TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio
TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio
1870 en las orillas del Río de la Plata: en Montevideo y al otro lado en el barrio la Boca de Buenos Aires, en los Corrales y el Retiro, donde había remanentes de ascendencia cultural africana. Hacia la misma época aparecen el maxixe en la “Pequeña África de Rio de Janeiro” bajo influencias bahianas en la Cidade Nova (Alejandro Ulloa Sanmiguel, em Modernidad y música popular en América Latina). [pg. 84] Alejo fala do encontro sincrético de três mundos, Europa, África e América, chamando atenção, além da sincronicidade, para as outros pontos em comum entre esses diversos fenômenos de cultura urbana de forte presença negra: da passagem através da indústria cultural de signos de uma cultura estigmatizada para seu reconhecimento como cultura nacional, e do papel do lumpenzinato. Marx y Engel no previeron (y nos tenían por que hacerlo) que en el nuevo mundo esas camadas inferiores del lumpenproletariado conformaban un potencial creativo de cultura popular y que en esa cultura que producían había también lucha y resistencia contra la dominación, sen que aparecian explicitamente bajo la dirección de um partido político de classe. Y debemos insistir en el hecho de que, por lo menos en América, desde el norte hasta el sur, desde Nueva Orléans y Chicago hasta Río de Janeiro y Buenos Aires pasando, claro está, por Santiago de Cuba, Matanzas y La Habana, fueron esos lumpenproletariados, y nunca las classes medias ni la burguesia, los que crearon una cultura musical que aunque hoy es usufructuada por la cultura hegemónica transnacional, en sus orígenes surgió de los conflictos y la lucha por subrevivir em um medio decididamente hostil (id., ib.). No sentido de se pensar em situações estruturais generalizáveis nessas diversas cidades, a história de Tia Ciata ressalta a importância naquele momento, ao lado da radicalidade da marginália, da tradição de grupos étnicos que dispersos familiarmente pela escravatura se reorganizavam à partir das
tradições religiosas de nação. E dessa química entre setores familísticos tradicionalistas com a malandragem rejeitada pela sociedade oficial e por seu mercado de trabalho, aproximados pela subalternização e depois pelos interesses dos empresários dos espetáculos-negócio, a certeza do papel especialíssimo e paradoxal desempenhado pela indústria cultural no Terceiro Mundo, ou nos guetos do Primeiro, na construção da modernidade. Mas isso já é assunto de um outro livro.* * Estou trabalhando no livro Os pioneiros negros do espetáculo-negócio na reinvenção do Rio de Janeiro, que termino pela metade de 95. Espero! (N. do A.) [pg. 85]
- Page 67 and 68: higiene e do saneamento urbano defi
- Page 69 and 70: airros na orla do mar, a luz sendo
- Page 71 and 72: aproveitada pelos proprietários e
- Page 73 and 74: que determinava: Cortiço existente
- Page 75 and 76: Quitanda na esquina da rua do Resen
- Page 77 and 78: sua ocupação era difícil nos pri
- Page 79 and 80: nessa área onde, já então na vir
- Page 81 and 82: italianos e espanhóis. Em 1886, fo
- Page 83 and 84: se tornam parceiras do Estado na re
- Page 85 and 86: O morro da Providência na Gamboa f
- Page 87 and 88: VIDA DE SAMBISTA E TRABALHADOR Vend
- Page 89 and 90: subemprego que margeiam as ocupaç
- Page 91 and 92: mão-de-obra. Muitos não procurari
- Page 93 and 94: valendo-se de sua força de trabalh
- Page 95 and 96: da Imagem e do Som: “Sou do tempo
- Page 97 and 98: Janeiro. Um dos pontos fundamentais
- Page 99 and 100: trazer. O Recreio das Flores era do
- Page 101 and 102: sombra das casas patriarcais se ini
- Page 103 and 104: as concepções estigmatizantes tiv
- Page 105 and 106: de divertimentos, os dias do entrud
- Page 107 and 108: que não continuar a cadeia das hip
