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Catálogo - Cinemateca Brasileira

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Vi JoRnAdA BRASilEiRA dE CinEMA SilEnCioSo<br />

É com grande satisfação que a Secretaria do Audiovisual – SAv/MinC vem, pelo sexto ano consecutivo, apoiar a realização da<br />

Jornada <strong>Brasileira</strong> de Cinema Silencioso da <strong>Cinemateca</strong> <strong>Brasileira</strong>. A cada edição, reforçamos a percepção de que se trata de uma<br />

das grandes ações do calendário cultural do país, que promove a valorização do patrimônio cinematográfico do período silencioso<br />

conjugando informação, reflexão e diversão.<br />

Contemplando tanto o público especializado como o público mais amplo, a Jornada é uma oportunidade imperdível para conhecer<br />

essa filmografia tão rica e pouco vista, promovendo o diálogo entre as obras do início do século passado e o contexto atual do cinema<br />

mundial.<br />

Parabenizamos mais uma vez a <strong>Cinemateca</strong> <strong>Brasileira</strong> pela iniciativa, que certamente contribui para a formação de público e para a<br />

democratização do acesso à cultura, questões de grande importância para o Ministério da Cultura e, em especial, para a Secretaria<br />

do Audiovisual, que acredita e investe na construção do Brasil Audiovisual, um país de todos os públicos!<br />

Ana Paula Santana - Secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura<br />

uMA noVA VEZ<br />

Continuar é também renovar. A sexta edição da Jornada <strong>Brasileira</strong> de Cinema Silencioso, ao mesmo tempo em que dá prosseguimento<br />

ao bem-sucedido evento da <strong>Cinemateca</strong> <strong>Brasileira</strong>, não deixa de ser um recomeço. E renovar, neste contexto, significa ir ainda mais fundo<br />

na lembrança sobre o passado do cinema.<br />

Procuramos trazer este ano novos elementos sobre a experiência do espetáculo cinematográfico, a começar pela imprevisibilidade sobre<br />

qual seria o seu uso predominante – hoje muito marcado pela visão comercial, mas, no início do século XX, envolto numa atmosfera ainda<br />

encantada do mundo.<br />

A <strong>Cinemateca</strong> <strong>Brasileira</strong>, cumprindo sua missão de preservar e difundir a cultura cinematográfica, reconstitui em seus espaços o ambiente<br />

em que esse cinema se desenvolveu. Ao se tornar quermesse, além de resgatar alguns dos filmes silenciosos produzidos nas<br />

primeiras décadas do século passado, também os apresenta acompanhados daquilo que estava em torno das exibições, incluindo no<br />

resgate desses filmes o seu público. Para o de hoje, desejamos um bom espetáculo.<br />

<strong>Cinemateca</strong> <strong>Brasileira</strong><br />

EquipE dE ConCEpção<br />

Adilson Mendes<br />

Felipe de Moraes<br />

Juliano Gentile<br />

Rafael Zanatto<br />

oS EXpERiMEnToS dA Vi JoRnAdA<br />

A <strong>Cinemateca</strong> <strong>Brasileira</strong> realiza na VI JORNADA BRASILEIRA DE CINEMA SILENCIOSO um experimento<br />

de criação e reflexão a partir do cinema e suas fronteiras. A junção de intervenções circenses,<br />

teatrais, plásticas e musicais, aliadas às projeções e à reflexão sobre o cinema, ganha corpo nas atrações<br />

oferecidas no Salão das Novidades. A proposta é reunir diferentes contribuições para se pensar<br />

o cinema enquanto expressão nascida entre a técnica e a magia, recuperando sua natureza popular<br />

em suas primeiras décadas de vida.<br />

Para retomar um pouco dessa atmosfera, em que o cinema, mais do que contar histórias, mostra<br />

cenas e fatos, o Salão das Novidades reúne cinema, atrações e variedades. O nome não é apenas<br />

uma homenagem ao salão homônimo de Paschoal Segretto (pioneiro da exibição cinematográfica<br />

no Brasil), mas uma proposta que busca relações entre as artes, num momento em que o cinema já<br />

atravessou todo o século XX, em que já morreu e renasceu tantas vezes, em que juntamente com as<br />

artes visuais e cênicas enfrenta o desafio das novas poéticas tecnológicas.<br />

A presença do circo evoca a noção de atração corrente no cinema dos “primeiros tempos”, mas também<br />

se aproxima do uso que o termo terá no cinema de vanguarda, especialmente no cinema soviético.<br />

Por seu experimentalismo, o cinema revolucionário é uma fonte de inspiração direta. Os cortes<br />

abruptos e a justaposição de imagens também influem na direção musical dessa edição da JORNADA.<br />

Nos filmes em que sobressaem o aspecto pictórico, a relação com a música é ainda mais fértil, pois<br />

ela ganha autonomia, podendo ser relacionada à exploração de timbres e dinâmicas, recursos comuns<br />

na improvisação livre e na música contemporânea de concerto. Esses filmes também sugerem<br />

a atmosfera dos experimentos cênicos de certo teatro na passagem do século XIX para o XX.<br />

Por último, a concepção plástica aponta para o nascimento do cartaz e da publicidade, e destaca seus<br />

usos e “abusos” comunicativos.<br />

Diversa, múltipla, radical, transformando e preservando, a JORNADA se reinventa, embaralhando<br />

períodos e criando um espaço para divertir e pensar a partir do cinema.


