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I s I d o r o G I l l e I v a & M a r I â n G e l a s p o t t I l o p e s F u j I t a ( e d . )<br />

etc.), para que juntos formem uma i<strong>de</strong>ia global, produto da compreensão como<br />

no texto a seguir, que localizamos num artigo <strong>de</strong> jornal:<br />

Na Galiza foram encontrados caracóis-fêmea Nucella lapillus com um pênis<br />

milimétrico; enquanto que em Huelva foram encontrados caracóis Bolinas brandaris<br />

com um pênis que chega a vagina. No rio Ebro surgiram carpas macho com ovários.<br />

E em estuários contaminados do Mediterrâneo foram encontradas salmonetes com<br />

problemas semelhantes. Os resultados <strong>de</strong> numerosas investigações feitas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1970<br />

até à data nas diferentes partes do mundo e estudando diferentes espécies sugerem<br />

que a causa é o uso <strong>de</strong> tributilo <strong>de</strong> estanho nas tintas antiincrustantes usadas para<br />

proteger os cascos dos barcos <strong>de</strong> algas e crustáceos.<br />

O texto acima po<strong>de</strong> ser transformado em uma frase no presente que<br />

resulta da compressão do mesmo pelo leitor/ouvinte. “A contaminação química<br />

provoca distúrbios hormonais nos seres vivos”.<br />

Continua apontando em seu “Ciencia <strong>de</strong>l texto” que o tema não<br />

tem porque ser nomeado no texto. Se aparece, estamos diante <strong>de</strong> uma palavra<br />

temática ou frase temática e ambas têm a importante função cognitiva <strong>de</strong> colocar<br />

o leitor ou ouvinte em condições <strong>de</strong> fazer uma macrointerpretação “correta” do<br />

texto. Este recebe uma ajuda para sua “suposição” do que po<strong>de</strong> se tratar o texto.<br />

Em resumo, o linguista diz que estas regras permitem-nos <strong>de</strong>cidir <strong>de</strong> uma forma<br />

mais ou menos exata o que é principal e secundário, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do contexto <strong>de</strong><br />

cada texto; apesar <strong>de</strong> que diferentes falantes po<strong>de</strong>m fazer diferentes aplicações<br />

das regras. Para uma pessoa um texto “significa” globalmente M; enquanto<br />

que para outro po<strong>de</strong> significar M’I, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> vários fatores, tais como<br />

interesse, conhecimentos, <strong>de</strong>sejos ou opiniões. De qualquer forma, o falante/<br />

escritor utiliza recursos para fazer a macroestrutura correta ou que tem intenção<br />

<strong>de</strong> expressar por meio <strong>de</strong> sumários, títulos ou frases temáticas. Além disso, o<br />

leitor/ouvinte também tem um mo<strong>de</strong>lo cognitivo do falante/escritor para tornar<br />

possível a comunicação.<br />

Agora vamos aplicar essa teoria redutora <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> Van Dijk a<br />

alguns exemplos para ver como funciona:<br />

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