04.04.2013 Views

Caracterização farmacognóstica das folhas de Eugenia ... - Usf

Caracterização farmacognóstica das folhas de Eugenia ... - Usf

Caracterização farmacognóstica das folhas de Eugenia ... - Usf

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003 29<br />

<strong>Caracterização</strong> <strong>farmacognóstica</strong> <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC<br />

(Myrtaceae Jussieu)<br />

Dario Palhares *<br />

Resumo: <strong>Eugenia</strong> dysenterica (Myrtaceae) é uma árvore frutífera do cerrado cujas <strong>folhas</strong> são usa<strong>das</strong> como<br />

antidiarreico. As principais características morfo-anatômicas <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> foram <strong>de</strong>scritas.<br />

Palavras-chave: <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC; Myrtaceae; Cerrado; Farmacognosia; Folhas.<br />

Pharmacognosy of the leaves of <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC (Myrtaceae Jussieu)<br />

Abstract: <strong>Eugenia</strong> dysenterica (Myrtaceae) is a common fructiferous tree of the savanna vegetation which leaves<br />

are used as antidiarrheic in Brazilian folk medicine. The main morphological and anatomical characteristics of<br />

the leaves of <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC were <strong>de</strong>scribed.<br />

Keywords: <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC; Myrtaceae; Savanna; Pharmacognosy; Leaves.<br />

Introdução<br />

<strong>Eugenia</strong> dysenterica, popularmente conhecida<br />

como cagaita, foi selecionada para estudo em razão <strong>de</strong><br />

sua pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usos. Trata-se <strong>de</strong> uma árvore melífera,<br />

ornamental, que produz frutos comestíveis <strong>de</strong>tentores<br />

<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s laxantes. O chá <strong>de</strong> suas <strong>folhas</strong> é usado<br />

no combate à diarréia. É uma <strong>das</strong> corticeiras do cerrado,<br />

po<strong>de</strong>ndo, ainda, ser aproveitada na indústria do curtume<br />

(Barros, 1986). Além disso, uma nova espécie <strong>de</strong> fungo,<br />

Phloeosporella kitajimae, foi <strong>de</strong>scoberta parasitando <strong>folhas</strong><br />

<strong>de</strong>ssa árvore (Dianese et al., 1993). O objetivo <strong>de</strong>ste<br />

trabalho é o estudo histológico e histoquímico da folha,<br />

que é a parte usada na medicina popular, no combate a<br />

diarréias. <strong>Eugenia</strong> dysenterica é encontrada em todo o<br />

Brasil central, on<strong>de</strong> há vegetação <strong>de</strong> cerrado. Reconhece-se<br />

a espécie (Oga e Fonseca, 1994; Rizzini, 1970) por ser<br />

uma árvore <strong>de</strong> até 10 m, glabra, salvo nos botões,<br />

pedicelos e <strong>folhas</strong> jovens; a casca do tronco é suberosa,<br />

as <strong>folhas</strong> são opostas, simples, <strong>de</strong> limbo ovado ou<br />

elíptico, ápice ligeiramente acuminado, base variando <strong>de</strong><br />

obtusa a subcordada, nervação reticulada não formando<br />

nervura marginal nítida, as inflorescências do tipo<br />

racêmulos umbeliformes alongados, e as flores são<br />

brancas hermafroditas com muitos estames providos <strong>de</strong><br />

anteras rimosas, o ovário ínfero, bilocular, globoso. O<br />

fruto é uma baga amarela <strong>de</strong> 2 a 3 cm <strong>de</strong> diâmetro,<br />

<strong>de</strong>presso-globoso, epicarpo brilhante, membranáceo,<br />

mesocarpo suculento. A floração é anual, ocorrendo entre<br />

agosto e setembro, e usualmente prenuncia a chegada<br />

<strong>das</strong> chuvas (Rizzini, 1970).<br />

* En<strong>de</strong>reço para correspondência:<br />

SQS 313-A-406 Asa Sul – Brasília-DF – 70382-010<br />

E-mail: dariompm@bol.com.br<br />

Mestre em Botânica pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília.<br />