ABAETETuBA é um grupo de improvisação criado em 2004. É formado<br />

por Antonio Panda Gianfratti (percussão), Rodrigo Montoya (violão e shamisen),<br />

Thomas Rohrer (sax e rabeca) e Luiz Gubeissi (contrabaixo). Apresentam-se<br />

com instrumentos brasileiros, medievais, japoneses, europeus<br />

e de criação própria.<br />

***<br />

A CAMERATA ABERTA é residente da Escola de Música do Estado de São<br />

Paulo – Tom Jobim, e dedica-se ao repertório dos séculos XX e XXI. Seus 16<br />

músicos se apresentam com flauta, oboé, clarinete, fagote, trompa, trompete,<br />

trombone, percussão, piano, violino, viola, violoncelo e contrabaixo.<br />

***<br />

MARCElo ARMAni é músico solista, com trabalhos de livre improvisação<br />

e composição instantânea, música eletroacústica, minimalismo e música<br />

concreta. Combina instrumentos como bateria, percussão, metalofone e<br />

clarinete com objetos como canos de PVC, barras roscadas e sinos. Teve<br />

gravações lançadas na Argentina, México, Venezuela, Chile e Espanha.<br />

***<br />

MáRio MAngA é formado em Composição pelo Departamento de Música<br />

da ECA/USP. Fundou os grupos Premeditando o Breque e Música Ligeira.<br />

Compôs para cinema, teatro, seriados e circo. Produtor e arranjador, toca<br />

violoncelo, bandolim, violão, cavaquinho, violão tenor e guitarra elétrica.<br />

MÚSiCoS<br />

MAuRiCio TAkARA e guilhERME gRAnAdo estão envolvidos no cenário<br />

musical desde o início dos anos 1990. Em 1998, juntamente com Marcos<br />

Gerez, Mario Cappi e Fernando Cappi, formaram o Hurtmold. RogéRio<br />

MARTinS é integrante do Hurtmold desde 2003, e é responsável pela percussão<br />

e sopros da banda.<br />

***<br />

oBJETo AMARElo é o projeto de música experimental criado por Carlos Issa,<br />

músico e artista visual. Alterando formações e buscando novos espaços para<br />

performances, apresenta-se em galerias de arte, festivais e shows caseiros.<br />

Lança seus discos por seu próprio selo, o POAP, em edições limitadas.<br />

***<br />

pAulo SAnToS é integrante do Uakti, grupo conhecido por instrumentos<br />

não convencionais construídos pelos próprios músicos. Suas parcerias com<br />

o videomaker Eder Santos integram o disco Música para performances. Apresentou-se<br />

com a banda Hurtmold, com instrumentos de sopro e percussão,<br />

em algumas ocasiões.<br />

***<br />

O mineiro Zé Rolê apresenta seu trabalho, o pSiloSAMplES. Sua sonoridade<br />

mistura os temas, as cantigas, os folclores, as cirandas e os forrós<br />

da tradicional cultura brasileira com a música eletrônica, em especial o<br />

techno e o IDM. Apresentou-se recentemente no festival Sónar.


BRASil: o ESpETáCulo dE 1922<br />

Durante a década de 1920, cineastas brasileiros encontram uma forma de sobrevivência na realização de filmes de encomenda, nos quais se dedicavam a<br />

reverenciar o poder oficial. Encontros familiares, solenidades políticas e festividades regionais são assim captados em diversos documentários. Parte deste<br />

processo fica evidente em 1922, quando o país festeja o Centenário de sua Independência. Dentro do espírito de euforia, realizadores celebram a nacionalidade<br />

e a modernização do país, personificadas nas exposições, feiras, reuniões e inaugurações oficiais. A série de documentários reunidos no programa<br />

BRASIL: O ESPETÁCULO DE 1922 é um testemunho rico e praticamente inexplorado de um momento importante da história do cinema brasileiro. A exibição<br />

dos filmes é enriquecida pela conferência de Rielle Navtiski (Universidade de Berkeley) e de Eduardo Morettin (ECA/USP), que discutirão o cinema silencioso<br />

brasileiro e suas diferentes formas de produção documental e ficcional.<br />

1922: A EXpoSição dA indEpEndênCiA, Roberto Kahané e Domingos Demasi<br />

Companhia produtora: Batoque Cinematográphica. Amazonas, 1970, 35mm, cor, 15<br />

min a 24 qps<br />

Entre 1922 e 1923, foi realizada no Rio de Janeiro a Exposição Internacional da Independência,<br />

em comemoração ao seu centenário. À época, o cineasta Silvino Santos (1893 - 1970)<br />

documentou as atividades do evento. Este filme é a reconstituição de seu trabalho, em que<br />

as imagens foram recuperadas, obedecendo um critério informativo de arquivos da época, e<br />

a banda sonora, uma ambientação musical da década de 20.<br />

seg 13/08 21h00 | sáb 18/08 20h30<br />

A ChEgAdA doS AViAdoRES poRTuguESES, Companhia produtora: Carioca<br />

Filmes, Operador: Alberto Botelho. São Paulo, 1922, 35mm, preto-e-branco, 7<br />

min a 16 qps<br />

Registro da chegada dos aviadores Sacadura Cabral e Gago Coutinho em São Paulo. O trem<br />

chega à estação da Luz. Na saída, os aviadores são recebidos pela multidão até os carros<br />

que os levarão ao hotel.<br />

seg 13/08 21h00 | sáb 18/08 20h30<br />

EXpoSição nACionAl do CEnTEnáRio dA indEpEndênCiA no BRASil<br />

EM 1922, Companhia produtora: Brasília Filme, Produção: Macedo e Oliveira. Rio de<br />

