vestibular 2009/2 + gabarito = 316 kb - Milton Campos
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FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
DIREITO - PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E<br />
LITERATURA BRASILEIRA<br />
Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões<br />
de 1 a 16 referem-se a ele.<br />
UM APÓLOGO<br />
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:<br />
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda<br />
enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?<br />
- Deixe-me, senhora.<br />
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que<br />
está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que<br />
me der na cabeça.<br />
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.<br />
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem<br />
o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos<br />
outros.<br />
- Mas você é orgulhosa.<br />
- Decerto que sou.<br />
- Mas por quê?<br />
- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa<br />
ama, quem é que os cose, senão eu?<br />
- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você<br />
ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?<br />
- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um<br />
pedaço ao outro, dou feição aos babados...<br />
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,<br />
puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e<br />
mando...<br />
- Também os batedores vão adiante do imperador.<br />
- Você é imperador?<br />
- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel<br />
subalterno, indo adiante: vai só mostrando o caminho, vai fazendo<br />
o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...<br />
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da<br />
baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma<br />
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás<br />
dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou<br />
da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser. Uma e outra iam<br />
andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das<br />
sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana<br />
– para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:<br />
- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?<br />
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu<br />
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e<br />
acima...<br />
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela<br />
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe<br />
o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo<br />
que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E<br />
era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plicplic-plic-plic<br />
da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a<br />
costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até<br />
que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.<br />
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira,<br />
que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho,<br />
para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido<br />
da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou<br />
dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da<br />
agulha, perguntou-lhe:<br />
- Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da<br />
baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai<br />
dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a<br />
caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?<br />
Vamos, diga lá.<br />
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de<br />
cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:<br />
– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela,<br />
e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de<br />
costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde<br />
me espetam, fico.<br />
Contei esta história a um professor de melancolia, que me<br />
disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a<br />
muita linha ordinária!<br />
(Machado de Assis: Contos. 18 ed. São Paulo.Ática, 1954 p. 89)
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1) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Pode-se constatar, no diálogo entre a agulha e a linha, uma relação<br />
de<br />
a) opressão do mais forte sobre o mais fraco.<br />
b) amor e ódio entre os elementos do processo de comunicação.<br />
c) desigualdade na obtenção de recompensas.<br />
d) êxito e fracasso marcados pelo egoísmo desenfreado.<br />
2) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
É possível inferir que, no texto, o autor<br />
a) evidencia traços de analogia entre a agulha e o professor de<br />
melancolia.<br />
b) vale-se do uso da agulha e da linha apenas em sentido literal.<br />
c) assume uma postura paternalista ao referir-se ao alfinete.<br />
d) repudia a impassibilidade da agulha diante da arrogância da<br />
linha.<br />
Para responder às questões 3 e 4, analise as afirmativas<br />
apresentadas.<br />
3) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
I) O texto, em nível mais profundo, suscita a possibilidade de uma<br />
leitura em que se efetiva a transferência de situações do<br />
contexto real para o metafórico.<br />
II) No processo de comunicação estabelecido entre agulha/linha,<br />
constata-se que o autor assume um posicionamento radical na<br />
sua argumentação e parcial nos critérios de julgamento.<br />
a) Apenas II está correta.<br />
b) Apenas I está correta.<br />
c) I e II estão corretas.<br />
d) I e II estão incorretas.<br />
4) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
I) O final do apólogo, que se relaciona com as ideias recorrentes<br />
desenvolvidas pelo autor, sugere que, nem sempre, os<br />
indivíduos usufruem do prestígio de seu trabalho.<br />
II) O encadeamento de pressupostos adquire importância no texto<br />
e dá consistência ao raciocínio argumentativo do “Apólogo”.<br />
a) Apenas II está correta.<br />
b) I e II estão incorretas.<br />
c) Apenas I está correta.<br />
d) I e II estão corretas.<br />
5) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Assinale o fragmento que, se contextualizado, sugere a<br />
personificação da agulha e/ou da linha.<br />
a) “... eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos<br />
babados...”<br />
b) “Você fura o pano, nada mais...”<br />
c) “Por que está você com esse ar, toda cheia de si...”<br />
d) Chegou a costureira... pegou da agulha, pegou da linha, enfiou<br />
alinha na agulha, e entrou a coser.”<br />
6) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
O uso de pólos antagônicos<br />
a) permeia o texto com a presença de uma voz sarcástica e<br />
pessimista.<br />
b) direciona a fala dos protagonistas para o inverossímil.<br />
c) reforça o desempenho dialógico da agulha e da linha.<br />
d) funciona como motivo condutor da desordem argumentativa do<br />
“Apólogo”.
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7) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
No texto, a agulha e a linha só NÃO<br />
a) fazem a apologia do estereótipo da frustração profissional.<br />
b) atuam de forma persuasiva.<br />
c) estabelecem conjeturas e confrontos.<br />
d) levantam objeções.<br />
8) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Uma postura crítica e até mesmo moralizadora foi exemplificada, no<br />
texto, pela fala<br />
a) da costureira.<br />
b) da linha.<br />
c) da agulha.<br />
d) do alfinete.<br />
9) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
A leitura do texto permite identificar equidade entre a postura de<br />
a) linha/alfinete.<br />
b) agulha/professor de melancolia.<br />
c) costureira/professor de melancolia.<br />
d) alfinete/costureira.<br />
10) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
No fragmento “... a linha, para mofar da agulha,<br />
perguntou-lhe:...”, o vocábulo grifado, sem perda de sentido,<br />
pode ser substituído por<br />
a) vingar.<br />
b) criticar.<br />
c) menosprezar.<br />
d) escarnecer.<br />
11) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Leia o fragmento abaixo e assinale a opção que identifique o<br />
recurso estilístico nele utilizado:<br />
“E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais<br />
que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.”<br />
a) onomatopéia.<br />
b) metonímia.<br />
c) catacrese.<br />
d) pleonasmo.<br />
12) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Observe o fragmento:<br />
“Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se.”<br />
Em nível morfossintático, é INCORRETO afirmar que<br />
a) o termo “a noite” é responsável pela flexão verbal.<br />
b) a expressão “do baile” modifica o termo “noite”.<br />
c) o uso da vírgula infringe os padrões da língua culta porque<br />
separa orações ligadas pelo conetivo “e”.<br />
d) a ênclise poderia ser substituída pela próclise em “vestiu-se”.<br />
13) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Considere os fragmentos abaixo e assinale aquele em que ocorra a<br />
presença de construção expletiva, recurso recorrente no texto.<br />
a) “Você ignora que quem os cose sou eu...”<br />
b) “Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.”<br />
c) “Eu é que furo o pano, vou adiante...”<br />
d) “Cada qual tem o ar que Deus lhe deu.”
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14) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Leia o fragmento:<br />
“ – Você é imperador?<br />
- Não digo isso.”<br />
Sobre ele, é CORRETO afirmar que<br />
a) o vocábulo “isso” retoma uma ideia anteriormente expressa.<br />
b) as formas verbais “e” e “digo” funcionam como núcleo do<br />
predicado.<br />
c) o vocábulo “imperador” exerce a função de predicativo.<br />
d) os predicados classificam-se como verbo-nominal e verbal,<br />
respectivamente.<br />
15) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Observe o seguinte trecho:<br />
“E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado<br />
ou outro, arregaçava daqui ou dali... a linha, para mofar da agulha,<br />
perguntou-lhe:...”.<br />
NÃO está presente entre as orações do fragmento a relação de<br />
a) adição.<br />
b) finalidade.<br />
c) temporalidade.<br />
d) comparação.<br />
16) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Em relação ao fragmento “- Por que está você com esse ar,<br />
toda cheia de si...”, está INCORRETA a função identificada para<br />
o termo em:<br />
a) “você” – substantiva<br />
b) “toda” - adjetiva<br />
c) “esse” – adjetiva<br />
d) “mundo” - substantiva<br />
Instrução: Responda às questões de 17 a 20 com base nas obras<br />
São Bernardo, de Graciliano Ramos, e Auto da compadecida, de<br />
Ariano Suassuna.<br />
17) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Assinale a alternativa INCORRETA sobre o romance de Graciliano<br />
Ramos:<br />
a) O léxico do texto, repleto de expressões populares, reflete, em<br />
vários momentos, a condição rude do narrador.<br />
b) A trajetória do protagonista, narrada de forma impessoal, revela<br />
a vitória do materialismo sobre a humanização.<br />
c) O título do romance está diretamente relacionado com um dos<br />
temas da obra, o senso de propriedade.<br />
d) Ao longo do relato, a subjetividade do protagonista-narrador<br />
interfere na objetividade da narrativa.<br />
18) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
A metalinguagem é um procedimento que pode ser constatado na<br />
seguinte passagem do romance de Graciliano Ramos:<br />
As pessoas que me lerem terão, pois, a bondade de<br />
traduzir isto em linguagem literária, se quiserem. Se<br />
não quiserem, pouco se perde. Não pretendo bancar<br />
o escritor. (Capítulo 2)<br />
Assinale o trecho em que tal recurso ocorra de forma metafórica:<br />
a) Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas – e a<br />
folha permanece meio escrita, como estava na véspera.<br />
b) Dois capítulos perdidos. Talvez não fosse mau aproveitar os do<br />
Gondim, depois de expurgados.<br />
c) Achei a propriedade em cacos: mato, lama e potó como os<br />
diabos.<br />
d) Ora vejam. Se eu possuísse metade da instrução de Madalena,<br />
encoivarava isto brincando.
