T - DENIPOTI, CLAUDIO.pdf - Universidade Federal do Paraná
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feito genios nas columnas <strong>do</strong>s jornaes". 17 Embora crítico, Amaral não nega uma<br />
profusão de intelectuais e escritores, que serão os responsáveis por uma explosão<br />
editorial - de livros, jornais e revistas - estudada em detalhes no segun<strong>do</strong> capítulo.<br />
Essa profusão é ainda mais importante quan<strong>do</strong> consideramos o que era, de fato, o<br />
<strong>Paraná</strong> <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>. O Esta<strong>do</strong> resumia-se a poucos centros urbanos, concentra<strong>do</strong>s a<br />
leste e a sul <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> na maior parte <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong>, com Curitiba, Paranaguá,<br />
Ponta Grossa, Lapa e Castro como suas principais cidades. A população urbana era<br />
bastante reduzida, no conjunto das cidades, em comparação com os habitantes <strong>do</strong><br />
meio rural, como será visto adiante.<br />
E forçoso confessar que, embora a intenção da pesquisa fosse a de abranger<br />
to<strong>do</strong> este território, a maior ênfase foi dada (pelas próprias fontes existentes), para a<br />
capital, ainda que Ponta Grossa e Paranaguá tenham contribuí<strong>do</strong> com alguns <strong>do</strong>s<br />
periódicos que foram analisa<strong>do</strong>s.<br />
O que nos leva à próxima questão, relativa às fontes utilizadas. Embora a<br />
aproximação com a história da leitura tivesse ocorri<strong>do</strong> através <strong>do</strong> contato com os<br />
Livros de registro de consultas à Biblioteca Pública <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, de 1911 a 1918, 18 as<br />
publicações periódicas paranaenses <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> 1880-1930 foram a fonte mais<br />
utilizada na confecção deste trabalho. Essas fontes já haviam si<strong>do</strong> utilizadas<br />
anteriormente, desde a elaboração da monografia de bacharela<strong>do</strong>, 19 além da própria<br />
dissertação de mestra<strong>do</strong>. Neste estu<strong>do</strong>, as revistas e jornais, além de trazerem as<br />
informações necessárias a história da leitura, eram fruto da explosão editorial e da<br />
17 AMARAL, Rubens <strong>do</strong>. Letras paranaenses. Atheneia 1(3), Coritiba, setembro de 1914, p. 11.<br />
18 Largamente utiliza<strong>do</strong>s na confecção de trabalhos anteriores Páginas de prazer...e O Jogo das<br />
possibilidades; ensaios em história cultural. Curitiba: (Em colaboração com André Joanilho,<br />
Curitiba, Aos Quatro Ventos, 1997).<br />
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