Janeiro, 1922, 35mm, preto-e-branco, 10 min a 16 qps<br />

Registro da exposição comemorativa do centenário da Independência no Rio de Janeiro.<br />

Stands expõem produtos como locomotivas, máquinas para fabricação de meias, betoneira,<br />

máquina de fabricação de gelo, bombas, velas para carros, automóveis, etc. Uma pianista e<br />

um cantor apresentam-se no local.<br />

seg 13/08 21h00 | sáb 18/08 20h30<br />

ipiRAngA (TíTulo ATRiBuído)<br />

Produção: Armando Pamplona<br />

São Paulo, 1922, 35mm, preto-e-branco, 35 min a 16 qps<br />

Registro da construção do museu e monumento no parque do Ipiranga em São Paulo: a<br />

preparação do terreno, algumas máquinas, trabalhadores, carroças, escavação. Vista geral<br />

de toda a área da construção. Avenida, bondes, trabalhadores, vista do bairro.<br />

seg 13/08 21h00 | sáb 18/08 20h30<br />

Rio - AnoS 20 - CARnAVAl (TíTulo ATRiBuído), Operador: Silvino Santos. Rio de<br />

Janeiro, 1922 - 1926, 35mm, preto-e-branco, 7 min a 16 qps<br />

Registro do carnaval carioca da década de 1920: pessoas nas ruas, desfiles militares,<br />

cerimônias oficiais. Carros alegóricos são puxados por cavalos nas ruas, enquanto pessoas<br />

acompanham o desfile nas calçadas. Na rua, a movimentação de carros. A praia de<br />

Copacabana deserta. A fachada do prédio da Assembléia Legislativa. Pessoas passeiam<br />

na praça.<br />

seg 13/08 21h00 | sáb 18/08 20h30


dESTAquES dE poRdEnonE<br />

Tal como nos anos anteriores, a JORNADA apresenta uma seleção de filmes exibidos nas diferentes edições das Giornate del Cinema Muto de Pordenone,<br />

mais importante festival do mundo dedicado ao cinema silencioso.<br />

As Giornate del Cinema Muto de Pordenone orgulham-se mais uma vez de exibir na JORNADA BRASILEIRA DE CINEMA SILENCIOSO uma seleção de filmes de suas<br />

últimas edições. Este ano, têm o privilégio de dividir a contribuição com o EYE Film Institute, da Holanda, que todo ano colabora substancialmente com o programa de<br />

Pordenone. Sua Coleção Desmet, acervo sem paralelos, foi registrada em 2011 como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. É constituída por mais de 900 filmes,<br />

que datam de 1907 a 1916, e é a fonte das duas antologias que serão apresentadas: Os Perigos do Cinematógrafo, que ilustra os hábitos de ir ao cinema nos anos que<br />

precedem a Primeira Guerra Mundial, e As Funny Ladies, cujo título relembra um dos programas de maior sucesso das Giornate. Dessa vez, os dois longas selecionados<br />

não constituem clássicos do cânone, mas são, sem dúvida, obras de interesse e graça particulares. Esposa e mártir reúne as duas grandes estrelas de seu<br />

tempo, Rudolph Valentino e Gloria Swanson, e ficou perdido por mais de 80 anos (Swanson desejou a vida toda revê-lo), até que seus rolos dispersos fossem reunidos<br />

e restaurados pelo EYE, em 2005. A pouco conhecida adaptação de J.M.Barrie, O jovem pastor, é fascinante e historicamente interessante por sua desafiadora visão<br />

do conflito entre capital e trabalho – e revolucionária para a América do Norte de 1922.<br />

David Robinson, diretor das Giornate del Cinema Muto.<br />

Elif Rongen-Kaynakçi, especialista em Cinema Silencioso do EYE Film Institute.<br />

pRogRAMA 1<br />

oS pERigoS do CinEMATógRAfo<br />

Selecionado por Elif Rongen-Kaynakçi e David Robinson, o programa apresenta curtas produzidos<br />

entre 1911 e 1913, e que observam a presença do cinema no cotidiano da época.<br />

AT ThE houR of ThREE, de Wilfred Noy<br />

Inglaterra, 1912, 35mm, preto-e-branco, 14 min a 18 qps<br />

ARThEME opERATEuR, de Ernest Servaës<br />

França, 1913, 35mm, tingido, 8 min a 18 qps<br />

loST And won<br />

Estados Unidos, 1911, 35mm, tingido, 12 min a 18 qps<br />

AMouR ET SCiEnCE, de M. K. Roche<br />

França, 1912, 35mm, tingido, 14 min a 18 qps<br />

ThE piCTuRE idol, de James Young<br />

Estados Unidos, 1912, 35mm, tingido, 15 min a 18 qps<br />

A ViTAgRAph RoMAnCE, de James Young<br />

Estados Unidos, 1912, 35mm, tingido, 13 min a 18 qps<br />

Al CinEMATogRAfo… guARdATE E non ToCCATE<br />

Itália, 1912, 35mm, tingido, 7 min a 19 qps<br />

sáb 11/08 20h | qua 15/08 21h00<br />

pRogRAMA 2<br />

AS funny lAdiES dA ColEção dESMET<br />

Os filmes deste programa, selecionados por Elif Rongen-Kaynakçi e David Robinson, são<br />

comédias interpretadas por mulheres, em curtas produzidos entre 1912 e 1914.<br />

