TECNOL0GIA E INSPEÇÃO DE PESCADO E ... - Infinity Foods
TECNOL0GIA E INSPEÇÃO DE PESCADO E ... - Infinity Foods TECNOL0GIA E INSPEÇÃO DE PESCADO E ... - Infinity Foods
TECNOL0GIA E INSPEÇÃO DE PESCADO E DERIVADOS Solange Dias Medeiros Doenças do Pescado Transmissíveis ao Homem pelo Consumo ou Manuseio ►BACTÉRIAS Grupo I - Bactérias que fazem parte do habitat natural do pescado Clostridium botulinum - Intoxicação Víbrios: V. parahaemolyticus, V. cholerae, V. vulnificus - Infecção Aeromonas spp. - Infecção Plesiomonas shigelloides - Infecção Listeria monocytogenes- Infecção Grupo II - Bactérias contaminantes Salmonella spp.- Infecção Escherichia coli - Infecção Shigella spp.- Infecção Staphylococcus aureus - Intoxicação ► PARASITOS Nematóides Anisakis - peixes marinhos Pseudoterranova- peixes marinhos Contracaecum- peixes marinhos Eustrongylides - peixes de água doce
- Page 2 and 3: ﺣ ANISAKIS: HD mamífero marinho
- Page 4 and 5: Sintomas neuromusculares 30 minutos
- Page 6: ►CONTAMINANTES INORGÂNICOS Limit
<strong>TECNOL0GIA</strong> E <strong>INSPEÇÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>PESCADO</strong> E <strong>DE</strong>RIVADOS<br />
Solange Dias Medeiros<br />
Doenças do Pescado Transmissíveis ao Homem pelo Consumo ou Manuseio<br />
►BACTÉRIAS<br />
Grupo I - Bactérias que fazem parte do habitat natural do pescado<br />
Clostridium botulinum - Intoxicação<br />
Víbrios: V. parahaemolyticus, V. cholerae, V. vulnificus - Infecção<br />
Aeromonas spp. - Infecção<br />
Plesiomonas shigelloides - Infecção<br />
Listeria monocytogenes- Infecção<br />
Grupo II - Bactérias contaminantes<br />
Salmonella spp.- Infecção<br />
Escherichia coli - Infecção<br />
Shigella spp.- Infecção<br />
Staphylococcus aureus - Intoxicação<br />
► PARASITOS<br />
Nematóides<br />
Anisakis - peixes marinhos<br />
Pseudoterranova- peixes marinhos<br />
Contracaecum- peixes marinhos<br />
Eustrongylides - peixes de água doce
ﺣ ANISAKIS: HD mamífero marinho<br />
Larva infectante no peixe teleósteo<br />
Sinais clínicos: Larva granuloma eosinofílico intestino<br />
1000 casos/ano no Japão<br />
Trematódeos<br />
Paragonimus: HD Homem<br />
Forma infectante no crustáceo (não envolve peixe)<br />
Casos humanos no Equador e Peru<br />
Clinostomum<br />
Ascocotyle (Phagicola) longa: Hospedeiro Tainha (cisto na musculatura)<br />
1990: Registro 1 caso<br />
Cananéia 9 casos<br />
Cestóides<br />
Dyphyllobothrium latum: Trutas e salmão<br />
D. pacificum: peixes marinhos<br />
Sintomas: bloqueia absorção de vit B12 anemia<br />
Tênia no intestino com liberação de proglotes no ambiente.<br />
Tratamento:<br />
anti-helmíntico<br />
Controle:<br />
Congelamento: -30oC/24h<br />
Cocção<br />
Salga: 20oBé min 7 dias<br />
Evisceração a bordo<br />
Candle table<br />
►BIOTOXINAS MARINHAS<br />
Ictiotóxicos: toxina nas ovas<br />
Ictiosarcotóxicos: toxina na musculatura, pele, e vísceras Ictiohemotóxicos: toxinas<br />
no sangue<br />
Ictiocrinotóxicos: glândulas ou aparelhos→veneno para defesa<br />
FICOTOXINAS<br />
PSP – Toxina Paralisante de Bivalves;<br />
DSP – Toxina Diarréica de Bivalves;<br />
ASP – Toxina Amnésica de Bivalves;<br />
NSP – Neurotoxina de Bivalves.
