REVISTA CONNESSIONE - EDIÇÃO DE SETEMBRO N.10 2021
REVISTA CONNESSIONE - EDIÇÃO DE SETEMBRO N.10 2021
REVISTA CONNESSIONE - EDIÇÃO DE SETEMBRO N.10 2021
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
mágico, com todo o cuidado, atenção e amor.
As crianças não se contentariam com estímulos
lançados de alguma forma, no meio da sala e
isso me ajuda a encontrar novas soluções, a
cada
vez, mesmo nas palavras sussurradas ou exaltadas
e na delicadeza dos gestos, para aproximá-las
da una nova aventura.
Uma peculiaridade da metodologia de Maria
Fux é dar nova vida e reler através da arte os
objetos
que encontramos no dia a dia, mas que, no cenário,
adquirem um valor agregado, pois trazem
uma forma diferente de se relacionar e dançar.
Por isso, uma condução não pode deixar de
apresentar um objeto de estímulo com o valor
correto, pois é por meio dele que descobrimos
uma
nova dança possível.
Gosto de me surpreender pensando na sequência
de passos a oferecer nos momentos mais
inusitados e me maravilhar com isso, com a
intenção de criar uma história. É interessante
notar
que se escondo o estímulo sob os tecidos coloridos,
eles sabem que chegará a hora de descobrir
e
revelar o segredo e o respeito, sem afetar sua
forma e posição, a surpresa que preparei para
eles.
“A Cura” nas suas várias manifestações é certamente
um instrumento à disposição do bai-
larino
para poder oferecer contenção. Estruturar o
caminho também através de um uso racional e
consciente do potencial espacial da casa de
dança e de seus cômodos, os ninhos, oferece
uma possibilidade adicional para os pequenos
dançarinos de entrarem no mundo da dança
livre de conter e trazer de volta si mesmo.
As crianças e a dança têm em comum a capacidade
de criar magia com pouco, com criatividade,
com pensamento puro e livre. Acredito firmemente
que a dança mostra quem somos e para
as
crianças é ainda mais assim. Eles se entregam,
são naturais, dançam ou não; mas quando eles
dançam, é a alma de cada criança que dança,
uma alma ora doce e delicada, ora que parece
querer
comer o espaço, cheia de vida, que se move a
passos rápidos, que quer capturar e viver cada
momento, e ainda se transformam naquelas
almas que dançam com movimentos e ritmos
muito
lentos para saborear tudo que encontram.
Toni Julio
6 6