Superfamília ICHNEUMONOIDEA - Acervo Digital de Obras Especiais
Superfamília ICHNEUMONOIDEA - Acervo Digital de Obras Especiais Superfamília ICHNEUMONOIDEA - Acervo Digital de Obras Especiais
68 INSETOS DO BRASIL permitindo a flexão do abdome; ora por coalisão, quando se apresentam fundidos, sem qualquer traço de sutura e assim não se podendo mover. No caso da junção dêsses dois segmentos ser visível, há o que MARSHALL chamou articulação suturiforme, observada em Ichneumonidae e em Aphidiidade. Nestas últimas vespi- nhas todos os segmentos são livremente articulados, de modo a permitir o encurvamente do abdome para diante Nas figs. 23 e 24, apresento a genitalia de um Braconideo, segundo SHENEFELT. 25. Larvas - As larvas, como soe dar-se com as dos outros Microhimenópteros, são apodes; via de regra, apresentam cabeça mais ou menos distinta sòmente nos primeiros estádios do desenvolvimento. As das nossas espécies são pràticamente desconhecidas. As de outras regiões, porém, principalmente de algumas espécies européias e norte-americanas, têm sido satisfatòriamente estudadas. Sem dúvida um dos melhores trabalhos sôbre o assunto é o de SHORT (1952). Além de minucioso estudo sôbre a cabeça das larvas de Ichneumonoidea, êle apresenta, na 2. ª parte, uma classificação das larvas de Braconidae do último estádio. Há também nessa valiosa contribuição referências aos prin- cipais trabalhos sôbre a morfologia e desenvolvimento das larvas dos Braconideos. 26. Comportamento das larvas e adultos - As larvas dos Braconideos são endo ou ectoparasitas, principalmente de Lepidópteros, Dipteros e Coleopteros. Todavia, os Himenopteros e insetos de outras ordens são também parasitados por Braconideos. Via de regra, observa-se o endoparasitismo das larvas dêsses insetos pelas dos Braco- nideos. Estas, porém, também atacam pupas e até mesmo insetos adultos. Isto se verifica freqüentemente com os Bra- conideos dos gêneros Perilitus Nees, 1818 (= Dinocampus Förster, 1862) (Meteorinae) e Syrrhizus Förster (Blacinae), cujas fêmeas fazem as posturas em Coleopteros adultos.
HYMENOPTERA 69 As de Microctonus Wesmael (Meteorinae), como M. brasiIiensis (Szèpligeti, 1902) (= Perilitus brasiliensis Szèpl.), parasitam Curculionideos e Crisomelideos, geralmente dos gênetos Diabrotica e Plagiodera. Microctonus audax Muesebeck, 1958, na Argentina, segundo H. L. PARKEH, põe os ovos na bôca de gorgulhos do gênero Listroderes. Algumas espécies de Ascogaster Wesmael e de Chelonus (Cheloninae), endoparasitos solitários de lagartas de Lepidopteros, têm o hábito curioso de fazer a postura no ôvo do hos pedador, completando-se o desenvolvimento na lagarta, quando esta se acha quase completamente desenvolvida. Fato análogo ocorre em Microgaster Letreille (Microgasterinae) e eventualmente em alguns gêneros de Dacnusinae (Coelinidea Viereck, Symphya Förster), cujas fêmeas fazem também as posturas em ovos do hospedador; a larva só atinge a maturidade quando o inseto parasitado atinge o estádio de pupa. As larvas dos