Conheça a história e curiosidades da caligrafia árabe - by myself
Conheça a história e curiosidades da caligrafia árabe - by myself Conheça a história e curiosidades da caligrafia árabe - by myself
Jefferzion O artista plástico que deu um show no Mercado Persa Maio / Junho 2012 | ano V - nº 31 Que friozinho! Arte milenar Esquente seu inverno com uma deliciosa sopa árabe Conheça a história e curiosidades da caligrafia árabe Confira! os melhores momentos do merCado Persa 2012! MAIO / JUNHO 2012 1
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- Page 6: cultura Artística e sagrada a hist
- Page 10: dança Talento em dose dupla Natura
- Page 14: culinÁria Sopa árabe para esquent
- Page 18: curiosidades QUE SOM é ESSE? Baila
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Jefferzion<br />
O artista plástico<br />
que deu um show<br />
no Mercado Persa<br />
Maio / Junho 2012 | ano V - nº 31<br />
Que friozinho!<br />
Arte milenar<br />
Esquente seu inverno com<br />
uma deliciosa sopa <strong>árabe</strong><br />
<strong>Conheça</strong> a <strong>história</strong> e <strong>curiosi<strong>da</strong>des</strong> <strong>da</strong> <strong>caligrafia</strong> <strong>árabe</strong><br />
Confira! os melhores momentos do merCado Persa 2012!<br />
MAIO / JUNHO 2012 1
2<br />
REVISTA ORIENTE<br />
editorial<br />
O sucesso do<br />
Mercado Persa<br />
Émuito gratificante poder compartilhar com vocês notícias boas. E é<br />
com muito orgulho que comunico que o Mercado Persa, por mais um<br />
ano, foi um sucesso! Nos três dias de evento, milhares de pessoas conferiram<br />
to<strong>da</strong>s as novi<strong>da</strong>des do segmento. Acompanhe a cobertura completa<br />
nas próximas páginas.<br />
Na época de frio, tem coisa mais gostosa que saborear uma suculenta sopa?<br />
Que delícia! Selecionamos uma receita maravilhosa tipicamente <strong>árabe</strong>. É nutritiva<br />
e fácil de fazer. Na seção “Cultura”, conheçam a <strong>história</strong> e <strong>curiosi<strong>da</strong>des</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>caligrafia</strong> <strong>árabe</strong>, sob a ótica de um especialista no assunto.<br />
Vocês sabiam que Foz do Iguaçu é a ci<strong>da</strong>de com a maior comuni<strong>da</strong>de islâmica<br />
no Brasil? Em uma matéria especial, falamos sobre como isso influenciou a<br />
arquitetura <strong>da</strong> região e destacamos as belezas naturais <strong>da</strong>s Cataratas do Iguaçu.<br />
Nesta edição, saiba de que forma a <strong>da</strong>nça do ventre contribui para a tonificação<br />
dos músculos e proteção <strong>da</strong> coluna. E confira ain<strong>da</strong> um artigo sobre as<br />
belezas <strong>da</strong> arquitetura oriental.<br />
Nossa capa é <strong>da</strong> fotógrafa Sandra Reis, vencedora <strong>da</strong> “Competição de Fotos”<br />
do Mercado Persa 2012!!<br />
Um enorme beijo a todos e boa leitura!<br />
Shalimar Mattar<br />
Encanto e Magia<br />
expediente<br />
oriente, encanto e magia é uma revista bimestral gratuita<br />
destina<strong>da</strong> a bailarinos, músicos, estilistas, professores,<br />
apreciadores <strong>da</strong> <strong>da</strong>nça do ventre, enfim, a todos que acreditam<br />
na arte como meio de evolução.<br />
editora: Shalimar Mattar<br />
Bailarina responsável: Teresa Carnicelli/Samira (Sated 2276)<br />
diagramação: Just Layout<br />
Jornalista responsável: Mariana Maciel (Mtb. 23.986)<br />
Colaboradora: Laura Stéphanie<br />
revisão: Sérgio Kakitani<br />
foto <strong>da</strong> capa: Sandra Reis<br />
re<strong>da</strong>ção: Rua Estevão Baião, 786, Campo Belo - 04624-002,<br />
São Paulo. Fones: (11) 5041-6103 e 5542-3860<br />
site: www.orienteencantoemagia.com.br<br />
impressão: Prol Editora Gráfica<br />
tiragem desta edição: 5.000 exemplares<br />
A revista não endossa, necessariamente, conceitos e opiniões<br />
de autores expressos nas matérias que publica, nem se<br />
responsabiliza diretamente pelo conteúdo textual e de imagens<br />
dos anúncios que veicula.<br />
MAIO / JUNHO 2012 3
turismo<br />
Brasil<br />
com jeito<br />
<strong>árabe</strong><br />
foz do iguaçu, um dos destinos<br />
turísticos mais procurados,<br />
também abriga a maior<br />
comuni<strong>da</strong>de islâmica do país<br />
Há hoje no Brasil um milhão de muçulmanos. Eles estão<br />
espalhados por todo o país, mas as maiores comuni<strong>da</strong>des<br />
estão em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro,<br />
