23.02.2013 Views

TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio

TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio

TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

frontalmente condenada por toda a filosofia da reforma da capital,<br />

mas que na prática é aceita por políticos e cientistas.<br />

Novas comunidades se formam, <strong>no</strong> morro de São Carlos e <strong>no</strong><br />

da Mangueira, favelas se espalham por todos os morros do Centro<br />

e em sua volta, e na Zona Sul da cidade, ocupadas por gente que<br />

vinha de todas as partes, e que pouco a pouco ganharia unidade<br />

através de <strong>no</strong>vas formas de organização saídas da atividade<br />

religiosa e dos grupos festeiros. As favelas cariocas, mitos e<br />

manchas da cidade. A proposta de “se civilizar” de um setor<br />

dominante da população, associada à sua necessidade de mão-de-<br />

obra barata para os objetivos e a manutenção “do progresso”,<br />

definia na prática uma <strong>no</strong>va ecologia social na cidade, um <strong>no</strong>vo<br />

<strong>Rio</strong> de Janeiro subalter<strong>no</strong>, não mais o dos escravos, mas o das<br />

favelas e dos subúrbios que se expande em proporções inéditas,<br />

que se forma longe do relato dos livros e dos jornais, afastado e<br />

temido, visto como primitivo e vexatório. A cidade se reforma. A<br />

cidade se transforma. A cidade se transtorna. O <strong>Rio</strong> de Janeiro<br />

moder<strong>no</strong>. [pg. 61]

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!