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1.4.2.2.2 temA textuAl<br />

I s I d o r o G I l l e I v a & M a r I â n G e l a s p o t t I l o p e s F u j I t a ( e d . )<br />

O tema textual ou discursivo tem sido chamado pelos linguistas <strong>de</strong><br />

diferentes maneiras, assim, tem sido utilizadas expressões como alusão, plano<br />

global, tópico do discurso ou macroestrutura textual.<br />

Vimos como i<strong>de</strong>ntificar o tópico frasal, agora veremos como se<br />

apresenta o tema textual, ou seja, nas unida<strong>de</strong>s mais amplas, os parágrafos ou<br />

gran<strong>de</strong>s trechos. O tema do texto transmite a mensagem <strong>de</strong>sejada, é a informação<br />

principal frente a secundária, é do que se trata o texto. Às vezes, o tema <strong>de</strong><br />

uma passagem ou <strong>de</strong> uma conversa se reduz a uma frase ali presente, mas na<br />

maioria das vezes <strong>de</strong>ve fazer um esforço <strong>de</strong> abstração para representá-lo. E como<br />

já mencionado, a in<strong>de</strong>xação consiste nisso, na localização e representação do<br />

assunto ou assuntos tratados no objeto analisado.<br />

No início <strong>de</strong>ste capítulo, falamos sobre os diferentes mo<strong>de</strong>los da<br />

linguística textual <strong>de</strong> acordo com as diferentes concepções <strong>de</strong> linguistas. Já<br />

apontamos que um dos mo<strong>de</strong>los mais conhecidos é o <strong>de</strong> Van Dijk (1972;<br />

1977; 1978). O pesquisador <strong>de</strong>senvolveu toda uma teoria em que <strong>de</strong>signou<br />

<strong>de</strong>nominações e propôs regras para obter o tema textual.<br />

Van Dijk (1998, p. 200) observa que um conceito ou uma estrutura<br />

conceitual (uma proposição) po<strong>de</strong> se tornar o tema do discurso se hierarquicamente<br />

organiza a estrutura conceitual da sequência <strong>de</strong> frases. Portanto, a noção abstrata<br />

<strong>de</strong> tema po<strong>de</strong> ser explicitada em estruturas <strong>de</strong> frase e, também <strong>de</strong>ve estar<br />

relacionada com o restante das frases como um todo. Para <strong>de</strong>signar o tema do texto,<br />

o linguista <strong>de</strong>signou a noção <strong>de</strong> macroestrutura. Enten<strong>de</strong>-se por macroestruturas<br />

as representações semânticas que visam a organização da informação por meio<br />

<strong>de</strong> processos redutores <strong>de</strong> informação, chamadas <strong>de</strong> macroregras. As macroregras<br />

<strong>de</strong>stroem a informação não significativa, generalizam e incluem informação em<br />

macro-sentenças <strong>de</strong> um nível superior. São geradas pelo leitor ou ouvinte, porém<br />

po<strong>de</strong>m estar presentes no texto ou no diálogo. Para obter as macroestruturas,<br />

o autor aplica quatro regras: omissão, seleção, generalização e construção ou<br />

integração.<br />

Para enten<strong>de</strong>r as macroregras, vamos seguir literalmente as explicações<br />

<strong>de</strong> Van Dijk, em seu livro Ciencia <strong>de</strong>l texto (1996, p. 54). Como ponto <strong>de</strong> partida,<br />

dizemos que as regras <strong>de</strong> omissão e seleção são processos <strong>de</strong> anulação <strong>de</strong><br />

informação e as <strong>de</strong> generalização e integração são <strong>de</strong> substituição <strong>de</strong> informação,<br />

e po<strong>de</strong>m ser formuladas da seguinte forma:<br />

(I) → β<br />

(II) → δ<br />

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