.<br />
Para Isto. a ÂPASC convida \odu AI pesSOal<br />
Int.erl's~adas em <strong>de</strong>bates e procurar 101uçõeJ <strong>para</strong><br />
01 prn1.\t'lnu amblrntal •. partlculannl'nte 01 <strong>de</strong><br />
8:\u Carlol. a ~ (IIjRrrm a ela e eomparoet'rrm li<br />
rl'unl~ qUl' sl\o realh:adal todas AI lt'xtaa-felrB.l,<br />
2u hl nal <strong>de</strong>pt'nd~nclu do 8ENAC.<br />
PALESTRA DO PROF. MARIO TOLENTINO<br />
Amanhã, o prol. MI.rio Tolentlno, a convite J<br />
da APA8e, proferir. uma palealra on<strong>de</strong> abordari '<br />
alltUJU a.apectoI da eolov;la da ~o <strong>de</strong> 810 Car·<br />
10a e da problemUI=a amblental <strong>de</strong> DOlllI&ctda<strong>de</strong>-<br />
,,.' ,::..- .<br />
. Demlnfo, • <strong>de</strong> •••••••• <strong>de</strong> 1971<br />
- .-'----- ------<br />
: MO CAl\L08 . . > ' ) ••<br />
iAssociaçtJo <strong>para</strong><br />
.~proteger am~iente.<br />
:' UM lf\IPO di ~ • ,.........,. di 110<br />
• Cano.lIInCIoU lIIU _*10 <strong>para</strong> pncqn o<br />
'; AIDblenla da rfCIIo· lnIaMImNla. a Apaac<br />
tAMocIKIo <strong>para</strong> PnMçIo AIDbit'Dta! .,. 110<br />
• CanoII reu.at. promO\'eDdopaIeatr ••.••<br />
• IIllnirlol ~ PI'OlwtaDdD lu-. aIwIv __ ••<br />
; P"4I ~ da '-IlIo' Indlu•••• tolllt4el<br />
<strong>para</strong> PrwMrYlII" ~I" •• IlIUa. da poIll1
;j&J; ji{ . {:<br />
. *siJio tCACULCS I<br />
ÓRGAO OFICIAL DO I\1UNICIPIO - RUA CONDE DO PINHAL, 2443 - FONE: 4920 j<br />
ANO VI- SAO CARLOS - DOMINGO, 22 DE JANEIRO DE 1.978 - N.o 1.440 ~<br />
._------ ------<br />
•..~,------_._----------------------<br />
.. i .<br />
I<br />
.nrasc contesta ranlo (~~~io<br />
Dia 14 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />
1078 um representante<br />
da APASCfoi à região<br />
acolhida <strong>para</strong> localiza·<br />
çio do novo aeroporto<br />
verificar a <strong>de</strong>núncia fei<br />
ta pelos jomals, segundo<br />
os quals, já haviam<br />
sido iniciadas as obras<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sIn3tamento na re<br />
glão, embora o IBEDF<br />
- Instituto BrtlSileiro<br />
<strong>de</strong> Desenvolvimento Fio<br />
restal, que legisla sobre<br />
Areas florestais no Bra<br />
alI ainda não houvesse<br />
emitido seu parecer . a<br />
respeito.<br />
Essas <strong>de</strong>núncias infeliz<br />
mente foram plenamen<br />
te confirmadas - foram<br />
tiradas fotografias<br />
e sly<strong>de</strong>s que posteri-<br />
Ormente serão divulgadas<br />
como também cons<br />
tatou-se Improce<strong>de</strong>ntes<br />
as afirmações do governador<br />
Paulo Egidio<br />
Martins que disse em<br />
17 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> '78: "A<br />
área on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong>mos<br />
construir o aeroporto<br />
não tem uma árvore.<br />
não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<br />
da floresta. On<strong>de</strong> tem<br />
apenas uma carrascal.<br />
capim e arbusto ~so eU<br />
não consi<strong>de</strong>ro floresta".<br />
A APASC através <strong>de</strong><br />
seu represantante veri<br />
ficou que, pelo contrá.-·<br />
rio, há. gran<strong>de</strong> diversi- .<br />
da<strong>de</strong> <strong>de</strong> árvores na região,<br />
constituindo <strong>de</strong>'<br />
fato, uma floresta importante<br />
a ser preserva .<br />
da. <strong>de</strong>vido a sua proximida<strong>de</strong><br />
à <strong>São</strong> Paulo.
Iv~~~$11m Proluléma- íl~ P@~igiç~o!<br />
",,' , c)J),'II'IOV S,C: ?1/.>/7-~~ .! '.~ P'" ~ na I<br />
[""1"1" " .• " ~ - m<br />
~i~wvu®\7~~Lfil~DDlia<br />
I<br />
r - , A Apasc espera que nossos vereadores con-<br />
A <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção. Amblental <strong>de</strong> si<strong>de</strong>rem a gravida<strong>de</strong> da situação, que afeta tam-<br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> entregou ontcm à imprcnsa local u- bém bairros vizinhos, e <strong>de</strong>libere medidas que vema<br />
nota oficial sobre prohlemas <strong>de</strong> poluição exis- nham a por fim A prcocupaç511 e a~reensüo ~(ll'l<br />
tentes no Jardim Santa Paula e adjacencias, que muitos moradores veem seus hlho~ rcsplra-<br />
O assunto, foi por nós focalizado no mes- rem aquela "fumaça branca".<br />
mo dia em quc a APASC se reuniu, tomando então<br />
conhecimcnto do mesmo.<br />
NOTA OFICIAL A IMPRENSA<br />
LIBERADA PELA """se<br />
•• Nossa última reunião;. rexta-feira, dia<br />
17/02/78, no Senac contou com a presença <strong>de</strong><br />
um morador do Jardim' Santa Paula, que compareceu<br />
<strong>para</strong> nos informar e <strong>de</strong>nunciar graves, problemas<br />
<strong>de</strong> poluição atmosférica,- que há muito<br />
tempo vêm afetando a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos mo<br />
radores daquele bairro e circunvizinhança, prejudicando<br />
inclusive a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> muitas crianças<br />
que são mais susceptíwis a l'St·.: tipo <strong>de</strong> poluição.<br />
Trata-se <strong>de</strong> poluição causada pela qucima<br />
<strong>de</strong> residuos <strong>de</strong> coum acumulados pela Curtidora<br />
1\\onle Rosa. A popul:Wãll do Jardim Santa<br />
Paula; que há muito espera provklencias da propria<br />
Curtidora ou <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s competentes;<br />
resolvcu, <strong>de</strong>pois do dia 101/02 7M quallllo a quci<br />
ma dos resíduos provocou p(llui~'30 insuportável,<br />
a~ravada por inVl'rsào li'rmic
F~i~'~~~(~~ -;:-;/A A " oiõ~;.l<br />
r'. . í'.•.~.~<br />
i ,E~~d~<strong>de</strong> contra '1<br />
;,a exbnção <strong>de</strong> aves ,.1<br />
I' Jaburu. tucano, arara. beija-Dor. ema.· I<br />
( marabu. algretle, Ibls sagrado e multas es-<br />
- .pecles <strong>de</strong> aves estão ameaçadas <strong>de</strong> extlnção.. . I<br />
t· .segUndo a nota <strong>de</strong> advertência que a Asso-',<br />
I· claçlo <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong>,;<br />
<strong>Carlos</strong> distribuiu. Essas aves. segundo a en-,<br />
I.' tlda<strong>de</strong>. 110 mortas aos milhares <strong>para</strong> que. ,<br />
I' .uas penas e plumas se transformem em<br />
r adorno das fantasias <strong>de</strong> carnaval. <strong>de</strong> escolas:<br />
• <strong>de</strong> $amba e mesmo <strong>de</strong> algun s foliões. o que'<br />
I, ocorre exatamente na êpocjl<strong>de</strong> reprodução •.;<br />
I· .ocaslão em que suas plumagens se tornam<br />
t mais bonitas e atraentes. 1'\0 documento 8'<br />
r 'APASC reivindica das autorida<strong>de</strong>s competen,;<br />
!teso a proibição do uso <strong>de</strong> penas e plumas <strong>de</strong>:<br />
. aves' com o objetivo <strong>de</strong> preservar a fauna .<br />
. 'brasllelra e consequentemente a'extlnçAo <strong>de</strong>:.<br />
.. ~ezel1as<strong>de</strong> espêclmes <strong>de</strong> raras aves troPicais.::<br />
r ~ ." : ~ .<br />
t . JORNALISTA i<br />
t .FaleCeu nesta cida<strong>de</strong> o <strong>de</strong>cano dos jOrnalls-:<br />
i tas são-carJense. Pedro Fernan<strong>de</strong>s Alonso.',<br />
I:' militante da Imprensa Interlorana hA50anos.<br />
i : O extinto redator-chefe <strong>de</strong> "A Tribuna" per ..<br />
~tenceu ao Gabinete do governador Adhemar .<br />
. r' <strong>de</strong> Barros e foi. por muitos anos, chefe da<br />
, . Unida<strong>de</strong> Pollvalente do Trabalho nesta c1-.'<br />
1 . da<strong>de</strong>. E na "Cidadão <strong>São</strong>-CarJense' bene-<br />
i mérito" e seu falecimento <strong>de</strong> Pedro Pernan.<br />
~ <strong>de</strong>s Alonso consternou a cida<strong>de</strong>. on<strong>de</strong> era es..<br />
L tlmado pelas suas qualida<strong>de</strong>s proflsslonals.e .<br />
t morais.<br />
L·. '0 .veterano Jornalista militou em quase<br />
\ todos os Jornais surgidos em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e .01<br />
" Insplrador <strong>de</strong> vArias gerações <strong>de</strong> jovens. que.<br />
I. 1l~.I~lclaramna pproflssAo. ..~. . j<br />
I<br />
i•.•..•...•...... ~;. __ ..•.. ~."- __~.. ..~_~. __.....•.. .: .. ..J<br />
fó4' J, S. )?CUf-h<br />
ZZ!oZ/lfJ<br />
J, ..•--..<br />
Plum&lw.~dorno<br />
"Nu qUlllldad~<strong>de</strong> h-lturll <strong>de</strong>!,~ejonHlI. 11<br />
na l'l1l~'âodI) dia lU du clIrrl'nle o IIrlll:n,<br />
"Sâo ('arlos entida<strong>de</strong> conlra a cxtln~'â(><strong>de</strong><br />
nnlmals".<br />
"1\'14ul'l multo chocada l'm saber 4ue<br />
ellll'lem pl'ssoas capazes <strong>de</strong> matar<br />
milhares <strong>de</strong> pAssaros que vivem felllt·s<br />
em seu habltat <strong>para</strong> al)l'nllS se aprovrl·<br />
tarl'm <strong>de</strong> suas plumas <strong>para</strong> seus adornos<br />
<strong>de</strong>.'carnaval Ainda mais quando exlslem<br />
hoJr em dia todos esles allornos fellos ar,<br />
tlflclalmellte. Isto é um absurdo e um alo<br />
<strong>de</strong> l1Iullomau carallsrno.<br />
"Envio pl'la pre.'srnle meu apoIo à ~.s.<br />
soclaçâu <strong>para</strong> Prolecão Amllle.'ntal<strong>de</strong> Sao<br />
('arlos. ~:speramos alllulles enl'rt:leas<br />
das aulorlda<strong>de</strong>s competentes. -.Lulsa M.<br />
Ircang" 'Culabà. MTl.
RrasCe n'planejamento urbano<br />
A <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Pro<br />
teçio Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
<strong>Carlos</strong> - APASC - dil\<br />
tribuiu ontem comunicado<br />
à imprensa, sob o titulo<br />
"Do planejamento urbano",<br />
cuia Integra reproduzimos:<br />
"A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coe-<br />
~nda e racionalidadc no<br />
planejan.ento da Arca urbana<br />
d~ um munidpio, é<br />
fundamental <strong>para</strong> que li<br />
mesmo não venha nUI1l<br />
futuro proximo sofrer pro<br />
blemas <strong>de</strong> soluções dif1cds<br />
e mais custosas.<br />
Problemas como o da<br />
localização da zona inllus<br />
trial ou da Estação Rodoviária,<br />
bcm como o da du<br />
plicação ou não da Via<br />
Washin~ton Luiz, ,<strong>de</strong>ntre<br />
outros, são qUl'Stõcs que<br />
I.'xi~l.'ni muitos l'l\tudos<br />
r"r parte dos que cuidam<br />
do planejamento urbano.<br />
As opiniões e sugestões,<br />
sohret\llto, dos técnicll!;<br />
no assuIIlt, lIevem ser con<br />
'sultadas, Tambcrl1 o povo<br />
<strong>de</strong> maneira geral <strong>de</strong>ve ser<br />
ouvido.<br />
Já na ocasiãu da esCu- que ~ID bastante "a ca- ' lar do sJ.o-carlense, ma-<br />
Decl'Sôcs como esta. lha <strong>para</strong> localização d. lha," na atual conjuntura nifesta sua apreensão J»ej<br />
sio ddinitivas, Se por atual Distrito Industrial sanclltense. rante 3 problemAtica do<br />
predpitaç!io for tomada à su<strong>de</strong>ste da cida<strong>de</strong>, fo A "APASC" <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nosso planejamento urba-\<br />
unIa <strong>de</strong>cisão errada quan rant aponta\.los por autllr seus objetivos <strong>de</strong> prole- no e espera que as enti-<br />
to A mudança do pcrime- da<strong>de</strong>s cicntíficas as inclII ção <strong>ambiental</strong>, preocupa- da<strong>de</strong>s relacionadas ao astro<br />
da 2.a Zona Industrial veniencias <strong>de</strong>sse local <strong>de</strong> da com a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vi- sunto se manifestem ,a<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, visando vido- ao fato \.lI.' que ai da do homem, em particu respeito" •<br />
nas J1rox;mi~la<strong>de</strong>sdo mes guns ventos dominantes<br />
lIIa cdlficar UI1lhairro <strong>de</strong><br />
O,J)i6fio .o.lID3I11<br />
na regilo sopram em di-<br />
('asa p"l'ulan,'S, ou ml'S- reçlo à cida<strong>de</strong>, trazend."<br />
Ino na localização da Es- dl.'Sta maneira, <strong>para</strong> o nü<br />
t:l\'lIo '~lIdllviária. llUI.' !W <strong>de</strong>u urbano <strong>de</strong> <strong>São</strong> Car-<br />
f:ll ur~ente hõi anllS, m; los, 01 reslduos atmosfé·<br />
ainda lIUJnlt.;\ constru- ricos qU\: porventura vics<br />
.;ão llU nAo li•• Via Nur- sem a iCr lançados rx:1as<br />
l', esta lkt:il\ão fkarã ra indilstrias ali situadas.<br />
ra sempre como obstAcu- Dlocisõcs comll esta, im-<br />
10 <strong>para</strong> o \.Iesenvlllvimenplicam em '"nl'rosos gar<br />
to sodal <strong>de</strong> ntlssa cidalle. tos, <strong>para</strong> serelO relncdia-'<br />
, Proeeuo D.o 18~'18- projeto<br />
das. Porisso insistimos -<br />
<strong>de</strong> leI n.o 18 /:P/fI/;'/. /lf./;;;-?t?<br />
Vemos com apreensão "t melhor prevenir do<br />
Interessada: - Mlriam Schiel<br />
o fato \.lI.'autorida<strong>de</strong>s cien que rel1l~diar". <strong>São</strong> Car-<br />
tlficas (um conhecimentos los precisa li\.' um planl'-<br />
Assunto: - Consi<strong>de</strong>ra <strong>de</strong> utUl<br />
profundos sobre nossa ci jamento urbano on<strong>de</strong> opi-<br />
, da<strong>de</strong> pública a "<strong>Associação</strong> Para<br />
da<strong>de</strong>, seu meio - ambien, nem amplos sl'torl'S da 1'0<br />
Protecão Amblental <strong>de</strong> <strong>São</strong> Car)os"<br />
te, seu clima, sua' estruh plllaçãll :111l'St1l:l'j;J1:111"1:<br />
~-APASC.ra<br />
urhana, sua localiza· !.-s que ~IISSU;J1ll ;Julorilla<br />
I . ;<br />
çãu geugráfica e meteo-I<br />
~I<br />
1I1: il'cni",·cil'lllilka,<br />
ft ~18t111" - ,'-e>-?'<br />
rologica, não serem con"<br />
:\ prllpÚl\illl, louvamos<br />
sultadas <strong>para</strong> opinar,<br />
luz \.lI.'seus cunhecimen- a iniciativa ,da' "AEASC'<br />
tos sobre qual seria a Ill( (<strong>Associação</strong> dos Enge-<br />
Ihur solução <strong>para</strong> os prol<br />
blelllas urbanos que ora<br />
nheiros, Arquitetos ,e En';<br />
genhciros Agronomos <strong>de</strong><br />
enfrentamos. , <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>) que está pro<br />
curando estruturar um<br />
Ciclu <strong>de</strong> Palestras sobre,<br />
problemas urbanos. O:
o ,jiftrlt.l o :Sal> C. <strong>de</strong>. Lo s<br />
D'/()~/"<br />
,-."..,.,.,..,.".-".,.,.,., .." .,.;;.;;;:;;::-,7';",'-;;;:;:;:;:::,--:;,. .;;-:;.-;;-:;;::,;, 0_ .,.~., .,.,., .,.,.., ... :<br />
. ,<br />
IAPASC I<br />
Vil; constituir<br />
i}<br />
.j' ,.<br />
. ~<br />
seu<br />
!~<br />
i) Objdivando furmar Seu quadro<br />
", <strong>de</strong> socius, a Ass\)\:i;lçào <strong>para</strong> .'r,,(.:-<br />
.~ ç.io Ambiental <strong>de</strong> S;io <strong>Carlos</strong> elol;i tni<br />
'~ dando um3 call1panh., ness~' Sl'f1lid .•,<br />
~ Para ,Ianlo, distribuiu, um 1Il:1f1ifelolu<br />
\ cujo! lIt1cgra reprolluzllIl\,s aut;lll l'.<br />
, no qual esclarece us mutivos p.:lclli:l~ l:J<br />
) prllll"ção ambielllal da dl.lad,' ~.- CIII;<br />
~ I:rc~Uell1 em tornu Jos i<strong>de</strong>ais J,]<br />
~ APASC.<br />
) PROPOSTt\ DE SúCIO<br />
~<br />
, •<br />
D.·\ APASC<br />
"Sentullos "d eatro <strong>de</strong> nos ' uma<br />
, - -, I<br />
~ PICl'CUpaça.) cunstante nau so pc a<br />
, nossa casa, comu lambem pela nuss,]<br />
, cidal.h:, Embura esli:jamus, vultallus<br />
l <strong>para</strong>. preucupa,.ões dikn:nle:s tuJus<br />
\ nús lemos lima opinião própria at.:l'r·<br />
) ca dos prublcmas da cida<strong>de</strong>, Tudo<br />
~ aqueh: que: não partidpa dus prubk-<br />
, Illas 0.1 cida<strong>de</strong> é cunsidcradv, enlre<br />
. S nós, um mau cidadão, não um ciJ.,-<br />
) uá') silcncioso,<br />
~ Somos nós que que <strong>de</strong>cidiilloS uS<br />
S assuntus da cidadc ou pdo) lIIenos,<br />
, rdletimos sobre eles profundal:!cnlc,<br />
, Puis, nfw vcmos na upiniãu cxprcss,]<br />
S publicamente UIII pcrigu <strong>para</strong> a ação<br />
, mas sim, na aus~ncia dc discussõcs<br />
~ anteri"r"s à cxecu~ãu das ubras n,,-<br />
~ CeSloirias",<br />
~ Esta frase <strong>de</strong> Périclcs <strong>de</strong> 4:10<br />
~ A, C, ainda nãu p.rd.~u sua atu.,li·<br />
~ d.1<strong>de</strong>, Nvs di::.s <strong>de</strong> hvje mais 1.10ljU;!<br />
, nunca o povu br;.sl!l·,ro. CI,I p;:r1I~'L:<br />
•• lar, o paulisla, cumq:a a sentir a im-<br />
~ portanci,] que tem sua opil;iãJ." a _uis<br />
~ cuss:io <strong>de</strong>la cLlm IIS <strong>de</strong>lltals cldad3. iS<br />
~ da cumunidaue p:Jra p,]rticip.1r das<br />
~ .<strong>de</strong>cisües que ah:tal1l sua vida, sua<br />
~ terra, seu lIIeio ambientc.<br />
~ E: nesse contextll qUI: \'CI1\l)SSUl<br />
~ gir as reivindicaçües, pela. pre~crv.,,,j,)<br />
•• d,] flrea verd..: d..: ("ucala dI) Allu,<br />
, •.1----------------------- ----<br />
,<br />
S,<br />
~<br />
, 'Daia dc Nascimcnto:<br />
••<br />
••,<br />
., ••<br />
••<br />
••<br />
~<br />
, ,\lIl1id;IU'-: I:W.OO CIII<br />
\ I<br />
~I<br />
, I<br />
~ I<br />
-jo-<br />
contra a cunslruç.'i'1 da Hraskraft no<br />
vale <strong>de</strong> I'aranapanema e llI"smo contra<br />
:1 1II:1I"n"a indiscriminada ue<br />
"pumbas" no sul do pais,<br />
NuS d"is Í1ltimlls <strong>de</strong>cenills pre.<br />
scnciamos cln S:;u Carlus um acelt:raJv<br />
c expull~nc"ja~ OeScimclltu urbano,<br />
Isto pro .•.. ocou, Cumll aContece em<br />
lllJu llIundo civililatl". uma d,'grada-<br />
":111 amhll:ntal lllle Sl: rdktc:<br />
I.a Na 'p;.s.: qu" loial Jerrub.,da<br />
ue nussas malas, Ainda :J PIIUCOSanos<br />
nossa cidadé ua conhecida corno<br />
S30 <strong>Carlos</strong> 1.10 Pinhal, A l'>.istl'ncia<br />
uos pinheiros lju,' Jntigallll:nle cobriam<br />
extcnsas regiõ,'s <strong>de</strong> nusso municípiu;<br />
falu quc Icvuu-o a ser relraladll<br />
CIII nllssa tJ:,nJdra simbulica<br />
lia c'JllttllliJadl:, SI: rest;ingl: atualmcnte<br />
a rarissilltus exclllplarcs.<br />
2.0 No cxtcrllliniu Jus animais<br />
que talllb':llt muito colaboram <strong>para</strong> a<br />
prcsl:rv.,çào til) cquilibrio ccológ,iso,<br />
embora m.uittls n.'io se apercd)am dis<br />
50,<br />
3,0 No dcscnvulvimcntu indus'<br />
trial c aumcnto Pllpu:",iunJI ljlll: gra<br />
dativamcntc \'cm trazenuu prublel'laS<br />
que afetam a l;ualidaJ.: dc viJa do<br />
são-carlcllse.<br />
A APASC sc prupüc :J s..:r um;;<br />
cntidadc que cung!oiih:r.: us cidad,'i.:::<br />
s.'i,)-carlensl:s prciJcllF.:lUUS cum a<br />
ljualidadl: da vida l'11l nossa cida<strong>de</strong>.<br />
Uma <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> pessuas an-<br />
UI: cada um pussa 1c .•..::r su;;s rd~~xõcs<br />
sobrl: nosso I::l'iu al;ll;icn:e l<br />
discutirdu-as, Chcg;H a III00alinh.1 d~<br />
a ••.?iu, <strong>para</strong> ljue tUJdS colabore"l <strong>para</strong><br />
SU:l cunservaçãu.<br />
Se vocc cs:à interessado Clll sc<br />
lornar s'lCio da APASC prl:cncha esse<br />
cupum c CJlvic-,) p:n.1 caixa pllSI.11<br />
5U6 ou vá as nussas reuniúcs todas<br />
as scxtas-feiras à~ 20 Ii,)ras nu SE-<br />
NAC, silu à I{U:l Episcopal n.o 700 .
I',:~· ".'":~:. =; .~O p:,~,,..~:\""E:;,~O<br />
A~.';;!:~;;."..lC~<br />
Z!o C:'~LOS<br />
._, ...." •...,;;~<br />
RECO:,HéCIOA Of: UTllIOADE PIÍ!llICA<br />
LEI ~IU:~;CIP.1l N' 7843<br />
cal.. .011'&\. .t.<br />
IS,.a - 1.10 «_"01 - .,.<br />
Hi quas. s.te anos I APASC .em <strong>de</strong>senvolvendo atfvldl<strong>de</strong>s d.<br />
proteçio ac~I.ntll e luta p.ll •• lhorla di qualldld. <strong>de</strong> vld~.<br />
Sio atlvlda~.s como p.lestrls .m escolas. I.pressão di pa!<br />
fletos e boletfns. notas nos Jornlfs e ridfos da cida<strong>de</strong> e. recent.aente<br />
Ull prograca na Ridlo Progruso AM .(Progr~al Vida Natural. 29,<br />
49 • 69 is 13:00 horas): sio.por outro la~o. grupos d. trlbalho org~~I::n10<br />
atlvld.<strong>de</strong>s com fav.lados pari construlrea suas casas ou<br />
colabor.nd~ na luta d. I:\orl~orespor u=a pr.ça: sio seman.s d. PIlestras<br />
e exposições d. fotos. fll~es e artes plistlcas sobr. a Qa!<br />
t~o ecológica ou campanha pela<br />
Sales; i ° apoio ao surgiaento<br />
preservação e aelhorla da Praçl CI1.<br />
da AP~[L·A~~oclaç.o pari Proteção da<br />
A.presl do Lob~ (Oroa) ou o encamlnh.ae"to <strong>de</strong> <strong>de</strong>n~ncl's d. c'dadãos<br />
pelo c~rt. <strong>de</strong> irvores. Maltrato a l"ia.Is ou poluiçio <strong>de</strong> c~rregós.<br />
110 entanto. es~as ativida<strong>de</strong>s e multls outras estio sendo<br />
levadas. a cada dia que pasSA. for "'enos pessoas. IIoJeestaaos com<br />
u~. dlretorl. provisória e ea Asscm~léla Peraanente ~~~<br />
alçua.s pessoas se Interesscn por constituir ual chapa par. novl d!<br />
r.•tor Ia.<br />
P.ra tanto .staaos convocando todos os associados a comparecl'reCld..1.I<br />
26 (2! felral ~!_!!.0~!0_is_2.0.:(lO.horasno Auditórfo<br />
di Pre'elturo "unlclp.l <strong>de</strong> Sio <strong>Carlos</strong> <strong>para</strong> rcollzaçio <strong>de</strong> uoa Assembl~11<br />
Geral dos Associados quando preten<strong>de</strong>aos discutir e <strong>de</strong>liberar<br />
a mudlnça nos estatutos (proposta em anexo) e 'ormar A nova direto-<br />
ria.<br />
Realizaremos<br />
-<br />
r.unloes<br />
• as<br />
.todas as 2-<br />
-<br />
'eiras'as 20 horas,<br />
'I<strong>de</strong> da APASt (R. Padre Telaelra. 1662. 'undos). pari fOnllação<br />
ual chlpa e ellboraçio da Clrtl progrllll.F.!t~~te da nova<br />
!Itorll di APASt. Sua partfclpação i fundamentll.<br />
Paulo J.P. "Inclnf<br />
Pr.sldlnte ell[aerclcfo'<br />
Art. '" A APASC constftulri. 'ncent'.erl t apol.ri • foraaeio d.<br />
grup"s lutónOIlOS i aesal. Obs.rvlndo-s. as s.gulntes ~ormIS:<br />
§ 19 - Os grupos serão formldo. por sócfos (ou nio) di APASt.<br />
§ 29 - Os grupos t.rio lutonomll compl.tl <strong>de</strong> Idalnfstraçio e g!Stão<br />
Internl d~ SeuS ObJetivos. os qUI's. entretlnto. <strong>de</strong>verio estar<br />
ellconsonincll com o contido no Irtlgo 19 d.st. Estatuto (dos obJ!<br />
thos).<br />
§ 39 - A gestio dos grupos s.ri reallzlda por r.gula.ento próprIo<br />
que d.veri nio colidir COClas normas d.ste Estatuto.<br />
§ ~9 - Os grupos terio s.us pltrl.ônlos. sua respon~J~IIIda<strong>de</strong>s fis<br />
caIs e le9als concentradas p.la APASC. qu. respOn<strong>de</strong>r. Jurldtcaee;<br />
te por el.s. pr.s.rvlndo-se. pori~. o dfr.lto <strong>de</strong> r.9r.ssio so~r;<br />
responsoblllda<strong>de</strong>s p.ssolls. que <strong>de</strong>verão ser levlntld.s pelv prõ~o<br />
grupo. na for.a d. seu regula.ento.<br />
§ S9 - A autono.'a do 9rupo seri total no que tang. 10 aspecto .co<br />
nô.lco·'Inancelro. entretlnto. a APASC. nos teraos do artigo 119<br />
519, r.serva-s. o dIreIto d. solfeltar doações. as qUlls <strong>de</strong>verie<br />
ser aprovldas pelos ôrçãos <strong>de</strong> d.llberlçio dos grupos.<br />
§ 69 • Por <strong>de</strong>llberaçio do grupo ••• consonincla coe s.u re,ull=ento<br />
próprIo, ou por asseMbléia geral da ArASt. pO<strong>de</strong>r-se-i resolver<br />
pelo <strong>de</strong>slJ,omento total do eesmo. qu. se .fetlvlr' atrlv~s da sepa<br />
roção Jurídica. çontibll • le,,' do patrleônlo e das obrlçlções d;<br />
grupo ea relaçjo i ArASC. da melhor foroa possível. a 'Ie <strong>de</strong> se<br />
preservor o bOIlrellclona.ento das part.s. f<br />
§ 19 - Em caso <strong>de</strong> dIssolução <strong>de</strong>fInitIva do grupo, o Seu patrl~õnlo<br />
prôprlo r.verteri i APASt. sendo por ell g.rldo dIretamente.<br />
ASSEHDlrlA §1!!l :::::<br />
DIa ~~o~ellbrt, is 20 horas. nO audftirfo<br />
dI Prefllturl "unfclpal<br />
l'..~U.lCl.!LJ.'UHA -<br />
r,LUtA....\. J/OVA01<br />
~E~~RlA. -<br />
Rtu"ifU tod.a<br />
u 1~ Ieiua<br />
r O~. Itu. r.d\C<br />
TeÜUJl4 l •.,-<br />
- lu"doa.
