CLÁSSICOS BRASILEIROS BRAZILIAN CLASSICS - Imprensa Oficial
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Dionísia Gonçalves Pinto foi educadora,<br />
escritora e poetisa. E mais que tudo isso, foi uma<br />
desbravadora social. Sob o pseudônimo de Nísia<br />
Floresta Brasileira Augusta, publicou inúmeros<br />
textos em jornais de expressão, ainda nos<br />
primórdios da imprensa no país e neles defendeu<br />
as causas da emancipação feminina e da abolição<br />
da escravidão, mas também do nacionalismo e<br />
do indianismo. Além de uma obra jornalística,<br />
escreveu poesia, textos políticos, romances,<br />
novelas didático-moralistas e crônicas de viagem.<br />
Alçada ao título de “pioneira do feminismo no<br />
Brasil”, Nísia reúne, em Direitos das mulheres<br />
e injustiça dos homens, suas reflexões sobre o<br />
papel da mulher na sociedade, dialogando com<br />
o pensamento feminista europeu de seu tempo.<br />
Crítica<br />
Principais obras<br />
NÍSIA FLORESTA<br />
(1810 – 1885)<br />
Fragmento<br />
Direitos das mulheres e injustiça dos homens<br />
Os homens não podendo negar que nós somos<br />
criaturas racionais, querem provar-nos a sua<br />
opinião absurda, e os tratamentos injustos que<br />
recebemos, por uma condescendência cega<br />
às suas vontades; eu espero, entretanto, que<br />
as mulheres de bom senso se empenharão em<br />
fazer conhecer que elas merecem um melhor<br />
tratamento e não se submeterão servilmente a<br />
um orgulho tão mal fundado.<br />
Antropofagia libertária<br />
"Nísia Floresta não realiza, insisto, uma tradução no sentido convencional do texto da feminista, ou de outros escritores<br />
europeus, como muitos acreditaram. Na verdade, ela empreende uma espécie de antropofagia libertária: assimila as<br />
concepções estrangeiras e devolve um produto pessoal, em que cada palavra é vivida e os conceitos surgem extraídos<br />
da própria experiência."<br />
(Constância Lima Duarte, "Feminismo e literatura no Brasil")<br />
Direitos iguais<br />
"Ideologicamente, Nísia resumiu o seu pensamento em relação à questão da mulher, e nisso ela foi mais radical do que<br />
a própria Maria [Mary] Wollstonecraft, preconizando para o feminismo que defendia a equiparação dos direitos da<br />
mulher aos do homem pela instrução, pelo trabalho e sobretudo pela participação política."<br />
(Socorro Trindad, Feminino feminino)<br />
Direitos das mulheres e injustiça dos homens (1832); Conselhos à minha filha (1842); Fany ou o modelo das donzelas (1847);<br />
Daciz ou a jovem completa (1847); Lágrima de um caeté (1849); Dedicação de uma amiga (1850); Opúsculo humanitário<br />
(1853); A mulher (1859); Le Brésil (1871).<br />
Clássicos brasileiros<br />
Uma seleção de autores com obras em domínio público<br />
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