Summaries / Resúmenes - Studia Moralia
Summaries / Resúmenes - Studia Moralia Summaries / Resúmenes - Studia Moralia
ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP 209físicos. O resultado da filosofia não é um número de proposições.Estas são esclarecedoras, porque quem as compreendeacaba por reconhecer, que carecem de sentido. 55Assim, não será isto que se passa no domínio da ética, que,para R. Carnap, é ora uma filosofia de valores, ora investigaçãodos sentimentos da conduta humana.No futuro, a ética poderá ser a verdadeira ciência da preservaçãoda identidade do homem e da sobrevivência da vida,se persistir em ser uma forma de aprofundamento do sentidodo Bem ou do Dever na acção humana. 56O contributo do neopositivismo, pelo pensamento de R.Carnap, para quem a ética é uma forma de análise lógica dascondutas ou do agir humano, procura-se na forma de reflectirsobre o Sinn das proposições e das acções.O enriquecimento fundamentador da ética, pela verificabilidade,surge com novo estatuto epistemológico. Necessária masnão suficientemente encontramos a “análise lógica” como leiturafundamentadora da ética.Hoje-em- dia, a Bioética necessita de um estatuto epistemológico,o qual vem do domínio dos saberes empíricos.Assim se poderá dizer que a Ética Analítica é mais um contributo,tal como são as éticas narrativas, as normativas e/ou asteleológicas. Trata-se, pois, de uma forma expressiva de ver aética. A conduta humana surge como uma lógica do agir.O princípio da verificabilidade é significativo, na determinaçãoepistemológica, originando a possibilidade de descrevera ética como ciência ,com estatuto próprio, e não em sentidoempírico,como seria pelo pensamento de R. Carnap, que determinariao âmbito especializado para a aplicação dos princípiosda valorização e discernimento.Os estudiosos, da ética geral e das aplicadas, discutemsobre a possibilidade de um paradigma adequado, que estrutureepistemologicamente esta ciência. Enquanto uns preferemum paradigma antropológico, que busque as suas raízes na dignidadeda pessoa; outros, inclinam-se para a principiologia, que55Cf. L. WITTGENSTEIN – “Philosophische Bemerkungen”, in:Schriften, Band 2, Frankfurt-am-Main, Suhrkamp, 1964, 51-56.56Cf. L. ARCHER et alii – Novos Desafios à Bioética, 2001, 20-23.
210 RAMIRO DÉLIO BORGES DE MENESESfaz apelo à autonomia, beneficência e justiça. 57Porém, há aqueles que também se esforçam por encontrarum novo estatuto epistemológico para a ética, através da “análiselógica”, levados por um espírito neopositivista. Será impossívelreduzir as proposições da ética a enunciados lógicos, como:[(p → q) · (q → r)] → (p → r).Esta tautologia ou lei lógica será, segundo a sintaxe lógica,ou um axioma ou um teorema da teoria e cálculo proposicionalda Lógica Simbólica.Com efeito, a ética poderá estudar o sentido semântico dasmorais e dos factos empíricos,ao contribuir para um estatutoepistemológico das mesmas, mas só no seu aspecto formal,como proposições atómicas ou moleculares, pelos vários sentimentoséticos e suas aplicações. 58 O estatuto epistemológiconão poderá vir da lógica simbólica, nem da “análise lógica” dascondutas morais. Surgirá antes do condicionalismo impostopelas variadas antropologias, as quais dão fundamento epistemológicoà ética.O papel da “análise lógica”, de R. Carnap, funcionará maiscomo método gramatical do que como fundamento. A “análiselógica” servirá a ética, através do princípio da verificabilidade,permitindo uma avaliação axiológico-ética sobre o sentido dascondutas.O saber analítico ou “lógico”, que R. Carnap sugere comoesquema da linguagem filosófica, não é um saber prático, apareceantes como “grau analítico” do saber. Todavia, o saberético deverá ser um saber prático e significa que nem é o tipode saber próprio da racionalidade teórico-científica, baseado nademonstração dedutiva (lógica matemática) e indutiva (física),nem o tipo de saber da racionalidade instrumental, baseado natécnica.Trata-se de um autêntico saber que se exprime num modoespecífico da “racionalidade”, que poderemos chamar argumentativoou interpretativo.A razão argumentativa em ética pode adquirir formas57Cf. J. ROMAN FLECHA – La Fuente de la Vida, Manual de Bioética,Salamanca, Ediciones Sígueme, 1999, 38-39.58Cf. R. CARNAP – Der logische Aufbau der Welt, 145-146.
