P-00125601_9999982411
P-00125601_9999982411 P-00125601_9999982411
EnciclopEdia dE brinquEdos tradicionais E uso lúdico da naturEza O libro dos xoguetes tradicionais da nosa cultura pvp: 80,00 € prezo prepublicación: 48,00 € campaña de prepublicación válida ata o 15 de abril 2013
- Page 2 and 3: EnciclopEdia dE brinquEdos tradicio
- Page 4 and 5: tastarabás enciclopedia de brinque
- Page 6 and 7: TASTARABÁS · Brinquedos sonoros d
- Page 8 and 9: TASTARABÁS · Brinquedos sonoros d
- Page 10 and 11: TASTARABÁS · Brinquedos sonoros d
- Page 12 and 13: TASTARABÁS · Brinquedos sonoros d
- Page 14: 1334036 ISBN 978-84-9914-486-3 Enci
EnciclopEdia dE brinquEdos tradicionais E uso lúdico da naturEza<br />
O libro dos xoguetes tradicionais da nosa cultura<br />
pvp: 80,00 €<br />
prezo prepublicación:<br />
48,00 €<br />
campaña de prepublicación<br />
válida ata o 15 de abril 2013
EnciclopEdia dE brinquEdos tradicionais E uso lúdico da naturEza<br />
Froito de dez anos de traballo, velaquí temos Tastarabás.<br />
Enciclopedia de brinquedos tradicionais e uso<br />
lúdico da natureza. Nesta obra, o autor, ao longo de<br />
máis de mil páxinas, ofrece un extenso catálogo dos<br />
brinquedos e enredos diversos que forman parte da<br />
nosa tradicional cultura lúdica.<br />
Máis de 2.500 fotografías acompañan os arredor<br />
de 1.000 brinquedos, enredos e mesmo brincadeiras<br />
efémeras que compoñen o volume, todos eles descritos<br />
de forma pormenorizada e completados con<br />
informacións sobre o seu uso, a dificultade de construción,<br />
as súas variantes, os lugares de recolla das<br />
informacións, anécdotas dos informantes relativas<br />
aos xoguetes descritos e tamén textos literarios ou<br />
doutra índole, nos cales un gran número de autores<br />
se refiren a eles.<br />
Velaquí un libro de divulgación que recompila nun<br />
só volume a meirande parte dos xoguetes tradicionais<br />
que formaron e forman parte da nosa cultura,<br />
clasificados en brinquedos do mundo animal, vexetal<br />
e inanimado, brinquedos de enxeño e habilidade,<br />
bonecas, brinquedos de desprazamento e transporte,<br />
arsenal infantil, brinquedos sonoros e xoguetes ou<br />
elementos para xogos regrados, entre outros.<br />
Ficha técnica:<br />
Formato: 20,5 x 27<br />
Número de páxinas: 1.080<br />
Encadernación en cartoné<br />
Impreso a toda cor<br />
ISBN: 978-84-9914-486-3<br />
PVP: 80,00 €<br />
pvp: 80,00 €<br />
prezo prepublicación:<br />
48,00 €<br />
campaña de prepublicación<br />
válida ata o 15 de abril 2013<br />
Brincar non é só gastar o tempo devagar. Brincar non<br />
é sequera gastar diñeiro en brinquedos que apenas<br />
usaremos, nin en brinquedos que nos usen eles a nós.<br />
Brincar é gozar dun tempo preciso e precioso para<br />
introducírmonos na cerna da cultura, para desenvolvermos<br />
as capacidades das que, como seres humanos,<br />
dispomos: intelixencia, creatividade, inventiva, liberdade,<br />
orde, empatía, amizade, respecto, coidado da<br />
natureza, coñecemento do mundo, uso da lingua de<br />
forma precisa e harmónica…<br />
Antón Cortizas é mestre de profesión e autor de varios<br />
dos máis importantes títulos da literatura infantil e<br />
xuvenil galega. Recibiu varios premios como o de teatro<br />
infantil Xeración Nós e o Merlín no ano 2001, entre<br />
outros. Con Tastarabás. Enciclopedia de brinquedos<br />
tradicionais e uso lúdico da natureza continúa o labor<br />
de investigación que xa comezara hai doce anos con<br />
Chirlosmirlos. Enciclopedia dos xogos populares.
