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APEGADOS

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APEgAdos<br />

vidas. Nossos sentimentos e comportamentos, hoje, não são<br />

muito diferentes daqueles de nossos ancestrais.<br />

O “comportamento de protesto” na era digital<br />

Equipados com nossos novos insights sobre as implicações dos<br />

estilos de apego na vida cotidiana, começamos a perceber as ações<br />

das pessoas de uma forma muito diferente. Comportamentos<br />

que costumávamos atribuir às características da personalidade de<br />

alguém, ou que tínhamos anteriormente rotulado como exagerados,<br />

podem, agora, ser compreendidos com clareza e precisão<br />

através da lente do apego. Nossas descobertas colocavam sob uma<br />

nova luz a dificuldade que Tamara tinha em romper com um namorado<br />

como Greg, que a fazia completamente infeliz. Não vinha<br />

necessariamente de uma fraqueza dela. Originava-se, em vez disso,<br />

de um instinto básico de manter contato com uma figura com a<br />

qual ela estabelecera um apego a qualquer custo, e era amplificado<br />

enormemente por um estilo de apego ansioso.<br />

Para Tamara, a necessidade de estar com Greg era disparada<br />

pela mais tênue sensação de perigo — perigo de que seu<br />

amado estivesse fora de alcance, incapaz de responder ou com<br />

problemas. Romper nessas situações seria insano em termos<br />

evolucionários. Usar um comportamento de protesto, tal como<br />

ligar várias vezes ou tentar deixá-lo com ciúmes, fazia perfeito<br />

sentido quando visto sob essa perspectiva.<br />

O que realmente nos agradou na teoria do apego foi ela ter<br />

sido formulada com base na população como um todo. Diferentemente<br />

de muitos outros quadros de referência que foram criados<br />

baseados em casais que procuravam terapia, este tirava suas lições<br />

de todo mundo — daqueles que tinham relacionamentos felizes<br />

e daqueles que não tinham, daqueles que nunca fizeram terapia e<br />

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