APASC<br />
.ASSOCIAÇ~O DE PROTEÇAO AMBIENTAL DE SAO CARLOS·<br />
MÓ•.•••.•••. ~ ....,.,.U ....tu &c., V4.w•••• ,.4,.". U"'fVC.yt~. i.Nf.!<br />
•••• tC. O "" ••••.••••••••.••• tAl. f' •.••.•••.•..••• ",.;",.......,... U1U~<br />
(loG _ •••••• fIAi.MJI ••••••••••••• tu •• ~ •.•••. ,..,_. c~' uto<br />
-'-d. d••• 111"1(1fT( Ifu.' •••1.<br />
" .LUlIIfl" pt'd •• u c••••I.~ ••• _ ••••••••• _. tldü u u';.<br />
(AU t••••••.•••••.••.IJ •••••• i •••••• e.:-..t. _or.at. lu.. .,.-"!<br />
~<br />
IJ '- ••••••••.• MAlu •••• uc":-..to f~HllIIADl7 •••• •••••• ,_<br />
OA". I••••ur••••.••••• &I1Wfl" eÜ •••• u ~ ••• lu •••.••. ,,'iM.( ••<br />
••.••••••• _ ••••-.t •••• t_... w ••piMobl.<br />
, ••••••••• é • IIATUI!ZA. c.. • _ •••t.l
o elNlr.eII' e••• IIATURf1A ••• ~ .-tuiMoe.ou UlI 'lU. •••• NU ~<br />
• ~".d'ieo, ".••••• ,tA viotrllto ~ iMaei.otoal. A IIATUlf1A, ••• ~ Mtu a,!<br />
vi. e_ ,i.pr,~ '0At~·d~ 'aba •.•tiAeU ~ 'oM~"i.";"eé
CAUCA\A<br />
A imprensa esorita e falada teI! ultimame~1:e estampado em seus /._j<br />
notioi&rios, o <strong>de</strong>senrolar das maDifeetaçoes que estao oüvrre~do oontra a<br />
instalação do novo aeroporto internaoional <strong>de</strong> são Paulo, na reserva fIo -<br />
restal <strong>de</strong> Cauoaia do Alto é Morro Gran<strong>de</strong>.<br />
. Quando o governo anunoiou sua intenção <strong>de</strong> oonstruir o novo aero<br />
porto naquela reserva florestal, os agrioul tores e <strong>de</strong>maie moradores do lõ<br />
. oal, bem oomoalguDfl eoologistas, taxadoa <strong>de</strong> "rom~ticos li, protostaram 7<br />
CO~~ a <strong>de</strong>rrubada da mata eprejuizos que o aeroporto traria <strong>para</strong> toda a<br />
',~eg1ao em suas ativida<strong>de</strong>s econô'micas..<br />
. Mas o governo nãO <strong>de</strong>sistiu <strong>de</strong>ste projeto<br />
.'<br />
e oontinuou realizando<br />
trabalhos <strong>para</strong> início das obras, fazendo ..contatoa duvidosos (promessli.S) .!<br />
trav's <strong>de</strong> eeus seoretários, co:n o IBIlF, Secretaria. <strong>de</strong> .Agricultura, S.AJ3ES~<br />
sendo que- algon,e <strong>de</strong>stes órgãos po<strong>de</strong>riam se opor à. construção <strong>de</strong>ssa obr:1.•.<br />
!pesar <strong>de</strong> que estes contactoa, eliminaram a oposição dos referidos órgâo~<br />
a populaç~ oO::leçoua se cobilizar oontra. a construção do novo aeroporto •<br />
.Assim, vemos ser formada a "COUISSÃODE DEFESAIX> PATRDJ1~NIO I<br />
DACOlu'UNIDADE", que já conta como apoio <strong>de</strong> 50 Entida<strong>de</strong>s conservacionis -<br />
tas e Enti~<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Classe. Vemosa realizaç~o <strong>de</strong> Assembléias com mais <strong>de</strong><br />
'300 pessoas, entre eles, polÍticos e cientistas ~dignadoe com os pronun-<br />
~iamentoD proferidos<br />
vo aeroporto.<br />
por autorida<strong>de</strong>s governamentais quanto ao local do ~<br />
; .. Afi~ que,o local é uma das1últimas rese~ fl~restai8 da<br />
Gran<strong>de</strong> Sao Paulo. E nos vive:noe em uma cida<strong>de</strong> com 4,5m <strong>de</strong> area ver<strong>de</strong><br />
2<br />
habitante, e~uanto que o m!~o estabelecido pela orro são 12 m por<br />
por<br />
habitante<br />
e Now. Iorque, a maior e ma.1e~esenvolvida cida<strong>de</strong> do mundo, oomo<br />
també~ ~ das ~is poluidae, tem 19 D <strong>de</strong> área ver<strong>de</strong>/hab •• E esses mesm08<br />
cientistas questionam a localização do aeroporto. A região situa-se •<br />
num verda<strong>de</strong>iro mar <strong>de</strong> morro8, o 8010 não é a<strong>de</strong>quado e <strong>para</strong> a construção •<br />
do aeroporto terá que ser feito um dos maiores movimentos <strong>de</strong> terra já fe!<br />
to na Alr.érioa.Latina; a regiao peI"I:1allececoberta por neblina. uma boa par-<br />
~e da manna <strong>de</strong>vido a evaporaçao das ~ da repres~, além <strong>de</strong> estar <strong>de</strong>struindo<br />
~ floresta que é suporte <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> mananciài8 que fornec~<br />
I a água mais limpa que os babi tantes <strong>de</strong> são Paulo, Cotia e ilnbú bebem.<br />
Surge agora um outro questionanento que , quanto a necessida<strong>de</strong> .<br />
<strong>de</strong> um novo aeroporto <strong>para</strong> são Pau1~. .<br />
Os administradores governam.e~tais alegam que S~o :Ba.lãotranepo~<br />
ta 5 milhões <strong>de</strong> pa.esageiros por ano e em 1952, o trá.fego já vai estar em<br />
torno <strong>de</strong> 10 e 12 milhões <strong>de</strong> paBsageiros/a.no. Bem, por dia em são Paulo •<br />
viajam cO:J:Osardinhas em lata, do traba.lho <strong>para</strong> casa e vioe-versa, <strong>de</strong> 8<br />
a 10 milboes <strong>de</strong> 8cres bunaDOS.<br />
Vai se investir inioia.1J;lente 600 milboes <strong>de</strong> dólares no novo aeroporto,<br />
<strong>para</strong> se resolver 05 "probl~1I da minoria privilegiaàa que pod,!<br />
ria muito bem se <strong>de</strong>slocar até Viracopos que com algum.a.eJ:lelboria.s daria •
.. ,<br />
Tazao a todo este trafego acima mencionado.<br />
Ser' que este dinheiro e outro8 gaet08 com obras faraônicas não<br />
seriam muito mais úteis se fossem utilizadas <strong>para</strong> melhorar as condições •<br />
d! vida <strong>de</strong>ssa população qUI realmente está produzin<strong>de</strong> os bens <strong>para</strong> a Naçao?<br />
Se~ que são Paulo não necesBi ta lIUito mais <strong>de</strong> sanemento b~i-<br />
00, <strong>de</strong> uma solução <strong>para</strong> as enchentes, <strong>de</strong> habitação a preços ~opulares, ou<br />
mesmo <strong>de</strong> transportes coletivos mais <strong>de</strong>centes, enfim <strong>de</strong> soluçoes <strong>para</strong> os I<br />
problemas da população. . I.<br />
t claro que siml Agora, se tivéssemos um governo que representas .<br />
se .s reais interesses da população, pessoas do povo que conhecem os pro-blemu<br />
do povo, elas saberiam a.na.lisarmelhor o~e <strong>de</strong>veria eer aplicada '<br />
essa tortuna:,no ~eroporto .u nos transportes colet1~)a por exemplo.<br />
_Porem nao po<strong>de</strong>mos ticar nos questionamentos, na8 críticas e nae<br />
contestaçoes. Temos que nos posicionar firmemente e nesse sentido nós apoiamos<br />
a luta travada pela população e as entida<strong>de</strong>s que estão se manites<br />
tando contrárias a construção do aeroporto. -<br />
UMESC (União Municipal dos Estudantetl'<strong>de</strong> <strong>São</strong> Carles)<br />
ODPC (Comissão <strong>de</strong> Defesa do Patrimonio da Comuni·da<strong>de</strong> : <strong>Associação</strong><br />
<strong>de</strong> ~paro dos Animais, Â. dos Artistas Plásticos da Praça da R~pública,<br />
A. Brasileira <strong>de</strong> Arquitetos Paisagistas, ~. Brasileira <strong>de</strong> Defesa da '<br />
Vivencia Urbana, Â. Brasileira do Estudo do Meie, Â. Brasileira <strong>de</strong> Preven<br />
çã. à Poluição do Ar, A. <strong>de</strong> Defesa da Ecologia do Vale do Paranapanema, '<br />
A. Democrática Feminina Gaúcha, A. <strong>de</strong> Defesa do Meio Ambiente, A. dos Docentes<br />
da USP, A. dos Engenheiros .Agranomos <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, A. dos Geógra -<br />
tos Brasileiros, Â. Gaúcha <strong>de</strong> Proteção<br />
, p<strong>de</strong><br />
Cr1ticos <strong>de</strong> Arte, A. <strong>de</strong> reservaçao<br />
ao Ambiente Natural,<br />
da Flora e da Fauna,<br />
A. Paulista<br />
Assoe. <strong>para</strong><br />
t<br />
•<br />
Proteção Ambiental <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>, A. Paulista <strong>de</strong> Proteção a r~tureza, Cen<br />
tro <strong>de</strong> Estudos Ecológicos <strong>de</strong> SlLntoe, Clube dos Advogados do EstJ\do <strong>de</strong> sã4<br />
I Paulo, Clube <strong>de</strong> Criação <strong>de</strong> são Paul., Clube Paulieta <strong>de</strong> Jardinagem, Comis<br />
. são <strong>de</strong> Defaea do Meio Ambiente da <strong>Associação</strong> Comercial <strong>de</strong> são Paulo, Co :<br />
missão <strong>de</strong> Defesa e Preservação da Espécie e do Ceio Ambiente das Faculda-<br />
:'<strong>de</strong>s Integradas <strong>de</strong> GuaruJ.hos, CoI:1issão<strong>de</strong> Defesa da Represa Billinge, Fed,!<br />
, ração das Associações dos Engenheiros Agronooos do Braoil, Fundação Bra -<br />
, 8ileira <strong>para</strong> a Conservação da Natureza, Fundação Parque Ecológico <strong>de</strong> são<br />
<strong>Carlos</strong>, Grupo <strong>de</strong> Agricultoree <strong>de</strong> Caputera, Grupo <strong>de</strong> Artistas Plás~icos ,<br />
Grupo Escoteiro <strong>de</strong> Cotia, Instituto dos Arquitetos <strong>de</strong> Brasil-<strong>São</strong> Paulo ,<br />
Lions Clube <strong>de</strong> Ec.bú,Mov:ilnento<strong>de</strong> Arregimentação Feminina, :i,:ovimentoArte<br />
e Pensamento Ecológico, NÚcleo Orquidófilo do Embú, Pioneiros Rurais do<br />
~rasil, Reserva Zoológico <strong>de</strong> Ilha Bela, Rótary Clube <strong>de</strong> Embú, Santa Paulo<br />
Country Club, são Paulo Gar<strong>de</strong>n Club, Socieda<strong>de</strong> Amigos do Embú, S. Botanica<br />
do Brasil-são Paulo, s. Br~ileira da Defesa da Vivencia Urbana, S. '<br />
Brasileira <strong>de</strong> Paisagismo, S. <strong>de</strong> Defesa do ~eio Ambiente, S. Amigos da Cida<strong>de</strong><br />
S. <strong>de</strong> Proteção ao Ambiente, S. <strong>de</strong> Proteção ao Meio Ambiente do Ilha<br />
~ela' Sindicato dos Escritores <strong>de</strong> são Paulo, União Brasileira <strong>de</strong> Escritores,'União<br />
Internacional Prot~tora dos Ân1mã1s, Voluntários Detensores da<br />
Jiatureza) _<br />
DCE-Livre da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Sao <strong>Carlos</strong><br />
CAAsO (Centro Aca<strong>de</strong>mice Axmando Sales <strong>de</strong> Oliveira)<br />
Dir~tório Aca<strong>de</strong>m1co<br />
<strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong><br />
XVIII <strong>de</strong> Março da Escola <strong>de</strong> ~iblioteconomia
4. [<br />
"" .~<br />
'.I.c. c"o u. cr.b.lho hu •• no ••••• Cur ••••• c•• ,<br />
••••• c•• 11•••• 0 ch.IV ••• i .oci. AnC.... ,'.oroi-Io<br />
r.'llta I.'r. t.to • coa. coa cari.h •• lato tOf.a Ilui<br />
.rli •• 'I ••• cloo. r.c.pcI.o •• f•• or.c •• v. '11 •• tão .<br />
• ••• e••••• rei ••• por a1lua •• iauto. aat... 4.'01 •<br />
••• ref.lç ••••<br />
e C ••• I.nc ••••••••• It•••• v.c ••••••• r••i••I•••• c!<br />
Ilucl •••••••<br />
e I ••plr. I•• c••• rofu •••••• t. 'vr.nc. c••••<br />
çã••<br />
- lã. Co•• II.ui'o. '.r •• t••• I••••• t•••• t••• t•••• !<br />
•• 1•••• 11•• n•• çio.<br />
- r.r ••• c••• r ante. <strong>de</strong> ••• tir c •• pl.c •••• t. I.ti.f.i-<br />
C••• U•• r.f.lção ••••• tlll •• r 2/) •••••• ci.... ••<br />
_ lã •••••• r.lc •• Ii••• to •• Q•••• o for •• ro'r .u. b.n'!<br />
Ja •• ç•• i ••• fl.i •• t••<br />
- li •••••• rcl •• copo. pli.tlco •• Iv.r •••••••••• I'"O'<br />
••• tenha llap. IUI •••• <strong>para</strong> ~U ••• tr.1 •••••• t.~<br />
,.i••• ntlr •• -•• b••• 11 co•• n'o.<br />
I.f.'•• -I' a r•• peito 4& coa ••• v. Ia coa.titulr ~<br />
••• I.tl ••• 11. 'or •••• plor DI •• t.frelol do açúcar<br />
~r ••c•••• ~u.li •• 4 •• dOI cer •• ia lftt•• rai ••• _•• t.1.<br />
!-!!!! J •• to I.' r•• po ••ã •• i, '810 r.ae.ufa.to ,.r. CO!<br />
••• uI-I ••<br />
;<br />
•.....•..~,.,.,.•....<br />
•••• cl.çi ••• r. 'rot.çio A.hi •• t.1 ••• io C.rlo.<br />
lápr ••• o •• 1. Criflc ••• UrSCAI<br />
0_ • I'andt ImportaDc:ia<br />
doou promoçlo,<br />
csluna·sc que ar' baslAn<br />
Ir intensa • p.-nça ele<br />
p6blico DO Edillcio. ·E~<br />
c1ic1e1 do C•••••• ••
6 6<br />
o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que vem sendo ado- 6<br />
tado no Brasil e <strong>de</strong>mais países do hemisfério sul, presta-se a b<br />
absorver uma tecnologia gerada pelos povos do hemisfério norte, ~<br />
em troca <strong>de</strong> uma falsa idéia <strong>de</strong> acessso a melhoria da qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida <strong>de</strong>sses povos. A maior parte dos problemas que a socieda<strong>de</strong> ~<br />
rasileita enf!enta, tem sido resolvida <strong>de</strong> forma insust~ntável. Por outro lado, a<br />
soluçao dos nossos problemas parece <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r sempre <strong>de</strong> graD<strong>de</strong>s somas <strong>de</strong> ~<br />
capital e portant~, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empréstimos eXLernol, ampliando a dívida <strong>de</strong> paí<br />
.es, que nunca terao <strong>de</strong> pagã-las. Se cada Cida<strong>de</strong> -e cada Estado necessitar <strong>de</strong> ca<br />
pital internacional <strong>para</strong> resolver seu. problemas mais· corriqueiro., é porque a - 6<br />
solução que tem sido apresentada <strong>para</strong> esses problemas, não serve <strong>para</strong> todos. Tona-se<br />
necessário buscar soluções que estejam ao alcance da comunida<strong>de</strong>. Atualmen- Ó<br />
te ap!la-se ao capital internacional em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estarmos limitados pelas <strong>de</strong>-6<br />
terminaçoes <strong>de</strong> uma tecnologia cara e sofisticada em <strong>de</strong>sperdício das pos,ibilida- ~<br />
da<strong>de</strong>s bio-ecológicas existentes num país como o Brasil. 6 6<br />
Essa tecnologia importada traz consigo, padrões culturais e comportamen- ~ A<br />
tais uniformizadores, massificando a vonta<strong>de</strong> nacional, colocando toda a n05- U J. U<br />
sa economia em <strong>de</strong>pendência externa e <strong>de</strong>scaracterizando culturas e anseios re- U<br />
gionais. O f!nômeno da centralização administrativa acaba por criar a necessida- 6<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong> soluçoes igualadoras <strong>de</strong> tipo gigantesco. Criam-se assim, economias ca- b k<br />
da vez mais centralizad~ras. d! capital intensivo. ~om utilização <strong>de</strong> tecnolo- 6 O<br />
gia bruta, pouca absorçao <strong>de</strong> mao <strong>de</strong> obra e <strong>de</strong>struiçao do meio ambiente pela ex- b<br />
cessiva e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada exploração dos recursos naturais, satisfazendo a máxima<br />
filosófica do "use e jogue fora". O testemunho histórico <strong>de</strong>ssa situação é a ~<br />
própria economia norte-americana, que após a 11 Gran<strong>de</strong> Guerra, exportou seu mo<strong>de</strong>lo,<br />
sabendo-o hoje impraticável. pois 220 milhões <strong>de</strong> pessoas <strong>para</strong> manter o padrão 6<br />
<strong>de</strong> vida atual, consomem 1/3 dos recursos naturais da Terra. Como farão os <strong>de</strong>mais<br />
povos que estão sendo obrigados a copiar o mo<strong>de</strong>lo norte-americano <strong>de</strong> alto<br />
consumo em massa?<br />
Torna-se necessário red~eDSionar as nossas necessida<strong>de</strong>s como nação. tendo<br />
em vista os <strong>de</strong>safios do futuro; super-população. a fome. a <strong>de</strong>terioração am--J<br />
biental. Samos um povo que vive DUma gran<strong>de</strong> área que se presta ao <strong>de</strong>senvolvimen- C/<br />
to da produção <strong>de</strong> alimentos e po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>senvolver uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes fer- t1<br />
roviái-ios condizente com as nossas distâncias e mais <strong>de</strong> acôrdo com o uso/preser- Á<br />
vação do nosso ambiente. A conscientização da ~initu<strong>de</strong> dos nossos recu!sos na- O )\<br />
turais permitirá o entendimento <strong>para</strong> a aceitaçao e a pesquisa <strong>de</strong> soluçoes al- C-)<br />
ternativas, com a utiliz~~ão <strong>de</strong> t!cnologias"brand~s, <strong>de</strong> base biológic~,_<strong>de</strong>s- () . ')\\<br />
centralizadas, e a absorçao <strong>de</strong> mao <strong>de</strong> obra lntenslva com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>~lsao a ()<br />
nível local, permitindo às comunida<strong>de</strong>s manifestarem-se por suas regioes. )\<br />
baseadas em seus passados históricos, fortalecendo, por conseguinte as es- ()<br />
pecificida<strong>de</strong>s dos eco-sistemas e culturas regionais que ainda conservam as<br />
as expressões da riqueza da nossa diversida<strong>de</strong>.<br />
~ Dessa forma. <strong>para</strong> uma cultura que vem absorvendo a idéia<br />
\'J~ ~ cipante, torna-se urgente o e~tendúnento.da particular"da-<br />
- IVl~Y <strong>de</strong> dos lugares. das adaptaçoes. da varleda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
~ Ll possibilida<strong>de</strong>s. A educação, o <strong>de</strong>spertar <strong>de</strong> ca-<br />
I ~ da região <strong>para</strong> suas possibilida<strong>de</strong>s es-<br />
~<br />
. ) pecificas é o <strong>de</strong>sejável.<br />
r- "-<br />
ó<br />
ô<br />
ô
A solução dos problemas está nos seres vivos e nao na tecnologia,<br />
está a nível da fonte, do local. As soluções <strong>de</strong>vem portanto, ser <strong>de</strong>scentraliza<br />
das, diversificadas e mais próximas possível das responsabilida<strong>de</strong>s das pessoas<br />
afetadas por elas.<br />
Sabe-se que legiões <strong>de</strong> pessoas migram em no&so terrltorlO por fal<br />
ta <strong>de</strong> trabalho local. Ao mesmo tempo, cada local solicita mais máquinas e <strong>de</strong>sa<br />
loja, progressivamente o trabalho humano. As legiões <strong>de</strong> pessoas, <strong>de</strong>salojadas 7<br />
do seu ambiente ao povoarem as comunida<strong>de</strong>s recebedoras provocam os problemas,<br />
do chamado choque-cultural que se alia ã rapi<strong>de</strong>z das modificações no ambiente<br />
produzidas pela gran<strong>de</strong> máquina tecnológica. Po<strong>de</strong>mos notar, nas cida<strong>de</strong>s recebedoras<br />
dos fluxos migratórios, como são Paulo, problemas insolúveis com alto /<br />
custo social e <strong>ambiental</strong> em prejuizo da organização da cultura e do espaço. A<br />
<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nação e o ritmo com que isso acontece obriga essas pessoas, em nome <strong>de</strong><br />
uma falsa adptação, a se agarrarem ã comunicação massificante. Alia-se a isso<br />
a <strong>de</strong>gradação do meio ambiente pois a <strong>de</strong>fazagem cultural e as neces~ida<strong>de</strong>s urgentes<br />
<strong>de</strong> criar habitações e alimentação <strong>para</strong> os continentes populacionais <strong>de</strong><br />
salojados/recebidos juntam-se ao <strong>de</strong>samor pelo espaço que a perda da memôriacul<br />
tural/<strong>ambiental</strong> provoca. -<br />
A <strong>de</strong>scentralização econômica, cultural e tecnológica fixará o homem<br />
junto ao seu "habitat", reavivando os costumes locais, reflorescendo a cri<br />
ativida<strong>de</strong> regional e criando trabalho <strong>para</strong> aqueles que hoje ainda creem no ap~<br />
10 da massificação ditado pela tecnologia centralizada.<br />
COLABORAÇÃO DO "MOVIMENTO ARTE E PENSAMENTO ECOLOGICO" E "ASSOCIAÇÃO PARA<br />
PROTEÇÃO AMBIENTAL DE SÃO CARLOS"<br />
1 14! EXPOSIÇÃO ARTE E PENSAMENTO EcoLOcICO<br />
SÃO CARLOS - 18 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1978.