CunégondE fEMME du MondE<br />

França, 1912, 35mm, preto-e-branco, 7 min a 16 qps<br />

STEnogRAphER TRouBlES, de Frederick A. Thomson<br />

Estados Unidos, 1913, 35mm, preto-e-branco, 13 min a 18 qps<br />

ThE lAdy And hER MAid, de Bert Angeles<br />

Estados Unidos, 1913, 35mm, tingido, 13 min a 18 qps<br />

ACquE MiRAColoSE, de Eleuterio Rodolfi<br />

Itália, 1914, 35mm, tingido, 10 min a 16 qps<br />

lE dESESpoiR dE pETRonillE, de Romeo Bosetti e Georges Rémond<br />

França, 1914, 35mm, tingido, 8 min a 18 qps<br />

Tilly in A BoARding houSE, de Hay Plumb<br />

Inglaterra, 1912, 35mm, tingido, 8 min a 18 qps<br />

AT ConEy iSlAnd, de Mack Sennett<br />

Estados Unidos, 1912, 35mm, tingido, 7 min a 18 qps<br />

gli inConVEniEnTi dEllA BEllEZZA<br />

Itália, 1912, 35mm, preto-e-branco, 9 min a 18 qps<br />

seg 13/08 18h30 | sáb 18/08 19h00<br />

pRogRAMA 3<br />

ESpoSA E MáRTiR (BEyond ThE RoCkS), de Sam Wood. Estados Unidos, 1922,<br />

35mm, preto-e-branco com tingimento, 81 min a 24 qps<br />

Versão musicada por Henny Vrienten<br />

A filha de um casal de aristocratas decadentes é pressionada pela família a casar-se com<br />

um rico comerciante mais velho. Durante a lua-de-mel, conhece um lorde por quem fica<br />

fascinada. Único encontro dos astros Rudolph Valentino e Gloria Swanson. O diretor Sam<br />

Wood realizou clássicas comédias como Uma noite na ópera e Um dia nas corridas, e<br />

dramas como Por quem os sinos dobram.<br />

ter 14/08 20h30 | dom 19/08 17h00<br />

pRogRAMA 4<br />

o JoVEM pASToR (ThE liTTlE MiniSTER), de Penrhyn Stanlaws. Estados Unidos,<br />

1921, 35mm, preto-e-branco com tingimento, 62 min a 20 qps<br />

Na Escócia rural, o jovem pastor da igreja local conhece e se apaixona por uma bela cigana.<br />

Mas terá que superar uma série de obstáculos para viver este amor. A estrela Betty<br />

Compson interpreta a cigana nesta adaptação da peça do autor de Peter Pan, J.M. Barrie.<br />

qui 16/08 18h30 | dom 19/08 18h30


CinEMA SoViéTiCo doS AnoS 20: MASSAS E podER<br />

A experiência da Revolução Russa em 1917 suscitou inúmeras respostas artísticas para os acontecimentos que se desenrolavam no plano concreto da<br />

História. Além das celebradas produções de mestres de vanguarda, como Serguei Eisenstein e Dziga Vertov, já conhecidos do público, cineastas russos<br />

também incursionaram por gêneros como o western, a comédia, o folhetim, o épico ou o filme de aventura, dispostos a lidar com a nova experiência social da<br />

revolução e com o desafio de representar as massas através da linguagem cinematográfica. Produções como O raio da morte e As extraordinárias aventuras<br />

de Mr. West no país dos bolcheviques trazem o impulso da paródia aos gêneros tradicionais da indústria e propõem soluções políticas surpreendentes. Para<br />

os que desejam viajar pela história do cinema soviético, a exibição dos filmes é acompanhada por um curso ministrado por François Albera, professor de<br />

História e Estética do Cinema na Universidade de Lausanne.<br />

o águiA BRAnCA (BElyy oRyol), de Jakov Protazanov. Rússia, 1928, 35mm, preto-<br />

-e-branco, 76 min a 22 qps<br />

Pequena província russa bem governada por um político tem sua ordem abalada por<br />

uma fábrica em greve. Pressionado pelo Czar, ordena a matança dos grevistas, mas terá<br />

que enfrentar a consequência do ato. Protazanov é também diretor da famosa ficção<br />

científica Aelita.<br />

dom 19/08 19h00<br />

ARSEnAl (idEM), de Aleksander Dovjenko. Rússia, 1929, 35mm, preto-e-branco, 86<br />

min a 18 qps<br />

Logo após a I Guerra Mundial, um soldado ucraniano retorna à sua terra natal. Sua chegada<br />

coincide com a celebração da liberdade nacional, mas as festividades estão com os<br />

dias contados – a investida branca luta para retomar o controle do país. Segunda parte da<br />

chamada “trilogia ucraniana” de Aleksander Dovjenko.<br />

dom 12/08 19h00 | sex 17/08 20h30<br />

AS EXTRAoRdináRiAS AVEnTuRAS dE MR. wEST no pAíS doS BolChE-<br />

ViquES (nCoByCAJnyE pRiklJuCEniJA MiSTERA VESTA V STRAnE Bol’SEVikoV), de Lev<br />

Kulechov. Rússia, 1924, 35mm, preto-e-branco, 80 min a 17 qps<br />

Um norte-americano ingênuo e sua esposa viajam à recém-fundada União Soviética. Preocupados<br />

com os supostos modos selvagens do país, que conheceram através de revistas<br />

americanas, acabam caindo nas mãos de um grupo de ladrões disfarçados de contra-<br />

-revolucionários. Sátira dirigida por Kulechov, de quem a VI Jornada <strong>Brasileira</strong> de Cinema<br />

