07.04.2013 Views

Aula5_Algaspardas.pdf (6,2 MB) - Webnode

Aula5_Algaspardas.pdf (6,2 MB) - Webnode

Aula5_Algaspardas.pdf (6,2 MB) - Webnode

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Botânica II<br />

(Criptógamas)<br />

Aula 5<br />

Organismos<br />

Fotossintetizantes<br />

Algas Pardas<br />

Prof. MSc. Allan Pscheidt


Organismos fotossintetizantes<br />

• Clorofila a é essencial para a produção de oxigênio pela fotossíntese<br />

Pigmentos acessórios<br />

• Pigmentos acessórios ampliam a faixa de luz que pode ser utilizada na fotossíntese<br />

• Energia absorvida é transferida para clorofila a


Organismos fotossintetizantes


Onde estão os organismos fotossintetizantes?<br />

Três Domínios do Mundo Vivo, com base em RNA ribossômico.<br />

Raven et al. 2001


Árvore filogenética de Eukarya<br />

Onde estão os organismos fotossintetizantes?<br />

Baldauf et al 2003.


HETEROKONTES<br />

Organismos portando células<br />

com 2 flagelos:<br />

1 curto liso e 1 longo com pelos<br />

tripartidos.


CARACTERÍSTICAS GERAIS<br />

265 gêneros e cerca de 2.000 espécies<br />

Eucariotas<br />

Clorofila a e c<br />

CLASSE PHAEOPHYCEAE<br />

(ALGAS PARDAS)<br />

Pigmentos: Carotenos: β-caroteno<br />

Xantofilas: principalmente fucoxantina<br />

Parede celular: celulose e ácido algínico e fucoidina<br />

Flagelo 2, diferentes na forma e no tamanho<br />

Material de reserva: laminarina (armazenada nos vacúolos)<br />

Cor: verde-oliva, castanho escuro<br />

Dictyota<br />

Fucus<br />

Leathesia<br />

Macrocystis


OCORRÊNCIA<br />

Maior diversidade em ambiente marinho 99% das espécies<br />

Geralmente dominam costões rochosos<br />

• Bentônicos<br />

•Ocorrem desde o supralitoral (Pelvetia – permanentemente exposta) até<br />

infralitoral (Alaria – 220m em águas tropicais do Atlântico – permanentemente<br />

submersa)<br />

• Abundante na zona mesolitoral (entre-marés)<br />

Pelvetia<br />

Supralitoral<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

Alaria


PHAEOPHYCEAE<br />

Grande diversidade (número e formas) em regiões temperadas e frias Florestas de Kelps<br />

Podem atingir 60m, crescendo 45cm/dia<br />

Laminaria, Nereocystis, Macrocystis, Durvillea<br />

Macrocystis Nereocystis Laminaria


Macrocystis


Macrocystis


Nereocystis


Nereocystis


Laminaria


Laminaria


PHAEOPHYCEAE<br />

Alguns representantes tipicamente tropicais e subtropicais Dictyotales e<br />

Fucales/Sargassaceae<br />

Turbinaria<br />

Lobophora<br />

Hydroclathus


- Mar dos Sargaços: abundância de Sargassum (Ordem Fucales)


Sargassum


MORFOLOGIA DO TALO<br />

Não existem formas unicelulares e coloniais<br />

Formas mais simples são pluricelulares e microscópicas<br />

Talos microscópicos simples macroscópicos complexos<br />

TALO FILAMENTOSO<br />

talo simples ramificado ou não, unisseriado ereto<br />

Hincksia<br />

Hincksia<br />

CLASSE PHAEOPHYCEAE (ALGAS PARDAS)<br />

Hincksia


MORFOLOGIA DO TALO<br />

TALO PSEUDOPARENQUIMATOSO<br />

Composto por filamentos justapostos, unidos por mucilagem.<br />

Formam massa amorfa ou crostas<br />

Scagel et al. 1998<br />

CROSTA<br />

TALO CILÍNDRICO<br />

Desmarestia<br />

CLASSE PHAEOPHYCEAE (ALGAS PARDAS)<br />

Ralfsia<br />

Desmarestia<br />

Desmarestia


MORFOLOGIA DO TALO<br />

TALO PARENQUIMATOSO<br />

Formado por células divisão em vários planos parênquima verdadeiro<br />

- Pode ser cilíndrico ou achatado na forma de fita ou lâmina<br />

- Diferenciação entre córtex (céls. com cloroplastos ) e medula (células incolores )<br />