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:ARTEE PENSAMENrO<br />
ECOLOGICO·<br />
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'8. X7flblill78<br />
~<br />
CAMARA MUNICIPAL<br />
-~ Homens PnJ<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>Yeriam julgar o futuro<br />
O<br />
Cx. r•••"". llI84<br />
pelo que aconteceu no passado<br />
e estA acontecendo no presente<br />
Miguel <strong>de</strong> Cervantes (1547·16161<br />
~<br />
t -' .- .<br />
. ,,-------~<br />
Em cada rua. uma hist6ria. Em cada<br />
pedaço <strong>de</strong> calçada. marcas <strong>de</strong> um passado.<br />
Em cada esquina um personagem. Tudo<br />
isso faz parte da vida <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>. seja<br />
ela pequena ou gran<strong>de</strong>. rica ou pobre.<br />
epressadl ou tranqulla.<br />
Esta cida<strong>de</strong>. que os moradores mui tas<br />
vezes MO conseguem.,. • o tema <strong>de</strong>sta<br />
exposiçlo:
..-~~'~'I res magnollds no' prQtesto<br />
.' ..'<br />
contra a<br />
• .o Dia Mundial do Meio- Ambienle, transcorrido<br />
ontem, teve comemoração l:spt'Cial nl'sta cíua<strong>de</strong>,<br />
através <strong>de</strong> uma programação k'vada a efeito<br />
domingo, na Praça CeJ. SaBes, pela APASC -<br />
<strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Proteção Ambiental ue <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>,<br />
entida<strong>de</strong> há pouco criada e que, apl'sar <strong>de</strong>sse curlIP<br />
.lIempo, já .sem realizado sign!ficativlJ tra~lho,<br />
em pról da <strong>de</strong>fesa do meio-ambienh.:.<br />
Além <strong>de</strong> uma exposição 1lI0ntaua no proprio<br />
'local, com fotos antigas que permitiram com<strong>para</strong>ções<br />
interessantes entre o aspecto urbanístico atual<br />
e o antigo, em que o ver<strong>de</strong> aparecia um lK'm que o<br />
homem preservava a todo custu, a APASC fez dís-<br />
-tribuir um manifesto sobre os motivos da comemoração<br />
pública do Dia Mundial do Meio Ambiente.<br />
Outro Item da programação levada a efeito<br />
anteontem pela manhã, na mesma praça central da<br />
cida<strong>de</strong>, foi o plantio símbólico <strong>de</strong> três magnolias.<br />
Assim foi feito porque, a atual praça (que na realida<strong>de</strong><br />
é somente "meia-praça"), possui apenas algumas<br />
acanhadas árvores popularmente conheci<br />
das por "Boêmias", enquanto que a antiga Praça<br />
Cel SaBes, apesar <strong>de</strong> bem menor (mas inteira),<br />
caracterizava-se por um perfeito cquilíhrio cntre<br />
o ver<strong>de</strong> e o piso <strong>de</strong> pedras (petipavê) senuu suas<br />
árvores, exatamente, as magnol.jas, sob cujas somtJras<br />
ou nos <strong>de</strong>svãos, bancos em granito, doados<br />
por pessoas ou firmas proporcionavam um convivio<br />
toeial ameno entre Jlt=ssoas <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s. E,<br />
10 centro da antiga pracinha a pér~ula que abrigava<br />
as apresentaçõcs da Banda Municipal, ou,<br />
;om predominancia, os românticos casais <strong>de</strong> namorados.<br />
A escolha das três magnolias pelus membrns<br />
tia ~A.Sç, não foi por nós entendida como um<br />
protesto propriamcnt dito, conforme pareceu a muitos<br />
observadores. Nós vimos, naquelas três ariIOrezinhas,<br />
uma forma evocativa dos bons tempos<br />
em que o homem ainda não per<strong>de</strong>ra, por todo (ou<br />
~uase Isso) o respeito pelas coisas da Natnreza.<br />
Aquelas tr~s tenras magnólias que a APASC levou<br />
• Praça serviram <strong>para</strong> nos mostrar, através da evot:aç~o,•<br />
tcrrível invcrsão que sc processou. Antigamente<br />
o homem acrescl'ntava pedra e cimento em<br />
uma área ver<strong>de</strong>. Hoje, com muito custo planta-se<br />
Ilgumas poucas efrágeis Bocmias num:l imensi-<br />
clevastação cio ver<strong>de</strong><br />
dão <strong>de</strong> concreto <strong>de</strong>corado com inespresslvo gra·<br />
mado. Foi assim que interpretamos a "sL'Ssão eVIlcativa<br />
levada a efeito doming0 pela AS~,;l:iJÇ .. , ",<br />
Proteção Ambiental u~ <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>. Se a in:rnç5u<br />
l'ra <strong>de</strong> protesto, tcv~ (undaml'ntos muito v;íl:ull.<br />
il ,<br />
O MAN1FESTO- '- --" '''~'',':'';Oo'"''''';<br />
O manifesto distribuido anteontem diz " sr·<br />
gulnte:<br />
"Hoje estamos plantando nesta Praça :r~~.;,c<br />
vores, três magnólias, como as inúmeros que e.:;'<br />
tiam na antiga Praça Coornel Salles, em comelllo'<br />
ração do Dia Mundial do Meio-Ambiente - Dia~<br />
, <strong>de</strong> junho. ' "<br />
"O plantio <strong>de</strong>stas arvores é um grito simbóli·<br />
co que a ApASÇ - <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Prulrçãu<br />
Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - dá como alerta ao po-<br />
YO <strong>de</strong> <strong>São</strong> SarJos, contra as consequências <strong>de</strong>sas·<br />
trosas ao meio-ambiente provocadas por um falso,<br />
conceito <strong>de</strong> progresso.<br />
"Escolhemos a Praça Coronel SalJes por ela<br />
ser um exemplo vivo, <strong>para</strong> todo sãocarlense, da in·,<br />
sensatez com que nos últimos anos os homens t('1Il<br />
manuseado a natureza.<br />
"Esperamos· que o nosso gesto preste-se não<br />
somente como incentivo <strong>para</strong> que nossos adminis·<br />
tradores tomem providências no sentido <strong>de</strong> tornar<br />
a Praça Coronel Salles menos <strong>de</strong>vastada e mais,<br />
agradável, como também, <strong>para</strong> que<br />
.<br />
as pessoas'<br />
passem a rdletir melhor sobre <strong>para</strong> que ela conti,'<br />
nue, DO futuro, um local agradável e saudável <strong>de</strong><br />
.<br />
se VIver.<br />
"Abaixo transcrevemos a redação da menina<br />
Marli Tavares dos Santos, aluna da 3.a série do 1.0<br />
grau do Colégio Estadual do 1.0 Grau Esterina<br />
Placco, feita por ocasião da Semana Ecológica<br />
promovida em Colégios Estaduais pelo CRUTAC<br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> com colaboração da APASC.<br />
A POLUIÇÃO<br />
A poluição é causada pelas fábricas e o che~<br />
ro dos frigoríficos, etc. ,<br />
Principalmente em <strong>São</strong> Paulo é
i] !1 fJ S U R D E1 "P [J rJ D" [l rJ U LIl<br />
T•••••••••••.. 110inYrnto f<br />
,. ••• I~.... •••<br />
•• ior;. tia ••••• eldad. D" f ••n.~tmf'no dt..<br />
..,a,••.ljio _ •• I••• pa"" dn munolu. Hi<br />
"ria. tL-rad•• riaou· •• e"'''' ftI&i. uma 1M.·<br />
•••••..1.01 II'IOII~ ••••••••• ;.Ir... mUlil-.;ilo<br />
•.••••"ta ••• lIIOM8I anorH .,b.&n••• tanto na•<br />
•••• • ••• nW•• NIDO ttoa jareli,.. Mui•.••<br />
Yf'MI IlAr 110 tampn. ittnlo ••••••.• 11 d•• f•••. n·<br />
•••••• 10 ••••••• podr •• r••••o ••••••••• d...,.·<br />
1obrIo. ,,_ •• Iil-.;io d._. "'_ d.<br />
PODA; O 1••_"10 .plit._ pri •••ip.t.<br />
_alo _ eino••••_ plál........ l•••r."""'.<br />
Ia •••••••• _u-lfUIl; ••.•• 1f'f"muMII. r.ru .e·<br />
_ • _ •••• pr.-;... _. por osrmplo. pej.<br />
..v..•.•.•._ •....... ruNJ. o.",.1tratoe<br />
J. A. LVlzenberger<br />
ria ck. ('I"., ~ •••. I ••••••.•..,.to. •• ••."""tIo .tr.v."., f'1.mpl",t •••• ntr • tro••••<br />
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I~os dois últimos séculos e principalmente n~s últimas déca<br />
das a civilização humana tem introduzido inúmeros e cada vez mais<br />
. 'pidas<br />
modificações no meio-ambiente. muitas das quais irreversiveis<br />
rã<br />
•<br />
Estas tem trazido iran<strong>de</strong>s proiressos em quase todos os campos das<br />
ativ1da<strong>de</strong>s humanas. no entanto. tem sido acompanhados por crescente<br />
esgotamento e contaminação dos recursos natura~sJ assim como <strong>de</strong> ira~<br />
<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s econômicas e consequentes problemas sociais e ecoló<br />
11co~. i<br />
O mo<strong>de</strong>le <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento calcado no binõm10 produção em<br />
.ir1e industrial/consumidor 1nduz ao homem mo<strong>de</strong>rno uma ãnsia pelo con<br />
sumo. pela cdmpra <strong>de</strong> suplerfluos sob pressão <strong>de</strong> 1ntensa poluição publ!<br />
c1tér1a. e o leva a profunda al1enação <strong>de</strong> s1 mesmo e do meio social·<br />
em que vive. pela perda do controle das ativida<strong>de</strong>s. isto é. a .prod~<br />
çeo em série padroniza à consumo 8 o trabalho humano. não satisfazen-<br />
do as necessida<strong>de</strong>s especificas· <strong>de</strong> ceda 1ndivíduo. <strong>de</strong> cada região. <strong>de</strong><br />
cada nação.<br />
·0 mundo não está só cada vez mais pequeno. mas Cada vez<br />
mais parecido·. Tanto faz hab1tarmos em são Cerlos como em alguma c1<br />
da<strong>de</strong> da Africa ou da China. A uniformização dos costumes e dos meios<br />
<strong>de</strong> produção. faz com que nio sejam respeitadas as características do<br />
meio ambiente local e consequentemente <strong>de</strong> toda vida perfeita~ente adap<br />
tada a este meio. Porisso temos assistido conjuntament~ a progressiva<br />
8xt1nção das populações autóctones. das minorias étnicas rac1ais e na<br />
c10na1s. a <strong>de</strong>gradação do amb1ente natural. <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> florestas e<br />
e_terminl0 <strong>de</strong> 1númeras espécies <strong>de</strong> organismos.<br />
O homem é parte do todo e indissciãvel <strong>de</strong>ste todo. Quando<br />
prejudica o todo está prejudicando a si próprio. Quando prejudica ou<br />
tro homem. está também ofen<strong>de</strong>ndo a natureza ( o todo ) e consequente-<br />
mente sendo nocivo a si mesmo. A idéia <strong>de</strong> um crescimento ilimitado. -<br />
<strong>de</strong> apenas parte <strong>de</strong>ste todoJ o progresso material humano (e frequent~<br />
mente <strong>de</strong> apenas parte da população humana) tem levado a 8xtinção <strong>de</strong><br />
1númeras espécies <strong>de</strong> animais e vegetais e por fim conduz1do ao fim<br />
dos recursos naturais que po<strong>de</strong>rá levar à extinção da<br />
da nossa espécie.
Toda espicle tem direito a vida e o homem <strong>de</strong>ve res<br />
pe1tar esse direito, certo <strong>de</strong> que seu <strong>de</strong>senvolvimento, baseado em<br />
uma lntegração com a natureza, nio <strong>de</strong>va provocar transformações ao<br />
•• 10-amb1ente <strong>de</strong> forma a levar o fim <strong>de</strong> outras espécies. O <strong>de</strong>senvol-<br />
v1lnento humano tem que buscar novos caminhos que não conduzam a hum!<br />
nlda<strong>de</strong> <strong>para</strong> as perspectivas sombrias que os atuais modos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvol<br />
vimento ofereçem: <strong>de</strong>serUficaçãQ crescente. superpopulação, escassez<br />
<strong>de</strong> alimentos, miséria, contaminação da água. do ar e dos alimentos ,<br />
<strong>de</strong>ieneração biológ1ca, alienação, altos nivels <strong>de</strong> ansleda<strong>de</strong>, neurose<br />
• doenças psicossomáticaa.<br />
O ~IMENTO AMBIENTALISTA<br />
Nos últimos anos temos visto o aparecimento em escala in<br />
ternaciona~ <strong>de</strong> um movimento que tem questionado todos estes probl!<br />
mes. Esse movimento que po<strong>de</strong>mos chamar <strong>de</strong> ambienta lista tem s~ carac<br />
terlzado pela união <strong>de</strong> cidadões em torno <strong>de</strong> éntlda<strong>de</strong>s civis preocup!<br />
das com a <strong>proteção</strong>emblental em sua forme mais ampla, ou seja. pre~<br />
cupada em quest~onar todos os pressupostos <strong>de</strong>ssa socleda<strong>de</strong>, propon<br />
do alternativas ecolólicas que levem em consi<strong>de</strong>ração que o progre~<br />
so só i possivel - e assim <strong>de</strong>ve ser entendido - quando propicia o<br />
bem estar social <strong>para</strong> todos os homens em harmonia Com a natureza.<br />
Para nós. o movimento <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong> não <strong>de</strong>ve ser<br />
partidário. não <strong>de</strong>ve construir um partido poJ!tico, porque a idéia<br />
<strong>de</strong> <strong>proteção</strong> ambienta I <strong>de</strong>ve estar na -cabeça- <strong>de</strong> todas as pessoas. s~<br />
bretudO dos politlcos~<br />
Sobre as diretrizes do movimento amblentallsta do Brasil<br />
nós endossemos as conclusões do EPA- Encontro p~a Proteção Ambien<br />
tal <strong>para</strong> o qual contribuimos e participemos e que reproduzimos aba!<br />
CONClUSOEs DO EPA - ENCONTRO PARA PROTEÇAO 00 AMBIENTE<br />
Durante o ENCONTRO PARA PROTEÇAO 00 AMBIENTE-EPA. realiza-<br />
do na faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 01reito do Larao Sio ·franclsc~ (USP-SP) <strong>de</strong> 6 a 9<br />
<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1978. na sala dos Estudantes. organizado pela Comis<br />
aio <strong>de</strong> Defesa do Patrimônl0 da Comunida<strong>de</strong>. forem discutidos fatos<br />
que ameaçam o patrimônio natural. cultural. e consequentemen~e o pr~<br />
prio homen.<br />
sio eles:<br />
-'A <strong>de</strong>struiçâo. em lD anos,~<strong>de</strong> 25% da floresta amazônica,<br />
o fim da mata atlântica' o uso ina<strong>de</strong>Quado <strong>de</strong> pestlcidas que levam a<br />
<strong>de</strong>grodaçâo do solo, bem como i contaminação das bacias h!dricas e
..<br />
I ..... '<br />
••.•. - ~.4 "_<br />
<strong>de</strong>s ce<strong>de</strong>ies alimentares.<br />
- Os <strong>de</strong>tritos industriais • urbanos <strong>de</strong>spejados nos rios,<br />
provocendo e morte <strong>de</strong> to<strong>de</strong> a vida orgânica. e a consequente poluiçâo<br />
dos estuários e mare ••<br />
I, - Os aci<strong>de</strong>ntes com os gran<strong>de</strong>s navios petroleiros. cuja.<br />
-;.v,. . ·•....-.-. '<br />
:t ',. •<br />
cau.as e resultados fOlem ao controle das socieda<strong>de</strong>s atingidas.<br />
- O extermínio das espécies animais. entre as quai. a ba<br />
- A poluiçio do ar em áreas criticas como a Gran<strong>de</strong> são<br />
Paulo, oU,em outras regiões <strong>de</strong> alta concentraçaõ industrial. on<strong>de</strong> a<br />
população sofre <strong>de</strong> doenças pulmonares crõnieas.<br />
A <strong>de</strong>gradação do litoral brasileIro. fruto da especulação<br />
1mo~iliárIa. através <strong>de</strong> 10te8mentos caóticos e da privatização <strong>de</strong><br />
praias e marinas, que além <strong>de</strong> serem contrárias e Constituição em vI<br />
lor. excluem gran<strong>de</strong> 'parte da populaçio do usufruto <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> 115<br />
zer, marginalizando as comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pescadores em nome <strong>de</strong> uma in<br />
dústria <strong>de</strong> turismo el1t1sta.<br />
- A instalação <strong>de</strong> usinas nucleares. da necessida<strong>de</strong> questi~<br />
noivel. on<strong>de</strong> qualquer aci<strong>de</strong>nte comprometem irre<strong>para</strong>velmente o ambien<br />
,<br />
te. e ~liminam a Vida:<br />
,<br />
Estes fatos fizeram com que. por todo o Brasil. entida<strong>de</strong>s<br />
e grupos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa amb~ental se formassem exponta~eamente. <strong>de</strong>nuncia~<br />
do à Nação a <strong>de</strong>struição do pat~1mÕnio da coletivida<strong>de</strong>. conseguindo.<br />
se nio impedir <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>finitiva. pelo menos adiar projetos empr~<br />
sarlals ou governamentals. prejudiciais ao meio ambiente.<br />
Asslm foi com o projeto pata a construção 00 aeroporto in<br />
ternacional <strong>de</strong> sáo Paulo. em Caucaia (Cotia), com a oestinaçáo final<br />
dos esgotos da Gran<strong>de</strong> S.P. (Sanegran. em Carapuculba-8erueri)1 com<br />
a lnstalaçio da lndústria <strong>de</strong> celulose Braskraft. ~o rio Paranapan~<br />
mel com o projeto tur!stlco das praias <strong>de</strong> Trinda<strong>de</strong> (RJ), com a <strong>de</strong>fe-<br />
sa das reservas florestais do Esp!rlto Santo. além <strong>de</strong> outros casos.<br />
A repercussão <strong>de</strong> tais movimentos junto à opinião pública<br />
concretiZou-se na reallzação <strong>de</strong> vários encontros <strong>para</strong> <strong>proteção</strong> do<br />
mel0 ambiente. os quais têm chegado ao consenso <strong>de</strong> que a crise ambi<br />
ental é um reflexo da crise gerada pelo sistema econõmico-social v!<br />
gente. que afeta a própria clvllização.<br />
A raiz <strong>de</strong>sta crise po<strong>de</strong> ser vista através <strong>de</strong> vários aspe;<br />
tos: Econõmicos. Polítlcos. Sociais e Culturais.<br />
Nas relações económicas internacionais. 'aos paises sub<strong>de</strong>
lenvolvidos. entre os quais o Brasil. foi imposta a tarefa <strong>de</strong> SUl<br />
tentar â abastecer o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico em vigor<br />
nos países <strong>de</strong>senvolvidos. ApÓS a ~ guerra mundial. acelerou-se o<br />
lurto <strong>de</strong>senvolvimental1sta agressor e selvagem. o qual trata a i'lat~<br />
reza como mercadoria 8 o homem como simples máquina produtora <strong>de</strong><br />
riquezas a serem usufruidas por arupos internacionais 8 seul ass~<br />
ciados.<br />
Neste contexto. os recursos naturais seo ccnsi<strong>de</strong>rados ili<br />
mitados. e o meio ambiente como uma imensa lata <strong>de</strong> lixo.<br />
iA manutençio <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>ste tipo, .6 tem sido pess!<br />
vel com a imposiçio <strong>de</strong> aovernos autoritários QU totalitários, que<br />
lufocam as aspirações nacionais e a dignida<strong>de</strong> do homem.<br />
Consi<strong>de</strong>rando-se o sistema político e'sócio-econômico impo~<br />
to ao país. constata-se que i vedada e Naçio a possibilida<strong>de</strong> ae dis<br />
cutir suas opções <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. O regima autoritário e c:ncen<br />
trador <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r tolhe a autonomia das comunida<strong>de</strong>s. impedindo a pa~<br />
ticipaçio efetiva <strong>de</strong> leuS cidadãos na solução <strong>de</strong> suas reais neces$i-<br />
Gaaes. sacrificando a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da populaçio.<br />
Esse mo<strong>de</strong>lo ,<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico tira a dignida<strong>de</strong><br />
do trabalno, t~ansfonmando-o numa ativida<strong>de</strong> frustrante e alienante J<br />
remunerada com salários que nem mesmo suprem as necessida<strong>de</strong>s básicas<br />
da criatura humana.<br />
Como consequencia <strong>de</strong> tal estado <strong>de</strong> coisas. produziu-se uma<br />
~elcaracterização da diversida<strong>de</strong> cultural, através da imposição <strong>de</strong><br />
velores massificantes. 'característicos da atual socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo<br />
• do <strong>de</strong>sperdício. assim como uma <strong>de</strong>predação generalizada aviltante.<br />
__,_.__'. A memória nacional apagou-se.<br />
Os únicos habitantes naturais do país. que há milinios co~<br />
seguem viver em perfeita harmonia com a Natureza, os {ndios. estio<br />
Gendo violentamente exterminados.<br />
Nossas cisne ia e tecnologia seo preteridas em funçi~ <strong>de</strong><br />
pacotes científicos e tecnológicos importados, alheios es nossas con<br />
dições históricas. geográficas. culturais. sociais e climáticas.<br />
O sistema educacional é dirigido '<strong>de</strong> forma a impingir. as<br />
novas gerações. padrões culturais exóticos. que entorpecem a capaci-<br />
Ga<strong>de</strong> criativa e <strong>de</strong> crítica intelectual.<br />
Diante <strong>de</strong>sta situação. a ~OPC. com fundamento nas consi<strong>de</strong>-<br />
rações expostas durante o ENCONTRO PARA A PROTEÇAO 00 AMBIENTE. est!<br />
bel~ce algumas diretrizes <strong>de</strong> ação que julga <strong>de</strong> total importância:<br />
y---_ ••..•.. -. --------_ .._... -<br />
I· "o<br />
~ '.I; '. ,.<br />
. '.,<br />
• ....:!..-
i. Defen<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>mocr~cia como condição essencial <strong>para</strong> a<br />
<strong>proteção</strong> do meio embiente.<br />
2. Discutir abertamente as opções <strong>de</strong> ~esenvolvimento naci~<br />
I<br />
3. Estudar formas alternativas <strong>de</strong><br />
oe novos métodos <strong>de</strong> utilização·dos recursos<br />
"OVOd conceitos <strong>de</strong> bem 8star social.<br />
<strong>de</strong>senvolvimento. através<br />
naturais. tendo em vista<br />
4. Denunciar toda e qualquer agressão ao ambiente. consid~<br />
raaes ~lS seus ~spectos econômico, social e cultural.<br />
i s. :~nscientizar a populaçio das consequéncias da <strong>de</strong>strui-<br />
çio dOS !~c~rsos naturais. Dem como a <strong>de</strong>gradaçio do meio ambiente.<br />
promove-~v aMpla jivulgaçio.<br />
f. '.l1zar-se <strong>de</strong> instrumentos legais. inclusive <strong>de</strong> recur-<br />
101 jur!di.-oZ'.:ornoações populares e ações regressivas. em <strong>de</strong>fesa -<br />
do petr1môniú J~ ~omunida<strong>de</strong>.<br />
7. Pressionar os po<strong>de</strong>res públicos. por meio <strong>de</strong> movimentos<br />
<strong>de</strong> opiniêo. com vistas d obter soluções concretas <strong>para</strong> os graves pr~<br />
bl~s ambientüis que ~stio S8 avol~ndo.<br />
8. Unir os esforços das entida<strong>de</strong>s engajadas na <strong>de</strong>fesa do<br />
meio ambiente. trocando informações. ~xperiências. e estabelecendo<br />
estratégia <strong>de</strong> ação.<br />
De acordo com estas recomendações. reiteramos nosso apoio:<br />
a) Ao manifesto <strong>de</strong> Curitiba. elaborado pela Agapau-Associ~<br />
çio Geuche <strong>de</strong> Proteçêo ao Ambiente Natural,<br />
b) A <strong>Associação</strong> Nacional dos Cientistas Sociais. em sua<br />
lute contra a forma oficiel proposta <strong>para</strong> emancipar o indio.<br />
sio Paulo. 22 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1978<br />
fofocando agora a realida<strong>de</strong> sancarlense sob a luz <strong>de</strong>stes -<br />
quase 2 anos <strong>de</strong> vida da APASC. e levando em consi<strong>de</strong>ração o anterior-<br />
mente exposto. nos propomos no per!odo <strong>de</strong> 79/80 procurar dirigir as<br />
i: discussões e consequentemente a atuação da entida<strong>de</strong> em cima dos se<br />
luintes tópicos:<br />
1. 'Melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do homem<br />
.' . I ••••<br />
,<br />
.., ,;-" ~~<br />
. ..
I •••• ~---- . '<br />
i ' •<br />
. '-= ~<br />
A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vloa dO hOmem esté fundamente ligada às co~<br />
dições do meio em que vive. Procuremos nas próximas linhas examinar<br />
alguns pontos essenciais <strong>para</strong> compreensão da <strong>de</strong>gradação da qualida<strong>de</strong><br />
c.:evida do homem mo<strong>de</strong>rno.<br />
aJ'Cida<strong>de</strong>/Campo: observa-se em boa parte do mundo, em pa~<br />
ticular' em nossa região. um progressivo êxodo rural. levando o tra<br />
balhador <strong>de</strong>-campo a fixar-se no meio urbano. longe do seu local <strong>de</strong><br />
trabalho. isto aliado • rápida e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada industrialização dopaís<br />
• do Estado <strong>de</strong> são Paulo. especialmente. tem levado a formação <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s aglomerados urbanos sem condições <strong>de</strong> ~abitação e lnfraestru-<br />
tura <strong>para</strong> abrigar e proporcionar vida e saú<strong>de</strong>. todos que são prati-<br />
camente empurrados <strong>para</strong> os Iran<strong>de</strong>s centros urbanos.<br />
As gran<strong>de</strong>s metrópoles não constituem ambiente i<strong>de</strong>al <strong>para</strong><br />
conviv~::cia humana. Deve-se oferecer condições <strong>para</strong> que o hQlTtem fi<br />
xe-se no campo. <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> <strong>de</strong>ve evitar o gig~ntismo. O crescimento -<br />
da,nossa cida<strong>de</strong> nos próximos anos <strong>de</strong>ve ser submetido a rigoroso pl!<br />
nejamento urbano <strong>para</strong> que não venhamos nos próximos anos a sofrer as<br />
graves consequencias <strong>de</strong> crescimento' irracional. Já evi<strong>de</strong>ntes em ou<br />
tras cida<strong>de</strong>s: poluição. engdrrafamentos <strong>de</strong> trãnsito. alta taxa Je<br />
criminalida<strong>de</strong>. especulação imobiliária. favelas. etc.<br />
bJ trabalho: atualmente é c~ a diferenciaçio ou contra-<br />
posição <strong>de</strong> lazer ao trabalho. Este fato. <strong>de</strong> certa forma. aponta a<br />
existência <strong>de</strong> um grave p'roblema mo<strong>de</strong>rno: O traoelho não constitue<br />
·satisfação· ao ser humanos mas simples obrigação. visto que em qU!<br />
se todas as ativida<strong>de</strong>s (industria. comercio. serviços) a maior1a ~os<br />
homens encontram-se submetidos a um trabalho massõficante e alienan-<br />
te. As consequencias psiqulcas e sociais advindas <strong>de</strong>ste fato aao<br />
iarmantes e temíveis.<br />
Além disso. é frequente a insalubrida<strong>de</strong> nos ambientes <strong>de</strong><br />
trabalho e como se não bastasse. a rsnuneração qUã ..se sempre e<br />
aquém do necessário <strong>para</strong> sobrevivência com dignida<strong>de</strong>.<br />
cJ ~l1mentação:a priorida<strong>de</strong> da cida<strong>de</strong> sobre o campo tem<br />
levado a certa escassez dos leneros alimentícios básicos' e a inten-<br />
sa utilização <strong>de</strong> fertilizantes. inset1cidase herbicidas químicos' -<br />
tem introduzido em nossa alimentaçio inúmeras substãncias estranhas<br />
ao nosso organismo. que não conse~uindo metaboliza-las acaba sendo<br />
contaminado por elas (OOT. mercúrio. etc). Ainda, o excesso <strong>de</strong> publ!<br />
cida<strong>de</strong> tem se prestado apenas <strong>para</strong> ~onfundir a opinião pública s~<br />
bre o real valor dos alimentos. A alimentação é a forma mais direta
em que o homem se relaciona com o meio ambiente. E preciso evitar a<br />
contamlnaç~o daquilo que vai nos dar a fo~ção pelo menos física.<br />
. di saneamento básico: com o aumento da população urbana e<br />
consequente cresclmento das cida<strong>de</strong>s torna-se necessário cada vez<br />
mala écua. a qual t~m que ser consegulda em locais cada vez mels<br />
longe. Os esgotos industrials e domésticos aumentam. inutilizando c~<br />
da vez mais água. Por outro lado. boa parte das habitações urbanas<br />
ainda.neo S80 munidas <strong>de</strong>ssa lnfra-estrutura básica (égua e esgoto) -<br />
<strong>para</strong> higlene e saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus habltantes. Assim ao mesmo tempo que<br />
preclsamos pensar empreservaç~o dos recursos hidricos. temos que<br />
distribuí-Ias aqueles que ainda neo gozam <strong>de</strong> seus beneficias.<br />
eJ moradia: nossa casa. nosso lar. é o meio-ambiente mals<br />
próximo no dia a dia. parisso i necessário que esteja integrada as<br />
características do meio ambiente local. oferecendo boas condições <strong>de</strong><br />
habitação. A especulaç~o imobl1iária e. balxos salários e o êxoao ru<br />
ral tem provoeajo o apareclmento <strong>de</strong> habltações em condições pr~cárias.<br />
f} pol~lções atmosféricas. hídrlcas. visual: o ~umento do<br />
. . '..<br />
numero <strong>de</strong> veículos com motor a explosao e uma das maiores fontes '<strong>de</strong><br />
poluição atmo~férica nas' zonas <strong>de</strong> trafego lntenso das cida<strong>de</strong>s. As<br />
lndústrias quas~ sempre bastante próximas ou mesmo <strong>de</strong>ntro dos limites<br />
urbanos constituem outra fonte <strong>de</strong> emanações aéreas tóxlcas e nocivas<br />
à saú<strong>de</strong> humana. Os <strong>de</strong>jetos or~~nlcos orgânlcos (esgoto) e indus<br />
triais são as principais causas da morte dos prlncipais e piscosos<br />
rios do nosso estado: Tietê. Piraclcaba. Mogi-Guaçu e inúmeros ou<br />
tros. Os out-door. cartazes. folhetos em excesso e quase sempre pr~<br />
pagandizando o superfluo e multas vezes o noclvo (clgarros, refrige-<br />
I<br />