tastarabás<br />
enciclopedia de brinquedos tradicionais<br />
índice<br />
xeral<br />
Prólogos ................................................................................................................................................................................6<br />
o Tastarabás de Brinquedia .......................................................................................................................................7<br />
o Tastarabás de guy Jaouen ...................................................................................................................................10<br />
o Tastarabás de Pere lavega ...................................................................................................................................14<br />
o Tastarabás de Paco Veiga .....................................................................................................................................16<br />
Tastarabás, algunhas explicacións necesarias .........................................................................................................19<br />
Agradecementos ..................................................................................................................................................................32<br />
01. BrincAr no mundo AnimAl ..............................................................................................................................35<br />
02. BrincAr no mundo VexetAl ...........................................................................................................................123<br />
03. BrincAdeirAs co mundo inAnimAdo .......................................................................................................225<br />
04. Brinquedos de enxeño e hABilidAde .......................................................................................................265<br />
05. BonecAs e rePresentAcións de AnimAis ...............................................................................................321<br />
06. construcións .........................................................................................................................................................379<br />
07. BArcos, cArros, coches, AVións ................................................................................................................391<br />
08. Brinquedos de desPrAzAmento e trAnsPorte .................................................................................437<br />
09. Brinquedos con moVemento .......................................................................................................................497<br />
10. reProducións de oBxectos ...........................................................................................................................593<br />
11. ArsenAl infAntil ...................................................................................................................................................661<br />
12. Brinquedos sonoros de BAter e riscAr ................................................................................................711<br />
13. Brinquedos sonoros de soPro ..................................................................................................................767<br />
14. Brinquedos sonoros de cordA .................................................................................................................849<br />
15. Brinquedos e elementos PArA xogos ....................................................................................................859<br />
16. VArios ..........................................................................................................................................................................989<br />
17. mundo fAntástico .............................................................................................................................................1035<br />
BiBliogrAfíA ...................................................................................................................................................................1051<br />
contrasinais das referencias bibliográficas citadas ..................................................................................1053<br />
Bibliografía das referencias textuais ...............................................................................................................1061<br />
outras referencias bibliográficas galegas<br />
sobre o xogo e o xoguete tradicionais.........................................................................................................1067<br />
Achegas para unha bibliografía cronolóxica<br />
sobre o xogo e do brinquedo tradicionais .................................................................................................1070
tastarabás<br />
enciclopedia de brinquedos tradicionais<br />
mostra<br />
das 10 primeiras páxinas<br />
do capítulo 12<br />
TASTARABÁS | Brinquedos sonoros de bater e riscar
Este capítulo comprende aqueles xoguetes que producen<br />