Epiderme<br />

Córtex<br />

Medula<br />

Costaria<br />

Lobophora<br />

Dictyota<br />

CLASSE PHAEOPHYCEAE (ALGAS PARDAS)<br />

Hydroclathrus<br />

Sargassum<br />

Scagel et al. 1998


MORFOLOGIA DO TALO<br />

Sargassum<br />

flutuador<br />

lâmina<br />

CLASSE PHAEOPHYCEAE (ALGAS PARDAS)<br />

estipe


MORFOLOGIA DO TALO<br />

estipe<br />

disco de fixação<br />

CLASSE PHAEOPHYCEAE (ALGAS PARDAS)<br />

flutuador<br />

lâmina<br />

Nereocystis


TIPO DE CRESCIMENTO DO TALO<br />

APICAL<br />

Crescimento por uma célula apical (Dictyota), grupo de células apicais (Lobophora) ou margem<br />

de células apicais (Padina)<br />

Dictyota<br />

Lobophora<br />

CLASSE PHAEOPHYCEAE (ALGAS PARDAS)<br />

Padina<br />

Scagel et al. 1998


TIPO DE CRESCIMENTO DO TALO<br />

INTERCALAR<br />

DIFUSO<br />

Maioria das células é capaz de<br />

dividir<br />

Crescimento generalizado<br />

Não localizado<br />

Ectocarpus<br />

CLASSE PHAEOPHYCEAE (ALGAS PARDAS)<br />

TRICOTÁLICO<br />

Scagel et al. 1998<br />

Porção subterminal 1-vários filamentos<br />

crescem em direção ao alto e o talo propriamente<br />

dito no sentido contrário.<br />

Cutleria


ORGANIZAÇÃO CELULAR<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

Parede Celular – possui plasmodesmas<br />

EXTERNA componente fibrilar<br />

ÁCIDO ALGÍNICO: alginato retém água na<br />

célula previne dessecação<br />

FUCOIDANO: polissacarídeo sulfatado<br />

INTERNA:<br />

componente fibrilar celulose<br />

CALCIFICAÇÃO – Padina aragonita<br />

Padina<br />

f<br />

re<br />

p<br />

nu<br />

m<br />

d<br />

v<br />

Lee, 2008


ORGANIZAÇÃO CELULAR<br />

Cloroplasto<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

1- vários na célula característica taxonômica<br />

reticulado, laminar e discóide<br />

4 membrana mais externa envolve núcleo<br />

Tilacóides em grupo de 3 lamelas<br />

Pigmentos:<br />

Clorofila a e c<br />

Pigmentos acessórios: -caroteno e Xantofilas:<br />

zeaxantina, anteraxantina e principalmente fucoxantina<br />

Reticulado Laminar Discóide Lee, 2008


ORGANIZAÇÃO CELULAR<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

Pirenóide: estrutura para reserva<br />

projetado para fora do cloroplasto envolto pelas 4<br />

membranas do cloroplasto<br />

presença/ausência significado filogenético<br />

Ordens derivadas ausente<br />

(Dictyotales, Sphacelariales, Laminariales, Fucales)<br />

Vesícula sobre pirenóide no exterior<br />

PRODUTO DE RESERVA:<br />

Laminarina armazenado em vesículas<br />

Manitol (regula pressão osmótica das células) e Glicerol<br />

Vesícula<br />

Lee, 2008


ORGANIZAÇÃO CELULAR<br />

FUCOSANO (TANINOS)<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

Compostos fenólicos presentes em vesículas no citoplasma<br />

Produzidos no cloroplasto confere cor escura ao talo oxidação pelo ar<br />

atmosférico<br />

HORMÔNIOS SEXUAIS<br />

Hidrocarbonetos insaturados altamente voláteis e hidrofóbicos<br />

Coordena a atividade celular durante a reprodução sexuada<br />

Alcance até 0,5mm da oosfera fenômeno de curta distância<br />

Efeitos conhecidos:<br />

* descarga explosiva de anterozóides<br />

* atração do anterozóide até oosfera


ORGANIZAÇÃO CELULAR<br />

Flagelo<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

Células móveis zoósporos ou gametas<br />

2 flagelos subapicais inseridos na lateral<br />

Forma e tamanho distintos:<br />

MAIORIA (a): anterior – longo<br />

posterior – curto<br />

FUCALES (anterozóide) (b): anterior – curto<br />

DICTYOTALES (c): 1 flagelo<br />

posterior – longo<br />

MASTIGONEMAS = Base + haste tubular + pêlo<br />