). rantes. chocolates) constituem aqullo que. costu~os chamar <strong>de</strong> polui<br />
-' --' .<br />
çio visual. que não forma nem informa o indlvíduo. mas procura <strong>de</strong>for<br />
~'.".'-. -, --_._<br />
, .<br />
", .' \<br />
má-Io.<br />
I) Indio: quando falamos em melhorla da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vida.<br />
não nos limitamos aos padrões estabelecidos pela cultura oci<strong>de</strong>ntal •<br />
mas nos guiamos pelo respeito aos valores culturais <strong>de</strong> cada grupo hu<br />
mano. Dentro da nossa preocupação com a melhoria da q~allda<strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<br />
da do homem. não po<strong>de</strong>mos nos esquecer <strong>de</strong> um grave problema no Brasil.<br />
que é o da preservação da cultura e da população indígena; quase que<br />
mortalmente atingidas pela colonização da nossa civilizaçãol as quais<br />
sao exemplo <strong>de</strong> vida harmônica com o melo-amblente troplcal.<br />
...•._-_._---._- .....•
- (luta) por um planejamento urbano, que atenda as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
I, '<br />
.;' Seo <strong>Carlos</strong><br />
- pela preservação, conserJação • melhoria das Praças Públicas - Pra<br />
ça Coronel Salles<br />
- P.8la construção <strong>de</strong> uma estação <strong>para</strong> tratamento <strong>de</strong> esgotos em Seo<br />
Cerlos e outras cida<strong>de</strong>s da região.<br />
- contra poluições atmosféricas e hidricas<br />
- ~to Aves'Integrada S/A<br />
Chempion Papel e Celulose S/A<br />
outras<br />
- por uma solução a<strong>de</strong>quada ao prOblema hebitacional dos favelados <strong>de</strong><br />
Vila P~caembú e outros . .<br />
- apoio na formação <strong>de</strong> um grupo que estuoa e divulgue a culture indí<br />
lena visanoo sua <strong>proteção</strong><br />
- apoio ~ too~ inici~tive que bu~quem novas formas <strong>de</strong> agricultura n~<br />
tural, bem como tecnologias alternativas e <strong>de</strong> baixo impacto ambie~<br />
tal (aproveitamento <strong>de</strong> energia sólica, solar, biológica e outrós).<br />
2. Preservaç30 oa fauna e flora<br />
~ necessário atualmente que lutemos pela conservação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong><br />
vegetação natural, o maior número <strong>de</strong>las possivel, pois o ritmo em<br />
que se <strong>de</strong>vasta no pais i aterrador. A nivel nacional a principal lu<br />
te é pela preservação <strong>de</strong> Floresta Amazõnica que, <strong>de</strong>ntro do ritmo<br />
atual <strong>de</strong><strong>de</strong>smatamento, previ-se seu fim par~ <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 30 anos. Isto<br />
-.em'contar é claro ~om • objetivação dos contratos <strong>de</strong> risco que se<br />
realizarem o <strong>de</strong>sastre estará r.»ito mais próximo.<br />
Em são Cerlos. nosso empenho se dará no sentido <strong>de</strong> citar -<br />
novas reservas <strong>de</strong> matas naturais, <strong>de</strong> apoio e critica construtiva do<br />
trabalho da Fundação Parque Ecológico e também da formação <strong>de</strong> bos<br />
ques, próximos ã ~ida<strong>de</strong>, como o que po<strong>de</strong> ser formado no ·Buracão· no<br />
finel da Rua Padre Teixeira.<br />
Ainda outros trabalhos iniciados o ano passado e que pr~<br />
ten<strong>de</strong>mos continuar e finalizar seria o <strong>de</strong> elaborar junto com verea<br />
dores da 'cida<strong>de</strong> uma legislação <strong>para</strong> áreas ver<strong>de</strong>s em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, uma<br />
legislação que protegesse os esp~1mes vegetais <strong>de</strong> maior interesse<br />
histórico, paisagistico ou cienti~ico, por exemplo'as árvores da Pr~<br />
~a Paulino Botelho (em frente ã catedral) que a algun,tempo suger!<br />
E .. ---'----· --·-··-<br />
. ::. t \ .. , .<br />
~ .~ f-: "\<br />
4 __ ~_ ~
3. Interc5mbio Cultural<br />
I. r: enorme o numero <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s conservacion1stes. ou <strong>de</strong><br />
proteçêo embientel e outras com as qu&is e APASC mantém contecto.<br />
Acreditamos que um meio antrosamento entre estes entida<strong>de</strong>s contribu!<br />
t' ré muito pare e soluçêo dos proolemas embientais. tento 08 perticul!<br />
res como os universeis.<br />
! Assim julgemos conveniente a reelizaçêo <strong>de</strong> s1mposios e en<br />
contros entre os diversos grupos que atuem no movimento amOientelis-<br />
te no Bresll.<br />
Preten<strong>de</strong>mos etrevés d~ um boletim bimestral manter um con<br />
tecto com todas as associações. levando ~ossos problemas. dando 8<br />
pedindo sugestões.<br />
I I<br />
Está·diretamente relacionada com o fortalecimento da APASC.<br />
nosso objetivo é pro~1c1ar com que as pessoas. questionem as as~rut~<br />
res ~asocie<strong>de</strong><strong>de</strong> que vivemos. discutindo soluções <strong>para</strong> ~ impasse d~<br />
senvolvimentalista que v1ve e humanida<strong>de</strong> atual.<br />
. Pera tanto pretendamos continuar com as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvol<br />
vidas pele diretoria provisória. como e projeçêo <strong>de</strong> f1lmes. sli<strong>de</strong>s •<br />
lamenas <strong>de</strong> ecolog1a. paiestres. exposições <strong>de</strong> fatos. impresséo <strong>de</strong><br />
textos. artigos <strong>para</strong> a imprensa. ativ1da<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas<br />
com estudantes <strong>de</strong> I' e 2' grau e e populeção em geral.<br />
-Ampliação do acervo fotográfico sobre a evolução urbena <strong>de</strong> séo Car<br />
10s 8 mais frequentes exposições <strong>de</strong>ste.<br />
-Realização <strong>de</strong> uma Semana <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates sobre o meio-ambiente<br />
-Nas nosses reuniões <strong>de</strong> 6~ feira procurar sempre introduzir novos<br />
<strong>de</strong>bates que propiciem uma meior clareza da tarefa pare o movimento -<br />
arnb1ental1sta.<br />
-Realização <strong>de</strong> ativ1<strong>de</strong><strong>de</strong>s como mural. projeção.<strong>de</strong> filmes e sli<strong>de</strong>s e<br />
palestras em escolas <strong>de</strong> I' e 2' greO.<br />
-tonfecçêo <strong>de</strong> um periódico da APASC que abor<strong>de</strong> atueis temes sobre o<br />
enfoque ecológ1co.<br />
-Utilizeção da imprense 8.crite • falada <strong>para</strong> divulgação <strong>de</strong> nasses<br />
lutes.<br />
-tempenhe pare navos sócios<br />
-Confecçêo <strong>de</strong> certeir1nhes <strong>para</strong> os sócios<br />
-Promoções pera engeriar fundos pere a ent1<strong>de</strong><strong>de</strong>
-Uma se<strong>de</strong> <strong>para</strong> a entida<strong>de</strong> que tenha: Biblioteca<br />
, I, Acervo fotoiráUco<br />
Arquivo<br />
lazer<br />
O fortalecimento <strong>de</strong> nossa entida<strong>de</strong> vai se dar através do<br />
seu reconhecimento Junto às diversas camadas sociais sancarlenses. e<br />
eSS8 reconhecimento só 8e dará através <strong>de</strong> uma mais ampla p~rt1cipa-<br />
çio da APASC nas mais diversas frentes <strong>de</strong> trabalho que se apresentam.<br />
Para essa ampliação das ativida<strong>de</strong>s i necessário uma maior<br />
partic1pação <strong>de</strong> todos os sóc10s • uma ap11açáo do número <strong>de</strong> sóc10s<br />
" <strong>de</strong> d1ferentes classes soc1ais e diferentes áreas ~e trabalho. pro<br />
,<br />
pic1ando ass1m também um maior respaldo <strong>para</strong> a atu~ção da própria d!<br />
retor1a.<br />
:~, Quando falamos ~ reconhecimento da APASC estamos dizendo<br />
lobre a 1<strong>de</strong>nt1flcaç~0, ~a populaçio com os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos P!<br />
Ia ent1da<strong>de</strong> e 1sso se dará através da part1cipaçio da APASC nas lu<br />
tas populares. levando pessoas através <strong>de</strong>ssa primeira 1<strong>de</strong>ntificação<br />
-~ a nossa luta. a se inte1rarem dos hossos objetivos.<br />
1-1O M E '0 P A T I A<br />
" Na arte <strong>de</strong> curar, s~lv~~~~~ 1~ vid~,<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />
I<br />
-.p~en<strong>de</strong>r e critr.e.11<br />
, I<br />
Ensine alIO <strong>de</strong> Iran<strong>de</strong> importância as! pr6t:~10, resolven.<br />
do seus distúrbios ore'nlcos 'Jtrsvés 19 HO~~CP:''!'!.~e tire<br />
SUIS próprias conc1us5es a esse respeite.<br />
A HOMEOPATIA é ngtur~l, suave, sem efeitos m~14~1co! e s~<br />
bretudo eric~,.. Em SXO CARtOS, visite 8 HO~OFA~~~.~A?M!<br />
CIA HOMEOp1TICA, 8 única na cida<strong>de</strong> espec1911·91~ no ~smo.<br />
com laboratório <strong>de</strong> manipulação próp~ig eQaip8~0 com os<br />
principais medicamentos rarmacopeicos e b10ter';lco~ •<br />
r<br />
. --"'-"---'_~4'-,--_.,.<br />
.: "'.. ~, .<br />
. . ' . ,.<br />
• ~~. : : _ .. ~ . J _~. __ ~ •• _
[; . \.<br />
·•••.<br />
Balanço <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s<br />
28/5/77 4'28/2/79<br />
A "APASC" formou-se da união <strong>de</strong> pessoas (sensibilizadas com<br />
4 problemática da <strong>de</strong>gradação <strong>ambiental</strong> e consequ~nte <strong>de</strong>gra<br />
dação humana) que estiveram reunidas por ocasião da Semana /<br />
<strong>de</strong> Estudos Ecológicos~ realizada pelos alunos <strong>de</strong> biologia/<br />
da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral e aberta a toda comunida<strong>de</strong> sancarlense.<br />
Esta "semana" realizou-se no Senac, que foi o local que<br />
aed10u todas as outras reuniões <strong>para</strong> discussão dos objetivos<br />
da entida<strong>de</strong> em formação, elaboração dos estatutos e a<br />
primeira Assembléia Geral,que aprovou os estatutos <strong>de</strong>finitivos<br />
e homologou os nomes <strong>de</strong>sta direto~ia provisória.<br />
A diretoria provisória incumbiu-se <strong>de</strong> pre<strong>para</strong>r as eleições<br />
<strong>para</strong> a pri~eira diretoria e encaminhar os trabalhos /<br />
que' se colocavam <strong>para</strong> a nova entida<strong>de</strong>.<br />
Agora que as primeiras eleições estão marcadas <strong>para</strong> dia<br />
6/4 vemos nossa ta~efa prestes a terminar e através <strong>de</strong>sse/<br />
boletim informativo procuraremos fazer um balanço <strong>de</strong> nossas<br />
ativida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> submeter à critica dos associados e dos<br />
que se interessareIT.pelo assunto.,<br />
Gostariamos ainda <strong>de</strong> esclarecer qUê o verda<strong>de</strong>iro paFel<br />
da diretoria provisória foi assumido pelas reuniões semaft!<br />
18 realizadas às 69 feiras no Senac, on<strong>de</strong> as <strong>de</strong>cisões eram<br />
tomadas <strong>de</strong> acôrdo com os participantes.<br />
Atualmente estamos com 82 sócios, que são moradores <strong>de</strong><br />
são <strong>Carlos</strong>, Marília, Garça, Mococa, Araraquara, Pirassunu~<br />
9a, Itapetininga, são José dos Campos, Embú, Assis, são /<br />
Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro, sendo que a maioria é <strong>de</strong> são Car -<br />
10s e as pessoas <strong>de</strong> outras cida<strong>de</strong>s estão empenhadas ed dlvul9ar<br />
os assuntos referentes a <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong> e na m!<br />
dida do possível formar nessas cida<strong>de</strong>s outras associações/<br />
que tenham em comum com a "APASC" ser uma entida<strong>de</strong> civil /<br />
que una os cidadãos interessados na <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong>. P!<br />
rassununga e Itapetininga formaram suas entida<strong>de</strong>s com as /<br />
quais a "APASC" esta em contato.<br />
Nosso sócies col~boram com 120,00 anuais e tem direito/<br />
a todas as publicações da "APASC", bem como acesso a qualquer<br />
ativida<strong>de</strong> que estejamos .es~nvolvendo.<br />
.. ' ~,~..:.~~.._-~-,-_. __." ..:-----.<br />
" I "<br />
.<br />
·~·1. ; .•__ __ ~ 1 '.0_ • __ ._.
Nesses quase ~ anos realizamos urna "semana <strong>de</strong> arte e pe~<br />
samento ecológicc" na CÂmara Municipal em colaboração com<br />
esta e com a Prefeitura Municipal; confeccionamos 39 painéis<br />
fotográricos sobre a evoluçio urbana <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong> e prom2<br />
vemos exposição <strong>de</strong>sses painéis em praça pública e recintos<br />
fechados, projeçÃo <strong>de</strong> fil~es e sli<strong>de</strong>s e promoção <strong>de</strong> palestras<br />
no Senac, escolas <strong>de</strong> 19 e 29 grau <strong>de</strong> <strong>São</strong><strong>Carlos</strong> e são<br />
José do Rio Par<strong>de</strong>, visitamos o "Salto do Eântano". e o "BuracÃo"<br />
em fins <strong>de</strong> semana, oportunida<strong>de</strong>s que aproveitamos /<br />
<strong>para</strong> conhecer a região ~ trocar experiências; nossos associados<br />
do Instituto <strong>de</strong> Edur.açÃo Alvaro Guião e do Oiocesano<br />
mantem murais nessas escolas on<strong>de</strong> se divulga a "APASC"I<br />
e assuntos relacionados com meio ambiente, apoiamos a Asso<br />
ciação dos Engenheiros na realização <strong>de</strong> um ciclo <strong>de</strong> palestras<br />
sobIe planejamento urbano e in~erferimos junto aos ve<br />
readores q~anào da alteração da lei do planejamento urbano<br />
<strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>, porém sem sucesso.<br />
Em terffio<strong>de</strong> publicações es~e é o 49 boletim informativo,<br />
imprimimos junto com o Crutac 6.000 textos sobre a poda das<br />
árvores <strong>de</strong> José LutzeDberger que tem sido distribuido na ci<br />
da<strong>de</strong> e enviados a outros entida<strong>de</strong>s: com o Crutac. também imprimimos<br />
1.000 textos esclarecendo sobre o que é ecologia,1<br />
<strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong>.e a APASC, Dmprimimos 2.500 propostas <strong>de</strong><br />
.ócio que é distribuida a quem se interessa pela "APASC", j;<br />
1.000 textos sobre tecnologia elaborados pelo Movivemto Arte<br />
e Pensamento Ecológico e impressos em colaboração com B<br />
Câmara Municipal, impressos sobre o dia dê árvore em colab2<br />
ração com o OCE-UFSCar e distribuido nas escolas <strong>de</strong> 29 grau.<br />
Os "10 mandamentos da ecologia" em colaboração com a gráfica<br />
·Verrnelhinho·, SOO cartazes distribuidos pela cida<strong>de</strong> com<br />
o tema "ambos nasceram livres <strong>para</strong> viver, abra sua consci!n<br />
cia <strong>para</strong> não continuar matando", 200 cartazes "<strong>de</strong>senvolvi -<br />
mento sem poluição" que convocarrn <strong>para</strong> a 12 hssembléia Ge -<br />
ralo Imprimimos também o texto do José Lutzenberger "Ecologia,<br />
Socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolvimento" (500 exemplares) e folhe-<br />
tos sobre o dia mundial do meio ambiente (5 <strong>de</strong> junho).<br />
Por ocasião do dia mundial do meio-ambiente plantamos 3<br />
árvores "magnólias" na praçá Coronel Salles corno lembrança/<br />
das inúmeras que lá haviam e foram cortadas.
""" ....<br />
·4.~_ ••. _.<br />
I ' ..<br />
.:. ~\<br />
Part1civarnos C~ várias l~tas pela preservação do Patrimônio<br />
da Comunidaãe tais como "Cauca1a do Alto x Aeroporto",<br />
"Amazônia", "Praça Coronel Salles", cor.tra a tentativa <strong>de</strong>i<br />
construção <strong>de</strong>. novo Paço Municipal <strong>de</strong> são Carl~s no Largo I<br />
banta Cruz, apoiando a luta do Vale do Paranapanema cont~a<br />
a Braskraft, pela preservação do "Buracão" corno recanto na<br />
tural e <strong>de</strong> lazer; levantamento com moradores da redon<strong>de</strong>zas<br />
das. indústrias: "Metalúrgica Cruzeiro", "Frango Ito" e "cur<br />
tume Monterosa" que reclamaram da poluição <strong>de</strong>ssas indústri<br />
as, sendo que a APASC oficiou a CETESB e divulgou com a im<br />
prensa local.<br />
Encaminhamos à União Internacional <strong>para</strong> a Proteção Animal<br />
as <strong>de</strong>núncias feitas sobre as condições que se encontra<br />
vam os animais do Parque Ecológico <strong>de</strong> são Carlcs.<br />
Recebemos 1gesislação sobre o meio ambiente <strong>de</strong> algumasl<br />
instituições e livros da FBCN.<br />
Promcv~mos concurso <strong>para</strong> escolher o símbolo da APASC e<br />
acertamos to~os us papeis buroc~áticos da APASC, tendo fei<br />
to ingerências junto a Câmara Municipal <strong>para</strong> que fossemosl<br />
reconheciàc ce utilidaee pública.<br />
Alugarecs por meio ano uma se<strong>de</strong> <strong>para</strong> a APASC on<strong>de</strong> guard~<br />
vamos nosso material, porém por falta <strong>de</strong> recursos financei<br />
ros tivemes que <strong>de</strong>ix~-la e transferir o material <strong>para</strong> a e~<br />
sa <strong>de</strong> alguns sócios.<br />
Temos publicados artigos eomo colaboração nos jornais I<br />
da cida<strong>de</strong>, em jornais da UFSCar eem jornais <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s vi<br />
zinhas.<br />
o _. _ •••<br />
__<br />
participamos da Campanha Contra a Falsa Emancipação doi<br />
Indio. Estamos participando <strong>de</strong> uma comissão <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s I<br />
da cida<strong>de</strong> preocupadas e.encontrar uma solução <strong>para</strong> os pr2<br />
blemas da favela da Vila Pacaembú.<br />
Enfim, po<strong>de</strong>mos dizer que nestes quase 2 anos <strong>de</strong> atuação<br />
muito foi feito <strong>para</strong> uma associação que apenas esta com~ -<br />
çando, mas perto da gran<strong>de</strong> tarefa que temos pela frente, o<br />
feito serve apenas como base <strong>para</strong> novas e mais arrojadas I<br />
propostas.<br />
Consi<strong>de</strong>ramos que os caminhos a serem seguidos pela ent!<br />
da<strong>de</strong> começam a se tornarem mais claros; fazemos votos que<br />
a primeira diretoria da APASC seja bem sucedida nesta nobre<br />
tarefa que lhe chama,
t<br />
I :~<br />
iÀfcai<strong>de</strong> convoca reu"nião <strong>para</strong> tratard~<br />
gravíssimo problema sócio<br />
o vice-alcai<strong>de</strong>, Rubens Masso-<br />
: cio, que foi o primeiro homem <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
: <strong>Carlos</strong> em contribuir <strong>para</strong> o aparecimento<br />
das primeiras favelas em nor<br />
so meio, gerou serlssimo problema,<br />
que agora precisa ser solucionado, <strong>de</strong><br />
forma a não <strong>de</strong>ixar ao <strong>de</strong>sabrigo pes-<br />
I soas humil<strong>de</strong>s que nos bairros Jari<br />
dim Cruzeiro do Sul e Vila Monte<br />
I Carlo aliconstruiram seus mucam"<br />
I bos, por or<strong>de</strong>m, não sabemos com que<br />
I aufllrização ou direito, do mencionai<br />
do cidadão.<br />
L. ~_<br />
O assunto foi levado ao conhecimento<br />
do pOvo pela vereadora Miriam<br />
Schiel e provocOu amplos <strong>de</strong>bates<br />
na última sessão camararia, quando<br />
se lamentou, inclusive, pelo seu<br />
ex"Presi<strong>de</strong>nte, p~I.. Jamir Leôncio<br />
Schiavone, que a autora do requerimento<br />
nlo tivesse proposto a constituição<br />
<strong>de</strong> uma comissão <strong>de</strong> inquérito<br />
parlamentar, <strong>para</strong> apurar responsabilida<strong>de</strong>s<br />
e consequentemente punir, pelos<br />
meios legais, o autor da angustiante<br />
situação em que se encpntram, pre-<br />
st:ntemenle, perto <strong>de</strong> 200 pessoas,<br />
<strong>de</strong>ntre as quais estão cerca <strong>de</strong> 116<br />
menores, <strong>de</strong> diferentes ida<strong>de</strong>s, cor<br />
rendo o risco <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>spejados<br />
por ocupar áreas do Municlpio, quan<br />
do a isso foram levadas por promessas<br />
e mais promessas <strong>de</strong> politico que<br />
não me<strong>de</strong> nenhum esforço, até mesmo<br />
o ilegal, <strong>para</strong> se auto"promover junto<br />
ao povo, ele que tem maiores aspirações.<br />
Naturalmente, por ter sensibilr<br />
zado a ·atenção dos 'senhores verea-<br />
 •<br />
eCOnOmIC(1<br />
dores, que tanfQ reprovaram o meio<br />
<strong>de</strong> que se utilizou aquele polltico pa-<br />
,<br />
I<br />
consequente, nlo po<strong>de</strong>ria ser sed<br />
a convocaçio <strong>de</strong> uma reunião DO SI<br />
ra alcançar os seus objetivos, que <strong>de</strong>- lão Nobre da Pftfeitura <strong>para</strong> se ~<br />
liberaram aprovar por unanimida<strong>de</strong> o tar do "grave problema <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />
requerimento da combativa vereado- cio-econOmico e habitado"al<br />
ra, o alcai<strong>de</strong>-mor não tinha outra es- bairros do Jardim Cruzeiro do Sul:<br />
colha e precisou tomar providências, Vila Monte Carlo, <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>, ~r.<br />
<strong>para</strong> salvaguardar a sua administra' do pelas Javelas existentes naquri<br />
ção, que mais uma vez se viu arranhada,<br />
por quem <strong>de</strong>veria ser o prilocais"<br />
•<br />
O que, todavia, S.Sa.<br />
:<br />
ornftl<br />
meiro a preservá' Ia .<br />
E o que restou ao chefe do Exefoi<br />
o porquê <strong>de</strong>las terem se originadJ<br />
Essa reuniJo terá lugar no rl<br />
cutiv_o_, _p_a_ra_te_n_t_ar_c_or_r_ig_i_r~a~to_tã_o_i11_-<br />
__ 1_9_,_à_5_1,.6 ~:: J
Tem-se falado muito nos últi-,<br />
mos dias, principalmente na Univer-'<br />
sida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, na ex-tinção<br />
do Parque Ecológico. Muitos<br />
, professores chegam mesmo a Concordar<br />
com tal possibilida<strong>de</strong>. oPr que?<br />
· Primeiramente pela enorme <strong>de</strong>spl.'Sa<br />
I ('ara manutenção do mesmo; fala-se<br />
, que é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cr$ .......•<br />
· 10.000.000,00 anuais sendo que 50- )<br />
, mente com a alimentação dos ani- i<br />
, m;)is sãl) disflCndidos cerca <strong>de</strong> Cr$ 1<br />
I 60.000,00 mensais. Em um paIs como<br />
o IltIl;SO on<strong>de</strong> I) maior problema'<br />
social cll:lIinua s,'ooo a fome, não<br />
po<strong>de</strong>-se dar o IlIxo <strong>de</strong> tão vultuosos<br />
gastus na manutenção <strong>de</strong> animais.<br />
A<strong>de</strong>mais, alegam muitos, aquilo não<br />
passa <strong>de</strong> um janlim zoológicn em<br />
" p~qu~l1as proporçoes. • I<br />
Os argumentos são fortes. De<br />
fato a <strong>de</strong>spesas é um acinte ao povo<br />
brasileiro e <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> e, <strong>de</strong> fattl,<br />
subsiste na estrutra do Parque um<br />
mini-zoológico<br />
lógicQ.<br />
totalmente, anti-eco-·<br />
No entanto não po<strong>de</strong>mns negar<br />
três anos <strong>de</strong> trabalhu e toda verba<br />
já empregada <strong>para</strong> rcahz.a~lio do ,<br />
mesmo. A área se bem admmlstrada '<br />
po<strong>de</strong> vir a ser muito provzitosa <strong>para</strong> "<br />
· a comul\id:i<strong>de</strong> dl' <strong>São</strong> Carlus, I.'SpC-'<br />
cialmente como: ,<br />
- Local <strong>para</strong> estudos I.' pcsqui-'<br />
sas <strong>de</strong> cientistas da Universid;)dc Fe- '<br />
<strong>de</strong>ral, principaln~nte do Depto. <strong>de</strong><br />
Biologia.<br />
- Arca dI.' Jazer par;) uso da<br />
o Par~I'~Ec~'Qeico.;<br />
,~~\1~ S~V eii~w~~@?<br />
a.<br />
população (mas, por fav,,?r, ~Cllla.lral'i>.:s<br />
turisticM COll1l)IInll11alSenJau-<br />
I;)dos) ,<br />
- Area <strong>de</strong> produção.e pcsquis~ ,<br />
em agricultura org~ni~a. - sem ut!- J<br />
lização <strong>de</strong> adubos qUlnncos e pesh- I<br />
cidas em geral - e tecnologias aI- •<br />
ternativas: projetos <strong>de</strong> produção ea- :<br />
seira <strong>de</strong> melanul, fornos IOlares, ele.<br />
- Area <strong>para</strong> on<strong>de</strong> professores<br />
secundaristas po<strong>de</strong>riam levar SI.'US a-<br />
Innos p;)ra ubservações práticas na<br />
'área <strong>de</strong> ciências naturais e educação<br />
arnhil.'ntal,<br />
Para nlio onerar, em c.l~maslii",<br />
os cofres pilhlicos; cujos fundos <strong>de</strong>veriam<br />
estar senw) utiliza~os <strong>para</strong><br />
melhor ia lia qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida da po-<br />
pulaçãu - e não sendo gast.l em 0bras<br />
como "rista p:li"a ~vfl1das lf;~<br />
earters", por exemplo - () Parque<br />
Ecológicsl <strong>de</strong>vI.' husc~r a~to,sustcn~arse<br />
financeiramente, IStu e Imposslvel<br />
a curto prazo, mas a médio e a 11.\0-<br />
1',1 prazo não é incablvel a proposta,<br />
Ela po<strong>de</strong> ser ,conseguida ~~I:l<br />
pmdução <strong>de</strong> agricul,lura orgânll:a,<br />
produção <strong>de</strong>ntlfica via Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral e naturalmente rOi uma.<br />
drástica redução nos seus gastos.'<br />
. Não há 'necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> animais cn- i<br />
ijaulados. Só uma medida como ~ <strong>de</strong><br />
'<strong>de</strong>sfazer dos animais presos el11Jaulas,<br />
soltando-Ds em reservas biológicas,<br />
ou, transferindo-os <strong>para</strong> outros<br />
jardins zoolllgicos cm l1Ielhor~s ~f)~~<br />
diçõcs, já s~ria enormc contnbmçall<br />
<strong>para</strong> redução das dc~pcsas par" ma-<br />
,": ..!."J/l~N 1)[<br />
H/1 ZhJ
!:J ------l-. __--- J<br />
'_llo~~'i1APASC TAMBÉM ~<br />
•. ' ft,).~ .; .,<br />
~( tt~~ ,<br />
.j9:~.CONTRA CEMI'TERIO<br />
!'nulo Jo~ Bt'nalvl 'Mandnl. diretor <strong>de</strong> publiea(~. 6real ver<strong>de</strong>s ,práticamente Inexistente na re::ião) e d.<br />
"ta Auociaçio pari Protctão Ambient.1 <strong>de</strong> Soio Clllos, espaço <strong>para</strong> rt'crcaçio. 1<br />
:I-'é\tenontem na redaçlo do "Corrt'lo" tr:l1Í!ndo uml Um fato que nos ff7.. quase <strong>de</strong> imediato, rejeitar a .<br />
li ",inD., on<strong>de</strong> a entida<strong>de</strong> manlfcst:l-se eontr6rla • Impila- intenção <strong>de</strong> ampliar o cemitério, é qUI!cita é uma solu-<br />
~~ do Cemitério da VUI Prldo. Ção tempor6rta c plliatlva. No máximo daqui a qualro<br />
o') ..' I . ano. e novamente estar-se-ã procurando árcllS <strong>para</strong><br />
I :.!!.Ol SC'eundo o que diz Manclal, "a periferia di! Silo ·Indala(ão dos nos~os mortos. Enquanto qUe criou-Ie '<br />
. ,;t~tlU'los • multo carente d. 'real ver<strong>de</strong>s, IeJldo Impor- um problc·ma <strong>de</strong>finitivo e, práUcamente In.olável com a ' ~<br />
.ft! ~iritl' no momento que.OI moradoree reivindiquem pra- 1,llIaUsfa(io dOI justos .nselo. da pópulaçlo que, mora ~<br />
'),.~ •.dllr-Ihes todo apoio. na construçio <strong>de</strong>a_ poli real- próxima' localld.<strong>de</strong>. O. que .11 Ir50 repouur por to-'<br />
. :
o muro .está <strong>de</strong> pé<br />
o __ tkllmltando • .,.<br />
MIpIIacIa do Qemltérlo 8aIúO AIalDaIo<br />
•• P;4ua •••• ele~,<br />
,.,. 1IIpa. 110:0 pie p...-<br />
-.a <strong>de</strong>rrota CIoII.__ ele<br />
_ Viola n.ua Iv' •••• !lá lIl:Úll CIo<br />
• _ <strong>para</strong> lllIo 110 !«.l1 lOJa _<br />
tndc!a _~. u... <strong>para</strong> •• ,<br />
-.dOrr. •••• .I&:n!wl::a& CIo ter<br />
_" .ue •••• IlIúmOll e lutuDos<br />
'paios __ Ia:-a. aIItcm<br />
aalI:M 1Ik6ri.u JICd& ~ 4(UII<br />
~ ••• llO".&::4Ja.<br />
••• pWClro luear. llI:a_<br />
_~~ Il& Fl:I~'"•••••140 01<br />
1In. u!GnJo J,ltI,'ocl, o I!r. Rubtnll<br />
aa......eto e .~~ns ft!«dort.a qu~<br />
•• oe J:IIIbr3J!l cio ~... r,' """.<br />
•• ~ <strong>de</strong> 11t16 01=.,' ~i::r.,m<br />
aqw.c pn.mt :t-~","IR ncz!c ttrr'C'!!c)<br />
tIuld'O co;·atru'r um., prr'"ol o fi•.••<br />
tenar O 1t.rc trtn-dto d:!:r re!''''o~'<br />
.' .o:! aUllmm cio k:c:'1. Em 1:17:1<br />
elqr.l':'mllHC' i.•prrnl""" • ll\I-<br />
••••• • obr3a ele .1Ilj):~ do<br />
-u:trla, r.r.a "J:.•:-r cblldo AU3<br />
t.clla _ morodoau.<br />
ElIl KJ1l"tlo 1u!V•• - •<br />
~ • p~.:IeID~ocIo DD pre<br />
It!to eo-\ra O ft"'O. .UUICIo. r•••<br />
ta:JI~an. ,rerdW • pol~Jt 4090-<br />
"'1:1 a"1r •• rotO, I: b~oInou<br />
_a: 1IIIIlítIarw: 1'Orq" em __<br />
tpoea toe _lllm o IIlbD':> :;r~.nl elritou<br />
no"t:.mzlIfo;.'. fJ.u~ dio lJ..:rmJta nula<br />
rtl.~e:I:. )1-'') c o (~1:h~:ro m"aftl •<br />
lt!~:n' re\!('''\ f '.:" {; •••I-U 1:0 POt'!'r<br />
"",,1m .,. blllitos quo h"ll:t11vJlD •<br />
1U~t:l r::c·; '!ln~V"d3 m'·lnor.<br />
S'm •• muro (",lã do p~. Ma•<br />
á ':lftb:!m (.