Curitiba, Rio Grande do Sul e na ci<strong>da</strong>de de Foz do Iguaçu.<br />
A convergência de imigrantes <strong>árabe</strong>s para a fronteira do estado<br />
do Paraná com o Paraguai fez com que a ci<strong>da</strong>de passasse a<br />
abrigar na<strong>da</strong> menos que a maior comuni<strong>da</strong>de islâmica do Brasil.<br />
Assim, o destino, mundialmente conhecido por sua natureza<br />
exuberante e as famosas Cataratas do Iguaçu, possui ain<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s<br />
maiores e mais belas mesquitas do país, que já se tornou ponto turístico.<br />
São 600 m² de área construí<strong>da</strong>, dos quais 400 m² foram<br />
reservados ao salão oval principal, onde são feitas as orações. É<br />
um templo suntuoso e belo, ornamentado com arabescos e figuras<br />
geométricas. Chamam a atenção os minaretes, torres que<br />
circun<strong>da</strong>m a mesquita.<br />
Depois de visitar este local de oração, o turista vai espantar-<br />
-se com a beleza natural <strong>da</strong> região, representa<strong>da</strong> principalmente<br />
4<br />
REVISTA ORIENTE<br />
A beleza exuberante <strong>da</strong>s Cataratas do Iguaçu<br />
pelas Cataratas do Iguaçu, eleita como uma <strong>da</strong>s sete maravilhas<br />
do mundo. Localiza<strong>da</strong>s entre as fronteiras do Brasil<br />
com a Argentina, possuem que<strong>da</strong>s espetaculares, com formação<br />
geológica <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> de 150 milhões de anos. Possuem<br />
19 grandes que<strong>da</strong>s. Dentre as mais deslumbrantes está a<br />
Garganta do Diabo, com cerca de 90 metros de altura.<br />
É possível passear pelas Cataratas tanto do lado brasileiro<br />
quanto argentino. Além de passarelas e mirantes para observação,<br />
o local conta com um elevador panorâmico que liga a<br />
base <strong>da</strong>s que<strong>da</strong>s ao nível superior do rio.<br />
Foz do Iguaçu ain<strong>da</strong> é conheci<strong>da</strong> por ser um polo de compras.<br />
Isto porque as ci<strong>da</strong>des vizinhas, Puerto Iguazú (Argentina)<br />
e Ciu<strong>da</strong>d Del Este (Paraguai), possuem muitas lojas nas<br />
quais os brasileiros têm direito a uma cota de U$ 300 por<br />
pessoa, isenta de impostos, o que faz com que os preços <strong>da</strong>s<br />
mercadorias fiquem bem mais baratos.<br />
Tudo isto faz de Foz do Iguaçu o destino escolhido por um<br />
milhão de visitantes por ano. E os turistas brasileiros que vêm<br />
<strong>da</strong>s principais capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, ain<strong>da</strong><br />
contam com a vantagem <strong>da</strong> proximi<strong>da</strong>de. De avião leva-se<br />
uma hora e meia se sair de São Paulo e duas horas se o local<br />
de origem for o Rio de Janeiro.<br />
A estrutura hoteleira também é excelente. Para hospe<strong>da</strong>r<br />
tantos turistas brasileiros e estrangeiros, as opções vão de<br />
simples albergues a luxuosos resorts. O<br />
Para mais informações:<br />
www.cataratasdoiguacu.com.br | www.pmfi.pr.gov.br<br />
MAIO / JUNHO 2012 5
cultura<br />
Artística e sagra<strong>da</strong><br />
a <strong>história</strong> <strong>da</strong> <strong>caligrafia</strong> <strong>árabe</strong> mostra como esta forma<br />
de escrita influenciou crenças e artistas pelo mundo todo<br />
Após a revelação do Alcorão, a<br />
escrita <strong>árabe</strong> se consolidou e<br />
a <strong>caligrafia</strong> começou a ganhar<br />
um sentido artístico; antes a palavra possuía<br />
um caráter sagrado. Aos poucos, as<br />
letras começaram a ganhar belas formas<br />
nas mãos dos escribas artistas que se destacaram<br />
ao longo dos séculos. Esta forma de<br />
escrever expandiu-se principalmente nos<br />
países onde houve presença significativa de<br />
muçulmanos. Até hoje, para alguns, tem<br />
um caráter sagrado e é chama<strong>da</strong> de “Arte<br />
<strong>da</strong> Fé”. Para o artista plástico e professor<br />
de idioma e <strong>caligrafia</strong> <strong>árabe</strong>, Abdelaziz<br />
Bahsain, esta forma de escrever é a mais<br />
sublime <strong>da</strong>s artes islâmicas e a expressão<br />
mais típica do espírito muçulmano.<br />
Nesta longa caminha<strong>da</strong>, a trajetória <strong>da</strong><br />
<strong>caligrafia</strong> <strong>árabe</strong> seguiu dentro e fora <strong>da</strong> Península<br />