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19) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
O título da obra de Ariano Suassuna NÃO está corretamente<br />
explicado em:<br />
a) O termo “auto” integra o conjunto ordenado das peças de um<br />
processo que a divindade articula contra os humanos.<br />
b) O vocábulo “auto” prende-se à modalidade de representação<br />
teatral, de caráter popular e religioso, típica da Idade Média.<br />
c) A expressão “compadecida” relaciona-se com a Virgem Maria,<br />
aquela que tem compaixão pelos que sofrem.<br />
d) As palavras “auto” e “compadecida” remetem ao episódio<br />
nuclear da peça, em que Nossa Senhora terá misericórdia dos<br />
mortais.<br />
20) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
As seguintes passagens de Auto da compadecida referem-se ao<br />
episódio do julgamento, EXCETO:<br />
a) A carne implica todas essas coisas turvas e mesquinhas. Quase<br />
tudo o que eles faziam era por medo. Eu conheço isso, porque<br />
convivi com os homens: começam com medo, coitados, e<br />
terminam por fazer o que não presta, quase sem querer.<br />
É medo.<br />
b) Eu sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu<br />
velho. Discordar de minha mãe é que não vou.<br />
c) Vergonha é uma mulher casada na igreja se oferecer desse<br />
jeito. Aliás já tinha ouvido falar que a senhora enganava seu<br />
marido com todo mundo.<br />
d) O caso é duro. Compreendo as circunstâncias em que João<br />
viveu, mas isso também tem um limite. Afinal de contas, o<br />
mandamento existe e foi transgredido. Acho que não posso<br />
salvá-lo.<br />
21) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
PROVA DE HISTÓRIA<br />
Leia o texto a seguir, no qual o autor analisa a chamada revolução<br />
científica do século XVII.<br />
“A preocupação de Kepler é principalmente uma: ele pretende<br />
demonstrar não só que este sistema de planetas, num dos quais<br />
nos encontramos nós homens, acha-se no lugar principal do<br />
Universo, ao redor do coração do Universo que é o Sol, mas<br />
também, em particular, que nós homens nos encontramos naquele<br />
globo que se destina inteiramente à criatura racional mais<br />
importante e mais nobre entre as corpóreas.”<br />
(ROSSI, Paolo. A ciência e a filosofia dos modernos: Aspectos da<br />
revolução científica. São Paulo: Edusp, 1992. p.235-236.)<br />
A partir da leitura acima e de seus conhecimentos históricos,<br />
assinale a opção CORRETA:<br />
a) Não só em Kepler como em Newton e Bacon, percebe-se uma<br />
tendência metodológica sob a influência do pensamento<br />
aristotélico que se baseia na observação máxima da natureza.<br />
b) O movimento analisado teve como uma de suas preocupações a<br />
criação de métodos de explicação racional dos fenômenos da<br />
natureza.<br />
c) A percepção de Kepler da Terra como local privilegiado do<br />
Universo demonstra sua profunda relação com a mentalidade<br />
que o antecede, na qual predominava o geocentrismo.<br />
d) A paralisia intelectual do século XVII, marcado pelo pensamento<br />
barroco e pela crise do Antigo Regime, é quebrada pelas teses<br />
de Kepler e seus contemporâneos, que apontam para uma<br />
ciência radicalmente racionalista.
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22) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Leia o texto.<br />
“Quando as embarcações de Colombo aportaram na América, de<br />
fato não a ‘descobriram’, pois muita gente já vivia em nosso<br />
continente. O que de fato ocorreu foi a integração da América ao<br />
continente europeu ou, mais exatamente, à sociedade mercantil.”<br />
(PINSKI, J. et alli. História da América através de textos. São Paulo:<br />
Contexto, 1991. p. 11.)<br />
Identifique, entre as opções abaixo, aquela que NÃO confirme a<br />
tese dos autores do texto:<br />
a) As ditas altas culturas do continente americano influenciaram o<br />
desenvolvimento científico europeu em todos os aspectos.<br />
b) As riquezas extraídas por meio da colonização permitiram a<br />
acumulação primitiva de capitais na Europa ocidental.<br />
c) A instalação do “exclusivo metropolitano” levou à organização<br />
da produção americana nos moldes da economia européia da<br />
época.<br />
d) O fato de já haver “muita gente... em nosso continente” não<br />
evitou que a mentalidade européia aqui se instalasse por meio<br />
de mecanismos diversos de dominação.<br />
23) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Observe como Jacob Gorender analisa a condição do escravo na<br />
América colonial.<br />
“Na sua condição de propriedade, o escravo é uma coisa, um bem<br />
objetivo. Lembrando Aristóteles, consideramos nossa propriedade o<br />
que está fora de nós e nos pertence. Nosso corpo, nossas aptidões<br />
intelectuais, nossa subjetividade não entram no conceito de nossa<br />
propriedade. Mas o escravo, sendo uma propriedade, também<br />
possui corpo, aptidões intelectuais, subjetividade — é, em suma,<br />
um ser humano. Perderá ele o ser humano ao se tornar<br />
propriedade, ao se coisificar?”<br />
GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1992.<br />
P. 63.<br />
A partir da reflexão proposta pelo autor e de seus conhecimentos<br />
históricos, assinale a opção CORRETA sobre a escravidão negra<br />
colonial:<br />
a) Ser considerado pelos senhores como animal de trabalho<br />
retirava do escravo qualquer humanidade, o que sufocava, até<br />
mesmo, suas heranças culturais.<br />
b) Quando punido por um crime, o escravo ficava submetido à<br />
legislação comum, o que lhe permitia ascender ao status de<br />
humanidade, apesar de sofrer punições mais severas que os<br />
homens livres.<br />
c) A coisificação dos negros escravizados pode ser comprovada<br />
pelo fato de serem batizados com nomes cristãos, sendo-lhes<br />
negada a existência de uma alma.<br />
d) A resistência quilombola permitiu aos escravos, tornados livres à<br />
força, a reconstrução de seus padrões culturais e sua<br />
humanização.
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24) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Para o historiador Eric J. Hobsbawm, o período de 1789 a 1848 foi<br />
marcado por uma “dupla revolução”, a Francesa e a Industrial<br />
Inglesa.<br />
Quanto a essas revoluções, é CORRETO afirmar que<br />
a) estabeleceram novas relações de trabalho, nas quais os homens<br />
poderiam usufruir de suas aptidões escolhendo livremente sua<br />
forma de sobrevivência.<br />
b) possibilitaram, por meio da elevação do status dos homens a<br />
cidadãos, a consolidação dos princípios burgueses de igualdade<br />
socioeconômica.<br />
c) promoveram transformações mais técnicas que sociais, ao<br />
subordinar o capital ao trabalho, sepultando a herança das<br />
relações feudais de produção.<br />
d) superaram os resquícios do feudalismo por meio de<br />
transformações econômicas, sociais e políticas, possibilitando o<br />
triunfo do capitalismo liberal.<br />
25) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Tempos após a independência brasileira, assim os portugueses<br />
parodiavam nosso hino:<br />
Cabra gente brasileira,<br />
Descendente de macaco,<br />
Que trocou a cruz de Cristo<br />
Pelos ramos de tabaco.<br />
A rivalidade entre brasileiros e portugueses não se restringiu a<br />
competições poéticas, como demonstra a resistência de fiéis<br />
lusitanos em algumas províncias, durante o processo de<br />
emancipação e as disputas políticas ao longo do Primeiro Reinado.<br />
Trata-se de demonstrações desses atritos durante a fase de<br />
consolidação da independência brasileira, EXCETO<br />
a) as divergências entre o Partido Brasileiro e o Partido Português<br />
em relação à autonomia das províncias.<br />
b) as disputas ocorridas na Assembléia Constituinte sobre a forma<br />
que a monarquia brasileira deveria assumir.<br />
c) a reação dos brasileiros natos à permanência de portugueses<br />
nos setores economicamente mais importantes da Nação.<br />
d) a dificuldade no estabelecimento de critérios de definição dos<br />
brasileiros eleitores.
