SuperfamÃlia ICHNEUMONOIDEA - Acervo Digital de Obras Especiais
SuperfamÃlia ICHNEUMONOIDEA - Acervo Digital de Obras Especiais SuperfamÃlia ICHNEUMONOIDEA - Acervo Digital de Obras Especiais
70 INSETOS DO BRASIL picua massa cotonosa, de fios de sêda branca, de alguns centímetros de comprimento, no meio da qual tecem ou não casulos individuais que assim ficam mais protegidos que os casulos formados simplesmente sôbre o corpo da vítima (fig. 38). Em tais Apanteles as larvas, criadas n'uma só lagarta. geralmente se congregam em grande quantidade, não raro superior a 1.000 indivíduos. Evidentemente êstes, ou se originam de igual número de ovos depostos pela fêmea do parasito, ou os ovos desta, depositados em menor número, por poliembrionia, dão origem a essa enorme quantidade de indivíduos. Casos análogos de poliembrionia ocorrem normalmente em espécies de Macrocentrus Curtis (Macrocentrinae) (v. o trabalho de PARKER (1931) relativo à M. gifuensis Ashmead. 1906 e as contribuições de DANIEL (1932) e de HAEUSSLER (1933) referentes à M. ancylivorus Rowher, 1923. Comportamento curioso observa-se em larvas de Meteorus Haliday (Euphorinae) que, ao abandonarem o corpo do hospedeiro, ficam suspensos a qualquer suporte por fio de sêda, as vêzes com mais de um decímetro de comprimento, na extremidade do qual tecem o casulinho. Na maioria dos casos de parasitismo por larvas de Braconideos, estas, durante algum tempo, parecem não prejudicar a vida da larva hospedadora, que continua a alimentar-se. não raro exibindo voracidade e atividade algo superiores a das larvas não infestadas. Isto porque aquelas se desenvolvem primeiramente no tecido célulo-adiposo da cavidade geral do corpo, poupando os principais órgãos vitais do hospedeiro. Só quando atingem o último estádio é que atacam e destróem também criaram. êsses órgãos, causando a morte do ser em que se Via de regra, observa-se nos Braconideos, a especificidade parasitária, isto é, os de uma determinada espécie só se desenvolvem exclusivamente n'uma espécie de hospedador. Todavia, há Braconideos que podem parasitar duas ou mais espécies de hospedadores; são, pois, polifagos.
HYMENOPTERA 71 As larvas dos Braconideos, como as de outros microhimenopteros parasitos, apresentam aspectos os mais variados. Via de regra, as larvas primárias, como nos demais Hime- nopteros parasitos, diferem notàvelmente das do último está- dio, estas geralmente de tipo vermoide. CLAUSEN (1940), em seu livro "Entomophagous Insects", tratando dos Braconideos, apresenta figuras e descrições, acompanhadas de dados etológicos, relativos à forma dos ovos e das larvas, observados pelos autores que se ocuparam com várias espécies desta família. Como em outros microhimenopteros, observa-se, normalmente, na reprodução de vários gêneros de Braconideos, a partenogênese arrenótoca. Ocasionalmente, porém, WHITING (1912) verificou a ocor- rência da partenogênese deuterótoca em fêmeas de Bracon hebetor Say, 1836, na qual, de uma fêmea virgem, se originam indivíduos dos dois sexos. Os Bracondeos adultos alimentam-se de fluídos de natu- reza vegetal. Muitos dêles porém, como fazem Calcidideos, in- gerem a hemolinfa que escorre através do orifício deixado pelo ovipositor por ocasião da postura. 27. Importância econômica - Os Braconideos, como os Calcidideos e alguns Icneumonideos desempenham papel sa- liente no contrôle biológico dos inimigos das plantas. Como exemplo, basta lembrar a importância das espécies do gênero Opius Wesmael (Opiinae) no combate à várias moscas de frutas. Excetuando Perilitus coccinellae (Schrank, 1802) (Me- teorinae), espécie cosmopolita e parasita de várias "joani- nhas" adultas (Coccinellidae) e por isto considerada inimigo natural dêstes Coleopteros predadores, os demais Braconideos são realmente insetos nossos auxiliares no contrôle biológico de várias pragas. Na relação, que adiante apresento, acham-se distribuídas, pelas várias sibfamílias, as espécies observadas no Brasil e em países vizinhos com os respectivos hospedeiros conhecidos.
