As Ironias da Fortuna - UC Digitalis - Universidade de Coimbra
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<strong>As</strong> ironias <strong>da</strong> <strong>Fortuna</strong> 59<br />
Na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> que não apreciava letras nem poetas, o Bom Cantor<br />
vai prescindir, finalmente, <strong>da</strong> poesia. Ironicamente parece encontrar<br />
também aí a morte. A inspiração que os Crotoniatas não quiseram<br />
ouvir vão ter, por último, <strong>de</strong> <strong>de</strong>vorar. 65<br />
65 Mais adiante se retomará este ponto. Alguns dos aspectos invocados ocorrem em<br />
Beck, "Eumolpus poeta ... ", 248: a marcha para Roma e para Crotona, os apoiantes<br />
<strong>de</strong> César e <strong>de</strong> Eumolpo, o apelo aos <strong>de</strong>uses. Neles, porém, o autor vê uma forma <strong>de</strong><br />
comprometer «the seriousness of the verse and to ex pose its spurious gran<strong>de</strong>uI'.»<br />
Merece, também, ser lembra<strong>da</strong> a interpretação final que Zeitlin <strong>de</strong>ixa dos dois<br />
poemas (arl. cit., 82): «The scene of the Troiae Halosis is a preparation for the<br />
Bel/um Ciuile. It introduces a glimpse of the public world of Rome which the<br />
BeUL/m Ciuile will expand in verse and the symbolism of Croton will exploit. The<br />
Troiae Halosis negates Vergil' s Troy, the Bellum Ciuile his Rome.»<br />
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