algún tipo de son, mediante a percusión ou a<br />
vibración de láminas e membranas de calquera tipo.<br />
Algúns destes brinquedos gozan tamén coa particularidade<br />
de teren movemento. Outros son usados con<br />
finalidade próxima á de instrumentos musicais, mais<br />
nestes casos a súa construción require maior precisión<br />
e coidado.<br />
01 Paus ........................................................................................................ 713<br />
02 estraloque de millo ........................................................................... 713<br />
03 castañeta ............................................................................................. 714<br />
04 canivela ................................................................................................. 714<br />
05 tarrañolas ............................................................................................. 716<br />
tarrañolas de pau .............................................................................. 716<br />
tarrañolas de cana ............................................................................ 716<br />
tarrañolas de lousa .......................................................................... 716<br />
tarrañolas de óso .............................................................................. 716<br />
tarrañolas de abelá .......................................................................... 716<br />
tarrañolas de chapas ....................................................................... 716<br />
tarrañolas dobres .............................................................................. 716<br />
06 tarrañolas de noz .............................................................................. 718<br />
07 lapeta .................................................................................................... 719<br />
08 martabela ............................................................................................. 719<br />
09 tarambelo .............................................................................................720<br />
10 castañola de nabo ............................................................................720<br />
11 triscos, pitos e castañolas .............................................................721<br />
12 castañetas de mango ......................................................................722<br />
13 carachas ...............................................................................................724<br />
14 estalo ......................................................................................................724<br />
15 látego ....................................................................................................725<br />
16 sopramocos .........................................................................................726<br />
17 tarabela sonora ..................................................................................728<br />
18 tastarabás ............................................................................................729<br />
19 carraca de cana .................................................................................731<br />
20 tastarabás de lata .............................................................................732<br />
21 triquetraque ........................................................................................733<br />
22 trécolas de asas .................................................................................735<br />
23 trécolas .................................................................................................736<br />
24 tarecos ...................................................................................................737<br />
25 estraloque de cardo .........................................................................738<br />
26 carraca de bicicleta ..........................................................................739<br />
27 galla .......................................................................................................739<br />
28 ferreñas .................................................................................................740<br />
29 ferreñas de lata .................................................................................741<br />
30 maracas .................................................................................................742<br />
31 cabazas .................................................................................................742<br />
Axóuxere de cana ..............................................................................742<br />
Pau de choiva .....................................................................................742<br />
32 cunchas ................................................................................................743<br />
33 conchos de noces .............................................................................744<br />