Trabalho realizado no Laboratório <strong>de</strong> Anatomia Vegetal da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília.<br />

Materiais e métodos<br />

Dentre os 10 indivíduos localizados nas cercanias<br />

do câmpus da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, 4 foram<br />

aleatoriamente selecionados para estudos. Exsicatastestemunha<br />

foram feitas e <strong>de</strong>posita<strong>das</strong> no herbário UB<br />

sob o leg ICAM 235 e ICAM 236. As coletas ocorreram<br />

durante a estação chuvosa.<br />

Folhas maduras, plenamente <strong>de</strong>senvolvi<strong>das</strong> sob<br />

luz solar, do quarto ou quinto nó <strong>de</strong> cada ramo foram<br />

colhi<strong>das</strong>, secciona<strong>das</strong> para cortes transversais em região<br />

<strong>de</strong> nervura e região <strong>de</strong> bordo, tanto da base foliar como<br />

do terço médio e do ápice. Secções transversais <strong>de</strong><br />

pecíolo também foram feitas. O material foi submetido a<br />

vácuo em água <strong>de</strong>stilada por 4 horas, fixado em FAA50<br />

por 24 horas, <strong>de</strong>sidratado, incluso, parte em parafina e<br />

parte em historresina. Após inclusão em parafina,<br />

amolecimento foi realizado e o material seccionado<br />

(Kraus e Arduin, 1997). As lâminas obti<strong>das</strong> foram<br />

cora<strong>das</strong> com azul <strong>de</strong> metileno a 10%, pelo seguinte<br />

processo: após fixação dos cortes na lâmina,<br />

<strong>de</strong>sparafinização, evaporação do excesso <strong>de</strong> xileno, foram<br />

cora<strong>das</strong> gotejando-se solução <strong>de</strong> azul <strong>de</strong> metileno a 10%<br />

e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>z minutos lavando-se o excesso em água<br />

<strong>de</strong>stilada. As lâminas foram secas em estufa a 40 oC,<br />

diafaniza<strong>das</strong> em xileno e monta<strong>das</strong> em Entellan. Cortes<br />

paradérmicos <strong>das</strong> epi<strong>de</strong>rmes abaxial e adaxial foram<br />

obtidos e corados por azul <strong>de</strong> metileno ou vermelho-


30<br />

Dario Palhares<br />

neutro. Epi<strong>de</strong>rmes isola<strong>das</strong> foram obti<strong>das</strong> mediante<br />

imersão <strong>de</strong> <strong>folhas</strong> frescas em solução <strong>de</strong> Jeffrey (ácido<br />

nítrico e ácido crômico, ambos a 5%) durante 12 horas,<br />

com posterior lavagem em água <strong>de</strong>stilada. Clareamento<br />

<strong>de</strong> <strong>folhas</strong> por solução aquosa <strong>de</strong> hipoclorito foi<br />

realizado mediante técnicas usuais (Kraus e Arduin,<br />

1997). Testes histoquímicos em cortes frescos à mão<br />

livre com lugol, cloreto férrico, Sudan IV e floroglucina<br />

foram realizados para a <strong>de</strong>tecção, respectivamente, <strong>de</strong><br />

amido, taninos, lipídios e lignina.<br />

Resultados<br />

As <strong>folhas</strong> são glabras, hipostomáticas. O mesofilo<br />

é dorsiventral, constituído, superiormente, por dois<br />

estratos <strong>de</strong> parênquima paliçádico, sendo o primeiro o<br />

mais <strong>de</strong>senvolvido e o segundo, parênquima coletor, e,<br />

inferiomente, por sete estratos <strong>de</strong> parênquima esponjoso.<br />

Imersos no parênquima encontram-se feixes vasculares<br />

colaterais e um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> glândulas, revesti<strong>das</strong><br />

por epitélio simples, e que contêm um material amorfo,<br />

que reage levemente para lipídios.<br />

A face superior da epi<strong>de</strong>rme é simples, revestida<br />

por cutícula <strong>de</strong> aproximadamente 13 µm <strong>de</strong> espessura.<br />