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26) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Leia o texto.<br />
“Como a lei da gravitação universal de Newton, a Teoria da<br />
Evolução teve conseqüências revolucionárias na área científica [...]<br />
Alguns pensadores sociais aplicaram as conclusões darwinianas à<br />
ordem social, produzindo teorias que as transferiram à explicação<br />
dos problemas sociais. As expressões ‘luta pela sobrevivência’ e<br />
‘sobrevivência do mais capaz’ foram tomadas de Darwin para apoiar<br />
a defesa que faziam do individualismo econômico.”<br />
(CAMPOS, Flávio de; MIRANDA, Renan Garcia. Oficina de História.<br />
São Paulo: Moderna, 1999. p.360)<br />
O darwinismo social, tese corrente entre europeus do século XIX,<br />
buscava justificar<br />
a) o colonialismo clássico ainda vigente na África portuguesa.<br />
b) o liberalismo e a lei de livre concorrência.<br />
c) o imperialismo sobre a África e a Ásia.<br />
d) as disputas entre os grupos econômicos europeus responsáveis<br />
pela primeira crise do capitalismo.<br />
27) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Analise as afirmações abaixo, em que se trata do fenômeno político<br />
brasileiro conhecido como populismo.<br />
I- Hegemonia das massas populares nos setores produtivos em<br />
associação aos industriais.<br />
II- Inclusão de setores populares no processo político e aparente<br />
identificação entre Estado e Presidente da República.<br />
III- Apresentação, por parte do Estado, de um discurso nacionalista,<br />
a fim de angariar apoio para um pretenso projeto de<br />
desenvolvimento nacional.<br />
É(são) correta(s) somente a(s) afirmativa(s)<br />
a) II e III.<br />
b) I e II.<br />
c) I e III.<br />
d) III.
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28) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Entre os casos dos diversos países africanos que conquistaram sua<br />
independência após a Segunda Guerra, talvez seja um dos mais<br />
emblemáticos o do Congo, que resultou da interferência externa e<br />
persistência da miséria e violência.<br />
Patrice Lumumba, líder do processo de independência e primeiro<br />
chefe de Estado, foi assassinado um mês após sua posse, em um<br />
golpe apoiado pelas antigas potências econômicas, tendo os EUA à<br />
frente.<br />
Entre as causas do golpe que vitimou Lumumba e jogou o Congo<br />
em uma longa e sangrenta ditadura de 32 anos, NÃO é correto<br />
citar<br />
a) a busca do apoio soviético por parte de Patrice Lumumba, já que<br />
as hostilidades do Ocidente surgiram antes mesmo de sua posse<br />
como presidente do Congo.<br />
b) as disputas internas pelo controle do Estado entre antigas tribos<br />
congolesas que tinham no imperialismo sua sustentação.<br />
c) o projeto de nacionalização das imensas riquezas do subsolo<br />
congolês, até então exploradas por países estrangeiros.<br />
d) o interesse de Lumumba em estabelecer um conjunto de ações<br />
coletivas entre os países africanos recém-libertos para uma<br />
independência que ultrapassasse os limites políticos.<br />
29) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Entre os dias 17 e 19 de abril do corrente ano, ocorreu, em Trinidad<br />
e Tobago, a Cúpula das Américas, iniciativa do ex-presidente<br />
norte-americano Bill Clinton, que buscava, em 1994, iniciar um<br />
processo de integração das economias americanas.<br />
No encontro de agora, a ausência cubana dominou os debates,<br />
superando a discussão econômica, porque<br />
a) a presença cubana criaria um desconforto à representação<br />
brasileira, considerando que nosso atual governo vem atuando<br />
como mediador entre governos latino-americanos e<br />
norte-americanos em suas divergências.<br />
b) a Cúpula das Américas segue uma série de recomendações da<br />
Organização dos Estados Americanos (OEA), instituição da qual<br />
o atual governo cubano foi desligado em 1962.<br />
c) Cuba se recusa a participar de quaisquer encontros em que se<br />
dê a presença americana, já que a potência do norte apresenta<br />
uma série de exigências incompatíveis com a atual realidade<br />
cubana.<br />
d) a onda de governos progressistas na América Latina busca<br />
integrar Cuba aos debates do continente, alegando nossas<br />
identidades e denunciando o embargo imposto pelos EUA, que<br />
se mostra anacrônico na conjuntura atual.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
30) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Leia abaixo reproduções de manchetes de jornais quando da<br />
instalação do regime autoritário militar no Brasil, em 1964.<br />
“Salvos da comunização que celeremente se preparava, os<br />
brasileiros devem agradecer aos bravos militares que os<br />
protegeram de seus inimigos...”<br />
“Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os<br />
setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém<br />
escapava o significado das manobras presidenciais...”<br />
(O Globo. Rio de Janeiro, 2 de abril de 1964.)<br />
“Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade [...]<br />
Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de<br />
mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A<br />
legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos<br />
comunistas...”<br />
(Editorial do Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 1º de abril de 1964.)<br />
Considerando-se as opiniões expressas pelos jornais e a conjuntura<br />
da época, só NÃO se pode afirmar:<br />
a) A clara opção do governo Goulart em atender às demandas dos<br />
setores revolucionários nacionais precipitou a tomada do poder<br />
pelos militares.<br />
b) Diversos setores da sociedade apoiaram, pelo menos no<br />
primeiro momento, a ação dos golpistas.<br />
c) A ação dos setores militares respondeu a um sentimento de<br />
indignação de alguns grupos quanto aos rumos do governo João<br />
Goulart.<br />
d) O entendimento da grande imprensa de que os rumos tomados<br />
pelo presidente Goulart afetariam seus interesses ocasionou o<br />
apoio declarado ao golpe de março de 1964.<br />
31) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
PROVA DE GEOGRAFIA<br />
Em dezembro de 2005, o líder cocalero Evo Morales venceu, com<br />
maioria absoluta e apoio político e financeiro do venezuelano Hugo<br />
Chávez, as eleições presidenciais bolivianas, tornando-se o primeiro<br />
presidente de origem indígena do país.<br />
Quando ele assumiu o poder em 22 de janeiro de 2006, a<br />
plataforma política do partido que o representa (MAS - Movimento<br />
ao Socialismo) passou a ser discutida nacionalmente e no exterior,<br />
colocando em tensão países e investidores diversos em relação ao<br />
"risco-país" que a Bolívia passaria a representar, na economia<br />
global.<br />
Como forte opositor à erradicação do cultivo da coca, defendida<br />
pelos Estados Unidos, Evo Morales diverge, frontalmente, do<br />
sistema socioeconômico capitalista, que é a força motriz da<br />
globalização econômica.<br />
Entre os pontos mais polêmicos da plataforma política desenvolvida<br />
por Morales, é CORRETO destacar<br />
a) o suporte político e administrativo ao cultivo da folha de coca e<br />
a ampliação do comércio de cocaína para a Venezuela.<br />
b) a nacionalização de indústrias estratégicas e dos recursos<br />
naturais (hidrocarbonetos).<br />
c) a redução dos impostos para a classe média e o subsídio de<br />
saúde e educação para toda a população.<br />
d) a redução gradativa dos preços de produtos básicos de consumo<br />
da grande população.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
32) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
“Nas relações internacionais de hoje parece haver um jogo de<br />
xadrez global em três níveis. No tabuleiro superior está o poder<br />
militar, ocupado, sem competidores, pelos Estados Unidos; no<br />
tabuleiro intermediário fica o poder econômico, compartilhado pelos<br />
Estados Unidos, Europa, China (...) e Japão; no tabuleiro inferior<br />
estão as diversas outras relações internacionais (sociedade civil,<br />
grandes e médias empresas, traficantes, pacifistas, terroristas etc.).<br />