Arábica. Era utiliza<strong>da</strong> nas sepulturas<br />
e nos sítios arqueológicos, nas telas dos<br />
museus e em exposições caligráficas.<br />
Na atuali<strong>da</strong>de, o alfabeto <strong>árabe</strong> é o<br />
6<br />
REVISTA ORIENTE<br />
principal alfabeto usado para representar<br />
a língua <strong>árabe</strong>, além de idiomas como<br />
o persa e línguas berberes. É o segundo<br />
mais utilizado no mundo, ficando atrás<br />
apenas do alfabeto latino.<br />
Uma <strong>da</strong>s características mais marcantes<br />
<strong>da</strong> <strong>caligrafia</strong> <strong>árabe</strong> é que ela é escrita<br />
<strong>da</strong> direita para a esquer<strong>da</strong>, assim como o<br />
alfabeto hebraico. E apesar de ser denomina<strong>da</strong><br />
de “alfabeto”, na ver<strong>da</strong>de a escrita<br />
<strong>árabe</strong> é um Abjad, ou seja, ca<strong>da</strong> símbolo<br />
representa uma consoante. A representação<br />
<strong>da</strong>s vogais é feita através de diacríticos<br />
colocados sobre ou sob as letras.<br />
Os caracteres <strong>árabe</strong>s fazem parte de<br />
duas artes importantes que são o orgulho<br />
<strong>da</strong> civilização islâmica: o ARABESCO e a<br />
ARTE DE FORMAR AS LETRAS, sempre<br />
com um profundo sentido estético.<br />
Segundo estudos e pesquisas de Abdelaziz<br />
Bahsain, o idioma <strong>árabe</strong> influenciou<br />
a língua portuguesa. “Dentre as palavras<br />
que vieram do dicionário <strong>árabe</strong> podemos<br />
Há dois anos no Brasil, Abdelaziz<br />
Bahsain já trabalhou no<br />
Marrocos e em diversos países<br />
<strong>da</strong> Europa. Sediado em Santa<br />
Catarina, ministra um curso<br />
de idioma <strong>árabe</strong>, onde o aluno<br />
aprende fonética, alfabeto,<br />
gramática e conversação.<br />
Também ministra o curso<br />
de desenho caligráfico para<br />
alunos particulares ou grupos.<br />
Como artista plástico, é muito<br />
requisitado para escrever<br />
mensagens <strong>árabe</strong>s com letras nos<br />
estilos Almagrebi e Diwani.<br />
citar as inicia<strong>da</strong>s com o prefixo ‘AL’ como alface, algodão, almofa<strong>da</strong>,<br />
alecrim, álcool, alfândega, etc.”, comenta.<br />
O primeiro calígrafo famoso foi Qutba al Muharir, que<br />
criou uma nova <strong>caligrafia</strong> a partir <strong>da</strong> mistura de duas escritas<br />
originais de Meca e do Hejaz (na atual Arábia Saudita).<br />
Esse novo estilo, chamado Al Jalil (magnífico), foi exaustivamente<br />
utilizado nas mesquitas. Além desse, Qutba inventou<br />
outros estilos, entre os quais thuluth. Os calígrafos<br />
costumavam utilizar este último nos registros estatais, e por<br />
isso ele passou a ser chamado de “estilo dos registros” ou<br />
“estilo de Damasco”.<br />
Os califas Abu al Abas al Safah e Isac bin Hamad, fizeram<br />
multiplicar os estilos, os cálamos e as técnicas caligráficas.<br />
Nesse período, a <strong>caligrafia</strong> <strong>árabe</strong> já possuía onze estilos diferentes.<br />
Atualmente conta com seis principais:<br />
- Thuluth: caracteriza-se pelas letras curvas e apresenta pequenos<br />
traços na parte de cima <strong>da</strong>s letras, que são interliga<strong>da</strong>s<br />
e algumas vezes entrecorta<strong>da</strong>s;<br />
- Ruqa´a: é arredon<strong>da</strong><strong>da</strong> e estrutura<strong>da</strong> de uma forma mais<br />
densa, com pequenos traços horizontais;<br />
- Naskh: feita com traços pequenos e horizontais e curvas<br />
cheias e profun<strong>da</strong>s; apresenta palavras bem espaça<strong>da</strong>s;<br />
- Farse: escrita desenvolvi<strong>da</strong> pelos persas;<br />
- Diwani: utilizado pela chancelaria do império Otomano;<br />
- Kufi-foi: criado no Iraque, o estilo foi dominante nos primórdios<br />
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MAIO / JUNHO 2012 7
<strong>da</strong>nça<br />
Alia<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong> boa forma<br />
Como a <strong>da</strong>nça do ventre trabalha<br />
em benefício de ca<strong>da</strong> parte do nosso corpo<br />
P<br />
ara as pessoas em geral, a <strong>da</strong>nça tem o objetivo de<br />
diversão e relaxamento. Para outras, é um modo de<br />
expressar seu talento como artista. Porém, por trás<br />
destes simples conceitos usados por pessoas leigas, existe um<br />
complexo mundo a ser estu<strong>da</strong>do e técnicas a serem aprendi<strong>da</strong>s,<br />