As células epidérmicas apresentam pare<strong>de</strong>s anticlinais<br />

retas e secções transversais retangulares. Cristais<br />

romboédricos, típicos <strong>de</strong> oxalato, foram <strong>de</strong>tectados<br />

guarnecendo nervuras. Em áreas recobrindo glândulas,<br />

as células epi<strong>de</strong>rmais adquirem um aspecto distinto: tamanho<br />

maior e pare<strong>de</strong>s sinuosas, ocorrendo aos pares.<br />

A face inferior da epi<strong>de</strong>rme é semelhante à<br />

superior, porém contém estômatos paracíticos e anomocíticos<br />

numa freqüência <strong>de</strong> 300 a 600 por milímetro<br />

quadrado, em to<strong>das</strong> as regiões da folha. Os estômatos<br />

ocorrem no mesmo nível <strong>das</strong> células epi<strong>de</strong>rmais e não são<br />

vistos em áreas sobre nervuras secundárias ou terciárias.<br />

A nervura principal se compõe <strong>de</strong> parênquima<br />

com muitas glândulas e um feixe vascular bicolateral<br />

aberto arqueado, envolto por uma bainha esclerenquimática.<br />

No pecíolo, o feixe se caracteriza por ser um<br />

arco com extremida<strong>de</strong>s dirigi<strong>das</strong> para o centro.<br />

Progressivamente, em direção ao ápice, as extremida<strong>de</strong>s<br />

se abrem. Colênquima foi evi<strong>de</strong>nciado unindo o<br />

parênquima à epi<strong>de</strong>rme da nervura principal.<br />

O feixe vascular da nervura principal se compõe<br />

<strong>de</strong> xilema envolto por duas cama<strong>das</strong> <strong>de</strong> floema, uma<br />

superior e outra inferior. As extremida<strong>de</strong>s da camada <strong>de</strong><br />

xilema não são cobertas por floema. No pecíolo e no<br />

terço médio foliar, o xilema da nervura se apresenta<br />

organizado em colunas, aparentemente separa<strong>das</strong> por<br />

septos fibrosos. No ápice, tal organização não aparece.<br />

Em uma <strong>das</strong> <strong>folhas</strong>, excepcionalmente, a nervura<br />

principal apresentou um raio parenquimático dividindo<br />

o feixe vascular em dois. Outras <strong>folhas</strong> da mesma planta<br />

não apresentaram essa anomalia.<br />

O bordo foliar é recurvado para baixo e<br />

apresenta três cama<strong>das</strong> epidérmicas.<br />

A folha apresenta forte reação para o cloreto<br />

férrico, tanto no mesofilo como no floema da nervura<br />

principal. Lignina foi evi<strong>de</strong>nciada nas regiões <strong>de</strong><br />

esclerênquima. Lipídios estão presentes na cutícula<br />

foliar e em glândulas. Amido não foi evi<strong>de</strong>nciado.<br />

Discussão<br />

O processamento histotécnico <strong>de</strong> plantas do<br />

cerrado apresenta algumas particularida<strong>de</strong>s. O aspecto<br />

coriáceo <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> resulta em tecidos duros, <strong>de</strong> corte<br />

difícil e com gran<strong>de</strong> tendência a rupturas e artefatos. A<br />

diagnose <strong>de</strong> material vegetal, portanto, necessita estar<br />

embasada em técnicas a<strong>de</strong>qua<strong>das</strong>. No presente caso, o<br />

amolecimento pós-inclusão em parafina melhorou significativamente<br />

a qualida<strong>de</strong> dos cortes, contudo, inclusão<br />

em historresina ofereceu os melhores resultados. Por<br />

sua vez, colênquima foi melhor visualizado em cortes à<br />

mão livre.<br />

A nervura principal apresenta estrutura semelhante<br />

à <strong>de</strong> outras espécies do gênero (Ferri, 1971;<br />

Fontenelle et al., 1994; Haron e Moore, 1996; Hussin et<br />

al., 1992; Jorge et al., 1994; Rizzini, 1970). Conforme já<br />

documentado para outras espécies, a nervura principal<br />

no pecíolo se apresenta como um arco fechado, que se<br />

abre progressivamente em direção ao ápice. Portanto,<br />

para a diagnose da droga vegetal, é importante saber<br />

que região <strong>de</strong> nervura principal está sendo analisada.<br />

Casualmente, uma <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> apresentou uma anomalia<br />