A potência dominante tem de olhar os três tabuleiros com muita<br />
atenção, pois dos tabuleiros inferiores podem vir lances inesperados<br />
que abalem o poder da potência imperial, como ocorreu com os<br />
ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.”<br />
PORTELA, Fernando e RUA, João. "Estados Unidos". São Paulo:<br />
Ática, 2006.<br />
Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre relações<br />
internacionais, assinale a opção INCORRETA:<br />
a) Para se destacarem no jogo do tabuleiro intermediário, os<br />
Estados Unidos têm levado a ampliação da OTAN para o Leste<br />
europeu, desequilibrando as forças entre as tradicionais<br />
potências européias, como Rússia e Alemanha.<br />
b) Uma estratégia atual, no âmbito militar, do governo<br />
norte-americano para disputar o jogo no tabuleiro intermediário<br />
é a ampliação do comércio de armas para países com governos<br />
aliados.<br />
c) No tabuleiro inferior, estão as tentativas de intervenção dos<br />
Estados Unidos nos processos políticos eleitorais de diversos<br />
países e regiões, visando a favorecer os representantes mais<br />
afinados com os interesses nacionalistas.<br />
d) Uma das ações do governo norte-americano, em território<br />
estrangeiro, que visam a impedir a ação dos agentes<br />
identificados como pertencentes ao tabuleiro inferior são as<br />
intervenções diretas no Afeganistão e no Iraque.<br />
33) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Em relação à crise de governabilidade na Colômbia, ligada a fatores<br />
paramilitares e/ou econômicos dos narcotraficantes, é INCORRETA<br />
a seguinte afirmação:<br />
a) A divisão político-administrativa criada pelo Estado é substituída<br />
por zonas produtoras de drogas, divididas de acordo com os<br />
interesses da máfia e da guerrilha, onde as leis, a autoridade e<br />
até mesmo a moeda nacional não têm validade.<br />
b) A influência política e um eficiente esquema de informação dos<br />
narcotraficantes fragmentam, geograficamente, os países<br />
produtores, constituindo encraves políticos e militares e, em<br />
alguns casos, estabelecendo territórios livres ocupados por<br />
grupos guerrilheiros.<br />
c) O financiamento à narcoguerrilha e ao terrorismo nacional,<br />
efetuado por grupos terroristas internacionais, como a<br />
Al-Qaeda, cria uma rede de suborno e corrupção que atravessa<br />
todo o Estado, particularmente as agências estatais<br />
encarregadas de seu controle e repressão.<br />
d) O Estado de direito, além de perder o controle sobre a<br />
economia, perde também hegemonia, legitimidade e autoridade,<br />
com a presença de narcotraficantes financiando campanhas para<br />
senadores e deputados e a existência de golpes de Estado.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
34) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Analise o cartaz abaixo e a reportagem que o acompanha.<br />
Segundo o líder do partido político responsável pelo cartaz acima,<br />
"os imigrantes que estão cá por bem têm consciência de que aquilo<br />
não é com eles. (...) Quem deverá ser expulso? Os marginais, os<br />
ilegais, os indigentes. Os que vêm para cá viver de subsídios. (...)<br />
Somos contra a nacionalidade dada burocraticamente. Portugal é<br />
para os portugueses".<br />
Adaptado de Diário de Notícias. Lisboa, quinta-feira, 29 mar. 2007.<br />
A partir da leitura da reportagem, identifique a alternativa que<br />
aponte indicadores demográficos da Europa ocidental da atualidade<br />
que se contraponham à política de expulsão de estrangeiros de<br />
Portugal proposta pela reportagem:<br />
a) A diminuição das taxas de natalidade e a redução da taxa de<br />
crescimento populacional (a perda de população absoluta).<br />
b) O aumento das taxas de fertilidade e uma maior expectativa de<br />
vida (envelhecimento absoluto).<br />
c) A repatriação dos grupos africanos e uma menor expectativa de<br />
vida entre a população jovem periférica dos grandes centros<br />
portugueses.<br />
d) A legalização automática dos imigrantes empresários e a<br />
elevação da quantidade de casamentos entre imigrantes e<br />
europeus.<br />
35) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Reflita sobre o cartaz abaixo, do Greenpeace.<br />
Identifique a alternativa que apresenta uma proposta para<br />
minimizar o problema denunciado pela ONG:<br />
a) Substituição da utilização intensiva do carvão vegetal pelo uso<br />
do carvão mineral e/ou petróleo.<br />
b) Utilização de transporte marítimo coletivo ou o<br />
compartilhamento, por pessoas conhecidas, de lanchas que<br />
usem o biodiesel.<br />
c) Elaboração de estudos sobre as indústrias mais poluidoras da<br />
região amazônica.<br />
d) Execução de projetos de redução das queimadas na região.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
36) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
A figura a seguir simboliza o fenômeno conhecido como efeito<br />
estufa, provocado pelo calor proveniente do Sol, refletido pela Terra<br />
na atmosfera e retido por uma capa de gases.<br />
Sabe-se que, apesar de natural, o efeito tem-se intensificado<br />
pela ação humana com a queima de combustíveis fósseis,<br />
desmatamento, dentre outros.<br />
Os cientistas que analisam o fenômeno argumentam que ele tem<br />
provocado<br />
a) a diminuição do nível dos oceanos do planeta.<br />
b) a elevação da temperatura média da Terra.<br />
c) o aumento do número de habitantes da Terra.<br />
d) o declínio das fontes alternativas de energia do planeta.<br />
37) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
As chuvas ácidas são um fenômeno atmosférico causado, em escala<br />
local e regional, pela emissão de poluentes das indústrias, dos<br />
meios de transporte e de outras fontes de combustão.<br />
Com base nessas informações e em seus conhecimentos, assinale a<br />
opção CORRETA:<br />
a) O Brasil está isento da ocorrência de chuvas ácidas, em razão<br />
da regularidade de suas precipitações, que propiciam a limpeza<br />
da atmosfera. Além disso, as constantes inversões térmicas<br />
evitam a concentração dos gases causadores desse problema.<br />
b) A chuva ácida ocorre somente nas regiões polares, devido à<br />
concentração de gases de clorofluorcarbonados, que aumentam<br />
a quantidade de ácidos nos vapores de água em suspensão.<br />
c) As chuvas ácidas provocam o aquecimento das águas, o que,<br />
consequentemente, causa a diminuição das superfícies aquosas<br />
disponíveis para o abastecimento e saneamento da população<br />
mundial.<br />
d) Nas zonas poluídas onde ocorrem as chuvas exageradamente<br />
ácidas, a acidez é agravada pela presença do trióxido de enxofre<br />
e do dióxido de nitrogênio, o que vem destruindo importantes<br />
monumentos históricos.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
38) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
O processo de urbanização no Brasil, extremamente rápido e<br />
desigual, trouxe grandes comprometimentos, por vezes até<br />
calamitosos, à qualidade ambiental das cidades brasileiras.<br />
Sobre a problemática ambiental urbana, analise as afirmativas:<br />
I- A falta de tratamento dos esgotos sanitários, nas cidades, em<br />
parte lançados "in natura" no solo, vem causando danos<br />
irreparáveis às reservas de água potável, comprometendo usos<br />
múltiplos da água.<br />
II- Apesar de consideradas um fenômeno natural, as enchentes<br />
são provocadas pelo homem, pois elas devastam as cidades<br />
devido às alterações empreendidas pelo ser humano na<br />
natureza. A retirada das coberturas vegetais, a utilização de<br />
materiais impermeáveis no solo, o depósito indevido de lixo nas<br />
ruas e outras atitudes humanas colaboram para a proporção do<br />
problema.<br />
III- A poluição gerada nas cidades é liberada de várias formas,<br />
podendo ser originada por meio de lixo depositado em locais<br />
impróprios, radiações, ruídos, substâncias químicas, agentes<br />
contaminadores e outros.<br />
IV- A eliminação do lixo gerado pelas pessoas dos grandes centros é<br />
feita principalmente por meio de aterros sanitários, que são<br />
grandes áreas de terra que servem como depósito para os<br />
