SOCIEDADE BROTERIANA - Biblioteca Digital de Botânica ...
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OBSERV. Eneontrandose estas duas espécies (form, flores vermelhas) do género<br />
Adonis nas vísihhanças <strong>de</strong> Lislioa, logar citado pelo dr. Brotero para o seu A. annua,<br />
é <strong>de</strong> toda a probabilida<strong>de</strong> que a ellas se referisse este auctor agrupandoas na sua<br />
espécie. Pela diagnose da Fl. Lusit. não po<strong>de</strong>mos pronuneiarnos por uma ou outra<br />
das duas, mas em todo o caso d'essa diagnose parece <strong>de</strong>duzirse differenças <strong>de</strong><br />
forma nos carpellos, o que para o caso é um ponto importante.—O sr. Bourgeau<br />
encontrou em 1853 nos arredores <strong>de</strong> Faro o A. <strong>de</strong>ntata Del. e é d'esta localida<strong>de</strong><br />
que é feita a citação portugueza na Fl. Hisp. do sr. Willkomm. O sr. Hochsteter<br />
também achou esta espécie nas visinhanças <strong>de</strong> Lisboa.<br />
IV. Anemone L. Gen. pl. η. 694<br />
34. A. nemorosa L. Cod. η. 4018; Brot. 1. c. p. 362; Gr. Godr. 1. c.<br />
p. 13; Wk. Lge. 1. c. p. 9i8; Rchb. Ic. 1. c. f. 4643 (Ranunculus silvarum<br />
Clus. hist. I, p. 247, fig. 12).<br />
Rosques e mattas sombrias da região montan. Entre Louzã e Miranda<br />
do Corvo e outras localida<strong>de</strong>s da Reira (Brot.). — peren. Març.Jun. (n. v.).<br />
Hab. na Hesp., Fr., Ingl., Scandin., Europ. med., Ital., Daim., Grec,<br />
Russ. austral. .<br />
OBSERV. Nas herborisações recentemente feitas pelos arredores da Louzã e Miranda<br />
não foi ainda encontrada a A. nemorosa L. citada por Brotero. Pela diagnose<br />
d'esté auctor não é possível <strong>de</strong>cidir se a sua, espécie pertencerá realmente á A.<br />
nemorosa L. ou á espécie portugueza, frequente ao norte do paiz, que em seguida<br />
passo a <strong>de</strong>screver e que é nova para a sciencia. Cito a A. nemorosa só com a auctorida<strong>de</strong><br />
do nosso distincto botânico.<br />
35. A. albida nob. [η. sp.], (A. trifolia Mach. Cat. meth. das pl. <strong>de</strong><br />
Portugal, p. 3 ; Henriq. Veget. da s. do Gerez, Boletim da Soe Brot. III,<br />
p. 222; A. nemorosa Mariz, Esp. distrib. Soc. Brot. 1884, n. 729.—<br />
Gracilis, parce pubescens, rhizomate horisontali cylindrico flexuoso, squammato,<br />
squammis undulatomembranaceis; foliis basilaribustrifoliolatis, foliolis<br />
ovalibus vel ovatolanceolatis incisoserratis ; involucrantibus breviter petiolatis<br />
ternatiseclis, segmentis subsessilibus, incisoserratis, pubescentibus,<br />
medio oblongo lanceolato acuminato basi attenuato, lateralibus lanceolatis<br />
acuminatis ; scapis erectis 712 cm. 1. unifions, flore 2,53 cm. diam. in<br />
pedicello pubescente cernuo, sepalis 78 oblongis obtusis glabris albidis<br />
vel dilute roseis et extus sub anthesin lilacineis, staminibus 46 mm. 1.,<br />
filamentis filiformibus, antheris albis; carpellis maturis 2035, gynophoro<br />
hemispherico insertis, ovalibus, pubescentibus in stylum recurvatum abrupte<br />
attenualis.—Folia basilaria post anthesin nascentia. (Vid. Est. II.)<br />
Prados, pastagens, sitios húmidos, mattas das regiões submontan, e<br />
montan. Serra do Gerez : Leonte, Caldas (Henriq., A. Tait), Cabeceiras<br />
<strong>de</strong> Basto (D. Μ· Henriq,), Leça do Balio (Casimiro), S. Pedro da Cova