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LONGO CAMINHO Ricardo Venerito é dono de uma fábrica de embalagens: “Acredito que os empresários ain<strong>da</strong> têm um longo caminho a trilhar<br />

para entender que é preciso pensar em produtos mais harmoniosos com a natureza, mas tenho certeza de que esse processo já começou”<br />

clarecimento do que vem sendo chamado<br />

de prática de consumo consciente, ou responsável.<br />

“Consumo responsável é a capaci<strong>da</strong>de<br />

de ca<strong>da</strong> pessoa ou instituição, pública<br />

ou priva<strong>da</strong>, escolher e/ou produzir<br />

serviços e produtos que contribuam, de<br />

forma ética e de fato, para a melhoria de<br />

vi<strong>da</strong> de ca<strong>da</strong> um, <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de e do ambiente”,<br />

define a advoga<strong>da</strong> Fabíola Zerbini,<br />

que preside o Instituto Kairós de Ética<br />

e Atuação Responsável, de São Paulo. O<br />

Kairós promove uma série de iniciativas<br />

para promover a idéia. Entre elas, projetos<br />

educacionais voltados a professores <strong>da</strong>s redes<br />

pública e priva<strong>da</strong> e cursos dirigidos a<br />

consumidores, empresários e prestadores<br />

de serviços.<br />

Helio Mattar, presidente do Instituto<br />

Akatu pelo Consumo Consciente, expande<br />

o conceito: “Consumir com consciência<br />

não tem a intenção de desestimular a<br />

produção. É promover ações efetivas que<br />

visem o desenvolvimento sem perder de<br />

vista que os recursos naturais são finitos.<br />

Repensar o modo como adquirimos produtos<br />

e serviços é imprescindível para a<br />

sobrevivência do planeta e <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de”.<br />

Helio acaba de lançar, também em São<br />

16 | REVISTA DOS BANCÁRIOS<br />

Paulo, um centro de referência, uma ampla<br />

biblioteca virtual com informações e<br />

serviços acerca do tema. “Foi uma <strong>da</strong>s formas<br />

que encontramos para divulgar a idéia,<br />

fun<strong>da</strong>mental a nosso ver, de transformar<br />

ci<strong>da</strong>dãos consumidores em consumidores<br />

ci<strong>da</strong>dãos. E todos são ci<strong>da</strong>dãos, independentemente<br />

de qualquer condição social ou<br />

econômica”, <strong>completa</strong>.<br />

Navegando-se pelo centro de referência<br />

do Akatu (www.akatu.org.br) é possível saber,<br />

por exemplo, que o Brasil começa a<br />

mostrar sinais de que, apesar do muito ain<strong>da</strong><br />

a ser feito, já há uma mu<strong>da</strong>nça em curso<br />

nas relações de consumo. Numa pesquisa<br />

em parceria com a IndicatorGfK Pesquisa<br />

de Mercado, o instituto lista uma série<br />

de comportamentos para concluir o<br />

grau de esclarecimento sobre o consumo<br />

responsável <strong>da</strong> população. Nos resultados,<br />

verifica-se que a maioria (54%) dos brasileiros<br />

ain<strong>da</strong> está se iniciando no assunto.<br />

No entanto, outros 37% já indicam uma<br />

evolução <strong>da</strong> consciência enquanto consumidores,<br />

adotando comportamentos simples<br />

porém eficazes, como planejar a compra<br />

de alimentos e de roupas, usar o verso<br />

de folhas de papel já utiliza<strong>da</strong>s, separar<br />

o lixo para reciclagem, fechar a torneira<br />

enquanto escova os dentes, ler rótulos e<br />

embalagens antes de decidir pela compra,<br />

comprar produtos orgânicos etc.<br />

Uma parcela ain<strong>da</strong> pequena, de 6% dos<br />

consumidores brasileiros, mostra-se plenamente<br />

esclareci<strong>da</strong> sobre o tema. Isso implica<br />

em escolher produtos e serviços cujas<br />

embalagens tenham alguma vi<strong>da</strong> útil<br />

após o seu uso (seja na forma <strong>original</strong> ou<br />

recicla<strong>da</strong>), que o fornecedor não se aproveite<br />

de mão-de-obra irregular (infantil,<br />

escrava, com direitos rebaixados etc), que<br />

o produto tenha sido fabricado com recursos<br />

de reservas naturais renováveis e tantos<br />

outros procedimentos, ain<strong>da</strong> longe de<br />

se tornarem regra, justamente o objetivo<br />

maior dos praticantes do consumo consciente.<br />

Futuro<br />

É o caso <strong>da</strong> psicóloga Eliana Tiezzi, que<br />

estendeu sua responsabili<strong>da</strong>de para além<br />

<strong>da</strong>s relações de consumo e montou o Projeto<br />

Papel de Gente, que alia a reciclagem<br />

de papel à terapia de pessoas com transtornos<br />

psíquicos. Ela se diz criteriosa na<br />

hora de escolher os alimentos que con-

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