cuncas de culleres ............................................................................744<br />
34 reque-reque .......................................................................................745<br />
35 Botella de anís ....................................................................................745<br />
36 libetófono ............................................................................................746<br />
37 copas sonoras ....................................................................................746<br />
38 Pinaretas ...............................................................................................747<br />
39 culleres ..................................................................................................747<br />
40 Albuche .................................................................................................748<br />
41 tambor de lata ...................................................................................748<br />
42 Pratos e latas ......................................................................................750<br />
43 carrizo ...................................................................................................751<br />
44 chiribicocó ...........................................................................................752<br />
45 carrizo de chapas ..............................................................................753<br />
46 carrizo de canas e moedas ...........................................................753<br />
47 chamariz do tordo ............................................................................754<br />
48 A ra ..........................................................................................................754<br />
49 regra ......................................................................................................755<br />
50 ruxe-ruxe .............................................................................................756<br />
51 xilófono e metalófono ....................................................................757<br />
52 Birimbau ...............................................................................................757<br />
53 marimba de boca ..............................................................................759<br />
54 Pandeireta de lata .............................................................................759<br />
55 Abesouro ...............................................................................................761<br />
56 Pita choca .............................................................................................762<br />
57 zambomba ...........................................................................................763<br />
58 A legoña ................................................................................................765
TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Paus | Estraloque de millo<br />
01 PAuS<br />
Palitroques<br />
Lugares de recolla: Ferrol, Vilagarcía<br />
Informante: Propia<br />
Referencias bibliográficas: XB, OMPG, PC, PCA<br />
DESCRICIóN<br />
Córtanse dous paus dunha cuarta de lonxitude, de calquera<br />
vara ben redonda que teña un mínimo de 2 cm de grosor. Son<br />
apropiados os paus de madeira das vasoiras, ben que a poder<br />
ser, é preferíbel unha madeira máis dura, para que soe máis<br />
forte e mellor.<br />
De facérmolos dunha vara, o traballo de preparación consistirá<br />
en pelalos e lixalos, con lixa, navalla ou cristal.<br />
No caso dos paus empregados nos Maios, como indica a cita<br />
textual, adórnase o seu extremo con fitas de cores.<br />
OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO<br />
Os paus son un sinxelo brinquedo-instrumento, empregado<br />
para os acompañamentos rítmicos nas panxoliñas, nos aguinaldos<br />
e nos Maios. Agárrase un dos paus, de tal xeito que<br />
a cunca da man faga de caixa de resonancia. Coa outra man<br />
cóllese o segundo pau e con el bátese no anterior ao ritmo<br />
dunha canción.<br />
Os paus son en si un instrumento musical de percusión,<br />
construído de forma rápida e esporádica pola rapazada como<br />
obxecto de brincadeira. Ás veces nin sequera era construído:<br />
abondaba con atopar dous paus para poñerse a brincar con eles<br />
batendo un contra outro. Así, cando un rapaz atopaba dous<br />
cadolos tirados en calquera parte, collíaos e batía con eles, en-<br />
toando ou non calquera canción que lle viñese ao maxín neses<br />
medios. Era unha brincadeira efémera non preparada, resultado<br />
da casualidade; e sendo así tamén pouco importaban as medidas<br />
dos cadolos. Normalmente eran utilizados para as improvisadas<br />
orquestras de maracas (latas con pedriñas) e tambores<br />
(latas e baquetas).<br />
Ai, que se era lindo escoitar o bater dos paus! e, por proximidade,<br />
o das espadas de madeira das que o gustoso era sentilas<br />
bater unha contra outra, máis ca ningunha outra pretensión ou<br />
simulación guerreira.<br />
TEXTOS<br />
este noso maio<br />
é moi cantareiro,<br />