estrutural, um raio parenquimático dividindo o feixe<br />

vascular em dois. Não encontramos dados na literatura<br />

que pu<strong>de</strong>ssem explicar o achado, que po<strong>de</strong>ria ser <strong>de</strong>vido<br />

a alguma agressão externa ou a um erro primário no<br />

amadurecimento foliar, posto que outras <strong>folhas</strong> da<br />

mesma planta não apresentaram tal estrutura.<br />

A espécie estudada não apresentou tricomas<br />

tectores. Embora típicos <strong>de</strong> plantas xerófilas, essa<br />

característica sugere que no ambiente em que elas<br />

cresceram havia mais água disponível que para espécies<br />

do mesmo gênero da restinga do litoral fluminense<br />

(Ferri, 1971).<br />

Tal como E. uniflora, a espécie estudada apresenta<br />

gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> glândulas, dispersas por todo o parênquima<br />

(Ferri, 1971; Jorge et al., 1994). Contudo, drusas e<br />

idioblastos contendo cristais romboédricos <strong>de</strong> oxalato <strong>de</strong><br />

cálcio no mesofilo são vistos apenas ocasionalmente.<br />

A reação intensa com o cloreto férrico está relacionada<br />

à abundância <strong>de</strong> taninos, corroborando sua aplicação<br />

como antidiarreica. Da mesma forma, evi<strong>de</strong>nciou-se<br />

que o mesofilo e o floema da nervura primária são<br />

locais <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> taninos nessa espécie.<br />

Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003


Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003<br />

<strong>Caracterização</strong> <strong>farmacognóstica</strong> <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC (Myrtaceae Jussieu)<br />

FIGURA 1 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> pecíolo, corado com vermelho-neutro, aumento <strong>de</strong> 52,5x,<br />

mostrando a presença <strong>de</strong> glândulas no parênquima e o feixe vascular arqueado<br />

FIGURE 1 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section through petiole, magnification of 52,5x, displaying the<br />

presence of secretion reservoirs in the parenchyma and the arched vascular bundle<br />

FIGURA 2 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> nervura principal, no nível do terço médio da folha, corado<br />

com azul <strong>de</strong> metileno, aumento <strong>de</strong> 200x, mostrando o feixe vascular menos arqueado em comparação<br />

com o pecíolo e o xilema septado envolto por duas cama<strong>das</strong> <strong>de</strong> floema<br />

FIGURE 2 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section through primary vein at the middle part of leaf, magnification<br />

of 200x, displaying the vascular bundle is less arched than in the petiole. Xylem is organized by<br />

septated walls of fibers and is involved by two layers of phloem tissue<br />

31


32<br />

Dario Palhares<br />

FIGURA 3 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> nervura principal no nível do ápice, corado com azul <strong>de</strong><br />

metileno, aumento <strong>de</strong> 160x, mostrando o feixe vascular pouco arqueado, a ausência <strong>de</strong> septos<br />

organizados no xilema e o modo <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> com o mesofilo<br />

FIGURE 3 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section through primary vein at the apex of leaf, magnification of<br />

160x, displaying the vascular bundle is not arched, the septated walls are absent in the xylem<br />

FIGURA 4 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> nervura principal, no nível do terço médio foliar, corado<br />

com azul <strong>de</strong> metileno, aumento <strong>de</strong> 200x, mostrando uma anomalia: um septo dividindo o feixe<br />

vascular<br />

FIGURE 4 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section through midrib, magnification of 200x, displaying an<br />

abnormality: a wall dividing the vascular bundle in two parts<br />

Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003


Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003<br />

<strong>Caracterização</strong> <strong>farmacognóstica</strong> <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC (Myrtaceae Jussieu)<br />

