Caracterização farmacognóstica das folhas de Eugenia ... - Usf
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Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003 29<br />
<strong>Caracterização</strong> <strong>farmacognóstica</strong> <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC<br />
(Myrtaceae Jussieu)<br />
Dario Palhares *<br />
Resumo: <strong>Eugenia</strong> dysenterica (Myrtaceae) é uma árvore frutífera do cerrado cujas <strong>folhas</strong> são usa<strong>das</strong> como<br />
antidiarreico. As principais características morfo-anatômicas <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> foram <strong>de</strong>scritas.<br />
Palavras-chave: <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC; Myrtaceae; Cerrado; Farmacognosia; Folhas.<br />
Pharmacognosy of the leaves of <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC (Myrtaceae Jussieu)<br />
Abstract: <strong>Eugenia</strong> dysenterica (Myrtaceae) is a common fructiferous tree of the savanna vegetation which leaves<br />
are used as antidiarrheic in Brazilian folk medicine. The main morphological and anatomical characteristics of<br />
the leaves of <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC were <strong>de</strong>scribed.<br />
Keywords: <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC; Myrtaceae; Savanna; Pharmacognosy; Leaves.<br />
Introdução<br />
<strong>Eugenia</strong> dysenterica, popularmente conhecida<br />
como cagaita, foi selecionada para estudo em razão <strong>de</strong><br />
sua pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usos. Trata-se <strong>de</strong> uma árvore melífera,<br />
ornamental, que produz frutos comestíveis <strong>de</strong>tentores<br />
<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s laxantes. O chá <strong>de</strong> suas <strong>folhas</strong> é usado<br />
no combate à diarréia. É uma <strong>das</strong> corticeiras do cerrado,<br />
po<strong>de</strong>ndo, ainda, ser aproveitada na indústria do curtume<br />
(Barros, 1986). Além disso, uma nova espécie <strong>de</strong> fungo,<br />
Phloeosporella kitajimae, foi <strong>de</strong>scoberta parasitando <strong>folhas</strong><br />
<strong>de</strong>ssa árvore (Dianese et al., 1993). O objetivo <strong>de</strong>ste<br />
trabalho é o estudo histológico e histoquímico da folha,<br />
que é a parte usada na medicina popular, no combate a<br />
diarréias. <strong>Eugenia</strong> dysenterica é encontrada em todo o<br />
Brasil central, on<strong>de</strong> há vegetação <strong>de</strong> cerrado. Reconhece-se<br />
a espécie (Oga e Fonseca, 1994; Rizzini, 1970) por ser<br />
uma árvore <strong>de</strong> até 10 m, glabra, salvo nos botões,<br />
pedicelos e <strong>folhas</strong> jovens; a casca do tronco é suberosa,<br />
as <strong>folhas</strong> são opostas, simples, <strong>de</strong> limbo ovado ou<br />
elíptico, ápice ligeiramente acuminado, base variando <strong>de</strong><br />
obtusa a subcordada, nervação reticulada não formando<br />
nervura marginal nítida, as inflorescências do tipo<br />
racêmulos umbeliformes alongados, e as flores são<br />
brancas hermafroditas com muitos estames providos <strong>de</strong><br />
anteras rimosas, o ovário ínfero, bilocular, globoso. O<br />
fruto é uma baga amarela <strong>de</strong> 2 a 3 cm <strong>de</strong> diâmetro,<br />
<strong>de</strong>presso-globoso, epicarpo brilhante, membranáceo,<br />
mesocarpo suculento. A floração é anual, ocorrendo entre<br />
agosto e setembro, e usualmente prenuncia a chegada<br />
<strong>das</strong> chuvas (Rizzini, 1970).<br />
* En<strong>de</strong>reço para correspondência:<br />
SQS 313-A-406 Asa Sul – Brasília-DF – 70382-010<br />
E-mail: dariompm@bol.com.br<br />
Mestre em Botânica pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília.<br />
Trabalho realizado no Laboratório <strong>de</strong> Anatomia Vegetal da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília.<br />
Materiais e métodos<br />
Dentre os 10 indivíduos localizados nas cercanias<br />
do câmpus da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, 4 foram<br />
