23.02.2013 Views

TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio

TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio

TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

GEOGRAFIA MUSICAL DA CIDADE<br />

Maxixe carioca. In: Luiz Edmundo, op. cit.,<br />

v.2, p.284.<br />

ELA:<br />

O maxixe aristocrático<br />

Ei-lo que desbancará<br />

Valsas, polcas e quadrilhas<br />

Quantas outras danças há.<br />

ELE:<br />

Nas salas de um pólo ao outro<br />

Quem dançar bem capricho,<br />

Dentro de pouco dengoso,<br />

Só dançará o maxixe.<br />

OS DOIS:<br />

Mexe, mexe, mexe e remexe<br />

De prazer vamos dançar!<br />

e requebrar<br />

Vamos de gosto quebrar<br />

Vamos de gosto quebrar<br />

ELA:<br />

Nobres, plebeus e burgueses,<br />

Caso é verem-<strong>no</strong> dançar!<br />

Tudo acabará em breve<br />

Por, com fúria, maxixar!<br />

Mexe, mexe, mexe<br />

e remexe<br />

De prazer vamos dançar!<br />

Aí, sim, dançar! [pg. 75]<br />

Maxixe aristocrático do maestro de teatro José Nunes, cantado e<br />

dançado pela dupla Pepa Delgado e Marzulo na revista Cá e LA, estreada na<br />

praça Tiradentes em 1904, gravada na Odeon pela própria Pepa e Alfredo<br />

Silva.<br />

A complexidade crescente da cidade do <strong>Rio</strong> de Janeiro e a<br />

diversificação social de sua população geraria <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s do<br />

século um público <strong>no</strong>vo, a quem não mais satisfaria, em sua ânsia

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!