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I s I d o r o G I l l e I v a & M a r I â n G e l a s p o t t I l o p e s F u j I t a ( e d . )<br />
um texto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> se gera uma forte impressão no receptor e se cria condições<br />
mais favoráveis para que o autor possa alcançar o objetivo comunicativo que havia<br />
estabelecido, e, finalmente, a a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> um texto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> se ele estabelece um<br />
equilíbrio entre o uso do texto numa <strong>de</strong>terminada situação e o modo como as<br />
regras da textualida<strong>de</strong> são respeitadas.<br />
1.1.2.3 estruturA do texto<br />
Para explicar a composição interna dos textos, vamos seguir literalmente<br />
a teoria da macroestrutura elaborada por Teun A. van Dijk e exposta em seus<br />
livros Some Aspects of Text Grammars (1972), Text and Context (1977) e Ciencia<br />
Del Texto (1996).<br />
Segundo o autor, as relações produzidas entre as proposições<br />
(utilizaremos indistintamente proposição ou frase) <strong>de</strong> uma sequência<br />
proporcionam uma coerência e esta sequência é coerente quando cada frase<br />
da sequencia po<strong>de</strong> ser compreendida em relação à interpretação <strong>de</strong> outras<br />
proposições da sequência ou das frases implícitas. Ao mesmo tempo, duas frases<br />
apresentam uma ligação semântica quando há uma série <strong>de</strong> condições como um<br />
pressuposto, uma condição causal, uma comparação ou as frases se relacionam<br />
por meio <strong>de</strong> uma conexão parte-todo.<br />
Van Dijk propôs as noções <strong>de</strong> micro e macroestrutura para distinguir os<br />
dois níveis textuais. O linguista observa que, se uma frase é “mais” do que uma<br />
série <strong>de</strong> palavras, po<strong>de</strong>mos analisar os textos num nível que supera a estrutura das<br />
sequências das frases. Desse modo, existem conexões baseadas no texto como um<br />
todo ou, pelo menos, em unida<strong>de</strong>s textuais maiores. E são essas estruturas <strong>de</strong> texto<br />
mais globais que são chamadas <strong>de</strong> macroestrutura. Assim, as macroestruturas<br />
representam a estrutura global <strong>de</strong> significado do texto. Dessa forma, enquanto<br />
as sequências <strong>de</strong> frases <strong>de</strong>vem satisfazer as condições <strong>de</strong> coerência linear (relação<br />
semântica entre as frases em ca<strong>de</strong>ia), os textos não <strong>de</strong>vem apenas aten<strong>de</strong>r a essas<br />
condições, mas à coerência global (a percepção do significado e sentido pelo<br />
receptor).<br />
As macroestruturas ao serem portadoras da coerência global<br />
(significado do texto) estão baseadas num nível superior ao das frases. Uma<br />
sequência completa ou parcial <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> proposições po<strong>de</strong><br />
formar uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentido num nível mais global. Portanto, o autor<br />
chama <strong>de</strong> macroestrutura do texto, a macroestrutura mais geral e global <strong>de</strong> um<br />
texto completo, enquanto que certas partes do texto po<strong>de</strong>m ter caminhos <strong>de</strong><br />
macroestruturas formadas por proposições. Finalmente, <strong>de</strong>vemos dizer que cada<br />
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