Microgasterineos, quando completamente desenvolvidas, perfuram o tegumento do hospedador e, sôbre ou fora dêle, tecem cada uma o seu casulinho de sêda, branca ou de côr creme, dentro do qual se metamorfoseam em pupa. Encontram-se freqüentemente na natureza lagartas portadoras de alguns ou muitos dêsses casulos, dos quais sairão vespinhas, geralmente de côr negra. Observa-se isso freqüentemente com as lagartas cornudas da família Sphingidae e Saturniidae, que, em geral, são parasitadas por larvas do gênero Apanteles Förster (Microgasterinae) (fig. 37). As larvas de Apanteles, que parasitam lagartas de Cochlidiidae, em vez de tecerem o casulo na parte dorsal, visível, do corpo da lagarta, perfuram a face ventral e aí formam os casulos, uns ao lado dos outros, n'uma placa compacta, que fica assim mais ou menos escondida sob o corpo da lagarta, entre êle e o substrato em que ela viveu. Em outras espécies de Apanteles as larvas abandonam a lagarta hospedadora e sôbre qualquer suporte tecem cons-
- Page 7 and 8: HYMENOPTERA 17 no meio das plantas;
- Page 9 and 10: HYMENOPTERA 19 5. Importância econ
- Page 11 and 12: HYMENOPTERA 21 PAMPEL, W. 1914 - Di
- Page 13 and 14: HYMENOPTERA 23 RICHARDS & DAVIES (1
- Page 15 and 16: 4(3') - 4' - HYMENOPTERA 25 ciolo;
- Page 17 and 18: HYMENOPTERA 27 FOERSTER, A. 1868 -
- Page 19 and 20: HYMENOPTERA 29 TOWNES H. K. 1946 -
- Page 21 and 22: HYMENOPTERA 31 A tribo foi bem estu
- Page 23 and 24: HYMENOPTERA 33 SZÉPLIGETI, G. 1903
- Page 25 and 26: HYMENOPTERA 35 Brachycyrtus crossi
- Page 27 and 28: HYMENOPTERA Do gênero Mesostenus G
- Page 29 and 30: HYMENOPTERA 39 Pyrrhocryptus fumatu
- Page 31 and 32: HYMENOPTERA MYERS, J. G. 1931 - Des
- Page 33 and 34: HYMENOPTERA Fig. 13 - Asas de Hemip
- Page 35 and 36: HYMENOPTERA 45 Cecidopimpla ronnai
- Page 37 and 38: HYMENOPTERA 47 BORDAS, L. 1917 - An
- Page 39 and 40: HYMENOPTERA 49 LIMA, A. DA COSTA 19
- Page 41 and 42: TOWNES, H. & MARJORIE 1960 - (V. bi
- Page 43 and 44: HYMENOPTERA 53 BaIcarcia bergi Brè
- Page 45 and 46: HYMENOPTERA 55 Neonortoniella plusi
- Page 47 and 48: HYMENOPTERA 57 BLANCHARD, E. E. 194
- Page 49 and 50: HYMENOPTERA 59 LIMA, A. DA COSTA 19
- Page 51 and 52: Cito apenas Diplazon laetatorius (F
- Page 53 and 54: HYMENOPTERA 63 Família AGRIOTYPIDA
- Page 55 and 56: HYMENOPTERA 65 Nas espécies do gru
- Page 57: HYMENOPTERA 67 sp. N. Amer.) e em a
- Page 61 and 62: HYMENOPTERA 71 As larvas dos Bracon
- Page 63 and 64: HYMENOPTERA 73 SEURAT, L. G. 1898 -
- Page 65 and 66: 3 ' 4(3') - 4' 5(3') - 5' - 6(5) -
- Page 67 and 68: 17 (16) 17' 18(16') 18' 19(18') 19'
- Page 69 and 70: HYMENOPTERA 79 FAHRINGER, J. 1930 -
- Page 71 and 72: HYMENOPTERA 81 B. cecidophilus K. &
- Page 73 and 74: HYMENOPTERA 83 C. brasiliensis Kief
- Page 75 and 76: HYMENOPTERA 85 CUSHMAN, R. A. 1914
- Page 77 and 78: HYMENOPTERA 87 MUNRO, J. W. 1917 -
- Page 79 and 80: HYMENOPTERA 89 alar, é perfeitamen
- Page 81 and 82: HYMENOPTERA 91 pilus Haliday (Doryc
- Page 83 and 84: HYMENOPTERA 93 Fig. 34 - Rogas sp.