-"';'n-II\-S-C-';;"'-~Ãs'!"-' s-o~cl--A~çx~o~P~AR:=-:A:-=P=:Ro::T;;E:::ç:Tlo:;--<br />
A 11-\ AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />
, .•. 2 ••.•••.•• /000t. ti<br />
RECONHECIDA DE UTILIDADE PlJSLICA<br />
LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />
CAIXA POSTAL , ••<br />
".510 - SAO CAltlOS - SP<br />
DEBATE SOBRE· f{ IN"STA~AÇAI1" OE" "USINAS NUCLEARES<br />
NO BRASIL E E" sAO PAU~O<br />
cêmare "unlcipel d. S. Cerlol<br />
Dle 25 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong>USO às 201<br />
: O processemento do Urânio pere leraçio da enerlla<br />
nucleer tem como um dos seus eub-produtoe o Plutõnl0. matarial r~<br />
dioetivo altamente perigoso e saú<strong>de</strong> humana. cuJa m~le-vida C is-<br />
to é. o tempo que leva pare mete<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse meterle~ traneformer--.e<br />
em outro meno. radioativo) i 50.000 anoe.<br />
- O <strong>de</strong>etino • ermezenemento <strong>de</strong>eteperiloefeelmo Lixo<br />
atõmloo i um sério probleme pera todas ee neçõee que <strong>de</strong>.envolvem<br />
projeto. nucleares.<br />
Há pouco tempo.o diretor da Fletrobrés <strong>de</strong>clarou I<br />
que Q Potencla~ Hidrelétrico brasileiro val <strong>de</strong> 270 e 500 mllhõ ••<br />
<strong>de</strong> ~w. quantl<strong>de</strong><strong>de</strong> que esté elim <strong>de</strong>s nossas necesslda<strong>de</strong>s. não obs-<br />
tante exl.tem fontes alternativas sequer estuda<strong>de</strong>s pelo governo.<br />
.<br />
- Foramconflrmados cálculos segundo os quals o cu•<br />
to do Kw/h geredo em uma uslna nuclear será pelo menos tre8 vezes<br />
mals caro Que o cueto do Kw/h geredo em ume uslna hldrelétrlca.<br />
Técnlcos da CESP temem que toda a verba dlspon{--<br />
vel <strong>para</strong> a v1abll1zação <strong>de</strong> um projeto que coloque em funclonamen~<br />
to cerca <strong>de</strong> 100 mlnl-us1nas. aproveitando pequenas quedas ~égua<br />
em tndo'o estado <strong>de</strong> são Paulo. a cus to creca <strong>de</strong> 100 vezas mai. "b~<br />
reto que a energla gerada nuclearmente, seja <strong>de</strong>svlada pare oons.<br />
truç~D <strong>de</strong>s Us1nas Nucleares <strong>de</strong> !guape e Perulbe anuncia<strong>de</strong> hé pouco<br />
Plt)o Roverno.<br />
-Dados recentes da Nasa expllcam que .xlstem ga.e •<br />
•ub-produtos <strong>de</strong> flssio nuclear. tais como o Kr1ptô-<br />
8TIr 'tr '1(el\'&rtto~3"3;-aI ém(JlJI1TrHf. ""tItrs"S'117fI11"&I"IhD"t-e;-' nic,po-----~.<br />
ser retidos Dela slsteme<strong>de</strong> 'lltre~em e~lste"te. "\5 C~"tre15<br />
-- --- . -. -. - - .
sendo la"~~dOS na .•tmo":"era <strong>de</strong> forma rotineira. contamlna"'do ir-<br />
rQvers{vel",ente o .IIn'''onte.<br />
--- Até hoje nio se sabia rnrretamente o número <strong>de</strong><br />
.<br />
aci<strong>de</strong>nte. em usln~s nucleares do mundo. Isso pois. a dlvul&açiol<br />
dos me.mos neo lnter.ss~ à Indústria ~ucI8er •.~a UR~S. por exem-<br />
plo, ocorreu em 1958 um aci<strong>de</strong>nte em u~ <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> Lixo.Atômlco,<br />
ao sul do Ural. com a morte <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> pessoas. sem Que o I<br />
mundo. 8 nem os próprios soviéticcs. ficasse'" sab8n~c.<br />
O acordo nuclear 9rasil-~lema~~~ ~=! realizado I<br />
pelo reg1me. A naçio brasileira néo t'M compro~lss= =~~ essas n~<br />
gociações. n pnvo 8s~ã alijado ~a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisõe! c=~e se nio<br />
fosse o cust.~dor dos frutos d8SS~S <strong>de</strong>cisões, e nio f'~ss. 9m úl-<br />
tima instância. a primeira v{ti~a dos possiveis <strong>de</strong>sastres atômi-<br />
I f coso<br />
I •<br />
I ••.••.<br />
I ~ -<br />
I "ao rllap:ir-<br />
I nuclear).<br />
I I<br />
-I~8g1nem o r,ue av,uftrda o povo brasileirc,.e I<br />
(palavràs <strong>de</strong> Otto Buchsb~m. pioneiro da l~t~ antl--<br />
.6.6.6.<br />
Em vista <strong>de</strong> todo esse quadro é que a APASC (Ass~<br />
claçeo <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong> <strong>de</strong> Seo <strong>Carlos</strong>). vem convidi~!o a<br />
participar do <strong>de</strong>bate acerca das instalações <strong>de</strong> usinas nuclearesl<br />
no Brasil e no estado <strong>de</strong> Seo Paulo a ser realizado na Cimara ~u-<br />
nicipal <strong>de</strong> Seo <strong>Carlos</strong> dia 2S <strong>de</strong> Junho às 20H.<br />
DEBATE SOBRE INSTALAçAO DE USINAS NUCLEARES NO BRASIL<br />
NÓ ESTADO DE-SÃO PAULO<br />
DIA 25/06/30 20 HS<br />
LOCAL: CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS.
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~ B;t~âe~S)p~r~' n~v~diretoria<br />
da APAS(<br />
A Asso:~lIção <strong>para</strong>. Proteção Amb.!.·~ntal <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> Cnrlo3 V
o QUE VOCE PODE<br />
FAZER PELA f AI<br />
•..-- •.... "" -.._...<br />
lml1lllo"-'" por_Ido'':_<br />
••••••••••• _ .0;•••••<br />
tal _ IItI 110111_ iIIo •••••• _<br />
I •••••••.••• lOje: __ ~.<br />
Il1o•• ...- _ • ....u.bI~,•<br />
- •••• JIOUnI . ':_11<br />
• __ •••• lIo" ."'.. •• _ •••••<br />
"" 1Ilf'Od~or •• * I.portadorn •••••••<br />
_ /VJllC1otDO "'or k>IaI •• • •<br />
-. •• lI6l..... Lot. _......<br />
__ - -.oçao <strong>para</strong> Prot.oçIoAm'<br />
_I •• •••• eatlol.. _Ia flIlçIo.<br />
o que você po<strong>de</strong> fazer pela paz<br />
"noas •. ~ "M't: h' no "~Ifto<br />
lD&elro ceda •• _4 li pr•.••• J;m ••<br />
• cN.ftatl •••••• real U'111&"'IUf,'O••<br />
__ • UDUça <strong>de</strong> •• DU\'a • ..erra<br />
_.00..- ..0·...11._<br />
': ~ DI' b,,,,o;.l".U'OI trabalham na tAdW;.<br />
',:.1 • a •••• eDlluan&o tn.,.,LllMnlOs<br />
tm cnltl'U ••••• crlaI1a.IR mw\ol •••<br />
e:tpl"llne. •<br />
U•••• to: orandoIm_,<br />
• ·0 prot.:.naa , WCa'lIcO ••• catM I.QI U·<br />
.--.......-:<br />
••••••• ~_ ••••ldIrtm·. 0lOI-<br />
_ •••••ootU ••••_ ar_ ••••.<br />
- •• poloo - ••• -- •••<br />
•••• lIclI polo OIIY01_ '1".11000 _.<br />
"_"_"1_".<br />
li•••por..-.<br />
tumanu • 8DCIal'.<br />
- __ IItI __ iIIo ••r-<br />
• ••••••• uma. dIo maior ~ ••<br />
•••_ I ••••••• ou "11: _t" .•... dá ~n que • crt'lt"ftte IIUUtartaa·<br />
------<br />
-"'" •• ...- ..-. _:I••••.. elo cio anan'lC) • O .Nm~o <strong>de</strong> um po"'<br />
-_<br />
••• _ ••••• JIOU": - •••••••. <strong>de</strong>r dtMNt:o:O. J."all wll\O, qui' eJ1aID<br />
- • f1_lN _ • __ ••••• IID ••• cUm:ll •. 1nIe'1\lranç:C I medo. era-<br />
•._-_._.<br />
fI'W''''' o ftC"e:ÔClocom atrtIM , Juc'rall •.<br />
<strong>para</strong>"""""'~ _Ia. ,. ., admrfII.e <strong>para</strong> una poucos.<br />
_ • tdue8çIo ••••• __ •••••• Il1o • IIt«'If!'Pr9 bou.. evtrrP"'. nqueoeDdo<br />
,-por-_.<br />
• Cll~"ie bUm:lna <strong>de</strong> mudar a RIa<br />
-'" pita ••• _ •••_c;k do bfstdrla ••• I'umlr o ..". <strong>de</strong>sUno O<br />
futuro JIOdt' t drYeo •.••r ew:eren\l'. E' •••<br />
-<strong>para</strong>--~<br />
aiftl ••• m1P'ldo •. pu.<br />
-. _ ••••_ ••••T_<br />
I lIUoI ••• pito - - • tducoçJo a PAZ 1ll1'SDUL DEPEl'o"MIIA<br />
__ o<br />
.1f_ •••lIrIIIIlCtt-lIOl""O- DA .OA VOST.\Dt: DE l'I:IiIiOAS<br />
N:\IPI.ElI OOMO voa<br />
- .•.........__ ...•......<br />
_ •• ~ _na <strong>para</strong>ftI1II<br />
,.r._"_. --,..-<br />
••••• tnI DÓI __ ••••• • •••<br />
•••••••• Ia rutrro • do PU. dt amor i<br />
da cldlO._amo 1IIo. _ au•••.<br />
'_ • umaa IIIIdtaft'l niltl'ftl,.. no tlro • oc'k" ••••• dIo lorma •• ..-<br />
.....- .•........ ftIl •••• ""mos _ Au\m cnmo DOeaaa·<br />
1lu<br />
-..-..•---<br />
••• R~lma - __ •• IIIDIllII n1k4 ",.m;.C'!OMII. em IIOUD d~ •<br />
_ • lI>l.••••••• _ ,..... .Iot di.. ••• ftD$UI ddadll. o uso da no.<br />
•• da ndiaçIo - • qwe dana ••••r••• Itnr'ia aio lOlucaona • probl.mas<br />
lImInar • "'" •••••• • ••••• et... •••• Prafu,. •• Informar. dlw.'''' • <strong>de</strong>·<br />
Je_. . 'b:1trr eaa_ qUf'ltõe. ftDI INPOI anI<br />
qaall YUt'frrtenre; UIOCi~ ele mo<br />
_ •• UM lQIooOIo _ •••••••••. _,t:'. '::.11••••••. II"Jd .•••• Ju. por•<br />
••.•.•.••••• ao .., •• Itm06tc~.' -.ri tWoo. t1vlln....<br />
_.-<br />
Apnt. t.C movlrUI'IUett QUI: &hba~bam<br />
<strong>para</strong> I pu. como por f"1I,
1<br />
'•.•,:.1J.:<br />
'í I<br />
't I<br />
o Drl!\ro 4t .~ 1"41trs<br />
15/07/BZ<br />
---_._ ..- &._._---.~---:.-<br />
-Esfudantes <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> pe<strong>de</strong>m<br />
o -fim dã Duerra'das ~'alvinas- i<br />
JIf Por IAldadva da APASC - "'-iaçlo Para<br />
'- . Proteçlo Ambi.nta! •••• SIo ea.ta.. •••• dantn da.<br />
.I-.co1aa • Sio <strong>Carlos</strong> _r ••••.••• ,'riu torta. pa'<br />
I~'"dlrlpnln da ArJ[entina • 11l\!1>1or •• pedindo<br />
• 11mda c."'" das M.Mn ••. A. oarlU. Iranacrl-<br />
1M aba'lO •• IUO lOIIdo .nrilodu ••• lIlbaIudal doo<br />
cIoi. pabel aq.1 110 BrasU:<br />
SJo CarIUl. 4 do j.nho do 1.1112.<br />
• PInados Senhores EIIlbaI• ..", ••<br />
• NIo hi uda pior que ""'" ._ra JlOf Iuo quer1_<br />
Ibct pedir que acabem tono « ••••".,<br />
Os tonbo •••1 podiam <strong>para</strong>r r.n pouel, nollI pedl_ que oc....... e- a<br />
•••••••. Yllmoaaluo •• di. "CeI. p.,lino C.,••••<br />
Cidadto: - Sio C.rI ••<br />
Idllllt: - 12 allOl.<br />
SIo Carloa. 03 <strong>de</strong> lunbo da 1.1112.<br />
EJuuo, Embaiudor.<br />
blra_ na •• mana -..diel da ECoI>loflIa o 110<br />
Iqar dr Nudar-. a oalloft.a c' •• wrdo:. cllur••••••<br />
o _ IftIUlli.lllOI. po'. cIolI •••••••• 1'" _ • __<br />
'a. QuMII •••• 0 •• U -...ndol Qulo.... eItIo<br />
•• indo •• an pai..<br />
1IUIIar ••<br />
Enq••••to o •••_<br />
_ ubo:r o ••••••••<br />
•• Ir•• " •••• __<br />
••••<br />
triac.<br />
a Naçõn .utam din""iru _ 1rIIlIÇ6d, •••• qllH<br />
U••• IIIUIUo peque •••••• 'a'. a perda •• Wltal<br />
tIdu!<br />
1'••.•••• 1 Am•• que o piar _.Ieça, 0 __<br />
.<br />
.<br />
er.triltecido. pcdo lim a _ •••••ra. pelo •••••• dr<br />
••• u Naç6es,<br />
Angel. CrlObna A.c:.kio MauM - ••• ~rIc C<br />
E.1:, P..o. "CeI. PIudl ••• C••••• w •<br />
SIo Car~... 3 .., I'" ""1.1112.<br />
1:_, EmbaiucJur: .<br />
".. _. <strong>de</strong> •••••• o _rMio. pt'ÇO'ltIoque paro .<br />
CIOIIl•••• "OCr.ota 'II
.~:! > ArASC_'pe<strong>de</strong>: P9sicic~amento dos pariidos--<br />
-~.p~íiléossob'ié'õQualida<strong>de</strong>'<strong>de</strong> '~da:emS.Carr~s:<br />
;. '. I<br />
t<br />
NO MOMENTO, A PREOCUPAÇ,\O DA APASC - ASSOCIAÇÃO PARA PROTEÇAO AMBIENTAL ÓE !<br />
SAO CARLOS E' COM A QUALIDADE DE VIDA DA REGIÃO DE S. CARLOS, "PRINCIPALMENTE<br />
, 'NO QUE SE REFERE A PRESERVAÇ,\O E MELHORI.A.DO MEIO AMBIENTE EM QUE VIVEMOS".<br />
NESSE SENTIDO, A ENTIDADE PEOE UM POSICIONAMENTO DOS PARTIDOS POLlTlCOS COM I<br />
RE~ÇAO AO PROBLEMA. LEI_ANA OLtTI~~:PA21~A,' . _',._:"'::- .., .\<br />
/ Ca.rta programa e~ológico--<strong>para</strong><br />
'~ apresentação aos partidos polítiços<br />
Sio <strong>Carlos</strong>. setembro <strong>de</strong> 1982<br />
A APASC, AssOclaçiq <strong>para</strong> Proteção Amblenta1 <strong>de</strong><br />
Sio C&rlOl .preocupada com a quaiJda<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida na ,..<br />
Ifio <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, principalmente no que toca a preserftÇ10<br />
e melhoria do meio ambiente em que Y'lvemos, e<br />
tendo em vista a realização da seleições em novembro,<br />
..em relnvlnd1car junto aos candidatos <strong>de</strong> todos os par·<br />
tldol pol1t1cos que se posicionem com relação aos Itens<br />
qu. apontamos abaIxo, os'quais, se observados. tenlos<br />
• oenea. vlrlo contribuIr <strong>para</strong> a preserVação • melhoria<br />
"- 't" das condiç6ea amblentals da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 810 <strong>Carlos</strong>, mamfestal1do<br />
lua disposição em lugar <strong>para</strong> que 01 mesmos<br />
sejam cpncretizados, Como este documento trata 01 te-<br />
. mas <strong>de</strong> fOIma 1eN!rallzada. 8em preten<strong>de</strong>r eSl0t4-los. es·<br />
peramos que surjam .u~stoea e criUcas.<br />
: ,EDnm, consi<strong>de</strong>rando que ,os prob7.emas eco:ógicos<br />
estiO todos Interlilados,'uma vez contribuindo <strong>para</strong>. solução<br />
dos problemas locals, estaremos colaborando r.am a.<br />
• ao:uçIo dOi problemas globais e consequentemente com<br />
i •IObrevlvencla da VIDA na TERRA.<br />
• 1 - OOIlatruçlo <strong>de</strong> uma estaçio <strong>para</strong> tr.atamento e<br />
• aprovelt.amen&o<strong>de</strong> esgoto. E' neoesú.rlo .que toeIas SI cio<br />
~ da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bac1as dos rios Jacarll e MoCi tomem essa me·<br />
l; dida <strong>para</strong> que aqueles rios não atinJam 01 n1yejs <strong>de</strong> por<br />
. :utçio a que checou o rio P1rac:icaba.<br />
~ • IAtua1meDte toei o esCoto <strong>de</strong> SiO CarlOl li ~lV!o -in<br />
, lIatura •• nOl Rios Monjo:'mho e Gregório qUe por .ua<br />
na <strong>de</strong>saauam .-m nenhum tratamento 110 Rio Ja~.<br />
, 2 - ConItruçio <strong>de</strong> nov.. praças. pomares 'hortas e<br />
,~ -';~'. aranjas comun1~r1as. com • colaboraçio da 'população<br />
Ie c:ontrataçio d.e profisslona.Lt <strong>para</strong> a coordcnaçio dos<br />
~:-:-<br />
'. trabalhos prlnclpa.lmente DOI bairrOl pobres da Pf'rUe-<br />
J. .• "<br />
da. ; I ',li!' i': I,; -.!" • : ' , .<br />
I - Arbor~ a<strong>de</strong>quada
Apa 1IIDIc:arioaida<strong>de</strong>. On<strong>de</strong> • inItaJai o ~<br />
mo banco em 110lIl cida<strong>de</strong>! No edifício do belo IDItio<br />
tido <strong>de</strong> EcIuceçIpOr. Álnro GuiIo. no Edifício Eudi·<br />
•• da Cunha .dc ela Cim •• Mmücipal ou na e.tedn1<br />
<strong>de</strong> SIo Cadoe !<br />
O que o Bmeo Itaií trui caltanlmente plrl D0eu<br />
cida<strong>de</strong> em troca <strong>de</strong>lta perda !<br />
Será que a Prefeitura, li UniYenida<strong>de</strong>a, CIm ••<br />
Mmúcipal e outraa iDltituiçllea preocupadu com o real<br />
popaao <strong>de</strong> DOIU &alie, Dio • aemibilizarlo com o<br />
ocoDido e • movimentarlo no amtido <strong>de</strong> fuer algo em<br />
JIIDIda arte c:mematosrific:a, cultura e Jazer em SIo Car-<br />
1oI!<br />
Convidamos VOSS3 Senhoria e Famnia<br />
~2.. ~J6rio.JJue se realizari no próximo sAb.<br />
do dia 28/01/1984 às 19:30 horas.<br />
- Excepcionalmente o velório não se clarA<br />
no vel6rio municipal, mas na Av. <strong>São</strong> Cartos em<br />
frente IClIS8 do falecido CINE AVENIDA.<br />
APASC. 'CW<br />
CAASO ADUFS~r<br />
UMEsé A.P.G. UFSCar<br />
OCE-Uvre<br />
CINE AVENIDA<br />
1850-1983<br />
CINE JOIA .<br />
1959 -1983<br />
. ComnnicaMOI &01 am1goe ela arte e c:ultun <strong>de</strong><br />
SIo CadOI. aOI apreciadores da arte c:mematográfic•• p.<br />
lrimbnio histórico e tradiçOea eis l106Ia cida<strong>de</strong> a p••••<br />
,em do Cine Avenida e Cine Jóia (patrim6nios históricos<br />
IigadOl • arte e cultura <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>) <strong>para</strong> nm. nova liDa·<br />
Ida<strong>de</strong>: estacionamento e ca<strong>de</strong>meta <strong>de</strong> pOllpança do BUl'<br />
coJtaú. • .<br />
AOI reepoDÚVeiapela cal~ e lGer <strong>de</strong> 510 Calos<br />
e aol proprietirioe do Banco Jt.iú pcrguntamol:<br />
- Como ficam agora li pouca opçllea <strong>de</strong> IIUI' e<br />
arte pari nosol Cidldlol? Seri que cstamoI fadados a fi·<br />
carmos bolados em nomu casaa •• istindo televisio? Ou<br />
01 banl:OI plSarlo I abrir laa.a ~Dcill i Doite e.os fi·<br />
naiI <strong>de</strong> temlnl, par. ficarmos Ilprccimdo o fmtáatico<br />
lDorimento da poupança que, como Dum puac <strong>de</strong> má-<br />
Iiea. conseguem. Dum pail com a economia em receIIIo.<br />
aulerir lucrol <strong>de</strong> 600% ao ano.<br />
Aoe cidad101 <strong>de</strong> Slo Cmoa perguntamOl: quo ~<br />
cla<strong>de</strong> é esta· on<strong>de</strong> os patrimõnioa históricoa (palácio Ep.<br />
copa!, Praça Coronel Salles, Cine Slo Culoa) elo <strong>de</strong>atrai·<br />
.01 em nome <strong>de</strong> um proj;TCS60abstrato!<br />
Que pai. é este on<strong>de</strong> baneoe cada vez mlÍl IIlIto<br />
1110101 caeon<strong>de</strong>m a tmte realida<strong>de</strong> do n0S6Opovo men·<br />
.0, em lUa maioria, em h.hit:lçlles imPI"O\Ílada.,te é que<br />
usim po<strong>de</strong>mo. chamar li favela!
A<br />
DI\SC - P.SSOCIAÇÃO PARA PROTEclo<br />
rH AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />
RECONHECIDA DE UTILIDADE ptjBLICA<br />
LEI MUNICIPAL NI 7843<br />
CAIU POSTAL 596<br />
15.5&0 - SAO CARLOS - .,.<br />
·Pensar globalmente e agir localmente" o mote dos conservacionistas<br />
é também o lema da APASC, que como cada um dos vários grupos preservacionistas<br />
tenta proteger a sua região e ao mesmo tempo lidaruma<br />
força" na solução dos problemas nacionais e internacionais - na união<br />
faz a força" - geralmente levantados pelos pequenos grupos regionais<br />
e às vezes fisicamente distantes <strong>de</strong> nós,. mas que' na realida<strong>de</strong> são<br />
problemas <strong>de</strong> todos. A nossa meta é preservar e zelar pelo nosso meio<br />
ambiente que tanto necessitamos não só <strong>para</strong> sobrevivência da nossa<br />
espécie, mas principalmente <strong>para</strong> curtirmos a vida pacificamente<br />
em harmonia com a natureza.<br />
Se você é nosso(a) associado (a) e conhece e participa do nosso trabalho,<br />
pedimos que faça a sua contribuição <strong>para</strong> .1~6.<br />
Se você quer participar somente através dos relatos e informações<br />
do nosso boletim "O Ver<strong>de</strong>" que EM NOME DO AMOR A NATUREZA publicamos<br />
bimestralmente, pedimos que faça a sua assinatura <strong>para</strong> 1986.<br />
Se você acaba <strong>de</strong> conhecer a APASC e gostaria <strong>de</strong> participar, <strong>de</strong> sair<br />
da janela, <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r enquanto ainda há algo <strong>para</strong> preservar e proteger,<br />
associe-se à nós!<br />
- Para que precisamos 4e dinheiro?<br />
- Para pagar o aluguel da nossa se<strong>de</strong>, manter por três horas diárias<br />
uma secretária, que cuida da correspondência, da atualização da nossa<br />
biblioteca, trabalha na elaboração do nosso boletim~ que é enviado<br />
a todos os nossos sócios, entida<strong>de</strong>s conservacionistas, orgãos governamentais<br />
municipais e estaduais, escolas etc.; pagar <strong>de</strong>spesas com<br />
selos, cópias, impressos1 cobrir o déficit do nosso boletim (a verba<br />
proveniente dos anúncios é 'insuficiente <strong>para</strong> pagar a gráfica);<br />
cobrir o déficit do nosso programa <strong>de</strong> rádio "Vida Natural" que vai<br />
,·ao ar 20, 40 e 6ifeira às 13.00 h no Rádio Progresso AM (os patrocinadores<br />
não cobrem a taxa do Rádio), etc •••••• e se tivéssemos<br />
um pouquinho mais <strong>de</strong> dinheiro po<strong>de</strong>ríamos estar representados em<br />
palestras, encontros e conferências importantes e interessantíssimos<br />
por jovens associados (estudantes) interessados e ativos e que ainda<br />
dispõem <strong>de</strong> tempo porém não têm dinheiro <strong>para</strong> autofinanciar as suas<br />
<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> viagem e estada.<br />
Saudações ecológicas<br />
APASC - <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção<br />
Ambiental <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong><br />
Valor da contribuição:<br />
1. Cr$ •••••••••• mensal -(mínimo Cr$6.000) - Peço que me enviem o<br />
carnê <strong>para</strong> débito automático em banco (Banco do Brasil e BANESPA)<br />
2. Cr$ •••••••••• anuida<strong>de</strong> (mínimo Cr$50.000), com cheque nominal.<br />
3. Cr$ •••••••••• anuida<strong>de</strong> em 2 parcelas (mínimo Cr$30.000) com cheque<br />
nominal.
- 19 A 25 DE ABRIL DE 1986<br />
~ ------------<br />
Prefeitura ce<strong>de</strong> i~óvel na praça <strong>para</strong> a Apasc<br />
Através do <strong>de</strong>ereto021,<strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> março<br />
<strong>de</strong> 1986, a AP.\Se - Associaçfo <strong>para</strong> Proteçlo<br />
Ambiental <strong>de</strong> SJo ~rtos, recebeu da<br />
Prefeitu:a Municipu pndssl'o <strong>para</strong>. a titu·<br />
10 pm:ário ronfonne <strong>de</strong>termina o pmaráfo<br />
3.0 do arti~ 65 cb Lei Ordnica dos Muni·<br />
apios. . utililar·se <strong>de</strong> uma pequena CIJ3exis-.<br />
tente nl Praçl Cel. Paulino Cartos..n~ta d·<br />
da<strong>de</strong>, local q\:e outrora Ibrigou uma ~ibUottea<br />
infantil e que vinhl sendo usada hi lon·<br />
r·'s Ilios como <strong>de</strong>p.>sito .<strong>de</strong> in~trumentos<br />
<strong>de</strong> jardin~gem. Agora, toulmente' "foroU::<br />
di rela Prefeitura, o local servi" <strong>para</strong> ativi· ~"<br />
da<strong>de</strong>s ltinentes i proteçfo <strong>ambiental</strong> e <strong>de</strong>- :<br />
rroais trabalhos <strong>de</strong>senvonidl)s pela entida<strong>de</strong><br />
que, em cerimõnia simp:es a qual contou<br />
com a presença do Prefeito Dlgnone <strong>de</strong> ,.<br />
MeDo realizada na t1ltiml quarta·feira, u<br />
18,30 'horu, recebeu lquele quiosque se-.<br />
gundo' as <strong>de</strong>terminJÇl.'SeSdo <strong>de</strong>..:reto munici·<br />
ral. O 'Ito contou aincb com I presença <strong>de</strong><br />
assessores municipais e dos membros di<br />
• " •.• .:..... ..,). ,~,.~..~., r ,J:<br />
diretorii da entidJ<strong>de</strong> que tem Com3 p~si·<br />
<strong>de</strong>nte". n. Use Hainz VaIlilo, cemo ri.:e ;<br />
Paulo Mancini,semurio ~buro Rt'C~a Cor·<br />
" tez e tesoureiro Romeu Rod13 F:Lio. utm<br />
dos colaboradores Syhia Budunann T"'-~.<br />
Mar;areth Sobreira Bo~s, ElNir v.r. Ro•.<br />
cita Cortez e fnncisco 805(0. " •." ".• ',<br />
J'-" .~ '. ,<br />
!\a (oto, tlagnritl's d.s'entr~1 da dl2\'t<br />
~roctl1ida pelo prefeito Da~one <strong>de</strong> ~ttlo I~<br />
diretoria da APASC. '.
