REVISTA CONNESSIONE - EDIÇÃO DE SETEMBRO N.10 2021
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teatro por não ter mídia e por este motivo fui para a
tv. A satisfação no teatro é muito maior. Temos uma
resposta imediata no teatro. Se você consegue fazer
uma cena bem feita a resposta é imediata. O público
te aplaude. Ele ri. Ele chora com você e isso não tem
preço.
A mídia hoje é uma necessidade e eu tinha que ter
um pouco mais de exibicionismo mas esse não é meu
jeito. Eu gosto de ficar na minha.
As pessoas me chamam para trabalhar porque me conhecem.
Não tenho fama, mas tenho muita credibilidade
isso sim. Se eu passar na rua as pessoas não me
conhecem. Quem me conhece me chama para trabalhar.
Revista Connessione: Conta como foi trabalhar com a
grande Bibi Ferreira...
Anna Cristina: essa é a realização de uma vida. Eu
posso dizer isso por que a BiBi ela foi minha grande
professora de direção.
Ela mi dirigiu, eu trabalhei com ela, fui assistente de
direção dela e conviver com ela é uma gratificação é
um prêmio comparado ao Oscar
Pelo ser humano que ela é. Pela riqueza da história
dela. Pelo conhecimento que ela tem... ela é uma pessoa
que doa para você um conhecimento dela.
Nós fizemos “Deus Lhe Pague”, “Rio São Paulo”, “Então
Bolero” e “Cha Cha Cha”. Ela é um mito. Ela realmente
é um mito. Foi uma perda muito dolorosa.
Nós tivemos uma perda muito grande no ano de 2019.
Chorava tanto que eu fiz escândalo no enterro dela de
tanto que eu chorava, mas todo mundo que conhecia
Bibi sofreu muito. BiBi você idolatrava porque ela tinha
uma troca tão grande. Era tão intensa, intensa em
tudo e perfeita, né? Vamos combinar aqui.
Onde você estiver Bibi, te amo.
Foi um presente que Deus me deu conviver com a
Bibi.
Pela grandiosidade dela como ser humano, como artista.
Intensa em tudo e perfeita. Ela domina a técnica
como poucos. Pena que as pessoas não são eternas, são
eternas no nosso coração mas o corpo padece e vai. É
uma pena porque tem pessoas que não deveriam ir
embora nunca. Deveriam ficar aqui como exemplo.
Bibi Ferreira... a minha grande maestra.
Revista Connessione: Fale um pouco da Anna Cristina
bailarina.
Anna Cristina: Sou apaixonada pelo ballet clássico
ponta do pé. Tive uma escola durante dez anos. Naquele
tempo não tinha escola de formação para professores
e aí entra a parte do circo porque no circo
você entra e faz. A minha família não tinha tanta grana
quando parou e eu queria estudar. Assim minha
mãe falou que para eu estudar, pagar meus estudos,
eu tinha que trabalhar. Com doze anos comecei a dar
aulas de ballet.
Quando vim para o Rio fazer faculdade comecei a dar
aula de ballet na Socila Escola. Socila é a famosa escola
de modelo e manequim de Maria Augusta que fazia
os grandes desfiles de miss Brasil.
Ali conheci o nosso amigo Claudio Penido e a gente
não se largou mais.