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Curso de Controle Numérico Computadorizado XXIV SEMANA DE ...

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ÍNDICE<br />

1. Apresentação 1<br />

2. Preparando a tela 5<br />

3. Iniciando um <strong>de</strong>senho 10<br />

4. Visualização 14<br />

5. Coor<strong>de</strong>nadas 16<br />

6. Precisão <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho 17<br />

7. Comandos <strong>de</strong> arquivos 18<br />

8. Alteração dos tipos <strong>de</strong> linha 21<br />

9. Desenhos geométricos 22<br />

10. Movimentação e rotação 31<br />

11. Desfazer comandos 33<br />

12. Interação <strong>de</strong> comandos 33<br />

13. Averiguação 37<br />

14. Hachuras 43<br />

15. Texto 45<br />

16. Mudar proprieda<strong>de</strong>s 46<br />

17. Dimensionamento 47<br />

18. Noções <strong>de</strong> impressão 54<br />

19. Bibliografia básica 56<br />

20. Biografia do ministrante 56<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

1. UM BREVE HISTÓRICO DO <strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO DAS MÁQUINAS-<br />

FERRAMENTAS <strong>DE</strong> CONTROLE NUMÉRICO<br />

A “Guerra Fria”, iniciada após o término da 2 ª Guerra Mundial, significou uma nova corrida<br />

armamentista entre 2 blocos políticos: o capitalista e o socialista. A necessida<strong>de</strong> crescente <strong>de</strong><br />

novos armamentos, com elevados níveis <strong>de</strong> tecnologia, era evi<strong>de</strong>nte. Projetos <strong>de</strong>veriam<br />

rapidamente “sair do papel”, empregando-se processos <strong>de</strong> fabricação que proporcionassem cada<br />

vez mais maior produtivida<strong>de</strong>, sem qualquer comprometimento da qualida<strong>de</strong>.<br />

No início da década <strong>de</strong> 1950 um convênio foi firmado entre a Força Aérea Norte-Americana<br />

(U.S.A.F.) e o Instituto <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Massachusetts (M.I.T.) para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<br />

nova máquina-ferramenta, capaz <strong>de</strong> fabricar rapidamente peças com geometria extremamente<br />

complexa. A equipe do Dr. John Pearson adaptou a uma fresadora convencional um complexo<br />

sistema eletro-mecânico, que controlava a movimentação das ferramentas e peças na máquina.<br />

Esse sistema utilizava, basicamente, um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> relês, conectados por cabos. Estava<br />

sendo <strong>de</strong>senvolvida a primeira máquina <strong>de</strong> comando numérico.<br />

Pesquisas em eletrônica tornavam obsoletas as válvulas eletrônicas, que foram<br />

gradualmente sendo substituídas por transistores <strong>de</strong> estado sólido. Os transistores, por sua vez,<br />

foram sendo aprimorados e novos componentes, <strong>de</strong>nominados circuitos integrados, que reuniam<br />

centenas ou milhares <strong>de</strong> transistores em um espaço minúsculo foram lançados no mercado.<br />

Esses <strong>de</strong>senvolvimentos na eletrônica permitiu a miniaturização e o barateamento dos sistemas<br />

lógicos <strong>de</strong> computação, tornando viável a utilização do computador juntamente com os processos<br />

<strong>de</strong> usinagem dos metais, caracterizando a máquina <strong>de</strong> controle numérico computadorizado<br />

(CNC). A produção <strong>de</strong> máquinas-ferramenta <strong>de</strong> controle numérico computadorizado tem<br />

registrado um aumento significativo a partir <strong>de</strong> 1975. Indubitavelmente as razões para essa<br />

constatação estão vinculadas ao <strong>de</strong>senvolvimento dos microprocessadores, que tornaram o<br />

sistema menor e mais eficaz e com um custo 25 vezes menor do que em 1968. Estima-se que a<br />

fabricação e instalação <strong>de</strong> máquinas com controle numérico computadorizado nas linhas <strong>de</strong><br />

produção aumente em 500% na década <strong>de</strong> 1990, se comparado ao período anterior.<br />

Atualmente as empresas investem maciçamente em tecnologia, procurando aumentar a<br />

produtivida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> dos produtos sem aumento nos custos <strong>de</strong> fabricação, condições<br />

essenciais para a sua sobrevivência em uma economia em fase <strong>de</strong> globalização. Estas<br />

tecnologias requerem pessoal altamente qualificado e treinado, revestindo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância<br />

a formação profissional nas Escolas <strong>de</strong> Engenharia.<br />

2. USINAGEM DOS METAIS<br />

Na fabricação <strong>de</strong> peças e componentes metálicos po<strong>de</strong>m ser realizadas operações em<br />

duas das mais importantes classes <strong>de</strong> trabalho mecânico:<br />

- usinagem;<br />

- conformação plástica;<br />

Enten<strong>de</strong>-se como processos <strong>de</strong> usinagem operações que conferem à peça metálica<br />

formas, dimensões e acabamento requisitados em projeto, através da retirada <strong>de</strong> material na<br />

forma <strong>de</strong> cavaco. Os processos <strong>de</strong> conformação plástica caracteriza-se por garantir formas,<br />

dimensões e acabamento através da <strong>de</strong>formação plástica do material, normalmente com<br />

reduzidas perdas <strong>de</strong> massa. Na verda<strong>de</strong>, gran<strong>de</strong> parte dos componentes mecânicos produzidos<br />

atualmente utilizam operações combinadas <strong>de</strong> conformação plástica e usinagem dos metais.<br />

Entre os processos <strong>de</strong> usinagem <strong>de</strong>stacam-se o torneamento e o fresamento, pela gran<strong>de</strong><br />

importância tecnológica e volume <strong>de</strong> produção. O torneamento é um processo <strong>de</strong> usinagem<br />

<strong>de</strong>stinado a obtenção <strong>de</strong> superfícies <strong>de</strong> revolução: cilíndricas, cônicas, esféricas e/ou curvilíneas,<br />

com a utilização <strong>de</strong> uma ou várias ferramentas <strong>de</strong> corte. Na máquina operatriz, <strong>de</strong>nominada torno,<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

a peça gira em relação a um eixo <strong>de</strong> rotação, enquanto as ferramentas montadas sobre o carro<br />

principal <strong>de</strong>slocam-se sobre um plano, que contém o eixo <strong>de</strong> rotação da peça bruta.<br />

O fresamento é um processo <strong>de</strong> usinagem <strong>de</strong>stinado à obtenção <strong>de</strong> superfícies com<br />

geometria variada, confeccionada com ferramentas multicortantes (brocas, fresas ou<br />

alargadores). Na máquina, conhecida como fresadora, a peça é fixada sobre um dispositivo<br />

(mesa) que possui movimento in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte em dois eixos coor<strong>de</strong>nados. A ferramenta é montada<br />

em um cabeçote, que po<strong>de</strong> ser utilizado tanto vertical como horizontalmente, girando com rotação<br />

controlada.<br />

A fabricação <strong>de</strong> peças por torneamento ou fresamento é sempre otimizada. Assim,<br />

reduzem-se os custos e aumenta-se a produtivida<strong>de</strong>, sem que haja qualquer comprometimento da<br />

qualida<strong>de</strong> do item produzido. Para tanto é necessário especificar corretamente os principais<br />

parâmetros ou gran<strong>de</strong>zas <strong>de</strong> corte: velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte (Vc), velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço (Va) e<br />

profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte (p).<br />

2.1. VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE (Vc)<br />

É <strong>de</strong>finida como a velocida<strong>de</strong> instantânea <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> referência localizado na interface<br />

material-aresta principal <strong>de</strong> corte (ferramenta). É consi<strong>de</strong>rada a principal gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> corte,<br />

responsável pelos tempos <strong>de</strong> usinagem produtivos e <strong>de</strong> vida útil da ferramenta. Possui também<br />

gran<strong>de</strong> efeito sobre o acabamento da peça usinada. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte, expressa<br />

normalmente em metros por minuto, po<strong>de</strong> ser estimada pela expressão:<br />

V c<br />

π.<br />

D.<br />

n<br />

= (2.1)<br />

1000<br />

na qual D é o diâmetro da peça ou da ferramenta (em milímetros) e n é a rotação da peça ou<br />

ferramenta (em rotações por minuto).<br />

A escolha da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito <strong>de</strong> vários fatores: material da<br />

peça, tipo e material da ferramenta, uso <strong>de</strong> lubrificação refrigerante, entre outros. A Tabela 2.1<br />

apresenta alguns valores típicos <strong>de</strong>ssa gran<strong>de</strong>za na usinagem dos metais.<br />

TABELA 2.1. Velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte empregadas para diversos materiais, consi<strong>de</strong>rando uma vida<br />

<strong>de</strong> 240 minutos e avanço <strong>de</strong> 0,2 mm/rotação.<br />

Material<br />

Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Corte (mm/min)<br />

Aço Rápido HSS Metal Duro (P10)<br />

Aço ABNT 1045 33 122<br />

Aço ABNT 4135 20 103<br />

Ferro Fundido ABNT FF 25 20 79<br />

Ligas Cu-Sn (Bronzes) 30 250<br />

Alumínio 30 200<br />

Ligas Al-Si 20 150<br />

2.2. VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO (Va)<br />

É a velocida<strong>de</strong> instantânea da ferramenta em relação à peça. O avanço possui gran<strong>de</strong><br />

influência sobre a rugosida<strong>de</strong> superficial (acabamento) da peça usinada. Na utilização <strong>de</strong><br />

ferramentas multicortantes (fresas, por exemplo) é comum a especificação do avanço por <strong>de</strong>nte<br />

(ad). Estas informações são facilmente obtidas em tabelas tecnológicas. O cálculo da velocida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> avanço po<strong>de</strong> ser realizado com a expressão:<br />

Va d<br />

= a . Z.<br />

n<br />

(2.2)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

na qual ad é o avanço por <strong>de</strong>nte (em milímetros por volta) e Z é o número <strong>de</strong> arestas <strong>de</strong> corte<br />

(<strong>de</strong>ntes) da ferramenta.<br />

2.3. PROFUNDIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE (p)<br />

É <strong>de</strong>finido como a profundida<strong>de</strong> com que a aresta principal <strong>de</strong> corte penetra no material,<br />

medida na direção ortogonal ao plano formado pelas direções <strong>de</strong> corte e avanço. A utilização <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s profundida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte aumenta a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> metal removido por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo<br />

mas, em compensação, provoca significativos acréscimos na potência <strong>de</strong> corte e no <strong>de</strong>sgaste das<br />

ferramentas.<br />

3. FERRAMENTAS PARA USINAGEM DOS METAIS<br />

As ferramentas <strong>de</strong> corte são responsáveis pela remoção <strong>de</strong> material na forma <strong>de</strong> cavaco,<br />

redundando na peça acabada ao final do processo <strong>de</strong> usinagem. Diversos tipos <strong>de</strong> ferramentas<br />

estão disponíveis no mercado. A seleção <strong>de</strong> uma ferramenta <strong>de</strong> corte <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> diversos<br />

fatores, entre os quais material a ser trabalhado, natureza da operação e custo da ferramenta. Os<br />

principais requisitos para uma ferramenta <strong>de</strong> corte são:<br />

(a) alta resistência ao <strong>de</strong>sgaste;<br />

(b) alta dureza a quente;<br />

(c) capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resistir a choques mecânicos (tenacida<strong>de</strong> );<br />

(d) baixo custo;<br />

Diversas classes <strong>de</strong> materiais metálicos e cerâmicos, que aten<strong>de</strong>m aos requisitos exigidos,<br />

são empregadas na fabricação <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> corte. A Tabela 1. apresenta alguns materiais<br />

para ferramentas e características <strong>de</strong> corte típicas.<br />

TABELA 3.1. Custo comparativo <strong>de</strong> diversos materiais para ferramentas.<br />

MATERIAL CUSTO (U$$/unida<strong>de</strong>)<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong><br />

CORTE (m/min)<br />

CUSTO <strong>DE</strong><br />

USINAGEM (U$$/pol 3 )<br />

Aço-carbono 0.10 12 0.25<br />

Aço rápido HSS 0.50 27 0.13<br />

Metal duro 5.25 150 0.04<br />

Cerâmica 12.00 240 0.02<br />

Dos materiais para ferramentas <strong>de</strong>stacam-se a utilização dos aços rápidos (HSS - High<br />