- Page 9 and 10: HYMENOPTERA 19 5. Importância econ
- Page 11 and 12: HYMENOPTERA 21 PAMPEL, W. 1914 - Di
- Page 13 and 14: HYMENOPTERA 23 RICHARDS & DAVIES (1
- Page 15 and 16: 4(3') - 4' - HYMENOPTERA 25 ciolo;
- Page 17 and 18: HYMENOPTERA 27 FOERSTER, A. 1868 -
- Page 19 and 20: HYMENOPTERA 29 TOWNES H. K. 1946 -
- Page 21 and 22: HYMENOPTERA 31 A tribo foi bem estu
- Page 23 and 24: HYMENOPTERA 33 SZÉPLIGETI, G. 1903
- Page 25 and 26: HYMENOPTERA 35 Brachycyrtus crossi
- Page 27 and 28: HYMENOPTERA Do gênero Mesostenus G
- Page 29 and 30: HYMENOPTERA 39 Pyrrhocryptus fumatu
- Page 31 and 32: HYMENOPTERA MYERS, J. G. 1931 - Des
- Page 33 and 34: HYMENOPTERA Fig. 13 - Asas de Hemip
- Page 35 and 36: HYMENOPTERA 45 Cecidopimpla ronnai
- Page 37 and 38: HYMENOPTERA 47 BORDAS, L. 1917 - An
- Page 39 and 40: HYMENOPTERA 49 LIMA, A. DA COSTA 19
- Page 41 and 42: TOWNES, H. & MARJORIE 1960 - (V. bi
- Page 43 and 44: HYMENOPTERA 53 BaIcarcia bergi Brè
- Page 45 and 46: HYMENOPTERA 55 Neonortoniella plusi
- Page 47 and 48: HYMENOPTERA 57 BLANCHARD, E. E. 194
- Page 49 and 50: HYMENOPTERA 59 LIMA, A. DA COSTA 19
- Page 51 and 52: Cito apenas Diplazon laetatorius (F
- Page 53 and 54: HYMENOPTERA 63 Família AGRIOTYPIDA
- Page 55 and 56: HYMENOPTERA 65 Nas espécies do gru
- Page 57 and 58: HYMENOPTERA 67 sp. N. Amer.) e em a
- Page 59: HYMENOPTERA 69 As de Microctonus We
- Page 63 and 64: HYMENOPTERA 73 SEURAT, L. G. 1898 -
- Page 65 and 66: 3 ' 4(3') - 4' 5(3') - 5' - 6(5) -
- Page 67 and 68: 17 (16) 17' 18(16') 18' 19(18') 19'
- Page 69 and 70: HYMENOPTERA 79 FAHRINGER, J. 1930 -
- Page 71 and 72: HYMENOPTERA 81 B. cecidophilus K. &
- Page 73 and 74: HYMENOPTERA 83 C. brasiliensis Kief
- Page 75 and 76: HYMENOPTERA 85 CUSHMAN, R. A. 1914
- Page 77 and 78: HYMENOPTERA 87 MUNRO, J. W. 1917 -
- Page 79 and 80: HYMENOPTERA 89 alar, é perfeitamen
- Page 81 and 82: HYMENOPTERA 91 pilus Haliday (Doryc
- Page 83 and 84: HYMENOPTERA 93 Fig. 34 - Rogas sp.
- Page 85 and 86: HYMENOPTERA 95 PIZA JR., S. DE TOLE
- Page 87 and 88: HYMENOPTERA 97 amarela, ocracea ou
- Page 89 and 90: C. bourquini Blanchard, 1939; hosp.
