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TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio

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só pra sair naqueles negócios de festas. Na cabeça, quando ela ia<br />

nessa festa, minha mãe é quem penteava ela, fazia aqueles<br />

penteados assim. Ela não botava torso não. Só botava aquelas<br />

saias e aqueles xales ‘de tuquim’ que se chamava. Tinha muita<br />

[pg. 161] baiana mesmo que tinha casa e tudo que tinha inveja<br />

dela, mas ela acabava na beira do fogão fazendo doces”.<br />

D. Lili (Licínia da Costa Jumbeba)<br />

“Minha vó era a voz suprema, quando ela dizia qualquer coisa<br />

ninguém respondia nada, porque todo mundo gostava dela, ela<br />

tinha qualquer coisa que a palavra dela era uma ordem e todo<br />

mundo respeitava.”<br />

Bucy Moreira<br />

Mangue mais Veneza americana do que Recife<br />

Cargueiros atracados nas docas do canal Grande<br />

O morro do Pinto morre de espanto<br />

Passam estivadores de torso nu suando facas de ponta<br />

Café baixo<br />

Trapiches alfandegários<br />

Catraias de abacaxis e de bananas<br />

A Light fazendo crusvaltina com resíduos de coque<br />

Há macumbas <strong>no</strong> piche<br />

Eh cagira mia pai<br />

Eh cagira<br />

Houve tempo em que a Cidade Nova era mais subúrbio do que<br />

todas as Meritis da Baixada<br />

Pátria amada idolatrada de empregadinhos de repartições públicas<br />

Gente que vive porque é teimosa<br />

Cartomantes da rua Carmo Neto

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