Pronunchliento do Or. Mond. IC. Tolb.,<br />
Diretor Executivo do Programa d•• Na,õe.<br />
Unid •• <strong>para</strong> o Meio Aablente ' UNEP, .obre<br />
o Dia MUndial do Meio Aabiente.<br />
Dia MUndial do Meio Aabiente <strong>de</strong> 1986. "Meio Aabiente e paz" é o te••• <strong>de</strong>ite .no, e mUhõe. <strong>de</strong> pe.'<br />
.oa. e.tio envolvidas, <strong>de</strong>.<strong>de</strong> pre.i<strong>de</strong>nte. até joven. escol.re •• Mas •• i. pes.o •• ainda não estão f.'<br />
zendo nad •• El.s nem a.bem nem.e preocupam que hoje é Dia Mundi.l do Meio Ambiente. t • e.t •• pes.o ••<br />
que eu quero me dirigir hoje. E • minh ••• n••sem é .t.ple.:<br />
Ião bavera p.z enquanto não houver p.z com • naturez ••<br />
A t.ref. do P~ograma d•• N.,§e' Unid •• par. o Meio Aabiente.(UNEP) é .jud.r • construir e.t. p.z.<br />
101•• t.ref. e .jud.r •• naçoe •• usar e comp.rtilhar nossos recurso. natur.i. s.biamente.<br />
Se utili&a~s.energi •• <strong>de</strong> godo •• i••eficiente.não haverã lUerr. por petr51eo. Se con.erv.rmo. nosso,<br />
•• re. e rio. n!o h.ver •• suerr. por .IUI. Se nao permitirmo. que os <strong>de</strong>serto •• v.ncem e se protegermos<br />
o .010 D!0 .erao,nece.s.rio, conflito. por terr ••• Se comp.rtilh.rmos com justiça •• riquez.s <strong>de</strong> no ••o<br />
amelo, nao h.vera fome.<br />
t.l. "dida. Sar.ntirão •• eaur.nç •• 10"10 pr.zo d•• na,p.s. A UNEP nio tem p.ciincl. com o di.cur.o<br />
<strong>de</strong> que.não hã recur80. di.ponlvei •• Aquilo gue o 8Undo gast. em .rma8 <strong>de</strong> fogo em aete mese. po<strong>de</strong>ria<br />
lev.r .1U.·limpa par. t.ntos CODO doi. bllhoe. <strong>de</strong> pe ••oa •• O que gastamo. em arasa • c.da oito horas<br />
po<strong>de</strong>rl •• er .uficiente p.r. err.dic.r a •• lari •• O que •• stamos em armamento •• c.da vinte minutos é<br />
•• i. do que pag.r por todo o tr.b.lho d. UNEP durante um ano. A UNEP também .e preocupa com o <strong>de</strong>sperdlcio<br />
<strong>de</strong> recur.o. hÚDano. e aatur.is p.r. o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> armamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição. Mais <strong>de</strong><br />
'setenta aUhões <strong>de</strong> pessoa! ae <strong>de</strong>dicam ••• quina <strong>de</strong> guerra.,..Ac1ma <strong>de</strong> 3 mllhõe. das melh!!re. <strong>de</strong>ntistas<br />
• eacenheiro. do mundo e.t.o eng.jados em pe.qui •• e <strong>de</strong>senvolvimento militar. Pre<strong>para</strong>çoe. <strong>para</strong>. guerra<br />
absorvem c.p.cida<strong>de</strong>s cientlfico'tecnolÓ&ica. <strong>de</strong>z vez! ••• !or gue .quel •• di.ponlvei. em todo. o. p.l.e •<br />
•• <strong>de</strong>.envolvimento junto •• O consuao ailitar <strong>de</strong> petroleo e proximo <strong>de</strong> uma vez e •• i. o consuao <strong>de</strong> todo.<br />
01 palae ••• <strong>de</strong>senvolv1llento. • . .'<br />
O •• u u.o <strong>de</strong> nOS80. recur.o. humano. e natur.i. é ••••• ,. invi.lvel • no ••• p.~ fragil e imperfeit ••<br />
lave.timento. em •• is .ras., aind ••• i. let.la, não se preocupam com e.t •• gr.n<strong>de</strong> ••••• "'. à paz.<br />
u.. nov. <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> .eguran,. f.z-.e necel.ari •• u.. que reconheça como • eJUlu.tão d. b •• e <strong>de</strong> recurao.<br />
glob.ia prejudica •• rela,õe. entre os e.t.dos e .ument •• s tensõe. <strong>de</strong>ntro da. naçõe •• A poluisio<br />
<strong>de</strong> ri08 e aare., • pe.c. exce •• iv., o <strong>de</strong>.flore8t ••• nto, o envenenamento <strong>de</strong> eco-.i.t ••••••• io<br />
alsun' do. f.tores que e.tão aument.ndo a tensão polItic. entre .s nações.<br />
Ai •••~. terão seguran~ .lanUicatlv •• _ate. quando el •• p.r.r •• <strong>de</strong> ainar a. fund.,ãe. ecológica.<br />
da ecollCllli.Ilobal.<br />
AI na,õe. g.stlÍm perto <strong>de</strong> dola aUh.~' <strong>de</strong> dól.re. por minuto em .raas, e .pe.ar dillo elas não ~eIfrut<br />
•• <strong>de</strong> paz ou .elUr.n,a. Se ••• <strong>de</strong>ciao d.quilo que foi ••• to em .Ta!' fo.se ••• to na explor.ç.o <strong>de</strong><br />
aos.o. recursos, ou na coaten,.o do av.nço dos <strong>de</strong>serto., ou na •• lva,ao das florestas, ou na •• nuten'<br />
são do ar e dos oce.no. liJlpo•• então eu acredito que o 8Undo alcan,arIa aelUran, ••<br />
O papel <strong>de</strong> cad. UID <strong>de</strong> nó •••• o papel do lndividuo •••é vital. ~ UNEP é vital. No Dia MUndial do Melo<br />
A8blente • UNEP pe<strong>de</strong> • toda pe"08 c.p.citad. que pl.nte uma arvore pela paz. E no dia que .eu paIs<br />
COIIUOra .eus IIOrtos <strong>de</strong> suerra, pl.nte uaa árvore • ua aimbolo <strong>de</strong> vid., e ua 'Ú1bolo <strong>de</strong> paz com a<br />
naturez ••<br />
Obrllldo.<br />
(traduzido e dl.tribuldo pela APASe • AllOCi~ão p.r. Protesio Aabient.l <strong>de</strong> sio CArlo •• 5.6.86)
Ilticõu :D",·e\c)"· J.l<br />
-<br />
!<br />
JUS-\'~ Arnb'lV\+~ to )u.St·ç~ SoCÁ,'<br />
o ,,-''''''irot~ ~'~ Fr~ '.,~ o r'Q~\t·1l'Ic\ d. tltl/~~~ t U~\..a"rnc.~~ cio,<br />
_~ rc.U4"~ ,...\ur"" é pod-t''''t6 ~ or~~",~"r L·ut1't'\tl\h. par. ~""\" tr\ocll ~c..r<br />
u~ otdcm ck (Oi~ ctÜ \tn • ~•.•\ú..~ t d&\\ru\t-ão c:!a 'na'tvnê~ ct ~do et:{U1~<br />
que ol~ ~\4h.<br />
O ,.~-.o ~c.V!T'Õ 'r\6yN •• j'~""'~" • r~o or~"1\"t~'O. 011"",u..ot'; cll •••~t',·a, •.•..<br />
P~"'f. It.r. rrQ.~"s. • oI&Ye 4"". 'l>Q: • 'r\U&u •.~ " \tl-W-O' vW\ ,'\lUYW fer.<br />
~1~~"'~Jc "<strong>de</strong>"~\Ç\C6do c.o'tl\& ~ r"\~~ .!.• 1'W\t.lhlr c.A""~ ,.r. C'~' for •.~<br />
~, sJ o"'" &\,,1' ~CJc:l"r&4~ t"'" \.d.s •.• c.~o~ to\'~·.I di! pots, ,"'-tdi.t.~<br />
toc.<br />
A, ,,(tI'~tJ ditt.~. ~ ~ fi'NCt"., tr'~p"\"'C.Je ,.,.. ~ J>"Obl~ "CQ~.,~,,-.r.<br />
riS ~~ ."'~ .t~r.~fI\rricrrA~ ~. c~.1rtDS o)Fr~~!.moô"fur "'" ndê~ ~ce·<br />
•• m.·... r ~Tld..,....,.v..\c~(v~ • 'nOU. ~ •.•"•.~ ~\,U~ - C{lIf." ~~~.s ~fA.<br />
CoID't\.1U'l6t ~ """fOI rl~e ""k~ - •.\C4i"o à Ft•... t •••• ~ta ~v•• n•• UW\ ~<br />
t 1O~"'''c.o ,ue ori,ue. ClW fOUCQ3 "~h õt l'nc,..h. . cltv~\~ ~~b'c.~\ f. 'C'I\'li.-<br />
r.cl ck ~\to~ ~Mt1l\l.
A nl\SC - f.SSOCIACÃO PARA PROTEÇlO<br />
rH ArABIENTAL DE SÃO CARLOS<br />
----------------:-:" .•rlc'""'7i•••.•••:O'. O•.••. to ;;;,.",;;;;OO:;;:Ot:':":"_ •.<br />
RECONHECIDA DE UTILIDADE PúBLICA<br />
LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />
CAIXA POSTAL etl<br />
13."0 - SAO CARLOS _ lI'<br />
[xcelent;ssimo Senhor<br />
Professor Doutor Munir Rachid<br />
Magnifico Reitor da<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong><br />
Via Washington luis. Km. 235<br />
13560 - <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - SP<br />
.. .~.. ' "-I:. rr<br />
I I .•••••I I ". ~. '-(" ':J<br />
:.(; ., '" '.'''' ~u<br />
- .._-- FUFOC.,<br />
FLS. n.o•..Q.!. .<br />
PRO~.n.o••.O!?.l.~.'.:Ilf.r:.l"'<br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>.03 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1985<br />
RUB~I~A ._•••__.~_ •.••..<br />
A APASC - <strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteçio Ambiental <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
Car1os, vem <strong>de</strong>senvolvendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua fundação (em 1977) ativida<strong>de</strong>s<br />
ligadas ã <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong>, seja a n;vel municipal quanto<br />
em outros nos quais <strong>de</strong>sponte a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alerta e luta pela<br />
melhoria <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do homem.<br />
As caracterlsticas <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s são das mais<br />
diversas; no entanto. hã, em todas, um carãter comum: a educação.<br />
ou seja, a transmissão <strong>de</strong> conhecimentos e informações na tentat!<br />
va <strong>de</strong> mudanças <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s do Homem frente a problemas relacion!<br />
dos ao seu ambiente e, <strong>de</strong>correntemente, ã sua preservação.<br />
Des<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1984. a APASC vem sistematicamente.<br />
<strong>de</strong>senvolvendo uma ativida<strong>de</strong> em particular, relacionada a esse p~<br />
cesso educativo, ocupando um pequeno espaço em um meio <strong>de</strong> comun!<br />
caçio muito abrangente em <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - o rãdio - atraves do Programa<br />
<strong>de</strong>nominado "Vida Na~u~al•.<br />
-1-.;-"<br />
-- ~ ..---.------.-----.~.____J __--.:. ._. . ..
A DJ\SC - f.SSOCIACÃO PARA raOTE~O<br />
rl-\ AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />
RECONHECIDA DE UTILIDADE PúBLICA<br />
LEI MUNICIPAL N' 7843<br />
CAIXA POSTAL sn<br />
13.&80 - SAO CARLOS - .,<br />
Esse programa é coor<strong>de</strong>nado por um grupo composto<br />
<strong>de</strong> estudantes e um professor. todos. coinci<strong>de</strong>ntemente. <strong>de</strong>ssa<br />
Universida<strong>de</strong>.<br />
A linha do programa é tão. ampla e abrangente ~a~<br />
to o seu nome. Os assuntos ali tratados são dos mais diwrsos.<br />
indo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> relaxamento. <strong>de</strong>núncias ecolõgicas. ale~<br />
tas sobre saú<strong>de</strong>/doença. receitas <strong>de</strong> alimentação alternativa.<br />
etc. Nos e gratificante comunicar ã Vossa Magnificencia que<br />
muitos <strong>de</strong>sses programas trouxeram contribuições <strong>de</strong>ssa Universida<strong>de</strong>.<br />
seja por professores que nos relatavam resultados <strong>de</strong><br />
suas pesquisas ou <strong>de</strong> estudantes com suas experiencias e conh~<br />
cimento.<br />
Não é nossa intenção exaurir nesta. carta a lista<br />
<strong>de</strong> assuntos. Nesse intuito. enviamos uma lista anexa contendo<br />
alguns <strong>de</strong>les. Gostaríamos <strong>de</strong> salientar que os programas enco~<br />
tram-se em arquivos audio-gríficos a disposição <strong>de</strong> Vossa Magn1ficéncia.<br />
Segue também em anexo um cartaz-propaganda do "Vi<br />
d4 N4.tUJr.4/.".<br />
O ·Vid4 N4tUJr.4l· vai ao ar pela rãdio Progresso<br />
AM is 2!. 4! e 6! feiras is 13:00 horas com a duração <strong>de</strong> cin~<br />
co minutos.<br />
A maioria <strong>de</strong> seus ouvintes caracterizam-se<br />
pessoas <strong>de</strong> classe C ou D. mulheres entre 30 e 40 anos da<br />
feria. zona rural e algumas cida<strong>de</strong>s circunvizinhas*.<br />
por<br />
per!.<br />
Com quase dois anos <strong>de</strong> existencia. acreditamos<br />
que ·Vid4 N4.tUJr.4l" jí esteja criando uma tradição. Realizamos<br />
ativida<strong>de</strong>s (cartas. telefonemas) on<strong>de</strong> requisitamos a participação<br />
dos ouvintes. obtendo-se assim um relativo feed-b~k da<br />
audiencia.<br />
-!JI-<br />
_____ ---------- .-----J.... ------------ ------ ..~.
A<br />
nl\SC - /,SSOCIAÇÃO PARA PROTEc.lo<br />
rJ-\ AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />
RECONHECIDA DE UTILIDADE PllauCA<br />
LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />
CAIXA POSTAL 59.<br />
IUISO - SAO CARLOS - I'<br />
A rádio Progresso AM é ouvida por cerca <strong>de</strong> aos<br />
dos ouvintes <strong>de</strong> rãdio <strong>de</strong> <strong>São</strong> Car10s*. Dessa forma acredita~<br />
mós ser um eficiente meio <strong>de</strong> comunicação - como jã citamos<br />
anteriormente - cujo espaço.por nós ocupado. gostarTamos <strong>de</strong><br />
repartir com essa Universida<strong>de</strong>; confor~e contatos verbais<br />
mantidos anteriormente com Vossa Magnificência.<br />
Com um pequeno. mas significativo fempo <strong>de</strong> experiência.<br />
um grupo que. sistematicamente organiza e realiza<br />
o programa. "Vida Natu4al" po<strong>de</strong>ri~ tornar-se uma das<br />
formas que es~~ ~niversida<strong>de</strong> dispõe <strong>de</strong> oferecer serviços <strong>de</strong><br />
extensio ã comunida<strong>de</strong>. Um serviço eminentemente educativo.ro<br />
jo objetivo primordial i "ap~na~· melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
vida do homem.<br />
Gostarlamos <strong>de</strong> receber a colaboração d~ toda a<br />
comunida<strong>de</strong> Universitãria <strong>de</strong> tal forma que não apenas se amplie<br />
o grupo organizador. mas também os assuntos que vimos<br />
levando ao ar.<br />
O tempo que ocupamos nos i alugado pela Rãdio<br />
Progresso perfazendo um total <strong>de</strong> Cr$ 200.000 mensais. ~ gr!<br />
vações são realizadas na Cida<strong>de</strong> do Rádio (·alto~n da Vila<br />
Prado) uma vez por semana e <strong>para</strong> locomovermos o grupo e entrevistados<br />
gastamos. aproximadamente. 5 a 6 litros <strong>de</strong> gas~<br />
lina por mês. perfazendo. em preços atuais. um total aprox!<br />
mado <strong>de</strong> Cr$ 15.000 mensais. Nosso arquivo e composto tambem<br />
por fitas K-7 (60 minutos) que comportam <strong>de</strong> 9 a 11 programas<br />
cada uma (l 1/3 fita/mês. sendo Cr$ 12.000 a unida<strong>de</strong>).<br />
No parâgrafo acima. procuramos dar a Vossa Mai<br />
nificência um panorama dos gastos requisitados na realiz!<br />
ção do programa. Atualmente contamos com três patrocinad~<br />
res (sendo um <strong>de</strong>les ligado ã própria APASC) que não atingem<br />
o montante <strong>de</strong> gastos/mês. A diferença e suprida pela APASC<br />
* Segundo IBOPE realizado pela RidJo Progresso.<br />
-)~.<br />
. _. .. . .__ ....-.--.- __ ._ . -__ __ .--=- r-,r _
ASSOCIAÇÃO PARA PROTECÃÕ<br />
AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />
RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA<br />
lEI MUNICIPAL Nt 7843<br />
CAIXA POSTAL 5'6<br />
tI.560 - SAO CARLOS - I' .<br />
com verbas obtidas <strong>de</strong> seus associados.<br />
Vimos, portanto, solicitar a Vo~sa Magnifiééncia a<br />
colaboração <strong>de</strong>sta Universida<strong>de</strong> no sentido <strong>de</strong> assumir os gastos<br />
supracitados. A APASC, fundadora ~o programa e ligada a<br />
seu grupo organizador, continuarã apoiando a sua realização,<br />
eximida, no entanto, <strong>de</strong> maiores ônus. Por ser uma entida<strong>de</strong><br />
legal po<strong>de</strong>ri realizar qualquer tipo <strong>de</strong> trimite que se tornar<br />
necessirio.<br />
Não gostarTamos <strong>de</strong> nos alongar em nossa solicitação<br />
apesar <strong>de</strong> prever que muito ainda hi <strong>para</strong> ser conversado.<br />
Dessa forma, colocamo-nos i disposição <strong>de</strong> Vossa Magrnficéncia<br />
<strong>para</strong> os esclarecimentos que julgar necessários.<br />
Na expectativa <strong>de</strong> manifestação <strong>de</strong> Vossa.Magnificê~<br />
cia sobre o solicitado, subscrevemo-nos com nossas<br />
cdi1U< i.i~ -=:::<br />
Maria Wal<strong>de</strong>nez <strong>de</strong>j[[)veira<br />
p/ Grupo Organizador do 'Programa<br />
"V.ida NatuJLat"<br />
<strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong><br />
<strong>São</strong> <strong>Carlos</strong><br />
-~"<br />
__ . ------.----V~----<br />
FUFSC"<br />
FLt-. n.C' .•..Ql _·.· .<br />
P;:O:. n.!'.•.~:E!!.~:.<br />
RUi.•\I:" __.....•..
----------.-------- --.-<br />
A<br />
nJ\SC JI.SSOCIAc;AO PARA PROTEÇAO<br />
rH - AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />
RECONHECIDA DE UTILIDADE PúBLICA<br />
LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />
CAIXA POSTAL &9.<br />
13.5&0 - IAO CARLOS - IP .<br />
I: :u.';;'::.. ...!<br />
I r.:c:: OP.I·~·~I~f:/.r,<br />
'I Rue":I C:....... I<br />
..-.--..•,.- ...---..,...-<br />
LISTA DE ALGUNS ASSUNTOS/DIA ABORDADOS NO PROGRAMA II VIVA NATURA[I'<br />
NO PERIODO DE JANEIRO A JUNHO DE 1985<br />
Higiene e Prevenção <strong>de</strong> Doenças<br />
- Alimentação na Gravi<strong>de</strong>z<br />
- ().Ieimaduras/Pio1hos<br />
- Cuidados com Recem-Nascido<br />
- Frutas Tropicais<br />
Inseticidas Caseiros<br />
- Horta1 iças<br />
- Parque Eco1õgi~0<br />
- A Importância da Abelha na Agricultura<br />
- Cabelos Bonitos e Sau~ãveis<br />
- Alimentação no Verão<br />
- Anemia<br />
- Botu1ismo<br />
- Combate à baratas<br />
- Tratamento Natural <strong>para</strong> Bronquite<br />
- Doenças Cardíacas<br />
- Prõpo1 is<br />
- Ascaridiase<br />
- Mel<br />
- leite <strong>de</strong> Soja<br />
- Coluna Vertebral<br />
- Viagem a Antartida<br />
- Movimento Eco1õgico na Caça às Baleias<br />
- Tenhse<br />
~ Acerola<br />
Plantas Mediei na 15<br />
- ~ença <strong>de</strong> Chagas<br />
- Relaxamento<br />
- »ia Mundial do Meio Ambiente<br />
- Triquinose<br />
02/01/85<br />
07/01/85<br />
25/01/85<br />
30/01 e 01/02/85<br />
08/02/85<br />
13/02/85<br />
20/02/85<br />
22/02/85<br />
25/02/85<br />
04/03/85<br />
06/03/85<br />
08/03/85<br />
11/03/85<br />
15/03/85<br />
18/03/85<br />
22/03 e 25/03/85<br />
05/04/85<br />
17/04/85<br />
22/04/85<br />
26/04/85<br />
29/04/85<br />
13/05/85<br />
15/05/85<br />
17/05/85<br />
20/05/85<br />
27/05/85<br />
31/05/85<br />
03/06/85<br />
05/06/85<br />
07/06/85
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.(0 :-'.::. ":':',;.,<br />
~;~~I.Z;j! • ./<br />
:~~~~:o~ ..~.. ·~<br />
F"O~, r.,oo •.(?9.l~!.~~!.<br />
RUBRI::A . _.- -. . -<br />
.
---;:- U f !O. • . 1<br />
f·:.' ;;,.••. Y'!.~l~._-,-g:<br />
~o:( .<br />
fC ..••· _ 0_. , ..•....•.... ,<br />
r.Uj:; ~<br />
CONVrNJO DE tOOPERAÇAO T ,fICO-<br />
CULTURAL E FJUANCEJRA, QUE nnR~ .s.r CE~!.<br />
BRAM A UNIVERSIDADE FEDERAL DE $AO CAR.·<br />
. . i<br />
LOS E A ASSOCIAÇAO PARA PRpTEÇAO . AI·nflE!.1 .<br />
TAL DE SAO CARLOS, 'NAFO~~ ABAIXO:<br />
A UN~I01\DE FEDERAL DE s.~OC1\RIDS, oomscrle na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
são carlps, Estado <strong>de</strong> sã:>paulo, doravante <strong>de</strong>rominada .siJTp1csm:;mte<br />
tFSCar, COC do Ministério da Fazenda rob o Íl9 45.358.058/0001-40 e<br />
aqui representada pelo seu MagnIfico Reito~, Pref. Dr. l-IunirRr:lchid, e<br />
a Jl.SSiXIN;NJ PAr..APrmu;.íiD Al·DID:I'l\L DE sli.o Cl\IUDS, 00.1'1 se<strong>de</strong> na Cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> são carlos, Estado <strong>de</strong> são Paulo, dorav-.mte<strong>de</strong>nomimda si.nplcsrrcnte<br />
APASC,COC do Ministério da Fazenda sob o nC?49.160.609/0001-17, neste<br />
ato representada por sua Prcsi<strong>de</strong>nta, Sra. I1se lIeinz Vali 110, acordam<br />
emcelebrar o presente CX>NVtNIo DECOO?ERl\ÇtD TECN::>-eIEr-.TiFJro-ctJLWR\L<br />
E FIl'WaIRA., mediante.as Cláusulas e Corrlições seguintes:<br />
As iniciativas p3ra a execu-~o elo esbtuído roaCláusula an<br />
terior po<strong>de</strong>rão originar-se <strong>de</strong> a'tlbas as partes e serão efetivadas atra<br />
vés <strong>de</strong> '.l'ERM.)S ADITI\OS~ presente CXNVE':NIO, nos quais serão <strong>de</strong>scritos,<br />
..81-<br />
~,<br />
..I.ti
: • 11. to ri:~-<br />
...•;.;')~3J.J,.Jl<br />
f·· . :c , -~J_<br />
2.1.' Os TERr-DS ADITIVt6indicados no caput <strong>de</strong>sta Cláusula oonstituiroo<br />
partes intcgrar:'tes do presente ~IO, in<strong>de</strong>pendcntart"..nte <strong>de</strong><br />
transcrição •<br />
sofrer alterações quanto ã sua élbréUl9ê."lCia, através <strong>de</strong> 'rLRfoa;<br />
VOS,os quais regularão, inclusive, os casos anissos.<br />
-<br />
CL~USULA QUARTA: Vigenc1a<br />
partir· da data da sua assinatura, (Xl<strong>de</strong>rdJ, entretanto, ser prorrogado,<br />
tacitamente, p:>r pcri.o:X>siguais, caSo não oÇX)rram:mifestaçoo oontrá<br />
ria <strong>de</strong> nenhurra das p.1rtes, Ou ser rescindido, a qualquer tertpo, rrcdian<br />
te Distrato a ser oonv.:n1cntanente aoordado entre os oonvcniantes.<br />
;;u;
ClAUSUlA QUINTA: Rescisão<br />
-- !.U.f.S.c.<br />
,ClJC!SSoJ -1'.~Jlf' '.Jj<br />
fl • a \ ... "__. _. __~<br />
o presente OJN\.ICNIo podará ser rcscin::Udo unllater.:ll..rrcnte<br />
p:>rqualquer das partes, in<strong>de</strong>per<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> aviso ou interpelação judicial,<br />
pelo inad1nplenento <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong> suas obrigações, resp:>n<strong>de</strong>ndoa parte<br />
inadi.nplente pelos prcjubos e daros que causar à outra parte.<br />
,<br />
5.1. A rescisão <strong>de</strong> que trata o caput <strong>de</strong>sta Cláusula sorrcnte se efetiv!<br />
rá <strong>de</strong> pleno direito afÓs cxmclu1das as. atividü<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finidas e em<br />
-ardarrento nos 'lERCS ADITI\QSjá celebraà:>s em fl.llYTão <strong>de</strong>ste
..':'--~'-'-'-I<br />
'. '.'<br />
... ', ,', Joq3J'i6-,19' I<br />
FOt.HA_... 'ti .. t<br />
TEJOO ADITIVO NQ 01i AO ~~tNio'DE COQ.~!<br />
PERAÇAO TECNO-CIENTlrJco-CULTURAL E FI<br />
NANCEIRA, QUE ENTRE SI CELEBRAM A UNI<br />
VERSIDADE FEDERAL DE SAO CARLOS E A AS<br />
SOCIAÇAO PARA PROTEÇAO AMBIENTAL DE sAo<br />
CARLOS, NA FORMA ABAIXO:<br />
A UNIVERSIIW>EFEDERALDE s.lI"D CARLOS,doravante <strong>de</strong>nominada<br />
simplesmente ~SCar, com se<strong>de</strong> ria Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> Càrlos, Estado <strong>de</strong> <strong>São</strong><br />
Paulo, inscrita no C.G.C. do Ministério da Fazenda sob o n9 45.358.0581<br />
0001-40 e aqui representada por seu Magnífico Reitor, Prof. Dr. M..mir<br />
Racbid, e a ASS:X:.IAÇlfD PARAPROTEÇA'O At-IBIENTAL DE SAOCARLOS,doravante<br />
<strong>de</strong>nominada simplesmente APASC.com se<strong>de</strong> na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>, Estado<br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, inscrita no C.G.C. do "finistério da Fazenda sob o' n 9<br />
49.160.609/0001-17, neste ato representada por sua Presi<strong>de</strong>nte, Sra. 11<br />
se Heinz Valillo, acordam· em celebrar o presente TE.Rt-DADITIVOn9 01 a<br />
Convênio <strong>de</strong> Coóperação Tecno-Científico-Cu1 tura1 e Financeira em vig~<br />
eia. mediante as Cláusulas e Cordições seguintes:<br />
1.1. Objeto: O presente Termo Aditivo tem por objeto o programa radiof~<br />
nico <strong>de</strong>nominado VIDANA.nJRAL, sob responsabilida<strong>de</strong> da<br />
APASC,levado ao ar todas as 2!S, 4!S e 6!Sfeiras, das<br />
l3hOOàs 13hOSmin. na Rádio Progresso AM<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>,<strong>São</strong><br />
Paulo. A caracterização <strong>de</strong>ste programa (objetivos e p~<br />
cedimentos) encontra-se <strong>de</strong>scri ta no Mexo I, que passa a<br />
fazer parte <strong>de</strong>ste TerDDAditivo, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> transcri-
-.-..- . _ •...- - ---... ,<br />
wn/.t(.·1J :<br />
n.::.- .. lf~ . r<br />
nl,;:i"C~ =:::.::.fJJEj<br />
1.2. Escopo:o presente TermoAditive tem por escopo a concretização<br />
<strong>de</strong> intercâmbio tecno-cientÍfico-cultural que permita uma<br />
ampla consecução dos objetivos do programamencionado em<br />
1.1 e a viabi1ização financeira <strong>de</strong> todas as ativida<strong>de</strong>s<br />
o Plano <strong>de</strong> Trabalho abrangerá os atos <strong>de</strong> engenhar. execu<br />
tar e levar ao ar três programasVIDA NA1tIRAL por semana, durante o<br />
prazo <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>ste TermoAditivo.<br />
Transcorridos 6 (seis) meses <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>ste Termo Adi<br />
tive. o coor<strong>de</strong>nadorpor parte da APASI:, <strong>de</strong>verá apresentar ã UFSCar reI!<br />
tório sintético das ativida<strong>de</strong>s realizadas no semestre. Ao final <strong>de</strong> ca<br />
da ano <strong>de</strong>verá este relatório ser mais <strong>de</strong>talhado, abrangendo as ativida<br />
<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas durante o ano.<br />
- 3.L . Cre<strong>de</strong>nciar a Profa. Ora. Gêria Maria MJntanari Franco, do Departa<br />
JDeJ1to<strong>de</strong> Ciências Biológicas, <strong>para</strong> atuar coro responsável pelo<br />
acompanhamentodos trabalhos <strong>de</strong>ste TermoAditivo.<br />
3.2. Cboperar, atravês <strong>de</strong> seu corpo técnico-científico-cultural, por<br />
intercâmbio <strong>de</strong> informações e/ou participação ativa, <strong>para</strong> que<br />
os objetivos do programamencionadoem1.1 sejam amplamente a<br />
..8S - .