principalmente para aqueles que desejam se tornar profissionais.<br />
Particularmente, a <strong>da</strong>nça oriental é um dos estilos mais<br />
ricos, tanto em termo musical como cultural.<br />
A <strong>da</strong>nça do ventre, se realiza<strong>da</strong> corretamente, pode trazer<br />
inúmeros benefícios, como melhora <strong>da</strong> postura, tonificação<br />
dos músculos, per<strong>da</strong> de peso, diminuição do estresse, condicionamento<br />
físico, expressão corporal, preparação para o parto,<br />
socialização, melhora <strong>da</strong> autoestima, etc.<br />
É importante conhecer a fundo ca<strong>da</strong> um destes benefícios<br />
para tirar o máximo de proveito de ca<strong>da</strong> um deles.<br />
Corpo turbinado<br />
A coluna espinhal contém mais ossos e ligamentos do que<br />
qualquer outra parte do corpo. São 33 vértebras empilha<strong>da</strong>s<br />
em uma coluna e uni<strong>da</strong>s por cartilagem e ligamentos, e quase<br />
todos os movimentos do tronco dependem <strong>da</strong> flexibili<strong>da</strong>de<br />
exerci<strong>da</strong> pelo grupo de músculos encontrados nesta área.<br />
Os grupos musculares que unem os ligamentos e as vértebras<br />
criam os movimentos do tronco e <strong>da</strong> pélvis. A <strong>da</strong>nça do ventre<br />
tonifica estes músculos e mantém a flexibili<strong>da</strong>de de uma maneira<br />
segura e eficaz.<br />
Durante a <strong>da</strong>nça, os movimentos de quadril, como círculos,<br />
oitos e shimmies, trabalham as articulações e ligamentos na região<br />
lombar e no quadril. Estes movimentos aju<strong>da</strong>m a aumentar<br />
o fluxo de líquido sinovial (que tem a função de lubrificar<br />
as articulações sinoviais) nessas articulações e, quando realizados<br />
corretamente, o processo de encaixe de quadril assume<br />
uma posição neutra que aju<strong>da</strong> a prevenir problemas na coluna.<br />
8<br />
REVISTA ORIENTE<br />
Além disso, a <strong>da</strong>nça do ventre colabora para o alívio do estresse<br />
causado pela compressão, quase que constante, dos discos<br />
<strong>da</strong> coluna que ocorre em consequência de uma vi<strong>da</strong> sedentária.<br />
Os músculos em torno do quadril, a maior articulação do corpo,<br />
são utilizados e exercitados durante os movimentos, como bati<strong>da</strong>s<br />
laterais, redondos, shimmies e oitos, melhorando a flexibili<strong>da</strong>de<br />
e a elastici<strong>da</strong>de. Como consequência, esta maior flexibili<strong>da</strong>de<br />
proporciona um maior equilíbrio durante as caminha<strong>da</strong>s.<br />
Na <strong>da</strong>nça do ventre, a bailarina tem que manter os braços<br />
elevados, como uma moldura, ou movimentá-los, como se fossem<br />
ondulações. Isto faz com que sejam bastante trabalhados<br />
e, assim como os ombros (também envolvidos em todo este<br />
processo), ficam ca<strong>da</strong> vez mais tonificados e definidos.<br />
A utilização <strong>da</strong> postura ereta e de meia ponta, utiliza<strong>da</strong>s na<br />
<strong>da</strong>nça, são considera<strong>da</strong>s um exercício calistênico, ou seja, um<br />
exercício de peso-rolamento que tem por função trabalhar com<br />
o próprio peso do corpo ou com a gravi<strong>da</strong>de. São exercícios de<br />
carga muito eficazes para manter ou aumentar a densi<strong>da</strong>de mineral<br />
óssea na coluna lombar e no quadril, podendo prevenir<br />
a osteoporose, melhorar a imagem e o equilíbrio <strong>da</strong> bailarina e<br />
colaborar para uma velhice muito mais saudável.<br />
Não bastassem todos estes benefícios, a <strong>da</strong>nça do ventre ain<strong>da</strong><br />
é considera<strong>da</strong> um exercício de baixo impacto, ou seja, com<br />
um baixo risco de lesões, quando realiza<strong>da</strong> corretamente, e<br />
pode ser pratica<strong>da</strong> por pessoas de diferentes i<strong>da</strong>des. O<br />
Serviço: Nadia Greco – Professora de <strong>da</strong>nça com formação no curso Oriente Total e proprietária<br />
do “Nádia Greco Ballet”.<br />
Tel.: 11 4524-4304 | www.nadiagreco.com.br<br />
MAIO / JUNHO 2012 9
<strong>da</strong>nça<br />
Talento em<br />
dose<br />
dupla<br />
Natural de Taquarituba, no interior de São Paulo, Jeferson<br />
de Souza desde menino já sabia que seria um<br />
artista. Aos 10 anos aprendeu a desenhar no chão de<br />