vários tipos de lixo. A utilização dos aterros tem-se mostrado<br />
eficaz em relação ao material inorgânico que ali é depositado,<br />
pois acelera o processo de decomposição.<br />
V- Nas grandes cidades, a poluição atmosférica circunscreve-se às<br />
vias de trânsito rápido, daí a existência de placas educativas nas<br />
avenidas e rodovias urbanas, advertindo sobre o perigo de<br />
doenças respiratórias.<br />
São verdadeiras as afirmativas<br />
a) I, II e III apenas.<br />
b) II, III e IV apenas.<br />
c) I, II, III e V apenas.<br />
d) I, II, III, IV e V.<br />
39) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Observe a figura a seguir:<br />
Sobre a divisão regional apresentada, é CORRETO afirmar:<br />
a) A influência dos recursos naturais sobre as atividades<br />
econômicas explica por que as áreas da Amazônia e do Nordeste<br />
coincidem com os limites da floresta equatorial e do Polígono<br />
das Secas. Além disso, quase um quarto da população vive na<br />
miséria, enquanto uma pequena parcela detém parte das<br />
riquezas.<br />
b) A Amazônia possui a estrutura produtiva mais diversificada das<br />
três regiões, pois suas atividades de extração mineral e vegetal<br />
exploram grandes províncias mineralógicas e uma floresta com<br />
alta biodiversidade. Além disso, ela contribui muito com a<br />
migração para outras regiões.<br />
c) A Amazônia prolonga-se a leste, dominando o oeste do<br />
Maranhão, e ao sul, englobando grande parte do Mato Grosso.<br />
A região possui baixa densidade demográfica e nela<br />
predominam aspectos naturais, floresta densa e heterogênea,<br />
clima quente e úmido, rios extensos e caudalosos.<br />
d) O Nordeste corresponde a quase 19% do território brasileiro.<br />
Região pouco povoada, foi desbravada nos séculos XVII e XVIII<br />
pelos bandeirantes, que procuravam pedras e metais preciosos.<br />
Desde a década de 1980, a região atrai migrantes por oferecer<br />
grande quantidade de terras desabitadas e a serem exploradas.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
40) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Sabe-se que os parques públicos, nas grandes cidades, funcionam<br />
como importantes locais de lazer, dentre outros motivos, pela<br />
qualidade de suas condições microclimáticas: em geral, pode-se<br />
encontrar ali um ar mais úmido e com temperaturas mais amenas<br />
em relação ao resto da cidade.<br />
O esquema gráfico a seguir representa a variação de temperaturas<br />
do ar em certa hora do dia.<br />
Esse fenômeno climático, típico das grandes cidades, é conhecido<br />
como<br />
a) chuva ácida - cuja formação é consequência do fenômeno da<br />
inversão térmica, que determina uma retenção de ar quente<br />
próximo à superfície. É comum no inverno, quando uma camada<br />
de ar frio se situa muito embaixo na atmosfera, bem próximo da<br />
área central.<br />
b) ilha de calor – que, constituindo uma redoma climática sobre a<br />
cidade, faz com que as temperaturas das áreas centrais e de<br />
maior circulação de veículos, além das áreas industriais, sejam<br />
maiores do que as das áreas mais arborizadas.<br />
c) efeito estufa - processo artificial que se intensificou nas últimas<br />
décadas e entre cujas possíveis consequências estão o<br />
derretimento das calotas polares, os eventos de precipitação<br />
mais intensos e o aumento da temperatura nos grandes centros<br />
urbanos, principalmente nas áreas centrais.<br />
d) smog fotoquímico - fenômeno que faz com que um nevoeiro<br />
paire constantemente sobre as áreas centrais das cidades,<br />
especialmente quando estas estão cercadas por áreas de relevo<br />
mais elevadas, como ocorre em São Paulo e na Cidade do<br />
México, causando irritação na vista da população e<br />
intensificando os problemas respiratórios.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
PROVA DE LÍNGUA ESPANHOLA<br />
Instrucciones: Lea atentamente el texto siguiente y después<br />
conteste a las preguntas.<br />
“...Cuando comemos mucho o gastamos mucho dinero con la<br />
tarjeta de crédito, o hacemos una mala inversión, es probable que<br />
se deba a que hemos escuchado a nuestro cerebro emocional,<br />
cuando deberíamos haber pensado racionalmente.<br />
Cuando nuestras emociones están fuera de control, el resultado<br />
puede ser tan devastador como cuando no sentimos ninguna<br />
emoción.<br />
Recientemente, psicólogos y neurólogos han identificado una larga<br />
lista de deficiencias emocionales que nos hacen frecuentemente<br />
cometer errores.<br />
Consideremos el error conocido como el terror a la pérdida,<br />
identificado por los psicólogos Daniel Kahneman y Amos Tversky.<br />
Los expertos notaron que, cuando a una persona le proponían echar<br />
una moneda a la suerte (para adivinar cara o cruz) en la que podría<br />
perder US$20, la persona exigía que si ganaba, la recompensasen<br />
con US$40.<br />
El dolor ante la pérdida era aproximadamente dos veces más<br />
potente que el placer generado por la ganancia. Es más, nuestras<br />
decisiones parecen estar determinadas por estos sentimientos.<br />
Como dijeron Kahneman y Tversky, "en la toma de decisiones las<br />
pérdidas dominan más nuestro pensamiento que las ganancias".<br />
El terror a la pérdida es reconocido ahora como un prejuicio<br />
importante, con múltiples implicaciones. Nuestro deseo de evitar<br />
todo lo que esté relacionado con perder moldea muchas veces<br />
nuestra conducta, impulsándonos a cometer tonterías...”<br />
Fuente: (Jonah Lehrer para BBC Ciencia, miércoles 25 febrero <strong>2009</strong>.)<br />
41) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Si partimos de un punto de vista opuesto a la del autor podemos<br />
concluir que<br />
a) gastamos mucho dinero impulsados por la emoción.<br />
b) cuando comemos mucho actúa nuestro lado emocional.<br />
c) nuestro deseo de evitar todo lo que esté relacionado con ganar<br />
nos impulsa a cometer tonterías.<br />
d) gastamos mucho dinero y comemos mucho impulsados por la<br />
emoción.<br />
42) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Si el autor tomara como punto de partida lo contrario a lo expuesto<br />
en el texto, se concluiría que hacemos una mala inversión por<br />
a) un impulso emocional.<br />
b) falta de un buen cálculo.<br />
c) un impulso irracional<br />
d) un pensar racional.<br />
43) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
De acuerdo al texto cuando nuestras emociones están fuera de<br />
control, es como<br />
a) no sentir ninguna emoción.<br />
b) perder completamente el control.<br />
c) sentirse excesivamente emocionado.<br />
d) perder todos los sentimientos.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
44) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Lea las afirmaciones:<br />
I- Cometemos errores por falta de cálculos.<br />
II- Cometemos errores por deficiencias emocionales.<br />
III- Cometemos errores por pensar irracionalmente.<br />
¿Cuál(es) de las afirmaciones es(son) verdadera(s)?<br />
a) Solo I.<br />
b) Solo III.<br />
c) Solo I y II.<br />
d) Solo II y III.<br />
45) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Lea el trecho:<br />
“Nuestras decisiones parecen estar determinadas por estos<br />
sentimientos” (párrafo 6)<br />
Esto quiere decir que nuestras decisiones están determinadas por<br />
a) la razón.<br />
b) el dolor.<br />
c) la motivación.<br />
d) el impulso.<br />
46) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Complete los espacios con V (verdadero) o F (falso), según el<br />
texto:<br />
( )Hacemos una buena inversión cuando escuchamos nuestro<br />
lado emocional.<br />
( )Hacemos una mala inversión por indecisión.<br />
( )Cometemos errores por causa de nuestras deficiencias<br />
emocionales.<br />
( )Es más intenso el placer generado por la ganancia ante el dolor<br />
de la pérdida.<br />
Marque la alternativa que apunta la secuencia CORRECTA:<br />
a) V – F – F - V<br />
b) F – F – V - F<br />
c) V – F – V - F<br />
d) V – V – F - V<br />
47) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Lea a siguiente frase:<br />
“Consideremos el error conocido como el terror a la pérdida”<br />
(párrafo 4)<br />
¿Cuál es el sentido expresado en la frase?<br />
