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mi<strong>no</strong>ria proletarizadas, sob a liderança inicial dos anarquistas, se<br />
organizam em sindicatos e convenções trabalhistas, grande parte<br />
do povão carioca que se desloca do cais pra Cidade Nova, pro<br />
subúrbio e pra favela, predominantemente negro e mulato,<br />
também se organiza politicamente, em seu sentido extenso, a<br />
partir dos centros religiosos e das organizações festeiras. Assim,<br />
são essas negras, que ganham respeito por suas posições centrais<br />
<strong>no</strong> terreiro e por sua participação conseqüente nas principais<br />
atividade do grupo, que garantem a permanência das tradições<br />
africanas e as possibilidades de sua revitalização na vida mais<br />
ampla da cidade.<br />
Zé-pereira. In: Luiz Edmundo, O <strong>Rio</strong> de<br />
Janeiro do meu tempo. <strong>Rio</strong> de Janeiro,<br />
Conquista, 1957, 5v., v.4, p.769.<br />
Outras tias também<br />
fizeram a história da <strong>Pequena</strong><br />
África. Tia Perpétua, que<br />
morou na rua de Santana,<br />
Tia Veridiana, mãe do Chico<br />
Baia<strong>no</strong>, Calu Boneca, outra<br />
mãe-de-santo, Maria Amélia,<br />
Rosa Olé, da Saúde, Sadata<br />
da Pedra do Sal, que foi uma<br />
das fundadoras do Rei de<br />
Ouro com Hilário Jovi<strong>no</strong>, o<br />
primeiro rancho organizado<br />
<strong>no</strong> <strong>Rio</strong> de Janeiro. Tia<br />
Mônica, mãe de d. Carmem<br />
do Xibuca, Tia Gracinda, que<br />
foi mulher do Didi, citada até<br />
hoje como Didi da Gracinda, era do candomblé mas mulher do<br />
formoso Assuma<strong>no</strong> Mina do Brasil, negro malê, mas não vivia com<br />
ele, porque suas leis do culto islâmico impediam. Contam que o