Summaries / Resúmenes - Studia Moralia

196 RAMIRO DÉLIO BORGES DE MENESESA ética, em R. Carnap, não se revela como saber da “praxis”e para a “praxis”, a partir do ponto de vista do que “deve ser”,isto é, revela-se como saber da acção correcta, não meramenteteórica, estimulando a“acção pragmática”, ainda que toque acada pessoa o saber aplicar tudo isto às situações concretas.Isto significa que a ética, tal como R. Carnap sugere, não deveráser um saber carente de certas consequências poiéticas.3 – Verificabilidade: estatuto epistemológico3.1 – A função da análise lógica consiste na referência detodo o conhecimento, de toda a afirmação da ciência ou davida quotidiana, com vista a clarificar o sentido de tal enunciadoe das conexões entre eles.Segundo R. Carnap, uma das tarefas principiais da “análiselógica”, de um enunciado, consiste em encontrar o método daverificação.Que razões podem haver para afirmar este enunciado?Como podemos obter a certeza da sua verdade ou da sua falsidade?Este problema tem sido chamado pelos filósofos dequestão epistemológica.Para este pensador do Circulo de Viena, a epistemologia outeoria filosófica do conhecimento científico não é outra coisasenão uma parte da “análise lógica”, frequentemente mescladacom alguns aspectos psicológicos, relativos ao processo do conhecer.36 Qual será, então, o método de verificação de um enunciado?Para R. Carnap existem duas ordens de verificação,sejadirecta seja indirecta. Se o problema se refere a uma proposição,que afirme algo relativo a uma percepção actual, então oenunciado pode provar-se directamente por meio da percepçãoactual.Se tomamos um enunciado universal, que se refere a todasas coisas ou acontecimentos, que podem dar-se em quaisquertempo e lugar, então uma lei natural será mais clara do que o36Cf. Idem – Filosofía y Sintaxis Lógica, 7.