aleatoriamente selecionados para estudos. Exsicatastestemunha<br />
foram feitas e <strong>de</strong>posita<strong>das</strong> no herbário UB<br />
sob o leg ICAM 235 e ICAM 236. As coletas ocorreram<br />
durante a estação chuvosa.<br />
Folhas maduras, plenamente <strong>de</strong>senvolvi<strong>das</strong> sob<br />
luz solar, do quarto ou quinto nó <strong>de</strong> cada ramo foram<br />
colhi<strong>das</strong>, secciona<strong>das</strong> para cortes transversais em região<br />
<strong>de</strong> nervura e região <strong>de</strong> bordo, tanto da base foliar como<br />
do terço médio e do ápice. Secções transversais <strong>de</strong><br />
pecíolo também foram feitas. O material foi submetido a<br />
vácuo em água <strong>de</strong>stilada por 4 horas, fixado em FAA50<br />
por 24 horas, <strong>de</strong>sidratado, incluso, parte em parafina e<br />
parte em historresina. Após inclusão em parafina,<br />
amolecimento foi realizado e o material seccionado<br />
(Kraus e Arduin, 1997). As lâminas obti<strong>das</strong> foram<br />
cora<strong>das</strong> com azul <strong>de</strong> metileno a 10%, pelo seguinte<br />
processo: após fixação dos cortes na lâmina,<br />
<strong>de</strong>sparafinização, evaporação do excesso <strong>de</strong> xileno, foram<br />
cora<strong>das</strong> gotejando-se solução <strong>de</strong> azul <strong>de</strong> metileno a 10%<br />
e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>z minutos lavando-se o excesso em água<br />
<strong>de</strong>stilada. As lâminas foram secas em estufa a 40 oC,<br />
diafaniza<strong>das</strong> em xileno e monta<strong>das</strong> em Entellan. Cortes<br />
paradérmicos <strong>das</strong> epi<strong>de</strong>rmes abaxial e adaxial foram<br />
obtidos e corados por azul <strong>de</strong> metileno ou vermelho-
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Dario Palhares<br />
neutro. Epi<strong>de</strong>rmes isola<strong>das</strong> foram obti<strong>das</strong> mediante<br />
imersão <strong>de</strong> <strong>folhas</strong> frescas em solução <strong>de</strong> Jeffrey (ácido<br />
nítrico e ácido crômico, ambos a 5%) durante 12 horas,<br />
com posterior lavagem em água <strong>de</strong>stilada. Clareamento<br />
<strong>de</strong> <strong>folhas</strong> por solução aquosa <strong>de</strong> hipoclorito foi<br />
realizado mediante técnicas usuais (Kraus e Arduin,<br />
1997). Testes histoquímicos em cortes frescos à mão<br />
livre com lugol, cloreto férrico, Sudan IV e floroglucina<br />
foram realizados para a <strong>de</strong>tecção, respectivamente, <strong>de</strong><br />
amido, taninos, lipídios e lignina.<br />
Resultados<br />
As <strong>folhas</strong> são glabras, hipostomáticas. O mesofilo<br />
é dorsiventral, constituído, superiormente, por dois<br />
estratos <strong>de</strong> parênquima paliçádico, sendo o primeiro o<br />
mais <strong>de</strong>senvolvido e o segundo, parênquima coletor, e,<br />
inferiomente, por sete estratos <strong>de</strong> parênquima esponjoso.<br />
Imersos no parênquima encontram-se feixes vasculares<br />
colaterais e um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> glândulas, revesti<strong>das</strong><br />
por epitélio simples, e que contêm um material amorfo,<br />
que reage levemente para lipídios.<br />
A face superior da epi<strong>de</strong>rme é simples, revestida<br />
por cutícula <strong>de</strong> aproximadamente 13 µm <strong>de</strong> espessura.<br />
As células epidérmicas apresentam pare<strong>de</strong>s anticlinais<br />
retas e secções transversais retangulares. Cristais<br />
romboédricos, típicos <strong>de</strong> oxalato, foram <strong>de</strong>tectados<br />
guarnecendo nervuras. Em áreas recobrindo glândulas,<br />
as células epi<strong>de</strong>rmais adquirem um aspecto distinto: tamanho<br />
maior e pare<strong>de</strong>s sinuosas, ocorrendo aos pares.<br />
A face inferior da epi<strong>de</strong>rme é semelhante à<br />
superior, porém contém estômatos paracíticos e anomocíticos<br />
numa freqüência <strong>de</strong> 300 a 600 por milímetro<br />