con cunchas e paus<br />
gánache o diñeiro.<br />
(Rei Cebral, C., Obra inédita)<br />
esta copla recolleuna carlos rei cebral en Vilagarcía e inclúea<br />
na súa obra os instrumentos musicais na lírica tradicional galega<br />
observando que: «nesta vila as cantigas dos maios poden<br />
acompañarse con cunchas (as menos das veces) ou cun par de<br />
paus, que levan cada un dos cantores. estes paus ou palitroques<br />
soen gardarse dun ano para outro, pois ao ir secando a madeira<br />
aumenta a sonoridade. na parte inferior van adornados con fitas<br />
de moitas cores.»<br />
(PC)<br />
02 ESTRALOQuE<br />
DE MILLO<br />
Estalo | estaloque | estalote<br />
Lugar de recolla: Ferrol<br />
Informante: Xaime López Picallo<br />
Referencias bibliográficas: CBF, ES, PCA, RAR, XB, XE1,<br />
XSN<br />
DESCRICIóN<br />
Precísase un anaco de cana de millo, en verde, que teña tres<br />
nós.<br />
Fánselle dúas fendas lonxitudinais, dividindo a cana en tres<br />
partes, dende un extremo até chegar ao nó do medio sen o<br />
cortar.<br />
unha variante deste enredo realízase collendo tamén unha<br />
canela de millo de tres nós. A partir do nó central ábrense dúas<br />
7
8<br />
TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Estraloque de millo | Castañeta | Canivela<br />
lascas cara enriba, sen as desprender da cana. Agarrando esta<br />
pola parte inferior, bátese ritmicamente sacudíndoa arriba e<br />
abaixo.<br />
OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO<br />
Agarrando a cana pola parte non cortada, movemos ritmicamente<br />
a man, como se estivésemos a tocar unha maraca, e<br />
as partes cortadas baterán entre si facendo un son propio de<br />
acompañamentos musicais de percusión.<br />
O estraloque faise con canas verdes, pois do contrario non<br />
soan ben. É un instrumento efémero, xa que ao secar perde a<br />
súa musicalidade.<br />
03 CASTAÑETA<br />
Caniña<br />
Informante: Antón Castro<br />
Referencias bibliográficas: SPC<br />
DESCRICIóN<br />
un cachiño de cana seca de seis centímetros de lonxitude córtase<br />
lonxitudinalmente pola metade, dividíndoo así en dúas<br />
partes iguais. A continuación estas dúas partes vólvense unir<br />
unha contra outra, só por un lado, cunha trela de esparadrapo<br />
ou fita adhesiva, e xa temos o instrumento feito.<br />
OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO<br />
Para tocar a castañeta, agárrase esta por unha das súas partes,<br />
con dous dedos dunha man, mantendo a outra metade na<br />
Castañeta ou caniña<br />
parte inferior, para que se abra polo seu propio peso. Contra<br />
esta parte tecléase cos dedos da outra man producindo, moi<br />
sonoros, os máis variados ritmos. Dá moito xeito repenicar coa<br />
castañeta.<br />
04 CANIVELA<br />
Canaveira | catraca | tarabela<br />
Lugar de recolla: Valdoviño<br />
Informante: Evaristo de Corral<br />
Referencias bibliográficas: CPMD, ERG, OMC, XB, XE1,<br />
XLC, XSN
TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Canivela<br />
1 e 2. Distintos tipos de canivelas | 3. Canivela (pormenor)<br />
4. Outro tipo de canivela<br />
DESCRICIóN<br />
Precísase unha cana de vasoira de dúas cuartas de lonxitude<br />
mínima, que teña tres nós. Féndese pola metade, lonxitudinalmente,<br />
agás os dez ou doce últimos centímetros, que deben<br />
quedar sen rachar.<br />
A cana queda entón dividida en dúas partes. Nunha destas<br />
metades, máis ou menos polo medio da parte fendida, ábreselle<br />
unha xanela, sacándolle unha lasca de cana de seis centímetros<br />
por dous. Podémoslle abrir tamén a xanela na outra metade,<br />
pero non é imprescindíbel.<br />
En vez de facer as xanelas pódenselle sacar unhas lascas<br />
lonxitudinais pola parte interior da fendedura, ao longo do corte,<br />
para que as dúas metades queden estremadas, agás na zona<br />
superior que é onde baten.<br />
Tamén se fai a tarabela simplemente fendendo a cana, sen<br />
máis, aínda que neste caso a súa sonoridade é menor.<br />
Doada de facer tamén é a canivela que se obtén realizando<br />
un furado cunha broca de 1 cm ou algo maior, a un terzo do<br />
cabo inferior da cana, fendéndoa logo dende o cabo superior<br />
até o furado.<br />
OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO<br />
Agárrase a cana pola parte enteira, o mango, e bátese ritmicamente<br />
contra a palma da outra man. Outro xeito de a tocar<br />
é escorréndoa contra os dedos da man contraria, producíndose<br />
unha vibración coma a da pandeireta.<br />
É un instrumento de ritmos. Para que non fenda toda a cana,<br />
pódese amarrar cun cordel na parte final do mango, onde comeza<br />
a fenda.<br />
As tarabelas úsanse para o acompañamento de regueifas.<br />
9
05 TARRAÑOLAS<br />
Castañolas | castañetas<br />
tellas | trécolas<br />
Lugares de recolla: Cedeira, Ferrol, Moaña<br />
Informantes: Xaime López Picallo, Xavier Blanco, Xurxo<br />
Leira Lugrís, propia<br />
Referencias bibliográficas: ERG, JCL1, JF, OMPG, RAR,<br />
XB, XE2, XSN, www.agaitadofol.com<br />
DESCRICIóN<br />
Procuramos dúas pezas de madeira de entre 15 e 20 cm de lonxitude,<br />