- Page 85 and 86: HYMENOPTERA 95 PIZA JR., S. DE TOLE
- Page 87 and 88: HYMENOPTERA 97 amarela, ocracea ou
- Page 89 and 90: C. bourquini Blanchard, 1939; hosp.
- Page 91 and 92: HYMENOPTERA 101 WISHART, G. 1958 -
- Page 93 and 94: HYMENOPTERA 103 obtidos por SAUER e
- Page 95 and 96: HYMENOPTERA 105 A. galleriae Wilkin
- Page 97 and 98: HYMENOPTERA 107 BLANCHARD, E. E. 19
- Page 99 and 100: HYMENOPTERA 109 MUESEBECK, C. F. W.
- Page 101 and 102: HYMENOPTERA 111 As asas nesta subfa
- Page 103 and 104: HYMENOPTERA 113 46. Caracteres, etc
- Page 105 and 106: HYMENOPTERA 115 Acham-se classifica
- Page 107 and 108: HYMENOPTERA 117 Segundo observaçã
HYMENOPTERA 69<br />
As <strong>de</strong> Microctonus Wesmael (Meteorinae), como M. brasiIiensis<br />
(Szèpligeti, 1902) (= Perilitus brasiliensis Szèpl.),<br />
parasitam Curculioni<strong>de</strong>os e Crisomeli<strong>de</strong>os, geralmente dos gênetos<br />
Diabrotica e Plagio<strong>de</strong>ra.<br />
Microctonus audax Muesebeck, 1958, na Argentina, segundo<br />
H. L. PARKEH, põe os ovos na bôca <strong>de</strong> gorgulhos do<br />
gênero Listro<strong>de</strong>res.<br />
Algumas espécies <strong>de</strong> Ascogaster Wesmael e <strong>de</strong> Chelonus<br />
(Cheloninae), endoparasitos solitários <strong>de</strong> lagartas <strong>de</strong> Lepidopteros,<br />
têm o hábito curioso <strong>de</strong> fazer a postura no ôvo do hos<br />
pedador, completando-se o <strong>de</strong>senvolvimento na lagarta, quando<br />
esta se acha quase completamente <strong>de</strong>senvolvida.<br />
Fato análogo ocorre em Microgaster Letreille (Microgasterinae)<br />
e eventualmente em alguns gêneros <strong>de</strong> Dacnusinae<br />
(Coelini<strong>de</strong>a Viereck, Symphya Förster), cujas fêmeas fazem<br />
também as posturas em ovos do hospedador; a larva só atinge<br />
a maturida<strong>de</strong> quando o inseto parasitado atinge o estádio <strong>de</strong><br />
pupa.<br />
As larvas dos Microgasterineos, quando completamente<br />
<strong>de</strong>senvolvidas, perfuram o tegumento do hospedador e, sôbre<br />
ou fora dêle, tecem cada uma o seu casulinho <strong>de</strong> sêda, branca<br />
ou <strong>de</strong> côr creme, <strong>de</strong>ntro do qual se metamorfoseam em pupa.<br />
Encontram-se freqüentemente na natureza lagartas portadoras<br />
<strong>de</strong> alguns ou muitos dêsses casulos, dos quais sairão<br />
vespinhas, geralmente <strong>de</strong> côr negra.<br />
Observa-se isso freqüentemente com as lagartas cornudas<br />
da família Sphingidae e Saturniidae, que, em geral, são parasitadas<br />
por larvas do gênero Apanteles Förster (Microgasterinae)<br />
(fig. 37).<br />
As larvas <strong>de</strong> Apanteles, que parasitam lagartas <strong>de</strong> Cochlidiidae,<br />
em vez <strong>de</strong> tecerem o casulo na parte dorsal, visível,<br />
do corpo da lagarta, perfuram a face ventral e aí formam os<br />
casulos, uns ao lado dos outros, n'uma placa compacta, que<br />
fica assim mais ou menos escondida sob o corpo da lagarta,<br />
entre êle e o substrato em que ela viveu.<br />
Em outras espécies <strong>de</strong> Apanteles as larvas abandonam a<br />
lagarta hospedadora e sôbre qualquer suporte tecem cons-