';l')C:", JOG>:JHG-l'J"<br />
. - I<br />
f,~.H'__. _ '__~I<br />
hU:",ICA. __ ._._._... ....<br />
3.3. Financiar, a fundo perdido, na forma <strong>de</strong> UII serviço ã comuiliciã<strong>de</strong>,<br />
parte das ativida<strong>de</strong>s relacionadas à realização do programa men<br />
cionado em 1.1, confonne explicitado na Cláusula QUINTA <strong>de</strong>ste Te~<br />
JOO Aditivo.<br />
4.1. Cre<strong>de</strong>nciar a Srta. Maria Wal<strong>de</strong>nez <strong>de</strong> O~iveira, <strong>para</strong> funcionar co<br />
mo coor<strong>de</strong>nadora e responsável pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todas as<br />
ativida<strong>de</strong>s necessárias <strong>para</strong> a execução do Plano <strong>de</strong> Trabalho pr~<br />
posto na Cláusula Segunda <strong>de</strong>ste Terro Aditivo.<br />
4.2. Realizar todas as ativida<strong>de</strong>s relacionadas ã execução do Plano <strong>de</strong><br />
Trabalho proposto na Cláusula <strong>de</strong>ste Termo Aditivo.<br />
4.3. Responsabilizar-se pelo conteúdo, ressalvadas opiniões pessoais<br />
emitidas por participantes convidados, dos programas levados ao<br />
ar no período <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong>ste Terro Adi tivo.<br />
A UFSCar se responsabiliza pela realização dos seguintes dispê~<br />
dios, necessários <strong>para</strong> a realização do Plano <strong>de</strong> Trabalho proposto na<br />
Cláusula Segunda <strong>de</strong>ste Termo Aditivo:<br />
5.1. Pagamento, diretamente ã Radio Progresso S.A., do custo <strong>de</strong> conce~<br />
são <strong>de</strong> horário <strong>para</strong> a transmissão do programa VIDA N.A.11JRAL,esti<br />
pulado em Cz$ 350,00 (trezentos e cinquenta cruzados) por mes.<br />
~~
5.2. Pagamento mensal <strong>de</strong> remuneração <strong>de</strong> estágio, por 12 meses, a dois<br />
alunos da UFSCar (Denilson Teixcira - n9 6594 e Margareth Coper<br />
tino - n 9 6595), no valor <strong>de</strong> Cz$ 300,00 (trezentos cruzados) cada<br />
um, como incentivo <strong>para</strong> sua participação, sob orientação da Coor<br />
<strong>de</strong>nadora <strong>de</strong>signada em 4.1, na execução do Plano <strong>de</strong> Trabalho pro<br />
posto na Cláusula Segunda <strong>de</strong>ste Termo Aditivo.<br />
5.3. Pagamento das <strong>de</strong>spesas referentes ã impressão. na Gráfica da<br />
UFSCar; <strong>de</strong> 1.000 (um mil) cartazes <strong>de</strong> diVulgação do programa VIDA<br />
NA1URAL. com custo estimado em Cz$ 300.00 (trezentos cruzados).<br />
e confecção <strong>de</strong> 1 cliché orçado em Cz$ 190.00 (cento e noventa cr:!:!<br />
zados) pela Firma Fotogravura Li<strong>de</strong>~.<br />
5.4. Fornecimento <strong>de</strong> 16 fitas cassetes <strong>de</strong> 60 minutos (Cz$ 480,00) <strong>para</strong><br />
a gravação <strong>de</strong> todos os programas VIDA NA1URALlevados ao ar dura,!!<br />
te a vigência <strong>de</strong>ste Termo Aditivo.<br />
Aditivo.<br />
5.5. Dispêndio do total previsto:<br />
5.1. Cz$ 4.200,00<br />
5.2. Cz$ 7.200,00<br />
5.3. ez$ 490,00<br />
5.4. Cz$ 480,00<br />
-8/-
o prazo <strong>de</strong> execução e <strong>de</strong> vigência do presente Termo Aditivo<br />
é <strong>de</strong> 12 meses, contados a partir da data das assinaturas <strong>de</strong> ambas as<br />
partes, po<strong>de</strong>ndo ser prorrogado por acordo entre as partes, mediante a<br />
assinatura <strong>de</strong> novo Tenno Adi tivo.<br />
Para qualquer outra condição não"exp1ícita no presente Ter<br />
DO Aditivo, esta será regida pelas cláusulas específicas constantes do<br />
Convênio <strong>de</strong> Cooperação Tecno-Científico-Cultural e Financeira que en<br />
tre si tem celebrado as partes, segundo doc_nto "Convênio n 9 /85".<br />
Por estarem justas e acor<strong>de</strong>s, as partes assinam o presente Termo Adi ti<br />
vo, em 03 (três) vias <strong>de</strong> igual teor e datilografadas em lDR só lado, na<br />
presença das testemunhas abaixo firmadas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> lido e achado con<br />
fonne.<br />
Prof. Dr. M.mir Rachid<br />
Magnífico Reitor UFSCar<br />
';/j.~ -fie, ,~~ L,Utic·<br />
...<br />
Sra. Ilse Heinz Vali110<br />
Presi<strong>de</strong>nte APASC
. :~~~ f'~9'~~~~<br />
.. ~- ,- 5.3_<br />
'U t"_ .<br />
nu~:,::,::,:,:-"","-" $'=<br />
OBJETIVOS E PROCEDIMENTO PARA REAlIZAÇAO DO PROGRAMA RADJOFONJCO<br />
'f<br />
A - OBJETIVOS<br />
1 - Transmitir inforllnções que visem a nelhoria da qualidada da vida da<br />
população <strong>de</strong> são C1r10s e região.<br />
1.1.1 - A1ertar a p:>pulação sobre prt)blemas anbientais inccn<br />
tivando a f'l"\t'ticipação p:>pular íooívidual c/ou organl<br />
zada na so1lÇão <strong>de</strong>stes.<br />
preservação e (ou) oonsarvação da faun
--~ .t<br />
.---,._._~ ~._.•.<br />
a •• ~· -,.. •<br />
\ :. - 1orl'\~/I'--/f ','<br />
\ .... r ~1-<br />
3 - tnr"""", soLeodireitos dào e funcion.'oter os dados realizando pesquisas bibliográficas, entrevistas<br />
e questionáriOS;. e participancb <strong>de</strong> discus~s em
universida<strong>de</strong>s, orgàos governamentais e cntidadE:3 <strong>de</strong> p~<br />
tcç50 é'lllvi cntal) •<br />
2 - ~srx>n<strong>de</strong>r cartas <strong>de</strong> ouvintes • .<br />
3 - Organizar e imple~tar distribltiçào <strong>de</strong> brind~s a ouvintes que<br />
pro.·ticiFQlllcb prograna emjogos e/ou naratonas.<br />
4 - PartiCipar <strong>de</strong>! <strong>de</strong>r..ates comentida<strong>de</strong>s/~ssoas sobre proble.iTOS<strong>de</strong><br />
Utilida<strong>de</strong> PUblica que se enquadramrcs objeti .•.. os ào<br />
e/ou qUe! se re.firam es;:JeCificarr.entea resohçâo <strong>de</strong><br />
arrbientais.<br />
157-8.6 ~ IDUCAÇÃO ANIII.TAL ATaAVI5 DO IIDI0: IÉLATO DI UK& IZ'IIIr.CI~. ~<br />
I.ia.a.. • Oliv.ir., D.ailaoa T.i••ir•• H.rl.r.ti Cop.rtiaa. (A••ociaçao p.ra<br />
irot.ç.o A.bieatai d. 5ao C.rio.>.<br />
D••d. ao••• bro d. 1"4 • A ••oci.iÃo <strong>para</strong> 'rot.çÃo A.bi.at.l d. SÃo Car~-A~<br />
4••••• 01•• juato ã u.a ridio AK d. '.0 C.rlo. o 'roar ••• "Vida •• tur.l" l.y.do<br />
.0 .r três .e.e. por ••••a. coa dur.ção d. ciaco .iauto •• S.u. obj.ti.o. üo: al.!.<br />
t.r •• opul.ção .obr. probl •••••• bi.at.i •• tr.a ••itir iafor •• çõ•• qu•• i... •<br />
•• lbori. d•• ua qu.lid.d. d•• id•• O ·Vid••• tur.l" po••ibilicou u. caaal d. v.i<br />
eol.çÃo p.ra a popul.çÃo •• a.r.l: a) do. co.h.ci •• ato. produ.ido.. co••u.ido •<br />
••• Uai••r.idad•• loc.i.; b) d. lafor.açõ •• do Ucilidad. Pública rolacio.ad. •<br />
O~.ão •• iibUcO& (.rofoitllr.!.I1DP, SUl,. Câ.ar. Nuaic ipal • 'olIcia Plor •• calh<br />
e) d••• ti.idad •• do protoçao a.bi.atal ro.li.ada. local.oat. ou .Ão; d) d. iafor••çõ••<br />
,orai •• obr••• io-aábioat., qualida<strong>de</strong> d •• ida • dir.iCoa do iadiyiduo;<br />
o) d. po.icioaa.eDCo., ••p.riiDci ••• o.p.ct.civ.. d. i.di.iduo.. .Dtid.<strong>de</strong> ••<br />
•05r•• coDceci.eDCo. d. i.t.r•••• público. I•••• r••ulc.do. po•• ibilic.ra. coael.ir<br />
qu•• ti o pr•••ato .o••aco bou.o u. eu.pri.eato p.rci.l do. obj.ti.o. pro-<br />
••aCoa. 10 .DCaDCo, bi D.c••• idad. d. el.boração <strong>de</strong> ia.Cru •• DCo. qu. po•• ibilit••••••••<br />
li.ção cODciau. d. r.e.pti.id.d. da. OUYiDC •••• iDfor•• çõ••• po ••i-<br />
.oia .ud.aç •• eoaport ••eDc.i. d.l•• d.eorr.DC ••• I••• ia.r-.a-i. d•• c. for•• , o.<br />
obJ.civo. propoaco. coa vi. C•••• u••• ,li.çÃo • po.c.rior •• r.for.ul.çõ •• D•• ~<br />
todolo,i. do pro'r ••••
A<br />
nl\SC - ASSOCIACÃO PARA PROTECÃOrH<br />
AMBIENTAl DE SÃO CAh'LOS<br />
LU. 41.•';-~i7wj;1=ti<br />
RECONHECIDA DE UTILIDADE PúDL/CA<br />
LEI MUNICIPAL N'l 7043<br />
CAIXA POSTAL OOG<br />
13.r.OO - SAO CARL03 - OP<br />
Pelo presente instrumento particular do contrato o no.melhor forma<br />
do diroito, entre ao partcD, <strong>de</strong> um lado n ASSOCIAÇÃO <strong>para</strong> PRO-<br />
~EÇXO AMBIEr~AL DE SÃO CARLOS, neste ato representada pelo Deu<br />
proourador legal e do outro o Sr(a) ------------=---<br />
RG nQ , com domioflio à<br />
---------- , ----------- , Estado<br />
-d-e--S~i-o~P~a-ul~o-,-d-a-q-u-~-·-p-o-r-d-~-·a--n-t-e-.<br />
-<strong>de</strong>nominados respectivamente APASC<br />
e COLA:BORADOR, têm justo e contratado O" seguinte: 1) a APASC<br />
toma cmprestado do COLA:BORADOR a importância <strong>de</strong> ~$ 100.000,00 (<br />
cem mil cruzeiros), a preço <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1983, ou o corrospon<strong>de</strong>nte<br />
n 14,26 ( quatorze virgula vinte e oeis) 0.n.T.No.2) EEHlo.<br />
quantia perfaz uma quota-parto <strong>de</strong> um capital total que será utili<br />
zado no. compra do Rootaurante "lLamãe Natureza", pelo. APAGC. 3) -<br />
A importância acima roferida, com a <strong>de</strong>vida ntualização <strong>de</strong> valor,<br />
Dorá entreguo a APASC palo COLABORADOR da seguinte fOI'L'la: __<br />
4) Essa importância aari restiarcida pelo. APAGC da seguinte fOrr!l~l:<br />
a) 40 ~ do total emprestado em vales, não<br />
do Restaurante "Uamão Na1iureza" num total<br />
nominniD,<br />
<strong>de</strong> quatro<br />
<strong>de</strong> refcições<br />
vales refeições<br />
por mês (uma refeição é composta <strong>de</strong> uma salada, uea torta<br />
ou equivli1ente e um ouco), dU!"li.nte 10 (<strong>de</strong>z) Il:eGCS,a partir <strong>de</strong><br />
junho <strong>de</strong> 1984 até março <strong>de</strong> 1985; b) 60~ reztante,<br />
8,56 ( oito virgula cinquenta e seis) OnT~o, será<br />
equivalente n<br />
<strong>de</strong>~olvido et<br />
três partes: a pr~cira em 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1984, a segunda e~<br />
28 do julho <strong>de</strong> 1985 e a terceira em 28 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 198~, atuulizado<br />
pela correção monetária mais 0,5í <strong>de</strong> juro~ ao mês.<br />
E -por-eotarom ao parteo contro tantes <strong>de</strong> pleno acordo com o convr:neionado,<br />
e certos <strong>de</strong> quo tal inici~tiva repreocntn a concrctizaç5o<br />
consciente da busca <strong>de</strong> uma maior autonomia dO~J cidadãon diante do<br />
EotndQ o daa grnn<strong>de</strong>s emprcoao, o me~1Z!Oé :looinado em 2 (du;.lo)vi.a::.<br />
c1c:<br />
rg:
o «Porque <strong>de</strong> Nosso Trabalho»<br />
Por que o <strong>para</strong>mos?<br />
Porque estamos preocupados com seu lazer,<br />
<strong>para</strong> que ele seja sadio, Duradouro e livre <strong>de</strong> doenças<br />
contagiosas.<br />
Como conseguiremos isso?<br />
Com sua colaboração, <strong>para</strong> que os nossos<br />
objetivos sejam atingidos.<br />
.Quais são eles?<br />
1 - Evitar as águas do Broa sejam poluídas por latas \fazias,<br />
restos <strong>de</strong> alimentos, et(;, Pétraisso use os latões <strong>de</strong> lixo.<br />
2 - Construir sanitários <strong>para</strong> evitar que as pessoas usem<br />
as águas <strong>para</strong> suas necessida<strong>de</strong>s. Enquanto isso use<br />
outros locais. .<br />
3 - Evitar a <strong>de</strong>predação da vegetação das margens,pois<br />
elas nos protegem.<br />
4 - Promover alguns .meios <strong>de</strong> segurança e primeiros<br />
socorros.<br />
5 - Comba~er a pesca predatória, pois, dos peixes<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> o equilíbrio ecológico das águas.<br />
6 - Posto <strong>de</strong> salvamento e guarda e estacionamento.<br />
Disso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá o futuro da represa e o seu<br />
Bem estar, pois a sua contribuição <strong>de</strong> hoje reverterá ,.<br />
em sua própria sergurança <strong>de</strong> amanhã.<br />
APREL • <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Preservação<br />
da Represa do Lobo (Broa)<br />
Anexo: Informações <strong>de</strong> nossos Trabalhos
~7t~~;~~Xiiil.jjfW1fiitirj~,"I.'rhtiíir lU' 7tfr~"c'C.~:'''<br />
. , .<br />
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r"_./<br />
A noticiada construção <strong>de</strong> um aeroporto nas margens<br />
da Represa do Broa, conforme publicação no jornal O Estado<br />
<strong>de</strong> são Paulo <strong>de</strong> 'domingo último, se constitui na<br />
maior ameaça, senão o fim do equilíbrio ecológico da<br />
bacia hidrográfica, única ainda existente em nossa' região<br />
que permanece inalterada. Por essa razão é que o Governo<br />
Montoro, através do Decreto N2 20.960, houve por be~<br />
transformar toda a r~gião em Area <strong>de</strong> Preservação Ambiental.<br />
Pois bem, no afã <strong>de</strong> se ,promoverem, existem pessoas <strong>de</strong><br />
Dossa cida<strong>de</strong> que continuam insistindo na construção <strong>de</strong><br />
tal aeroporto, sem contudo, consi<strong>de</strong>rar os disposidVos governamentais<br />
<strong>de</strong> <strong>proteção</strong> do meio ambiente, bem como <strong>de</strong>scumprindo<br />
recomendação do Conselho Estadual do Meio<br />
Ambiente, no sentido <strong>de</strong> que ditas obras fossem.suspensas.<br />
Afora isso, o direito da populacão das cida<strong>de</strong>s vizinhas<br />
à represa, que tem nela seu único local <strong>de</strong> lazer, mais<br />
próximo. literalmente "irá <strong>para</strong> o espaco".<br />
Face a estas e outras razões é que a APASC e APREL<br />
se posicionam contrariamente a tal empreendimento, esclarecendo<br />
todavia, que jamais foram contrários à construção<br />
do aeroporto e tudo o mais que lá <strong>de</strong>sejam construir, porém,<br />
~ão encontr~m justificativas que as convencam que <strong>de</strong>ve ser<br />
naquele local, pois que, existem tantos outros on<strong>de</strong> tal<br />
objetivo possa prosperar sem nenhuD prejuizo ao meio<br />
aab1ente.<br />
Por isso, junte-se a nós e lute pela preservacão da<br />
represa e em particular, do pouco que resta da vida silvestre<br />
em nosaa região.<br />
APASC - Associacão <strong>para</strong> Proteção Ambiental <strong>de</strong> são<br />
<strong>Carlos</strong> - Telefone: 72-4706 - 71-0368<br />
APREL - <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Preservacão da Represa do<br />
;-- .;:«í
,<br />
t<br />
,- , 'APASC-<br />
-..--<br />
~.SSOCIAÇÃO PARA PROTEÇt\O<br />
AMBIENTAL DE SÃO CARLOS<br />
RECONHECIDA DE UTlI:.IDADE PÚBLICA<br />
LEI MUNICIPAL Nt 7843<br />
CAIXA POSTAL &96<br />
'3.560 - SAO CARLOS - S,<br />
o Governo do Estado <strong>de</strong> são Paulo, atraves do Departamento Aeroviário do Estado e<br />
da U5P, em convênio com o Ministério da Aeronáutica, está cem um_projeto <strong>de</strong> construção<br />
(a iniciar-se brevemente) <strong>de</strong> um Aeroporto e Centro <strong>de</strong> Formaçao <strong>de</strong> Pilotos, e~<br />
uma Área <strong>de</strong> Proteção Ambiental do Estado (Corumbateí-Botucatú), bem ao lado <strong>de</strong><br />
uma represa (Represa do Lobo, mais conhecida'como Broa).<br />
Alega-se que na realida<strong>de</strong> só serão realizadas·reformas num aeroporto Ja existente<br />
no local. De fato. existe .no local uma pista não pavimentada utilizada por professores<br />
da USP que trabalham na área <strong>de</strong> aviação, porem, é claro, sem estar em<br />
funcionamento como aeroporto. Segundo.o ecólogo José Galizia Tundisi; que há 15<br />
anos realiza naquela represa pesquisas que <strong>de</strong>ram ao Brasil projeção internacional;<br />
a construção do Aeroporto, tanto <strong>de</strong>vido a movimentos <strong>de</strong> terraplanagem <strong>para</strong> as<br />
obras como <strong>de</strong>vido ao próprio funcionamento do Aeroporto, põe em risco ~ existênciG<br />
da represa como centro <strong>de</strong> lazer (chega a receber 10.000 pessoas num final <strong>de</strong> semana)<br />
e centro <strong>de</strong> pesquisa çientifica; ameaçando, por assoreamento a própria existência<br />
da Represa. .<br />
Temos a lei do nosso lado. Afinal o Decreto que cria as APAs assinado pelo Gov~Dador<br />
Franco Montoro <strong>de</strong>clara que estas áreas terão seu uso controlado <strong>para</strong> evitar<br />
danos às condições ecológicas .locais. Todavia o projeto <strong>de</strong> um aeroporto nas<br />
margens da represa do Broa continua .••<br />
No último dia .i6.l0.85 tivemos a visita do CONSEMA (Conselho Estadual do Meio<br />
Ambiente) <strong>para</strong> uma inspeção na represa e área do aeroporto. Surpreen<strong>de</strong>u-nos<br />
sobremaneira a posição do CON5EMA que nos afirmou não ter autorida<strong>de</strong> <strong>para</strong> vetar<br />
a construção <strong>de</strong> um aeroporto numa área <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> <strong>ambiental</strong>. Para que se <strong>de</strong>cretó<br />
as APAs então? Só "pra Inglês ver"? Pois no ciecreto da APA (Decreto nÇ>20.91>0 ÕE:<br />
8;6.83) diz claramente:<br />
1 - A implantação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s potencialmente poluidoras, eapazes <strong>de</strong> afetar<br />
mananciais <strong>de</strong> águas, o solo.e o ar,<br />
11 A realização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> terraplanagem e a abertura <strong>de</strong> canais que importe~<br />
em sensivel alteração das condições ecológicas locais, principalmente na<br />
&ona <strong>de</strong> vida silvestre,<br />
111 - O exercício <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s capazes <strong>de</strong> provocar acelerada erosao das terras<br />
ou acentuado assoreamento nas coleções hídricas,<br />
IV O exercício <strong>de</strong> ativída<strong>de</strong>s que améacem extinguir as espécies raras da flora<br />
e fauna local."<br />
Ainda <strong>de</strong> acordo com o Anexo 1 a regiãó localiza-se na "zona silvestre", pois no<br />
item 0!l do Anexo 1 .estão sendo mencionados "os campos cerrados localizados na<br />
periferia dos banhados dos rios Jacaré-Pepira. Rio do Lobo e Rio ltaqueri, ecossistemas<br />
aquáticos da rep~esa do Lobo" e a <strong>de</strong>marcação cia pista do aeroporto está<br />
sem dúvida no cerrado do Rio do Lobo, ou seja nas margens do Rio do Lobo,. cuja<br />
"periferia" abrangeria uma áerea bem maior ainda.
Quanto ao argumento <strong>de</strong> que o aeroporto exist~, o CONSEMA viu o que na realida<strong>de</strong><br />
existe: e um hangar, um-galpão e uma pista nao pavimentada, cheia <strong>de</strong> erosão e<br />
cuja terraplanagem teria que ser refeita, (no mês passado foi feita uma nova<br />
<strong>de</strong>marcação - com máquinas <strong>de</strong> terraplanagem - alargando a pista existente em ambos<br />
os lados). Ate o asfalto que foi mencionado, financiado pela USP há anos em função<br />
do aeroporto não chega ate o local, faltando aproximadamente uns 5 km, passando<br />
inclusive sobre'o'Corrego das Pe~dizes (ponte a 'ser construida).<br />
Por outro lado, achamos ·uma <strong>de</strong>stas ocorrências incompreensíveis, a USP incentivar<br />
a construção do .aeroporto quando a própria USP tem um Depto. com Centro <strong>de</strong> Recursos<br />
Hidricos e Ecologia Aplicada na Represa do Broa que é um centro <strong>de</strong> pesquisas<br />
·cientificas montado com todo 'd equipamento imaginável, on<strong>de</strong> professores, cientistas<br />
e estudantes, inclusive <strong>de</strong> âmbito internacional, t~balham e estu9am e cuja continuida<strong>de</strong><br />
estaria seriamente ameaçada com o funcionamento do aeroporto ou talvez<br />
jã com a sua construção. Deveria a própria Universida<strong>de</strong> fazer uma avaliação do<br />
que e mais importante: aproveitar uma pista. (a ser revisada e pavimentada ainda)<br />
e bangares existentes contra' um centro <strong>de</strong> pesquisas único no Brasil, numa represa<br />
não poluida, com pesquisas que estão sendo feitas ao longo dos últimos 15 anos.<br />
E ainda: porque seria. apenas uma ilusão querer preservar um lugar bonito? Porque<br />
o lazer das pessoas que frequentam a represa'não e consi<strong>de</strong>rado? Fazemos nossas as<br />
palavras do Prof. Tundisi: '~ represa do BrOa tem duas finalida<strong>de</strong>s nobres: o lazer<br />
e o estudo." Precisa mais?<br />
Em reunião no dia 26.10.85 ·com o CONDEMA <strong>de</strong> Brotas, o representante do prefe.ito<br />
<strong>de</strong> Brotas, o vice-diretor.da USP - são <strong>Carlos</strong>, surpreen<strong>de</strong>u-nos a posição do COND~<br />
<strong>de</strong> Brotas, que não se'pOS~C10nou ainda .(apesar do apoio total ao projeto da parte<br />
do prefeito <strong>de</strong> Brotas) e que ate parece inclinado a aceitar o argumento dos"Prõ-<br />
Aeroporto". <strong>de</strong> que o impacto <strong>ambiental</strong> da construção e funcionamento do aeroporto<br />
e.:perfeitamente contornável e a poluição sonora <strong>de</strong> um aeroporto e tolerável; "afinal<br />
O barulho <strong>de</strong> um avião é o mesmo <strong>de</strong> uma moto potente passando ao lado da<br />
nossa casa:"<br />
OS DOSSOS argumentos, inclusive quanto à'fauna (centenas.<strong>de</strong> garças, marrecos etc.)<br />
são consi<strong>de</strong>rados "interessantes, porém romanticos e incompatíveis com o progresso".<br />
Os Pró-Aeroporto também citaram outros erros ocorridos na represa (como um <strong>de</strong>smatamento<br />
nas proximida<strong>de</strong>s) como se um erro justificasse o outro.<br />
Disseram que ali haveria tão somente aviões <strong>de</strong> pequeno porte e com pouca freqUência.<br />
Ora. uma vez construido o aeroporto.(inicialmente com 1.40Om <strong>de</strong> pista) nada irá<br />
impedir o funcionamento do mesmo em qualquer hora e com qualquer tipo <strong>de</strong> avião<br />
<strong>de</strong>ntro das limitações da pista. (Existem Boeings que necessitam somente <strong>de</strong> 800 m<br />
elepista.)<br />
Se houvesse serieda<strong>de</strong> no projeto <strong>de</strong> um aeroporto "ecológico" <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma APA,<br />
tal projeto já teria sido.<strong>de</strong>scartado pelo dispêndio excessivo <strong>de</strong> verba Duma área<br />
on<strong>de</strong> Dão há condições <strong>de</strong> uso pleno e expansão futura (limitação d~ APA). Por esta<br />
total incoerência (afinal o Ministério da Aeronáutica e o Depto. Aeroviário do .<br />
Estado investirão somas fabulosas DO aeroporto) a nossa posição é absolutamente<br />
contrária a6 projeto e.a nossa·lut~ continua •••<br />
Pedimos o apoio <strong>de</strong> todos: .amantes da natureza, frequentadores do Broa e todas as<br />
pessoas seguras <strong>de</strong> que uma Área <strong>de</strong> Proteção Ambiental, criada pelo Estado com<br />
base em estudos e pesquisas, não foi <strong>de</strong>cretada à toa' e sim <strong>para</strong> ser preservada<br />
Dão' só <strong>para</strong> nós como também <strong>para</strong> as gerações fULuras.<br />
Entrem em c~ntato ou escrevam <strong>para</strong> ~ CON5EMA (!ua 'da Consolação, 2333-99 a~dar.<br />
CEP 01301-Sao Paulo), '<strong>para</strong> a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sao Paulo, em Sao <strong>Carlos</strong> ou Sao<br />
Paulo e <strong>para</strong> o Ministerio da Aeronáutica em Brasília <strong>para</strong> protestar e exigir que<br />
sejam cumpridas as leis, inclusive .as.preservacionistas.<br />
são <strong>Carlos</strong>, 30 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1985<br />
APASC-A!Sociação <strong>para</strong> Preservação Ambiental <strong>de</strong><br />
Sao <strong>Carlos</strong><br />
APREL <strong>Associação</strong> <strong>de</strong> Preservação da Represa do LObo<br />
. (Broa)
.staaos lhe enviando) nnexo, uma<br />
,<br />
oopia<br />
.<br />
~~ carta (canfor~<br />
me <strong>de</strong>llber~os ~c última reunião do grup~)'envlad~a diversos professoreo<br />
.. . .. '"<br />
<strong>de</strong> Seo Csrlos e outros locais pedindo !'.>r1enta.çocs<strong>para</strong> clar'e~r nossos tre-<br />
belhqs<br />
.<br />
em educação ambIenteI. ,.<br />
f;e voee conhece alguma pessoa<br />
,.<br />
ver1am~s envirr e~t8 carta, teça uma fot090p1a<br />
Aprove1tem~s'<strong>para</strong> le~trar que<br />
êe lb horas)<br />
nlDes) <strong>para</strong>'<br />
r.~seneont~aremos<br />
na bIologia (na<br />
011 ent1~a.<strong>de</strong> <strong>para</strong> e oual . c.~e<br />
. -<br />
assine·.!!' e er..4fleó<br />
dia 23'01 (segunda feira I<br />
~eS~3 ssla à~s outras re •<br />
• l3:xpormos<strong>para</strong> o gru!:'o n()s~as 1
----------_._- -----------.------<br />
A<br />
DASC ASSOCIAÇÃO PI.R.'~ PROTEÇiiO<br />
r/-\ J - AMBIENTAL Dr. SÃO Ci~~{l.OS<br />
c..•• ç. n.'6C,.r.ir7Ci~<br />
RECONHECIDA OE UTILIDADE Pt113LICA<br />
LEI MUNICIPAL Nt 7643<br />
CAIXA POSTAL l5t8<br />
".5&0 - alO CARLO:l - IP<br />
são Car10s, 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1983.<br />
Caro Professor<br />
Estarnos constituindo um grupo <strong>de</strong> pessoas interessadas no <strong>de</strong>sen<br />
volvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s em educação <strong>ambiental</strong>.<br />
um dos objetivos <strong>de</strong>ste grupo é caracterizar melhor o que vem.a<br />
ser educação <strong>ambiental</strong>; a princípio estamos enten<strong>de</strong>ndo-a como atividadc~<br />
a serem <strong>de</strong>senvolvidas por pessoas (profe~sores ou outros agentes) no sen<br />
tido <strong>de</strong> alcançar-se um comportamento potencialmente "mais posi tivo" no<br />
relaciona~ento homem-natu:r.eza,homem-homem e homem-socieda<strong>de</strong>. Esta noção<br />
intuitiva do que seja "mais positivo" carece ser melhor explicitada <strong>para</strong><br />
nós·próprios,.sendo uma das metas do grupo.<br />
Nas duas reuniões que. já realizamos (contamos basicamente com<br />
a presença <strong>de</strong> alunos'da graduação da UFSCar em Biologia, Pedagogia e Fisi~terapia<br />
- cerca <strong>de</strong> ~o a 15 pessoas) algumas idéias <strong>de</strong> ação foram discutidas.<br />
são elas relativas a elaboração <strong>de</strong> material <strong>de</strong> apoio <strong>para</strong> pro -<br />
fessores <strong>de</strong> 19 e 29 graus, ativida<strong>de</strong>s junto a alunos <strong>de</strong> 19 e 29 graus, !<br />
tivida<strong>de</strong>s junto ã comunida<strong>de</strong> universitária ou mesmo junto ao programa 8<br />
·Vida Natural" na Rádio ~rogresso <strong>de</strong> <strong>São</strong>.<strong>Carlos</strong>, que um grupo <strong>de</strong> trabalho<br />
da APASC está <strong>de</strong>senvolvendo. Para a efetivaçãc <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s pe~<br />
samos na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> convênios a serem efetuados com alguns <strong>de</strong>part~<br />
mentos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral, da USP, Delegacia <strong>de</strong> Ensino, Prefeitura'<br />
Municipal e Parque Eco15gico <strong>de</strong> são Carl~s e outras entida<strong>de</strong>s que possam<br />
sé envolver co~ os trabalhos.<br />
·Dúvidas e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s é o que nao nos<br />
falta, da! estarmos recorrendo ao senhor <strong>para</strong> pedir-lhe orientação sobre<br />
leituras, caminhos a seguir, indicação <strong>de</strong> outras pessoas que possam nos<br />
ajud~r e perguntar-lhe s?bre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer uma palestra sobre<br />
o tema, ou bater um papo com o grupo, ou elaborar um mini-curso com assuntos<br />
que possam contribuir no sentido do já exposto.<br />
! só marcar uma data e dizer sobre as condições que precisamos<br />
provi<strong>de</strong>nciar <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r contar. com seu apoio. Preten<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>senvolv.er ativida<strong>de</strong>s<br />
já no mês <strong>de</strong> janeiro, particularmente na semana <strong>de</strong> 23 a 28/01,<br />
- - I<br />
quando todos (ou a maioria) dos ~lementos do grupo estarao em Sao <strong>Carlos</strong>.<br />
certos <strong>de</strong>"contarmos com sua atenção aguardamos sua manifesta -<br />
ção. Atenciosamente nos <strong>de</strong>spedimos ~esejando-lhe um.Feliz Ano Novo.