por 3 ou 3,5 cm de largura e algo menos de 1 cm de grosor.<br />
Procúrase unha madeira dura e que soe ben ao batela, mais<br />
non a tendo úsase o piñeiro. Mátaselles o canto e arredóndanse<br />
polos extremos. Nun dos extremos, a uns 2 cm do bordo,<br />
fáiselle a cada peza un rebaixe en forma semellante a unha<br />
media lúa, aproximadamente dun máximo de 1 cm de fondo,<br />
por 3 cm de lonxitude. Por estes rebaixes ou orellas, aséntanse<br />
as tarrañolas contra o pelello de entre os dedos. A forma das<br />
orellas é variábel.<br />
Constrúense tarrañolas de cana, usando unha cana, quer de<br />
vasoira (Arundo donax) ou aínda mellor de bambú (Bambusa<br />
vulgaris), por ser máis grosa e dura, precisándose de 3 cm. de<br />
diámetro, e dunha lonxitude similar á das anteriores. Féndense<br />
pola metade, ráscanselles os bordos para que non corten e fánselles<br />
da mesma forma o rebaixe curvo, para a soster nos dedos.<br />
Outra feitura son as castañolas de lousa, e tamén se fabrican<br />
a partir de dous anacos de tella. En ambos os casos coas<br />
mesmas medidas e feitura ca as de madeira.<br />
Tamén se fan tarrañolas de óso usando dúas costelas de<br />
porco ou de xato.<br />
Temos, por outro lado, outra forma peculiar deste brinquedo<br />
musical: son as tarrañolas dobres. Úsanse dous anacos de madeira<br />
dura, de dimensións semellantes ás tarrañolas comúns.<br />
Sen máis manipulación xa temos as tarrañolas dobres, que se<br />
apoian polo seu centro entre dous dedos, e tamén do mesmo<br />
xeito, unha delas fica fixa, mentres a segunda é móbil. De así<br />
o querer, aínda se lle pode dar algunha forma, como a de dúas<br />
pas simétricas, redondas ou ovaladas.<br />
OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO<br />
Cómpre ter habilidade para tocar as tarrañolas. Colócase unha<br />
delas entre os dedos indicador e medio, e aguántase firmemente<br />
apertándoa co dedo indicador contra a palma da man. A segunda<br />
colócase entre o dedo medio e anular, asegurándose para que<br />
non caia, mais permitíndolle que abale co movemento da man.<br />
10<br />
TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Tarrañolas<br />
Imprimíndolle os movementos oportunos á man, ao pulso e<br />
mais ao brazo, cousa que require bastante práctica, faise bater<br />
a segunda tarrañola contra a primeira (a que está firme) producíndose<br />
un téquele-téquele rítmico e compasado que permite o<br />
acompañamento musical das cancións. É por iso que son varios<br />
os grupos musicais da actualidade que utilizan as tarrañolas<br />
como instrumento de percusión.<br />
Na década dos sesenta e anteriores, as tarrañolas eran habituais<br />
entre a rapazada. Eran sobre todo os máis maiores quen<br />
as construían e tocaban, algúns con verdadeira mestría. Cando<br />
as tarrañolas eran de madeira de piñeiro, que era o máis común,<br />
enqueirábanselles as puntas para que soasen mellor.<br />
A construción de tarrañolas préstase á experimentación. Pódeselles<br />
engadir unha abelá ou unha noz, para faceren de caixa<br />
de resonancia.<br />
Tamén se constrúen tarrañolas unidas a un mango, como<br />
explicamos no seu lugar. Neste caso non é necesario facerlles<br />
a rebaixa semilunar para o agarre, e son moito máis doadas de<br />
tocar.<br />
Non deberiamos esquecer que as primeiras tarrañolas son as<br />
palmas da man, batidas unha contra outra, como ben apreciou<br />
Sarmiento, as dúas aplanadas ou formando cavidade.<br />
E tamén triscar os dedos é unha sorte de tarrañola que se<br />
executa apertando o dedo medio co polgar e, soltándoo de vez,<br />
batelo contra o anular que, xunto co maimiño, forma unha sorte<br />
de recámara coa palma da man.<br />
TEXTOS<br />
entra, meigo, non atruxes,<br />
garda, xan, as castañetas,<br />
e cóntame onde hoxe fuches.<br />
(Iglesia, A. de la, 1977, [1886]: Vol. III, 142)<br />
teño unhas castañetiñas<br />
feitas de pau de nogal;<br />
o presebe do meu burro<br />
é de teu curmán carnal.<br />
(Pérez Ballesteros, J., 1979, [1886]: Vol. III, 52)<br />
teño polainas de buxo,<br />
tarrañolas de burel,<br />
para darlle a meu compadre<br />
porque zurrou á muller.<br />
(Casal e Lois, X., 2001: 180)<br />
toca, miña tregoleta,<br />
feita de pau de bidueiro,<br />
que hoxe hai festa no romaio,<br />
non ha de faltar gaiteiro<br />
Ves bailando, ves tocando<br />
como quen non quere a cousa;<br />
ves bailando, ves tocando<br />
nas castañolas de lousa.<br />
(Rei Cebral, C., Obra inédita)
TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Tarrañolas<br />
1 a 5. Diferentes tipos de tarrañolas de madeira<br />
(Construción 2 a 5: descoñecida)<br />
6. Tarrañolas enqueiradas (Construción: Jorge Leira)<br />
7. Tarrañolas de cana<br />
8. Tarrañolas de óso<br />
9. Tarrañolas de lousa<br />
10. Tarrañolas de abelá (Construción: Xaime L. Picallo)<br />
11. Tarrañolas con chapas (Construción: Gonzalo Garrote) (OCAD)<br />
12. Tarrañolas dobres<br />
13. Agarre das tarrañolas<br />
14. Agarre das tarrañolas dobres<br />
11
todas saíron a recibilo coloreando<br />