- Page 91 and 92: HYMENOPTERA 101 WISHART, G. 1958 -
- Page 93 and 94: HYMENOPTERA 103 obtidos por SAUER e
- Page 95 and 96: HYMENOPTERA 105 A. galleriae Wilkin
- Page 97 and 98: HYMENOPTERA 107 BLANCHARD, E. E. 19
- Page 99 and 100: HYMENOPTERA 109 MUESEBECK, C. F. W.
- Page 101 and 102: HYMENOPTERA 111 As asas nesta subfa
- Page 103 and 104: HYMENOPTERA 113 46. Caracteres, etc
- Page 105 and 106: HYMENOPTERA 115 Acham-se classifica
- Page 107 and 108: HYMENOPTERA 117 Segundo observaçã
- Page 109 and 110: HYMENOPTERA 119 PORTER, C. E. 1936
HYMENOPTERA 71<br />
As larvas dos Braconi<strong>de</strong>os, como as <strong>de</strong> outros microhimenopteros<br />
parasitos, apresentam aspectos os mais variados.<br />
Via <strong>de</strong> regra, as larvas primárias, como nos <strong>de</strong>mais Hime-<br />
nopteros parasitos, diferem notàvelmente das do último está-<br />
dio, estas geralmente <strong>de</strong> tipo vermoi<strong>de</strong>.<br />
CLAUSEN (1940), em seu livro "Entomophagous Insects",<br />
tratando dos Braconi<strong>de</strong>os, apresenta figuras e <strong>de</strong>scrições,<br />
acompanhadas <strong>de</strong> dados etológicos, relativos à forma dos ovos<br />
e das larvas, observados pelos autores que se ocuparam com<br />
várias espécies <strong>de</strong>sta família.<br />
Como em outros microhimenopteros, observa-se, normalmente,<br />
na reprodução <strong>de</strong> vários gêneros <strong>de</strong> Braconi<strong>de</strong>os, a<br />
partenogênese arrenótoca.<br />
Ocasionalmente, porém, WHITING (1912) verificou a ocor-<br />
rência da partenogênese <strong>de</strong>uterótoca em fêmeas <strong>de</strong> Bracon<br />
hebetor Say, 1836, na qual, <strong>de</strong> uma fêmea virgem, se originam<br />
indivíduos dos dois sexos.<br />
Os Bracon<strong>de</strong>os adultos alimentam-se <strong>de</strong> fluídos <strong>de</strong> natu-<br />
reza vegetal. Muitos dêles porém, como fazem Calcidi<strong>de</strong>os, in-<br />
gerem a hemolinfa que escorre através do orifício <strong>de</strong>ixado<br />
pelo ovipositor por ocasião da postura.<br />
27. Importância econômica - Os Braconi<strong>de</strong>os, como os<br />
Calcidi<strong>de</strong>os e alguns Icneumoni<strong>de</strong>os <strong>de</strong>sempenham papel sa-<br />
liente no contrôle biológico dos inimigos das plantas. Como<br />
exemplo, basta lembrar a importância das espécies do gênero<br />
Opius Wesmael (Opiinae) no combate à várias moscas <strong>de</strong><br />
frutas.<br />
Excetuando Perilitus coccinellae (Schrank, 1802) (Me-<br />
teorinae), espécie cosmopolita e parasita <strong>de</strong> várias "joani-<br />
nhas" adultas (Coccinellidae) e por isto consi<strong>de</strong>rada inimigo<br />
natural dêstes Coleopteros predadores, os <strong>de</strong>mais Braconi<strong>de</strong>os<br />
são realmente insetos nossos auxiliares no contrôle biológico<br />
<strong>de</strong> várias pragas.<br />
Na relação, que adiante apresento, acham-se distribuídas,<br />
pelas várias sibfamílias, as espécies observadas no Brasil e<br />
em países vizinhos com os respectivos hospe<strong>de</strong>iros conhecidos.