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AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO DURANTE A GESTAÇÃO - UFSM

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aumento de produção do estrogênio e da progesterona que ocorre durante a<br />

gravidez causa aumento de 6,5 l do fluído extracelular e 1,2 l do fluído intracelular.<br />

Como resultado dessa mudança osmótica ocorre retenção de água e sódio. Assim a<br />

retenção de fluídos durante a gestação afeta o sistema auditivo neurossensorial e<br />

pode causar mudanças nos níveis de audição.<br />

GURR, OWEN, REID & CANTER (1993) investigaram a presença de zumbido<br />

em gestantes, através de um questionário. Para o grupo controle foram avaliadas<br />

mulheres de mesma idade e não grávidas. Das gestantes 25% relataram zumbido e<br />

do grupo controle 11% das mulheres. O resultado mostrou que existe aumento na<br />

prevalência de zumbido nas gestantes quando comparadas com mulheres não<br />

grávidas.<br />

BITTAR et al. (1995) reafirmando a influência de hormônios no organismo,<br />

submeteram um grupo de 17 gestantes normais à avaliação do sistema vestibular<br />

através da Prova Rotatória Pendular Decrescente (PRPD). Os limiares de<br />

excitabilidade foram significativamente menores no primeiro trimestre de gestação e<br />

pode-se observar aumento significativo da preponderância direcional com relação à<br />

freqüência dos batimentos nistágmicos durante todo o período gestacional,<br />

demonstrando maior sensibilidade a pequenos estímulos vestibulares quando<br />

comparado ao grupo controle (dez indivíduos do sexo masculino) e comprovando<br />

uma disfunção labiríntica durante a gestação normal, principalmente no primeiro<br />

trimestre, provavelmente secundária à ação hormonal. O ouvido interno, que<br />

vivencia complexas alterações metabólicas, reage a pequenos estímulos de<br />

aceleração, o que não pode ser observado com o avançar da gestação. De acordo<br />

com os autores tal fato ocorre por existir habituação labiríntica durante o período,<br />

uma vez que as variações hormonais continuam existindo. A partir do segundo<br />

trimestre observou-se uma tendência à normalização da excitabilidade labiríntica,<br />

mas continua havendo preponderância direcional durante a gestação. Esse achado<br />

não indica o local afetado, responsável pelas alterações, podendo ser no sistema<br />

nervoso central ou no órgão periférico, mas demonstra que a gestante continua<br />

sensível à influência hormonal na orelha interna.<br />

Conforme BITTAR, SANCHEZ, ALMEIDA & BENSADON (1997) é descrito na<br />

literatura haver aumento do campo auditivo na gestante, caracterizado por melhor<br />

limiar auditivo e valor normal do reflexo estapediano. O efeito parece ser secundário<br />

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