Speed Steel) e os insertos intercambiáveis <strong>de</strong> metal duro. Os aços HSS são muito empregados<br />

na fabricação <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> barra, brocas, fresas e alargadores. Devido a menor resistência<br />

mecânica <strong>de</strong>sgastam-se mais rapidamente, requerendo frequentemente reafiação da ferramenta.<br />

Mais resistentes e práticos, os insertos <strong>de</strong> metal duro são montados em suportes com a mais<br />

variada geometria. Consi<strong>de</strong>rando a relação benefício/custo normalmente as pastilhas não sofrem<br />

afiação, sendo <strong>de</strong>scartadas após o térmico <strong>de</strong> sua vida útil.<br />

Diversas ferramentas, tanto <strong>de</strong> aço rápido HSS como pastilhas <strong>de</strong> metal duro, são<br />

disponíveis para usinagem nos tornos CNC EMCO C5 e fresadoras CNC EMCO F1.<br />

Características geométricas e <strong>de</strong> processo das principais ferramentas utilizadas serão <strong>de</strong>scritas a<br />

seguir.<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

I<strong>DE</strong>NTIFICAÇÃO: T01<br />

MÁQUINA: torno<br />

MATERIAL: metal duro<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO: corte lateral direito<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE: <strong>de</strong> 100 a 150 mm/min<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO: < 100 mm/min<br />

LIMITAÇÕES GEOMÉTRICAS: conicida<strong>de</strong> máxima 30º<br />

I<strong>DE</strong>NTIFICAÇÃO: T02<br />

MÁQUINA: torno<br />

MATERIAL: metal duro<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO: corte lateral esquerdo<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE: <strong>de</strong> 100 a 150 mm/min<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO: < 100 mm/min<br />

LIMITAÇÕES GEOMÉTRICAS: conicida<strong>de</strong> máxima 30º<br />

I<strong>DE</strong>NTIFICAÇÃO: T03<br />

MÁQUINA: torno<br />

MATERIAL: metal duro<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO: corte neutro<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE: <strong>de</strong> 100 a 150 mm/min<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO: < 100 mm/min<br />

LIMITAÇÕES GEOMÉTRICAS: conicida<strong>de</strong> máxima 60º<br />

I<strong>DE</strong>NTIFICAÇÃO: T04<br />

MÁQUINA: torno<br />

MATERIAL: metal duro<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO: ferramenta para rosca métrica à<br />

direita externa<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE: <strong>de</strong> 100 a 950 rpm<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO: sincronizada<br />

LIMITAÇÕES GEOMÉTRICAS: abertura <strong>de</strong> filetes com<br />

passo <strong>de</strong> 05 a 1,5 mm.<br />

I<strong>DE</strong>NTIFICAÇÃO: T05<br />

MÁQUINA: torno<br />

MATERIAL: aço rápido HSS<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO: bedame<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE: <strong>de</strong> 20 a 25 mm/min<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO: < 10 mm/min<br />

LIMITAÇÕES GEOMÉTRICAS: largura <strong>de</strong> bedame<br />

variável<br />

I<strong>DE</strong>NTIFICAÇÃO: T06<br />

MÁQUINA: torno<br />

MATERIAL: metal duro<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO: ferramenta para rosca métrica à direita<br />

interna<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE: <strong>de</strong> 100 a 950 rpm<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO: sincronizada<br />

LIMITAÇÕES GEOMÉTRICAS: abertura <strong>de</strong> filetes com<br />

passo <strong>de</strong> 05 a 1,5 mm.<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

I<strong>DE</strong>NTIFICAÇÃO: T07<br />

MÁQUINA: torno<br />

MATERIAL: metal duro<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO: ferramenta para tornear superfícies<br />

internas.<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE: <strong>de</strong> 100 a 150 mm/min<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO: < 50 mm/min<br />

LIMITAÇÕES GEOMÉTRICAS: conicida<strong>de</strong> máxima 30º<br />

para fora/ diâmetro interno mínimo 14 milímetros.<br />

I<strong>DE</strong>NTIFICAÇÃO: T08<br />

MÁQUINA: torno/fresadora<br />

MATERIAL: aço rápido HSS<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO: brocas<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE: <strong>de</strong> 20 a 25 m/min<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO: < 30 m/min<br />

LIMITAÇÕES GEOMÉTRICAS: diâmetros variados<br />

I<strong>DE</strong>NTIFICAÇÃO: T09<br />

MÁQUINA: fresadora<br />

MATERIAL: aço rápido HSS<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO: fresas cilíndricas <strong>de</strong> topo<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE: <strong>de</strong> 20 a 25 m/min<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO: < 30 m/min<br />

LIMITAÇÕES GEOMÉTRICAS: diâmetros e números <strong>de</strong><br />

arestas variados.<br />

I<strong>DE</strong>NTIFICAÇÃO: T10<br />

MÁQUINA: fresadora<br />

MATERIAL: aço rápido HSS<br />

<strong>DE</strong>NOMINAÇÃO: fresas angulares<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CORTE: <strong>de</strong> 20 a 25 m/min<br />

VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO: < 30 m/min<br />

LIMITAÇÕES GEOMÉTRICAS: diâmetros e números <strong>de</strong><br />

arestas variados.<br />

4. ESTRUTURA <strong>DE</strong> PROGRAMAÇÃO CNC<br />

Em uma máquina-ferramenta universal as peças e/ou ferramentas utilizadas na usinagem<br />

das peças tem seus movimentos controlados pelo operador da máquina. Através <strong>de</strong> manípulos e<br />

alavancas ele liga a máquina, aproxima a ferramenta da peça, <strong>de</strong>termina os parâmetros <strong>de</strong> corte<br />

e os aplica, me<strong>de</strong> com instrumentos a dimensões geradas pela usinagem e, caso não tenha<br />

ocorrido qualquer falha no procedimento, entrega a peça pronta para a próxima etapa do<br />

processo <strong>de</strong> fabricação. Na máquina-ferramenta com controle numérico computadorizado as<br />

informações são controladas por uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento central (CPU), como po<strong>de</strong> ser<br />

observado no esquema da Figura 4.1.<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

FIGURA 4.1. Módulos básicos que compõe uma máquina <strong>de</strong> controle numérico computadorizado<br />

(CNC).<br />

A entrada <strong>de</strong> dados, num formato padrão para que as informações possam ser<br />

processadas na máquina, po<strong>de</strong> ser efetuada pelo teclado disponível no painel ou por um<br />

equipamento periférico (leitora <strong>de</strong> fita perfurada ou microcomputador com interface compatível).<br />

As instruções são <strong>de</strong>scarregadas na memória RAM após gerenciamento da unida<strong>de</strong> central <strong>de</strong><br />

processamento (CPU). Se for feita uma analogia com o ser humano, a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento<br />

central apenas controla as ativida<strong>de</strong>s da máquina, <strong>de</strong>cidindo e cobrando respostas (como um<br />

diretor), numa base <strong>de</strong> tempo própria, do sistema operacional (EPROM). É o Sistema Operacional<br />

que dispõe dos “conhecimentos” necessários para fazer a máquina CNC executar as tarefas<br />

<strong>de</strong>sejadas. As informações processadas são passadas da CPU para um módulo <strong>de</strong> saída<br />

(interface), que por sua vez comunica a um sistema eletrônico que controla a movimentação<br />

(motores <strong>de</strong> passo) da máquina. Neste caso a máquina CNC acusa à CPU que a or<strong>de</strong>m está<br />

sendo executada, repetindo-se o ciclo até a finalização das ativida<strong>de</strong>s programadas.<br />

Os procedimentos a serem executados são apresentados à máquina CNC na forma <strong>de</strong> um<br />

algoritmo ou programa. Esse programa é produzido numa linguagem que o sistema operacional<br />

“entenda”. A maioria dos <strong>Controle</strong>s <strong>Numérico</strong>s <strong>Computadorizado</strong>s seguem os códigos<br />

normalizados da International Standard Organization ISO 1056 e da Associação Alemã <strong>de</strong><br />

Normas Técnicas DIN 66025. Esses códigos, colocados em uma seqüência lógica, permitem que<br />

a máquina-ferramenta execute os movimentos entre ferramenta e a peça. Essa movimentação<br />

torna possível a usinagem <strong>de</strong> uma peça. A Figura 4.2 apresenta uma rotina CNC simples, no qual<br />

são apresentados alguns elementos estruturais para elaboração <strong>de</strong> programas para torneamento<br />

<strong>de</strong> peças.<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

FIGURA 4.2. Exemplo <strong>de</strong> programa CNC para torneamento, apresentando alguns dos elementos<br />

necessários para programação: blocos, palavras (instruções) e en<strong>de</strong>reços.<br />

No programa apresentado notam-se várias linhas (blocks) <strong>de</strong> instruções. Cada linha é<br />

<strong>de</strong>nominada bloco e <strong>de</strong>ve conter uma instrução lógica a ser executada pela máquina. Em cada<br />

bloco são inseridas, em seqüência lógica, uma ou mais palavras (words). A palavra é um código<br />

alfanumérico, no qual a letra significa o en<strong>de</strong>reço (address) e o número <strong>de</strong>fine a magnitu<strong>de</strong> ou<br />

variação <strong>de</strong> um parâmetro. O en<strong>de</strong>reço <strong>de</strong>fine o tipo <strong>de</strong> função que está sendo utilizada. A Tabela<br />

4.1 apresenta e dá o significado lógico dos en<strong>de</strong>reços utilizados na programação dos tornos e<br />

fresadoras CNC EMCO.<br />

No programa apresentado na Figura 4.2 verifica-se a presença <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reços que <strong>de</strong>finem<br />

um sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas. Esses sistemas <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas são vinculados à posições da<br />

ferramenta em relação à peça ou vice-versa. No torneamento a ferramenta realiza movimentos<br />

relativos à peça em um único plano, <strong>de</strong>finido pelos eixos X e Z. No fresamento os movimentos<br />

po<strong>de</strong>m ser caracterizados em 3 dimensões (X, Y e Z), apesar <strong>de</strong> ser possível a translação através<br />

<strong>de</strong> planos paralelos a esse sistema <strong>de</strong> eixos cartesianos (significa na prática que o comando<br />

numérico da fresadora EMCO F1 não aceita mudanças <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas, <strong>de</strong> um bloco para o<br />

seguinte, nos eixos X-Y-Z simultaneamente).<br />

As dimensões ou cotas que <strong>de</strong>terminam os <strong>de</strong>slocamentos na máquina são especificados<br />

no projeto mecânico. Nos <strong>de</strong>senhos essas informações são apresentadas como na ilustração<br />

abaixo. Na Figura 4.3(a) percebe-se que a posição dos furos na placa refere-se a um único ponto,<br />

localizado no canto inferior esquerdo. Neste caso este ponto po<strong>de</strong>ria ser <strong>de</strong>finido como a origem<br />

do sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas absoluto. Na Figura 4.3(b) os furos são especificados pela distancia<br />

entre eles, favorecendo a utilização <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas relativo, não fixo. Esse<br />

sistema é <strong>de</strong>nominado incremental. Não há qualquer impedimento na utilização <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong>nadas absoluto ou incremental. É o programador que <strong>de</strong>finirá a conveniência ou não <strong>de</strong> um<br />

ou outro sistema, sendo possível utilizar-se inclusive dos dois em um único programa CNC<br />

(misto).<br />

É conveniente <strong>de</strong>stacar que:<br />

(a) no sistema absoluto o ponto <strong>de</strong> referência (origem) está fixo na peça, tanto no<br />

torneamento quanto no fresamento.<br />

(b) no sistema incremental o ponto <strong>de</strong> referência (origem) está fixo na ferramenta, que<br />

<strong>de</strong>sloca-se em relação à peça a cada passo <strong>de</strong> programação.<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

Figura 4.3. (a) Desenho mostrando cotas referentes a um único ponto (sistema absoluto). (b)<br />