areia do sítio onde morava. Cresceu aju<strong>da</strong>ndo o pai no minimercado<br />
<strong>da</strong> família. Em paralelo praticava o desenho de expressões<br />
humanas sozinho.<br />
Aos poucos, o menino de origem humilde, foi aprimorando<br />
sua técnica e, em 1997, já atuava profissionalmente. Com<br />
o passar dos anos, JefferZion, como passou a ser conhecido,<br />
pensou em aliar o gosto pela pintura e pela <strong>da</strong>nça, e a partir <strong>da</strong><br />
mescla destas duas expressões, criou um método de apresentação<br />
que tornou-se sua marca registra<strong>da</strong>, o Hi-Painting Show.<br />
“Esta ideia surgiu quando eu participava de um grande evento<br />
<strong>da</strong> indústria de produtos artísticos e tinha que pensar em<br />
alguma apresentação que me destacasse em meio a tanta gente<br />
boa”, comenta o artista. Foi aí que resolveu unir as duas coisas<br />
que mais gostava de fazer na vi<strong>da</strong>: pintar e <strong>da</strong>nçar.<br />
O sucesso <strong>da</strong> iniciativa foi tão grande, que de lá para cá, JefferZion<br />
não parou mais. Já se apresentou em países <strong>da</strong> América<br />
do Norte, do Sul e na Europa.<br />
Este ano, foi um dos destaques do Mercado Persa onde foi<br />
ovacionado pelo público. “Ter meu trabalho reconhecido num<br />
evento do porte do Mercado Persa é uma <strong>da</strong>s maiores emoções<br />
<strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>. Durante a apresentação eu delirava e me empolgava<br />
ca<strong>da</strong> vez mais, diante <strong>da</strong> reação <strong>da</strong>quele público tão<br />
especial, vidrado em ca<strong>da</strong> movimento meu”.<br />
Durante o MP o artista plástico ain<strong>da</strong> foi fotografado por<br />
Sandra Reis, a profissional vencedora <strong>da</strong> competição de fotos<br />
do evento. A foto premia<strong>da</strong> ilustra a capa desta edição.<br />
10 REVISTA ORIENTE<br />
artista alia <strong>da</strong>nça e pintura<br />
e cria método inusitado<br />
de apresentação<br />
JefferZion é perfeccionista e em ca<strong>da</strong> uma de suas performances,<br />
busca estimular a imaginação do público de forma<br />
distinta. Para isso, ousa com novas versões, modernas e sofistica<strong>da</strong>s,<br />
adequando figurino e megaprodução.<br />
Em seu dia a dia, além <strong>da</strong>s apresentações por diversos países,<br />
ministra cursos e workshops pelo Brasil.<br />
“Sou um apaixonado pelo que faço. Inspiro-me na vi<strong>da</strong>, nas<br />
pessoas, em seus costumes e sentidos. O que mais gosto de fazer<br />
é ‘conhecer’, quanto mais conheço, mais me inspiro e vou me<br />
enchendo de energias boas, de bati<strong>da</strong>s, efeitos, sabores e cheiros.<br />
Tudo isso contribui para a criação do meu trabalho.” O<br />
Saiba mais: www.jefferzion.com.br<br />
Foto: David Cezar
<strong>da</strong>nça<br />
Os benefícios<br />
<strong>da</strong> <strong>da</strong>nça<br />
na infância<br />
Por samira samia<br />
sociabili<strong>da</strong>de e condicionamento<br />
físico estão entre as vantagens<br />
Aarte de <strong>da</strong>nçar pode ser aprendi<strong>da</strong> desde a mais tenra<br />
i<strong>da</strong>de. Estudos mostram que crianças que <strong>da</strong>nçam desenvolvem<br />
habili<strong>da</strong>des com mais facili<strong>da</strong>des, estimulam<br />
o cérebro e são mais calmas, já que gastam bastante energia.<br />
Além disso, as crianças aprendem com muito mais facili<strong>da</strong>de<br />
que um adulto. Bastam algumas aulas para que já assimilem a<br />
técnica e os trejeitos <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de <strong>da</strong>nça escolhi<strong>da</strong>.<br />
A <strong>da</strong>nça clássica é ideal para o início. Ela dá uma boa base<br />
para a introdução de outras mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des mais tarde. Mas, apesar<br />
de ser um desejo de to<strong>da</strong>s as menininhas, a sapatilha de<br />
ponta, usa<strong>da</strong> no balé clássico, por exemplo, só pode ser adota<strong>da</strong><br />
após uma determina<strong>da</strong> i<strong>da</strong>de. A professora é a pessoa mais indica<strong>da</strong><br />
para definir quando será este momento.<br />
As crianças também se identificam muito com a <strong>da</strong>nça <strong>árabe</strong>,<br />
tanto na parte clássica, quanto na folclórica. Quando bem orien-<br />
