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T - DENIPOTI, CLAUDIO.pdf - Universidade Federal do Paraná

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essalta a necessidade de um raciocínio capaz de entender a dinâmica da circularidade<br />

de forma menos estanque" 44<br />

Apesar das diferenças que possam caracterizar um ou outro autor, uma ou<br />

outra abordagem da história da cultura, o campo da história da leitura situa-se de<br />

forma privilegiada nesse debate. As preocupações com a leitura no passa<strong>do</strong> têm<br />

proporciona<strong>do</strong> uma rica produção por parte de historia<strong>do</strong>res de filiações não tão<br />

diversas quanto suas próprias vontades, pois embora possam partir de pressupostos<br />

diferentes, o meio no qual atuam é o da circulação cultural através <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> das<br />

formas de leitura no passa<strong>do</strong>.<br />

Não obstante a peremptória afirmação <strong>do</strong> início deste texto sobre a<br />

preocupação com a história da leitura, os historia<strong>do</strong>res brasileiros têm si<strong>do</strong> sensíveis<br />

às mudanças epistemológicas em geral, e alguns têm lança<strong>do</strong> mão de estu<strong>do</strong>s sobre a<br />

história da leitura, que também demonstram sua viabilidade e a multiplicidade de<br />

abordagens possíveis, ainda que estu<strong>do</strong>s desse tipo sejam um tanto incipientes na<br />

historiografia brasileira e, em sua imensa maioria, apareçam associa<strong>do</strong>s às áreas de<br />

literatura e/ou educação. 45 Os estu<strong>do</strong>s na literatura apontam algumas possibilidades<br />

<strong>do</strong> campo, mas no geral centram-se na crítica ou na história literária, não<br />

consideran<strong>do</strong> as obras em seus contextos culturiais mais amplos da leitura. 46 As<br />

exceções referem-se aos estu<strong>do</strong>s sobre os debates literários, onde diferentes leituras<br />

feitas no passa<strong>do</strong> são apresentadas à luz da análise das idéias permean<strong>do</strong> tais leituras,<br />

44 GINZBURG, Cario. Ticiano, Ovidio e os códigos da figuração erótica <strong>do</strong> século XVI In: .<br />

Mitos, emblemas e sinais. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 119-141; RAMINELLL<br />

Ronald. Compor e descompor; ensaio sobre a história em Ginzburg. Revista de ciências humanas,<br />

Curitiba n.2, p.31-45. 1993. p.36.<br />

45 Ver, por exemplo, ABREU, Mareia, org. Leituras no Brasil. Campinas: Merca<strong>do</strong> de Letras, 1995.<br />

46 Por exemplo, os livros de Brito Broca {Horas de leitura; Papéis de Alceste, reedita<strong>do</strong>s pela<br />

Editora da Unicamp no início da atual década).<br />

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