(c)<br />

(a)<br />

(b)<br />

Riviers 2006; Lee 2008


REPRODUÇÃO<br />

Vegetativa<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

Sargassum<br />

FRAGMENTAÇÃO<br />

Sargassum


REPRODUÇÃO<br />

Espórica<br />

Esporângio plurilocular<br />

Mitose<br />

aparece no gametófito (n) e<br />

no esporófito (2n)<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

Esporângio unilocular<br />

Meiose<br />

Esporófito (2n) gametas (n)<br />

Scagel et al. 1998; Lee 2008


REPRODUÇÃO<br />

Gamética<br />

ISOGÂMICA<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

gâmetas morfologicamente<br />

iguais;<br />

liberados para o meio, onde<br />

ocorre a fecundação<br />

ANISOGÂMICA<br />

gâmetas morfologicamente<br />

diferentes;<br />

feminino maior;<br />

ambos são libertados para o<br />

meio, existindo fecundação<br />

externa.<br />

OOGÂMICA<br />

gâmeta feminino (oogônio) é<br />

grande e imóvel;<br />

masculino (anterídio) é<br />

pequeno e móvel.<br />

Fecundação interna,(no interior<br />

do gametângio) feminino


Diplobionte<br />

Meiose espórica<br />

Alternância de gerações<br />

(duas fases de vida livre: gametófito<br />

e esporófito)<br />

Haplobionte diplonte<br />

Meiose gamética<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

HISTÓRICO DE VIDA


PHAEOPHYCEAE<br />

HISTÓRICO DE VIDA<br />

Diplobionte<br />

• Alternância de gerações<br />

heteromórfica; esporófito<br />

conspícuo;<br />

• Zoósporos haplóides produzidos<br />

por meiose nos esporângios;<br />

• zoósporo<br />

gametófitos filamentosos<br />

Anterozóides móveis<br />

e oosferas imóveis<br />

Laminaria


PHAEOPHYCEAE<br />

HISTÓRICO DE VIDA<br />

Haplobionte diplonte<br />

• Gametângios (oogônios e anterídeos)<br />

formados em conceptáculos (nas áreas<br />

férteis = receptáculos);<br />

• Meiose seguida de mitose = 8 oosferas e<br />

64 anterozóides;<br />

• Zigoto cresce originando novo indivíduo<br />

2n.<br />

Fucus


Conceptáculo - Fucales<br />

oogônio<br />

anterídios


IMPORTÂNCIA ECONÔMICA<br />

Alimentação Humana<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

- Consumida nos países orientais;<br />

- Fonte de vitamina: C, A, D, B1, B12, riboflavina, iodo;<br />

Gêneros comestíveis: Laminaria japonica (Kombu), Alaria, Undaria pinnatifida<br />

(wakame), Cystophyllum (hijiki), Eisenia, Eklonia.<br />

Minerais (mg%)<br />

Cálcio Ferro Iodo<br />

Laminaria 800 15 193-471<br />

Gergelim 1.100 16 ___<br />

Soja 190 7 ___


IMPORTÂNCIA ECONÔMICA<br />

Undaria pinnatifida - Wakame<br />

PHAEOPHYCEAE


IMPORTÂNCIA ECONÔMICA<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

Laminaria digitada, L. saccharina - Kombu


PHAEOPHYCEAE<br />

Tiras de Himanthalia elongata são comercializadas com o nome de<br />

“espaguete do mar”.<br />

Parte vegetativa


PHAEOPHYCEAE<br />

Durvillaea alimento tradicional no Chile e Nova Zelândia.<br />

Algas pardas participam como<br />

condimento em preparações e pratos<br />

cozidos como: biscoitos, molhos,<br />

sopas, pães, temperos, bebidas etc.


IMPORTÂNCIA ECONÔMICA<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

Uso industrial – países ocidentais<br />

- Extração de ácido algínico (alginato, alginina);<br />

- Principais gêneros comercializados: Macrocystis (EUA), Laminaria,<br />

Ascophyllum (Atlântico Norte), Eklonia, Sargassum (Pacífico).<br />

Emprego:<br />

- Indústria farmacêutica, odontológica, têxtil, borracha, papel, tinta.<br />

- Indústria alimentícia: emulsificante de produtos lácteos e estabilizantes;<br />

- Medicina: elaboração de linha cirúrgica.<br />

Exploração: Populações naturais e cultivo.


