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Summaries / Resúmenes - Studia Moralia

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194 RAMIRO DÉLIO BORGES DE MENESESde R. Carnap ao dizer que se poderá relacionar a moral comaquilo que estimamos como bom. A ética faz referência à orientação,perante uma vida plenificada, sob o signo das boasacções, resultando daqui o carácter de projecto. A moral apresenta-secomo algo que se impõe como obrigatório. Mas,Carnap não faz referência a esta posição, devido à crítica aKant.A ética salienta um conjunto de normas ou regras de normas,que se caracterizam pela vida da liberdade (Freiheit) e pelauniversalidade da obrigação.No primeiro caso,é subtraída a estima de si mesmo;nosegundo, surge o respeito. No primeiro, a distinção entre “ser” e“dever ser” fica mais definida; no segundo, mais radicalizada. 32Se uns privilegiam o domínio do bem (bonum) como umfim, então apresentam-se como pressupostos teleológicos(Aristóteles e S. Tomás de Aquino); outros privilegia a norma,que se impõe como “dever” (Pflicht) e teremos as respostasdadas pelo deontologismo kantiano.Porém, R. Carnap apresenta a ética,como lógica da moral,no aspecto analítico. A ética é uma análise lógica da moral,para chegar a ser uma moral lógica de proposições. A posiçãode R. Carnap é diferente da apresentada por Habermas e Apel,que o fizeram através de uma ética discursiva (comunicativa oudialógica); e que insistem na referência da norma consensualizada,no diálogo racional. Assim, são afectados por ela e poraqueles que, de uma forma ou de outra, actualizam o contratualismo,desde o ponto de vista dos que propõem ,como decisivo,o respeito pelo que se decidiria numa situação hipotética decontrato originário (Rawls).Naturalmente, a perspectiva de R. Carnap vai na linha dafilosofia analítica e não segundo anteriores perspectivas. Assim,será impossível, em R. Carnap ,uma fundamentação ontológicada ética. Aquilo que existe é uma linguagem lógica da ética,como análise formal de normas ou de juízos axiológicos.R. Carnap vai desde uma análise lógica da moral até a umamoral análitica, onde é necessário um estudo semântico das mesmasregras, independentemente dos fundamentos metafísicos.32Cf. P. RICOEUR – Soi-même comme un Autre, Paris, Éditions duSeuil, 1990, 199-227.

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