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TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio

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da figura impressionante de sua avó e dos carurus e vatapás que<br />

ela fazia. Ainda moço, aposentado pela Central do Brasil, tinha<br />

mais vagar na sua vida entre o subúrbio e as obrigações regulares<br />

com a irmandade, onde conquistara o posto que exercia com<br />

orgulho e responsabilidade. Quando se refere a seus tempos de<br />

moço afirma de antemão: “Não tinha essa coisa de racismo não,<br />

qualquer um arrumava emprego” Muito cedo, como era de praxe<br />

entre os seus, com 14 a<strong>no</strong>s, começa a trabalhar,<br />

Santana (o terceiro em pé da direita para a esquerda) e seu time de futebol. Álbum de<br />

família.<br />

(...) e era comum pro home, compreendeu? Quer dizer que já<br />

procurava seguir o caminho da vida. Eu [pg. 149] trabalhava na<br />

fábrica de calçado, compreendeu? Escuta essa! Quer dizer que então<br />

era um lugar que não tinha carteira assinada, não tinha nada, tanto é<br />

que eu trabalhei sem tirar uma féria. Eu me lembro como se fosse<br />

hoje, trabalhei aqui na rua do Lavradio, com o falecido seu Armando.<br />

Ele me explorou, quer dizer, meu irmão vendo isso, meu irmão já<br />

trabalhava na Central, vendo isso disse: “olha aí, eu vou arrumar pra<br />

você trabalhar na Central, você vai ser maquinista”. Eu ainda

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