CIGUATERA<br />
Garoupa, Barracuda, Enguia, Moréia, Cavala, Xerelete e Bodião<br />
TETRAODONTOXINA<br />
Família Tetrodontidae<br />
Baiacu-arara (Lagocephalus laevigatus)<br />
Baiacu-pinima (Sphoeroides spengleri) - seriamente tóxica<br />
Baiacu-mirim (Sphoeroides testudineus) - letalmente tóxica<br />
TETRODONTOXINA<br />
Baiacus - Peixes da família Tetraodontidae<br />
Ante-mortem<br />
Vísceras, gônodas, pele<br />
Sintomas neurológicos 10-45’ após ingestão:<br />
parestesias da face e ao redor da boca ou da língua, intumescimento e<br />
formigamento das extremidades e pontas dos dedos, eritema e sensação<br />
recorrente de queimação em diversas partes do corpo. Náuseas, vômitos, diarréia<br />
e cefaléia. ataxia ou incoordenação motora, vertigem, dificuldade para falar e<br />
deglutir, paralisias musculares, hipotensão arterial, arritmia, choque<br />
cardiovascular, respiração difícil, cianose e parada respiratória.<br />
CIGUATERA<br />
Gambierdiscus toxicus (dinoflagelado)<br />
Ciguatoxinas<br />
Mais de 400 espécies de peixes<br />
Águas tropicais e sub-tropicais<br />
Músculo, intestino, fígado<br />
50.000 casos/ano (estimativa)<br />
Sintomas neuro-musculares horas após ingestão:<br />
distúrbio gastrointestinal: náuseas, vômitos, diarréia e dor abdominal.<br />
sintomas neurológicos: sensação de adormecimento e formigamento dos lábios,<br />
pés e mãos, diastesia na língua e paladar com sensação alternante de calor e frio<br />
e mialgia, tenesmo e incontinência urinária. Morte (12%)<br />
Duração da doença: dias, semanas, meses, anos<br />
PSP – Toxina Paralisante de Bivalves<br />
Dinoflagelados: Alexandrium, Gonyaulax, Gymnodinium, Pyrodinium<br />
“Maré vermelha” ou amarelada<br />
Veneno tipo curare - Saxitoxina
Sintomas neuromusculares 30 minutos a 2 horas depois ingestão: formigamento,<br />
sensação de calor e dormência dos lábios e da ponta dos dedos, ataxia,<br />
sonolência e discurso incoerente. Em casos críticos ocorre a morte devido à<br />
paralisia respiratória.<br />
DSP – Toxina Diarréica de Bivalves<br />
Dinophysis, Aurocentrum (dinoflagelados)<br />
7 toxinas inclusive o Ácido ocadáico<br />
Sintomas gastrointestinais 30 miutos a horas após consumo: diarréia, vômitos,<br />
dores abdominais<br />
Recuperação após 3-4 dias<br />
NSP – Neurotoxina de Bivalves<br />
Ptychodiscus breve (dinoflagelados) - Brevetoxinas<br />
Limitada ao Golfo de México, Flórida<br />
Mortandade de peixes, “ Maré vermelha”<br />
Sintomas assemelham-se PSP – sem paralisia, raramente fatal<br />
ASP – Toxina Amnésica de Bivalves<br />
Nitzschia pungens e Pseudonitzchia australis (alga diatomácea)<br />
Ácido domóico<br />
Náusea, vômitos, perda de equilíbrio, deficiências do sistema nervoso central,<br />
confusão, perda da memória, morte.<br />
Controle das Biotoxinas<br />
Difícil prevenção<br />
Monitorização das áreas de pesca<br />
Toxinas termo-estáveis
Toxina<br />
Toxina Amnésica de<br />