Silencioso exibe também O raio da morte.<br />

sáb 11/08 21h30 | qua 15/08 18h30<br />

A MEninA CoM o ChApéu (dEVuShkA koRoBkoy), de Boris Barnet. Rússia, 1927,<br />

35mm, preto-e-branco, 60 min a 18 qps<br />

Uma jovem chapeleira e seu avô vivem numa casa de campo nos arredores de Moscou.<br />

Um dia, a caminho da capital, conhece um engenheiro com quem se casa ficticiamente,<br />

para lhe arranjar um lugar onde ficar. Clássica comédia romântica, com Anna<br />

Sten no papel principal. A atriz seria chamada de “nova Garbo” ao iniciar sua carreira<br />

internacional.<br />

sáb 11/08 16h30 | seg 13/08 20h30<br />

o RAio dA MoRTE (luCh SMERTi), de Lev Kulechov. Rússia, 1925, 35mm, preto-e-<br />

-branco, 113 min a 17 qps<br />

Uma organização inventa o “raio da morte”. Agentes de inteligência dos países inimigos<br />

roubam a invenção, na tentativa de controlar dissidentes. Misto de ficção e filme de espionagem<br />

do famoso cineasta russo Lev Kulechov.<br />

ter 14/08 21h00 | sáb 18/08 18h30<br />

AS RuínAS do iMpéRio (oBloMok iMpERii), de Fridrikh Ermler. Rússia, 1929,<br />

35mm, preto-e-branco, 100 min a 18 qps<br />

Sargento do exército do Czar perde o contato com sua amada, que casa com um aristocrata.<br />

Quando descobre, ele passa a desdenhar do imperialismo em favor do movimento<br />

bolchevista.<br />

ter 14/08 21h00 | sex 17/08 21h00


luZES E SoMBRAS<br />

Durante a década de 1920, realizadores de vanguarda procuram se libertar de certas convenções narrativas e legitimar o cinema enquanto arte autônoma.<br />

Interessados nas questões plásticas da dramaturgia, criaram novas propostas de iluminação e cenografia a partir do diálogo com a arte moderna, sobretudo<br />

com a estética do expressionismo alemão, que teve notável repercussão em diversos contextos artísticos. O programa LUZES E SOMBRAS reúne produções<br />

de diferentes nacionalidades e clássicos do cinema expressionista alemão marcados pela radicalidade plástica de suas imagens. Entre as atrações, destaque<br />

para Sombras – uma alucinação noturna, pelo uso estilizado da luz e dos cenários, que produz uma dramaturgia onírica e ao mesmo tempo opressiva.<br />

AS ARMAS dA JuVEnTudE (diE wAffEn dER JugEnd), de Friedrich Müller e Robert<br />

Wiene. Alemanha, 1913, 35mm, tingido, 28 min a 19 qps<br />

Estudante foge de colégio interno e é ajudada por dois criminosos. Comédia que marca<br />

a estreia de Robert Wiene, de O gabinete do Dr. Caligari e As mãos de Orlac, na direção.<br />

sáb 11/08 18h30 | sáb 18/08 16h30<br />

BoyTlER no lunApARk (BoyTlER iM lunApARk), de Otto Rippert. Alemanha,<br />

1922, 35mm, preto-e-branco, 18 min a 18 qps<br />

O ator russo Arkadij Boytler interpreta um artista sem dinheiro e apaixonado, que tem seu<br />

amor ameaçado por um milionário, que conduz sua amada e a sua mãe para o Lunapark.<br />

Determinado, Arcadij entra no parque, e a polícia parte em seu encalço. A perseguição é<br />

alucinante e se desenvolve em meio às atrações.<br />

dom 12/08 21h00 | qui 16/08 20h30<br />

A CARRuAgEM fAnTASMA (köRkARlEn), de Victor Sjöström. Suécia, 1921, 35mm,<br />

tingido, 106 min a 16 qps<br />

Na véspera do Ano Novo, três bêbados narram uma lenda que conta que, se a última pessoa<br />

a morrer no ano for uma grande pecadora, terá de conduzir a carruagem fantasma,<br />

aquela que leva as almas dos mortos. O filme é uma das obras-primas do cineasta e ator<br />

sueco Victor Sjöström. Outros quatro filmes seus, O mosteiro de Sendomir, Terje Vigen, O<br />

jardineiro e Vento e areia foram exibidos na IV Jornada <strong>Brasileira</strong> de Cinema Silencioso.<br />

dom 12/08 18h00 | qua 15/08 19h00<br />

ESCAdA dE SERViço (diE hinTERTREppE), de Leopold Jessner e Paul Leni. Alemanha,<br />

1921, 35mm, preto-e-branco, 49 min a 20 qps<br />

Um jovem, apaixonado pela vizinha empregada, desaparece sem deixar rastros. Desiludida,<br />

a moça cede aos sentimentos do carteiro, que nutre uma mórbida paixão por ela.<br />

Certo dia, o jovem apaixonado retorna. À época, o filme incomodou o público alemão por<br />

sua representação da violência e da miséria. Do diretor Paul Leni, a VI Jornada <strong>Brasileira</strong><br />

de Cinema Silencioso também exibe O gabinete das figuras de cera.<br />

sáb 11/08 18h30 | sáb 18/08 16h30<br />

o gABinETE dAS figuRAS dE CERA (dAS wAChSfiguREnkABinETT),<br />

de Leo Birinsky e Paul Leni. Alemanha, 1924, 35mm, preto-e-branco com<br />

tingimento, 82 min a 18 qps (Este filme foi restaurado pela <strong>Cinemateca</strong> Francesa)<br />

Um poeta é contratado pelo dono de um museu de cera para escrever contos sobre o califa<br />