frutas no pomar.<br />
ECotnGICA~ente ·nrinc~ndo co~ o Ver<strong>de</strong>"<br />
'lOTEI RQ<br />
S Transporte - correr junto com ofIcio.<br />
§Mu<strong>de</strong>e <strong>de</strong> árvore e horta- pegar •• muda.(loea1 <strong>para</strong> plantá-Ias, estsrco,<br />
ferramentas), cartas, horário da hórta (ver o ~ue tem)<br />
§ Falhas na computaçio<br />
§Jivulgaçõo- cartazes n. e~cola, na fe<strong>de</strong>ral , notas na rádio e e impreense,<br />
telefone <strong>para</strong> professores cadastrados, Jornal do CDtt.<br />
I CDtC- conversar co. Parssu, lever fichas d. inscrição.<br />
- Limpeza, lanchonete a banheiro.<br />
LMA. Retirar loop e trsnsfôrmador.<br />
5 Biologia - retirar filma. loopa<br />
I Retirar livros da biblioteca.<br />
S No dia- e.tar no ponto <strong>de</strong> ônibu8 e no Perqu. Ecológico.<br />
§ fezer crsches.<br />
§ Reunião- Dividir a. taref.s, discussão da programação, pre<strong>para</strong>ção do. mon!<br />
tor ••• divisão do tr.balho no dia, <strong>para</strong> aVBliaçio.<br />
S Camisata. - pedir <strong>para</strong> bancos ou<br />
f<br />
I ftodar- fichas <strong>de</strong> inscrição, certa pare Da peie e autorizaçio, o programa.<br />
5<br />
f<br />
§<br />
5<br />
§<br />
Grana <strong>para</strong> g8s01ina, atc.<br />
R~<strong>de</strong>r um roteiro permenente <strong>para</strong> prs<strong>para</strong>ção dos monitore8.<br />
Joj
duração: dias 05 9 06 <strong>de</strong> ~io (sábado e d9Ein€o)<br />
ni <strong>de</strong> v,€aEl~ 50<br />
Destinado a ~lunos <strong>de</strong> 52 t 82 e~r1es do 12 grau~<br />
lirograma~<br />
Sábado: 14:00 h~- }ta 1e·'~\Chon.te do Pa!'que Ec.,16gioo. fOl'"'..1:.ação dN:;<br />
grupos A e~)lioação das atividads3.<br />
14: eO h _. Passeio pelo parque<br />
16:00 h - lanohe.e filmes<br />
16: 30 h - Brinca<strong>de</strong>iras e arte13 lin·es<br />
17:30 h - fim d~s ativiaã<strong>de</strong>Á ao diau<br />
Domin@:o: .8:00 h -<br />
rente<br />
13:00-h -<br />
14~00 h -<br />
16:00 h-<br />
F.euni~o Bera~ 1>8~~ {r\"ores :-?elo "Jtcl\l.'.e e !"e-i:li.t..~<br />
com ;)8 pe.iEl, nE. j,ftilcl::.on.o:te a.O PE.~.:'que, peI·;a. u~··!t'.<br />
pale-;tra e lie.te- pspo, Haver€. tElhitám ep~'eH~n ;.'7.-'<br />
9ao ias dr~tii:~ÇÕ3S c entreê,e. <strong>de</strong> r.;oZ'ti:f':i.c~'iC'r
DIAS:<br />
"Brincando com o Verd~"<br />
LOCAL: P2rq~e Ecrmlágico<br />
INSCRICÕIES: C. D. C. C.<br />
'. #<br />
Rua 9 <strong>de</strong> Julho, 1227<br />
-Fone 71-8201<br />
PROMOÇÃO: Grupo <strong>de</strong> Edu~ação Ambiental<br />
<strong>Associação</strong> <strong>para</strong> Preieção<br />
Ambiental d~ <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong><br />
A Po Io: Centrinho . das Ciências Biológicas<br />
Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong> Divulgação Científico e Cultural<br />
Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> <strong>São</strong> Cenlos<br />
Departamento <strong>de</strong> Ciências Biológicas<br />
Fundação -Parque Ecológico<br />
Prefeitura Municipal <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong>
ElIDãlJ~m1~roO i11Mrm~~U~ililll<br />
.25 <strong>de</strong> Maio a 2 d~ Jun~o<br />
liDe tudo ficaram três coisas r a certeza <strong>de</strong> que ele<br />
estava sempre começando, a certeza <strong>de</strong> que era preciso<br />
continuar e a certeza <strong>de</strong> que seria interrompido antes <strong>de</strong><br />
terminar. Fazer da interrupção um caminho novo, fazer da<br />
queda um passo <strong>de</strong> dança, do medo uma escada, do sono<br />
uma ponte, da procura um encontroU<br />
INSCRICOES - ,<br />
Fernando Sabino<br />
SECRETnRln DO DEPnRTnMENTO DE CIÊNCiaS BIOLÓGiCaS.<br />
UIUVERSlonOE FEDERaL DE sno cnRLOS<br />
~3<br />
Até dia lS/Maio<br />
N.o DE·VAG.~S: 70<br />
PROMOÇÃO: CENTRINHO DA. BIOLOGIA<br />
GRUPO DE EDUCAÇÃO A~BIENTAL • UFSCar<br />
APOIO: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS<br />
, ,<br />
Patrocínio: C.E.5.P., NE5TLE, ITAU<br />
OfSCar - Ro~. Wasllington luiz, tm 235 - c~. 616 - crp 13.560 - fone: 11-11~O- <strong>São</strong> <strong>Carlos</strong> - sr.
GONZALEZ,Ana L~c1aJ PIRES,Mar1a R1tA S.l TOZDNI,S1lv1a Helena<br />
SenchezJ PRADD.Bérbara He11odora Soares dOJ CAVALLARO,Zél1a<br />
IsabelJ MATHIAS,Cleófas Henr1quel AIELLD,Lâ1nes Aparec1dal<br />
VeNERE,Paulo Casar e outros. UFSCar<br />
A falta <strong>de</strong> espaços em nossos currículos <strong>para</strong> at1v1da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extenseo<br />
un1vers1téria que nos poss1b1l1tasse apren<strong>de</strong>r o conheci<br />
mento v1vo,possível ao nosso ver,no contato com a realida<strong>de</strong>,mãE<br />
muito d1stante do ens1no veiculado nas salas <strong>de</strong> Aula e a preoc~<br />
pação com o <strong>de</strong>spertar e amadurec1mento das pessoas a respeito<br />
da problemát1ca ecológ1ca,levou Rstudantes univers1tár1os a fo!<br />
marem um grupo <strong>de</strong> atuação,v1nculado a Associaç~o <strong>para</strong> Protoção<br />
Amb1ental <strong>de</strong> são <strong>Carlos</strong>,com a fina11da<strong>de</strong> <strong>de</strong>.<strong>de</strong>senvolver junto<br />
i comun1da<strong>de</strong> são carlense a mais es~eclf1camente junto ~ ro<strong>de</strong><br />
escolar,at1v1da<strong>de</strong>~ que aten<strong>de</strong>ssem estas preocupaç5es mencionadas<br />
ac1ma e ao mesmo tempo,contr1bu1ssem <strong>para</strong> nossa formação e~<br />
quanto futuros prof1ssionais atuantes.<br />
~ Promoção <strong>de</strong> pelestras,expos1ç5es educativas,1mpresseo <strong>de</strong> textoE<br />
e ativida<strong>de</strong>s durante a semana do moio nmb1ente fOTam <strong>de</strong>senvolv1<br />
das durante um semestre,mas o que morece especial atenção,foran<br />
os -Ecolog1ca-mente,brincando no ver<strong>de</strong>"-f1nais <strong>de</strong> semana com se<br />
crianças no Parque Ecológico <strong>de</strong>senvovando ativida<strong>de</strong>s artísti-"<br />
cas e <strong>de</strong> aprend1zagem <strong>de</strong> ciências que nos permitiram atingir o~<br />
jetivos relattvos à conciliação dà lazer e educação <strong>ambiental</strong>,-<br />
(chamando a atençõo da população <strong>para</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reformu<br />
laç5es filosóf1cas e estruturais do Parque Ecológico local),aproveitamento<br />
da natureza e açio do homem como recurso pedagóe!<br />
co,respeito a todas as formas <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong>smistificação do tec~<br />
nologias e processos do cotidiano. .<br />
As metas especificas às quais as ativida<strong>de</strong>s se propunham,acred!<br />
tamos foram relativamente bem sucedidas.Os objetivos gera1s <strong>de</strong><br />
Educaçeo Ambientél que <strong>de</strong>terminaram a formaçeo do grupo e nort@<br />
aram nossas ativida<strong>de</strong>s estão em constante avaliaçeo através das<br />
críticas <strong>de</strong> nossas aç5es,o que tem permitido elaborarmos novas<br />
propostas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e amadurecermos em nossos conhecimentos<br />
sobre a problemática <strong>ambiental</strong> e educacional.
Com •••••••••••• ·, '<br />
. J:. A. ATRAVM DI: J:lCTD)ADJ: DI: PROrlllÇAO AMBtDTAL:<br />
RELATO DI: UM CASO<br />
IltJrCOl Sorma'ffIO<br />
tJFSCarfSP<br />
Este trabalho visa relatar a ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvida pela "AAsoclaçlo<br />
<strong>para</strong> Proteçlo Ambiental <strong>de</strong> Slo <strong>Carlos</strong> (APASC) ao<br />
longo dos seus sete anos <strong>de</strong> ellist!ncia, ressaltando IlIpectos educaeionais<br />
da sua atuaçio: programa em "'dio AM local; organização<br />
<strong>de</strong> mo;adores na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> seu ambiente e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (ativida<strong>de</strong>s<br />
junto a moradores por lua luta pelo cumprimento <strong>de</strong> promessas<br />
eleitorais <strong>de</strong> construçio da praça pública do bairro, ativida<strong>de</strong>s<br />
junto a uma população favelada contribuindo na 5ua organizaçio<br />
pela posse da terra, construção <strong>de</strong> moradias e por melhores condições<br />
<strong>de</strong> vida); intervenções ruptivas <strong>de</strong> obvieda<strong>de</strong>s do cotidiano; ativida<strong>de</strong>s<br />
junto ao sistema formal <strong>de</strong> ensino: palestra!!, projeção ~ filmes,<br />
exposições <strong>de</strong> pintura e fotografias; ocupação <strong>de</strong> espaços na 1mprensa<br />
local; concurso <strong>de</strong> fotografias sobre temas ambientais; incentivo l<br />
compra <strong>de</strong> um restaurante naturalista atravEs da formaçio <strong>de</strong> um.<br />
"cooperativa", vinculada l APASC.<br />
Alertar ai pessou <strong>para</strong> os problemas ambientais e buscar ai<br />
luas .causa mais profundas E papel da educaçlo <strong>ambiental</strong> <strong>de</strong>ntro<br />
das entida<strong>de</strong>s ecologistas. Todas as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stlS entida<strong>de</strong>s r0<strong>de</strong>m<br />
apontar <strong>para</strong> esta perspectiva. Para isto E necesdrio aliar ao<br />
ativismo protecionistl! a critica aoclal (organlzaclonal, econ&nic:a,<br />
moral etc.) e l discusslo da nossa utopia uma plitica que nos possibilite<br />
vivencia.r alternatival <strong>de</strong> caminhos <strong>para</strong> conltruf-la.<br />
Componente n.· I<br />
DES~VOLVIMENTO DE ATIVIDADES EM E. A. POR ESTU·<br />
DANTES DE 3.° GRAU<br />
Paulo Bonando e Carlo. A. P~<br />
UFSCarlSP<br />
A falta <strong>de</strong> espaços em nossos eun(culos <strong>para</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
extenslo universitária que ftos poSsibilitasse apren<strong>de</strong>r o conhecimento<br />
vivo, possfvel ao nosso ver, no contato com a realida<strong>de</strong>, mas muito<br />
distante do ensino veiculado nas salas <strong>de</strong> aula e a preocupação com<br />
o <strong>de</strong>spertar e amadurecimento das pesso•• a respeito da problemática<br />
ecológica levaram estudantes universitários a formarem um grupo<br />
<strong>de</strong> atuaçio com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver junto l comunida<strong>de</strong> sio-<br />
-tarlense e mais especificamente junto l 're<strong>de</strong> escolar, ativida<strong>de</strong>s que<br />
aten<strong>de</strong>ssem as preocupações acima e, ao mesmo tempo, contribuis-<br />
• sem <strong>para</strong> nossa formação enquanto futuros profissionais atuantes.<br />
Promoção <strong>de</strong> palestras, exposições educativas, impressão <strong>de</strong><br />
textos e ativida<strong>de</strong>s durante a semana do meio ambiente foram <strong>de</strong>lenvolvidas<br />
em um semestre, mas o que mereceu ellpecial <strong>de</strong>staque<br />
foram os "Ecologica-mente, brincando no ver<strong>de</strong>" - finais <strong>de</strong> semana<br />
com SO crianças no Parque Ecológico <strong>de</strong>senvolvendo ativida<strong>de</strong>s artl••<br />
ticas e <strong>de</strong> apren:liugem <strong>de</strong> ciências que nos permitiram atingir objetivos<br />
relativos A conciliação <strong>de</strong> lazer e educação <strong>ambiental</strong> (chaman-<br />
do a atençlo da cida<strong>de</strong> pUa a MCeISlda<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorar o Parque<br />
Bcol6gieo local), aproveitamento doi rec:unos e problem•• ambientait<br />
como recono pedagógico, respeito a todu li forma <strong>de</strong> vida<br />
e <strong>de</strong>smiltificaçlo <strong>de</strong> teenologi.. e proc:eIIOI do cotidiano.<br />
Componente n.· I<br />
DAS CRmCAS A AQAO DA AÇAO AS CRmCAS<br />
Paulo R. ptceollo • Lund. Braghf1d Il1nfor<br />
UFSCarlSP<br />
Esse trabalho visa mostrar ai innu~nclas <strong>de</strong> um proc:esIO <strong>de</strong><br />
discussões e análises <strong>de</strong>ntro da pr6tica <strong>de</strong> açlo do grupo <strong>de</strong> educa-<br />
C;lo <strong>ambiental</strong>. As discussões giraram em tomo das mais variada'<br />
questões que ,envolvem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a formaçlo e estruturaçlo do grupo<br />
at6 o questionamento das pr6prial concepções <strong>de</strong> cada componente,<br />
relacionadas à problemática ecol6gica, como: • interação entre paeif1Smoe<br />
movimento ecol6gico, dualismo entre homem e natureza; a<br />
"Socieda<strong>de</strong> Ecol6gica" em conflito com a "Socieda<strong>de</strong> TecnoI6gic••••<br />
as i<strong>de</strong>ologias implfcitas oa pr6tica do grupo e luas ~Iações com .s<br />
propostas pedag6glcas entre outras questões.<br />
Preten<strong>de</strong>mos, assim, dar subsldios a novas discussões e ao amadurecimento<br />
dos objetivos na 6rea.<br />
Componente 11.' 4<br />
Vl~NCIA EM TEATRO NA EDUCACAO AMBIENTAL<br />
Rober'o Cf4ICCI<br />
UFSCarlSP<br />
O que nos leva a inserir o teatro no trabalho <strong>de</strong> vivenâa em<br />
ectucaçio ambienta' 6 a IdEia <strong>de</strong> que <strong>para</strong> fazer teatro E necess6rio<br />
observar atentamente o que buscamos reproduzir e interpretar. Nesse<br />
ato <strong>de</strong> observar as crianças apren<strong>de</strong>m a conhecer melhor o ambiente<br />
on<strong>de</strong> vivem, observar os elementos naturai! (água, ven10. plantll!'.<br />
animais) e as relações entre eles e com as pe5soas. Ao procurar<br />
reproduzir, nos exercícios <strong>de</strong> teatro, a criança <strong>de</strong>senvolve um conhecimento<br />
melhor <strong>de</strong> seu próprio corpo (suas capacida<strong>de</strong>s e limitaç6n)<br />
e das características particulares dos elemento~ reproduzid~. No<br />
jogo dramático, interpretando ~ element~ o~ervados, a crillnça<br />
incorpora "a (orma <strong>de</strong> exilltir" <strong>de</strong>SSe!!elementm do seu ambiente e'<br />
a partir daí, sem dúvida, encontrará a melhor rorlna <strong>de</strong> lIe relacionar<br />
com seu ambiente. E. ainda, o estlmulo à crialivida<strong>de</strong>. espontaneida<strong>de</strong>,<br />
expressão e à vivência em grupo sio fundamentais ao d6t'nvolvimento<br />
<strong>de</strong> qualquer pessoa em qualquer ambiel1le.
•• o que foi IT.ais imporl;e.nt2 pm".;l voei no n!! EL:Ci_[):jiC/'.r:::::NTE ?<br />
- De maneira c.omoé fa~.to o ~r:r:dJGICpl.'Ei·nE t.(;:1Crib:á na s~:'."'cc.o<br />
dos problemas do :'O';;SQ r.léJio--;:r,.tic~ta??ú;·qL:ê? •<br />
- Que DUtr~ tlti'lida<strong>de</strong>3 :"lás pC\;!3riamo:;::1:>znn~'ol~:3rjuntc~ em prol<br />
do laD;;tiD r,19io-eJi,oiCJit8"? .<br />
- Quais são os pri:"ic:!.pais p~otl::m:3s 0.'.10 você Gn:.:er93no oc;;u õ'leie-<br />
~ients(nG cidada,na ec~glQle~casa)? .<br />
·..QuB tipo <strong>de</strong> ai::.í.vidl:dl!:a nós pç<strong>de</strong>l"ior,;03 ~;:-.z.o!" juntps nas Fé•.iaz,<br />
PlSrQ roa:.lhnro$." nosso ms1o-srJ;)ierrí:e?<br />
.,; IJ que nós.~por;;edamoQf'a.~l"',d:ltll.li da Seo. Csrlos pa...-elprotajar Sflt·écies<br />
que BBte.O arr.eeçadas eis o;~tin~eioCDr.l:J n Gnts e o lobo-gua-a,!Jc,' l1:;~rlnlD<br />
- Camapo<strong>de</strong>riarnos melhorar O P~e ecolÔgicc?<br />
- n qt.revocê~hcu dtlS tex'i:oe CJ.lG fOl"lSn ciiot!"ibuidos<br />
j- O oU':<br />
;<br />
.t- O ,~. ("" "e ti. J....... , .• t: <strong>de</strong>llC.ter,... a nt.I••,<br />
i- O r,e /,ou 11,:: ~{, .••• ;... T" e ele lIIe .sC,. moi. (fi Coa J.ti o'" -rn. c 1li"f'ã.Jo ?'<br />
{-;;e ,/e.:mos OT~~')aiz~.,011.t~.r ecoL_ic"'1n c "tl:. .•. 1· I I<br />
. '. te leve Se1 l"'O'~ 'I<br />
~;. t'"" eUo tIe Y"é!~Liza r "'oS o 1f,-I.'O".,ie~)J'et"'Lei (o"",,, c -t..<br />
I t ef: .,. I ..." I 'J.~ tios 1UYI.."\f~ntes,<br />
1~ ~.Jo"'4.1l:~.~#~.»1~"/ra"u-..L&Gt"a\lV" a.c..s, , .<br />
1h~}Ji.to Y'ttt, (141.( t·.' .$ •• ,eU toés )<br />
,- J~"'Ya ~ ~."t.& ~ 1.(11\ho", JJ.a par. t"c. Lt'2a., ",,0$ as .,.~"t~~elo<br />
6Y"f. ele t!JtI~31" ••~~·~c",-t"l•••• ria ."..lJ.or ~s a2.~JI\,Y'.$J~"to<br />
4:0", "S "ele); !~~S ~ A PAS'." 0\1 ~t"'iI·.sCl6est~)<br />
"')0 ~-
Fim <strong>de</strong> ano.Al!v10 e preocupaçõe8.Ac~barsm-8e ae proVaG~.cD horar1oc<br />
, I ... ,<br />
r'll~a t;udo, etooFel·ilA8" A preooufsçao :eo em me.rgo "amOE; vol ter a p Pf'!sar cC«-<br />
letivamente nos problemas que abeor~eram boa parte do nosso tempa,neste sno<br />
eno,rclat1V03 ã educaçio a~b1ental,parque ccológ1co,~ncontrce,ecclog1c8-<br />
ltent~;:nov1i1lento ecológlc()'~<br />
lia últiUla reuniã:> 04/12,madrugada a<strong>de</strong>ntro) fiOS propuseJllCc a Q"~~~~<br />
8~ui ~tlll são ':;arlos,em jaue1ro'2'3 fjI. 25 ou 26~,pa~. discutlrm(l8 a nosaa paI<br />
UC1pação jU},to ao Parquoil Ecológi.co {Pleno <strong>de</strong> Eme·)'gênc1e. e juni:c. .~ Punda~<br />
9t:oh: orgenhsrlll(ls Ut"l Cie}., <strong>de</strong> .eAtudos e <strong>de</strong>hates F,()brE' (, Parque Bcológ1('vo<br />
Alero :'ié.so fi C&1110a rIe elab~ll'ar U:l projeto <strong>de</strong> Edu('Ei.ção Ar.lhiental pare a<br />
!tFI, UrBa <strong>de</strong> Proteção Ambienta!) •.b Broa, ti s'er enchlDlnh&(:'C' at~ fineI <strong>de</strong> ja •.<br />
ne1ro ao CONSm'~o<br />
Em reuniões anter10r~8 peneur/loe em aprovei t6 r as fer1ee 'P~rn se pen-<br />
8!tr E'U'.um CU::-ao <strong>de</strong> Edu~Bqão AmbLmtal e <strong>para</strong> repuil::armoe· o escr,em& dC18 E~<br />
colo!::i ca-·lDer.tel:l qas :'o1ad:~gedas.<br />
Algumas pessoas vão estar qllase todE.';: as rér'ias em são <strong>Carlos</strong>poutres<br />
no lDê~, <strong>de</strong> janel'ro e outres eOl11en~e nOé d:iae comb1rladóE! •• ~balxo",:; nome <strong>de</strong>lap.p<br />
foS,l'l1' :·ervlr <strong>de</strong> refere~1c1n~ <strong>para</strong> :11U':;1 estiver intn'~se""d{, t!lll pu~tj c1par <strong>de</strong><br />
t! ~gl!:.:" <strong>de</strong>snatO ativ:da<strong>de</strong>a,<br />
:: 18110 <strong>de</strong> Emerg~nci.o ·j)!ivi d, C,..\.~úpCaiqt:,e,. Chiqui;"hoj{ Ea t,&. tutOl? ~1eg1slE.ção<br />
C' ~..\,' ü, P.i t::'plH-<br />
nsnj •.·,3árbara,Dulce.,projeto ele E:A ••:;Jar8 APA.••.Broa-!Iulce f: ?;CI1;'i~; <strong>de</strong> 3.Ae··'<br />
fi.H'c::·.Piccolos30nand"1E(~l.ogicEl. ol"1fl'1te,11f.drugaãa,. u •••• ~~'l!'<br />
?:'a:rs a :reuni ão do d~.8 ~1/1o Cajú fie dispos 8 estar pl'eeen ~~o<br />
( Caique ficou <strong>de</strong> a~v&.r Oli paj'Ucif·antes dliüless lll ~obré I; local Õ~<br />
rE'unj :;0 do di a ·3/1.<br />
;;'910s papos que temoa levad,~~ nae pr,.ralelQs~:c nrece<br />
~<br />
..;ue e.l'C ane~i()p<br />
r\~i.o .:'la COllll1m"Q <strong>de</strong> diecutirMoS ,!laia "o que é E.A.:':" e olftroe 1,3~(je que<br />
. ';r}.~7 !-9\&: lDaia nl)esa~ atufl
Antes <strong>de</strong> ma1E' nBlls, (.0(1 qUi. v;:;o : .B~t~·i-!·V,O,' vc;t1n dt" \.!:;1~."'1<br />
. gero p;ostosÚo, proveitos •.' e ~. qUIi VOC(;f! t-rll'nvni'\,em 'j f
.")<br />
':p.ce~sid&<strong>de</strong> do papo dos dias 29 • )0/06 e qUEm sabe a efetiv6ção da idéia<br />
<strong>de</strong> U~ projeto ce pesquiea p/ PAPESP ou CNPq. ·Quanto a·isto a Rose, DUlce e ~<br />
'\l".)."COS começaram a eetucar o que é necessário ser 1'e1to pare' fazermos um<br />
pêõ1do à estes instituiçõee ~ ~ . <strong>de</strong> pesqu1se e aproveitam a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta<br />
oiroular p/ pedir aju~e. <strong>de</strong> todos: Ponhu no papel o que você .enten<strong>de</strong> por<br />
'. .. ." . ."... ..... "<br />
objetivos da nasce e.'80 em I!duoa080AIlb1ental .8 procure PIi justifica-Ios.<br />
o.:~.. . :.' .,...", . ~ ., ..<br />
'. -.r @8"':.8<br />
Comovocê e.ch~ que podE'r1f.dD ••<br />
Vó~ê aob&~ue <strong>de</strong>vemos ~.Flnvolvf.raa1ç<br />
" • ~.J<br />
dif'CUBSÕ":"'~<br />
a.tivit1ll.<strong>de</strong>s.pratlC , . ••.., ~~"""'''''i ..,••~, .. ~I)<br />
_·_. · .._0<br />
'<br />
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