Desenho cotado relativamente aos furos (sistema incremental).<br />

TABELA 4.1. En<strong>de</strong>reços e seus valores limites correspon<strong>de</strong>ntes utilizados na programação <strong>de</strong><br />

máquinas CNC EMCO - tornos C5 e fresadoras F1.<br />

EN<strong>DE</strong>REÇO - SIGNIFICADO<br />

VALORES<br />

ADMISSÍVEIS<br />

DIMENSÃO<br />

N número <strong>de</strong> registro ( bloco) 00 a 209 --<br />

G função para usinagem <strong>de</strong> superfícies 00 a 95 --<br />

M função preparatória da máquina 00 a 99 --<br />

X Coor<strong>de</strong>nada no eixo X – torno ± 5999 0,01 mm<br />

Z Coor<strong>de</strong>nada no eixo Z – torno ± 32760 0,01 mm<br />

X Coor<strong>de</strong>nada no eixo X – fresadora ± 19999 0,01 mm<br />

Y Coor<strong>de</strong>nada no eixo Y – fresadora ± 9999 0,01 mm<br />

Z Coor<strong>de</strong>nada no eixo Z – fresadora ± 19999 0,01 mm<br />

D raio da ferramenta – fresadora 1 a 9999 0,01 mm<br />

F velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço (G94 ativo) 2 a 499 mm/min<br />

F avanço (G94 ativo) 2 a 499 0,001 mm/rotação<br />

I Coor<strong>de</strong>nada do centro <strong>de</strong> curvatura em X (T) 0 a 5999 0,01 mm<br />

K Coor<strong>de</strong>nada do centro <strong>de</strong> curvatura em Z (T) 0 a 32760 0,01 mm<br />

S rotação da ferramenta – fresadora 1 a 3999 rpm<br />

I Coor<strong>de</strong>nada do centro <strong>de</strong> curvatura em X (F) 0 a 9000 0,01 mm<br />

J Coor<strong>de</strong>nada do centro <strong>de</strong> curvatura em Y (F) 0 a 9000 0,01 mm<br />

K Coor<strong>de</strong>nada do centro <strong>de</strong> curvatura em Z (F) 0 a 9000 0,01 mm<br />

X tempo <strong>de</strong> permanência (G04 ativo) 0 a 5999 0,01 segundo<br />

L en<strong>de</strong>reço <strong>de</strong> transferência (G25 ativo) 0 a 209 --<br />

T en<strong>de</strong>reço da ferramenta (M06 ativo) 0 a 499 --<br />

H profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte por passe (G84 ativo) 0 a 999 0,01 mm<br />

H largura <strong>de</strong> corte do bedame (G86 ativo) 10 a 999 0,01 mm<br />

K passo da rosca 2 a 499 0,01 mm<br />

5. ASPECTOS TECNOLÓGICOS DO TORNO CNC EMCO C5<br />

O torno CNC EMCO C5 é apresentado na Figura 5.1(a). É equipado com um motor elétrico<br />

<strong>de</strong> corrente contínua, que proporciona uma potência nominal <strong>de</strong> 500 watts. Através <strong>de</strong> um sistema<br />

<strong>de</strong> transmissão por correias a rotação do eixo-árvore po<strong>de</strong> variar continuamente <strong>de</strong> 50 a 3200<br />

R.P.M., controlável por foto-acoplador conectado a um tacômetro digital.<br />

Os motores <strong>de</strong> passo que movimentam o carro principal nos eixos X-Z (Figura 5.1(b))<br />

possibilitam uma velocida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> 700 milímetros por minuto. O <strong>de</strong>slocamento mínimo<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

controlado em cada eixo correspon<strong>de</strong> a 0,0138 mm. O torno dispõe <strong>de</strong> um porta-ferramentas<br />

automático, tipo revólver, com 6 posições (3 para ferramentas <strong>de</strong> usinagem externa e 3 para<br />

superfícies internas).<br />

A placa padrão, com 3 castanhas autocentrantes, permite tornear tarugos cilíndricos com<br />

diâmetro máximo <strong>de</strong> 38 mm. O comprimento máximo da peça bruta é aproximadamente 300 mm.<br />

Para peças com gran<strong>de</strong> comprimento em balanço po<strong>de</strong> ser empregado um cabeçote móvel com<br />

contraponta, montado sobre o barramento.<br />

O comando numérico incorporado à máquina segue as especificações técnicas das normas<br />

ISO 1056 e DIN 66025, quanto a utilização <strong>de</strong> funções lógicas <strong>de</strong> usinagem durante a sua<br />

programação. A inserção <strong>de</strong> programas na memória RAM po<strong>de</strong> ser feita pelo teclado, disponível<br />

no painel frontal da máquina, pela fita cassete digital no qual a rotina está gravada ou pelo<br />

carregamento (downloading) via computador, através da interface padrão RS 232.<br />

FIGURA 5.1. (a) Ilustração mostra o torno CNC EMCO, sem a presença <strong>de</strong> monitor <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o. (b)<br />

Representação esquemática dos eixos coor<strong>de</strong>nados X-Z no torno CNC EMCO C5.<br />

6. PROGRAMAÇÃO NO TORNO CNC EMCO C5<br />

6.1. INSTRUÇÕES AUXILIARES DA MÁQUINA - FUNÇÕES M<br />

A aplicação das funções auxiliares possibilitam a preparação e o funcionamento da<br />

máquina para a usinagem no modo CNC. A Tabela 6.1 apresenta sumariamente as principais<br />

funções M utilizadas em tornos CNC.<br />

TABELA 6.1. Funções M empregadas na programação <strong>de</strong> tornos CNC EMCO.<br />

FUNÇÃO <strong>DE</strong>SCRIÇÃO<br />

M00 Parada programada.<br />

M03 Rotação do eixo-árvore no sentido horário.<br />

M04 Rotação do eixo-árvore no sentido anti-horário.<br />

M05 Parada do eixo-árvore.<br />

M06 Troca <strong>de</strong> ferramenta (automática ou manual).<br />

M17 Final se sub-programa.<br />

M30 Final <strong>de</strong> programa.<br />

M99 Parâmetro <strong>de</strong> circularida<strong>de</strong><br />

A seguir será realizada uma <strong>de</strong>scrição mais pormenorizada das funções M, que serão<br />

comumente empregadas na programação dos tornos CNC EMCO C5.<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

M00 - PARADA PROGRAMADA<br />

Exemplo: N12 M00<br />

Esta função interrompe por tempo in<strong>de</strong>terminado a execução do programa CNC ativo.<br />

Neste caso o programa será novamente ativado após o comando manual do operador (START),<br />

dando-se seqüência ao programa. Este comando paralisa o movimento do carro principal mas, no<br />

entanto, não a rotação do eixo-árvore. Durante a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta função é possível realizar<br />

eventuais correções em blocos subseqüentes àquele no qual o M00 foi especificado.<br />

M03 - ROTAÇÃO DO EIXO-ÁRVORE NO SENTIDO HORÁRIO<br />

Exemplo: N00 M03<br />

A função M03 ativa o motor elétrico acoplado ao eixo-árvore, que passa a girar no sentido<br />

horário. É, normalmente, a primeira função especificada no programa. Deve-se salientar que o<br />

controle <strong>de</strong> rotação, no caso do torno CNC EMCO C5, é manual. Tornos como o EMCO ET-120,<br />

com hardware mais complexo, po<strong>de</strong>m ter a rotação do eixo-árvore controlada pelo programa<br />

CNC.<br />

M05 - PARADA DO EIXO-ÁRVORE<br />

Exemplo: N23 M05<br />

Este comando corta a corrente elétrica do motor principal, imobilizando o eixo-árvore. A<br />

combinação entre as funções M05 e M00 permite realizar inspeção e medidas na peça usinada<br />

em uma etapa intermediária do programa CNC, possibilitando fazer correções que se mostrem<br />

necessárias.<br />

M06 - TROCA <strong>DE</strong> FERRAMENTA<br />

Exemplo: N25 M06 X-457 Z382 T03<br />

Aplica-se este comando quando a usinagem da peça requer a troca <strong>de</strong> ferramenta na<br />

máquina. O torno CNC EMCO C5 dispõe <strong>de</strong> um porta-ferramentas automático (revólver) <strong>de</strong> 6<br />

posições, sendo 3 para ferramentas <strong>de</strong> usinagem externa e 3 para superfícies internas, como<br />

mostra a Figura 6.1(a). O número <strong>de</strong> posições trocadas são especificadas pelo en<strong>de</strong>reço T.<br />

As coor<strong>de</strong>nadas X e Z especificadas no comando M06 são relativas às diferenças<br />

geométricas existentes entre as ferramentas selecionadas e montadas no revólver (Figura 6.1(b)).<br />

Tais diferenças são <strong>de</strong>terminadas com o auxílio <strong>de</strong> um dispositivo ótico, <strong>de</strong>nominado luneta, cuja<br />

aplicação será comentada oportunamente.<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

FIGURA 6.1. (a) Porta-ferramentas com 6 posições e troca automática; (b) diferenças geométricas<br />

entre a ferramenta com corte à direita e a <strong>de</strong> corte neutro.<br />

M17 - FINAL <strong>DE</strong> SUB-PROGRAMA<br />

Exemplo: N43 M17<br />

A instrução M17 indica o final <strong>de</strong> uma sub-rotina e que a próxima instrução a ser executada<br />

é o retorno ao programa CNC principal.<br />

M30 - FINAL <strong>DE</strong> PROGRAMA<br />

Exemplo: N53 M30<br />

Este comando indica o final do programa CNC executado pela máquina. O torno tem os<br />

movimentos do carro principal e eixo-árvore paralisados e o programa CNC po<strong>de</strong> ser novamente<br />

inicializado, caso se queira usinar uma nova peça.<br />

M99 - PARÂMETRO <strong>DE</strong> CIRCULARIDA<strong>DE</strong><br />

Exemplo: N21 M99 I380 K410<br />

O torno CNC EMCO C5 é capaz <strong>de</strong> usinar arcos <strong>de</strong> circunferência sobre a peça bruta,<br />

gerando superfícies côncavas ou convexas. A função M99 <strong>de</strong>ve ser especificada após um<br />

comando G02 ou G03, para arcos <strong>de</strong> círculo menores que 90. Maiores <strong>de</strong>talhes quanto a<br />

<strong>de</strong>terminação dos parâmetros I e K serão vistos juntamente com as funções G02 e G03.<br />

6.2. INSTRUÇÕES PARA USINAGEM <strong>DE</strong> SUPERFÍCIES - FUNÇÕES G<br />

As funções <strong>de</strong> programação relacionadas a seguir estão diretamente vinculadas à<br />

movimentação das ferramentas e, consequentemente, às superfícies usinadas obtidas durante o<br />

torneamento. As principais funções G empregadas nos tornos CNC EMCO C5 são apresentadas<br />

na Tabela 6.2.<br />

G00 - <strong>DE</strong>SLOCAMENTO RÁPIDO DA FERRAMENTA<br />

Exemplo: N11 G00 X1200 Z-580<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

Nesta função o movimento da ferramenta ocorre com a máxima velocida<strong>de</strong> disponível (no caso do<br />

torno EMCO C5, 700 mm/min aproximadamente). Esta instrução <strong>de</strong>ve ser empregada apenas em<br />

movimentos <strong>de</strong> aproximação e posicionamento, jamais durante a remoção <strong>de</strong> material da peça<br />

bruta pois po<strong>de</strong> causar sérios danos ao equipamento. As coor<strong>de</strong>nadas X e Z especificadas no<br />

comando po<strong>de</strong>m ser relativas a valores absolutos ou incrementais.<br />

TABELA 6.2. Funções G empregadas na programação do torno CNC EMCO C5.<br />

FUNÇÃO <strong>DE</strong>SCRIÇÃO<br />

G00 Deslocamento rápido da ferramenta.<br />

G01 Movimento <strong>de</strong> corte seguindo interpolação linear.<br />

G02 Movimento <strong>de</strong> corte seguindo interpolação circular – sentido horário.<br />

G03 Movimento <strong>de</strong> corte seguindo interpolação circular – sentido anti-horário.<br />

