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I s I d o r o G I l l e I v a & M a r I â n G e l a s p o t t I l o p e s F u j I t a ( e d . )<br />
documento é sobre a “<strong>de</strong>pressão clínica” po<strong>de</strong> ser in<strong>de</strong>xado pelo <strong>de</strong>scritor<br />
“Depressão Clínica”, que foi talvez um dos mais precisos, mas também por outros<br />
termos mais gerais como “Psicose”, “Psicose afetiva” , ou “Doença mental”.<br />
No entanto, esses três termos não fornecem um maior grau <strong>de</strong> exaustivida<strong>de</strong><br />
em termos <strong>de</strong> conceitos presentes no documento. Então, este fator <strong>de</strong>verá ser<br />
consi<strong>de</strong>rado para uma análise comparativa entre vários sistemas ou bases <strong>de</strong><br />
dados que analisam o mesmo documento para verificar o grau <strong>de</strong> exaustivida<strong>de</strong>.<br />
Existem várias razões pelas quais os sistemas <strong>de</strong> informação ou bases <strong>de</strong> dados<br />
ampliam o número <strong>de</strong> <strong>de</strong>scritores sem consi<strong>de</strong>rar mais conceitos contidos no<br />
documento: pela generalida<strong>de</strong> ou especialização da informação tratada, pelas<br />
exigências dos usuários, e porque quanto mais <strong>de</strong>scritores, maior é a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> recuperação, embora, obviamente, diminua o grau <strong>de</strong> precisão.<br />
2.2.2 especificidA<strong>de</strong><br />
Charles Ammi Cutter em seu Rules for a printed dictionary catalogue<br />
<strong>de</strong> 1876 falou da especificida<strong>de</strong> na atribuição <strong>de</strong> assuntos. Ele aconselha que os<br />
documentos sejam in<strong>de</strong>xados por cabeçalhos <strong>de</strong> assunto específico, evitando<br />
um cabeçalho mais geral. Diz, por exemplo, que um livro intitulado “A Arte<br />
da Pintura” seja in<strong>de</strong>xado por “Pintura”; que outro chamado “O ferro” seja<br />
pelo assunto “Ferro”, mas não “Metais” ou “Metalurgia”, e um livro <strong>de</strong> cacto,<br />
“Cacto” e não “Botânica” (CUTTER, 1876, p. 15).<br />
Des<strong>de</strong> a meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 1970 foram publicados trabalhos<br />
sobre a especificida<strong>de</strong> dos termos <strong>de</strong> in<strong>de</strong>xação (SPARCK JONES, 1972;<br />
ROBERTSON, 1974, YU; SALTON, 1976; WU; SALTON, 1981; ROWLEY,<br />
1988; OU WONG; YAO, 1992). A própria norma ISO 5963-1985 sugere<br />
que a especificida<strong>de</strong> tem a ver com a precisão com que um termo <strong>de</strong> in<strong>de</strong>xação<br />
representa fielmente um conceito particular que aparece no documento em<br />
análise. Portanto, é preciso ter linguagens <strong>de</strong> in<strong>de</strong>xação a<strong>de</strong>quadas ao grau <strong>de</strong><br />
especificida<strong>de</strong> que se <strong>de</strong>seja conseguir e, em seguida, que o in<strong>de</strong>xador localize<br />
esses termos a<strong>de</strong>quados durante o processo.<br />
Em suma, o padrão <strong>de</strong> especificida<strong>de</strong> é <strong>de</strong>finido tanto pela experiência<br />
dos in<strong>de</strong>xadores como pelos <strong>de</strong>scritores ou assuntos escolhidos nas linguagens <strong>de</strong><br />
in<strong>de</strong>xação utilizadas, assim como a política <strong>de</strong> in<strong>de</strong>xação da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação,<br />
mas ambos aspectos <strong>de</strong>vem estar pré-estabelecidos. Em geral, a in<strong>de</strong>xação em uma<br />
biblioteca não especializada será mais geral do que em uma especializada.<br />
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