Bivalves<br />
Toxina Diarréica de<br />
Bivalves<br />
Neurotoxina de<br />
Bivalves<br />
Toxina Paralisante de<br />
Bivalves<br />
Ciguatera<br />
Tetrodotoxina<br />
Produto<br />
►AMINAS BIOGÊNICAS<br />
INTOXICAÇÃO POR HISTAMINA<br />
Designação histórica: Envenenamento por Scombrideos<br />
Sintomas mais comuns: Náuseas, vômitos, diarréia, ruborização (facial), urticária,<br />
edema, dor de cabeça, formigamento, sensação de queimadura na boca.<br />
Casos graves: edema de glote<br />
Formação da Histamina no pescado<br />
Post - Mortem, através da descarboxilação bacteriana do aminoácido histidina<br />
HISTIDINA Descarboxilação HISTAMINA<br />
Espécies mais envolvidas<br />
Família Scombridade,<br />
Família Clupeidae,<br />
Família Scombresocidae,<br />
Família Pomatomidae e<br />
Família Coryphaenidae<br />
Bivalve inteiro<br />
Bivalve inteiro<br />
Bivalve inteiro<br />
Bivalve inteiro<br />
Peixe inteiro<br />
Baiacu<br />
Tolerância<br />
20 ppm de ácido<br />
domóico<br />
O,2 ppm de ácido<br />
ocadáico<br />
0,8ppm de<br />
brevetoxina<br />
0,8ppm<br />
(80µg/100g) de<br />
saxitoxina<br />
1 ppb<br />
DL mínima 10µg/Kg<br />
em camundongos<br />
Bactérias que produzem Histamina<br />
Enterobactérias, Vibrio Sp, Clostridium, Lactobacillus Sp.<br />
Morganella morgani, Klebsiela pneumonie, Hafnia alvei<br />
Multiplicação é retardada abaixo de 4,4ºC.<br />
Histamina é termo-resistente.<br />
Controle: abaixamento rápido da temperatura (6 horas)<br />
Limite: 10mg/100g de carne<br />
Método de Análise<br />
HPLC<br />
Bioensaio em ratos<br />
e HPLC<br />
Bioensaio em ratos<br />
Bioensaio em ratos<br />
e HPLC<br />
Bioensaio em ratos,<br />
HPLC, Cigua Check
►CONTAMINANTES INORGÂNICOS<br />
Limite máximo na Legislação brasileira:<br />
Mercúrio:<br />
Peixes e produtos da pesca (exceto predadores) 0,5mg/kg<br />
Peixes predadores 1,0mg/kg.<br />
Cádmio: peixes e produtos da pesca 1,0mg/kg<br />
Chumbo: peixes e produtos da pesca 2,0mg/kg<br />
Arsênio: peixes e produtos de peixe 1,0mg/kg<br />
Fonte: Portaria no 685 / ANVISA - MS<br />
INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS - MERCÚRIO<br />
Utilização: fabricação de celulose, descontaminador de sementes, indústrias<br />
farmacêuticas e de plásticos, fabricação de eletrodos, garimpo de ouro.<br />
Histórico: 1953 e 1960: baía de Minamata – Japão<br />
Metil-mercúrio:100mg/kg peixes.<br />
1963: Niigata – Japão<br />
ASPECTOS IMPORTANTES<br />
Contaminação nos peixes: água ou cadeia trófica.<br />
Conseqüências nos humanos: descontrole dos membros, redução da visão, olfato,<br />
audição, fala e distúrbios mentais diversos<br />
Localidades afetadas por rejeitos contendo altos teores de mercúrio: Rio Gurupi<br />
(Maranhão), Cumarú (Pará), Carajás (Pará), Poconé (Mato Grosso), Rio Tapajós,<br />
Itaituba (Amazonas), Rio Madeira (Rondônia), Estado de Roraima, Estado do<br />
Amapá, Vale do Paraíba (Rio de Janeiro), Crixás (Goiás).