G04 Tempo <strong>de</strong> espera.<br />

G25 Chamada <strong>de</strong> sub-programa.<br />

G64 Motores <strong>de</strong> passo <strong>de</strong>sativados.<br />

G65 Gravar/carregar programa em fita K-7 DAT (digital)<br />

G66 Ativação <strong>de</strong> interface R 232.<br />

G78 Ciclo <strong>de</strong> roscamento.<br />

G81 Ciclo <strong>de</strong> furação.<br />

G82 Ciclo <strong>de</strong> furação com tempo <strong>de</strong> espera (0,5 segundo).<br />

G83 Ciclo <strong>de</strong> furação intermitente.<br />

G84 Ciclo <strong>de</strong> torneamento longitudinal.<br />

G86 Ciclo <strong>de</strong> sangramento radial.<br />

G88 Ciclo <strong>de</strong> faceamento (superfície transversal).<br />

G90 Programação em valor absoluto.<br />

G91 Programação em valor incremental.<br />

G92 Armazenamento em coor<strong>de</strong>nadas X-Z na memória.<br />

G94 Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço em milímetros por minuto [pol./min]<br />

G95 Avanço em milímetros por rotação [pol/rotação]<br />

G01 - MOVIMENTO <strong>DE</strong> CORTE SEGUINDO INTERPOLAÇÃO LINEAR<br />

Exemplo: N13 G01 X2100 Z-4560 F50<br />

A função G01 promove o movimento da ferramenta em uma trajetória linear, cujo ponto<br />

final é <strong>de</strong>finido pelas coor<strong>de</strong>nadas X e Z especificadas, que po<strong>de</strong>m ser valores absolutos ou<br />

incrementais. A velocida<strong>de</strong> na qual o <strong>de</strong>slocamento da ferramenta ocorre é fixada pelo en<strong>de</strong>reço<br />

F. Caso seja empregada a função G94 (<strong>de</strong>fault) essa velocida<strong>de</strong> será expressa em milímetros por<br />

minuto; utilizando-se G95 o <strong>de</strong>slocamento da ferramenta será indicado em milímetros por rotação<br />

do eixo-árvore.<br />

G02 - MOVIMENTO <strong>DE</strong> CORTE SEGUINDO INTERPOLAÇÃO CIRCULAR - SENTIDO<br />

HORÁRIO<br />

G03 - MOVIMENTO <strong>DE</strong> CORTE SEGUINDO INTERPOLAÇÃO CIRCULAR - SENTIDO ANTI-<br />

HORÁRIO<br />

Exemplo: N13 G01 X1700 Z-800 F50<br />

N14 G02 X2900 Z-1950 F50<br />

N15 M99 I1400 K00<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

O torno CNC EMCO C5 é capaz <strong>de</strong> usinar arcos <strong>de</strong> circunferência <strong>de</strong> variados ângulos,<br />

cujo ponto final correspon<strong>de</strong> às coor<strong>de</strong>nadas X e Z registradas. Entre os pontos inicial e final do<br />

arco projetado são possíveis infinitas curvaturas, tornando necessário especificar qual é o centro<br />

<strong>de</strong> curvatura do arco <strong>de</strong>sejado através do comando M99. Para evitar ultrapassar os limites da<br />

máquina as cotas X e Z, sejam valores absolutos ou incrementais, <strong>de</strong>vem estar limitadas aos<br />

seguintes valores:<br />

X±5999<br />

Z±22700<br />

Os parâmetros I e K (registrados sempre com valores positivos) também são limitados aos<br />

mesmos valores que os especificados às coor<strong>de</strong>nadas X e Z, respectivamente, citados acima.<br />

No torno CNC EMCO C5 a instrução G02 permite a usinagem <strong>de</strong> superfícies côncavas,<br />

enquanto G03 gera superfícies convexas na peça torneada. A especificação correta <strong>de</strong>sses<br />

comandos exige que sejam seguidas algumas regras:<br />

(a) O comando numérico da máquina aceita apenas uma instrução G02/G03 por quadrante<br />

do sistema <strong>de</strong> eixos X-Z.<br />

(b) Arcos <strong>de</strong> circunferência (maiores, menores ou iguais a 90) contidos em 2 quadrantes do<br />

sistema <strong>de</strong> eixos X-Z exigem a especificação <strong>de</strong> dois comandos G02/G03.<br />

(c) Arcos <strong>de</strong> 90 contidos em um único quadrante não requer a especificação do seu centro<br />

<strong>de</strong> curvatura (parâmetro <strong>de</strong> circularida<strong>de</strong>), <strong>de</strong>finido pela função M99. A usinagem <strong>de</strong> arcos que<br />

não satisfaçam esta condição exige a especificação dos parâmetros I e K da função M99. A<br />

<strong>de</strong>terminação dos valores I e K na função M99 <strong>de</strong>ve seguir o seguinte procedimento:<br />

(c1) Adotar um sistema <strong>de</strong> eixos coor<strong>de</strong>nados I-K, <strong>de</strong> modo que o eixo I seja paralelo ao<br />

eixo X da máquina e o eixo K, por sua vez, seja paralelo à direção Z;<br />

(c2) Colocar a origem do sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas I-K sobre o ponto inicial do arco a ser<br />

usinado;<br />

(c3) Transladar o sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas I-K para o centro <strong>de</strong> curvatura do arco;<br />

(c4) Determinar o <strong>de</strong>slocamento da origem do sistema nas direções I e K. Neste item é<br />

freqüente o uso <strong>de</strong> funções trigonométricas e conhecimentos <strong>de</strong> geometria para a <strong>de</strong>terminação<br />

do <strong>de</strong>slocamento do sistema I-K. Deve-se enfatizar que o sentido do <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong>ve ser<br />

<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rado, ou seja, adota-se na programação CNC apenas valores positivos para os<br />

en<strong>de</strong>reços I e K;<br />

A Figura 6.2 apresenta o <strong>de</strong>senho da peça cujo arco é usinado com os comandos<br />

apresentados como exemplo.<br />

FIGURA 6.2. Superfície côncava obtida pelo <strong>de</strong>slocamento da ferramenta em arco, usando G02.<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

G04 - TEMPO <strong>DE</strong> ESPERA<br />

Exemplo: N12 G04 X200<br />

A função G04 permite a interrupção temporária do programa CNC ativado. O en<strong>de</strong>reço X<br />

correspon<strong>de</strong> ao tempo <strong>de</strong> parada do programa, <strong>de</strong>finido em centésimos <strong>de</strong> segundo. Deste modo<br />

o exemplo citado o tempo <strong>de</strong> interrupção será 2 segundos. A entrada po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> 1 a 5999.<br />

G25 - CHAMADA <strong>DE</strong> SUB-PROGRAMA<br />

Exemplo: N43 G25 L57<br />

A utilização <strong>de</strong> um sub-programa po<strong>de</strong> ser tecnologicamente interessante quando,<br />

normalmente, uma <strong>de</strong>terminada geometria ou seqüência <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> usinagem é repetida<br />

várias vezes durante o torneamento da peça. A edição <strong>de</strong> um (ou vários) sub-programa é<br />

realizada após o programa principal, iniciando-se após o bloco programado com a função M30.<br />

No exemplo citado o sub-programa ativado é aquele que começa no bloco <strong>de</strong>finido pelo en<strong>de</strong>reço<br />

L (LABEL), no caso aquele que é iniciado no bloco (linha) N57. A partir <strong>de</strong> então a sub-rotina é<br />

executada, retornando-se ao programa principal com a programação da função M17.<br />

G64 - MOTORES <strong>DE</strong> PASSO <strong>DE</strong>SATIVADOS<br />

Exemplo: N11 G64<br />

Os motores <strong>de</strong> passo são os dispositivos responsáveis pelo <strong>de</strong>slocamento do carro<br />

principal do torno EMCO C5 nos eixos coor<strong>de</strong>nados X e Z. Estando a máquina com os motores <strong>de</strong><br />

passo ativados, mesmo que não haja movimento, ocorre o aquecimento dos mesmos <strong>de</strong>vido à<br />

passagem <strong>de</strong> corrente elétrica. Este aquecimento po<strong>de</strong> ser acentuado e conseqüentemente<br />

danificar os motores. Em ativida<strong>de</strong>s como a edição e simulação lógica <strong>de</strong> programação os<br />

motores <strong>de</strong> passo po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>sativados, sem que haja qualquer conseqüência na compilação<br />

do programa. A especificação <strong>de</strong>ste comando não se integra ao programa CNC, <strong>de</strong> modo que o<br />

mesmo é apagado do programa editado quando os motores são <strong>de</strong>sligados.<br />

G65 - GRAVAR/CARREGAR PROGRAMA EM FITA K-7 DAT (DIGITAL)<br />

Exemplo: N21 G65<br />

Os programas gerados po<strong>de</strong>m ser armazenados em fitas cassete com qualida<strong>de</strong> digital<br />

(DAT). O comando G65 torna possível a gravação <strong>de</strong> um programa, que é i<strong>de</strong>ntificado por um<br />

número que po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> 0 a 99. O mesmo programa po<strong>de</strong> ser também carregado na memória<br />

da máquina através <strong>de</strong>ste comando. A especificação <strong>de</strong>ste comando não se integra ao programa<br />

CNC, <strong>de</strong> modo que o mesmo é apagado do programa editado quando o arquivo é gravado ou<br />

carregado na memória do comando numérico.<br />

G66 - ATIVAÇÃO <strong>DE</strong> INTERFACE RS 232<br />

Exemplo: N02 G66<br />

A função G66 estabelece uma conexão com uma interface padrão RS 232. Este dispositivo<br />

permite transferir informações (dados) a um outro equipamento, também dotado <strong>de</strong> uma interface<br />

RS 232, como por exemplo leitoras <strong>de</strong> fita <strong>de</strong> papel perfurado e microcomputadores. Isto torna<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

possível a comunicação do torno CNC EMCO C5 com um microcomputador PC-AT compatível,<br />

facilitando a edição, simulação e armazenamento <strong>de</strong> programas CNC para torneamento.<br />

G78 - CICLO <strong>DE</strong> ROSCAMENTO<br />

Exemplo: N34 G78 X1816 Z-2300 K150 H10<br />

A disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pastilhas intercambiáveis para usinagem <strong>de</strong><br />

roscas e a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação tornam a fabricação <strong>de</strong> roscas em máquinas com comando<br />

numérico computadorizado uma prática tecnologicamente interessante. Escolhendo-se a<br />

ferramenta a<strong>de</strong>quada (pastilha <strong>de</strong> metal duro) é possível usinar roscas métricas (ISO) ou<br />

Whitworth (BS), por exemplo. As normas técnicas para roscas (ABNT NB-97, DIN 11, ASA B1.1,<br />

entre outras) fornecem todas as informações sobre a geometria dos filetes <strong>de</strong> rosca padronizados.<br />

Entre as informações disponíveis <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>terminar, para programação CNC, os diâmetros<br />

máximo e mínimo e o passo da rosca a ser usinada. No exemplo <strong>de</strong>seja-se usinar uma rosca<br />

métrica externa M20 x 1,5mm. Consultando a norma ISO verifica-se que o diâmetro menor é <strong>de</strong><br />

18,160mm, que é programado no en<strong>de</strong>reço X. A coor<strong>de</strong>nada Z refere-se ao comprimento da<br />

região roscada na peça torneada. O en<strong>de</strong>reço K <strong>de</strong>termina, em centésimos <strong>de</strong> milímetro, o passo<br />

da rosca (no caso, 1,5 mm ou 150 centésimos <strong>de</strong> milímetro). A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material removida<br />

da peça por passe, expressa também em centésimos <strong>de</strong> milímetro, é especificada no en<strong>de</strong>reço H.<br />

A Figura 6.3 mostra esquematicamente a usinagem da rosca especificada pelo bloco N34,<br />

mostrado como exemplo.<br />

A usinagem <strong>de</strong> roscas em torno CNC, e em especial no EMCO C5, requer alguns cuidados.<br />

Embora essas máquinas tenham seu <strong>de</strong>slocamento efetuado através <strong>de</strong> fusos <strong>de</strong> esferas, que<br />

garantem uma movimentação precisa, existem folgas (mínimas) que po<strong>de</strong>rão comprometer o<br />

acabamento da rosca usinada. Para evitar este inconveniente há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ajustar a<br />

rotação do eixo-árvore com o <strong>de</strong>slocamento do carro principal (sincronismo), <strong>de</strong> maneira que o<br />

material da peça seja removido com a periodicida<strong>de</strong> do passo <strong>de</strong> rosca <strong>de</strong>sejado. Este movimento<br />

