Superfamília ICHNEUMONOIDEA - Acervo Digital de Obras Especiais
Superfamília ICHNEUMONOIDEA - Acervo Digital de Obras Especiais Superfamília ICHNEUMONOIDEA - Acervo Digital de Obras Especiais
64 INSETOS DO BRASIL HENRIKSEN, K. L. 1922 - Notes upon some aquatic Hymenoptera (Anagrus brocheri Schulz, Prestwichia aquatica Lubb., Agriotypus armatus Walk.). Ann. Biol. Lac., 11:19-37, 7 figs. Família BRACONIDAE¹ (Ichneumon adsciti Nees, 1811; Braconides Burmeister, 1829; Braconoidei Nees, 1834; Braconites Newman, 1834; Braconidae Kirby. 1837; Haliday, 1838 (fam. IV).; Marshall, 1855; Cresson, 1887; Braconides Westwood, 1840; Braconinae Föster, 1862; Braconididae Newman, in Dalla Torre, 1898; Alysiidae + Braconidae Ashmead, 1900; Bracontdae Schulz, 1912; Handlirsch, 1925). 24. Caracteres, etc. - Insetos de cêrca de 1 mm a quase 20 mm de comprimento, exclusive o ovipositor, êste, em algu- mas espécies de Iphiaulax é extremamente alongado, haja vista a espécie da Colômbia figurada por BERLAND (in GRASSÉ Traité de Zoologie, 10.°, 1.° fasc., p. 918, fig. 834 bis), com 14 milímetros do comprimento de corpo e cêrca de 173 mm de ovipositor, isto é, mais de 12 vêzes o tamanho daquele. Talvez seja esta espécie a que MORLEY se referiu (Pim- plides, 1914) ao tratar de Dolichomitus longicauda, chamando atenção para a extraordinária semelhança entre Dolichomi- tus e "Bracon" dolichurus, que tem 11,5mm e uma terebra que devia medir mais de 150 mm (tamanho atual do exem- plar guardado no British Museum), porque, segundo MORLEY, um exame cuidadoso dêsse órgão "proves it to have been broken off". Também, como espécies grandes, com fêmeas providas de longo ovipositor, há a mencionar as descritas por BRULLÉ (1846) do gênero Bracon (longicauda e elongatus, com 23 e 20 mm de comprimento e ovipositor de 80 mm e por COSTA LIMA, do gênero Compsobracon Ashmead (= Macroneura Szépligeti) (C. giganteus Lima, 1951). Os Braconideos apresentam cabeça transversal mais ou menos prolongada atrás dos olhos (subcúbica). ¹ De etimologia incerta (? (brachys), curto, pequeno).
HYMENOPTERA 65 Nas espécies do grupo Cyclostomi (Cyclostomes; CycIostomini), estando as mandíbulas em repouso, isto é, cru- zadas, forma-se entre a margem superior destas e a borda livre clipeal, um espaço vazio circular. Os chamados Braconideos Exodontes (de TASCHEN- BERG, 1866) ou Exodonti (de CAMERON, 1887), especialmente da subfamília Alysiinae, fàcilmente se reconhecem por terem mandíbulas largamente afastadas uma da outra, com a extre- midade livre denteada, voltada para fora ou para baixo, nunca se tocando ou entrecruzando na linha mediana. Antenas filiformes, multisegmentadas, de 12 a 27 seg- mentos, não geniculadas. Mesoescudo com ou sem notaulices (sulcos parapsidais). Pernas ambulatórias, normais. Sistema de nervação das asas anteriores característico, aliás um tanto semelhante ao dos Ichneumonideos (fig. 21). Como nestas vespas, a nervura costal, para dentro do pteros- tigma (sempre presente) é mais ou menos espessada pela coalescência de C, Sc, R e M. Todavia, pela comparação da asa anterior de um Ichneu- monedeo (fig. 2) com a de um Braconideo (fig. 3), verifica-se que nesta família não há a 2.ª recurrente (M2 de COMSTOCK; 2 m-cu de Ross), quase sempre presente em Ichneumonidae (fig. 2-M2) (exceto em Ophionellus Westwood, 1874 (= Pharsalia Cresson, 1873, preocup.). Por isto, em Ichneumonidae as células l.ª M2, (fig. 2) e M1 (fig. 2) são separadas por aquela nervura (2-M2); em Braconidae só há uma grande célula (M1 + 1.ª M2 (M1 da fig. 3). Demais, enquanto que em Braconidae o ramo comum da média (fig. 3-M) encontra-se quase sempre inteiramente con- servado, separando as células R de M4 raramente vestigial, incompleto, às vêzes ausente em CheIonus Jurine (Microcto- nus Wesmael), é inteiramente ausente em Ichneumonidae. Daí resultando haver, imediatamente para fora da nervura basal ou m-cu da fig. 3, apenas uma grande célula (fig. 2-1), cujo contôrno nos faz lembrar o perfil de uma retorta ou de cabeça de ave com o bico voltado para o ápice da asa.