quadrado, em to<strong>das</strong> as regiões da folha. Os estômatos<br />
ocorrem no mesmo nível <strong>das</strong> células epi<strong>de</strong>rmais e não são<br />
vistos em áreas sobre nervuras secundárias ou terciárias.<br />
A nervura principal se compõe <strong>de</strong> parênquima<br />
com muitas glândulas e um feixe vascular bicolateral<br />
aberto arqueado, envolto por uma bainha esclerenquimática.<br />
No pecíolo, o feixe se caracteriza por ser um<br />
arco com extremida<strong>de</strong>s dirigi<strong>das</strong> para o centro.<br />
Progressivamente, em direção ao ápice, as extremida<strong>de</strong>s<br />
se abrem. Colênquima foi evi<strong>de</strong>nciado unindo o<br />
parênquima à epi<strong>de</strong>rme da nervura principal.<br />
O feixe vascular da nervura principal se compõe<br />
<strong>de</strong> xilema envolto por duas cama<strong>das</strong> <strong>de</strong> floema, uma<br />
superior e outra inferior. As extremida<strong>de</strong>s da camada <strong>de</strong><br />
xilema não são cobertas por floema. No pecíolo e no<br />
terço médio foliar, o xilema da nervura se apresenta<br />
organizado em colunas, aparentemente separa<strong>das</strong> por<br />
septos fibrosos. No ápice, tal organização não aparece.<br />
Em uma <strong>das</strong> <strong>folhas</strong>, excepcionalmente, a nervura<br />
principal apresentou um raio parenquimático dividindo<br />
o feixe vascular em dois. Outras <strong>folhas</strong> da mesma planta<br />
não apresentaram essa anomalia.<br />
O bordo foliar é recurvado para baixo e<br />
apresenta três cama<strong>das</strong> epidérmicas.<br />
A folha apresenta forte reação para o cloreto<br />
férrico, tanto no mesofilo como no floema da nervura<br />
principal. Lignina foi evi<strong>de</strong>nciada nas regiões <strong>de</strong><br />
esclerênquima. Lipídios estão presentes na cutícula<br />
foliar e em glândulas. Amido não foi evi<strong>de</strong>nciado.<br />
Discussão<br />
O processamento histotécnico <strong>de</strong> plantas do<br />
cerrado apresenta algumas particularida<strong>de</strong>s. O aspecto<br />
coriáceo <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> resulta em tecidos duros, <strong>de</strong> corte<br />
difícil e com gran<strong>de</strong> tendência a rupturas e artefatos. A<br />
diagnose <strong>de</strong> material vegetal, portanto, necessita estar<br />
embasada em técnicas a<strong>de</strong>qua<strong>das</strong>. No presente caso, o<br />
amolecimento pós-inclusão em parafina melhorou significativamente<br />
a qualida<strong>de</strong> dos cortes, contudo, inclusão<br />
em historresina ofereceu os melhores resultados. Por<br />
sua vez, colênquima foi melhor visualizado em cortes à<br />
mão livre.<br />
A nervura principal apresenta estrutura semelhante<br />
à <strong>de</strong> outras espécies do gênero (Ferri, 1971;<br />
Fontenelle et al., 1994; Haron e Moore, 1996; Hussin et<br />
al., 1992; Jorge et al., 1994; Rizzini, 1970). Conforme já<br />
documentado para outras espécies, a nervura principal<br />
no pecíolo se apresenta como um arco fechado, que se<br />
abre progressivamente em direção ao ápice. Portanto,<br />
para a diagnose da droga vegetal, é importante saber<br />
que região <strong>de</strong> nervura principal está sendo analisada.<br />
Casualmente, uma <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> apresentou uma anomalia<br />
estrutural, um raio parenquimático dividindo o feixe<br />
vascular em dois. Não encontramos dados na literatura<br />
que pu<strong>de</strong>ssem explicar o achado, que po<strong>de</strong>ria ser <strong>de</strong>vido<br />
a alguma agressão externa ou a um erro primário no<br />
amadurecimento foliar, posto que outras <strong>folhas</strong> da<br />
mesma planta não apresentaram tal estrutura.<br />
A espécie estudada não apresentou tricomas<br />
tectores. Embora típicos <strong>de</strong> plantas xerófilas, essa<br />
característica sugere que no ambiente em que elas<br />
cresceram havia mais água disponível que para espécies<br />
do mesmo gênero da restinga do litoral fluminense<br />