<strong>de</strong>verá ser iniciado antes da filetagem da rosca, compensando-se assim as folgas existentes no<br />

fuso. De modo análogo a operação <strong>de</strong> roscamento não <strong>de</strong>ve terminar sobre a peça, evitando-se<br />

assim rebarbas in<strong>de</strong>sejáveis. Deve-se <strong>de</strong>stacar que, assim como os <strong>de</strong>mais ciclos <strong>de</strong><br />

torneamento, após a usinagem da rosca a ferramenta retorna ao ponto <strong>de</strong> partida, no qual iniciouse<br />

o ciclo G78.<br />

FIGURA 6.3. Rosca M20 x 1,5 mm, usinada com o ciclo <strong>de</strong> roscamento G78.<br />

G81 - CICLO <strong>DE</strong> FURAÇÃO<br />

Exemplo: N33 G00 X0 Z200<br />

N34 G81 Z-1200 F20<br />

A instrução G81 permite usinar furos, empregando-se brocas <strong>de</strong> aço rápido. Deve-se<br />

salientar que antes <strong>de</strong> se programar G81 <strong>de</strong>ve-se posicionar a ferramenta no centro <strong>de</strong> rotação da<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

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<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

peça (X0), evitando-se que a mesma se quebre por estar fora <strong>de</strong> centro. O en<strong>de</strong>reço Z <strong>de</strong>termina<br />

a profundida<strong>de</strong> do furo, em centésimos <strong>de</strong> milímetro. O avanço da broca, em mm/min ou<br />

mm/volta, é <strong>de</strong>finido por F. Como nos <strong>de</strong>mais ciclos <strong>de</strong> torneamento, após a furação a broca<br />

retorna ao ponto <strong>de</strong> partida, no qual iniciou-se o ciclo G81. A Figura 6.4 mostra<br />

esquematicamente a furação com G81, mostrado no bloco N34.<br />

G82 - CICLO <strong>DE</strong> FURAÇÃO COM TEMPO <strong>DE</strong> ESPERA<br />

Exemplo: N33 G00 X0 Z200<br />

N34 G81 Z-1200 F20<br />

A instrução G82 permite usinar furos não passantes, empregando-se brocas <strong>de</strong> aço rápido.<br />

Deve-se salientar que antes <strong>de</strong> se programar G82 <strong>de</strong>ve-se posicionar a ferramenta no centro <strong>de</strong><br />

rotação da peça (X0), evitando-se que a mesma se quebre por estar fora <strong>de</strong> centro. O en<strong>de</strong>reço Z<br />

<strong>de</strong>termina a profundida<strong>de</strong> do furo, em centésimos <strong>de</strong> milímetro. Atingida a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada<br />

a broca permanece imóvel por 0,5 segundo, melhorando o acabamento superficial. O avanço da<br />

broca, em mm/min ou mm/volta, é <strong>de</strong>finido por F. Como nos <strong>de</strong>mais ciclos <strong>de</strong> torneamento, após<br />

a furação a broca retorna ao ponto <strong>de</strong> partida, no qual iniciou-se o ciclo G82. A Figura 6.5<br />

apresenta esquematicamente o comando.<br />

G83 - CICLO <strong>DE</strong> FURAÇÃO INTERMITENTE<br />

Exemplo: N33 G00 X0 Z200<br />

N34 G81 Z-1200 F20<br />

A instrução G83 permite usinar furos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, empregando-se brocas <strong>de</strong><br />

aço rápido. Deve-se salientar que antes <strong>de</strong> se programar G83 <strong>de</strong>ve-se posicionar a ferramenta no<br />

centro <strong>de</strong> rotação da peça (X0), evitando-se que a mesma se quebre por estar fora <strong>de</strong> centro. O<br />

en<strong>de</strong>reço Z <strong>de</strong>termina a profundida<strong>de</strong> do furo, em centésimos <strong>de</strong> milímetro. O avanço da broca,<br />

em mm/min ou mm/volta, é <strong>de</strong>finido por F. A usinagem do furo é intermitente durante o ciclo, <strong>de</strong><br />

modo que a broca é posicionada para fora do furo a cada etapa <strong>de</strong> furação. No retorno o cavaco<br />

a<strong>de</strong>rido à superfície <strong>de</strong> saída da broca (helicoidal) é expelido, melhorando as condições <strong>de</strong><br />

usinagem do furo. Como nos <strong>de</strong>mais ciclos <strong>de</strong> torneamento, após a furação a broca retorna ao<br />

ponto <strong>de</strong> partida, no qual iniciou-se o ciclo G83, como mostra a Figura 6.6.<br />

FIGURA 6.4. Furação com o ciclo G81.<br />

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FIGURA 6.5. Furação com o ciclo G82.<br />

FIGURA 6.6. Furação com o ciclo G83.<br />

G84 - CICLO <strong>DE</strong> TORNEAMENTO LONGITUDINAL<br />

Exemplo: N08 G84 X1800 Z-4500 F50 H100<br />

N09 G00 X1800 Z100<br />

N10 G84 X1600 Z-2500 F50 H100<br />

A usinagem <strong>de</strong> cilindros com diâmetros escalonados em um torno CNC é bastante<br />

simplificada com a utilização do ciclo G84. Este comando substitui numerosos blocos <strong>de</strong><br />

programação com funções G00 e G01, simplificando a programação e tornando a rotina menos<br />

extensa (Figura 6.7). Neste comando as coor<strong>de</strong>nadas X e Z referem-se ao ponto extremo do<br />

cilindro usinado, F à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço da ferramenta e H a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte por passe,<br />

expressa em centésimos <strong>de</strong> milímetro. Caso H =0 não há nenhuma subdivisão <strong>de</strong> corte e o ciclo<br />

dar-se-á em uma única etapa. Deve-se <strong>de</strong>stacar que, assim como os <strong>de</strong>mais ciclos <strong>de</strong><br />

torneamento, após a finalização da usinagem a ferramenta retorna ao ponto <strong>de</strong> partida, no qual<br />

iniciou-se o ciclo G84.<br />

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FIGURA 6.7. Superfícies cilíndricas são facilmente obtidas com o ciclo <strong>de</strong> torneamento<br />

longitudinal G84.<br />

G86 - CICLO <strong>DE</strong> SANGRAMENTO RADIAL<br />

Exemplo: N10 G00 X2300 Z-4000<br />

N11 G86 X1600 Z-5000 F08 H300<br />

A usinagem <strong>de</strong> rebaixos radiais em peças torneadas é comumente feita com a utilização <strong>de</strong><br />

ferramentas especiais (bedames). Nessas ferramentas a aresta <strong>de</strong> corte é paralela ao eixo <strong>de</strong><br />

rotação da peça. O ciclo G86 consiste em diversos comandos G00 e G01. Os <strong>de</strong>slocamentos<br />

realizados pela ferramenta nas direções X e Z levam em consi<strong>de</strong>ração um ponto <strong>de</strong> referência<br />

sobre a aresta <strong>de</strong> corte, localizado no lado direito da ferramenta. A Figura 6.8 apresenta o<br />

<strong>de</strong>senho da peça obtida com o comando G86 especificado no exemplo.<br />

FIGURA 6.8. Rebaixo cilíndrico radial obtido com o ciclo <strong>de</strong> sangramento G86.<br />

G88 - CICLO <strong>DE</strong> FACEAMENTO (SUPERFÍCIE TRANSVERSAL)<br />

Exemplo: N11 G00 X600 Z50<br />

N12 G88 X2300 Z-400 F50 H50<br />

Embora muitas vezes a peça bruta a ser torneada venha com um bom acabamento nas<br />

extremida<strong>de</strong>s às vezes é necessária a sua preparação. O faceamento elimina irregularida<strong>de</strong>s na<br />

superfície <strong>de</strong> uma peça que foi cortada por serramento ou com maçarico. É imprescindível a sua<br />

realização antes da usinagem <strong>de</strong> superfícies internas, evitando-se quebras ou empenamento nas<br />

ferramentas <strong>de</strong> corte. A Figura 6.9 mostra a seguir mostra a geometria da peça obtida com a<br />

função G88 do exemplo.<br />

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FIGURA 6.9. Ciclo <strong>de</strong> faceamento G88.<br />

G90 - PROGRAMAÇÃO EM VALOR ABSOLUTO<br />

Exemplo: N02 G90<br />

Na utilização <strong>de</strong> valores X-Z absolutos todos os pontos na programação referem-se a um<br />

sistema <strong>de</strong> eixos coor<strong>de</strong>nados invariante, fixado normalmente na interseção da extremida<strong>de</strong> da<br />

peça bruta com o eixo <strong>de</strong> rotação da mesma. A fixação do ponto zero (origem) <strong>de</strong>sse sistema <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong>nadas é efetuada com a função G92. A <strong>de</strong>sativação do sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas absolutas<br />

é realizada pela função G91.<br />

G91 - PROGRAMAÇÃO EM VALOR INCREMENTAL<br />

Exemplo: N05 G91<br />

Na utilização <strong>de</strong> valores X-Z incrementais o sistema <strong>de</strong> referência utilizado na programação<br />

está fixado sobre a ferramenta, a qual se <strong>de</strong>sloca rotineiramente. O sistema <strong>de</strong> referência adotado<br />

pelo torno CNC EMCO C5, por <strong>de</strong>fault, é incremental. Po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sativado através das funções<br />

G90 ou G92. Caso haja mudança do sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas (incremental para absoluto) durante<br />

a execução do programa é necessária a especificação <strong>de</strong> um novo ponto <strong>de</strong> referência, através<br />

da função G92.<br />

G92 - ARMAZENAMENTO <strong>DE</strong> COOR<strong>DE</strong>NADAS X-Z NA MEMÓRIA<br />

Exemplo: N07 G92 X2200 Z100<br />

Esta função ativa o modo <strong>de</strong> programação em coor<strong>de</strong>nadas absolutas. Normalmente é<br />

utilizada na <strong>de</strong>finição do ponto <strong>de</strong> partida da ferramenta (PST - Point Starting Tool) ou quando<br />

houve a mudança do sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas (incremental para absoluto).<br />

G94 - VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO EM MILÍMETROS POR MINUTO [POL./MIN].<br />

Exemplo: N02 G94<br />

Esta função faz com que a máquina interprete os valores <strong>de</strong> avanço, i<strong>de</strong>ntificados pelo<br />

en<strong>de</strong>reço F, em milímetros por minuto (ou polegadas por minuto). Esta instrução é assumida<br />

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como <strong>de</strong>fault no torno CNC EMCO C5, não sendo necessária a sua inclusão no programa. A<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço po<strong>de</strong> variar entre 2 a 499 mm/min. Assim, F100 significa uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

avanço no carro principal <strong>de</strong> 100 mm/min.<br />

G95 - AVANÇO EM MILÍMETROS POR ROTAÇÃO [POL./ROT].<br />

Exemplo: N05 G95<br />

Esta função faz com que a máquina interprete os valores <strong>de</strong> avanço, i<strong>de</strong>ntificados pelo<br />

en<strong>de</strong>reço F, em milímetros por rotação (ou polegadas por rotação). A entrada <strong>de</strong> dados<br />

correspon<strong>de</strong> a milésimos <strong>de</strong> milímetro por volta. Assim, F300 significa um avanço no carro<br />

principal <strong>de</strong> 0,3 mm/rot. É importante <strong>de</strong>stacar que, empregando-se G95, o tempo <strong>de</strong> usinagem<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> especialmente da rotação do eixo-árvore. O avanço po<strong>de</strong> variar entre 2 a 499 milésimos<br />

<strong>de</strong> milímetro por rotação.<br />

FIGURA 6.10. Ábaco para <strong>de</strong>terminação da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte no torneamento.<br />

FIGURA 6.11. Ábaco para <strong>de</strong>terminação da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço no torneamento.<br />

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7. ASPECTOS TECNOLÓGICOS DA FRESADORA CNC EMCO F1<br />

A fresadora CNC EMCO F1 é apresentado na Figura 7.1(a). É equipada com um motor<br />

elétrico <strong>de</strong> corrente contínua, que proporciona uma potência nominal <strong>de</strong> 500 watts. Esta potência<br />