a) La pérdida es el resultado del error.<br />
b) El error es consecuencia de la pérdida.<br />
c) La pérdida es un error.<br />
d) El error es el resultado del terror a la pérdida.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
48) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Considere el siguiente fragmento:<br />
“Los expertos notaron que, cuando a una persona le<br />
proponían echar una moneda a la suerte…” (párrafo 5)<br />
Con respecto a ella podemos afirmar que<br />
a) “le” se refiere al sujeto del verbo “echar”.<br />
b) “expertos” es el sujeto del verbo proponer”.<br />
c) “le” desempeña una función enfática al referirse al objeto<br />
indirecto “una persona”.<br />
d) el sujeto del verbo “notar” es “una persona”.<br />
49) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Lea el trecho:<br />
"En la toma de decisiones las pérdidas dominan más nuestro<br />
pensamiento que las ganancias". (párrafo 6)<br />
El sentido que la expresión posee en ese contexto es que dominan<br />
en nuestro pensamiento<br />
a) las pérdidas.<br />
b) las ganancias.<br />
c) el raciocinio.<br />
d) nuestras decisiones.<br />
50) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Lo contrario del término “prejuicio” (párrafo 7) es<br />
a) reflexión.<br />
b) arbitrariedad.<br />
c) manía.<br />
d) convencionalismo.<br />
PROVA DE LÍNGUA INGLESA<br />
Instruction: Read, please, the text below. Then, answer the<br />
questions on it.<br />
EX-TRASH CATCHER (MAINLY PIECES OF PAPER AND ALIKE)<br />
KEEPS A LIBRARY WITH 22 THOUSAND BOOKS.<br />
Vanilda among her books.<br />
Alex de Jesus / O Tempo / Folha Imagem<br />
In 1998, Vanilda de Jesus Pereira, from Minas Gerais State,<br />
underwent a brain stroke. Thus, she got unable to regain her job as<br />
a nanny, and set off to pick up pieces of paper around the streets.<br />
Yet, one kind of the items that she used to pick up was<br />
inappropriate for recycling: the books she happened to find along<br />
her way. Today her collection mounts to about 22 thousand<br />
different titles, available at Graça Rios Library, the one that she<br />
herself opened at Paquetá Slum, in Belo Horizonte.<br />
Early in life, Vanilda showed a special interest in literature,<br />
although she had only attended the sixth grade. Her illiterate father<br />
undervalued reading, once his major goal, concerning female<br />
people, was that they should be able to cook and be a good wife.<br />
In 1977, at the age of 14 years old, the girl started working,<br />
taking care of children. One day, she failed to do one of her tasks.<br />
Then, her boss, the house owner she worked for, caught her with
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
an open book: “Where would you like to get to by reading?”, she<br />
stormed. Next, Vanilda got fired. With the money she had managed<br />
to save, she purchased the “misunderstanding” book – Escrava<br />
Isaura. “I wanted to finish to read it, “uai”…” Fifteen days later, her<br />
ex-boss’s cousin hired her. Besides getting a new job, she was<br />
allowed to attend their library. “Here you can read anything”, she<br />
was told there.<br />
From every payment, she got more and more books, which<br />
she maintained underneath her bed. As time went by, she needed<br />
more room for her new acquisitions. Instead of getting rid of them,<br />
she rented a shanty to keep them. In the year 2002, her “library”<br />
was discovered by a media worker. It was when she became aware<br />
of her own library. She was told how to catalogue her books by<br />
Graça Rios, a writer. (“My library is named so, after my wish to<br />
honor her, when still alive”). Thereafter, she began to be given<br />
donations from different sources.<br />
Nowadays, the ex-trash gatherer, ex-housekeeper, and exnanny<br />
provides food, remedial lessons and pre-entrance exam<br />
classes to 130 kids and youngsters; she also teaches illiterate<br />
grown-ups, and keeps a room open to those who want to take<br />
computer lessons or sowing ones. “Nothing had been arranged. I<br />
carried on doing what was possible”, she points out.<br />
Her struggle went beyond the slum limits. Counting on some<br />
voluntary workers’ assistance, she takes lunch to the sick people’s<br />
caretakers who are in state health units. “Lots of them come from<br />
the country or small towns with hardly any money, and such food is<br />
pretty important to them”. In order to get funds to continue<br />
volunteering, she holds six different social gatherings per year, such<br />
as dinner parties and fashion shows. That initiative was one of the<br />
15 finals to the Vivaleitura 2008 award. Even though she doesn’t<br />
regard herself as a winner, Vanilda rejoices in being acknowledged<br />
as such. She sometimes feels it odd, when some people can’t<br />
realize her generosity. “Is it why I’m only a poor individual who has<br />
got a low level cultural background that I’m unable to assist<br />
others?” And she finishes our talk by firmly quoting Madre Teresa<br />
de Calcutá: “There isn’t such a poor one that hasn’t got anything to<br />
give his fellow man, and nor a rich one that needs nothing.”<br />
Reprinted by TAM Magazine – Brasil Almanaque de Cultura Popular,<br />
February / <strong>2009</strong><br />
41) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
In the year 1998, Vanilda de Jesus Pereira ________________ a<br />
brain trouble.<br />
a) came through<br />
b) came out<br />
c) came off<br />
d) came down<br />
42) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
In the text, the character in focus<br />
a) attended the local library to borrow nice books.<br />
b) didn’t care about the books she saw around, as a trash catcher.<br />
c) underestimates what she has done.<br />
d) guesses it has been worth facing up to what she still carries on<br />
doing.<br />
43) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
It mustn’t be stated about Vanilda that<br />
a) within a fortnight she could find a better occupation.<br />
b) her first boss got pretty mad at her, when she caught her<br />
reading in daily hours.<br />
c) Escrava Isaura may have fostered her to go ahead in life.<br />
d) it took her long to begin her first job.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
44) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
As time went by, Vanilda felt an inner appeal to<br />
a) sell old books at low prices.<br />
b) deal with something else other than books.<br />
c) refuse any sort of donation.<br />
d) be taught computer lessons.<br />
45) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Next, Vanilda got fired.<br />
The underlined word suggests an idea of<br />
a) conclusion.<br />
b) lateness.<br />
c) time.<br />
d) opposition.<br />
46) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Before meeting a media worker, Vanilda<br />
a) had already arranged her future career.<br />
b) tried to get rid of all her books.<br />
c) wasn’t still conscious that she had a library of her own.<br />
d) had her books catalogued by a writer, Graça Rios.<br />
47) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
What saying below matches the ex-trash gatherer best?<br />
a) Where there is a will, there is a way.<br />
b) Charity begins at home.<br />
c) A stitch in time saves nine.<br />
d) Crime doesn’t pay off.<br />
48) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
“… and nor a rich one that needs nothing”.<br />
In the sentence above, the underscored word means<br />
a) people who struggle for life.<br />
b) only those who can save a lot.<br />
c) quite a few people.<br />
d) any human being.<br />
49) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
All the statements below are untrue, concerning such reading<br />
passage, EXCEPT<br />
a) She keeps a high standard of living.<br />
b) Vanilda doesn’t surrender herself to problems easily.<br />
c) She only spends her cash on her own needs.<br />
d) She never thinks of herself.<br />
50) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
“Thus, she got unable to regain her job as a nanny…”<br />
The sentence above conveys an idea of<br />
a) conclusion.<br />
b) purpose.<br />
c) concession.<br />
d) addition.
