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REVISTACONNESSIONE - IX EDIÇÃO N.9 2021

REVISTACONNESSIONE IX EDIÇÃO N.9 2021

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O CURUPIRA

Personagem travesso do folclore brasileiro,

o Curupira é a representação de um menino

com cabelos vermelhos e pés virados

para trás. A origem do nome é tupi-guarani

e significa “corpo de menino”.

Protetor da fauna e da flora, o Curupira, conhecido

como “demônio da floresta”, assobia

e utiliza falsos sinais. O objetivo é

enganar os exploradores e destruidores da

natureza.

Ele reúne muitas histórias que envolvem

mistérios inexplicáveis, por exemplo, o desaparecimento

de caçadores, bem como o

esquecimento dos caminhos.

Esse personagem folclórico, que adora

fumar e beber pinga, não gosta de locais

muito habitados e, por esse motivo, prefere

viver nas florestas.

Uma outra característica e, talvez o ponto

fraco do Curupira, é a sua curiosidade. Assim,

a lenda adverte que para escapar de

suas armadilhas, a pessoa deve fazer um

novelo com cipó e esconder bem a ponta.

Muito curioso, ele fica entretido com o novelo

e a pessoa consegue fugir. Até os dias

atuais, para que não sejam incomodados

pelo Curupira, muitos caçadores e lenhadores

costumam oferecer-lhe pinga e fumo

quando chegam à floresta.

José de Anchieta (1534-1597) escreveu sobre

o personagem no XVI (no mesmo texto

onde citava o Boitatá), denominando-o

como “demônio que acomete os índios”.

Para os índios e os bandeirantes, o Curupira

era considerado uma criatura perigosa,

demoníaca, maliciosa, muito temida.

Isso porque esse personagem esteve associado

a muitos casos de violência, abusos

sexuais, rapto de crianças e horror psicológico.

Capaz de enfeitiçar as crianças, o Curupira

as raptava e somente depois de sete anos

elas eram devolvidas aos pais. Por isso,

ele ficou conhecido como o mau espírito,

disposto a assombrar as noites dos índios e

dos bandeirantes.

A lenda do Curupira pode variar de região

para região. Há lugares em que ele é representado

por um duende, com orelhas grandes

e pontudas. Em outros, ele não possui

cabelo e aparece carregando um machado.

O Curupira é muitas vezes confundido com

outro personagem do folclore brasileiro: a

Caipora. Os dois personagens gostam muito

de fumar e de beber, são muito ágeis e,

sobretudo, zeladores das florestas.

A MULA SEM CABEÇA

A lenda da mula sem cabeça conta a história

de uma burrinha de cor preta ou marrom,

que em lugar da cabeça tem uma tocha

de fogo.

A burrinha possui ferraduras de aço ou prata

e relincha tão alto que se ouve a muitos

metros de distância. Também é comum ouvir

o animal soluçando como um ser humano.

Diz-se que a mula costuma correr pelas

matas e campos assustando pessoas e animais.

A lenda provavelmente teve sua origem

nos povos da Península Ibérica e foi trazida

para a América pelos portugueses e

espanhóis.

No Brasil, a lenda se espalhou pela área

rural, pela zona canavieira do Nordeste e

pelo interior do Sudeste do país.

Existem diferentes versões para a origem

da mula sem cabeça.

Em uma delas, conta-se que, se uma mulher

dormisse com o namorado antes do

casamento, ela poderia ser enfeitiçada e virar

uma mula sem cabeça.

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