–dengues de grana, ourelados de terciopelo–<br />
coas castañolas de sangubiño das foleadas<br />
e as mantelas de pano labrado con acibeches.<br />
(Iglesia Alvariño, A., 1961: 32)<br />
o sistro non ten nome galego nin castelán, as sonajas chámanse<br />
en galego ferreñas, o triángulo chámase vinco, a campanilla<br />
campaíña; o cencerro choca e chocallo, e o cascabel alxóuxere<br />
ou axóuxere en galego. todos estes instrumentos son crústicos<br />
[de bater]. Pero o primitivo , máis natural e máis sinxelo, é o que<br />
chaman tarreñas e tarrañuelas, e en galego castañetas.<br />
os nenos naturalmente inventaron o facer un ruído sonoro batendo<br />
unha man contra outra, ou de plano, ou facendo oco con<br />
ambas as dúas. Pasaron a facer semellante ruído batendo un coio<br />
contra outro, ou un pau contra outro pau. Para facer o ruído<br />
máis oco formaron dous hemisferios de madeira forte e, baténdoos<br />
boca con boca, así formaban o seu compás. este instrumento<br />
pono calmet pintado. e porque non sempre había a man dous<br />
hemisferios iguais, que cadrasen un co outro, contentáronse os<br />
nenos cun só, no cal batían cun pau para que soase segundo esta<br />
ou a outra combinación. este instrumento é o que en madrid<br />
chaman morteruelo e ten o seu uso pola feira de setembro.<br />
Pasou adiante a invención dos rapaces. Pensaron meter entre os<br />
dedos uns tixolos ou cascotes de pratos de talavera, e axitándoos<br />
lograron ter outro novo instrumento músico crústico, e aludindo<br />
a terráceo ou terreo, déuselle o nome de terreñolas ou tarrañolas.<br />
sendo eu moi cativo vin que outro rapaz inglés, que vivía<br />
en Pontevedra, facía o mesmo con dúas costelas de carneiro ou<br />
de vaca metidas entre os dedos, ao punto imiteino, e polo gozo<br />
que tiven do novo instrumento, non esquecín nunca este pueril<br />
fenómeno.<br />
finalmente a todo sucederon as tarreñuelas de madeira, que os<br />
galegos chaman castañetas, aludindo á súa figura. castañeta en<br />
singular é o ruído que resulta de comprimir o dedo do medio co<br />
polgar. Crotalum e crepitaculum son dúas voces puras latinas<br />
que significan ruído e que se poderán aplicar a calquera dos instrumentos<br />
devanditos; e tamén se aplica ao noso vinco do cego<br />
o latín crotalum.<br />
(FMS7: 428-429)<br />
12<br />
06 TARRAÑOLAS<br />
DE NOZ<br />
Lugar de recolla: Ferrol<br />
Informante: Xaime López Picallo<br />
Referencias bibliográficas: XSN<br />
TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Tarrañolas | Tarrañolas de noz<br />
Tarrañolas de noz (Construción: Xaime L. Picallo)<br />
DESCRICIóN<br />
Constrúense unhas tarrañolas da forma tradicional. Na súa<br />
parte máis larga ábrense senllos furados, do tamaño da noz<br />
que se vai utilizar, que posteriormente se cegan pegándolle cadansúa<br />
casca de noz.<br />
A unha das tarrañolas chántaselle un mango, unha ripa de<br />
madeira; chántaselle tamén, ao pé do mango, un tareco de través<br />
no que se practican dous orificios, que tamén se fan na<br />
segunda tarrañola coincidentes con aqueles. Por estes furados<br />
únense as dúas pezas mediante un cordel, de modo que a segunda<br />
tarrañola quede algo frouxa.<br />
OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO<br />
Estas tarrañolas, sendo un xoguete de innovación, ten toda a<br />
feitura das castañolas de mango, que é o que son: dúas castañolas<br />
xunguidas a un mango. Úsanse agarrando o instrumento<br />
polo mango e sacudíndoo, facendo que as tarrañolas batan<br />
unha contra outra. As noces fan o efecto de pequenas caixas<br />
de resonancia.<br />
Querendo utilizar apenas materiais naturais, o atado pódese<br />
facer con xabanal.<br />
TEXTOS<br />
—ti que llas deches,<br />
fervellasverzas,<br />
vólvelle as noces,<br />
torna de tras<br />
coas castañolas<br />
pro home das moscas<br />
que lle rebuldan<br />
nos tras currás.<br />
(Iglesia, A. de la, 1977 [1886]: T. III, 120)
TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Lapeta | Martabela<br />
07 LAPETA<br />
Castañola de cortiza<br />
estraloque<br />
Lugar de recolla: Touro<br />
Referencias bibliográficas: PV-TB, PC<br />
DESCRICIóN<br />
Cóllese un anaco de cortiza de castiñeiro ou eucalipto, duns<br />
30 x 8 cm e 5 ou 6 mm de grosor, e coa navalla dáselle a forma<br />
dunha pa.<br />
Pola parte larga, a contraria ao mango, córtase a cortiza<br />
separándoa en dúas láminas, unha delas grosas, para que manteña<br />
firmeza e consistencia; e a outra fina para que abale ao<br />
axitala, batendo contra a anterior.<br />
OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO<br />
Agarrándoa polo mango axítase no ar batendo as láminas da<br />
cortiza que producirán un estalo, ou ben bátese contra man.<br />
Para non estragarmos o souto, cómpre facermos este brinquedo<br />
a partir de cortiza de árbores ou pólas xa abatidas para o<br />
seu normal aproveitamento. No noso caso fixemos a castañola<br />
a partir da codia fresca de eucalipto, que hai máis do que un<br />
quixese.<br />
TEXTOS<br />