é transmitida à ferramenta, que po<strong>de</strong> girar em rotações que variam continuamente <strong>de</strong> 50 a 3200<br />

R.P.M., controlável por foto-acoplador conectado a um tacômetro digital.<br />

Os motores <strong>de</strong> passo que movimentam a mesa (eixos X-Y) e o cabeçote (eixo Z)<br />

possibilitam uma velocida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> 700 milímetros por minuto. O <strong>de</strong>slocamento mínimo<br />

controlado em cada eixo correspon<strong>de</strong> a 0,0138 mm. A fresadora não dispõe <strong>de</strong> um dispositivo<br />

automático para a troca <strong>de</strong> ferramentas, fazendo-se sempre que necessário a troca manual. As<br />

ferramentas rotativas, como fresas <strong>de</strong> topo cilíndricas, esféricas, cônicas ou angulares, são<br />

suportadas por porta-pinças padronizados.<br />

Na montagem vertical do cabeçote, a área <strong>de</strong> trabalho da fresadora está contida em um<br />

paralelepípedo imaginário, com 199,99 milímetros <strong>de</strong> comprimento (eixo X), 99,99 milímetros <strong>de</strong><br />

largura (eixo Y) e 199,99 milímetros <strong>de</strong> altura (eixo Z). A fixação da peça bruta à mesa da<br />

fresadora po<strong>de</strong> ser feita com uma morsa ou garras <strong>de</strong> sujeição.<br />

O comando numérico incorporado à máquina segue as especificações técnicas das normas<br />

ISSO 1056 e DIN 66025, quanto a utilização <strong>de</strong> funções lógicas <strong>de</strong> usinagem durante a sua<br />

programação. A inserção <strong>de</strong> programas na memória RAM po<strong>de</strong> ser feita pelo teclado, disponível<br />

no painel frontal da máquina (Figura 7.1(b)), pela fita cassete digital no qual a rotina está gravada<br />

ou pelo carregamento (downloading) via computador, através da interface padrão RS 232.<br />

FIGURA 7.1. (a) Vista geral da fresadora CNC EMCO F1, que na ilustração não apresenta o<br />

monitor <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o. (b) Painel frontal da fresadora CNC EMCO F1.<br />

8. PROGRAMAÇÃO NA FRESADORA CNC EMCO F1<br />

8.1. INSTRUÇÕES AUXILIARES DA MÁQUINA - FUNÇÕES M<br />

As funções M permitem ajustar a máquina ao modo <strong>de</strong> operação CNC, como já foi<br />

discutido no item torneamento. As funções que foram apresentadas no torneamento têm o mesmo<br />

significado lógico quando utilizadas no fresamento, a menos <strong>de</strong> pequenas modificações em sua<br />

sintaxe. Isso ocorre em função da fresadora possuir um sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas tridimensional. A<br />

Tabela 8.1 apresenta exemplos das instruções M empregadas no fresamento CNC.<br />

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TABELA 8.1. Funções M empregadas na programação <strong>de</strong> fresadoras CNC EMCO F1.<br />

FUNÇÃO <strong>DE</strong>SCRIÇÃO EXEMPLO <strong>DE</strong> BLOCO<br />

M00 Parada programada. N07 M00<br />

M03 Rotação do eixo-árvore no sentido horário. N00 M 03<br />

M05 Parada do eixo-árvore. N11 M05<br />

M06 Troca <strong>de</strong> ferramenta (manual). N34 M06 D500 S1200 H457 T02<br />

M17 Final <strong>de</strong> sub-programa. N24 M17<br />

M30 Final <strong>de</strong> programa. N32 M30<br />

M99 Parâmetros <strong>de</strong> circularida<strong>de</strong>. N54 M99 I2400 J340 K0<br />

8.2. INSTRUÇÕES PARA USINAGEM <strong>DE</strong> SUPERFÍCIES - FUNÇÕES G<br />

De maneira análoga às funções <strong>de</strong> programação auxiliar (M functions), vistas<br />

anteriormente, as funções G usadas no fresamento estão vinculadas à movimentação das<br />

ferramentas e peças e apresentam o mesmo significado lógico que aquelas apresentadas no<br />

torneamento. As instruções G utilizadas para a programação da fresadora CNC EMCO F1 serão<br />

apresentadas a seguir (Tabela 8.2).<br />

G00 - <strong>DE</strong>SLOCAMENTO RÁPIDO DA FERRAMENTA<br />

Exemplo: N11 G00 X1200 Y-340 Z-580<br />

Nesta função o movimento da ferramenta ocorre com a máxima velocida<strong>de</strong> disponível (no<br />

caso da fresadora EMCO F1, 700 mm/min aproximadamente). Deve-se <strong>de</strong>stacar que o controle<br />

numérico <strong>de</strong>ssa máquina não admite <strong>de</strong>slocamentos em 3 coor<strong>de</strong>nadas simultaneamente entre<br />

um bloco e outro.<br />

TABELA 8.2. Funções G empregadas na programação da fresadora CNC EMCO F1.<br />

FUNÇÃO <strong>DE</strong>SCRIÇÃO<br />

G00 Deslocamento rápido da ferramenta.<br />

G01 Movimento <strong>de</strong> corte seguindo interpolação linear.<br />

G02 Movimento <strong>de</strong> corte seguindo interpolação circular – sentido horário.<br />

G03 Movimento <strong>de</strong> corte seguindo interpolação circular – sentido anti-horário.<br />

G04 Tempo <strong>de</strong> espera.<br />

G25 Chamada <strong>de</strong> sub-programa.<br />

G64 Motores <strong>de</strong> passo <strong>de</strong>sativados.<br />

G65 Gravar/carregar programa em fita K-7 DAT (digital)<br />

G66 Ativação <strong>de</strong> interface R 232.<br />

G78 Ciclo <strong>de</strong> roscamento.<br />

G81 Ciclo <strong>de</strong> furação.<br />

G82 Ciclo <strong>de</strong> furação com tempo <strong>de</strong> espera (0,5 segundo).<br />

G83 Ciclo <strong>de</strong> furação intermitente.<br />

G84 Ciclo <strong>de</strong> torneamento longitudinal.<br />

G86 Ciclo <strong>de</strong> sangramento radial.<br />

G88 Ciclo <strong>de</strong> faceamento (superfície transversal).<br />

G90 Programação em valor absoluto.<br />

G91 Programação em valor incremental.<br />

G92 Armazenamento em coor<strong>de</strong>nadas X-Z na memória.<br />

G94 Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço em milímetros por minuto [pol./min]<br />

G95 Avanço em milímetros por rotação [pol/rotação]<br />

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G01 - MOVIMENTO <strong>DE</strong> CORTE SEGUINDO INTERPOLAÇÃO LINEAR<br />

Exemplo: N13 G01 X2100 Y2300 Z-4560 F50<br />

A função G01 promove o movimento da ferramenta em uma trajetória linear, cujo ponto<br />

final é <strong>de</strong>finido pelas coor<strong>de</strong>nadas X, Y e Z especificadas, que po<strong>de</strong>m ser valores absolutos ou<br />

incrementais. Deve-se <strong>de</strong>stacar que o controle numérico <strong>de</strong>ssa máquina não admite<br />

<strong>de</strong>slocamentos em 3 coor<strong>de</strong>nadas simultaneamente entre um bloco e outro.<br />

G02 - MOVIMENTO <strong>DE</strong> CORTE SEGUINDO INTERPOLAÇÃO CIRCULAR - SENTIDO<br />

HORÁRIO<br />

G03 - MOVIMENTO <strong>DE</strong> CORTE SEGUINDO INTERPOLAÇÃO CIRCULAR - SENTIDO ANTI-<br />

HORÁRIO<br />

Exemplo: N13 G02 X1700 Y-450 Z-800 F50<br />

N14 M99 I1400 J2300 K00<br />

A fresadora CNC EMCO F1 é capaz <strong>de</strong> usinar arcos <strong>de</strong> circunferência <strong>de</strong> variados ângulos,<br />

cujo ponto final correspon<strong>de</strong> às coor<strong>de</strong>nadas XYZ registradas. Entre os pontos inicial e final do<br />

arco projetado são possíveis infinitas curvaturas, tornando necessário especificar qual é o centro<br />

<strong>de</strong> curvatura do arco <strong>de</strong>sejado através do comando M99 (inserido imediatamente ao bloco<br />

seguinte no qual foi <strong>de</strong>finido G02/G03). Deve-se <strong>de</strong>stacar que o controle numérico <strong>de</strong>ssa máquina<br />

não admite <strong>de</strong>slocamentos em 3 coor<strong>de</strong>nadas simultaneamente entre um bloco e outro. As regras<br />

para a utilização das funções G02/G03 no fresamento são semelhantes às apresentadas no<br />

torneamento, assim como aquelas expressas para <strong>de</strong>terminação dos parâmetros <strong>de</strong> circularida<strong>de</strong><br />

I-J-K.<br />

G04 - TEMPO <strong>DE</strong> ESPERA<br />

Exemplo: N12 G04 X200<br />

A função G04 permite a interrupção temporária do programa CNC ativado.<br />

G25 - CHAMADA <strong>DE</strong> SUB-PROGRAMA<br />

Exemplo: N43 G25 L57<br />

A edição <strong>de</strong> um (ou vários) sub-programa é realizada após o programa principal, iniciandose<br />

após o bloco programado com a função M30. No exemplo citado o sub-programa ativado é<br />

aquele que começa no bloco <strong>de</strong>finido pelo en<strong>de</strong>reço L (LABEL), no caso aquele que é iniciado no<br />

bloco (linha) N57. A partir <strong>de</strong> então a sub-rotina é executada, retornando-se ao programa principal<br />

com a programação da função M17.<br />

G64 - MOTORES <strong>DE</strong> PASSO <strong>DE</strong>SATIVADOS<br />

Exemplo: N11 G64<br />

Os motores <strong>de</strong> passo são os dispositivos responsáveis pelo <strong>de</strong>slocamento da mesa e do<br />

cabeçote no qual está montada a ferramenta da fresadora. Em ativida<strong>de</strong>s como a edição e<br />

simulação lógica <strong>de</strong> programação os motores <strong>de</strong> passo po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>sativados, sem que haja<br />

qualquer conseqüência na compilação do programa.<br />

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G65 - GRAVAR/CARREGAR PROGRAMA EM FITA K-7 DAT (DIGITAL)<br />

Exemplo: N21 G65<br />

Os programas gerados po<strong>de</strong>m ser armazenados em fitas cassete com qualida<strong>de</strong> digital<br />

(DAT). O comando G65 torna possível a gravação <strong>de</strong> um programa, que é i<strong>de</strong>ntificado por um<br />

número que po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> 0 a 99. O mesmo programa po<strong>de</strong> ser também carregado na memória<br />

da máquina através <strong>de</strong>ste comando.<br />

G66 - ATIVAÇÃO <strong>DE</strong> INTERFACE RS 232<br />

Exemplo: N02 G66<br />

A função G66 estabelece uma conexão com uma interface padrão RS 232. Este dispositivo<br />

permite transferir informações (dados) a um outro equipamento, também dotado <strong>de</strong> uma interface<br />

RS 232, como por exemplo leitoras <strong>de</strong> fita <strong>de</strong> papel perfurado e microcomputadores. Isto torna<br />

possível a comunicação da fresadora CNC EMCO F1 com um microcomputador PC-AT<br />

compatível, facilitando a edição, simulação e armazenamento <strong>de</strong> programas CNC para<br />

fresamento.<br />

G72 - CICLO PARA USINAGEM <strong>DE</strong> CAVIDA<strong>DE</strong>S REGULARES EM BAIXO RELEVO<br />

Exemplo: N34 G72 X3000 Y2300 Z-230 F30<br />

A usinagem <strong>de</strong> cavida<strong>de</strong>s regulares (bolsões) em baixo relevo é uma operação rotineira em<br />

fresamento <strong>de</strong> metais. A função G72 compreen<strong>de</strong> diversos comandos G01, que movimentando a<br />

ferramenta em “zig-zag” redundam na usinagem <strong>de</strong> rebaixos quadrados e retangulares <strong>de</strong><br />

variados tamanhos. Este movimento exige a <strong>de</strong>finição prévia das características geométricas da<br />

ferramenta, explicitadas na função M06. O comando G72 po<strong>de</strong> ser programado tanto no modo<br />

absoluto como no incremental, verificando-se alguns <strong>de</strong>talhes que são mostrados no <strong>de</strong>senho da<br />

