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TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio

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italia<strong>no</strong>s e espanhóis.<br />

Em 1886, foi aberto ao tráfego o primeiro trecho da <strong>Rio</strong> de Janeiro<br />

Northern Railway Company, posteriormente chamada Leopoldina,<br />

ligando São Francisco Xavier à estação de Meriti, da qual se origi<strong>no</strong>u a<br />

cidade de Duque de Caxias. Em seu eixo surgiram Bonsucesso,<br />

Ramos, Olaria, Penha, Brás de Pina, Cordovil, Parada de Lucas e<br />

Vigário Geral; Bonsucesso foi o núcleo que inicialmente mais<br />

prosperou, Ramos veio a ser um empório comercial e um dos centros<br />

de maior atividade na zona da Leopoldina. A Estrada de Ferro<br />

Melhoramentos, incorporada em 1903 à Central, com o <strong>no</strong>me de Linha<br />

Auxiliar, ligou em 1893 Mangueira a Deodoro; cinco a<strong>no</strong>s depois,<br />

foram inauguradas as estações de Vieira Fazenda, Del Castilho, Mag<strong>no</strong><br />

e Barros Filho (Brasil Gerson, A história das ruas do <strong>Rio</strong> de Janeiro).<br />

Com a melhoria dos transportes, são muitos os que se<br />

mudam para os subúrbios antes ocupados pela aristocracia com<br />

suas chácaras agrícolas e para o regalo dos fins de semana, pelas<br />

propriedades da Igreja, ou ainda por um embrião da pequena<br />

classe média carioca, proprietária de lotes me<strong>no</strong>res, assalariados<br />

que desfrutando de relativa estabilidade de trabalho, podiam arcar<br />

com os custos do transporte para seus empregos <strong>no</strong> Centro. Como<br />

as <strong>no</strong>vas linhas e o realismo do “bota abaixo” a cidade se expande<br />

para o <strong>no</strong>rte como local para a moradia de sua população mais<br />

humilde que cresce em grande número com as <strong>no</strong>vas levas de<br />

migrantes, o que cria problemas em relação ao transporte da<br />

massa operária suburbana e a seu custo, ainda hoje não<br />

resolvidos.<br />

Segundo Lima Barreto, em Clara dos Anjos, o subúrbio era o<br />

infer<strong>no</strong> dos “ascendentes”, daqueles que lamentavam sua<br />

decadência e ansiavam por um futuro fugidio. [pg. 58]<br />

São operários, peque<strong>no</strong>s empregados, militares de todas as patentes,<br />

inferiores de milícas prestantes, funcionários públicos, e gente que,

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