Summaries / Resúmenes - Studia Moralia
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ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP 203repousar sobre a análise lógico-simbólica da linguagem nãoobservável. 49Ao aceitar isentar a ética, obra ecuménica da excelência(virtude) da normatividade (dever), de toda a fundamentaçãometafísica, além de quebrar o estatuto epistemológico damesma, não procuramos exonerar, da mesma tarefa, as diversaséticas filosóficas.É difícil construir uma ética apenas numa base neopositivista,à medida do Circulo de Viena, porque temos que ressalvara seriedade da obrigação, que perpassa a moral, dado que a suaexigência participa da transcendência da consciência.A normatividade incondicional, que vivenciamos na raiz daconsciência, desemboca na conceitualização de princípios dopensar e do agir humanos; e encontra-se e vive-se para além daanálise lógica. Uma coisa é a linguagem ética, outra será a formal,dada em proposições não-observáveis, a que chamamosÉtica Analítica, na linha do pensador de Viena, onde este saberé uma linguagem empírica.3.8 – O princípio da verificabilidade, identificando o significadoe as condições empíricas, reduziu a filosofia a um conjuntode sequências assignificativas de sinais, retirando à metafísicao direito de ocupar um lugar no domínio do conhecimentodo real.Porém, a assignificabilidade da metafísica não pode ser damesma espécie da de uma sequência desordenada de sinais.Se o domínio do conhecimento é esgotado pela lógica, pelamatemática e pelas ciências empíricas, então poderemos perguntar:qual o estatuto epistemológico do empirismo, enquantosistema de aparentes afirmações? Qual o sentido da proposição,que afirma a validade do próprio princípio da verificabilidade?A resposta vem do Circulo de Viena ao afirmar que a filosofiase dedica a esclarecer os conceitos propriamente científicos.Para M. Schlick, se é necessário explicitar o significado deuma proposição, então será óbvio que essa explicitação não49Cf. R. CARNAP – Foundations of Logic and Mathematics, vol. 1,International Encyclopaedia of Unified Science, Chicago, The UniversityPress, 1939, 10-15.
204 RAMIRO DÉLIO BORGES DE MENESESpode ser feita exclusivamente em termos de outras proposições.Assim, seria necessário indagar pelos significados dessas proposições.A filosofia não seria uma teoria, exprimindo factos, masuma actividade para indicar o inexprimível. Em suma, o princípioda verificabilidade não remeteria para nenhum facto, masantes seria a regra orientadora da actividade filosófica na buscado significado das proposições da ciência.Logo, a ética seria reconhecível na actividade da explicitaçãosob a roupagem do conhecimento factual.Com efeito, segundo R. Carnap, a filosofia teria duasfunções: uma positiva e outra negativa. Ambas referem-se àanálise da linguagem, tal como se encontram no domínio daética.Se proposições sem sentido, como as da metafísica, podemser sintacticamente correctas, então é porque a gramática deuma linguagem não é adequada às exigências da lógica.No pensamento de R. Carnap, será relevante construir linguagensregidas por uma sintaxe lógica, que permitem identificaruma expressão lógica com correcção gramatical.Finalmente, dizer que a ética possui duas linguagens. Estasduas são, de um lado, o conjunto de sistemas morais, que integramas culturas, em determinada época da humanidade, comsuas intuições, carências e fundamentações, sempre perpassadaspelo imperativo ético; do outro, a necessidade de um consensoempírico, prático e efectivo, que só poderá resultar dodebate livre e organizado, desembocando na determinação denormas mínimas, a fim de se manter, na humanidade, umaindispensável coerência na acção.O filósofo de Viena elaborou um novo projecto de filosofia,na sua vertente positiva, ou seja, como teoria da sintaxe lógicada linguagem. Toda a linguagem, tal como a ética, poderia serespecificada em termos de um conjunto de “sinais primitivos”,que constituiriam, por um lado, um conjunto de “regras de formação”,indicadoras de como obter expressões complexas, porcombinações de expressões mais simples, exclusivamente nabase de suas formas visíveis e, por outro, um conjunto de regrasde transformação, igualmente restritas à forma das expressões,capazes de reflectir os modos válidos da inferência.As proposições da ética seriam significativas na medida emque descrevessem a estrutura sintáctica de uma linguagem,
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204 RAMIRO DÉLIO BORGES DE MENESESpode ser feita exclusivamente em termos de outras proposições.Assim, seria necessário indagar pelos significados dessas proposições.A filosofia não seria uma teoria, exprimindo factos, masuma actividade para indicar o inexprimível. Em suma, o princípioda verificabilidade não remeteria para nenhum facto, masantes seria a regra orientadora da actividade filosófica na buscado significado das proposições da ciência.Logo, a ética seria reconhecível na actividade da explicitaçãosob a roupagem do conhecimento factual.Com efeito, segundo R. Carnap, a filosofia teria duasfunções: uma positiva e outra negativa. Ambas referem-se àanálise da linguagem, tal como se encontram no domínio daética.Se proposições sem sentido, como as da metafísica, podemser sintacticamente correctas, então é porque a gramática deuma linguagem não é adequada às exigências da lógica.No pensamento de R. Carnap, será relevante construir linguagensregidas por uma sintaxe lógica, que permitem identificaruma expressão lógica com correcção gramatical.Finalmente, dizer que a ética possui duas linguagens. Estasduas são, de um lado, o conjunto de sistemas morais, que integramas culturas, em determinada época da humanidade, comsuas intuições, carências e fundamentações, sempre perpassadaspelo imperativo ético; do outro, a necessidade de um consensoempírico, prático e efectivo, que só poderá resultar dodebate livre e organizado, desembocando na determinação denormas mínimas, a fim de se manter, na humanidade, umaindispensável coerência na acção.O filósofo de Viena elaborou um novo projecto de filosofia,na sua vertente positiva, ou seja, como teoria da sintaxe lógicada linguagem. Toda a linguagem, tal como a ética, poderia serespecificada em termos de um conjunto de “sinais primitivos”,que constituiriam, por um lado, um conjunto de “regras de formação”,indicadoras de como obter expressões complexas, porcombinações de expressões mais simples, exclusivamente nabase de suas formas visíveis e, por outro, um conjunto de regrasde transformação, igualmente restritas à forma das expressões,capazes de reflectir os modos válidos da inferência.As proposições da ética seriam significativas na medida emque descrevessem a estrutura sintáctica de uma linguagem,