12 REVISTA ORIENTE<br />
ta<strong>da</strong>s, treina<strong>da</strong>s e prepara<strong>da</strong>s, ficam lin<strong>da</strong>s ao se apresentarem.<br />
Aqui vale um lembrete às professoras: procurem não explorar<br />
demais a sensuali<strong>da</strong>de e sim, a graciosi<strong>da</strong>de nos movimentos.<br />
Outra mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de muito procura<strong>da</strong> por crianças é a <strong>da</strong>nça<br />
cigana, pois elas adoram as belas saias esvoaçantes e os lindos<br />
acessórios. Por fim, samba, jazz, fusion, hula hula e <strong>da</strong>nça indiana<br />
também aparecem entre as preferi<strong>da</strong>s dos pequenos.<br />
Em qualquer mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de, os benefícios são muitos. Aos já<br />
citados acima, somam-se: desinibição, ganho de autoestima,<br />
sociabili<strong>da</strong>de, autoconfiança, condicionamento físico, melhora<br />
de postura, elastici<strong>da</strong>de, tonificação muscular e maior percepção<br />
mental para to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong>des. Por isso meus amores, vamos<br />
colocar a criança<strong>da</strong> para <strong>da</strong>nçar muito! O<br />
Mestre Samira é professora de <strong>da</strong>nça cigana do estúdio “Shalimar Mattar <strong>da</strong>nças”.<br />
Informações: (11) 5041-6103 | shalimar<strong>da</strong>ncas@hotmail.com
culinÁria<br />
Sopa <strong>árabe</strong><br />
para esquentar os dias de frio<br />
Nos dias de temperatura baixa na<strong>da</strong> mais gostoso do que saborear<br />
sopinhas e caldos que esquentam o corpo e fazem um<br />
carinho à alma. As variações são enormes e mesmo aqueles<br />
que afirmam não gostar de sopa acabam se rendendo a uma delas.<br />
No Brasil já virou quase uma tradição o consumo de sopa no inverno.<br />
Diversos restaurantes, e até pa<strong>da</strong>rias, oferecem os “festivais de<br />
sopa”, onde preparam os mais diversos sabores.<br />
Mas o que muita gente ain<strong>da</strong> não sabe é que a culinária <strong>árabe</strong> também<br />
possui este tipo de prato, muito apreciado nos países de origem.<br />
Confira a receita de uma sopa tradicionalmente <strong>árabe</strong> que com certeza<br />
fará sucesso em sua cozinha! O<br />
Serviço: Restaurante Folha de Uva – Chef Samir Moysés<br />
Rua Bela Cintra, 1435 – Jardins – São Paulo<br />
Tel.: 11 3062-2564 | www.folhadeuva.com<br />
14 REVISTA ORIENTE<br />
Quibe labnie<br />
(Quibes cozidos na coalha<strong>da</strong> tempera<strong>da</strong>)<br />
ingredientes<br />
Quibe frito<br />
½ kg de carne bovina moí<strong>da</strong><br />
350 g de trigo fino<br />
Sal e pimenta <strong>árabe</strong><br />
Recheio do quibe<br />
250 g de carne bovina moí<strong>da</strong><br />
1 cebola média bem pica<strong>da</strong><br />
1 maço de hortelã picado<br />
Óleo e sal<br />
Coalha<strong>da</strong><br />
1 litro de coalha<strong>da</strong> fresca<br />
1 colher (sopa) de manteiga<br />
1 dente de alho amassado<br />
1 colher (sopa) de amido<br />
de milho<br />
1 colher (chá) de sal<br />
2 colheres (sopa) de hortelã<br />
bem pica<strong>da</strong><br />
MoDo De PrePAro<br />
Quibe<br />
Lavar o trigo, deixar de molho por 20 minutos, espremer e<br />
reservar. Limpar a carne, retirando todos os nervos. Cortar<br />
em cubos. Moer a carne, juntar o trigo, sal, pimenta <strong>árabe</strong> e<br />
tornar a moer.<br />
Recheio<br />
Refogar a carne moí<strong>da</strong> com óleo. Juntar a cebola bem pica<strong>da</strong>,<br />
sal e a hortelã pica<strong>da</strong>. Misturar bem e deixar por 5 minutos<br />
(até secar a água). Ponha ao seu lado um copo com água e<br />
óleo para molhar o dedo indicador.<br />
Pegue pequenas porções <strong>da</strong> massa de quibe e faça uma bola.<br />
Com o indicador molhado, fure a massa que está apoia<strong>da</strong> na<br />
outra mão, fazendo movimento de rotação. Recheie o quibe<br />
e feche a abertura. Frite-os em óleo bem quente.<br />
Coalha<strong>da</strong><br />
Derreta a manteiga em uma frigideira. Junte o alho e frite<br />
ligeiramente. Em uma panela, coloque a coalha<strong>da</strong>, amido<br />
de milho, sal, hortelã pica<strong>da</strong> e acrescente a manteiga com<br />
alho. Após levantar fervura, acrescente os bolinhos de quibe<br />
e deixe-os cozinhar na coalha<strong>da</strong> por 15 minutos. Servir em<br />
prato fundo, salpicando com hortelã seca.