Figura 8.1:<br />

(a) modo incremental: posiciona-se a ferramenta para a usinagem da cavida<strong>de</strong>. As<br />

coor<strong>de</strong>nadas X-Y-Z inseridas em G72 são as dimensões do bolsão mostrado no <strong>de</strong>senho, no<br />

caso:<br />

N34 G72 X2000 Y2500 Z-500 F30<br />

(b) modo absoluto: posiciona-se a ferramenta para a usinagem da cavida<strong>de</strong>. As<br />

coor<strong>de</strong>nadas X-Y-Z inseridas em G72 são as dimensões do bolsão mostrado no <strong>de</strong>senho<br />

acrescidas do valor das coor<strong>de</strong>nadas X-Y-Z do início do ciclo, no caso:<br />

N33 G00 X1900 Y1500 Z100<br />

N34 G72 X3900 Y4000 Z-500 F30<br />

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FIGURA 8.1. Usinagem <strong>de</strong> cavida<strong>de</strong> regular com função G72 na fresadora CNC EMCO F1.<br />

G81 - CICLO <strong>DE</strong> FURAÇÃO<br />

Exemplo: N33 G81 X2300 Y1400 Z-700 F30<br />

Esta função é usada em furação não profunda, nos materiais que formam cavaco<br />

<strong>de</strong>scontínuo.<br />

G82 - CICLO <strong>DE</strong> FURAÇÃO COM TEMPO <strong>DE</strong> ESPERA<br />

Exemplo: N33 G82 X2300 Y1400 Z-700 F30<br />

A instrução G82 faz com que a broca, atingida a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada, permaneça imóvel<br />

por 0,5 segundo. Isto melhora o acabamento superficial na extremida<strong>de</strong> do furo. Como nos<br />

<strong>de</strong>mais ciclos <strong>de</strong> fresamento, após a furação a broca retorna ao ponto <strong>de</strong> partida, no qual iniciouse<br />

o ciclo G82.<br />

G83 - CICLO <strong>DE</strong> FURAÇÃO INTERMITENTE<br />

Exemplo: N33 G83 X2300 Y1400 Z-700 F30<br />

A instrução G83 permite usinar furos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, empregando-se brocas <strong>de</strong><br />

aço rápido. A usinagem do furo é intermitente durante o ciclo, <strong>de</strong> modo que a broca é posicionada<br />

para fora do furo a cada etapa <strong>de</strong> furação. No retorno o cavaco a<strong>de</strong>rido à superfície <strong>de</strong> saída da<br />

broca (helicoidal) é expelido, melhorando as condições <strong>de</strong> usinagem do furo. Como nos <strong>de</strong>mais<br />

ciclos <strong>de</strong> usinagem após a furação a broca retorna ao ponto <strong>de</strong> partida, no qual iniciou-se o ciclo<br />

G83.<br />

G90 - PROGRAMAÇÃO EM VALOR ABSOLUTO<br />

Exemplo: N02 G90<br />

Na utilização <strong>de</strong> valores X-Y-Z absolutos todos os pontos na programação referem-se a um<br />

sistema <strong>de</strong> eixos coor<strong>de</strong>nados invariante, fixado normalmente numa das extremida<strong>de</strong>s da peça<br />

bruta mas <strong>de</strong> livre escolha pelo programador. A fixação do ponto zero (origem) <strong>de</strong>sse sistema <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong>nadas é efetuada com a função G92. A <strong>de</strong>sativação do sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas absolutas<br />

é realizada pela função G91.<br />

G91 - PROGRAMAÇÃO EM VALOR INCREMENTAL<br />

Exemplo: N05 G91<br />

Na utilização <strong>de</strong> valores X-Y-Z incrementais o sistema <strong>de</strong> referência utilizado na<br />

programação está fixado sobre a ferramenta, a qual se <strong>de</strong>sloca rotineiramente. O sistema <strong>de</strong><br />

referência adotado pela fresadora CNC EMCO F1, por <strong>de</strong>fault, é incremental. Po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sativado<br />

através das funções G90 ou G92. Caso haja mudança do sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas (incremental<br />

para absoluto) durante a execução do programa é necessária a especificação <strong>de</strong> um novo ponto<br />

<strong>de</strong> referência, através da função G92.<br />

G92 - ARMAZENAMENTO <strong>DE</strong> COOR<strong>DE</strong>NADAS X-Y-Z NA MEMÓRIA<br />

Exemplo: N07 G92 X2200 Y1400 Z100<br />

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Esta função ativa o modo <strong>de</strong> programação em coor<strong>de</strong>nadas absolutas. Normalmente é<br />

utilizada na <strong>de</strong>finição do ponto <strong>de</strong> partida da ferramenta (PST - Point Starting Tool) ou quando<br />

houve a mudança do sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas (incremental para absoluto).<br />

G94 - VELOCIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> AVANÇO EM MILÍMETROS POR MINUTO [POL./MIN].<br />

Exemplo: N02 G94<br />

Esta função faz com que a máquina interprete os valores <strong>de</strong> avanço, i<strong>de</strong>ntificados pelo<br />

en<strong>de</strong>reço F, em milímetros por minuto (ou polegadas por minuto). Esta instrução é assumida<br />

como <strong>de</strong>fault na fresadora CNC EMCO F1, não sendo necessária a sua inclusão no programa.<br />

G95 - AVANÇO EM MILÍMETROS POR ROTAÇÃO [POL./ROT].<br />

Exemplo: N05 G95<br />

Esta função faz com que a máquina interprete os valores <strong>de</strong> avanço, i<strong>de</strong>ntificados pelo<br />

en<strong>de</strong>reço F, em milímetros por rotação (ou polegadas por rotação). A entrada <strong>de</strong> dados<br />

correspon<strong>de</strong> a milésimos <strong>de</strong> milímetro por volta.<br />

FIGURA 8.2. Dados tecnológicos para velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avanço no fresamento (a) e furação (b).<br />

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FIGURA 8.3. Ábaco para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> rotações por minuto da ferramenta em função da<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> uma ferramenta com diâmetro d.<br />

9. PREPARAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E USINAGEM NAS MÁQUINAS CNC EMCO<br />

Após a preparação do programa CNC para a usinagem das peças, baseado no <strong>de</strong>senho da<br />

mesma, é necessário introduzir esta rotina na memória da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento. Isto po<strong>de</strong><br />

ser feito através do teclado situado no painel frontal da máquina ou pelo carregamento<br />

(downloading) via cabo, utilizando a interface RS 232 (função G66 ativa). Os programas <strong>de</strong> edição<br />

instalados em microcomputador normalmente dispõem <strong>de</strong> recursos para simulação gráfica do<br />

programa elaborado, tornando seu uso mais seguro e com menor possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> erro.<br />

Instalado o programa CNC na memória da máquina é necessário realizar o<br />

referenciamento das ferramentas que serão utilizadas na fabricação da peça. Este procedimento<br />

permite <strong>de</strong>terminar as diferenças geométricas entre as mesmas, como po<strong>de</strong>-se constatar pelo<br />

elenco <strong>de</strong> ferramentas disponíveis. No torno CNC EMCO C5 utiliza-se um dispositivo óptico,<br />

<strong>de</strong>nominado luneta, para a <strong>de</strong>terminação das coor<strong>de</strong>nadas X-Z do ponto <strong>de</strong> referência da<br />

ferramenta. Essas coor<strong>de</strong>nadas são relativas a uma ferramenta padrão, normalmente aquela com<br />

a qual a usinagem é inicializada. As coor<strong>de</strong>nadas X-Z são inseridas no comando <strong>de</strong> troca da<br />

ferramenta (M06), que realizará a compensação lógica das diferenças geométricas.<br />

No fresamento as diferenças no diâmetro e no comprimento das ferramentas <strong>de</strong>vem ser<br />

<strong>de</strong>terminadas. O procedimento mais simples e usual para essa finalida<strong>de</strong> é o tangenciamento.<br />

Nesse caso a ferramenta padrão risca a peça, <strong>de</strong>finindo-se assim a “cota zero” da espessura da<br />

peça bruta (normalmente vinculada ao eixo Z, caso o cabeçote esteja montado na posição<br />

vertical). As diferenças no comprimento das <strong>de</strong>mais brocas ou fresas a serem empregadas são<br />

obtidas <strong>de</strong> maneira análoga. Os resultados conseguidos são inseridos no comando <strong>de</strong> troca<br />

(M06), juntamente com os respectivos raios.<br />

Após o referenciamento das ferramentas <strong>de</strong>termina-se o ponto zero da peça bruta,<br />

correspon<strong>de</strong>nte à origem do sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas X-Z (torno) e X-Y-Z (fresadora). Com a<br />

ferramenta padrão em posição para <strong>de</strong>sbaste, movimenta-se manualmente o carro principal <strong>de</strong><br />

modo que a aresta <strong>de</strong> corte risca a superfície cilíndrica da peça bruta. Este procedimento<br />

<strong>de</strong>termina a coor<strong>de</strong>nada X, conhecendo-se o diâmetro da peça bruta, como mostra a Figura<br />

9.1(a). Deslocando-se novamente a ferramenta consegue-se tocar a aresta <strong>de</strong> corte na<br />

extremida<strong>de</strong> faceada da peça bruta, obtendo-se então a coor<strong>de</strong>nada Z (Figura 9.1(b)) Os valores<br />

medidos <strong>de</strong>ssas coor<strong>de</strong>nadas <strong>de</strong>vem ser inseridos na memória da máquina.<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

27


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

FIGURA 9.1. Processo para referenciamento da peça bruta no torno CNC EMCO C5, utilizando a<br />

ferramenta corte lateral direito: (a) no eixo X; (b) no eixo Z.<br />

O procedimento na fresadora para a obtenção da origem do sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas X-Y-Z<br />

na peça a ser usinada é bem semelhante ao torno. Para facilitar a observação do momento no<br />

qual a ferramenta toca a superfície da peça bruta são colocados, com pequena a<strong>de</strong>rência,<br />

pedaços <strong>de</strong> papel ou folha <strong>de</strong> alumínio sobre as superfícies a serem referenciadas. Feita esta<br />

preparação a ferramenta padrão é <strong>de</strong>slocada manualmente sobre o eixo X, até que o papel<br />

colado sobre o plano Y-Z seja <strong>de</strong>slocado. Marca-se a coor<strong>de</strong>nada indicada no monitor do<br />

equipamento. Descontando-se o raio da ferramenta, obtém-se assim a coor<strong>de</strong>nada X (Figura 9.2).<br />

De maneira análoga sobre o plano X-Z obtém-se a coor<strong>de</strong>nada Y do ponto zero da peça e sobre o<br />

plano X-Y a coor<strong>de</strong>nada Z. Deve-se enfatizar que a coor<strong>de</strong>nada Z é obtida diretamente, caso o<br />

cabeçote esteja montado na posição vertical. Os valores <strong>de</strong>ssas coor<strong>de</strong>nadas <strong>de</strong>verão ser<br />

inseridos na memória do comando numérico.<br />

FIGURA 9.2. Processo para referenciamento da peça bruta na fresadora CNC EMCO F1, através<br />

do tangenciamento da ferramenta <strong>de</strong> corte nos planos ortogonais formados pelos eixos X-Y-Z.<br />

10. EXERCÍCIOS <strong>DE</strong> PROGRAMAÇÃO CNC - TORNEAMENTO<br />

EXERCÍCIO 1: Determine as coor<strong>de</strong>nadas dos pontos mostrados na figura. Empregue os<br />

sistemas absoluto e incremental para referenciamento. Consi<strong>de</strong>re que cada divisão correspon<strong>de</strong> a<br />

1 milímetro.<br />

OBJETIVO: Utilização dos sistemas <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas absolutas e incrementais no torneamento.<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

