Dissertação para obtenção do grau de mestre em - Universidade ...
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difuso. Infelizmente, nas baixas frequências, o campo sonoro instala<strong>do</strong> nos compartimentos correntes<br />
<strong>de</strong> habitação t<strong>em</strong> características francamente modais, daí <strong>de</strong>corren<strong>do</strong> uma significativa variação<br />
espacial <strong>do</strong>s níveis sonoros [2]. Por ex<strong>em</strong>plo, junto às pare<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> é mais provável localizar<strong>em</strong>-se<br />
as cabeceiras das camas <strong>do</strong>s quartos, o nível sonoro <strong>de</strong> baixa frequência é mais eleva<strong>do</strong>. [3]. Sen<strong>do</strong><br />
assim, os valores globais medi<strong>do</strong>s nos compartimentos, seguin<strong>do</strong> as exigências <strong>do</strong>s regulamentos,<br />
não conduz<strong>em</strong> a uma avaliação real <strong>do</strong> probl<strong>em</strong>a associa<strong>do</strong> às baixas frequências.<br />
Convém notar que o número <strong>de</strong> queixas relativas a incomodida<strong>de</strong> por ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong> baixa frequência, como<br />
referi<strong>do</strong> anteriormente, t<strong>em</strong> vin<strong>do</strong> a aumentar. Este aspecto é preocupante e justifica a intensificação<br />
<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre o t<strong>em</strong>a. De acor<strong>do</strong> com um estu<strong>do</strong> efectua<strong>do</strong> pela Agência <strong>de</strong> Protecção Ambiental<br />
<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América, o qual é cita<strong>do</strong> por Person e Rylan<strong>de</strong>r [5], foi <strong>de</strong>senvolvida uma<br />
formulação mat<strong>em</strong>ática <strong>para</strong> o probl<strong>em</strong>a <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong> tráfego aéreo, que indica que se 5 % da<br />
população se queixa é porque, <strong>de</strong> facto, cerca <strong>de</strong> 30 % está realmente muito incomodada. Este valor<br />
varia ainda <strong>de</strong> país <strong>para</strong> país, sen<strong>do</strong> muito influencia<strong>do</strong> pela cultura, tal como referi<strong>do</strong> por Sato [8].<br />
Neste estu<strong>do</strong>, a população al<strong>em</strong>ã é i<strong>de</strong>ntificada como a mais activa nas medidas a<strong>do</strong>ptadas contra as<br />
fontes <strong>de</strong> incomodida<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> o povo japonês o mais passivo. Concluin<strong>do</strong>, o simples facto <strong>de</strong><br />
existir<strong>em</strong> queixas relativas a ruí<strong>do</strong> não permite perceber correctamente a dimensão <strong>do</strong> probl<strong>em</strong>a mas<br />
apenas tomar consciência da sua existência.<br />
2.4 Fontes <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong> baixa frequência<br />
As fontes <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong> baixa frequência existentes po<strong>de</strong>m ser classificadas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s<br />
grupos: artificiais ou naturais. Uma vez que a incomodida<strong>de</strong> está intrinsecamente relacionada com a<br />
atitu<strong>de</strong> perante a fonte <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> [4], o ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> natural, como o produzi<strong>do</strong> pelos relâmpagos ou<br />
as ondas marítimas não é tão susceptível <strong>de</strong> gerar incomodida<strong>de</strong> como o ruí<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> por fontes<br />
artificiais. Dentro das fontes artificiais po<strong>de</strong> ainda a<strong>do</strong>ptar-se a classificação seguida por Neves e<br />
Sousa [2], que consi<strong>de</strong>ra três tipos <strong>de</strong> fontes sonoras: fontes sonoras exteriores (tráfego aéreo,<br />
ro<strong>do</strong>viário ou ferroviário), equipamentos mecânicos colectivos <strong>em</strong> edifícios e equipamentos<br />
<strong>do</strong>mésticos.<br />
Sen<strong>do</strong> o objectivo <strong>de</strong>ste trabalho a avaliação <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> proveniente <strong>de</strong> dispositivos mecânicos<br />
colectivos ou <strong>do</strong>mésticos, listam-se apenas as fontes sonoras <strong>de</strong>ste tipo: bombas, compressores,<br />
cal<strong>de</strong>iras, equipamentos <strong>de</strong> ventilação mecânica, unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ar condiciona<strong>do</strong>, frigoríficos, circulação<br />
<strong>de</strong> águas, circulação <strong>de</strong> veículos <strong>em</strong> parques <strong>de</strong> estacionamento resi<strong>de</strong>nciais, eleva<strong>do</strong>res,<br />
mecanismos <strong>de</strong> portões <strong>de</strong> garag<strong>em</strong> e portas da rua, máquinas <strong>de</strong> lavar ou secar roupa.<br />
De acor<strong>do</strong> com Yamada et al. [9], o RBF po<strong>de</strong> ser produzi<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma directa ou indirecta. Num caso,<br />
o ruí<strong>do</strong> é gera<strong>do</strong> directamente pela fonte sonora. No outro o ruí<strong>do</strong> é proveniente das vibrações<br />
introduzidas nos el<strong>em</strong>entos construtivos pelos equipamentos.<br />
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