mercado persa<br />
Onde tudo<br />
A19ª edição do Mercado Persa,<br />
realiza<strong>da</strong> em abril deste ano,<br />
mais uma vez bateu recorde de<br />
público e atrações. Nos três dias de evento,<br />
7.800 pessoas passaram por lá e puderam<br />
conferir mais de 500 atrações artísticas, entre<br />
competições, mostras de <strong>da</strong>nças, desfiles,<br />
shows, congressos e workshops.<br />
Já tradicional, o evento praticamente<br />
marca o início do ano para os profissionais<br />
envolvidos com a <strong>da</strong>nça <strong>árabe</strong>. “Sem<br />
dúvi<strong>da</strong>, é o principal polo econômico e<br />
de cultura do nosso segmento,” comenta<br />
Shalimar Mattar, organizadora do evento.<br />
É no Mercado Persa que são apresenta<strong>da</strong>s<br />
as tendências que serão segui<strong>da</strong>s<br />
durante o ano, tanto na <strong>da</strong>nça quanto na<br />
mo<strong>da</strong>. Os estilistas apresentam suas coleções,<br />
os professores suas coreografias e<br />
os workshops disseminam informações<br />
sobre <strong>da</strong>nças que, em segui<strong>da</strong>, serão desenvolvi<strong>da</strong>s<br />
por todo o país.<br />
Além de tudo isso, o evento ain<strong>da</strong><br />
conta com a maior e mais completa feira<br />
oriental do país. “Nossa feira reúne os<br />
melhores profissionais e produtos <strong>da</strong><br />
área e, além dos tradicionais fornecedores<br />
do segmento, a ca<strong>da</strong> ano contamos<br />
com novos talentos,” afirma Shalimar.<br />
Este ano as novi<strong>da</strong>des ficaram por conta<br />
dos estilistas do Egito e Europa que apresentaram<br />
suas maravilhosas criações.<br />
Todo ano o MP conta com momentos<br />
marcantes e em 2012 não foi diferente.<br />
16<br />
acontece<br />
mais uma vez o mercado Persa reúne tudo<br />
e todos que fazem <strong>da</strong> arte <strong>da</strong> <strong>da</strong>nça um espetáculo<br />
REVISTA ORIENTE<br />
Foto: Sandra Reis Foto: Sandra Reis<br />
Foto: David Cezar<br />
Foto: David Cezar<br />
Foto: Jay Andreotti<br />
Para Shalimar é difícil eleger apenas<br />
um, mas ela afirma que o espetáculo de<br />
gala “Por trás dos 7 véus” foi um show<br />
realmente inesquecível. “Foi muito<br />
emocionante acompanhar as setes déca<strong>da</strong>s<br />
de trajetória <strong>da</strong> <strong>da</strong>nça oriental<br />
<strong>árabe</strong> no Brasil.”<br />
Outro momento especial foi a participação<br />
<strong>da</strong>s argentinas Romina Maluf e<br />
Sai<strong>da</strong>, que presentearam o público com<br />
shows belíssimos e workshops incríveis.<br />
Ao final, todos – organizadores, participantes<br />
e público – estavam satisfeitos<br />
com os resultados. Por mais um ano o<br />
maior festival de <strong>da</strong>nça <strong>árabe</strong> do mundo<br />
foi um espetáculo inesquecível de muita<br />
beleza e talento!<br />
Foto: Jay Andreotti Foto: Sandra Reis<br />
Como tudo começou<br />
Há mais de 20 anos, uma <strong>da</strong>s precursoras<br />
<strong>da</strong> <strong>da</strong>nça oriental no Brasil, a mestra<br />
Samira Samia, decidiu realizar uma<br />
grande festa de confraternização entre os<br />
praticantes <strong>da</strong> <strong>da</strong>nça <strong>árabe</strong>. A iniciativa<br />
seria também uma oportuni<strong>da</strong>de para<br />
ca<strong>da</strong> um mostrar seu trabalho.<br />
Sem saber ao certo que caminhos esse<br />
evento tomaria, a mestra alugou um salão<br />
em São Paulo e convidou as professoras<br />
que conhecia e os poucos prestadores de<br />
serviços <strong>da</strong> área. Nesta primeira edição o<br />
evento contou com cerca de 30 profissionais<br />
e um público de 300 pessoas.<br />
No ano seguinte, Shalimar Mattar,<br />
filha <strong>da</strong> mestra Samira, decidiu inserir<br />
algumas novi<strong>da</strong>des e, assim, o Mercado<br />
Persa, tal como conhecemos hoje, foi<br />
tomando forma. Ano após ano o evento<br />
cresceu e evoluiu, colaborando significativamente<br />
para o desenvolvimento do<br />
segmento <strong>da</strong> <strong>da</strong>nça oriental no país.<br />
Hoje o MP é para<strong>da</strong> obrigatória de<br />
todos os artistas <strong>da</strong> área, praticantes <strong>da</strong><br />
<strong>da</strong>nça e música, artesãos, prestadores de<br />
serviço, lojistas, estilistas e apreciadores<br />
<strong>da</strong> arte. O<br />
Serviço<br />
Confira no site do Mercado Persa os nomes dos vencedores<br />
de to<strong>da</strong>s as competições.<br />
A cobertura completa do evento e entrevistas imperdíveis<br />
(Sai<strong>da</strong>, Romina Maluf, Mario Kirlis, Shalimar e outros<br />
grandes nomes <strong>da</strong> área), você encontra na página “Vídeos”<br />
do site www.mercadopersa.com.br.<br />
MAIO / JUNHO 2012 17
<strong>curiosi<strong>da</strong>des</strong><br />
QUE<br />
SOM é<br />
ESSE? Bailarina<br />
Em nossa última edição, apresentamos<br />
a vocês alguns dos instrumentos<br />
musicais responsáveis por<br />
produzir as mais doces melodias e canções<br />