- Page 3 and 4: HYMENOPTERA 13 Na Região Neotrópi
- Page 5 and 6: HYMENOPTERA Fig. 3 - Asa anterior d
- Page 7 and 8: HYMENOPTERA 17 no meio das plantas;
- Page 9 and 10: HYMENOPTERA 19 5. Importância econ
- Page 11 and 12: HYMENOPTERA 21 PAMPEL, W. 1914 - Di
- Page 13 and 14: HYMENOPTERA 23 RICHARDS & DAVIES (1
- Page 15 and 16: 4(3') - 4' - HYMENOPTERA 25 ciolo;
- Page 17 and 18: HYMENOPTERA 27 FOERSTER, A. 1868 -
- Page 19 and 20: HYMENOPTERA 29 TOWNES H. K. 1946 -
- Page 21 and 22: HYMENOPTERA 31 A tribo foi bem estu
- Page 23 and 24: HYMENOPTERA 33 SZÉPLIGETI, G. 1903
- Page 25 and 26: HYMENOPTERA 35 Brachycyrtus crossi
- Page 27 and 28: HYMENOPTERA Do gênero Mesostenus G
- Page 29 and 30: HYMENOPTERA 39 Pyrrhocryptus fumatu
- Page 31 and 32: HYMENOPTERA MYERS, J. G. 1931 - Des
- Page 33 and 34: HYMENOPTERA Fig. 13 - Asas de Hemip
- Page 35 and 36: HYMENOPTERA 45 Cecidopimpla ronnai
- Page 37 and 38: HYMENOPTERA 47 BORDAS, L. 1917 - An
- Page 39 and 40: HYMENOPTERA 49 LIMA, A. DA COSTA 19
- Page 41 and 42: TOWNES, H. & MARJORIE 1960 - (V. bi
- Page 43 and 44: HYMENOPTERA 53 BaIcarcia bergi Brè
- Page 45 and 46: HYMENOPTERA 55 Neonortoniella plusi
- Page 47 and 48: HYMENOPTERA 57 BLANCHARD, E. E. 194
- Page 49 and 50: HYMENOPTERA 59 LIMA, A. DA COSTA 19
- Page 51 and 52: Cito apenas Diplazon laetatorius (F
- Page 53: HYMENOPTERA 63 Família AGRIOTYPIDA
- Page 57 and 58: HYMENOPTERA 67 sp. N. Amer.) e em a
- Page 59 and 60: HYMENOPTERA 69 As de Microctonus We
- Page 61 and 62: HYMENOPTERA 71 As larvas dos Bracon
- Page 63 and 64: HYMENOPTERA 73 SEURAT, L. G. 1898 -
- Page 65 and 66: 3 ' 4(3') - 4' 5(3') - 5' - 6(5) -
- Page 67 and 68: 17 (16) 17' 18(16') 18' 19(18') 19'
- Page 69 and 70: HYMENOPTERA 79 FAHRINGER, J. 1930 -
- Page 71 and 72: HYMENOPTERA 81 B. cecidophilus K. &
- Page 73 and 74: HYMENOPTERA 83 C. brasiliensis Kief
- Page 75 and 76: HYMENOPTERA 85 CUSHMAN, R. A. 1914
- Page 77 and 78: HYMENOPTERA 87 MUNRO, J. W. 1917 -
- Page 79 and 80: HYMENOPTERA 89 alar, é perfeitamen
- Page 81 and 82: HYMENOPTERA 91 pilus Haliday (Doryc
- Page 83 and 84: HYMENOPTERA 93 Fig. 34 - Rogas sp.