28


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

SISTEMA ABSOLUTO SISTEMA INCREMENTAL<br />

Ponto X Y Ponto X Y<br />

1 1<br />

2 2<br />

3 3<br />

4 4<br />

EXERCÍCIO 2: Determine as coor<strong>de</strong>nadas dos pontos mostrados na figura. Empregue os<br />

sistemas absoluto e incremental para referenciamento. Consi<strong>de</strong>re que cada divisão correspon<strong>de</strong> a<br />

1 milímetro.<br />

OBJETIVO: Utilização dos sistemas <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas absolutas e incrementais no fresamento.<br />

SISTEMA ABSOLUTO SISTEMA INCREMENTAL<br />

Ponto X Y Z Ponto X Y Z<br />

1<br />

2<br />

3<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

29


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

EXERCÍCIO 3: Elabore um programa CNC para o torneamento da peça <strong>de</strong>senhada.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00 e G01.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

Z<br />

(K)<br />

F<br />

(T)(L)(K)<br />

EXERCÍCIO 4: Elabore um programa CNC para o torneamento da peça <strong>de</strong>senhada. A ferramenta<br />

T01 está posicionada inicialmente (PST) no mesmo diâmetro da peça bruta, afastada 1 mm da<br />

extremida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>re a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte máxima, por passe, em 1 mm.<br />

H<br />

30


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

OBJETIVO: Utilização da função G84.<br />

N<br />

ANOTAÇÕES:<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

Z<br />

(K)<br />

F<br />

(T)(L)(K)<br />

EXERCÍCIO 5: Elabore um programa CNC para o torneamento da peça <strong>de</strong>senhada. A ferramenta<br />

T01 está posicionada inicialmente (PST) no mesmo diâmetro da peça bruta, afastada 1 mm da<br />

extremida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>re a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte máxima, por passe, em 2 mm.<br />

H<br />

31


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01/G84.<br />

N<br />

ANOTAÇÕES:<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

Z<br />

(K)<br />

F<br />

(T)(L)(K)<br />

H<br />

32


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

EXERCÍCIO 6: Elabore um programa CNC para o torneamento da peça <strong>de</strong>senhada. A ferramenta<br />

T01 está posicionada inicialmente (PST) no mesmo diâmetro da peça bruta, afastada 1 mm da<br />

extremida<strong>de</strong>.<br />

OBJETIVO: Utilização das função G03<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

Z<br />

(K)<br />

F<br />

(T)(L)(K)<br />

EXERCÍCIO 7: Elabore um programa CNC para o torneamento da peça <strong>de</strong>senhada. A ferramenta<br />

T03 (neutra) está posicionada inicialmente (PST) no mesmo diâmetro da peça bruta, afastada 1<br />

mm da extremida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>re a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte máxima, por passe, em 2 mm.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01/G02.<br />

H<br />

33


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

Z<br />

(K)<br />

F<br />

(T)(L)(K)<br />

EXERCÍCIO 8: Elabore um programa CNC para o torneamento da peça <strong>de</strong>senhada. A ferramenta<br />

T01 está posicionada inicialmente (PST) no mesmo diâmetro da peça bruta, afastada 1 mm da<br />

extremida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>re a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte máxima, por passe, em 2 mm.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01/G02/G84.<br />

ANOTAÇÕES:<br />

H<br />

34


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

Z<br />

(K)<br />

F<br />

(T)(L)(K)<br />

EXERCÍCIO 9: Elabore um programa CNC para o torneamento da peça <strong>de</strong>senhada. A ferramenta<br />

T01 está posicionada inicialmente (PST) no mesmo diâmetro da peça bruta, afastada 1 mm da<br />

extremida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>re a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte máxima, por passe, em 2 mm.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01/G03/G84.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I)<br />

Z<br />

(K)<br />

F<br />

(T)(L)(K)<br />

H<br />

H<br />

35


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

EXERCÍCIO 10: Elabore um programa CNC para o torneamento da peça <strong>de</strong>senhada. A<br />

ferramenta T03 (neutra) está posicionada inicialmente (PST) no mesmo diâmetro da peça bruta,<br />

afastada 1 mm da extremida<strong>de</strong>.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01/G25.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

Z<br />

(K)<br />

F<br />

(T)(L)(K)<br />

H<br />

36


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 11: Elabore um programa CNC para o torneamento da peça <strong>de</strong>senhada. Com a<br />

ferramenta T05 (bedame <strong>de</strong> 3mm) usine o rebaixo, sendo a rosca M20 x 1,5mm preparada com a<br />

ferramenta T04. Consi<strong>de</strong>re um ponto <strong>de</strong> troca da ferramenta suficientemente afastado para evitar<br />

choque e que o PST do bedame esteja afastado 1mm no raio e 10mm da extremida<strong>de</strong>.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G78/G86/M06.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

Z<br />

(K)<br />

F<br />

(T)(L)(K)<br />

H<br />

37


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 12: Elabore um programa CNC para o torneamento da peça <strong>de</strong>senhada. A<br />

ferramenta T 01 está posicionada inicialmente (PST) no mesmo diâmetro da peça bruta (22mm),<br />

afastada 1 mm da extremida<strong>de</strong>. O bedame (T 05) disponível tem largura <strong>de</strong> 3mm. Consi<strong>de</strong>re a<br />

profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte máxima, por passe, em 2 mm e que o ponto <strong>de</strong> troca das ferramentas seja<br />

suficientemente afastado para evitar choque.<br />

OBJETIVO: Utilização <strong>de</strong> funções G e ferramentas diversas.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

Z<br />

(K)<br />

F<br />

(T)(L)(K)<br />

H<br />

38


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

11. EXERCÍCIOS <strong>DE</strong> PROGRAMAÇÃO CNC – FRESAMENTO<br />

EXERCÍCIO 1: Elabore um programa CNC para o fresamento da peça <strong>de</strong>senhada. A fresa<br />

cilíndrica <strong>de</strong> topo usada no cabeçote vertical tem diâmetro <strong>de</strong> 10mm e está posicionada<br />

inicialmente (PST) * como indicado na figura. * NOTA - nos <strong>de</strong>mais exercícios, sempre que for<br />

citada a sigla PST está implícita esta mesma posição.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I) (D)<br />

Y<br />

(J) (S)<br />

Z<br />

(L) (K)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

F<br />

(T)<br />

39


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 2: Elabore um programa CNC para o fresamento da peça <strong>de</strong>senhada. A fresa<br />

cilíndrica <strong>de</strong> topo usada no cabeçote vertical tem diâmetro <strong>de</strong> 10mm e está posicionada<br />

inicialmente em PST.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I) (D)<br />

Y<br />

(J) (S)<br />

Z<br />

(L) (K)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

F<br />

(T)<br />

40


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 3: Elabore um programa CNC para o fresamento da peça <strong>de</strong>senhada. A fresa<br />

cilíndrica <strong>de</strong> topo usada no cabeçote vertical tem diâmetro <strong>de</strong> 8 mm e está posicionada<br />

inicialmente em PST.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I) (D)<br />

Y<br />

(J) (S)<br />

Z<br />

(L) (K)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

F<br />

(T)<br />

41


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 4: Elabore um programa CNC para o fresamento da peça <strong>de</strong>senhada. A fresa<br />

cilíndrica <strong>de</strong> topo usada no cabeçote vertical tem diâmetro <strong>de</strong> 10 mm e está posicionada<br />

inicialmente em PST.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01/G02.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I) (D)<br />

Y<br />

(J) (S)<br />

Z<br />

(L) (K)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

F<br />

(T)<br />

42


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 5: Elabore um programa CNC para o fresamento da peça <strong>de</strong>senhada. A fresa<br />

cilíndrica <strong>de</strong> topo usada no cabeçote vertical tem diâmetro <strong>de</strong> 10 mm e está posicionada<br />

inicialmente em PST.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01/G03.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I) (D)<br />

Y<br />

(J) (S)<br />

Z<br />

(L) (K)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

F<br />

(T)<br />

43


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 6: Elabore um programa CNC para o fresamento da peça <strong>de</strong>senhada. A fresa<br />

cilíndrica <strong>de</strong> topo usada no cabeçote vertical tem diâmetro <strong>de</strong> 8 mm e está posicionada<br />

inicialmente em PST. Consi<strong>de</strong>re a ranhura com profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 4 mm.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01/G02/G03.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I) (D)<br />

Y<br />

(J) (S)<br />

Z<br />

(L) (K)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

F<br />

(T)<br />

44


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 7: Elabore um programa CNC para o fresamento da peça <strong>de</strong>senhada. A fresa<br />

cilíndrica <strong>de</strong> topo usada no cabeçote vertical tem diâmetro <strong>de</strong> 6 mm e está posicionada<br />

inicialmente em PST. Consi<strong>de</strong>re o fresamento em 3 passes na profundida<strong>de</strong>, totalizando 9 mm.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G01/G25.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I) (D)<br />

Y<br />

(J) (S)<br />

Z<br />

(L) (K)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

F<br />

(T)<br />

45


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 8: Elabore um programa CNC para o fresamento da peça <strong>de</strong>senhada. A fresa<br />

cilíndrica <strong>de</strong> topo usada no cabeçote vertical tem diâmetro <strong>de</strong> 8 mm e está posicionada<br />

inicialmente em PST. Consi<strong>de</strong>re a ranhura com profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 4 mm, usinada em um único<br />

passe.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G72.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I) (D)<br />

Y<br />

(J) (S)<br />

Z<br />

(L) (K)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

F<br />

(T)<br />

46


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 9: Elabore um programa CNC para o fresamento da peça <strong>de</strong>senhada. A broca usada<br />

no cabeçote vertical tem diâmetro <strong>de</strong> 10 mm e está posicionada inicialmente em PST.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G81/G82/G83.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I) (D)<br />

Y<br />

(J) (S)<br />

Z<br />

(L) (K)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

F<br />

(T)<br />

47


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

EXERCÍCIO 10: Elabore um programa CNC para o fresamento da peça <strong>de</strong>senhada. A fresa<br />

cilíndrica <strong>de</strong> topo usada no cabeçote vertical tem diâmetro <strong>de</strong> 5 mm e está posicionada<br />

inicialmente em PST. A broca necessária para usinagem dos furos cegos é <strong>de</strong> 8 mm.<br />

OBJETIVO: Utilização das funções G00/G72/G83/M06.<br />

N<br />

G<br />

(M)<br />

X<br />

(I) (D)<br />

Y<br />

(J) (S)<br />

Z<br />

(L) (K)<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

F<br />

(T)<br />

48


<strong>Curso</strong> <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>Numérico</strong> <strong>Computadorizado</strong><br />

ANOTAÇÕES:<br />

12. BIBLIOGRAFIA BÁSICA<br />

• FERRARESI, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais. Editora Edgard Blücher, São<br />

Paulo, 751p., 1970.<br />

• BOOTHROYD, G. Fundamentals of Metal Machining and Machine Tools. McGraw-Hill<br />

International Book Co., Auckland, 350p., 1981.<br />

• MACHADO, A. Comando <strong>Numérico</strong> Aplicado à Máquinas-Ferramenta. Ícone Editora, 3 a.<br />

ed., 461p., 1989.<br />

• TRAUBMATIC. Comando <strong>Numérico</strong> CNC: Torneamento: Programação e Operação. Editora<br />

Pedagógica e Universitária, 246p., 1985.<br />

• TRAUBMATIC. Comando <strong>Numérico</strong> CNC: Técnica Operacional: Fresagem. Editora<br />

Pedagógica e Universitária, 246p., 1985.<br />

• EMCO. Manual <strong>de</strong> Programação e Operação do Torno CNC Compact 5. Editado por Emco<br />

Maier & Co., Austria (versão em espanhol).<br />

• EMCO. Manual <strong>de</strong> Programação e Operação da Fresadora CNC F1. Editado por Emco<br />

Maier & Co., Austria (versão em espanhol).<br />

• HURTH-INFER. Ferramentas <strong>de</strong> Corte: Catálogo Geral, 64p.<br />

13. BIOGRAFIA DO MINISTRANTE<br />

Graduando em Engenharia Mecânica na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Ilha Solteira -<br />

UNESP.<br />

<strong>XXIV</strong> <strong>SEMANA</strong> <strong>DE</strong> ENGENHARIA MECÂNICA – unesp – Ilha Solteira – 25/08 a 30/08/2003<br />

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