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<strong>da</strong> a munição é recolhi<strong>da</strong>. A arma produz<br />

na munição o que os peritos chamam de<br />

“estriamento fino”, uma espécie de ranhura<br />

peculiar a ca<strong>da</strong> armamento, como se<br />

fosse uma impressão digital, única. É esse<br />

estriamento que será comparado à munição<br />

encontra<strong>da</strong> em um local de crime ou<br />

retira<strong>da</strong> do corpo de uma vítima. “É quase<br />

uma sentença”, explica Sônia. Em casos<br />

de confrontos positivos, a ranhura em uma<br />

mostra tem exata continuação na outra. O<br />

núcleo analisa 1.500 casos por mês.<br />

Originalmente falso<br />

Poucos sabem, mas há algum tempo estelionatários<br />

chegaram a falsificar a rubrica<br />

do ex-governador Mário Covas. Copiaram<br />

pela internet, segundo peritos. Com isso,<br />

uma empresa de Ribeirão Preto montou<br />

documento em que dizia ter prestado<br />

serviços ao Palácio do Governo e, com o<br />

endosso <strong>da</strong> falsa assinatura, exigia o pagamento.<br />

Quase recebeu mesmo o dinheiro,<br />

não fosse a Secretaria <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> ter desconfiado<br />

que o valor era muito alto pelo tipo<br />

de serviço. O documento foi enviado ao<br />

Núcleo de Documentoscopia do IC, que garantiu:<br />

era falso.<br />

Na avaliação <strong>da</strong> chefe interina deste núcleo,<br />

a advoga<strong>da</strong> Virgínia Nardi, os estelionatários<br />

produzem falsificações ca<strong>da</strong> vez<br />

mais perfeitas. “Qual é o seu documento<br />

mais importante?”, questiona ela ao repórter.<br />

“Minha certidão de nascimento”. Satisfeita,<br />

esclarece: “Pois é. O documento mais<br />

importante de nossas vi<strong>da</strong>s, que dá origem<br />

a outros como o RG, não é feito em papel<br />

de segurança. Ou seja, falsifica-se facilmente”,<br />

alerta. Virgínia explica que o papel de<br />

segurança geralmente é produzido com algodão.<br />

Já no falso é comum eucalipto na<br />

composição. O núcleo faz análises de to<strong>da</strong>s<br />

as fraudes que envolvem papel. São cerca<br />

de 1.000 casos mensalmente. “Antigamente,<br />

esses criminosos alteravam apenas alguns<br />

<strong>da</strong>dos na folha de cheque. Hoje fabricam<br />

todo um talão”, compara Virgínia. O núcleo<br />

também recebe bilhetes de metrô, ingressos<br />

para entra<strong>da</strong> em estádios de futebol e carteiras<br />

de motorista de ônibus falsos.<br />

As análises são feitas em equipamentos<br />

que têm uma grande varie<strong>da</strong>de de luzes,<br />

desde infravermelho, ultravioleta, até luz<br />

branca e comum. Documentos como RG<br />

ou qualquer outro que tenha papel de segurança<br />

ficam em evidência contra os feixes<br />

de luz. Já os selos de cigarro têm em<br />

sua composição <strong>original</strong> fibras, calcografia<br />

(relevo) e fibras fluorescentes. Os bancos<br />

também têm se empenhado em dificultar<br />

o trabalho dos falsificadores, aumentando<br />

o numero de identificadores de segurança<br />

nos cheques, como linhas sinuosas e códi-<br />

28 | REVISTA DOS BANCÁRIOS<br />

Bilhete<br />

do Metrô:<br />

um dos campões<br />

de falsificações<br />

FALSO OU VERDADEIRO No Núcleo de Documentoscopia não há margem para dúvi<strong>da</strong>.<br />

Nele se analisam cédulas, bilhetes do Metrô e, num caso curioso, a rubrica de Mário Covas<br />

go numérico magnético, entre outros.<br />

“Nesse departamento podemos ver o quanto<br />

o brasileiro é criativo e muitos bandidos<br />

extremamente caprichosos. Se não gastassem<br />

o tempo enganando poderiam ser<br />

bons profissionais”, observa Virgínia.<br />

Toxicologia e DNA<br />

É também sob a direção de mulheres que<br />

atuam os núcleos de Análise Toxicológica<br />

e o de DNA. No primeiro está Gisela Bernete<br />

Sztulman, 54 anos. Seu núcleo produz<br />

de 900 a 1.000 laudos/mês. Em 90%<br />

dos casos a droga analisa<strong>da</strong> é maconha ou<br />

cocaína. Gisela confirma a nova tendência:<br />

“Ca<strong>da</strong> vez mais nos chega ecstasy para análise.<br />

As drogas sintéticas estão proliferando”,<br />

conta. Ela confessa que tem medo de<br />

perguntar ao filho de 24 anos se ele já usou<br />

drogas. “Me surpreendi quando perguntei

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