T - DENIPOTI, CLAUDIO.pdf - Universidade Federal do Paraná

More documents

Recommendations

Info

uscàrmos uma compreensão mais ampla dos leitores no passado é a de tentarmos compreender-as resenhas como espaços privilegiados dessas le-itur-as. 142^ O leitor/resenhista, embora fosse anônimo na maioria das resenhas, era geral mertfeo intelectual -comprometido -Gom -a difosão -da -leitura eu -ée -um -Gorpus específico de idéias políticas ou estéticas. Em grande parte dos casos ele era também o funâdôr-eu-«m dos fundadores-ée periódico em-*|üe-a-reser&a-apareGÍare6me-nm casos de Fanal (fundado por Oscar Gomes, M. Lacerda Pinto é Tasso da Silveira), Cenáculo (Dario Vellozo, Júlio Remetía, Silveira Neto e-outros) e-Q Sapo (Leocádio Correia, Leite Jr e Gabriel Ribeiro). Ele também era, com freqüência, um intelectual de reponhecido mérito, com quem os leitores -(reais) dos periódicos podiam estar familiarizados, como os historiadores Rocha Pombo e Romário Martins, os escritores Emiliano Pernetta e Euclides Bandeira, o crítico Andrade Muricy, o advogado -Hago Simas, etc. O leitor/resenhista estava, de forma geral, submisso ao leitor implícito, pois buscava agradá-lo ao mesmo tempo que conduzi-lo em suâs "I CÍ til ras. Âssmí^^Rôfííafio Martins esperava que a leitura de Edade Moderna, de João Pernetta (1903) permisse que o leitor obtivesse lucro da leitura - tanto da obra quanto da -resenha que á apresentava. 84 De forma semelhante, a História da Guerra do Paraguai (1S97), inspirou sentimentos bastante nobres ao resenhista, que gostaria de ver tais sentimentos em outros leitores, pois [—j [3j9 lêr aquellas oas^fías vibfBJítcs, 83 Compreendido cerne m leitor que o autor tem cm mente ao escrever a obra. Verr CI IARTÍER. A 84 MARTINS, Romário. Bibliographia. Almanach do Paraná para 1904. Curitiba: Livraria Econômica;! 904, p. 268-70:
.143 mocidade^sentirábrotar-lhe na alma a flor da gratidãoedorespeito :[..,]". 85 No mesrrço tom, duas décadas depois, o livro Cidades-mor4as de Monteiro Lobato, deixada o leitor/resenhista com sentimentos de júbilo, em um transporte ao tempo de sua infancia seguindo os personagens em suas peripécias, wn sentimento que-ele ansiada por compartilhar com seus próprios leitores. 86 Às vfezes, o resenhista desejava-quc -o seu leitor-compartilhasse plenamente de suas opiniões, ou que não as achasse excessivas e exageradas, a ponto de transcrever algum trecho- da obra resenhada como prova de suas afirmações. 87 Mas, freqüentemente, sua opinião deveria prevalecer, para o bem ou para o mal, sobre Ribeiro, em 1888, Rocha Pombo questionava a literatura naturalista em termos de seus próprios leitores: Que tem de commum com nosso tempo, com nossa sociedade, com nossa filma, essa littérature de que se fez genero no mercado -e-que-se destina a estimular o gosto depravado de certos leitores? 88 De uma maneira geral, os leitores que vinham a público manifestar suas próprias impressões de leitura - chamassem a isso crítica literária, propaganda de fé ou anotações de leitura - buscavam-estabelecer cânones de leitura 89 que eles esperavam que seus leitores seguissem, da mesma forma que eles liam segundo cânones estabelecidos algures-e por-tradições-diversas. Essas tentativas de ortodoxia 85 Respigas: C , ^rfcw/o ///(4). Guritiba,1897, p. l87- l-9{). 86 Livros e folhetos. Cruzada 11(14). Paranaguá, ago./1920, s./p. 87 Estilhas /vW // (7 e 8), Curitiba, ago. e set /1912, p l 39; No -A-dito. União -e trabalho HV), jul./19Í9, p. 1. 88 ROCHA POMBO. A carne (romance de Julio Ribeiro) A Galeria IIlustrada I (3). Coritiba, Para uma discussão sobre os cânones de leitura, ve LaCAPRA, Dominick. Representing the holocaust; h i stop,', theoiy,—trauma,-Ithaca^-aad- London.- Cornell-University Press, 4994, particularmente o primeiro capítulo "Canons, texts and contexts", p. 19-42.
Page 2 and 3:
CLÁUDIO DENIPOTI A SEDUÇÃO DA LE
Page 4 and 5:
CLÁUDIO DENIPOTI A SEDUÇÃO DA LE
Page 6 and 7:
AGRADECIMENTOS Agradeço, em primei
Page 8 and 9:
INTRODUÇÃO Não há no mundo livr
Page 10 and 11:
da história da leitura, nos intere
Page 12 and 13:
autores colocaram ali, ter realment
Page 14 and 15:
onde. Buscamos também explicitar o
Page 16 and 17:
feito genios nas columnas dos jorna
Page 18 and 19:
mudanças culturais, como, por exem
Page 20 and 21:
Este quadro pode explicar uma parte
Page 22 and 23:
diferentes prismas. Ainda que tenha
Page 24 and 25:
objetivo é entender como as idéia
Page 26 and 27:
operários do livro e a biblioteca
Page 28 and 29:
Além desse estudo, outros colabora
Page 30 and 31:
diferença no passado com relação
Page 32 and 33:
cultura e de símbolo deveriam ser
Page 34 and 35:
seu ambiente social, porque estão
Page 36 and 37:
essalta a necessidade de um racioc
Page 38 and 39:
um modo intensivo e um extensivo de
Page 40 and 41:
virtualmente toda atividade humana"
Page 42 and 43:
de estudo pode ser vislumbrado ao l
Page 44 and 45:
livros vendidos na França a partir
Page 46 and 47:
LOCAIS DA LEITURA Um homem no mundo
Page 48 and 49:
inicialmente "no velho casarão, [.
Page 50 and 51:
periódico manuscrito O mosqueteiro
Page 52 and 53:
qual se buscava aliar as tradiçõe
Page 54 and 55:
quer por escripto, quer oralmente,
Page 56 and 57:
Embora celebrado pelo grupo do Cen
Page 58 and 59:
O elevado preço do papel de impres
Page 60 and 61:
um meio bastante fecundo, onde a pa
Page 62 and 63:
qual ele busca compreender o univer
Page 64 and 65:
Essa nova necessidade foi fomentado
Page 66 and 67:
Os historiadores dedicados à histo
Page 68 and 69:
largamente difundidas desde a baixa
Page 70 and 71:
atividade livreira convivia com a d
Page 72 and 73:
Econômica, instalada em 1894 e que
Page 74 and 75:
astante com a oferta de produtos e
Page 76 and 77:
Nesse sentido, os responsáveis pel
Page 78 and 79:
- ainda no finai do século XIX -
Page 80 and 81:
erva-mate pela madeira como carro c
Page 82 and 83:
é de 75 novos jornais e revistas e
Page 84 and 85:
[infundisse] os novos escriptores a
Page 86 and 87:
Essa modernização da indústria t
Page 88 and 89:
tão sofisticadas, mas com freqüê
Page 90 and 91:
chorografia 124 do Brazil" 125 teve
Page 92 and 93:
Paranaense, sob a inspiração prop
Page 94 and 95:
Faria, que mereceu uma prolongada c
Page 96 and 97:
o jesuitismo corruptor". 140 Essa o
Page 98 and 99:
Essas características de público
Page 100 and 101: século XVII, teremos dois universo
Page 102 and 103: Jaguariaiva, Porto de Cima e Curiti
Page 104 and 105: mundial". 161 De fato, a biblioteca
Page 106 and 107: devido à habilidade administrativa
Page 108 and 109: da população desta capital, a exi
Page 110 and 111: Biblioteca da Universidade do Paran
Page 112 and 113: 104 Art. 4. Estará franqueada: Nas
Page 114 and 115: FORMAS DA LEITURA Uma vez constitu
Page 116 and 117: pelo estranho desejo de escarafunch
Page 118 and 119: sendo aquele da cultura)". 8 Essa a
Page 120 and 121: Ao todo eles estiveram na BPPR em 3
Page 122 and 123: admirava e por isso guardava uma co
Page 124 and 125: Paraná. 22 Em 1925, ele publicou,
Page 126 and 127: emaranhado venenoso [...] a jóia o
Page 128 and 129: dedicado era "um pedante, um enfatu
Page 130 and 131: de Spencer, além do pensamento de
Page 132 and 133: da-biblioteca antes das consultas d
Page 134 and 135: 12
Page 136 and 137: "num catálogo bibliographico". Já
Page 138 and 139: especial, tanto por seu caráter de
Page 140 and 141: hierárquica. "A distância entre e
Page 142 and 143: acontecimentos extraordinários - a
Page 144 and 145: Assim,—as pessoas -na -Nova Ingla
Page 146 and 147: argumenta, durante toda a obra, em
Page 148 and 149: plural, que pode ser adjetivadaàrn
Page 152 and 153: da raro momento da historia brasile
Page 154 and 155: membros" 94 O INP fazia eco àquilo
Page 156 and 157: ico firn an^lisps'histnrir.as qiif
Page 158 and 159: originalidade, ou seja, de prender-
Page 160 and 161: iquíssimo escrínio". 109 Lycio de
Page 162 and 163: Dentre as inúmeras possibilidades
Page 164 and 165: 156^ A imprensa aproxima o pensamen
Page 166 and 167: 158^ Depreende-se, deste texto de G
Page 168 and 169: o significativo nome de batismo de
Page 170 and 171: existência de magia negra no Estad
Page 172 and 173: triumphalmente levar às suas famil
Page 174 and 175: até o momento podem dar uma idéia
Page 176 and 177: 168^ As imagens referem-se aos loca
Page 178 and 179: 170^ [...] Senta-se commodamente em
Page 180 and 181: leitor a descrever suas impressões
Page 182 and 183: Rubens do Amaral, segundo a qual qu
Page 184 and 185: Ambas as leituras demonstram uma re
Page 186 and 187: CONCLUSÃO Há poucos meses, quando
Page 188 and 189: dessas, outras bibliotecas (como as
Page 190 and 191: Ivanhoé, de W. Sccot, O frade negr
Page 192 and 193: 09/ Deusdedit Physica Guedes 10/ De
Page 194 and 195: FONTES Periódicos Título Cidade A
Page 196 and 197: . O Moço loiro. São Paulo: Melhor
Page 198 and 199: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU,
Page 200 and 201:
192^ HALL, David D. Worlds of wonde
show all

T - DENIPOTI, CLAUDIO.pdf - Universidade Federal do Paraná

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?