- Page 154 and 155: 158 SILVIO BOTEROse lanzó al traba
- Page 156 and 157: 160 SILVIO BOTEROdividida entre la
- Page 158 and 159: 162 SILVIO BOTEROles en la iglesia
- Page 160 and 161: StMor 44 (2006) 165-180EUGENIO CAPE
- Page 162 and 163: LO SPIRITO SANTO E LA COSCIENZA MOR
- Page 164 and 165: LO SPIRITO SANTO E LA COSCIENZA MOR
- Page 166 and 167: LO SPIRITO SANTO E LA COSCIENZA MOR
- Page 168 and 169: LO SPIRITO SANTO E LA COSCIENZA MOR
- Page 170 and 171: LO SPIRITO SANTO E LA COSCIENZA MOR
- Page 172 and 173: LO SPIRITO SANTO E LA COSCIENZA MOR
- Page 174 and 175: LO SPIRITO SANTO E LA COSCIENZA MOR
- Page 176 and 177: StMor 44 (2006) 181-211RAMIRO DÉLI
- Page 178 and 179: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 180 and 181: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 182 and 183: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 184 and 185: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 186 and 187: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 188 and 189: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 190 and 191: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 192 and 193: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 194 and 195: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 196 and 197: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 198 and 199: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 200 and 201: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 202 and 203: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 206 and 207: ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP
- Page 208 and 209: 214 RÉAL TREMBLAYde choix du patri
- Page 210 and 211: 216 RÉAL TREMBLAYconsentement fili
- Page 212 and 213: 218 RÉAL TREMBLAYmort, acquis des
- Page 214 and 215: 220 RÉAL TREMBLAYperception du mys
- Page 216 and 217: 222 RÉAL TREMBLAYoppositions entre
- Page 218 and 219: 224 RÉAL TREMBLAYà la première s
- Page 220 and 221: 226 RÉAL TREMBLAYcréés. Et tout
- Page 222 and 223: 228 RÉAL TREMBLAYqui l’engendre,
- Page 224 and 225: 230 RÉAL TREMBLAYde Marie de laque
- Page 226 and 227: 232 RÉAL TREMBLAYrentes, par son o
- Page 228 and 229: 234 MARTIN MCKEEVER(2) a presentati
- Page 230 and 231: 236 MARTIN MCKEEVERHäring understo
- Page 232 and 233: 238 MARTIN MCKEEVERsented by Härin
- Page 234 and 235: 240 MARTIN MCKEEVERund das Gute (Th
- Page 236 and 237: 242 MARTIN MCKEEVERparticular conce
- Page 238 and 239: 244 MARTIN MCKEEVERdeveloper of thi
- Page 240 and 241: 246 MARTIN MCKEEVEREvaluative obser
- Page 242 and 243: 248 MARTIN MCKEEVERpose change. (Mo
- Page 244 and 245: 250 MARTIN MCKEEVERproponent of a p
- Page 246 and 247: 252 BOOK PRESENTATION / PRESENTACIO
- Page 248 and 249: 254 BOOK PRESENTATION / PRESENTACIO
- Page 250 and 251: 256 BOOK PRESENTATION / PRESENTACIO
- Page 252 and 253: 258 BOOK PRESENTATION / PRESENTACIO
210 RAMIRO DÉLIO BORGES DE MENESESfaz apelo à autonomia, beneficência e justiça. 57Porém, há aqueles que também se esforçam por encontrarum novo estatuto epistemológico para a ética, através da “análiselógica”, levados por um espírito neopositivista. Será impossívelreduzir as proposições da ética a enunciados lógicos, como:[(p → q) · (q → r)] → (p → r).Esta tautologia ou lei lógica será, segundo a sintaxe lógica,ou um axioma ou um teorema da teoria e cálculo proposicionalda Lógica Simbólica.Com efeito, a ética poderá estudar o sentido semântico dasmorais e dos factos empíricos,ao contribuir para um estatutoepistemológico das mesmas, mas só no seu aspecto formal,como proposições atómicas ou moleculares, pelos vários sentimentoséticos e suas aplicações. 58 O estatuto epistemológiconão poderá vir da lógica simbólica, nem da “análise lógica” dascondutas morais. Surgirá antes do condicionalismo impostopelas variadas antropologias, as quais dão fundamento epistemológicoà ética.O papel da “análise lógica”, de R. Carnap, funcionará maiscomo método gramatical do que como fundamento. A “análiselógica” servirá a ética, através do princípio da verificabilidade,permitindo uma avaliação axiológico-ética sobre o sentido dascondutas.O saber analítico ou “lógico”, que R. Carnap sugere comoesquema da linguagem filosófica, não é um saber prático, apareceantes como “grau analítico” do saber. Todavia, o saberético deverá ser um saber prático e significa que nem é o tipode saber próprio da racionalidade teórico-científica, baseado nademonstração dedutiva (lógica matemática) e indutiva (física),nem o tipo de saber da racionalidade instrumental, baseado natécnica.Trata-se de um autêntico saber que se exprime num modoespecífico da “racionalidade”, que poderemos chamar argumentativoou interpretativo.A razão argumentativa em ética pode adquirir formas57Cf. J. ROMAN FLECHA – La Fuente de la Vida, Manual de Bioética,Salamanca, Ediciones Sígueme, 1999, 38-39.58Cf. R. CARNAP – Der logische Aufbau der Welt, 145-146.