FIGURA 5 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> mesofilo, corado com azul <strong>de</strong> metileno, aumento <strong>de</strong> 200x,<br />

mostrando o parênquima paliçádico em duas cama<strong>das</strong>, sendo a inferior a camada coletora, o<br />

parênquima esponjoso e uma glândula<br />

FIGURE 5 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section of mesophyll, magnification of 200x, showing the palisa<strong>de</strong><br />

layer is composed by two layers of cells, where the second one is the conjunctive layer. The spongy<br />

mesophyll and a secretion reservoir are stressed<br />

FIGURA 6 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> bordo foliar, corado com azul <strong>de</strong> metileno, aumento <strong>de</strong><br />

200x, mostrando o leve curvamento para baixo e a presença <strong>de</strong> três cama<strong>das</strong> celulares entre o bordo<br />

e o mesofilo<br />

FIGURE 6 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section of leaf margin, magnification of 200x, showing the slight<br />

curvature downwards and the existance of three cellular layers between the margin and the mesophyll<br />

33


34<br />

Dario Palhares<br />

FIGURA 7 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal <strong>de</strong> mesofilo, à mão livre, teste do Sudan III, aumento <strong>de</strong> 460x,<br />

mostrando os cloroplastos gran<strong>de</strong>s do parênquima paliçádico e a cutícula recobrindo tanto as pare<strong>de</strong>s<br />

superiores como as laterais<br />

FIGURE 7 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Transverse section of mesophyll, tested with Sudan III, magnification of 460x,<br />

showing big chloroplastids in palisa<strong>de</strong> parenchyma and cuticle recovering of superior and lateral cell<br />

walls<br />

FIGURA 8 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Folha clarificada, corada com ver<strong>de</strong> rápido, aumento <strong>de</strong> 200x, com foco na<br />

epi<strong>de</strong>rme superior, mostrando as pare<strong>de</strong>s retas <strong>das</strong> células epidérmicas e a relação com glândulas e<br />

nervuras<br />

FIGURE 8 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Clarified leaf, stained with fast green, magnification of 200x. Focus on superior<br />

epi<strong>de</strong>rmis shows straight cell walls of epi<strong>de</strong>rmis and the regions of contact with secretory reservoirs<br />

and vascular bundles<br />

Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003


Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003<br />

<strong>Caracterização</strong> <strong>farmacognóstica</strong> <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> <strong>de</strong> <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC (Myrtaceae Jussieu)<br />

FIGURA 9 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Face inferior da epi<strong>de</strong>rme dissociada, corada com vermelho-neutro, aumento <strong>de</strong><br />

225x, mostrando estômatos paracíticos e anomocíticos e uma região <strong>de</strong> revestimento glandular,<br />

composta <strong>de</strong> duas células conspícuas, com bor<strong>das</strong> irregulares<br />

FIGURE 9 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Dissociated inferior face of epi<strong>de</strong>rmis, magnification of 225x, showing paracytic<br />

and anomocytic stomata. The glandular covering is done by two conspicuous cells with irregular margins<br />

FIGURA 10 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Face inferior <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>rme <strong>de</strong> nervura <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m, corte paradérmico,<br />

aumento <strong>de</strong> 260x, evi<strong>de</strong>nciando cristais romboédricos birrefringentes<br />

FIGURE 10 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: para<strong>de</strong>rmic section of inferior face of epi<strong>de</strong>rmis covering a secondary vein,<br />

magnification of 260x, showing rhomboedric crystals<br />

35


36<br />

Dario Palhares<br />

FIGURA 11 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: Corte transversal à mão livre <strong>de</strong> nervura principal, terço médio foliar,<br />

mostrando uma glândula com conteúdo lipídico e colênquima sob a epi<strong>de</strong>rme adaxial<br />

FIGURE 11 – <strong>Eugenia</strong> dysenterica DC: transverse section of midrib showing fatty reservoir and colenchyma un<strong>de</strong>r<br />

inferior epi<strong>de</strong>rmis<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos<br />