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REDAÇÃO<br />
Leia, atentamente, o trecho a seguir:<br />
“O medo da solidão e do desamparo sempre foi maior do que a<br />
vontade – presente em todos nós - de viver de acordo com nossas<br />
convicções. Isto, na prática, significa uma enorme tendência para a<br />
submissão aos regulamentos próprios de uma sociedade, coisa que<br />
até há muito pouco tempo não era nem mesmo questionada e<br />
determinava uma brutal e ilógica tendência homogeneizadora dos<br />
modos de viver. Tendência ilógica porque nós somos criaturas<br />
essencialmente diferentes umas das outras (...) se somos todos<br />
diferentes (isto me parece uma verdade indiscutível, visível mesmo<br />
a olho nu), não há por que tenhamos que viver do mesmo modo.”<br />
(Flávio Gikovate, Folha de São Paulo)<br />
Tomando o trecho acima como ponto de partida, elabore um<br />
TEXTO DISSERTATIVO em que você se posicione sobre as ideias<br />
nele contidas e apresente, de forma coerente e bem fundamentada,<br />
uma avaliação crítica a respeito do assunto abordado.<br />
Observações:<br />
• Produza um texto de, no mínimo, 15 linhas.<br />
• Dê um título a ele.<br />
• Faça a redação a tinta.<br />
RASCUNHO<br />
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ADMINISTRAÇÃO E CONTÁBEIS<br />
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E<br />
LITERATURA BRASILEIRA<br />
Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões<br />
de 1 a 16 referem-se a ele.<br />
UM APÓLOGO<br />
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:<br />
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda<br />
enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?<br />
- Deixe-me, senhora.<br />
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que<br />
está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que<br />
me der na cabeça.<br />
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.<br />
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem<br />
o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos<br />
outros.<br />
- Mas você é orgulhosa.<br />
- Decerto que sou.<br />
- Mas por quê?<br />
- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa<br />
ama, quem é que os cose, senão eu?<br />
- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você<br />
ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?<br />
- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um<br />
pedaço ao outro, dou feição aos babados...<br />
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,<br />
puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e<br />
mando...<br />
- Também os batedores vão adiante do imperador.<br />
- Você é imperador?<br />
- Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel<br />
subalterno, indo adiante: vai só mostrando o caminho, vai fazendo<br />
o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...<br />
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da<br />
baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma<br />
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás<br />
dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou<br />
da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser. Uma e outra iam<br />
andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das<br />
sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana<br />
– para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:<br />
- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?<br />
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu<br />
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e<br />
acima...<br />
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela<br />
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe<br />
o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo<br />
que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E<br />
era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plicplic-plic-plic<br />
da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a<br />
costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até<br />
que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.<br />
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira,<br />
que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho,<br />
para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido<br />
da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou<br />
dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da<br />
agulha, perguntou-lhe:<br />
- Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da<br />
baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai<br />
dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a<br />
caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?<br />
Vamos, diga lá.<br />
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de<br />
cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:<br />
– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela,<br />
e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de<br />
costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde<br />
me espetam, fico.<br />
Contei esta história a um professor de melancolia, que me<br />
disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a<br />
muita linha ordinária!<br />
(Machado de Assis: Contos. 18 ed. São Paulo.Ática, 1954 p. 89)
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51) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Pode-se constatar, no diálogo entre a agulha e a linha, uma relação<br />
de<br />
a) opressão do mais forte sobre o mais fraco.<br />
b) amor e ódio entre os elementos do processo de comunicação.<br />
c) desigualdade na obtenção de recompensas.<br />
d) êxito e fracasso marcados pelo egoísmo desenfreado.<br />
52) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
É possível inferir que, no texto, o autor<br />
a) evidencia traços de analogia entre a agulha e o professor de<br />
melancolia.<br />
b) vale-se do uso da agulha e da linha apenas em sentido literal.<br />
c) assume uma postura paternalista ao referir-se ao alfinete.<br />
d) repudia a impassibilidade da agulha diante da arrogância da<br />
linha.<br />
Para responder às questões 3 e 4, analise as afirmativas<br />
apresentadas.<br />
53) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
III) O texto, em nível mais profundo, suscita a possibilidade de uma<br />
leitura em que se efetiva a transferência de situações do<br />
contexto real para o metafórico.<br />
IV) No processo de comunicação estabelecido entre agulha/linha,<br />
constata-se que o autor assume um posicionamento radical na<br />
sua argumentação e parcial nos critérios de julgamento.<br />
a) Apenas II está correta.<br />
b) Apenas I está correta.<br />
c) I e II estão corretas.<br />
d) I e II estão incorretas.<br />
54) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
III) O final do apólogo, que se relaciona com as ideias recorrentes<br />
desenvolvidas pelo autor, sugere que, nem sempre, os<br />
indivíduos usufruem do prestígio de seu trabalho.<br />
IV) O encadeamento de pressupostos adquire importância no texto<br />
e dá consistência ao raciocínio argumentativo do “Apólogo”.<br />
a) Apenas II está correta.<br />
b) I e II estão incorretas.<br />
c) Apenas I está correta.<br />
d) I e II estão corretas.<br />
55) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Assinale o fragmento que, se contextualizado, sugere a<br />
personificação da agulha e/ou da linha.<br />
a) “... eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos<br />
babados...”<br />
b) “Você fura o pano, nada mais...”<br />
c) “Por que está você com esse ar, toda cheia de si...”<br />
d) Chegou a costureira... pegou da agulha, pegou da linha, enfiou<br />
alinha na agulha, e entrou a coser.”<br />
56) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
O uso de pólos antagônicos<br />
a) permeia o texto com a presença de uma voz sarcástica e<br />
pessimista.<br />
b) direciona a fala dos protagonistas para o inverossímil.<br />
c) reforça o desempenho dialógico da agulha e da linha.<br />
d) funciona como motivo condutor da desordem argumentativa do<br />
“Apólogo”.
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57) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
No texto, a agulha e a linha só NÃO<br />
a) fazem a apologia do estereótipo da frustração profissional.<br />
b) atuam de forma persuasiva.<br />
c) estabelecem conjeturas e confrontos.<br />
d) levantam objeções.<br />
58) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Uma postura crítica e até mesmo moralizadora foi exemplificada, no<br />
texto, pela fala<br />
a) da costureira.<br />
b) da linha.<br />
c) da agulha.<br />
d) do alfinete.<br />
59) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
A leitura do texto permite identificar equidade entre a postura de<br />
a) linha/alfinete.<br />
b) agulha/professor de melancolia.<br />
c) costureira/professor de melancolia.<br />
d) alfinete/costureira.<br />
60) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
No fragmento “... a linha, para mofar da agulha,<br />
perguntou-lhe:...”, o vocábulo grifado, sem perda de sentido,<br />
pode ser substituído por<br />
a) vingar.<br />
b) criticar.<br />
c) menosprezar.<br />
d) escarnecer.<br />
61) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Leia o fragmento abaixo e assinale a opção que identifique o<br />
recurso estilístico nele utilizado:<br />
“E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais<br />
que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.”<br />
a) onomatopéia.<br />
b) metonímia.<br />
c) catacrese.<br />
d) pleonasmo.<br />
62) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Observe o fragmento:<br />
“Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se.”<br />
Em nível morfossintático, é INCORRETO afirmar que<br />
a) o termo “a noite” é responsável pela flexão verbal.<br />
b) a expressão “do baile” modifica o termo “noite”.<br />
c) o uso da vírgula infringe os padrões da língua culta porque<br />
separa orações ligadas pelo conetivo “e”.<br />
d) a ênclise poderia ser substituída pela próclise em “vestiu-se”.<br />
63) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Considere os fragmentos abaixo e assinale aquele em que ocorra a<br />
presença de construção expletiva, recurso recorrente no texto.<br />
a) “Você ignora que quem os cose sou eu...”<br />
b) “Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.”<br />
c) “Eu é que furo o pano, vou adiante...”<br />
d) “Cada qual tem o ar que Deus lhe deu.”
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64) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Leia o fragmento:<br />
“ – Você é imperador?<br />
- Não digo isso.”<br />
Sobre ele, é CORRETO afirmar que<br />
a) o vocábulo “isso” retoma uma ideia anteriormente expressa.<br />
b) as formas verbais “e” e “digo” funcionam como núcleo do<br />
predicado.<br />
c) o vocábulo “imperador” exerce a função de predicativo.<br />
d) os predicados classificam-se como verbo-nominal e verbal,<br />
respectivamente.<br />
65) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Observe o seguinte trecho:<br />
“E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado<br />
ou outro, arregaçava daqui ou dali... a linha, para mofar da agulha,<br />
perguntou-lhe:...”.<br />
NÃO está presente entre as orações do fragmento a relação de<br />
a) adição.<br />
b) finalidade.<br />
c) temporalidade.<br />
d) comparação.<br />
66) FMC – <strong>2009</strong>/2°<br />
Em relação ao fragmento “- Por que está você com esse ar,<br />
toda cheia de si...”, está INCORRETA a função identificada para<br />
o termo em:<br />
a) “você” – substantiva<br />
b) “toda” - adjetiva<br />
c) “esse” – adjetiva<br />
d) “mundo” - substantiva<br />
Instrução: Responda às questões de 17 a 20 com base nas obras<br />
São Bernardo, de Graciliano Ramos, e Auto da compadecida, de<br />
Ariano Suassuna.<br />
67) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Assinale a alternativa INCORRETA sobre o romance de Graciliano<br />
Ramos:<br />
e) O léxico do texto, repleto de expressões populares, reflete, em<br />
vários momentos, a condição rude do narrador.<br />
f) A trajetória do protagonista, narrada de forma impessoal, revela<br />
a vitória do materialismo sobre a humanização.<br />
g) O título do romance está diretamente relacionado com um dos<br />
temas da obra, o senso de propriedade.<br />
h) Ao longo do relato, a subjetividade do protagonista-narrador<br />
interfere na objetividade da narrativa.<br />
68) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
A metalinguagem é um procedimento que pode ser constatado na<br />
seguinte passagem do romance de Graciliano Ramos:<br />
As pessoas que me lerem terão, pois, a bondade de<br />
traduzir isto em linguagem literária, se quiserem. Se<br />
não quiserem, pouco se perde. Não pretendo bancar<br />
o escritor. (Capítulo 2)<br />
Assinale o trecho em que tal recurso ocorra de forma metafórica:<br />
e) Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas – e a<br />
folha permanece meio escrita, como estava na véspera.<br />
f) Dois capítulos perdidos. Talvez não fosse mau aproveitar os do<br />
Gondim, depois de expurgados.<br />
g) Achei a propriedade em cacos: mato, lama e potó como os<br />
diabos.<br />
h) Ora vejam. Se eu possuísse metade da instrução de Madalena,<br />
encoivarava isto brincando.