- Page 85 and 86: HYMENOPTERA 95 PIZA JR., S. DE TOLE
- Page 87 and 88: HYMENOPTERA 97 amarela, ocracea ou
- Page 89 and 90: C. bourquini Blanchard, 1939; hosp.
- Page 91 and 92: HYMENOPTERA 101 WISHART, G. 1958 -
- Page 93 and 94: HYMENOPTERA 103 obtidos por SAUER e
- Page 95 and 96: HYMENOPTERA 105 A. galleriae Wilkin
- Page 97 and 98: HYMENOPTERA 107 BLANCHARD, E. E. 19
- Page 99 and 100: HYMENOPTERA 109 MUESEBECK, C. F. W.
- Page 101 and 102: HYMENOPTERA 111 As asas nesta subfa
- Page 103 and 104: HYMENOPTERA 113 46. Caracteres, etc
HYMENOPTERA 65<br />
Nas espécies do grupo Cyclostomi (Cyclostomes;<br />
CycIostomini), estando as mandíbulas em repouso, isto é, cru-<br />
zadas, forma-se entre a margem superior <strong>de</strong>stas e a borda<br />
livre clipeal, um espaço vazio circular.<br />
Os chamados Braconi<strong>de</strong>os Exodontes (<strong>de</strong> TASCHEN-<br />
BERG, 1866) ou Exodonti (<strong>de</strong> CAMERON, 1887), especialmente<br />
da subfamília Alysiinae, fàcilmente se reconhecem por terem<br />
mandíbulas largamente afastadas uma da outra, com a extre-<br />
mida<strong>de</strong> livre <strong>de</strong>nteada, voltada para fora ou para baixo, nunca<br />
se tocando ou entrecruzando na linha mediana.<br />
Antenas filiformes, multisegmentadas, <strong>de</strong> 12 a 27 seg-<br />
mentos, não geniculadas.<br />
Mesoescudo com ou sem notaulices (sulcos parapsidais).<br />
Pernas ambulatórias, normais.<br />
Sistema <strong>de</strong> nervação das asas anteriores característico,<br />
aliás um tanto semelhante ao dos Ichneumoni<strong>de</strong>os (fig. 21).<br />
Como nestas vespas, a nervura costal, para <strong>de</strong>ntro do pteros-<br />
tigma (sempre presente) é mais ou menos espessada pela<br />
coalescência <strong>de</strong> C, Sc, R e M.<br />
Todavia, pela comparação da asa anterior <strong>de</strong> um Ichneu-<br />
mone<strong>de</strong>o (fig. 2) com a <strong>de</strong> um Braconi<strong>de</strong>o (fig. 3), verifica-se<br />
que nesta família não há a 2.ª recurrente (M2 <strong>de</strong> COMSTOCK;<br />
2 m-cu <strong>de</strong> Ross), quase sempre presente em Ichneumonidae<br />
(fig. 2-M2) (exceto em Ophionellus Westwood, 1874 (= Pharsalia<br />
Cresson, 1873, preocup.). Por isto, em Ichneumonidae as<br />
células l.ª M2, (fig. 2) e M1 (fig. 2) são separadas por aquela<br />
nervura (2-M2); em Braconidae só há uma gran<strong>de</strong> célula<br />
(M1 + 1.ª M2 (M1 da fig. 3).<br />
Demais, enquanto que em Braconidae o ramo comum da<br />
média (fig. 3-M) encontra-se quase sempre inteiramente con-<br />
servado, separando as células R <strong>de</strong> M4 raramente vestigial,<br />
incompleto, às vêzes ausente em CheIonus Jurine (Microcto-<br />
nus Wesmael), é inteiramente ausente em Ichneumonidae.<br />
Daí resultando haver, imediatamente para fora da nervura<br />
basal ou m-cu da fig. 3, apenas uma gran<strong>de</strong> célula (fig. 2-1),<br />
cujo contôrno nos faz lembrar o perfil <strong>de</strong> uma retorta ou <strong>de</strong><br />
cabeça <strong>de</strong> ave com o bico voltado para o ápice da asa.