(Ferri, 1971).<br />
Tal como E. uniflora, a espécie estudada apresenta<br />
gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> glândulas, dispersas por todo o parênquima<br />
(Ferri, 1971; Jorge et al., 1994). Contudo, drusas e<br />
idioblastos contendo cristais romboédricos <strong>de</strong> oxalato <strong>de</strong><br />
cálcio no mesofilo são vistos apenas ocasionalmente.<br />
A reação intensa com o cloreto férrico está relacionada<br />
à abundância <strong>de</strong> taninos, corroborando sua aplicação<br />
como antidiarreica. Da mesma forma, evi<strong>de</strong>nciou-se<br />
que o mesofilo e o floema da nervura primária são<br />
locais <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> taninos nessa espécie.<br />
Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003
Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003<br />
<strong>Caracterização</strong> <strong>farmacognóstica</strong> <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC (Myrtaceae Jussieu)<br />
FIGURA 1 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> pecíolo, corado com vermelho-neutro, aumento <strong>de</strong> 52,5x,<br />
mostrando a presença <strong>de</strong> glândulas no parênquima e o feixe vascular arqueado<br />
FIGURE 1 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section through petiole, magnification of 52,5x, displaying the<br />
presence of secretion reservoirs in the parenchyma and the arched vascular bundle<br />
FIGURA 2 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> nervura principal, no nível do terço médio da folha, corado<br />
com azul <strong>de</strong> metileno, aumento <strong>de</strong> 200x, mostrando o feixe vascular menos arqueado em comparação<br />
com o pecíolo e o xilema septado envolto por duas cama<strong>das</strong> <strong>de</strong> floema<br />
FIGURE 2 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section through primary vein at the middle part of leaf, magnification<br />
of 200x, displaying the vascular bundle is less arched than in the petiole. Xylem is organized by<br />
septated walls of fibers and is involved by two layers of phloem tissue<br />
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32<br />
Dario Palhares<br />
FIGURA 3 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> nervura principal no nível do ápice, corado com azul <strong>de</strong><br />
metileno, aumento <strong>de</strong> 160x, mostrando o feixe vascular pouco arqueado, a ausência <strong>de</strong> septos<br />
organizados no xilema e o modo <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> com o mesofilo<br />
FIGURE 3 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section through primary vein at the apex of leaf, magnification of<br />
160x, displaying the vascular bundle is not arched, the septated walls are absent in the xylem<br />
FIGURA 4 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> nervura principal, no nível do terço médio foliar, corado<br />
com azul <strong>de</strong> metileno, aumento <strong>de</strong> 200x, mostrando uma anomalia: um septo dividindo o feixe<br />
vascular<br />
FIGURE 4 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section through midrib, magnification of 200x, displaying an<br />
abnormality: a wall dividing the vascular bundle in two parts<br />
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<strong>Caracterização</strong> <strong>farmacognóstica</strong> <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC (Myrtaceae Jussieu)<br />
FIGURA 5 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> mesofilo, corado com azul <strong>de</strong> metileno, aumento <strong>de</strong> 200x,<br />
mostrando o parênquima paliçádico em duas cama<strong>das</strong>, sendo a inferior a camada coletora, o<br />
parênquima esponjoso e uma glândula<br />
FIGURE 5 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section of mesophyll, magnification of 200x, showing the palisa<strong>de</strong><br />
layer is composed by two layers of cells, where the second one is the conjunctive layer. The spongy<br />
mesophyll and a secretion reservoir are stressed<br />