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69) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
O título da obra de Ariano Suassuna NÃO está corretamente<br />
explicado em:<br />
e) O termo “auto” integra o conjunto ordenado das peças de um<br />
processo que a divindade articula contra os humanos.<br />
f) O vocábulo “auto” prende-se à modalidade de representação<br />
teatral, de caráter popular e religioso, típica da Idade Média.<br />
g) A expressão “compadecida” relaciona-se com a Virgem Maria,<br />
aquela que tem compaixão pelos que sofrem.<br />
h) As palavras “auto” e “compadecida” remetem ao episódio<br />
nuclear da peça, em que Nossa Senhora terá misericórdia dos<br />
mortais.<br />
70) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
As seguintes passagens de Auto da compadecida referem-se ao<br />
episódio do julgamento, EXCETO:<br />
e) A carne implica todas essas coisas turvas e mesquinhas. Quase<br />
tudo o que eles faziam era por medo. Eu conheço isso, porque<br />
convivi com os homens: começam com medo, coitados, e<br />
terminam por fazer o que não presta, quase sem querer.<br />
É medo.<br />
f) Eu sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu<br />
velho. Discordar de minha mãe é que não vou.<br />
g) Vergonha é uma mulher casada na igreja se oferecer desse<br />
jeito. Aliás já tinha ouvido falar que a senhora enganava seu<br />
marido com todo mundo.<br />
h) O caso é duro. Compreendo as circunstâncias em que João<br />
viveu, mas isso também tem um limite. Afinal de contas, o<br />
mandamento existe e foi transgredido. Acho que não posso<br />
salvá-lo.<br />
71) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
PROVA DE MATEMÁTICA<br />
O valor da expressão M = , quando x = e y = ,<br />
equivale a<br />
a) 0,845<br />
b) 0,625<br />
c) 1<br />
d) 0,5<br />
72) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Uma empresa avalia os salários de seus empregados e verifica que<br />
a média salarial corresponde a R$870,00. No entanto, é observado<br />
que 10% desses empregados têm média salarial de R$6.000,00.<br />
Com base nessas informações, pode-se dizer que a média salarial<br />
dos outros empregados vale<br />
a) R$250,00.<br />
b) R$300,00.<br />
c) R$400,00.<br />
d) R$350,00.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
73) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Dois números inteiros e positivos a e b são tais que a soma de seus<br />
quadrados (a 2 + b 2 ) vale 117 e o seu produto (a.b), 54.<br />
Então, o valor do quadrado da diferença desses números (a – b) 2 é<br />
igual a<br />
a) 9<br />
b) 10<br />
c) 8<br />
d) 12<br />
74) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
O gráfico da função quadrática definida por f(x) = x 2 + mx + (m+3),<br />
com m ∈ R e m < 0, tem um único ponto em comum com o eixo<br />
das abscissas.<br />
Assim, o valor de y que essa função associa, quando se tem x = 3,<br />
é equivalente a<br />
a) 5<br />
b) 3<br />
c) 2<br />
d) 4<br />
75) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Em uma lanchonete, o copo de suco natural com 300 ml custa<br />
R$2,40.<br />
Para se manter um valor proporcional em cada litro de suco<br />
produzido, o copo de 500 ml deve ser vendido por<br />
a) R$3,80<br />
b) R$4,00<br />
c) R$4,20<br />
d) R$4,50<br />
76) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Leia o texto a seguir:<br />
“O som que faz a cabeça da moçada pode ameaçar a saúde dos<br />
ouvidos.(...)<br />
A intensidade ideal para se escutar músicas em MP3 ou iPod vai de<br />
70 a 75 decibéis.(...)<br />
A estimativa, no entanto, é de que jovens usem MP3 com<br />
intensidades superiores a 90 decibéis”.<br />
Fonte: Internet<br />
Com base nas informações dadas, pode-se dizer que a diferença,<br />
em percentual, entre o limite máximo de intensidade não prejudicial<br />
à saúde dos ouvidos e o mínimo utilizado pelos jovens é de<br />
a) 25%<br />
b) 15%<br />
c) 20%<br />
d) 30%
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77) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Uma prova de matemática é constituída de dez questões do tipo<br />
múltipla escolha, tendo cada questão quatro alternativas distintas.<br />
Se todas as dez questões forem respondidas ao acaso, o número de<br />
maneiras distintas de se preencher o <strong>gabarito</strong> será igual a<br />
a) 40<br />
b) 10 4<br />
c) 4 10<br />
d) 16<br />
78) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Na figura abaixo, o quadrado tem lado medindo 4 cm. M e N são,<br />
respectivamente, os pontos médios dos lados AB e AD desse<br />
quadrado.<br />
A<br />
N<br />
M<br />
D C<br />
B<br />
Então, a área da faixa pintada, em cm 2 , é igual a<br />
a) 6<br />
b) 16<br />
c) 9<br />
d) 12<br />
Instrução: Para responder às questões 29 e 30, leia o<br />
texto.<br />
BRASIL GASTA COM “SPREAD” 2,5 VEZES O<br />
ORÇAMENTO DA SAÚDE<br />
“Em 2008, os brasileiros gastaram R$134,5<br />
bilhões em ‘spread’ bancário - diferença entre a<br />
taxa paga pelo banco e a que é aplicada em<br />
empréstimos a consumidores. O valor é duas<br />
vezes e meia o orçamento do Ministério da Saúde<br />
no período.<br />
Segundo estudo feito pela Fecomercio-SP<br />
(Federação do Comércio do Estado de São Paulo),<br />
as pessoas físicas foram responsáveis por<br />
R$85,4 bilhões do total”.<br />
Fonte: Folha Online
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79) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Com base no texto acima, é CORRETO afirmar:<br />
a) O orçamento da saúde gira em torno de R$53,8 bilhões.<br />
b) O “spread” bancário contribui para a escassez de recursos da<br />
saúde no país.<br />
c) As pessoas jurídicas do Brasil contribuem com mais de 50% do<br />
“spread” total.<br />
d) O total de recursos destinados à saúde é insuficiente para cuidar<br />
da população brasileira.<br />
80) FMC – <strong>2009</strong>/2º<br />
Comparando-se apenas os valores do orçamento do Ministério da<br />
Saúde e o da contribuição das pessoas físicas no total calculado<br />
para o “spread”, pode-se afirmar que o primeiro equivale a<br />
aproximadamente<br />
a) 57% do segundo.<br />
b) 50% do segundo.<br />
c) 43% do segundo.<br />
d) 63% do segundo.<br />
REDAÇÃO<br />
Leia, atentamente, o trecho a seguir:<br />
“O medo da solidão e do desamparo sempre foi maior do que a<br />
vontade – presente em todos nós - de viver de acordo com nossas<br />
convicções. Isto, na prática, significa uma enorme tendência para a<br />
submissão aos regulamentos próprios de uma sociedade, coisa que<br />
até há muito pouco tempo não era nem mesmo questionada e<br />
determinava uma brutal e ilógica tendência homogeneizadora dos<br />
modos de viver. Tendência ilógica porque nós somos criaturas<br />
essencialmente diferentes umas das outras (...) se somos todos<br />
diferentes (isto me parece uma verdade indiscutível, visível mesmo<br />
a olho nu), não há por que tenhamos que viver do mesmo modo.”<br />
(Flávio Gikovate, Folha de São Paulo)<br />
Tomando o trecho acima como ponto de partida, elabore um<br />
TEXTO DISSERTATIVO em que você se posicione sobre as ideias<br />
nele contidas e apresente, de forma coerente e bem fundamentada,<br />
uma avaliação crítica a respeito do assunto abordado.<br />
Observações:<br />
• Produza um texto de, no mínimo, 15 linhas.<br />
• Dê um título a ele.<br />
• Faça a redação a tinta.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO <strong>2009</strong>/2º<br />
RASCUNHO<br />
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GABARITO OFICIAL PROVA DIA 11/06/<strong>2009</strong><br />
CURSOS: ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS<br />
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira Matemática<br />
01 C 11 A 21 C<br />
02 A 12 C 22 B<br />
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10 D 20 C 30 D<br />
GABARITO OFICIAL PROVA DIA 11/06/<strong>2009</strong><br />
CURSOS: DIREITO<br />
Língua Portuguesa e<br />
Literatura Brasileira<br />
História Geografia Espanhol Inglês<br />
01 C 11 A 21 B 31 B 41 C 51 A<br />
02 A 12 C 22 A 32 C 42 D 52 D<br />
03 B 13 C 23 B 33 C 43 A 53 D<br />
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05 C 15 D 25 C 35 D 45 B 55 C<br />
06 C 16 anulada 26 C 36 B 46 B 56 C<br />
07 A 17 B 27 A 37 D 47 D 57 A<br />
08 D 18 D 28 B 38 A 48 C 58 D<br />
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