- Page 109 and 110: dramatizações processionais, se e
- Page 111 and 112: dançar que, vinda de setores popul
- Page 113 and 114: A capital nacional crescia e se sof
- Page 115 and 116: João da Baiana, um dos talentos qu
- Page 117: Palais era um tal de Mesquita (viol
- Page 121 and 122: moradia aos que vão chegando, o qu
- Page 123 and 124: cidade, em geral esquecido pelo jor
- Page 125 and 126: a forma dionisíaca com que o negro
- Page 127 and 128: nos esperados encontros com grupos
- Page 129 and 130: olo. (...) Os mestres são como on
- Page 131 and 132: dos implacáveis, capaz de se valer
- Page 133 and 134: as baianas da época gostavam de da
- Page 135 and 136: minoria proletarizadas, sob a lider
- Page 137 and 138: na rua da Alfândega, 304. Seu nome
- Page 139 and 140: dias estava curado. Quando ele tiro
- Page 141 and 142: fundando o Ilê Axé Opô Afonjá,
- Page 143 and 144: marca situações cerimoniais como
- Page 145 and 146: mas não era cantora, mas era uma m
- Page 147 and 148: Depois de uma sala de visitas ampla
- Page 149 and 150: amendoim, dendê, creme de milho, c
- Page 151 and 152: “Cê besta, nêgo!” Desenho de
- Page 153 and 154: progressivamente se integraria, a p
- Page 155 and 156: AS BAIANAS NA FESTA DA PENHA Saía
- Page 157 and 158: quase a dançar também, olhando o
- Page 159 and 160: polícia de então e intimados a ir
- Page 161 and 162: culturalmente despreparado e intole
- Page 163 and 164: Não é assim Que se maltrata uma m
- Page 165 and 166: partir da popularização do rádio
- Page 167 and 168: A POLÊMICA DO PELO TELEFONE (...)
1870 en las orillas del Río de la Plata: en Montevideo y al otro lado en<br />
el barrio la Boca de Bue<strong>no</strong>s Aires, en los Corrales y el Retiro, donde<br />
había remanentes de ascendencia cultural africana. Hacia la misma<br />
época aparecen el maxixe en la “Pequeña África de <strong>Rio</strong> de Janeiro” bajo<br />
influencias bahianas en la Cidade Nova (Alejandro Ulloa Sanmiguel,<br />
em Modernidad y música popular en América Latina). [pg. 84]<br />
Alejo fala do encontro sincrético de três mundos, Europa,<br />
África e América, chamando atenção, além da sincronicidade, para<br />
as outros pontos em comum entre esses diversos fenôme<strong>no</strong>s de<br />
cultura urbana de forte presença negra: da passagem através da<br />
indústria cultural de sig<strong>no</strong>s de uma cultura estigmatizada para<br />
seu reconhecimento como cultura nacional, e do papel do<br />
lumpenzinato.<br />
Marx y Engel <strong>no</strong> previeron (y <strong>no</strong>s tenían por que hacerlo) que en el<br />
nuevo mundo esas camadas inferiores del lumpenproletariado<br />
conformaban un potencial creativo de cultura popular y que en esa<br />
cultura que producían había también lucha y resistencia contra la<br />
dominación, sen que aparecian explicitamente bajo la dirección de um<br />
partido político de classe. Y debemos insistir en el hecho de que, por lo<br />
me<strong>no</strong>s en América, desde el <strong>no</strong>rte hasta el sur, desde Nueva Orléans y<br />
Chicago hasta Río de Janeiro y Bue<strong>no</strong>s Aires pasando, claro está, por<br />
Santiago de Cuba, Matanzas y La Habana, fueron esos<br />
lumpenproletariados, y nunca las classes medias ni la burguesia, los<br />
que crearon una cultura musical que aunque hoy es usufructuada por<br />
la cultura hegemónica transnacional, en sus orígenes surgió de los<br />
conflictos y la lucha por subrevivir em um medio decididamente hostil<br />
(id., ib.).<br />
No sentido de se pensar em situações estruturais<br />
generalizáveis nessas diversas cidades, a história de Tia Ciata<br />
ressalta a importância naquele momento, ao lado da radicalidade<br />
da marginália, da tradição de grupos étnicos que dispersos<br />
familiarmente pela escravatura se reorganizavam à partir das