Harun al-Rashid, Ivan, o Terrível e Jack, o Estripador. Atraído por Eva, filha do proprietário<br />

do museu, fantasia histórias extraordinárias nas quais se apaixonam um pelo outro. Um dos<br />

principais filmes do expressionismo alemão, com direção de Paul Leni (O homem que ri) e<br />

com Werner Krauss, Emil Jannings e Conrad Veidt encarnando os personagens históricos.<br />

sáb 18/08 21h00<br />

o gABinETE do dR. CAligARi (dAS CABinET dES dR. CAligARi), de Robert Wiene.<br />

Alemanha, 1919, 35mm, tingido, 73 min a 18 qps<br />

Num pequeno vilarejo da fronteira holandesa, um misterioso hipnotizador, Dr. Caligari,<br />

chega acompanhado do sonâmbulo Cesare, que supostamente estaria adormecido por 23<br />

anos. À noite, Cesare perambula pela cidade, concretizando as terríveis previsões do seu<br />

mestre. A VI Jornada <strong>Brasileira</strong> de Cinema Silencioso exibe ainda mais dois filmes do diretor<br />

Robert Wiene: As mãos de Orlac, de 1924, também com Conrad Veidt; e seu primeiro<br />

filme, As armas da juventude, de 1913.<br />

qua 15/08 20h30 | dom 19/08 20h30<br />

AS MãoS dE oRlAC (oRlACS händE), de Robert Wiene. Alemanha/Áustria, 1924,<br />

35mm, preto-e-branco, 90 min a 22 qps<br />

Orlac, um talentoso pianista, sofre um acidente de trem que lhe arranca as mãos. Submetendo-se<br />

a um procedimento experimental, recebe mãos de um assassino que acabara de<br />

ser executado. Ao descobrir a quem pertenciam, Orlac passa a acreditar que é também<br />

capaz de matar. A VI Jornada <strong>Brasileira</strong> de Cinema Silencioso exibe mais dois filmes do<br />

diretor Robert Wiene: O gabinete do Dr. Caligari, de 1919, também com Conrad Veidt; e<br />

seu primeiro filme, As armas da juventude, de 1913.<br />

qui 16/08 21h00 | sex 17/08 18h30<br />

SoMBRAS - uMA AluCinAção noTuRnA (SChATTEn - EinE näChTliChE hAllu-<br />

ZinATion), de Arthur Robinson. Alemanha, 1923, 35mm, tingido, 85 min a 20 qps<br />

Thriller psicológico sobre a bela esposa de um rico Barão que se vê assediada por quatro<br />

admiradores no meio de um jantar oferecido pelo marido. Em meio ao clima de perfídias<br />

e desconfianças, os pretendentes assistem um teatro de sombras representando o que<br />

pode lhes acontecer caso continuem cortejando a esposa do Barão. A sequência de abertura,<br />

evocando um espetáculo de sombras, apresenta os personagens do filme. O diretor<br />

Arthur Robinson realizou em 1935 uma versão sonora de O estudante de Praga.<br />

dom 12/08 21h00 | qui 16/08 20h30


SAlão dAS noVidAdES<br />

CinEMA, ATRAçÕES, VARiEdAdES<br />

Arte da modernidade por excelência, o cinema cria novas possibilidades de percepção do espaço e do tempo. Invenção técnica, mas<br />

também sintoma das amplas transformações nas cidades modernas, ele concentra as características do novo universo da máquina e<br />

aparece para alguns como possibilidade de arte. Porém, antes de confirmar sua hegemonia no mundo do entretenimento mercantilizado,<br />

antes de ter um lugar instituído na cidade, a “sala de cinema”, ele era uma atração entre outras nas feiras, quermesses e salões.<br />

Nesse cinema dos primeiros tempos é forte a presença do circo, do vaudeville, do teatro de bulevar e de outros gêneros de espetáculo.<br />

O Salão das Novidades evoca esse universo ao apresentar o cinema como amplificação de experimentos desenvolvidos em diferentes<br />

espetáculos populares.<br />

CinEMATECA BRASilEiRA - dias 11, 12, 18 e 19 de agosto – das 16h às 22h


o gABinETE dAS CuRioSidAdES<br />

Uma incrível viagem por imagens e objetos que revelam facetas do mundo do cinema<br />

e da máquina. Não recomendável para temperamentos e estômagos frágeis.<br />

pRoJEção Ao AR-liVRE<br />

Na inauguração da VI JORNADA, não perca a projeção ao ar-livre de As extraordinárias aventuras de Mr.<br />

West no país dos bolcheviques (1924), de Lev Kulechov.<br />

gRAnd guignol<br />

Apresentação de esquetes inspirados nas peças de horror bizarras e sensacionalistas da companhia Le Thêatre du Grand<br />

Guignol, criada em Paris em 1897. Com Camila Morosini e Rafael Ary.<br />

TEATRo pASTElão<br />

Dois palhaços encenam esquetes cômicos. Uma homenagem às comédias-pastelão do cinema silencioso e à magia dos<br />

nossos circos mambembes. Com Aline Olmos e Fernanda Jannuzzelli.<br />

o iluSioniSTA<br />

Sob o comando de um mestre ilusionista, imagens antes prisioneiras de sua própria imobilidade adquirem vida<br />

frente a nossos olhos! Com Fábio Saltini.<br />

MulhER BARBAdA<br />

Ex-miss Lorena, a mulher barbada estudou balé clássico, mas desistiu da carreira quando foi convidada<br />

para ser um cossaco na ópera Mazeppa. Hoje anima o Salão das Novidades.<br />

CAligARi E CESARE<br />

Caligari é o anti-Mestre de Cerimônias do Salão. Só lhe interessa a profecia. Na<br />