Agra<strong>de</strong>ço aos técnicos do laboratório, Aroldicéia<br />

Sena Rosa Correa e Eli Noronha Neto, pelo gran<strong>de</strong><br />

BARROS, M. Plantas medicinais – uso e tradições em<br />

Brasília-DF. 1986. Belo Horizonte. In: SIMPÓSIO DE<br />

PLANTAS MEDICINAIS, 7., 1986, Belo Horizonte.<br />

Anais... Belo Horizonte, 1986. p. 140-151.<br />

BEHAR, L. Dados sobre anatomia e transpiração foliar<br />

<strong>de</strong> <strong>Eugenia</strong> uniflora L. Ciência e Cultura, v. 23(3), p. 273-<br />

284, 1971.<br />

DIANESE, J.; MEDEIROS, R.; SANTOS, L.<br />

Phloeosporella kitajimae sp. nov. associated with leaf spots<br />

and blight of <strong>Eugenia</strong> dysenterica in central Brazil.<br />

Mycological Research, v. 97, n. 5, p. 610-612, 1993.<br />

FERRI, M. Informações sobre transpiração e anatomia<br />

foliar <strong>de</strong> diversas mirtáceas. Ciência e Cultura, v. 23, n. 3,<br />

p. 313-316, 1971.<br />

FONTENELLE, G.; COSTA, C.; MACHADO, R.<br />

Foliar anatomy and micromorphology of eleven species<br />

of <strong>Eugenia</strong> L. (Myrtaceae). Botanical Journal of the Linnean<br />

Society, 115, p. 111-133, 1994.<br />

HARON, N.; MOORE, D. The taxonomic significance<br />

of leaf micromorphology in the genus <strong>Eugenia</strong> L.<br />

(Myrtaceae). Botanical Journal of the Linnean Society, 120,<br />

p. 265-277, 1996.<br />

HUSSIN, K.; CUTLER, D.; MOORE, D. Leaf<br />

anatomical studies of <strong>Eugenia</strong> L. (Myrtaceae) species<br />

Referências bibliográficas<br />

apoio. Os melhores préstimos à professora Conceição<br />

Eneida dos Santos Silveira, pela valiosa colaboração.<br />

from the Malay Peninsula. Botanical Journal of the Linnean<br />

Society, 110, p. 137-156, 1992.<br />

JORGE, L.; OLIVEIRA, F.; KATO, E.; OLIVEIRA, I.<br />

<strong>Caracterização</strong> <strong>farmacognóstica</strong> <strong>das</strong> <strong>folhas</strong> e frutos <strong>de</strong><br />

<strong>Eugenia</strong> uniflora (Myrtaceae). Lecta-USF, v. 12, n. 2,<br />

p. 103-120, 1994.<br />

KRAUS, J.; ARDUIN, M. Manual básico <strong>de</strong> métodos em<br />

morfologia vegetal. Seropédica (RJ): Ed. Universida<strong>de</strong><br />

Rural, 1, 1997. 96 p.<br />

OGA, F.; FONSECA, C. Um método rápido para<br />

estimar área foliar em mu<strong>das</strong> <strong>de</strong> cagaiteira (<strong>Eugenia</strong><br />

dysenterica DC). Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 29, n. 4,<br />

p. 561-570, 1994.<br />

PROENÇA, C.; GIBBS, P. Reproductive biology of<br />

eight sympatric Myrtaceae from central Brazil. New<br />

Phytologist, 126, p. 343-354, 1994.<br />

RIZZINI, C. Efeito tegumentar na germinação <strong>de</strong><br />

<strong>Eugenia</strong> dysenterica DC (Myrtaceae). Revista Brasileira <strong>de</strong><br />

Biologia, v. 30, n. 3, p. 381-402, 1970.<br />

VAN WYK, A.; ROBBERTSE, P.; KOK, P. The genus<br />

<strong>Eugenia</strong> L. (Myrtaceae) in southern Africa: the structure<br />

and taxonomic value of stomata. Botanical Journal of the<br />

Linnean Society, 84, p. 41-56, 1982.<br />

Revista Lecta, Bragança Paulista, v. 21, n. 1/2, p. 29-36, jan./<strong>de</strong>z. 2003

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!