IMPORTÂNCIA ECONÔMICA<br />

Uso medicinal<br />

- Drogas contra obesidade;<br />

- Extrato para reumatismo;<br />

- Vermífugo;<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

- Extrato antiinflamatório e cicatrizante;<br />

- Redutor da pressão sanguínea, arteriosclerose,<br />

constipação crônica;<br />

- Esclerose e distúrbio da tireóide;<br />

- Redutor de açúcar no sangue;<br />

- Varetas para dilatar o colo do útero (Laminariales);<br />

- Na cura do bócio.<br />

Fucus


IMPORTÂNCIA ECONÔMICA<br />

Maricultura<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

- Maricultura – Japão e China;<br />

- Coleta forquilha em volta das lâminas e cabos flutuantes<br />

- Principais gêneros cultivados:<br />

- Laminaria e Undaria – esporófito em cordas.


ASPECTOS ECOLÓGICOS<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

- Sargassum muticum e outras espécies são consideradas invasoras<br />

- Quando introduzidas em áreas não nativas, podem competir e substituir<br />

membros de Laminariales e Fucales;<br />

- Espécies de Laminariales e Fucales consideradas fundamentais em suas<br />

comunidades.<br />

Sargassum muticum


PHAEOPHYCEAE<br />

IRIDESCÊNCIA: fenômeno onde a superfície reflete cores do arco-íris<br />

- Azul ou verde<br />

- Dyctiota e Cystoseira<br />

Corpos protéicos associados a polissacarídeos: originados do Golgi.<br />

Dictyota Cystoseira


PHAEOPHYCEAE<br />

CLASSIFICAÇÃO<br />

CARACTERES TAXONÔMICOS<br />

Estrutura e tipo de crescimento do talo<br />

Estrutura do cloroplasto forma, número e<br />

presença/ausência de pirenóide<br />

Tipo de reprodução sexuada<br />

Histórico de vida


ORDEM<br />

PHAEOPHYCEAE<br />

TIPO DE TALO<br />

TIPO DE<br />

CRESCIMENTO<br />

REPRODUÇÃO<br />

SEXUADA<br />

CICLO DE VIDA<br />

ECTOCARPALES Filamentoso difuso ou intercalar I ou A isomórfico<br />

SPHACELARIALES Filamentoso ramificado apical I, A ou O isomórfico<br />

DICTYOTALES parenquimatoso apical O<br />

1 flagelo<br />

isomórfico<br />

CHORDARIALES Filamentoso unisseriado<br />

até parenquimatoso<br />

intercalar e tricotálico I heteromórfico<br />

SPOROCHNALES Pseudoparenquimatoso tricotálico O heteromórfico<br />

G(filamentoso microscópico)<br />

G(filamentoso microscópico)<br />

DESMARESTIALES Parenquimatoso ou<br />

filamentoso<br />

tricotálico O heteromórfico<br />

CUTLERIALES Parenquimatoso Apical (E) e tricotálico (G) A heteromórfico<br />

G(filamentoso microscópico)<br />

E(crostoso)<br />

DICTYOSIPHONALES Filamentoso ou Difuso (E) e apical (G) I<br />

ou isomórfico<br />

heteromórfico<br />

parenquimatoso<br />

E(crostoso)<br />

SCYTOSIPHONALES Filamentoso ou Apical (E) e intercalar<br />

A heteromórfico<br />

parenquimatoso<br />

(G)<br />

E(crostoso ou filamentoso)<br />

LAMINARIALES Filamentoso ou Apical (G) e Intercalar/<br />

O<br />

heteromórfico<br />

parenquimatoso<br />

meristoderma<br />

1 gameta<br />

SYRINGODERMALES parenquimatoso apical I heteromórfico<br />

G(filamentoso microscópico)<br />

DURVILLAEALES parenquimatoso intercalar I heteromórfico<br />

FUCALES parenquimatoso apical e meristoderma O Diplonte<br />

DURVILLAEALES parenquimatoso intercalar e<br />

meristoderma<br />

O Diplonte<br />

Van den Hoek et al. 1995

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!