11.04.2013 Views

T - DENIPOTI, CLAUDIO.pdf - Universidade Federal do Paraná

T - DENIPOTI, CLAUDIO.pdf - Universidade Federal do Paraná

T - DENIPOTI, CLAUDIO.pdf - Universidade Federal do Paraná

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

erva-mate pela madeira como carro chefe, e "o merca<strong>do</strong> de livros e periódicos<br />

[tornava-se] mais ativo e exigente". 93<br />

Os livros à disposição <strong>do</strong>s leitores/clientes eram geralmente classifica<strong>do</strong>s em<br />

literários e científicos pelos comentaristas da imprensa periódica ou nas propagandas<br />

das próprias livrarias. Estes últimos podiam ser de direito, medicina ou engenharia.<br />

No mais das vezes incluía-se nesse rol, livros didáticos, como os de física, química ou<br />

geometria, e também os livros de filosofia e de história. Aqueles primeiros diziam<br />

respeito a clássicos da literatura mundial, obras de autores reconheci<strong>do</strong>s, clássicos<br />

nacionais e obras de principiantes que se lançavam às letras - estes quase sempre<br />

locais. Em menor quantidade na Pêndula Meridional e suas concorrentes <strong>do</strong> final <strong>do</strong><br />

século XIX, abundantes na Econômica, Polaca e Mundial, os livros vinham com<br />

regularidade abastecer o merca<strong>do</strong> paranaense, já que essas livrarias mantinham filiais<br />

em outras cidades <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Oriun<strong>do</strong>s tanto das tipografias dessas casas comerciais<br />

quanto das grandes editoras nacionais, como a Garnier carioca, e de além mar, como<br />

a Lello & Irmãos, de Portugal, eles eram consumi<strong>do</strong>s por uma crescente quantidade<br />

de leitores, em particular aqueles intelectuais que buscavam reconhecimento literário<br />

para seus próprios trabalhos, estudantes e professores <strong>do</strong> Ginásio, da Escola Normal<br />

e, a partir de 1913, da <strong>Universidade</strong>, e o comum <strong>do</strong>s mortais, que comprava livros<br />

para seu deleite ou uso pessoal. Os livreiros, sensíveis a essa demanda, esmeravam-se<br />

por oferecer variedade e atualidade, em ambientes atraentes, centrais e disciplina<strong>do</strong>s e<br />

a "preços módicos", uma média de 5$000 rs o volume no perío<strong>do</strong> 1901-1920, sen<strong>do</strong><br />

possível encontrar-se, durante esses anos, uma boa quantidade de livros por preços<br />

93 CARNEIRO, As artes gráficas em Curitiba, p. 26.<br />

72

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!