APEGADOS
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Amir Levine e Rachel S. F. Heller<br />
o par era intrigante. Era como se os pesquisadores conhecessem<br />
os momentos mais íntimos do casal e seus pensamentos. As<br />
abordagens psicológicas podem ser um pouco vagas, deixando<br />
muito espaço para a interpretação, mas essa teoria conseguia proporcionar<br />
um insight preciso, baseado em provas sobre o que,<br />
aparentemente, era um relacionamento único.<br />
Embora não seja impossível que alguém mude o seu estilo<br />
de apego — em média, uma em cada quatro pessoas faz isso em<br />
um período de quatro anos —, a maioria das pessoas não tem<br />
consciência do assunto, de modo que essas mudanças ocorrem<br />
sem que elas jamais percebam que ocorreram (ou por que). Não<br />
seria ótimo, nós pensamos, se pudéssemos ajudar as pessoas a ter<br />
algum grau de controle sobre essas mudanças, alterando sua vida?<br />
Quanta diferença faria se elas pudessem, conscientemente, atuar<br />
no sentido de se tornar mais seguras em seus estilos de apego em<br />
vez de deixar que a vida as levasse para onde quer que fosse!<br />
Conhecer esses três estilos de apego realmente abriu nossos<br />
olhos. Descobrimos que os comportamentos relacionados ao<br />
apego adulto estavam em toda parte. Fomos capazes de encarar<br />
nossos próprios comportamentos românticos e os das pessoas<br />
à nossa volta, sob uma nova e revigorante perspectiva. Atribuindo<br />
estilos de apego a pacientes, colegas e amigos, podíamos<br />
interpretar seus relacionamentos de modo diferente e alcançar<br />
uma clareza muito maior. O comportamento deles não mais<br />
parecia incompreensível e complexo, mas bastante previsível<br />
em suas circunstâncias.<br />
Laços evolucionários<br />
A teoria do apego está baseada na afirmação de que a necessidade<br />
de estar em um relacionamento íntimo está embutida em<br />
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