sua tenda ele guarda um segredo, que pode despertar a qualquer momento...<br />

Com Jeferson Bazilista e Sérgio Pardal.<br />

A VênuS hoTEnToTE<br />

Pejorativamente chamada de Vênus Hotentote, Saartije Baartman (1789-<br />

1815) foi uma dançarina do Sul da África, que foi exposta em feiras pela<br />

Europa, em razão de suas formas físicas consideradas exóticas. Com Vanessa<br />

Friggo e Marco Túlio Garcia.<br />

iRMA, A VidEnTE<br />

A cigana Irma faz premonições e comentários sobre a atual conjuntura política, e traz de volta o<br />

amor perdido. Mística, poética, enigmática, ela vai encantar com sua inteligência e sedução.<br />

VAudEVillE<br />

Sob o comando de Ari Rabelo, tradicional locutor circense, desfilam pelos palcos do Vaudeville malabaristas,<br />

mágicos, contorcionistas, além do fantástico Bruno Edison, o homem-foca!<br />

hoMEM CAChoRRo<br />

Única chance para se conhecer Homem da Silva e sua fantástica vida de cão! Cansado de procurar emprego, aceitou<br />

ser o cachorro do vigia do Matadouro. Com Sérgio Pardal.<br />

RAio X<br />

Poucas coisas são tão emocionantes quanto descobrir o interior recôndito de nossos próprios corpos. A atração<br />

convida o público a participar de uma experiência através das misteriosas emissões eletromagnéticas. Ninguém<br />

deve sair do Salão sem sua chapa.<br />

Ching ling, o MágiCo ChinêS<br />

Pela primeira vez, a milenar arte da pólvora dançarina chega até o Ocidente! Ching Ling encanta o<br />

público com seu espetáculo de explosões multicores.<br />

EXpoSição dE TABulETAS<br />

Inspirada na cultura visual do circo e das feiras itinerantes. Por Ari Rabelo e<br />

Luis Armando Tavares de Lacerda.


CuSpidoR dE fogo<br />

Carlos Alberto Guimarães é exímio pirofagista. Com experiência em diversos<br />

circos, exibe fantásticos feixes de fogo.<br />

hoMEM-foCA<br />

Bruno Edison, equilibrista de pratos, referência do universo circense, com sua simpatia e destreza<br />

de homem-foca, encanta há mais de 40 anos.<br />

CAligARi<br />

Decidido a provar a imbecilidade congênita da raça humana, cuja cura estaria no seu unguento mágico, Caligari<br />

percorrerá os quatro cantos do Salão destilando suas verdades. Só lhe interessa a profecia. Saído direto do filme<br />

de Robert Wiene, ele ronda o Salão das Novidades!<br />

CoMEnTAdoR<br />

O cinema silencioso foi muito barulhento. Sua voz não estava na película, mas com o comentador,<br />

que animava as sessões com sons, diálogos e música. Com Jean-Carl Feldis.<br />

TRApEZiSTA<br />

Voos maravilhosos! Com aperfeiçoamento na Itália, Cesar Rossi é trapezista<br />

há mais de 10 anos.<br />

BAndA CiRCEnSE<br />

Martins, Tércio e Osmar divertem os ouvidos das ruas paulistanas há<br />

mais de 20 anos. Marchas e sambas do cancioneiro popular.<br />

ApRESEnTAdoR<br />

Ari Rabelo foi locutor, por mais de trinta anos, do tradicional Circo Garcia. Presença e voz, Seu Ari marcou<br />

época no cenário do circo brasileiro. A simpatia do artista popular, contador de casos e anedotas, mestre<br />

da récita e do improviso.<br />

CinEMATógRAfo<br />

Ubirajara Zambotto é um artesão obcecado. Restaurador e pesquisador, Zambotto trabalha no Instituto Mairiporã de<br />

Ensino Superior, onde recupera sobras de projetores, moviolas e outras relíquias do cinema. Com seu Ernemann movido a<br />

manivela e carvão, ele projeta clássicos do cinema antigo.<br />

ConToRCioniSTA<br />

Elasticidade! Luciana Guimarães exibe toda sua flexibilidade de ginasta e artista de circo.<br />

MAlABARiSTA<br />

Caio Stevanowich é exímio malabarista e pertence a uma das mais tradicionais<br />

famílias circenses.


CuRSo, ConfERênCiA E lAnçAMEnTo dE liVRo<br />

CinEMA BRASilEiRo noS AnoS 1920<br />

Conferência com Rielle Navitski e Eduardo Morettin<br />

O cinema silencioso brasileiro foi marcado pela celebração de solenidades<br />

oficiais, em detrimento de experiências com o cinema<br />

de ficção. A partir desta constatação, e a fim de compreender este<br />

fenômeno, Rielle Navitski, pesquisadora da Universidade de Berkeley,<br />

discute a produção de filmes ficcionais inspirados por crimes<br />

famosos, enquanto Eduardo Morettin, professor da ECA/USP, discute<br />

as relações entre Estado e cinema no contexto das comemorações<br />

do Centenário de Independência do Brasil em 1922.<br />

SAlA CinEMATECA pETRoBRAS<br />

12.08 DOMINGO 16h30<br />

CinEMA SoViéTiCo doS AnoS 1920:<br />

MASSAS E podER<br />

Curso com François Albera<br />

A Revolução Russa, em 1917, colocou em pauta novos problemas<br />

para seus cineastas. Uma das principais questões foi a maneira<br />

de representar cinematograficamente as massas que chegavam<br />

ao poder. Diferentes opções estéticas se desenvolveram a partir do<br />

trato com gêneros cinematográficos da indústria, como o western, o<br />

filme de aventura, a comédia, o folhetim e o épico. E serão abordadas<br />

em quatro conferências por François Albera, professor de História<br />

e Estética do Cinema na Universidade de Lausanne.<br />

SAlA CinEMATECA pETRoBRAS<br />

DE 14.08 TERÇA A 17.08 SEXTA 16h30<br />

lAnçAMEnTo do liVRo ModERnidAdE E VAnguARdA do CinEMA<br />

DE FRANÇOIS ALBERA (<strong>Cinemateca</strong> <strong>Brasileira</strong> e Azougue Editorial)<br />

