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AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO DURANTE A GESTAÇÃO - UFSM

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à atuação da progesterona sobre o tronco cerebral que compromete a condução<br />

auditiva no complexo olivar superior.<br />

UCHIDE et al. (1997), descreveram a evolução de um caso clínico de Doença<br />

de Menière antes, durante e após a gestação. Os autores sugeriram que a<br />

coincidência de haver declínio na osmolaridade e aumento de ataques de vertigem<br />

comprova a influência da gestação na Doença de Menière. Portanto, mudanças no<br />

fluido osmótico podem afetar a orelha interna durante a gestação.<br />

Para NISKA et al. (1997) o aumento do útero, das mamas, do volume<br />

sanguíneo e a retenção hídrica são responsáveis pelo peso ganho durante a<br />

gestação. A média recomendada de ganho de peso durante esse período é de 12<br />

kg, podendo haver uma grande variação, observando-se que apenas 30-40% das<br />

gestantes ganham peso dentro do esperado. Aproximadamente metade desse peso<br />

é ganho na área abdominal anterior à linha de gravidade.<br />

BITTAR (1999) refere que durante a gravidez há variação significativa da<br />

resposta vestibular. No início da gestação observa-se sensibilização da audição,<br />

com melhora da audição e diminuição do limiar de excitabilidade labiríntica,<br />

semelhante ao que ocorre no uso prolongado de contraceptivos orais. As alterações<br />

vestibulares normalizam-se ao longo do período gestacional, o que sugere que há<br />

habituação labiríntica, enquanto que a audição continua estável. É descrito na<br />

literatura existir aumento do campo auditivo na gestante, devido à melhor limiar<br />

auditivo, sugerindo comprometimento do tronco cerebral que é atribuído ao edema<br />

característico nessa fase. Segundo a autora, pode ainda ocorrer agravamento de<br />

quadros pré-existentes conseqüentes à retenção hídrica, como na Síndrome de<br />

Menière. A gestação precipita o aparecimento de crises de tonturas, plenitude<br />

auricular e zumbido, possivelmente por alterar gradientes osmóticos no labirinto<br />

membranoso em conseqüência da diminuição da osmolaridade sérica.<br />

TSUNODA, TAKAHASHI, TAKANOSAWA & SHIMOJI (1999) pesquisaram a<br />

presença de queixas auditivas durante a gestação. O grupo estudo foi composto por<br />

225 gestantes saudáveis e o grupo controle por 29 mulheres saudáveis que nunca<br />

engravidaram. Os dois grupos foram questionados sobre problemas auditivos e para<br />

as gestantes foram realizadas ainda medidas do nível de hemoglobina no sangue e<br />

da pressão arterial. Os resultados do questionário mostraram que 24,9% das<br />

gestantes referiram problemas auditivos: plenitude auricular, zumbido e/ou autofonia,<br />

mas após o parto todos os sintomas desapareceram. Nas mulheres do grupo<br />

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