REVISTA CONNESSIONE EDIÇÃO DE SETEMBRO N° 22 ANO 2022
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ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS EXALTA A CULTU-RA DO SAMBA AO REALIZAR UM SEMINÁRIO SOBRESILAS DE OLIVEIRACLILTON PAZSILAS DE OLIVEIRA É AUTOR DE SAMBAS ANTOLÓGICOS, COMO “AQUARELABRASILEIRA”, “GLÓRIAS E GRAÇAS DA BAHIA”, “OS CINCO BAILES DA HISTÓ-RIA DO RIO”E “HERÓIS DA LIBERDADE”.O espaço nobre dos imortais da literatura viveuum momento muito especial. A AcademiaBrasileira de Letras – ABL, a “Casa de Machadode Assis” realizou um fato icônico e osamba adorou e comemorou. É que no dia 25de agosto, a instituição viveu um momento especialem sua história, ao exaltar a arte de umcompositor popular, Silas de Oliveira.A ABL realizou a palestra intitulada “Silas deOliveira, um poeta épico”, do escritor AlbertoMussa que destacou a importância da obrade Silas de Oliveira, compositor do ImpérioSerrano e tido como fundador do gênero sambade enredo. Além disso, na visão de Mussa,Silas pode ser visto como o principal inspiradordos grandes compositores, na produçãode suas obras (sambas-enredo), que são cantadospelos componentes das escolas de sambae que muitas vezes se transformam em hinosque se eternizam.36
Alberto Mussa é integrante do júri do Estandartede Ouro e é um conceituado e exímiopesquisador do assunto, além de autor do livro“Samba de Enredo: História e Arte”, feito emparceria com o pesquisador e historiador LuizAntônio Simas.Na visão do pesquisador, o compositor Silasde Oliveira foi primordial na concepção decriar, com liberdade, o processo da feitura dosversos e da melodia. Mussa sita o Carnavalde 1951 “Setenta e Um Anos de República”,como marco desse processo, quando a escolade samba Império Serrano venceu o desfileorganizado pela Federação das Escolas deSamba. Naquele ano houve outro desfile realizadopela União das Escolas de Samba, quefoi vencido pela Portela.Alberto Mussa salientou que “os sambas deSilas eram totalmente imprevisíveis e de umariqueza extraordinária em sua construção artística.Estilo que foi aprimorado na década de60, com outras obras clássicas, como ‘AquarelaBrasileira’, ‘Glórias e Graças da Bahia’,‘Os Cinco Bailes da História do Rio’ e ‘Heróisda Liberdade’”.A palestra encerrou o 5º Ciclo de Conferênciasdo ano, “Cadeira 41” (observando quesão 40 imortais no total), que teve como objetivoapresentar quatro nomes que poderiamocupar, em suas épocas, uma das Cadeiras daABL e que, por razões diferentes e individuais,não se tornaram membros da Academia,como Silas de Oliveira.Silas de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, nodia 4 de outubro de 1916 e faleceu na mesmacidade, no dia 20 de maio de 1972, de infartofulminante, aos 55 anos.
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Alberto Mussa é integrante do júri do Estandarte
de Ouro e é um conceituado e exímio
pesquisador do assunto, além de autor do livro
“Samba de Enredo: História e Arte”, feito em
parceria com o pesquisador e historiador Luiz
Antônio Simas.
Na visão do pesquisador, o compositor Silas
de Oliveira foi primordial na concepção de
criar, com liberdade, o processo da feitura dos
versos e da melodia. Mussa sita o Carnaval
de 1951 “Setenta e Um Anos de República”,
como marco desse processo, quando a escola
de samba Império Serrano venceu o desfile
organizado pela Federação das Escolas de
Samba. Naquele ano houve outro desfile realizado
pela União das Escolas de Samba, que
foi vencido pela Portela.
Alberto Mussa salientou que “os sambas de
Silas eram totalmente imprevisíveis e de uma
riqueza extraordinária em sua construção artística.
Estilo que foi aprimorado na década de
60, com outras obras clássicas, como ‘Aquarela
Brasileira’, ‘Glórias e Graças da Bahia’,
‘Os Cinco Bailes da História do Rio’ e ‘Heróis
da Liberdade’”.
A palestra encerrou o 5º Ciclo de Conferências
do ano, “Cadeira 41” (observando que
são 40 imortais no total), que teve como objetivo
apresentar quatro nomes que poderiam
ocupar, em suas épocas, uma das Cadeiras da
ABL e que, por razões diferentes e individuais,
não se tornaram membros da Academia,
como Silas de Oliveira.
Silas de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, no
dia 4 de outubro de 1916 e faleceu na mesma
cidade, no dia 20 de maio de 1972, de infarto
fulminante, aos 55 anos.