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Capa da partitura Ai, si a rolinha, sinhô,<br />
sinhô. In: Almirante, op.cit., s.n.p.<br />
do museu, Museu da Imagem e do Som/RJ).<br />
à <strong>no</strong>va realidade encontrada<br />
na cidade do <strong>Rio</strong> de Janeiro.<br />
Donga, seu “autor”, pivô de<br />
uma interminável polêmica,<br />
se referia ao fato numa<br />
entrevista ao Museu da<br />
Imagem e do Som: “O episódio<br />
foi muito comentado. Isso dá<br />
samba, pensei eu. Escolhido<br />
um motivo melódico folclórico<br />
dos muito existentes, dei-lhe<br />
um desenvolvimento<br />
adequado e pedi ao repórter<br />
Mauro de Almeida que fizesse<br />
a letra” (Entrevista de Donga,<br />
em As vozes desassombradas<br />
De acordo, entretanto, com grande parte dos cronistas<br />
musicais e pesquisadores, entre os quais o considerado Almirante,<br />
o tema em voga teria sido desenvolvido, como tantos outros, na<br />
casa de Tia Ciata, numa das freqüentes rodas de samba,<br />
presentes, além da dona da casa, seu genro Germa<strong>no</strong>, o “xará”<br />
Hilário Jovi<strong>no</strong>, e outros. Em sua versão inicial como partido, e<br />
portanto aberto às improvisações, esse samba foi cantado “solto<br />
como um pássaro” até 1916 <strong>no</strong>s pagodes, quando, mantida a sua<br />
atualidade pela crônica questão do jogo na cidade e já com o <strong>no</strong>vo<br />
chefe de polícia Aureli<strong>no</strong> Leal, Donga lhe teria dado um<br />
desenvolvimento definitivo com uma letra fixada pelo jornalista<br />
Mauro de Almeida, o conhecido carnavalesco Peru dos Pés Frios.<br />
Ainda de acordo com Almirante, o samba já em sua versão