FIGURA 6 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> bordo foliar, corado com azul <strong>de</strong> metileno, aumento <strong>de</strong><br />
200x, mostrando o leve curvamento para baixo e a presença <strong>de</strong> três cama<strong>das</strong> celulares entre o bordo<br />
e o mesofilo<br />
FIGURE 6 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section of leaf margin, magnification of 200x, showing the slight<br />
curvature downwards and the existance of three cellular layers between the margin and the mesophyll<br />
33
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Dario Palhares<br />
FIGURA 7 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> mesofilo, à mão livre, teste do Sudan III, aumento <strong>de</strong> 460x,<br />
mostrando os cloroplastos gran<strong>de</strong>s do parênquima paliçádico e a cutícula recobrindo tanto as pare<strong>de</strong>s<br />
superiores como as laterais<br />
FIGURE 7 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section of mesophyll, tested with Sudan III, magnification of 460x,<br />
showing big chloroplastids in palisa<strong>de</strong> parenchyma and cuticle recovering of superior and lateral cell<br />
walls<br />
FIGURA 8 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Folha clarificada, corada com ver<strong>de</strong> rápido, aumento <strong>de</strong> 200x, com foco na<br />
epi<strong>de</strong>rme superior, mostrando as pare<strong>de</strong>s retas <strong>das</strong> células epidérmicas e a relação com glândulas e<br />
nervuras<br />
FIGURE 8 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Clarified leaf, stained with fast green, magnification of 200x. Focus on superior<br />
epi<strong>de</strong>rmis shows straight cell walls of epi<strong>de</strong>rmis and the regions of contact with secretory reservoirs<br />
and vascular bundles<br />
Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003
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<strong>Caracterização</strong> <strong>farmacognóstica</strong> <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC (Myrtaceae Jussieu)<br />
FIGURA 9 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Face inferior da epi<strong>de</strong>rme dissociada, corada com vermelho-neutro, aumento <strong>de</strong><br />
225x, mostrando estômatos paracíticos e anomocíticos e uma região <strong>de</strong> revestimento glandular,<br />
composta <strong>de</strong> duas células conspícuas, com bor<strong>das</strong> irregulares<br />
FIGURE 9 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Dissociated inferior face of epi<strong>de</strong>rmis, magnification of 225x, showing paracytic<br />
and anomocytic stomata. The glandular covering is done by two conspicuous cells with irregular margins<br />
FIGURA 10 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Face inferior <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>rme <strong>de</strong> nervura <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m, corte paradérmico,<br />
aumento <strong>de</strong> 260x, evi<strong>de</strong>nciando cristais romboédricos birrefringentes<br />
FIGURE 10 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: para<strong>de</strong>rmic section of inferior face of epi<strong>de</strong>rmis covering a secondary vein,<br />
magnification of 260x, showing rhomboedric crystals<br />
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Dario Palhares<br />
FIGURA 11 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal à mão livre <strong>de</strong> nervura principal, terço médio foliar,<br />
mostrando uma glândula com conteúdo lipídico e colênquima sob a epi<strong>de</strong>rme adaxial<br />
FIGURE 11 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: transverse section of midrib showing fatty reservoir and colenchyma un<strong>de</strong>r<br />
inferior epi<strong>de</strong>rmis<br />
Agra<strong>de</strong>cimentos<br />
Agra<strong>de</strong>ço aos técnicos do laboratório, Aroldicéia<br />
Sena Rosa Correa e Eli Noronha Neto, pelo gran<strong>de</strong><br />
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