Lapeta, estraLoque. trátase dun aparello cunha ou dúas láminas<br />
móbiles que ao ser axitado no aire, collido por un mango, fai<br />
percutir estas láminas contra outra que leva xunguido o mango.<br />
en touro comentáronnos que os nenos as fabricaban de codia de<br />
eucalipto, denominándoas lapetas.<br />
(Carpintero, P., 2009:101)<br />
08 MARTABELA<br />
Tarambelo | taboletas<br />
Semana Santa<br />
Lugar de recolla: Mañón<br />
Informantes: José Basanta Penabad, Rosana Rodiles<br />
Referencias bibliográficas: OMB<br />
1. Martabela | 2. Guitarra (Pormenor do atado)<br />
DESCRICIóN<br />
unha martabela é unha sorte de castañola de mango.<br />
Precisamos unha táboa de 30 x 10 x 2 cm. Nela recortamos<br />
a parte necesaria para deixarmos un mango de 2 cm de groso<br />
por 15 de longo. Matamos as arestas de toda a peza.<br />
Por outra parte, preparamos dúas taboíñas de 15 x 10 x 1<br />
cm, que van ser as castañolas que baterán contra a peza central.<br />
Postas unha a cada lado desta, facemos dous furados de<br />
8 mm de diámetro, afastados 5 cm un do outro, atravesando<br />
as tres pezas.<br />
13
14<br />
TASTARABÁS · Brinquedos sonoros de bater e riscar · Martabela | Tarambelo | Castañolas de nabo<br />
Así colocadas, unimos as tres pezas mediante unha trela de<br />
coiro á que lle praticamos un ollal, para facermos o atado que<br />
vemos no detalle da fotografía, pasando o extremo do coiro<br />
polo ollal e facendo un lazo.<br />
OuTRAS INFORMACIóNS E ANECDOTARIO<br />
Tanto a martabela coma o tastarabás eran empregados na noite<br />
de Xoves Santo para armar moito barullo dentro da igrexa.<br />
Cando se lían os Oficios íanse apagando as candeas aos poucos.<br />
En canto estaban todas apagadas e a escureza era absoluta,<br />
todo o mundo comezaba a bater cos tastarabás, coas martabelas<br />
ou co bastón que levaban na man.<br />
Outro uso da martabela foi o de servir de instrumento de<br />
alerta ou aviso da presenza dos leprosos, coñecéndose, daquela,<br />
como taboletas de san Lázaro. Os doentes tiñan a obriga<br />
de bateren a martabela para avisaren da súa presenza, cando<br />
aqueles doentes eran tan discriminados.<br />
As martabelas fanse de moi diferentes formas e tamaños.<br />
TEXTOS<br />
un instrumento moi semellante, denominado castanholas e fabricado<br />
de madeira aparece referido por ernesto Veiga de oliveira,<br />
empregado polos rapaces para escorrentar os paxaros das<br />
leiras sementadas. durante a idade media os leprosos avisaban<br />
da súa presenza cun instrumento construído con tres taboíñas<br />
de madeira xunguidas cuns cordeis, tendo a do medio un mango<br />
por onde se agarraba e axitaba. ramón Andrés denomina a este<br />
instrumento «tablilla de san lázaro» e o Diccionario de Autoridades<br />
abunda nesta descrición apuntando que se empregaban para<br />
pedir esmola para os hospitais de san lázaro.<br />
(Carpintero, P., 2009: 101)<br />
09 TARAMBELO<br />
Castañetas | castañolas<br />
martabela<br />
Informante: Descoñecido<br />
DESCRICIóN<br />
unha variante da martabela anterior é este tarambelo ou martabela<br />
de varias placas, realizadas de cana, cortiza ou madeira.<br />
usamos tres pezas de madeira de 20 cm de lonxitude por 4<br />
cm de largo. Nin que dicir ten que estas dimensións poden ser<br />
moito maiores. unha das pezas destinámola ao mango. Dámoslle<br />
a forma axeitada para que dea bon agarrar. As outras dúas<br />
pezas fendémolas ao medio –de través– e con elas facemos as<br />
Tarambelos de bambú e de madeira<br />
taboletas. No exemplo que presentamos, usamos apenas tres<br />
das catro taboíñas obtidas. Na cabeza de cada unha destas<br />
facemos tres furados afastados 3 cm. Pásase unha corda polos<br />
furados da primeira taboleta e faise un nó en cada cabo da<br />
corda, despois de pasala. Pásase a segunda, e novamente se<br />
anoa a corda; así até acabar pasando a corda polos furados<br />
do mango, que estarán feitos á altura dos das taboíñas. Como<br />
remate anóanse os dous cabos da corda.<br />
O outro modelo que presentamos está construído con anacos<br />
de cana de bambú. O mango dun furco de lonxitude por 3<br />
cm de largo, e os catro anacos móbiles da mesma largura pero<br />
a metade de longos.<br />
O nome de tarambelo, polo que tamén é coñecida a martabela,<br />
dámosllo apenas por diferenciármolo dela.<br />
10 CASTAÑOLAS<br />
DE NABO<br />
Lugar de recolla: Provincia de Lugo<br />
Informante: Colectivo Estiño<br />
Referencias bibliográficas: CEM
1334036<br />
ISBN 978-84-9914-486-3<br />
EnciclopEdia dE brinquEdos tradicionais E uso lúdico da naturEza<br />
O libro dos xoguetes tradicionais da nosa cultura<br />
9 788499 144863<br />
Á venda en librarías<br />
a partir do 15 de abril<br />
Pedidos a<br />
Comercial Grupo Anaya<br />
Polígono Pocomaco<br />
Avenida 3 Edificio Diana<br />
Nave 4 Baixo • 15190 A Coruña<br />
Tel.: 981 171 641 / Fax: 981 171 647<br />
XERAIS<br />
Doutor Marañón, 12 • 36211 Vigo<br />
Tels.: 986 214 888 / 986 214 880<br />
Fax: 986 201 366<br />
xerais@xerais.es<br />
http://xerais.es