<strong>árabe</strong>s. A gama é vasta e, por isso, <strong>da</strong>mos<br />
continui<strong>da</strong>de à lista nesta edição.<br />
18<br />
CORDAS<br />
Rababah<br />
Instrumento milenar construído em madeira<br />
e pele de cabra estica<strong>da</strong>, possuindo<br />
tradicionalmente uma ou duas cor<strong>da</strong>s. É<br />
tocado através do uso de arco especial feito<br />
de bambu fino. A Rababah é conheci<strong>da</strong><br />
praticamente em todo o Oriente Médio,<br />
sendo amplamente utiliza<strong>da</strong> pelos beduínos<br />
no norte <strong>da</strong> África em suas canções<br />
tradicionais; o instrumento é tocado verticalmente.<br />
Seu pioneiro no Brasil foi Fuad<br />
REVISTA ORIENTE<br />
com os famosos Snujs<br />
Hai<strong>da</strong>mus, que o confeccionou por volta<br />
<strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1960.<br />
PERCUSSÃO<br />
Snujs<br />
Amplamente conhecidos e utilizados pelas<br />
bailarinas de <strong>da</strong>nça do ventre, esses pequenos<br />
címbalos para os dedos podem apresentar<br />
tamanhos variados. No Egito é conhecido<br />
pelo nome “Sagat” e pode ser considerado<br />
como um dos primeiros instrumentos de<br />
percussão <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de, utilizado inicialmente<br />
por sacerdotisas egípcias.<br />
Dohola<br />
Instrumento semelhante ao Derbakke,<br />
porém apresentando dimensões maiores<br />
e sonori<strong>da</strong>de mais grave. A Dohola é confecciona<strong>da</strong><br />
tradicionalmente em cerâmi-<br />
ca (terracota) com revestimento em pele<br />
grossa de cabra. Curiosamente, o diâmetro<br />
desse instrumento pode variar, existindo<br />
peças de até trinta ou trinta e dois centímetros<br />
de circunferência. Sua versão moderna<br />
apresenta diâmetro unificado, corpo em<br />
alumínio e pele artificial.<br />
Mazhar<br />
Conhecido como “pandeiro de dois an<strong>da</strong>res”,<br />
a Mazhar é constituí<strong>da</strong> por anel de<br />
madeira dotado de cinco platinelas duplas,<br />
totalizando dez platinelas sem abafadores.<br />
Na versão tradicional, o instrumento é revestido<br />
por pele grossa de gazela ou cabra<br />
que, combinado com seu diâmetro de 31<br />
centímetros aproximados, produz som<br />
bastante grave e profundo. O<br />
Serviço: Vitor Abud Hiar<br />
www.vitorabudhiar.com | abudrum@vitorabudhiar.com<br />
MAIO / JUNHO 2012 19
cultura<br />
Filmes<br />
Crossing over<br />
Max (Harrison Ford), um agente<br />
federal imigratório, em uma de suas<br />
bati<strong>da</strong>s policiais, acaba por deportar<br />
Mireya (Alice Braga), uma jovem mãe<br />
solteira trabalhando ilegalmente. Em<br />
uma ci<strong>da</strong>de repleta de latino-americanos,<br />
orientais, judeus, <strong>árabe</strong>s e australianos,<br />
a única coisa que os une é o sonho<br />
que compartilham de obter o visto<br />
de residência permanente.<br />
Um comovente depoimento sobre a<br />
vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s mulheres no Afeganistão sob a<br />
ótica <strong>da</strong> fotógrafa Harriet Logan, uma<br />
<strong>da</strong>s mais corajosas e polêmicas <strong>da</strong> Grã-<br />
-Bretanha. No livro, suas fotografias e o<br />
depoimento de suas personagens revelam<br />
o mundo destas mulheres a partir<br />
de retratos delas no interior de seus lares,<br />
através <strong>da</strong>s paisagens de Cabul destroça<strong>da</strong><br />
pela guerra e seus mercados atuais, novamente cheios de<br />
produtos de beleza. Esta espantosa jorna<strong>da</strong> através do texto e <strong>da</strong>s<br />
imagens abrirá os olhos dos leitores para o Afeganistão de ontem,<br />
de hoje e de amanhã.<br />
as flores de Kirkuk<br />
Livro Eventos<br />
O filme, dirigido por Fariborz<br />
Kamkari, conta a <strong>história</strong> de<br />
Sherko, um curdo, e Najla, pertencente<br />
a uma influente família <strong>árabe</strong>.<br />
O amor dos dois não é aceito pelos<br />
familiares, mas Najla decide fazer<br />
suas próprias escolhas, inclusive<br />
lutar pelo amor de Sherko, custe o<br />
que custar. Um drama emocionante<br />
e comovente.<br />
mulheres de Cabul mostra internacional do mundo Árabe<br />
O ICArabe (Instituto <strong>da</strong> Cultura Árabe), em parceria com o<br />
Sesc-SP, a prefeitura de São Paulo e a Cinemateca, realiza na capital<br />
paulista, entre 16 e 29 de junho, a 6ª Mostra Mundo Árabe<br />
de Cinema.<br />
Nesta edição serão apresentados filmes de países como Tunísia,<br />
Egito, Síria, Emirados Árabes, Iraque, Argélia, Marrocos,<br />
Palestina, etc. As exibições ocorrerão em algumas <strong>da</strong>s principais<br />
salas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de: CineSesc, Centro Cultural São Paulo, Cinemateca<br />
e Matilha Cultural.<br />
A mostra inclui produções premia<strong>da</strong>s como “Caindo por Terra”,<br />
“Filho <strong>da</strong> Babilônia”, “Ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong>”, “Outra Vez”, etc. Confira a<br />
programação completa no site: www.mundoarabe2011.icarabe.org
MAIO / JUNHO 2012 23
24 REVISTA ORIENTE