foyER SAlA CinEMATECA BndES<br />

18.08 SÁBADO 17h<br />

Bases de dados e catálogos disponíveis na internet<br />

JoRnAdA BRASilEiRA dE CinEMA SilEnCioSo www.cinemateca.gov.br/jornada<br />

gioRnATE dEl CinEMA MuTo dE poRdEnonE www.cinetecadelfriuli.org/gcm<br />

filMogRAfiA BRASilEiRA www.cinemateca.gov.br<br />

BAnCo dE ConTEÚdoS CulTuRAiS www.bcc.gov.br<br />

ThE inTERnET MoViE dATABASE – iMdB www.imdb.com<br />

EuRopA filM TREASuRES www.europafilmtreasures.eu<br />

poRTAl EuRopEAnA www.europeana.eu/portal<br />

EyE www.eyefilm.nl/en/collection/about-the-collection<br />

JouRnAl of filM pRESERVATion – fiAf www.fiafnet.org/uk/publications/fep_journal<br />

fEdERAção inTERnACionAl dE ARquiVoS dE filMES www.fiafnet.org<br />

Créditos das imagens<br />

Capa coluna esquerda: ESpoSA E MáRTiR - EYE Film Institute Netherlands, MãoS dE oRlAC - DIF Deutsches Filminstitut, o gABinETE do dR. CAligARi -DIF<br />

Deutsches Filminstitut, AS EXTRAoRdináRiAS AVEnTuRAS dE MR. wEST no pAíS doS BolChEViquES - Austrian Film Museum. Capa coluna direita: A MEninA<br />

CoM o ChApéu - Arkeion Films, AS EXTRAoRdináRiAS AVEnTuRAS dE MR. wEST no pAíS doS BolChEViquES - Austrian Film Museum, A MEninA CoM o ChApéu<br />

- Arkeion Films, AS EXTRAoRdináRiAS AVEnTuRAS dE MR. wEST no pAíS doS BolChEViquES - Austrian Film Museum, MãoS dE oRlAC - DIF Deutsches<br />

Filminstitut.<br />

Miolo: A MEninA CoM o ChApéu - Arkeion Films, Rio - AnoS 20 (TíTulo ATRiBuído) - <strong>Cinemateca</strong> <strong>Brasileira</strong>, ESpoSA E MáRTiR - EYE Film Institute Netherlands,<br />

ARSEnAl - Austrian Film Museum, MãoS dE oRlAC - DIF Deutsches Filminstitut, o gABinETE do dR. CAligARi -DIF Deutsches Filminstitut.<br />

Agradecimentos<br />

André Mieles, Brigitte Comte, Carmen Prokopiak, Christophe Gauthier, David Robinson, David Shepard, Domingos Demasi, Elif Rongen-Kaynakçi, Emilie Cauquy, Guillemette<br />

Laucoin, Isabel Hölzl, José Antonio Pasta Jr., Jon Wengström, Jutta Albert, Loy W. Arnold, Marco Aurelio Peres, Mark Grünthal, Markus Wessolowski, Mathias Bollinger,<br />

Monique Faulhaber, Oliver Hanley, Paolo Cherchi Usai, Pia Lejbro, Roberto Kahané, Robison Borges, Roland Fischer-Briand, Sergio Franco, Simone Molitor, Tay Arnold,<br />

Verônica Tamaoki, Yvonne Varry.


AlEMAnhA<br />

áuSTRiA<br />

fRAnçA<br />

holAndA<br />

instituições que contribuíram com fimes de seus acervos<br />

dAS BundESARChiV<br />

www.bundesarchiv.de<br />

öSTERREiChiSChES filMMuSEuM<br />

(ThE AuSTRiAn filM MuSEuM)<br />

www.filmmuseum.at<br />

lA CinéMAThèquE dE ToulouSE<br />

www.lacinemathequedetoulouse.com<br />

lA CinéMAThèquE fRAnçAiSE<br />

www.cinematheque.fr<br />

EyE filM inSTiTuTE nEThERlAndS<br />

www.eyefilm.nl<br />

SuéCiA<br />

ThE SwEdiSh filM inSTiTuTE<br />

www.sfi.se<br />

ouTRAS inSTiTuiçÕES ColABoRAdoRAS<br />

gioRnATE dEl CinEMA MuTo dE poRdEnonE<br />

www.cinetecadelfriuli.org<br />

ESColA CARliToS<br />

www.escolacarlitos.com.br<br />

inSTiTuTo MAiRipoRã<br />

www.im.br<br />

ARkEion filMS<br />

dEuTSChES filMinSTiTuT<br />

www.deutsches-filminstitut.de<br />

fRiEdRiCh-wilhElM-MuRnAu-STifTung<br />

www.murnau-stiftung.de<br />

TRAnSiT filMS<br />

www.transitfilm.de

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